Buscar

Morfogênse da orelha - Embriologia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Morfogênese da orelha – Embriologia	 05/09/2016 – Fernanda R.
	→ Introdução
A orelha é composta por três partes anatômicas:
· Orelha externa, composta por:
· Pavilhão auditivo
· Meato acústico externo
· Membrana timpânica (camada externa – tímpano)
· Orelha média, constituída pelos ossículos:
· Martelo
· Bigorna
· Estribo
· Orelha interna, constituída por:
· Órgão vestibulococlear (envolvido com a audição e o equilíbrio)
→ Desenvolvimento da orelha interna
A orelha interna é a primeira das três partes anatômicas a iniciar o desenvolvimento. No início da quarta semana, um espessamento do ectoderma da superfície, o PLACOIDE ÓTICO, aparece de ambos os lados do mielencéfalo, a parte caudal do rombencéfalo. Os placoides óticos são formados a partir de estímulos da notocorda e do mesoderma paraxial, estimulando o extoderna de superfície.
Cada placoide ótico se invagina, formando a FOSSETA ÓTICA. Quando as bordas dessas fossetas se fundem, formam as VESÍCULAS ÓTICAS (primórdio do labirinto membranoso).
A vesícula ótica perde sua conexão com o ectoderma de superfície e a partir dela cresce um divertículo que se alonga e são formados o DUCTO e o SACO ENDOLINFÁTICOS. 
	Nesse momento, duas regiões da vesícula ótica são reconhecíveis:
· Uma PARTE AURICULAR, de onde surgem
· Ducto endolinfático
· Utrículo
· Ductos semicirculares
· Uma PARTE SACULAR, que dá origem ao:
· Sáculo
· Ducto coclear
Três divertículos discoidais crescem para fora da parte utricular do LABIRINTO MEMBRANOSO PRIMITIVO. As partes periféricas desse labirinto não fundidas (apenas o centro se funde) desses divertículos se tornam os DUCTOS SEMICIRCULARES, que ficam unidos ao utrículo e depois contidos nos canais semicirculares do labirinto ósseo. Em uma das extremidades do ducto semicircular (de cada um deles), forma-se uma dilatação chamada de AMPOLA.
Da parte sacular ventral da vesícula ótica, um divertículo tubular – o DUCTO COCLEAR – cresce e se espiraliza para formar a CÓCLEA MEMBRANOSA.
*Conexão da cóclea com o sáculo: ductus reuniens
	O ÓRGÃO ESPIRAL (de Corti) se diferencia a partir de células da parede do ducto coclear.
	Influências indutoras provenientes da vesícula ótica estimulam o mesênquima ao seu redor a se diferenciar na CÁPSULA ÓTICA CARTILAGINOSA. Com o crescimento do LABIRINTO MEMBRANOSO, aparecem vacúolos nessa cápsula que darão origem ao ESPAÇO PERILINFÁTICO. 
	O espaço perilinfático relacionado com o ducto coclear forma duas divisões, a ESCALA TIMPÂNICA e a ESCALA VESTIBULAR.
*O labirinto ósseo da orelha interna é formado a partir da ossificação da cápsula ótica membranosa.
	→ Desenvolvimento da orelha média
	A parte proximal do recesso tubotimpânico forma a TUBA FARINGOTIMPÂNICA (tuba auditiva). A parte distal se expande e se torna a CAVIDADE TIMPÂNICA, que gradualmente envolve os OSSÍCULOS AUDITIVOS, seus tendões e ligamentos e o nervo da corda timpânica.
	A orelha média continua crescendo até a puberdade. O MÚSCULO TENSOR DO TÍMPANO, preso ao martelo, se origina do mesênquima do primeiro arco faríngeo e é inervado pelo V nervo craniano (trigêmeo), o nervo desse arco. O MÚSCULO ESTAPÉDIO é originado do segundo arco faríngeo e é suprido pelo VII nervo craniano (facial), o nervo desse arco. 
	→ Desenvolvimento da orelha externa
	O MEATO ACÚSTICO EXTERNO, a passagem da orelha externa levando à membrana timpânica, desenvolve-se a partir da extremidade dorsal do primeiro sulco faríngeo. As células ectodérmicas do fundo desse tubo proliferam, formando o TAMPÃO EPITELIAL (placa epitelial compacta)
	O primórdio da MEMBRANA TIMPÂNICA é a primeira membrana faríngea, que forma a superfície externa da membrana timpânica e essa mesma se origina de três fontes:
· Ectoderma do primeiro sulco faríngeo
· Endoderma do recesso tubotimpânico, um derivado da primeira bolsa faríngea
· Mesoderma do primeiro e segundo arcos faríngeos
A AURÍCULA/ PAVILHÃO AURICULAR, que se projeta no lado da cabeça, desenvolve-se a partir de seis proliferações mesenquimais de primeiro e segundo arcos faríngeos. As proeminências – SALIÊNCIAS AURICULARES – envolvem o primeiro sulco faríngeo. O LÓBULO da orelha é a última parte a se desenvolver.
*O pavilhão auricular começa a se desenvolver na base do pescoço a se desenvolver na base do pescoço 
*Com o desenvolvimento da mandíbula, movem para sua posição normal dos lados cabeça
	RESUMO
· A vesícula ótica origina-se do ectoderma de superfície durante a quarta semana. A vesícula forma o labirinto membranoso da orelha interna.
· A vesícula ótica divide-se em uma parte utricular dorsal, que dá origem ao utrículo, aos ductos semicirculares e ao ducto endolinfático e uma parte sacular ventral, que dá origem ao sáculo e ao ducto coclear. O ductor coclear dá origem ao órgão de Corti.
· O labirinto ósseo desenvolve-se a partir do mesênquima adjacente ao labirinto membranoso. O epitélio que reveste a cavidade timpânica, o antro mastoideo e o tubo faringotimpânico é derivado do recesso tubotimpânico, que se origina da primeira bolsa faríngea. Os ossículos auditivos desenvolvem-se das extremidades dorsais das cartilagens dos dois primeiros arcos faríngeos. O epitélio do meato acústico externo desenvolve-se a partir do ectoderma do primeiro sulco faríngeo.
· A membrana timpânica deriva de três fontes: o endoderma da primeira bolsa faríngea, do ectoderma do primeiro sulco faríngeo e do mesoderma entre essas camadas.
· O pavilhão auricular origina-se de seis saliências auriculares que se formam de proeminências mesenquimais em torna das margens do primeiro sulco faríngeo. Essas saliências se fundem para formar o pavilhão auricular.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais