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CONCURSO UFPE 2019 – SERVIÇO SOCIAL 
REVISÃO – AULA 02 (02/02/2019 – TARDE) 
FACILITADORA: TANANY REIS 
 
1. A relação Estado-Sociedade Civil 
 
01. (UFPE 2015 / COVEST) Na discussão da relação Estado/sociedade civil, Gramsci trouxe uma 
importante contribuição ao introduzir o conceito de Estado ampliado. Sobre a concepção de Estado 
em Gramsci, é correto afirmar que: 
A) por Estado deve-se entender, além do aparelho governamental, também o aparelho privado de 
‘hegemonia’ ou sociedade civil. 
B) por sociedade civil deve-se entender o poder legislativo, que representa os interesses da 
população junto ao aparelho governamental. 
C) o Estado é concebido como um instrumento a serviço da economia e do equilíbrio econômico. 
D) o Estado é, por definição, o aparelho privado de hegemonia, e busca atender aos interesses do 
grande capital. 
E) a sociedade civil representa os socialistas burgueses e busca representar os interesses da 
sociedade em geral. 
 
02. (UFRPE 2013 / COVEST) A relação Estado/sociedade civil constitui mediação necessária no 
dimensionamento sociopolítico da prática do Serviço Social, referenciada às políticas sociais. Com 
essa perspectiva, assinale a alternativa correta. 
A) A sociedade civil constitui uma nova forma de poder social que se coloca em oposição às funções 
coercitivas do Estado e à desconstrução do poder regulador estatal ao defender políticas sociais 
redistributivas e eleger a centralidade da família nos programas de proteção social. 
B) Na atualidade, as opressões na família, nas relações de governo, no local de trabalho etc. são 
tratadas como componentes da sociedade civil e como disfunções dessa sociedade em relação às 
medidas de coerção do Estado burguês. 
C) As políticas sociais públicas se vinculam ao Estado e visam concretizar direitos sociais incorporados 
nas leis sob o controle da sociedade, guiadas pelo princípio do interesse comum. 
D) Na democracia capitalista, a posição socioeconômica determina a cidadania, já que a apropriação 
do trabalho excedente pelo poder capitalista depende da condição jurídica ou civil privilegiada e, 
por extensão, a alocação e distribuição dos bens públicos ou de consumo coletivo. 
E) O tratamento da questão social centrado no combate à pobreza privilegia a política de assistência 
social como instrumento de regulação política e de contra-hegemonia ao universalizar os 
benefícios sociais e atender as reivindicações das classes trabalhadoras no plano da cidadania. 
 
03. (SESA-ES 2013 / CEBRASPE) Com base nas diferentes concepções relativas à relação 
Estado/sociedade ao longo da história do capitalismo, assinale a opção correta. 
A) A compreensão de que a relação entre Estado e sociedade civil é uma relação essencialmente 
dialética foi estabelecida por Hegel e, posteriormente, aprofundada por Marx. 
B) Segundo Marx, a relação contraditória entre Estado e sociedade caracteriza a atuação estatal 
como uma instância não alienada da representação da contradição público/privada. 
C) Gramsci defende que, por serem instâncias distintas, é no encontro do Estado (aparelho privado 
de hegemonia) com a sociedade civil que se dão as disputas de projetos societários. 
 
 CONCURSO UFPE 2019 – SERVIÇO SOCIAL 
REVISÃO – AULA 02 (02/02/2019 – TARDE) 
FACILITADORA: TANANY REIS 
 
D) O Estado, segundo a concepção liberal, é o guardião dos interesses privados, devendo limitar-se à 
tutela da ordem pública e apoiar-se nas leis civis, de forma que seja a mediação necessária à vida 
em sociedade. 
E) Hegel defende a constituição de uma esfera pública em que seja possível a socialização e a 
democratização do poder, por meio da formação de uma burocracia capacitada para gerir os 
interesses gerais da sociedade. 
 
(SEGERES 2011 / CEBRASPE) O debate acerca da relação entre o Estado e a sociedade constitui um dos 
temas mais polêmicos do pensamento social contemporâneo. A tal respeito, julgue os itens seguintes. 
04. O terceiro setor é interpretado, do ponto de vista crítico, como o resultado de ações que, pautadas em 
princípios neoliberais, atribuem à sociedade civil, com base em valores da solidariedade, do 
voluntariado, da autorresponsabilização e individualização da ajuda, a responsabilidade de responder 
à questão social, função antes de responsabilidade fundamental do Estado. ( ) 
05. A concepção de sociedade civil na perspectiva dos defensores do projeto neoliberal apresenta-se 
marcada por conceitos relacionados a atividades políticas de determinações classistas, com base no 
pensamento gramsciano. ( ) 
06. Segundo Gramsci, sociedade civil consiste no conjunto de aparelhos por meio dos quais a classe 
dominante impõe coercitivamente a sua dominação. ( ) 
07. Para Karl Marx, o conceito de sociedade civil difere totalmente da concepção de estrutura econômica, 
contrapondo-se, por conseguinte, ao conceito de sociedade burguesa. ( ) 
 
08. (EBSERH/HUJB – UFCG 2017 / AOCP) Para os liberais, cada indivíduo deve buscar o bem-estar para si 
e sua família por meio da venda de sua força de trabalho no mercado. Assim, não cabe ao Estado 
garantir bens e serviços públicos para todos. A qual dos elementos essenciais do liberalismo o 
enunciado corresponde? 
A) À manutenção de um Estado mínimo. 
B) À naturalização da miséria. 
C) Ao o bem-estar individual que maximiza o bem-estar coletivo. 
D) Ao predomínio do individualismo. 
E) Às políticas sociais que estimulam o ócio e o desperdício. 
 
GABARITO 
01 A 03 D 05 ERRADO 07 ERRADO 
02 C 04 CERTO 06 ERRADO 08 C 
 
INDICAÇÕES DE LEITURA 
BEHRING, Elaine Rossetti. As novas configurações do Estado e da Sociedade Civil no contexto da crise do 
capital. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: 
CFESS/ABEPSS, 2009. 
 
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FACILITADORA: TANANY REIS 
 
DURIGUETTO, Maria Lucia; MONTAÑO, Carlos. Estado, Classe e Movimento Social - Col. Biblioteca Básica 
de Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2011. 
PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. Discussões conceituais sobre política social como política pública e 
como direito. In: BOSCHETTI, Ivanete et al. (Orgs.). Política social no capitalismo: tendências 
contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2008. 
_____________. Estado, sociedade e esfera pública. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e 
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. 
_____________. Abordagens teóricas sobre o Estado em sua relação com a sociedade e com a política 
social. In: _____________. Política social: temas & questões. São Paulo: Cortez, 2011. 
_____________. Para maior compreensão da política social: concepções básicas de Estado versus 
sociedade. In: _____________. Política social: temas & questões. São Paulo: Cortez, 2011. 
 
2. Políticas sociais e direitos sociais no Brasil – desdobramentos históricos e político-sociais 
 
01. (UFPE 2010 / COVEST) A explicação da relação Estado/sociedade remete ao debate contemporâneo 
sobre a institucionalização e fundamentação dos direitos sociais. Com essa perspectiva, afirma-se 
que os direitos sociais: 
A) surgiram na Europa, no contexto histórico do século XVIII, para salvaguardar o direito à vida, à 
liberdade de pensamento e de movimento no Estado de Direito. 
B) são direitos do indivíduo contra o Estado, representando uma proteção da vida privada contra a 
intervenção abusiva do Estado. 
C) buscam promover a igualdade de acesso a bens socialmente produzidos, através das políticas 
sociais – educação, saúde, trabalho, previdência, habitação, entre outras. 
D) resultam do equilíbrio social atualmente assegurado através das relações 
capital/trabalho/mercado. 
E) são fruto da tensão de interesses conflitantes entre a classe proprietária e o Estado, e se 
configuram como garantia de autonomia do indivíduo na sociedade.02. (UFRPE 2018 / SUGEP) O enfrentamento à crise capitalista tem bases no desmonte dos direitos 
sociais, tendo em vista que o argumento do ideário neoliberal para a crise são os gastos estatais com 
a garantia de direitos, sobretudo universais e focalizados. Garantir direitos sociais universais exige: 
A) crescimento econômico, com ampliação do papel do Estado, para a distribuição mais equitativa da 
riqueza socialmente produzida. 
B) fortalecimento das relações sociais mediadas pela relação capital/trabalho e ampliação do papel 
do Estado nas políticas econômicas e sociais. 
C) ampliação do papel do Estado e maior investimento público em bens e serviços, além do 
fortalecimento das lutas sociais. 
D) investimento público em bens e serviços e ampliação da parceria público/privado na efetivação 
das políticas sociais. 
E) enfrentamento do desemprego, garantia dos direitos trabalhistas e intervenção nos principais 
problemas sociais, como a exclusão social e a pobreza. 
 
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03. (UFPE 2015 / COVEST) A conjuntura atual de crise do capital trouxe rebatimentos à luta por direitos 
sociais universais, uma vez que as reformas em curso enfatizam a redução do papel do Estado e 
cortes de recursos para o social. Avança nesse cenário a defesa do processo de privatização, cujo 
ideário ressalta: 
A) a mercantilização da saúde e da previdência e a ampliação da assistência social como política 
pública de direito. 
B) a universalização da saúde, a mercantilização da previdência e a ampliação do assistencialismo 
C) a universalização da saúde e da assistência, e a mercantilização da previdência. 
D) a mercantilização da saúde e da previdência, e a ampliação do assistencialismo. 
E) a mercantilização da saúde, da previdência e da assistência social. 
 
04. (UFPE 2015 / COVEST) A discussão de direitos sociais envolve concepções que se confrontam, como 
as encontradas na perspectiva liberal e social-democrata. Quanto à concepção de direitos sociais, é 
correto afirmar que: 
A) na concepção liberal, os direitos sociais possibilitam o salário indireto e desoneram as empresas; 
por isso devem ser ampliados. 
B) a social democracia defende que os direitos sociais devem ser decorrentes do trabalho e somente 
aos necessitados deve ser garantida, pelo Estado, uma proteção social. 
C) o pensamento social-democrata defende que, para o pleno usufruto dos direitos sociais, é 
necessária a superação do modo de produção capitalista. 
D) na concepção social-democrata, os direitos sociais devem ser garantidos, independentemente da 
inserção ou não no mercado de trabalho. 
E) na concepção liberal, o Estado deve garantir direitos sociais amplos para os necessitados. 
 
05. (UFRPE 2018 / SUGEP) Na atual conjuntura brasileira, as respostas à questão social tem sido: 
A) de médio prazo, minimizando os conflitos entre capital/trabalho através da implementação de 
políticas públicas executadas pelo Estado. 
B) imediatas, fortalecendo o consenso entre capital/trabalho/Estado com o reforço das políticas 
sociais. 
C) imediatas, articulando assistência focalizada/repressão com o reforço do braço coercitivo do 
Estado. 
D) de médio prazo, vinculando a questão social com a redução das desigualdades sociais e 
redistribuição de renda através dos programas sociais. 
E) de longo prazo, fortalecendo à relação Estado/sociedade civil no enfrentamento das mazelas 
sociais. 
 
06. (RES MULTI 2019 / UPENET) Sobre o Novo Regime Fiscal, analise as assertivas a seguir, colocando V 
nas verdadeiras e F nas falsas. 
( ) A Emenda Constitucional (EC) Nº 95/2016 institui um Novo Regime Fiscal no âmbito dos 
 
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Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, dos Estados e municípios. 
( ) No texto, a saúde não foi penalizada, uma vez que propôs seguir o previsto no art. 198, da CF. 
( ) Derruba a EC 86/2015, que previa o investimento progressivo da União, fixado como percentual 
da receita corrente líquida. 
( ) No geral, a EC 95 estabelece limites sobre a arrecadação de receitas pela União e Estados. 
( ) No Brasil, há um sistema de financiamento regressivo, em que os mais pobres acabam pagando 
uma carga tributária superior aos ricos. 
Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA. 
A) F – F – V – F – V 
B) V – F – F – V – F 
C) V – F – V – V – F 
D) F – V – F – F – V 
E) F – V – V – F – V 
 
07. (MPAL 2018 / FGV) Sobre a introdução da ideologia gerencialista no aparato do Estado brasileiro, 
analise os itens a seguir. 
I. Observa-se, na implementação das políticas sociais, a rotinização de atividades. 
II. Observa-se, na implementação das políticas sociais, a padronização dos processos interventivos. 
III. Observa-se, na implementação das políticas sociais, a concepção da razão crítica. 
Está correto o que se afirma em 
A) I, apenas. 
B) II, apenas. 
C) I e II, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
 
08. (ALRO 2018 / FGV) A concepção de Seguridade Social representa um dos maiores avanços da 
Constituição Federal de 1988, no que se refere à proteção social e ao atendimento das históricas 
reivindicações da classe trabalhadora. Neste sentido, ela representa 
A) a antecipação das políticas de cunho neoliberal, a partir da instituição do tripé de políticas sociais, 
que seriam flexibilizadas em seguida. 
B) a promessa de afirmação e extensão de direitos sociais em nosso país, em consonância com as 
transformações sociopolíticas que se processaram. 
C) o rompimento completo com a ditadura militar brasileira, a partir das lutas pela democracia e 
instauração do Estado de Bem-Estar Social. 
D) o movimento natural do desenvolvimentismo para assegurar o progresso em padrões compatíveis 
de competição com países do primeiro mundo. 
 
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E) o reconhecimento da centralidade ontológica do trabalho e sua vinculação com os condicionantes 
sociais da desigualdade existentes no país. 
 
09. (UFPE 2015 / COVEST) Na perspectiva crítico-dialética, as políticas sociais são um fenômeno 
relacionado à constituição da sociedade burguesa em sua fase monopolista. Portanto, estão inseridas 
no contexto das relações sociais e são tensionadas por visões que defendem sua universalização ou 
focalização. Ao analisar a conjuntura atual das políticas sociais no Brasil, é correto afirmar que: 
A) a política de saúde é universal e dever do Estado, porém, tem sido destinada às classes mais 
abastadas da população. 
B) a política voltada para a pobreza é prioritariamente emergencial, focalizada, e, no geral, reduzida à 
dimensão assistencial. 
C) a política de assistência social incluída na seguridade social representa o que é de mais moderno 
na garantia de direitos, sobretudo, pelo seu caráter universalista. 
D) apesar dos tensionamentos, as políticas sociais brasileiras são universalistas, pois garantem 
previdência, assistência e saúde, independentemente de contribuição prévia. 
E) saúde, assistência e previdência formam a seguridade social brasileira e têm caráter contributivo, 
uma vez que são financiadas por toda a população. 
 
10. (UFRPE 2013 / COVEST) No contexto atual, sob influência do pensamento neoliberal, a estratégia de 
enfrentamento à pobreza assume um perfil que tem como traços característicos: 
A) ação mínima do Estado na área social, com programas de combate à fome e à miséria, financiados 
pela sociedade civil através de “reservas” acumuladas à custa de cortes nos benefícios sociais e da 
flexibilização das leis trabalhistas. 
B) ação social focalizada e reguladorano âmbito estatal e mobilização da responsabilidade voluntária 
e solidária de indivíduos e organizações da sociedade civil para prover a inclusão social. 
C) ações filantrópicas e de beneficência social, com objetivos referenciados pela educação moral e 
pela mudança comportamental. 
D) inclusão da pobreza na esfera da política e intervenção do Estado no processo de redistribuição de 
renda mediante políticas e serviços sociais orientados pelos fundamentos da ordem e do pleno 
emprego, assim como pelo questionamento da exploração do trabalho pelo capital. 
E) ação estatal focalizada, dirigida à população mais pobre, ações sociais desenvolvidas pela empresa 
capitalista em nome da responsabilidade social, ação da sociedade civil ou do chamado ‘terceiro 
setor’, desenvolvendo intervenção filantrópica. 
 
11. (UFPE 2010 / COVEST) As políticas sociais brasileiras: 
A) configuram um estado de bem-estar social no país, garantindo os direitos sociais à população 
desde os anos de 1930. 
B) foram implementadas apenas a partir da Constituição Federal de 1988, garantindo o acesso à 
educação, à saúde, à previdência, à habitação, ao saneamento e ao lazer, em caráter universal. 
C) garantem os direitos sociais apenas aos trabalhadores formais, configurando um Estado regulado 
pelo trabalho. 
 
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D) expressam, desde os anos de 1990, um pacto federativo marcado pela descentralização do poder 
e de responsabilidades para os níveis estadual e municipal e pela articulação Estado/sociedade. 
E) constituem atualmente um projeto universalizante, apontando para o equilíbrio social e o fim das 
desigualdades sociais, com a transferência da responsabilidade da execução e do custeio dos 
programas para a família e a sociedade. 
 
12. (UFPE-UFRPE 2010 / COVEST) Nos anos 1990, principalmente a partir da institucionalização do Plano 
Real, se processa a reforma do Estado brasileiro, tendo como destaque: 
A) criação das Organizações Sociais, bem como a regulamentação do terceiro setor para execução 
das políticas públicas. 
B) incorporação das propostas dos movimentos sociais pelo Estado para assegurar a manutenção e 
reforço do caráter filantrópico das entidades públicas. 
C) configuração de padrões universalistas e redistributivos de proteção social. 
D) ampliação dos programas de Previdência, de Saúde e universalização dos benefícios eventuais 
destinados às pessoas que vivem em situação de rua, incluídas no Benefício de Prestação 
Continuada. 
E) crítica à privatização, focalização e seletividade das políticas sociais. 
 
13. (UFPE-UFRPE 2010 / COVEST) Com a nova dinâmica social e política, instalada após a Constituição de 
88, são tendências da proteção social no Brasil sob orientação da ideologia neoliberal: 
A) o privilegiamento do voluntariado e a dependência direta dos organismos internacionais na 
condução e financiamento das políticas sociais para a juventude. 
B) combate à pobreza através de um pacote de programas diversificados e de ações descentralizadas 
para os municípios mais pobres do país. 
C) a individualização da pobreza e do risco com a instituição da matricialidade da família na 
condução das políticas sociais. 
D) concretização dos direitos sociais mediante a universalização do acesso ao trabalho e do pleno 
emprego. 
E) implantação da lógica de copagamento para acesso às políticas e aos benefícios sociais. 
 
14. (UFS 2008 / COVEST) A normatização da constituição do fundo público para financiamento das 
políticas sociais estabelece que: 
A) cada nível de governo tem seus recursos próprios, derivados dos impostos de sua competência, e 
também do partilhamento de recursos provenientes de outras fontes, segundo definições 
constitucionais. 
B) o orçamento fiscal é composto pelas contribuições sociais e responde pelo financiamento das 
políticas compensatórias. 
C) o orçamento da seguridade social é formado por impostos, garantindo o financiamento do 
conjunto das responsabilidades previdenciárias. 
D) o fundo de saúde é um instrumento que congrega os recursos financeiros para utilização da 
 
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prestação de serviços de saúde, a serem repassados através de relações conveniais entre os entes 
federativos. 
E) o financiamento das políticas sociais é realizado com base na perspectiva redistributiva, segundo o 
número total de atendimentos, permitindo a redução das desigualdades sociais. 
 
15. (UFS 2008 / COVEST) O padrão de proteção social brasileiro acompanha as mudanças conjunturais. 
Considerando essa perspectiva, assinale a alternativa correta: 
A) O liberalismo à brasileira, no final do século XIX e início do século XX, comportava a questão dos 
direitos sociais, pretendendo a cidadania universal. 
B) Com Constituição de 1988, ocorreu a expansão dos direitos sociais ligados ao trabalho. 
C) A expansão das políticas sociais entre a década de 30 e 60 foi rápida e universalizante, 
constituindo um Estado de Bem-Estar Social. 
D) No contexto de perda de liberdades democráticas, a partir de 1964, as políticas sociais se reduzem 
com a unificação e a uniformização da previdência social. 
E) Os anos de 1990 até hoje têm sido marcados por uma contrarreforma do Estado e obstaculização 
ou redirecionamento das conquistas constitucionais de 1988, limitando as políticas sociais. 
 
GABARITO 
01 C 04 D 07 C 10 E 13 B 
02 C 05 C 08 B 11 D 14 A 
03 D 06 A 09 B 12 A 15 E 
 
INDICAÇÕES DE LEITURA 
BEHRING, Elaine Rossetti. Fundamentos de política social. In: Serviço Social e saúde: formação e trabalho 
profissional. São Paulo: Cortez; Brasília: OPAS, OMS, Ministério da Saúde, 2006. 
__________. As novas configurações do Estado e da Sociedade Civil no contexto da crise do capital. In: 
CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. 
__________. Política social no contexto da crise capitalista. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos 
sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. 
__________; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: fundamentos e história - Col. Biblioteca Básica de Serviço 
Social. São Paulo: Cortez, 2010. 
__________. A condição da política social e a agenda da esquerda no Brasil. In: SER Social, Brasília, v. 18, n. 
38, p. 13-29, jan.-jun./2016. Disponível em 
<http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/421y2S7XN6T30Z93f973.pdf>. Acesso em 27 Jan. 2019. 
BOSCHETTI, Ivanete. A política de seguridade no Brasil. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e 
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. 
CFESS. Encontro Nacional CFESS/CRESS – Maceió 2000. Relatório de Deliberações - Outras Deliberações 
Carta de Maceió. Disponível em: 
<http://www.cfess.org.br/arquivos/encontronacional_cartas_maceio.pdf>. Acesso em 27 Jan. 2019. 
 
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COUTO, Berenice Rojas. O Direito Social e a Assistência Social na Sociedade Brasileira: uma equação 
possível? 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006. 
LAURELL, Asa Cristina. Avançando em direção ao passado: a política social do neoliberalismo. In: 
__________. (Org.). Estado e políticas sociais no neoliberalismo. Tradução: Rodrigo León Contrera. 2. ed. 
São Paulo: Cortez, 1997. 
MOTA, Ana Elizabete. Seguridade social brasileira: desenvolvimento histórico e tendências recentes. In: 
Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez; Brasília: OPAS, OMS, Ministério 
da Saúde, 2009. 
SALVADOR, Evilasio. Fundo público e políticas sociais na crise do capitalismo. In: Revista Serv. Soc. Soc., São 
Paulo, n. 104, p. 605-631, out./dez.2010. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n104/02.pdf>. 
Acesso em 27 Jan. 2019. 
 
3. Lutas sociais e organização da sociedade civil na atual conjuntura brasileira 
 
01. (UFRPE 2013 / COVEST) A qualidade das políticas públicas, nos dias atuais, depende também do 
desempenho de seus conselhos gestores. Compete aos conselhos setoriais de políticas públicas: 
A) fazer análise diagnóstica sobre a realidade social e executar as estratégias de gestão destinadas 
aos avanços da política em nível municipal. 
B) estabelecer um sistema de controle social sobre a rede de serviços não governamentais, definindo 
critérios para seu registro e diretrizes para execução de seus serviços a partir das decisões do 
órgão gestor municipal. 
C) organizar uma rede de serviços não governamentais capaz de atender aos problemas decorrentes 
das condições de vulnerabilidade em nível local, buscando a intervenção do Ministério Público. 
D) definir estratégias de gestão, criar condições para estabelecer um sistema de controle e deliberar 
sobre diretrizes das políticas sociais públicas a que estão vinculados. 
E) instituir um plano de trabalho que contemple exclusivamente as ações no campo da proteção 
social contributiva, assegurada pela Constituição Federal de 1988. 
 
02. (UFPE-UFRPE 2010 / COVEST) A concepção de controle social, suas possibilidades e limites e, em 
especial na política de assistência social, constitui um desafio na conjuntura atual. Sobre isso, analise 
as proposições abaixo. 
1) As instituições da sociedade civil também constituem mecanismos de controle social para 
manter a atual ordem societária, difundindo a ideologia dominante e reforçando 
comportamentos legitimados socialmente. 
2) Na perspectiva do Estado Mínimo, a sociedade tem possibilidade de controlar as ações do 
Estado em favor dos interesses das classes subalternas. 
3) Os conselhos gestores podem se constituir em mecanismos de controle do Estado sobre as 
classes subalternas como consequência do enfraquecimento dos movimentos sociais. 
4) Ao concertar as parcerias com setores da sociedade civil, o Estado procura formas menos 
burocratizadas de organização cuja missão é representar o Estado na gestão do fundo público e 
na definição da alocação dos recursos destinados à política social sustentada por esse fundo. 
 
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5) A partir do conceito de necessidades humanas básicas, os objetivos do controle social da política 
de assistência devem estar parametrados no atendimento às necessidades humanas em sua 
plenitude natural, social, econômica e política. 
Estão corretas, apenas: 
A) 1 e 2. 
B) 3, 4 e 5. 
C) 2 e 4. 
D) 2, 4 e 5. 
E) 1 e 5. 
 
03. (UFRPE 2008 / COVEST) Os conselhos setoriais de políticas sociais, como espaços de democratização: 
A) asseguram direção intelectual e moral de um projeto de classe para legitimar o poder instituído. 
B) têm o potencial de representação ampliado mediante a execução de trabalhos comunitários sob 
sua direção. 
C) são instâncias em que se confrontam interesses contraditórios e, portanto, espaços de lutas e 
disputas políticas. 
D) assumem o trabalho de base, de educação e de mobilização popular em nível local, ante o refluxo 
dos movimentos sociais. 
E) instituem critérios de seletividade no atendimento dos direitos sociais. 
 
04. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL PERFIL HOSPITALAR 2018 / UPENET) Correia (2012) afirma que os 
mecanismos de controle social institucionalizados, no âmbito das políticas sociais, ao longo da 
década de 1990, foram 
A) Plebiscitos e Fóruns. 
B) Conferências e Conselhos. 
C) Ministério Público e Ouvidoria. 
D) Sindicatos e Conselhos Gestores. 
E) Orçamento participativo e conferências. 
 
05. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL PERFIL HOSPITALAR 2018 / UPENET) O que se configura como 
limites para o exercício do controle social nos espaços dos conselhos: 
I. A fragilidade do nível de organização dos movimentos populares e sindicais, aliada à pouca 
consciência de classe. 
II. A prevalência do senso comum entre muitos conselheiros devido à concepção de mundo 
burguesa introjetada por meio dos aparelhos privados de hegemonia (meios de comunicação, 
igrejas, escolas etc.). 
III. A baixa representatividade e consequente falta de legitimidade dos conselheiros devido à pouca 
organização com sua base. 
 
 CONCURSO UFPE 2019 – SERVIÇO SOCIAL 
REVISÃO – AULA 02 (02/02/2019 – TARDE) 
FACILITADORA: TANANY REIS 
 
IV. Falta de acesso às informações fidedignas sobre a gestão, as fontes e a alocação dos recursos 
financeiros. 
Estão CORRETAS 
A) I, II, III e IV. 
B) I e II, apenas. 
C) I, II e III, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
E) II e III, apenas. 
 
06. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL PERFIL ATENÇÃO BÁSICA 2018 / UPENET) “Com o processo de 
democratização e descentralização das políticas públicas, o profissional do serviço social tem sido 
chamado a participar da formulação de políticas (...) e a desempenhar outras funções necessárias à 
implantação de instâncias tidas como requisitos para a municipalização dessas políticas: Plano, 
Fundo e Conselhos (...)” (Correia, 2005). 
Sobre a inserção de assistentes sociais nos espaços de controle social, assinale a alternativa 
CORRETA. 
A) Esse processo possibilita ao profissional de serviço social ser um dos incentivadores e 
colaboradores do exercício da participação social, fazendo com que sua atuação garanta o 
aumento do controle da sociedade civil sobre o Estado. 
B) A inserção de assistentes sociais nos espaços de controle social é uma das possibilidades de o 
profissional continuar com a hegemonia na execução de programas e políticas públicas. 
C) Uma das diretrizes que norteiam a atuação do profissional deve ser voltada para a importância do 
fortalecimento das instâncias de controle social como espaços de resignação às restrições de 
direitos e de gastos sociais. 
D) A maior inserção de assistentes sociais nos espaços de controle social possibilita a colaboração no 
exercício do controle social voltado para a garantia de que as políticas públicas se tornem 
universais e que a alocação de recursos se faça de modo a atender aos interesses das classes 
subalternas. 
E) Foi o processo de centralização das políticas públicas que possibilitou ao profissional de serviço 
social uma maior inserção, consequentemente uma maior intervenção nos espaços de controle 
social. 
 
GABARITO 
01 D 03 C 05 A 
02 E 04 B 06 C 
 
INDICAÇÕES DE LEITURA 
ABRAMIDES Maria Beatriz. Lutas sociais e desafios da classe trabalhadora: reafirmar o projeto profissional 
do Serviço Social brasileiro. In: Rev. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, nº 129, p. 366-386, Ago. 2017. 
 
 CONCURSO UFPE 2019 – SERVIÇO SOCIAL 
REVISÃO – AULA 02 (02/02/2019 – TARDE) 
FACILITADORA: TANANY REIS 
 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n129/0101-6628-sssoc-129-0366.pdf>. Acesso em 27 Jan. 
2019. 
BRAVO, Maria Inês de Souza. O trabalho do assistente social nas instâncias públicas de controle 
democrático. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: 
CFESS/ABEPSS, 2009. 
CORREIA, Maria Valéria Costa. Sociedade civil e controle social: desafios para o Serviço Social. In: BRAVO, 
Maria Inês de Souza; MENEZES, Juliana Souza Bravo de (Orgs.). Saúde, Serviço Social, Movimentos Sociais e 
Conselhos. São Paulo: Cortez, 2012. 
DURIGUETTO, Maria Lúcia. Movimentos sociais e Serviço Social no Brasil pós-anos 1990: desafios e 
perspectivas. In: ABRAMIDES, Maria Beatriz; DURIGUETTO, Maria Lúcia (Orgs.). Movimentos Sociais e 
Serviço Social: uma relação necessária. São Paulo: Cortez, 2014.