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049-03-Realidade-brasileira-1950-1960

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SERVIÇO SOCIAL NO 
CONTEXTO BRASILEIRO 
AULA 3
Realidade 
Brasileira: 
1950-1960 
ABERTURA
Olá!
Os anos de 1950 foram marcados pelas transformações socioeconômicas vividas no Brasil, assim 
sendo, são considerados um divisor de águas para compreensão de nossa história, de nossa 
sociedade.
Nos anos 50 vivemos os governos de Getúlio Vargas (que se matou em 1954) e de Juscelino 
Kubitschek, os quais, em linhas gerais, fomentaram o processo de industrialização nacional pela 
substituição de importações (iniciado por Vargas); pela abertura ao capital externo para 
investimento; pelo planejamento estratégico (como no caso de JK.); pela construção de uma 
infraestrutura como rodovias, hidroelétricas, aeroportos; pela promoção da indústria de base e de 
produção de bens de capitais, fundamentais para produção nacional. 
Um dos símbolos maiores deste processo de modernização foi a construção de Brasília, nova 
capital do país inaugurada no início dos anos 60.
Aprofunde seu conhecimento sobre a realidade brasileira nas décadas de 50 e 60 nesta aula.
BONS ESTUDOS!
REFERENCIAL TEÓRICO
Do ponto de vista da cultura e do imaginário social, na década de 60 acreditava-se que o 
Brasil estava a caminho de se tornar uma nação moderna, principalmente ao adotar um padrão 
de vida ao mesmo tempo muito diferente da vida rural e muito próximo ao modelo 
consumista do capitalismo norte-americano. 
No cotidiano das donas de casa estavam presentes toda a sorte de “aparelhos modernos” 
como liquidificador, batedeira, fogão a gás, televisores, enceradeiras, sem contar os 
produtos industrializados como alimentos, bebidas, artigos de higiene pessoal e beleza etc. 
Além disso, os meios de comunicação como o cinema, a televisão e o rádio difundiam-se 
cada vez mais, sendo fundamentais na disseminação de uma pensamento nacionalista e da 
ideologia de um país rumo ao progresso.
Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de:
- Analisar o processo social e econômico brasileiro nas dedadas de 1950 e 1960.
- Reconhecer as principais mudanças políticas na realidade brasileira.
- Identificar os avanços e retrocessos do Serviço Social brasileiro.
BOA LEITURA!
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO DO TRABALHO e SERVIÇO SOCIAL : 
 desafios para o assistente social em espaços sócio-ocupacionais 
reestruturados. 
Karla Fernanda Valle1 
Janete Luzia Leite2 
RESUMO: 
Este trabalho debate os impactos das transformação do mundo 
do trabalho no contexto do capital-imperialismo, abordando as 
implicações da disseminação do ideário pós-moderno (e a 
sustentação que este dá ao discurso gerencial) sobre a 
atuação profissional do Serviço Social e da classe trabalhadora 
inserida no setor público. Metodologicamente, foi realizado um 
levantamento bibliográfico, hemerográfico e documental do 
pensamento social crítico e da realidade do judiciário 
trabalhista carioca, selecionado por ser um exemplo 
privilegiado da atuação profissional num contexto de 
reestruturação produtiva. Conclui-se que a atual conjuntura 
inflexiona o legado ético e político de cariz progressista do 
Serviço Social brasileiro. 
PALAVRAS-CHAVE: Serviço Social; Pós-Modernidade; 
Capital-Imperialismo; Gerencialismo. 
ABSTRACT: 
This paper discusses the impact of the transformation of the 
workers world in the capital-imperialism context, addressing the 
implications of the spread of postmodern ideas (and the support 
that this gives to the management speech) on the professional 
practice of Social Work and working class inserted in the public 
sector. Methodologically, was performed a survey of 
bibliography, newspaper and documents of the critical social 
thinking and the reality of Rio de Janeiro labor court, selected to 
be a prime example of professional practice in a productive 
restructuring context. We conclude that the current situation 
shrugs the ethical and political legacy of progressive nature of 
the Brazilian Social Work. 
KEY-WORDS: Social Work; Post-Modernity; Capital-
Imperialism; Managerialism. 
1 Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutoranda em 
Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integrante do Núcleo de 
Pesquisa e Estudos sobre Políticas Públicas, “Questão Social” e Serviço Social (NUPEQUESS/UFRJ 
- Diretório dos Grupos de Pesquisa CNPq). Assistente Social do Tribunal Regional do Trabalho-RJ.
karlafvalle@gmail.com
2 Professora Associada da Escola de Serviço Social (Graduação e Pós-graduação) da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Políticas
Públicas, “Questão Social” e Serviço Social (NUPEQUESS/UFRJ - Diretório dos Grupos de Pesquisa
CNPq). janeteluziaufrj@gmail.com
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
mailto:karlafvalle@gmail.com
mailto:janeteluziaufrj@gmail.com
I. INTRODUÇÃO 
Debater o Serviço Social contemporâneo implica na capacidade de nos 
debruçarmos sobre as ampliadas funcionalidades do Estado postas pelo chamado 
capitalismo tardio, característico de sociedades como a brasileira. Trata-se, pois, de um 
Estado que diante de uma crise estrutural permanente e crônica, posiciona-se como um 
agente essencial de preservação e maximização da lógica de reprodução do valor. 
Esta conjuntura traz ao Serviço Social demandas e desafios diretamente 
vinculados a uma dinâmica societária centrada na maximização dos lucros e na 
conformação do ideário da finaceirização que, por sua vez, atravessa a diversas esferas de 
sociabilidade, tendo em vista que o conceito de modo de produção se remete, também, à 
produção da totalidade da vida social e dos modos de existência (FONTES, 2012). 
Neste contexto, discorremos especialmente sobre as particularidades laborais 
dos assistentes sociais na condição de servidores públicos, posto que são reiteradamente 
chamados a responder ao hiato existente entre a intenção progressista do projeto 
profissional (que ainda supõe-se hegemônico) e espaços sócio-ocupacionais cada vez mais 
engessados, seja por políticas sociais precarizadas, por direitos sociais descaracterizados 
pelo avanço (retrocesso) neoliberal, e/ou locais de trabalho reestruturados e submetidos a 
uma lógica gerencialista que a tudo domina: tempo de vida e tempo de labor, forjando um 
homem desprovido do potencial ontológico do trabalho. 
Destarte, é a partir destes pressupostos que este texto debate as implicações do 
processo de contrarreforma do Estado sobre os trabalhadores empregados em seu aparato, 
tendo em vista que esta condição laboral perde a maior parte de seu atrativo, tornando-se 
mais uma mera forma de exploração voltada à multiplicação do capital e a canalização dos 
excedentes (BRAVERMAN, 2012). Para realizarmos este estudo, ateremo-nos aos efeitos 
dessa hipotética modernização que produz uma verdadeira precarização/intensificação das 
relações de labor e dos espaços sócio-ocupacionais pertinentes ao Estado. Isto porque, a 
parcela de trabalhadores inseridos nesta esfera passa, segundo Alves (2013), por uma 
verdadeira dessubjetivação de classe advinda, dentre outros aspectos, do enfraquecimento 
dos coletivos laborais e da valorização de preceitos liberais travestidos em critérios de 
eficiência e eficácia. 
Para demonstrar esta assertiva, daremos ênfase à correlação entre a praxis do 
Serviço Social e as reatualizações da Organização Científica do Trabalho (OCT, como 
nosso híbrido fordismo/toyotismo) que trazem, ao contrário do discurso agregador e 
coletivista veiculado, um projeto que visa a reapropriação das qualidades humanas, 
reapresentando-as como um produto das organizações (HELOANI, 2011). Debatemos, pois, 
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o estabelecimento de um caldo gerencialista (oriundo do acirramento da lei geral de
acumulação do capital), o qual demanda uma coerção de novo tipo, com roupagem sutil, 
explicitada por meio de técnicas e instrumentais que geram uma aceitação tácita do 
trabalhador em tornodos objetivos do empregador. 
Neste sentido, analisaremos o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro 
(TRT/RJ) por se tratar de um locus de atuação do Serviço Social em uma instituição pública 
federal (o que, em termos nacionais, representaria um emprego de melhor qualidade dentro 
do setor público); bem como por comportar um fazer profissional análogo aquele 
desenvolvido nas instituições privadas, tendo em vista, por exemplo, as características dos 
programas e ações institucionais em que se demandam o assistente social. De antemão, 
podemos afirmar que estas particularidades desvelam a irônica lógica gerencial que 
atravessa a toda instituição, fator este que se choca com o princípio protetor inerente ao 
direito do trabalho. 
O referencial teórico-metodológico desta investigação ilumina-se pela 
perspectiva marxiana. Realizamos um resgate bibliográfico e documental que contemplou 
autores que debatem o chamado mundo do trabalho e o movimento macrossocietário que 
incide diretamente sobre ele, a “reforma” do Estado e a prática gerencial, assim como a 
sistematização do cotidiano do Serviço Social, que ingressou há apenas quatro anos na 
instituição. Sequencialmente, realizaremos uma breve exposição acerca das perniciosidades 
da lógica gerencialesca adotada pelo judiciário trabalhista carioca, realizando uma primeira 
aproximação sobre os impactos destes direcionamentos para os servidores públicos e para 
a atuação do Serviço Social. Por fim, salientamos a importância, para os assistentes sociais 
brasileiros, da investigação sobre as diversificadas formas de reatualização conservadora 
nos espaços sócio-ocupacionais da profissão (consagrados ou novos), tendo em vista que a 
atual conjuntura propicia grandes retrocessos às conquistas profissionais advindas do 
Serviço Social legatário das correntes progressistas – teórica, ética, política e socialmente. 
II. GESTÃO COMO IDEOLOGIA E CAPITAL-IMPERIALISMO: Desafios ao Serviço Social
brasileiro 
A partir de meados da década de 1990, o Brasil vivencia uma ofensiva de cariz 
neoliberal em que se veicula a desconstrução dos serviços públicos e, com ela, a 
desqualificação dos funcionários públicos. Tais programáticas são incentivadas pelos 
organismos multilaterais pertencentes às bases do capital-imperialismo, a exemplo do grupo 
Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Isto significa que por força 
do capital internacional e especulativo prevalecem, hoje, mais do que antes, os princípios do 
mercado sobre todos os demais. Nesta conjuntura, mesmo as instituições públicas que não 
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estão diretamente conectadas a geração de valor tendem a adotar os princípios 
neoprodutivistas toyotistas (ALVES, 2013). Trata-se de um contexto que busca forjar uma 
materialidade social permeada pelo o que Gurgel (2003) sinaliza como um reinventado 
arsenal de noções ideológicas constituintes de uma nova vulgata que objetiva recrudescer o 
ideário do pensamento único e de uma solução única para a crise – a qual vai ao encontro 
dos pressupostos mais draconianos do capital, justificando reformas profundas no aparelho 
do Estado, para além de abolir os direitos da classe trabalhadora e ampliar as garantias do 
capital. Destarte, estas transformações no mundo do trabalho podem ser caracterizadas 
como uma nova precariedade salarial no Brasil, a qual, segundo Alves (Op. cit.), se 
manifesta não apenas pelo aumento da contratação flexível, mas pela adoção da 
flexibilização da jornada de trabalho e da remuneração salarial que se realizam tanto na 
esfera pública (por meio, por exemplo, de concursos públicos com contratações 
temporárias) quanto na esfera privada (remunerações variáveis etc.). 
Esta cultura resultante da contrarreforma do Estado se traduz, pois, na 
progressiva perda de direitos que diante da nossa conformação social, econômica e política, 
mostra-se ainda mais perniciosa. Isto porque, segundo Coutinho (1979), o Brasil caracteriza-
se por ser detentor de uma história essencialmente incompleta no que diz respeito a sua 
modernização, trazendo consigo entraves e problemáticas do seu histórico escravocrata e 
colonial. Desta forma, são inerentes a nossa sociabilidade, a confusão entre o “particular e o 
privado”, as dominações de base tradicional e patrimonial, bem como o oligarquismo, que 
maximizam uma história onde o atraso é usado como instrumento de poder. Tais 
característcias retratam a dimensão viciosa desse sistema político/econômico que se imiscui 
em todas as dimensões de nossa sociabilidade, naturalizando saídas conservadoras à 
precarização dos direitos sociais e trabalhistas, os quais têm nos assistentes sociais 
mecanismos de sua execução e instrumentalização. 
Frente ao exposto, Gurgel (2003, p.16) assinala que esta herança histórico-
nacional, somada a uma concentração de capital sem precedentes, abre espaço para a 
introjeção e naturalização das teorias de gestão, mediante um discurso ideológico que visa 
reavivar e afirmar « os princípios individualistas do liberalismo conservador, ainda que se 
apresentem sob formas pós-modernas». Segundo Fontes (2012), este é um contexto 
oriundo de uma concentração de capitais a patamares inimagináveis, que submerge a 
humanidade em dejetos por meio do aprofundamento do estranhamento da grande maioria 
da população em relação ao mundo que ajudou a construir. Neste sentido, a intensificação e 
a prezarização do trabalho no serviço público e, consequentemente, sobre o espaço sócio-
ocupacional (ainda majoritário) do Serviço Social nos coloca diante de novos desafios que, 
paradoxalmente, retroalimentam práticas que representam aquilo que há de mais 
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conservador na profissão, como práticas de tutela, coerção e convencimento. Tais 
características, quando mescladas aos ditames do ideário gerencial e respaldadas pela 
generalização do abandono da razão pelo pensamento pós-moderno, forjam novas 
necessidades sociais que naturalizam técnicas de mobilização da subjetividade e 
passivização do trabalhador (Mota, 2010). 
Elucidamos, assim, um contexto contemporâneo que, segundo Alves (2014), 
caracteriza-se por um processo de captura de subjetividades mais intenso, de maneira que 
o atual estágio de fetichização e estranhamento vivenciado pelo homem que trabalha não
necessariamente o leva ao sofrimento. Assim, há aqueles que se identificam com as 
generalizações dos pressupostos gerenciais, incorporando tais perspectivas, inclusive, na 
esfera privada de suas vidas. Portanto, considerando este aspecto do capitalismo 
contemporâneo, observamos uma disseminação do pensamento pós-moderno, o qual, a 
nosso ver, dá sustentabilidade à retórica gerencial que nos traz conceitos e práticas como: 
empreendedorismo, mediação de conflitos, qualidade de vida no trabalho, responsabilidade 
social, chefia e lideranças, gestão por competências, programação neuro-linguística, 
«coach», dentre outros. 
Esta disseminação da perspectica gerencialesca, incentivada pelos manuais dos 
organismos multilaterais revela, para Baran e Sweezy (1978), a estruturação de um homo 
economicus que se forjou sob uma tradição psicologizante da realidade, legatária do 
utilitarismo do século XIX, a qual resulta na reinvenção da confusão e do obscurantismo 
social. É neste sentido que Gaulejac (2007) afirma que o sistema gerencialista suscita um 
modelo de personalidade narcísica, agressivo, pragmático, sem estados de alma, centrado 
sobre a ação e não tanto sobre a reflexão, pronto a tudo para ter sucesso. Para o referido 
autor, o empregado projeta sobre a empresa o seu próprio ideal de onipotência e de 
excelência e, ao mesmo tempo, introjeta o ideal de expansão e de conquista proposto pela 
empresa (Ibid.). 
Neste contexto, a disseminação da ideologia toyotista na gestão dos processos 
de trabalho no setor de serviços e na administração pública contribui paraa afirmação de 
uma perversidade como característica do ethos da gestão capitalista do trabalho humano 
(Alves, 2013). Tal processo implica na captura da subjetividade do homem que trabalha, 
envolvendo o trabalhador emocional e afetivamente com o conteúdo de sua atividade 
laboral. Logo, o adoecimento pessoal é apenas a situação-limite do estranhamento que 
perpassa, hoje, o trabalho na sociedade burguesa (Ibid.). Destarte, conforme pontua Marx 
(2006), as fúrias do interesse privado atravessam substantivamente todo o mundo do 
trabalho, de maneira que a qualidade de vida no emprego não pode mais ser aferida pelos 
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seus vínculos contratuais, devendo-se observar, principalmente, a relação entre o trabalho e 
vida que advém daquela experiência de trabalho assalariado. 
Neste sentido, baseados em Netto e Carvalho (2011), entendemos que a vida 
moderna cotidiana é um espaço modelado pelo Estado e pelo trabalho assalariado, que 
tende a limitar o homem a uma vivência robótica a qual, nas palavras dos autores, é capaz 
de resultar em um consumismo dócil e voraz, de eficiência produtiva e também de abdicar 
da sua condição de cidadão. Assim, para pensarmos as transformações do mundo do 
trabalho e seus impactos sob a atuação do assistente social é necessário refletirmos, 
também, sobre os desafios inerentes a reprodução acrítica de práticas e saberes 
profissionais no cotidiano laboral, tendo em vista que a vida cotidiana tanto pode se 
apresentar como um espaço da alienação; como um mundo de mediocridade ou como um 
mundo com possibilidade de resistências e transformações (IDEM). 
No TRT-RJ o Serviço Social atua, essencialmente, com as resultantes de uma 
relação estranhada do homem com o trabalho, elucidada por meio de fênomenos como 
assédio moral e sexual, adoecimento físico e psicossomático. Logo, a tônica do sofrimento 
no trabalho mostra-se como a primeira ponta das expressões da questão social no que diz 
respeito às inflexões contemporâneas do capital sobre o trabalho. E aí reside o grande 
desafio, posto que o Serviço Social é chamado a mediar conflitos; a promover ações 
pontuais de qualidade de vida no trabalho, assim como para estabelecer mecanismos 
socioeducativos voltados à adesão dos servidores aos valores e metas instituconais. 
Para entendermos a atuação do Serviço Social no judiciário brasileiro, é 
necessário discorrermos sobre o Documento Técnico nº 319, do Banco Mundial que 
delimita uma nova organização do Poder Judiciário para a América Latina e Caribe. Sob a 
influência direta deste documento, foi criado o Conselho Nacional de Justiça, baluarte 
propulsor das transformações “necessárias”. No documento suprarreferido, o Banco Mundial 
delimita que os Estados-Nação devem repensar o papel dos respectivos países, tendo em 
vista que estes precisam atuar como facilitadores e reguladores das atividades inerentes 
aos setores privados. Isto porque o Banco Mundial «constata» a ineficiência dos setores 
públicos «pouco produtivos» e com serviços de baixa qualidade, resultando em um 
excessivo acúmulo de processos no Poder Judicário, o que, para o BM, reflete uma 
deficiência no seu processo de gerenciamento. Neste mesmo contexto, o Documento nº 319 
delimita que os serviços são prestados de uma forma pouco competitiva pelos servidores 
públicos. Destarte, o BM explicita que o seu programa de reforma visa aumentar a eficiência 
e a eficácia do Judiciário, viabilizando a dissolução de conflitos e a promoção do 
desenvolvimento do setor privado (tendo em vista que hoje a esfera pública não estaria 
sendo capaz de solucionar a contento as demandas do referido setor). Para comprovar esta 
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ineficiência, o documento cita: “No Brasil, em 1990, mais de 40 milhões de processos foram 
ajuizados nas Cortes de 1ª Instância, mas apenas 58% dos processos foram julgados ao 
final deste período”. Neste mesmo contexto, o BM indica que 74% da população brasileira 
se refere à administração da Justiça como “regular ou insatisfatória”. Recomenda, também, 
a revisão do número de servidores, por meio de uma análise sobre as demandas 
institucionais, pontuando que a solução para um atendimento de qualidade não está, 
necessariamente, no aumento do número de seus empregados. Segundo o Documento 
Técnico nº 319, os juízes e servidores públicos estão na “raiz do problema” da morosidade e 
da ineficiência do Judiciário e, portanto, dificultam as mudanças e transformações 
necessárias. 
Ademais, o texto deixa muito clara a preocupação com os processos gerencias e 
de administração, como se pudéssemos resumir a morosidade da Justiça à questão 
organizacional. Esta deve ser apreendida, apenas, como mais um dos aspectos. Sabemos 
que, por vezes, vícios de sociabilidade como o coronelismo, o autoritarismo e o 
patrimonialismo são mais determinantes para os limites do Judiciário do que os limites 
administrativos propriamente. Também devemos levar em consideração que a corrida da 
população ao Judiciário deve-se ao contínuo desmonte das políticas sociais (sendo um 
exemplo a judicialização da saúde), além do desrespeito sistemático do empresariado no 
descumprimento das leis do trabalho (Ribeiro, 2005). Sob este aspecto, revela-se a 
dimensão perniciosa da cultura do “consenso e da conciliação”, tendo em vista que, 
reiteradamente, pela emergência vivida, muitos trabalhadores são levados concordar com 
conciliações que redundam em uma remuneração imediata sempre menor que aquela 
efetivamente devida. Pode parecer inocente, mas vale lembrar: técnicas gerenciais não são 
científicas, neutras ou apolíticas. Elas atendem a visões de mundo e, principalmente, a 
interesses. Portanto, a análise do BM para a reforma do judiciário delimita um mero recorte 
e abstração da realidade, que transforma os limites do judicário em simples questões 
administrativas, ignorando o massivo processo de desconstrução dos direitos sociais, o 
acirramento do individualismo possessivo e a fragilização dos coletivos laborais, associada, 
por sua vez, ao enfraquecimento das lutas classistas, redundando na judicialização da 
própria sociedade, que só observa caminhos restritos às relações jurícas burguesas as 
quais, por si só, já possuem um desenvolvimento desigual (MARX, 2011). Sobre esta 
questão, pontua Lukács (212, p.336): «O processo só se torna misterioso quando as 
relações econômicas não são entendidas como relações entre homens, mas ao contrário, 
são fetichizadas, ‘reificadas’». 
Destarte, as Varas do Trabalho, por exemplo, se transformam em locais de 
trabalho reestruturados, territórios laborais que refletem a nova precariedade salarial que 
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colabora para a intrusividade do tempo de trabalho sobre o tempo de vida (Alves,2014). No 
que tange às novas tecnologias, o Processo Judicial Eletrônico (PJe) aparece não apenas 
como um mecanismo de racionalização do processo de trabalho, mas instaura uma nova 
forma de controle sobre o trabalho dos juízes e servidores em tempo real. Trata-se de um 
instrumental incorporado ao processo de trabalho que objetiva a redução do tempo das 
atividades acessórias ao processo judicial, automatizando procedimentos e viabilizando a 
execução de tarefas de forma paralela – portanto, uma verdadeira reestruturação produtiva 
do judiciário. 
Tais transformações exigem novas competências para os servidores, que são 
levados à adoção de valores como proatividade e polivalência. Observa-se ainda que esta 
reestruturação do processo de labor implica não só no aumento objetivo/numérico da carga 
de trabalho, mas também em uma intensificação desta carga de trabalho, tendo em vista a 
maior quantidade de informações recebidas e administradas pelos servidores. Parte dessas 
“novas competências” metamorfoseiam-se em fatores de sofrimentos para os servidores, em 
especial para aqueles que possuem uma trajetória conectada àsantigas formas de labor. 
Segundo Alves (2014), o estresse e o sofrimento psíquico podem ser compreendidos como 
resultantes desta nova dinâmica, estimulada pelas técnicas de gestão by stress, que veicula 
valores como “adesão, consentimento, produtividade, responsabilidade social”, 
transformando o homem que trabalha em patrão de si mesmo, corroendo a ponderação 
necessária à efetivação da Justiça. Para Alves (Op. cit.), o problema da Justiça do Trabalho 
não se restringe, portanto, a uma transição organizacional, mas sim, a uma concepção 
política de gestão e a própria concepção de produção da Justiça do Trabalho. Nas práticas 
gerenciais contemporâneas podemos observar, portanto, uma fragmentação ainda maior do 
trabalhador coletivo, de maneira que o homem que trabalha é confrontado cotidianamente 
pela solidão (relacional e de si) e pela violência inerente à cultura da produtividade 
(DEJOURS, 1992). 
Por fim, entendemos que o Serviço Social brasileiro também está submetido a 
esta realidade, tendo em vista que a sociedade gerencial é uma consequência da 
reestruturação produtiva e possui como característica ser um sistema que tem no centro, o 
universo econômico, social e cultural ditado por regras empresariais, trazendo uma grande 
transformação de valores e modos de ser (GAULEJAC, 2007). Os homens procuram na 
gestão um sentido para a ação e até, por vezes, para a sua vida e seu futuro. E, dessa 
maneira, em nome do desempenho, da qualidade, da eficácia, da competição e da 
mobilidade, construímos um novo mundo, que tem a gestão como ideologia, legitimando 
uma abordagem instrumental, utilitarista e contábil das relações entre o homem e a 
sociedade. Problematizamos, portanto, o fato de que todos os espaços da vida social são 
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atingidos por esta nova lógica. Cada indivíduo é convidado a se tornar um empreendedor da 
própria vida, de maneira que o humano se torna um capital que convém tornar produtivo. 
Nesta mesma esteira, o referido autor nos adverte que a violência no trabalho em tempos 
modernos não é diretamente repressiva (ainda que subsistam formas de repressão); ela é 
principalmente uma violência psíquica, conectada a exigências paradoxais. Desta forma, o 
próprio sistema aparece como perverso, tendo em vista que capta processos psíquicos para 
mobilizar o funcionamento organizacional. 
Tal fato mostra que, diante da nova dinâmica patogênica do capital, o sistema de 
aferição epidemiológico dos adoecimentos do homem que trabalha está ultrapassado no 
sentido técnico-categorial. Sobre esta questão, é mister trazermos as considerações de 
Ribeiro (2005), que delimita que não há nenhuma transcendência científica na classificação 
de doenças do trabalho e doenças que não sejam do trabalho. Essa é uma classificação 
pragmática do Estado moderno, que enquadrou tais doenças tendo como referência o custo 
para o sistema reparador e regulador do sistema público que – direta ou indiretamente – é 
controlado e administrado pelos interesses mercantis. Portanto, faz-se necessário o debate 
acerca da complexidade e das múltiplas dimensões que envolvem a passagem do estado 
habitual de saúde para um estado de transtorno da saúde, por mediações com as formas 
contemporâneas das relações sociais de trabalho. 
De acordo com Alves (2013), esta é a dupla perversidade do sistema 
contemporâneo: ocultar e imputar às vítimas a culpa de seu adoecimento, de maneira que a 
ideologia da doença do trabalho é enquadrada como um caso clínico, e não como produto 
de uma forma de organização e gestão do trabalho. Assim, a lógica gerencial traz uma 
sensação de intensificação do trabalho, articulada ao não desligamento da atividade laboral, 
redundando no agravamento de quadros de estresse, de síndrome de Burnout, e de uma 
espécie de insalubridade mental, tendo em vista que o indivíduo se animaliza: suas 
aspirações resumem-se a comer, beber, dormir, procriar… – quando muito, se estendem a 
espaços de consumo fetichizado. O tempo de trabalho coloniza a vida pessoal de tal forma 
que, ainda que este indivíduo não esteja desenvolvendo atribuições formais, possui a sua 
mente conectada e subjugada à dinâmica laboral – fator este que redunda no adoecimento. 
Em meio a este complexo contexto, o cotidiano institucional suprarreferido 
permite a aferição de uma objetiva expectativa institucional (permeada por valores e 
princípios gerenciais) de que o Serviço Social atue como um agente apaziguador em 
questões de cunho organizacional. Logo, problematizamos uma instituição que recebe o 
assistente social como parte fundamental de uma proposta de adaptação dos servidores aos 
novos métodos de trabalho, fazendo parte da adoção de uma política voltada à persuasão e 
ao consenso (os quais, vale dizer, se chocam com a estrutura rigidamente hierarquizada do 
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TRT-RJ). É neste sentido que este espaço sócio-ocupacional do Serviço Social se mostra 
como um desafio, tanto em termos práticos operacionais, quanto éticos e políticos, tendo em 
vista que a lógica esquizoide que atravessa toda a organização do trabalho, (re)abre espaço 
àquilo que há de mais conservador na profissão. Este fato revela-se por meio das demandas 
institucionais e pelo acompanhamento individualizado e de cariz “psicossocial” de seus 
servidores, além da adesão ao verborrágico e quantofrênico universo gerencial, mediante a 
conhecida dimensão pedagógica da profissão que, neste contexto, tende a sobrepor-se às 
demais características profissionais. 
III. CONCLUSÃO
O Serviço Social brasileiro encontra-se premido por uma sociedade que se 
acostumou a uma permanente contrarrevolução que, por vezes, pode forjar a sensação de 
avanço e efetivação de direitos mas, em verdade, põe em xeque uma categoria que, ainda 
que possa contar com uma sabida vanguarda progressista, precisa administrar uma rarefeita 
tradição intelectual que chegou a se conduzir por um amálgama de messianismo e 
falatalismo, como nos adverte Iamamoto (2004). Desta forma, entendemos que a análise 
sobre os «novos postulados gerenciais» não traz consigo apenas uma luta de ideias, mas a 
possibilidade de resistência e renovação crítica de uma profissão que carece debruçar-se 
sobre a radicalidade da própria questão social, não aderindo a instrumentos mitigadores das 
violências das relações sociais capitalistas, por meio de práticas e instrumentos que se 
pretendem neutros e aclassistas. Isto porque, segundo Marx (2011), a população [o público 
usuário do Serviço Social], por exemplo, torna-se uma abstração quando deixa de fora as 
classes pelas quais é constituída. 
Nesta sociabilidade, Baran e Sweezy (1978) denunciam que o pagamento é a 
chave das parcas satisfações permitidas aos trabalhadores através de bens materiais 
(autorrespeito, status, reconhecimento dos companheiros), ao mesmo tempo em que, dentro 
da estrutura social existente, tais instrumentos de consumo tendem a, cada vez mais, trazer 
menos realização. Assim, retroalimenta-se uma destruição da identidade do trabalhador com 
seu trabalho, paralelamente a sua mera identificação como consumidor. Desta forma, «o 
trabalho e o consumo partilham, assim, da mesma ambiguidade: embora atendendo as 
necessidades básicas da sobrevivência, perdem cada vez mais seu conteúdo e sentidos 
interiores» (Ibid., p. 342). Tal questão, a nosso ver, desvela parte das razões pelas quais a 
cultura gerencial (sustentada pelo ideário pós-moderno) ganha tamanho espaço nesta forma 
de sociabilidade. Assim, conforme pontua Heloani (2011), o capital contemporâneo 
desenvolve novas formas de poder que transcendem a excessiva padronização ou 
simplificação do trabalho para uma verdadeira gestão do inconsciente, por meio do 
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obscurecimento da intensificação do trabalho. Para tanto, o Estado desenvolve o papel 
imprescindível para o capital-imperialismo de coordenar os mecanismosde absorção do 
excedente e veiculação cultural por meio da modulação das políticas e direitos sociais sob a 
ótica gerencial. 
Para além disso, o cenário histórico de crise de hegemonia da esquerda abre 
caminho para o conservadorismo reatualizar-se por meio de mitos, comportamentos 
autoritários e irracionais, ideias valorizadoras de hierarquia, acarretando na reprodução do 
medo social (BARROCO, 2011). Este, por sua vez, atua como um facilitador de projetos 
conservadores na profissão, tendo em vista que o próprio assistente social pertence a 
parcela estendida da classe trabalhadora, submetida a precarização das condições de 
trabalho e da formação profissional. Neste contexto, segundo Lukács (2012), a 
irracionalidade (e as respostas irracionais) nada mais é [são] do que a projeção subjetiva de 
um retrocesso do pensamento, produto de um assombro diante de uma problemática real, 
concreta, cuja insolubilidade adquire para o sujeito a forma enganadora de uma resposta 
irracionalista. Desta maneira, ainda baseados em Lukács, podemos apreender o ideário 
gerencialesco como a falsa consciência, uma autoilusão de nossa época que põe grandes 
desafios à sua superação, tendo em vista que cada vez mais se torna distante a cooperação 
concreta entre os homens. 
Frente ao exposto, reafirmamos o cariz imprescindível do debate de Netto (1996), 
que há quase duas décadas, discorria sobre o grande desafio que seria posto ao Serviço 
Social, redundando em dois paradigmas: de um lado, estaria o técnico bem adestrado que 
vai operar instrumentalmente sobre as demandas do mercado de trabalho tal como elas se 
apresentam, adotando acriticamente práticas e conceitos. De outro, apresentar-se-á o 
intelectual que, por meio de uma qualificação operativa e teórico-crítica, buscará aprofundar 
a direção estratégica da profissão. Neste sentido, torna-se mister a pesquisa acerca das 
novas tendências e desafios profissionais, a fim de que não nos iludamos com o espectro 
modernizante e “humanizador” das tecnologias vinculadas a “gerência científica do 
trabalho”, priorizando uma análise crítica dos reinventados mecanismos de produção de 
consentimento de classe. 
REFERÊNCIAS 
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São Paulo: Canal 6 Editora, 2013. 
____. O Trabalho do Juiz – Análise crítica do vídeo documentário O Trabalho do Juiz. 
Bauru, SP: Canal6editora, 2014. 
BARAN, P. e SWEEZY, P. Capitalismo Monopolista – Ensaio sobre a ordem econômica e 
social americana. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 
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BARROCO, M. Bárbarie e Neoconservadorismo – os desafios do projeto ético-político. 
Serviço Social & Sociedade. Nº.106, São Paulo: Cortez, abr./jun. 2011. pp. 205-218. 
BRAVERMAN, H. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no século 
XXI. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
COUTINHO, C. N. Cultura e Democracia no Brasil. Encontros com a Civilização Brasileira, 
no 17. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira: 1979. 
DEJOURS, C. A Loucura do Trabalho – estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: 
Cortez-Oboré, 1992. 
FONTES, V. O Brasil e o Capital-Imperialismo – Teoria e história. Rio de Janeiro: Editora 
UFRJ, 2012. 
GAULEJAC, V. de. Gestão como Doença Social – Ideologia, poder gerencialista e 
fragmentação social. São Paulo: Ideias e Letras, 2007. 
GURGEL, C. A Gerência do Pensamento – Gestão contemporânea e consciência 
neoliberal. São Paulo :Cortez, 2003. 
HELOANI, R. Organização do Trabalho e Administração – Uma visão multidisciplinar. 
São Paulo: Cortez, 2011. 
IAMAMOTO, M. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social – Ensaios críticos. 
São Paulo: Cortez, 2004. 
LUKÁCS, G. Para Uma Ontologia do Ser Social I. São Paulo: Boitempo, 2012. 
MARX, K. O Capital – Crítica da Economia Política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 
2006. 
MARX, K. Grundrisse, Rio de Janeiro Ed. UFRJ, 2011. 
MOTA, A. E. O Feitiço da Ajuda – as determinações do Serviço Social na Empresa. São 
Paulo: Cortez, 2010. 
NETTO, J. P. Transformações societárias e Serviço Social – Notas para uma análise 
prospectiva da profissão no Brasil. Serviço Social & Sociedade n. 50. São Paulo: Cortez, 
abril de 1996. pp. 87-131. 
NETTO, J. P e BRANT-CARVALHO, M.B. Cotidiano: Conhecimento e crítica. São Paulo: 
Cortez, 2011. 
RIBEIRO, H. O Juiz Sem a Toga. Florianópolis: Lagoa, 2005. 
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PORTFÓLIO
Em meio a um contexto de reestruturação do serviço social, a par r da década de 1950, as formas 
de intervenção começam a caminhar em direção a uma análise mais contextualizada da realidade 
social dos indivíduos, passando a atuar sobre o viés do chamado desenvolvimento de 
comunidade, que teve por finalidade a adoção de novas técnicas de atuação com vistas ao 
entendimento mais amplo da situação do indivíduo e a relação com seu meio.
Diante disso, imagine este cenário:
Você foi contratada para trabalhar em uma Comunidade Rural de cerca de 85 famílias (250 
pessoas)
Considerando essa comunidade, indique:
- Quais técnicas de mobilização social e abordagem da população em um meio rural poderiam 
ter sido utilizadas?
- Os indicadores de alcance rela vos à efetiva participação da determinada comunidade.
- Qual a concepção do serviço social acerca da sua atuação profissional na contemporaneidade?
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OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com no
mínimo 20 linhas e máximo 25 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira pessoa
do singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte tamanho 12,
fonte arial ou times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado.
PESQUISA
AUTOESTUDO!
As discussões em torno das políticas sociais e investimentos públicos trazem à tona o debate 
com relação aos gastos públicos e a disputa Estado Mínimo X Estado Intervencionista. 
Existem correntes que pregam que o Estado é responsável por criar ações afirmativas que 
tenham por finalidade igualar as condições para disputa entre as pessoas, e outras que 
defendem que cada um deve buscar melhorias de qualidade de vida sem intervenção externa. 
Nesta Pesquisa, você vai se aprofundar um pouco mais a respeito do termo 
“meritocracia”, tão atual nos dias de hoje. 
Assista ao vídeo
1. Meritocracia - ideologia meritocrática e sistemas meritocráticos
https://www.youtube.com/watch?v=_qHfDoM5G10
Após realizar essas pesquisas, REFLITA seguinte questão: Quais são as bases e do sistema 
meritocrático?
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	049 - 03 - 15808 Análise social, política e econômica da realidade brasileira nas décadas de 1950 e 1960.pdf
	Artigo Aula 03.pdf

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