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PCPR Delegado de Polícía Cívíl - INSTRUÇÕES DE USO O plano de leitura foi criado para lhe auxiliar na leitura da legislação, com separação por dia, mesclando artigos de diversas leis para leitura conjugada. Ex: Nossa legislação vem com destaques em partes importantes, prazos em vermelho, súmulas do STF e do STJ, jurisprudências em teses do STJ, quadros resumos… tudo sistematizado de forma a lhe ajudar na hora de estudar. Os Planos Extensivos foram pensados para serem lidos e relidos diversas vezes, em razão disso criamos os controles de leitura: Após a leitura do dia, você deve marcar a bolinha para que você não se confunda e repita a leitura no mesmo ciclo. Leia e releia o plano pelo menos 5 vezes. A cada nova leitura você perceberá que a quantidade de horas exigidas diminuirá, pois você passará a ter mais afinidade com os artigos e isso lhe ajudará na hora de realização da sua prova. O estudo para concursos público exige uma conjugação de leitura da lei + doutrina + jurisprudências + questões. Quanto à leitura da lei, nos vamos lhe ajudar, mesclando com inclusão de súmulas, jurisprudências em teses do STJ e quadros resumos, além do anexo de jurisprudências. Esperamos poder ajudá-lo nessa preparação. Conte com a gente e bons estudos! Equipe Legislação Destacada IMPORTANTE É proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos, em qualquer meio de comunicação, inclusive na internet. Lei de Direitos Autorais n° 9610/98 - PLANO DE LEITURA NÚMERO DE DIAS 26 NÚMERO DE PÁGINAS POR DIA 18 ATUALIZAÇÕES POSTERIORES Tem acesso ao sistema por 6 meses, mas as leis não são atualizadas após a prova LEIS ABRANGIDAS NO PLANO DIREITO CIVIL CC DIREITO PENAL CP DIREITO PROCESSUAL PENAL CPP LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE Lei 11343/06 - Lei de Drogas Lei 8072/90 - Crimes Hediondos Lei 7716/89 - Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor Lei 13869/19 - Abuso de Autoridade Lei no 9455/97 - Crimes de tortura Lei no 8069/90 – Crimes no ECA Lei 10826/03 - Estatuto do Desarmamento Lei 9296/96 - Interceptação Telefônica Lei 4737/65 - Crimes Eleitorais Lei 8078/90 - Crimes no CDC Lei 9613/98 - Lavagem de Dinheiro Lei 9605/98 - Crimes Ambientais Lei 9099/95 – JECrim LEI 10259/01 – JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS Lei 9503/97- Crimes de Trânsito Lei 8137/90 - Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo Lei 12850/13 - Organização Criminosa Lei 10741/03 - Crimes no Estatuto do Idoso LEI 12037/09 – Identificação Criminal Lei 7960/89 - Prisão Temporária Lei 1521/51 - Crimes contra a Economia Popular Lei 11340/06 - Maria da Penha Decreto-Lei 3688/41 - Contravenções Penais (PARTE GERAL) LEI 12830/13 - Investigação criminal Lei 7210/84 – LEP Pacote Anticrime DIREITO CONSTITUCIONAL CF Lei 9868/99 - ADI Lei 9882/99 - ADPF Lei 11417/06 - Súmula Vinculante LEI 7347/85 - Ação Civil Pública LEI 9507/97 – Habeas Data LEI 4717/65 – Ação Popular LEI 13300/16 – Mandado de Injunção LEI 12016/09 – Mandado de Segurança DIREITO ADMINISTRATIVO Lei 8987/95 - Serviços Públicos Estatuto dos Servidores do Estado do PR - DIREITOS HUMANOS CF DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS Convenção contra Tortura - DIA 1 Constituição Federal: art. 1-4 Código Penal: art. 1° - 12 Código de Processo Penal: art. 4-62 DIA 2 Constituição Federal: art. 5O Código Penal: art. 13-25 Código de Processo Penal: art. 63-91 DIA 3 Constituição Federal: art. 6-19 Código Penal: art. 26-52 Código de Processo Penal: art. 92-154 DIA 4 Constituição Federal: art. 20-36 Código Penal: art. 53-76 Código de Processo Penal: art. 155-157 DIA 5 Constituição Federal: art. 37-38 Código Penal: art. 77-120 Código de Processo Penal: art. 158-201 DIA 6 Constituição Federal: art. 39-41 Código Penal: art. 121-154-B Código de Processo Penal: art. 202-281 DIA 7 Constituição Federal: art. 44-69 Código Penal: art. 155-170 Código de Processo Penal: art. 282-300 DIA 8 Constituição Federal: art. 76-86/92-103-B Código Penal: art. 171-207 Código de Processo Penal: art. 301-320 DIA 9 Constituição Federal: art. 104-110/125-144 Código Penal: art. 208-234-B Código de Processo Penal: art. 321-372 DIA 10 Constituição Federal: art. 193-230 Código Penal: art. 235-288-A Código de Processo Penal: art. 381-405 DIA 11 Código Penal: art. 289-327 Código de Processo Penal: art. 513-518/574-667/684 DIA 12 Código Penal: art. 328-359-H Código Civil: art. 1-78 DIA 13 Código Civil: art. 79-232 Lei 9868/99 - ADI Lei 9882/99 - ADPF Lei 11417/06 - Súmula Vinculante DIA 14 Código Civil: art. 927-954/1196-1224 Lei 8987/95 - Serviços Públicos DIA 15 Código Civil: art. 1228-1368-F DIA 16 Lei 11343/06 - Lei de Drogas DIA 17 Lei 8072/90 - Crimes Hediondos Lei 7716/89 - Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor - Lei 13869/19 - Abuso de Autoridade Lei no 9455/97 - Crimes de tortura Lei no 8069/90 – Crimes no ECA DIA 18 Lei 10826/03 - Estatuto do Desarmamento Lei 9296/96 - Interceptação Telefônica Lei 4737/65 - Crimes Eleitorais Lei 8078/90 - Crimes no CDC DIA 19 Lei 9613/98 - Lavagem de Dinheiro Lei 9605/98 - Crimes Ambientais DIA 20 Lei 9099/95 – JECrim LEI 10259/01 – JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS Lei 9503/97- Crimes de Trânsito Lei 8137/90 - Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo DIA 21 Lei 12850/13 - Organização Criminosa Lei 10741/03 - Crimes no Estatuto do Idoso LEI 12037/09 – Identificação Criminal Lei 7960/89 - Prisão Temporária Lei 1521/51 - Crimes contra a Economia Popular Lei 11340/06 - Maria da Penha DIA 22 Decreto-Lei 3688/41 - Contravenções Penais (PARTE GERAL) LEI 12830/13 - Investigação criminal Lei 7210/84 – LEP: arts. 1-104 DIA 23 Lei 7210/84 – LEP: arts. 105-204 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS DIA 24 LEI 7347/85 - Ação Civil Pública LEI 9507/97 – Habeas Data LEI 4717/65 – Ação Popular LEI 13300/16 – Mandado de Injunção LEI 12016/09 – Mandado de Segurança DIA 25 - Dia 1 / 1 Dia 1Dia 1 Constituição Federal: art. 1-4 Código Penal: art. 1° - 12 Código de Processo Penal: art. 4-62 Controle de LeituraControle de Leitura ____________Constituição FederãlConstituição Federãl____________ Tabelas feitas com base nas aulas do professor Marcello Novelino e Livro do Pe- dro Lenza. CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO SOCIOLÓGICA Lassalle Soma dos fatores reais de poder. “Mera folha de papel” Para Lassale, coexistem em um Estado duas Constituições: uma real, efetiva, correspondente à soma dos fatores reais de poder que regem este país; e outra, escrita, que consistiria apenas numa “folha de papel”. POLÍTICA Schimtt Decisão política fundamental. Diferenciava Constituição de lei constitucional. Constituição: decisão política fundamental. Lei constitucional: pode ou não representar a Constituição, não dizendo respeito à decisão política fundamental. A Constituição seria fruto da vontade do povo, titular do poder constituinte ; por isso mesmo é que essa teoria é considerada DECISIONISTA ou VOLUNTARISTA. JURÍDICA Kelsen Norma hipotética fundamental. Sentido lógico-jurídico: fundamento transcendental de sua validade. Norma hipotética fundamental. Sentido jurídico-positivo: serve de fundamento para as demais normas. A Constituição é o pressuposto de validade de todas as leis CULTURALISTA Michele Ainis Fato cultural, tomando por base os direitos fundamentais pertinentes à cultura ABERTA Peter Haberle Pode ser interpretada por qualquer do povo, não só pelos juristas PLURALISTA Gustavo Zagrebelsky Princípios universais FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO Resposta à concepção sociológica de Lassale. A constituição escrita, por ter um elemento normativo, pode ordenar e conformar a realidade política e social, ou Konrad Hesse seja, é o resultado da realidade, mas também interage com esta, modificando- a, estando aí situada a força normativa da Constituição. ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES ORGÂNICO Estrutura do estado LIMITATIVOS Direitosfundamentais – limitam atuação estatal SÓCIOIDEOLÓGICO Equilíbrio entre ideias liberais e sociais ao longo da CF. DE ESTABILIZAÇÃO Asseguram solução de conflitos institucionais e protegem a integridade da Constituição e do Estado FORMAIS DE APLICABILIDADE Interpretação e aplicação da Constituição CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES QUANTO AO CONTEÚDO Constituição material: possui apenas conteúdo constitucional. Constituição formal: além de possuir matéria constitucional, possui outros assuntos. Não importa o seu conteú- do, mas a forma por meio da qual foi aprovada. QUANTO À FORMA Constituição escrita: é um documento formal, solene. OBS: Todas as Constituições brasileiras foram escritas. Constituição não-escrita (costumeira, consuetudinária ou histórica): fruto dos costumes da sociedade. QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO Constituição dogmática: fruto de um trabalho legislativo específico. Reflete os dogmas de um momento específi- co da história. OBS: Todas as Constituições brasileiras foram dogmáticas. Constituição histórica: fruto de uma lenta evolução histórica. QUANTO À ORIGEM Constituição promulgada (democráti- ca ou popular): feita pelos represen- tantes do povo. Brasil: CF-1891, CF-1934, CF-1946 e CF-1988. Constituição outorgada (ou carta constitucional): impostas ao povo pelo governante. Brasil: CF-1824 (Dom Pedro I), CF- 1937 (Getúlio Vargas), CF-1967 (regi- me militar). Constituição cesarista (plebiscitária ou bonapartista): feita pelo governante e submetida a apreciação do povo me- diante referendo. - Dia 1 / 2 Constituição pactuada (contratual ou dualista): fruto do acordo entre duas forças políticas de um país. Ex: Constituição Francesa de 1791. QUANTO À EXTENSÃO Constituição sintética (breve, sumária, sucinta, resumida, concisa): trata ape- nas dos temas principais. Ex: Consti- tuição dos EUA. Constituição analítica (longa, volumo- sa, inchada, ampla, extensa, prolixa, desenvolvida, larga): entra em deta- lhes de certas instituições. Ex: CF- 1988. QUANTO À IDEOLOGIA Constituição ortodoxa (ou monista): fixa uma única ideologia estatal. Ex: Constituição chinesa, Constituição da ex-URSS. Constituição eclética (ou compromis- sória): permite a combinação de ideo- logias diversas. QUANTO À FUNÇÃO J.J.CANOTILHO Constituição garantia (negativa ou abstencionista): limita-se a fixar os di- reitos e garantias fundamentais. É uma carta declaratória de direitos. Constituição dirigente (ou progra- mática): além de prever os direitos e garantias fundamentais, fixa metas es- tatais. Ex: art. 196, CF; art. 205, CF; art. 7º, CF; art. 4º, parágrafo único, CF. QUANTO À SISTEMATIZAÇÃO Constituição unitária (codificada, re- duzida ou orgânica): formada por um único documento. Constituição variada (legal, inorgânica ou esparsa): formada por mais de um documento. Art. 5º, § 3º, CF: Os tratados e conven- ções internacionais sobre direitos hu- manos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos respec- tivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. ATENÇÃO: A CF/88 nasce como uma Constituição unitária, mas vem pas- sando por um processo de descodifi- cação. QUANTO AO SISTEMA Constituição principiológica: possui mais princípios do que regras. Paulo Bonavides entende que é o caso da CF/1988. Constituição preceitual: possui mais regras do que princípios. Constituição semântica: é a Constitui- ção cujas normas foram elaboradas para a legitimação de práticas autori- QUANTO À ESSÊNCIA (CRITÉRIO ONTOLÓGICO) KARL LOEWENSTEIN http://www.ambito-juridico.com.br/site/in- dex.php?n_link=revista_artigos_leitura&ar- tigo_id=7593 tárias de poder; geralmente decorrem da usurpação do Poder Constituinte do povo. Ex: CF-1937, CF-1967. Constituição nominal (ou nominalis- ta): quando não há uma concordân- cia, absoluta, entre as normas consti- tucionais e as exigências do processo político, estas não se adaptando àquelas, isto é, se a dinâmica do pro- cesso político não se adaptar às nor- mas da Constituição, esta será nomi- nal. É Constituição sem valor jurídico cujas normas, na maior parte, são ine- ficazes. Constituição normativa: são aquelas, que possuem valor jurídico, cujas nor- mas dominam o processo político, lo- grando submetê-lo à observação e adaptação de seus termos; é aquela, na qual, há uma adequação entre o texto e a realidade social, o seu texto traduz os anseios de justiça dos cida- dãos, sendo condutor dos processos de poder. ATENÇÃO: Pedro Lenza afirma que a Constituição brasileira está caminhan- do da Constituição nominal para a normativa. Contudo, a posição majo- ritária é de que a constituição brasilei- ra é normativa. QUANTO À ORIGEM DE SUA DECRETAÇÃO JOR- GE MIRANDA Constituição heterônoma (ou hetero- constituição): feita em um país para vigorar em outro país. Constituição autônoma (homoconsti- tuição ou autoconstituição): feita em um país para nele vigorar. É a regra geral. Ex: Constituição brasileira. CLASSIFICAÇÃO DE RAUL MACHADO HORTA Constituição expansiva: além de am- pliar temas já tratados, trata de novos temas. Ex: CF-1988. Constituição plástica: permite sua am- pliação por meio de leis infraconstitu- cionais (segundo a lei, nos termos da lei, etc.). Ex: CF-1988. QUANTO À ATIVIDADE LEGISLATIVA Constituição-lei: a constituição é tra- tada como uma lei qualquer. Dá am- pla liberdade ao legislador ordinário. Constituição-fundamento (constitui- ção total ou ubiquidade constitucio- nal): a constituição tenta disciplinar detalhes da vida social. Dá uma pe- quena liberdade ao legislador ordiná- rio. - Dia 1 / 3 Constituição-moldura (Canotilho: Constituição-quadro): como a moldu- ra de um quadro, a constituição fixa os limites de atuação do legislador or- dinário. CONSTITUIÇÃO SIMBÓLICA É a constituição cujo simbolismo é maior que seus efeitos práticos. Para Marcelo Neves, a CF/88 é simbólica por ter um elevado número de nor- mas programáticas e dispositivos de alto grau de abstração. Marcelo Neves afirma que a constitu- cionalização simbólica tem como ob- jetivos confirmar determinados valo- res sociais, desejando-se apenas uma vitória legislativa e fortalecer a confi- ança do cidadão no governo ou no Estado, por meio da legislação álibi, por meio da qual se esvaziam pres- sões políticas e apresentam o Estado como sensível a expectativas dos cida- dãos, porém sem efetividade. Por fim, teria como terceiro objetivo adiar a solução de conflitos sociais, por meio de compromissos dilatórios, poster- gando-se a verdadeira decisão para o futuro. QUANTO AO CONTEÚDO IDEOLÓGICO ANDRÉ RAMOS TAVARES Constituição liberal: possui apenas di- reitos individuais ou de 1a dimensão (ex: vida, liberdade, propriedade). O Estado tem o dever principal de não fazer. Ex: CF-1824, CF-1891. Constituição social: além de direitos individuais, prevê direitos sociais ou de 2a dimensão (ex: saúde, educação, moradia, alimentação). O Estado tem o dever principal de fazer. Ex: CF-1934, CF-1946, CF-1967, CF- 1988. SEGUNDO JORGE MIRANDA Constituição provisória (ou pré-cons- tituição): possui duração reduzida, até que seja elaborada a constituição de- finitiva. Constituição definitiva: possui prazo indeterminado de duração. Ex: CF-1988. CONSTITUIÇÃO BALANÇO OU REGISTRO Periodicamente elabora-se uma cons- tituição, fazendo uma análise do avanço social ocorrido nos anos ante- riores. CONSTITUIÇÃO EM BRANCO Não prevê regras e limites para o exercício do poder constituinte deri- vado reformador. Constituição imutável (permanente, granítica ou intocável): não pode ser alterada, pretendendo-se eterna e QUANTO À RIGIDEZ OU ESTABILIDADE fundando-se na crença de que não haveria órgão competente para pro- ceder à sua reforma. Pode estar relaci- onada a fundamentos religiosos. Ex: a CF-1824foi imutável nos primei- ros 4 anos (limitação temporal). Constituição rígida: possui um proces- so de alteração mais rigoroso que o destinado às outras leis. Ex: CF-1988. Constituição flexível: possui o mesmo processo de alteração que o destina- do às outras leis. Os países de consti- tuição flexível não possuem o contro- le de constitucionalidade. Constituição transitoriamente flexível: é a Constituição flexível por algum período, findo o qual se torna uma Constituição rígida. Constituição semirrígida (ou semiflexí- vel): parte dela é rígida e parte é flexí- vel. Constituição fixa (ou silenciosa): é aquela que nada prevê sobre sua mu- dança formal, sendo alterável somen- te pelo próprio poder originário. Constituição super-rígida: é a Consti- tuição rígida que possui um núcleo imutável. CONSTITUIÇÃO DÚCTIL (CONSTITUIÇÃO SUAVE) Idealizada pelo jurista italiano Gusta- vo Zagrebelsky (constituzione mite). É aquela que não define ou impõe uma forma de vida, mas assegura condições possíveis para o exercício dos mais variados projetos de vida. Reflete o pluralismo ideológico, mo- ral, político e econômico existente na sociedade. CONSTITUIÇÃO UNITEXTUAL OU ORGÂNICA Rechaça a ideia de existência de um bloco de constitucionalidade, visto que a Constituição seria disposta em uma estrutura documental única. CONSTITUIÇÃO SUBCONSTITUCIONAL Constituição subconstitucional admite a constitucionalização de temas ex- cessivos e o alçamento de detalhes e interesses momentâneos ao patamar constitucional. Para Uadi Lammêgo Bulos, citando Hild Krüger, as constituições só devem trazer aquilo que interessa à socieda- de como um todo, sem detalhamen- tos inúteis. Esse excesso de temas forma as constituições substitucionais, que são normas que, mesmo elevadas formalmente ao patamar constitucio- nal, não o são, porque encontram-se - Dia 1 / 4 limitadas nos seus objetivos. CONSTITUIÇÃO PROCESSUAL, INSTRUMENTAL OU FORMAL É um "instrumento de governo defini- dor de competências, regulador de processos e estabelecedor de limites à acção política" (Canotilho). Seu objeti- vo é definir competências, para limitar a ação dos Poderes Públicos, além de representar apenas um instrumento pelo qual se eliminam conflitos soci- ais. CONSTITUIÇÃO CHAPA BRANCA http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits- tream/handle/10438/10959/ Resiliencia_constitucional.pdf? sequence=3&isAllowed=y O intuito principal da Constituição é tutelar interesses e até mesmo privilé- gios tradicionalmente reconhecidos aos integrantes e dirigentes do setor público. A Constituição é fundamentalmente um conjunto normativo “destinado a assegurar posições de poder a corpo- rações e organismos estatais ou para- estatais. É a visão da Constituição “chapa-branca”, no sentido de uma “Lei Maior da organização administra- tiva”. Apesar da retórica relacionada aos direitos fundamentais e das nor- mas liberais e sociais, o núcleo duro do texto preserva interesses corpora- tivos do setor público e estabelece formas de distribuição e de apropria- ção dos recursos públicos entre vários grupos. Leitura socialmente pessimista da Constituição que insiste na continui- dade da visão estatalista-patrimonia- lista da Constituição e na centralidade do Poder Executivo em detrimento tanto da promessa democrática como da tutela judicial dos direitos individu- ais. CONSTITUIÇÃO UBÍQUA http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits- tream/handle/10438/10959/ Resiliencia_constitucional.pdf? sequence=3&isAllowed=y Onipresença das normas e valores constitucionais no ordenamento ju- rídico. Parte-se da constatação de que os conflitos forenses e a doutrina jurídica foram impregnados pelo direito cons- titucional. A referência a normas e va- lores constitucionais é um elemento onipresente no direito brasileiro pós- 1988. Essa “panconstitucionalização” deve-se ao caráter detalhista da Cons- tituição, que incorporou uma infinida- de de valores substanciais, princípios abstratos e normas concretas em seu programa normativo. CONSTITUIÇÃO LIBERAL-PATRIMONIALISTA http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits- tream/handle/10438/10959/ Resiliencia_constitucional.pdf? sequence=3&isAllowed=y Objetiva preponderantemente garan- tir os direitos individuais, preservando fortes garantias ao direito de proprie- dade e procurando limitar a interven- ção estatal na economia. CONSTITUIÇÃO PRINCIPIOLÓGICA E JU- DICIALISTA http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits- tream/handle/10438/10959/ Resiliencia_constitucional.pdf? sequence=3&isAllowed=y Leitura da Constituição de 1988 com base nas seguintes características: 1) importância crucial dos direitos fundamentais, incluindo os sociais, sendo a Constituição de 1988 um tex- to denso exigente, limitando a liber- dade do legislador e impondo sua im- plementação; 2) centralidade dos princípios consti- tucionais que se multiplicam e adqui- rem relevância prática e aplicabilidade imediata, desde que sejam adotados métodos de interpretação abertos, evolutivos e desvinculados da textua- lidade das regras, em particular a ponderação de princípios e/ou valo- res; 3) importância do Poder Judiciário que se torna protagonista da Consti- tuição de 1988, em razão da amplia- ção e da intensificação do controle de constitucionalidade e da incumbência de implementar o projeto constitucio- nal mediante aplicação de métodos “abertos” de interpretação. CONSTITUIÇÃO ORAL É “aquela em que o chefe supremo de um povo reclama, de viva voz, o con- junto de normas que deverão reger a vida em comunidade” (BULOS, 2014, p. 108). CONSTITUIÇÃO INSTRUMENTAL Para Uadi Lammêgo Bulos, “é aquela em que suas normas equivalem a leis processuais. Seu objetivo é definir competências, para limitar a ação dos Poderes Públicos” (BULOS, 2014, p. 108). TRANSCONSTITUCIONA- LISMO é fenômeno pelo qual diversas ordens jurídicas de um mesmo Estado, ou de Estados diferentes, se entrelaçam para resolver problemas constitucionais” (BULOS, 2014, p. 90). CONSTITUIÇÃO.COM “crowdsourcing” “É aquela cujo projeto conta a opinião maciça dos usuários da internet, que, por meio de sites de relacionamentos, externam seu pensamento a respeito dos temas a serem constitucionaliza- dos. Foi a Islândia que, pioneiramente, no ano de 2011, fez uma ‘consti- tuição.com’ (crowdsourcing)” (BULOS, 2014, p. 112). PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, desti- nado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a li- berdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualda- de e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, - Dia 1 / 5 pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e com- prometida, na ordem interna e internacional, com a solução pa- cífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. O preâmbulo da CR/88 NÃO PODE, por si só, servir de parâme- tro de controle da constitucionalidade de uma norma. O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos filo- sóficos, ideológicos, sociais e econômicos e, dessa forma, norteia a interpretação do texto constitucional. Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em uma espécie de introdução ao texto constitucional, um resumo dos direitos que permearão a textualização a seguir, apresentan- do o processo que resultou na elaboração da Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma nação. O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88 consti- tui-se no marco da ruptura com o regime anterior e garante a instalação e asseguramento jurídico dos direitos listados em se- guida e até então não dotados de força normativa constitucional suficiente para serem respeitados, sendo eles o exercício dosdi- reitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça. Nos moldes jurídicos adotados pela CF/88, o preâmbulo se con- figura como um elemento que serve de manifesto à continuida- de de todo o ordenamento jurídico ao conectar os valores do passado - a situação de início que motivou a colocação em mar- cha do processo legislativo - com o futuro - a exposição dos fins a alcançar -, descrição da situação que se aspira a chegar. A invocação à proteção de Deus NÃO TEM força normativa. O preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e re- flete a posição ideológica do constituinte. Logo, não contém re- levância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor in- terpretativo das normas constitucionais, não servindo como pa- râmetro para o controle de constitucionalidade (STF). N ão tem força normativa , embora provenha do mesmo poder constituinte originário que elaborou toda a constituição É destituído de qualquer cogência (MS 24.645 MC/DF); NÃO INTEGRA o bloco de constitucionalidade; Não cria direitos nem estabelece deveres; Seus princípios não prevalecem diante do texto expresso da constituição; NATUREZA JURÍDICA DO PREÂMBULO TESE DA IRRELEVÂNCIA JURÍDICA O preâmbulo situa-se no DOMÍNIO DA POLÍTICA, sem relevância jurídica (STF). ATENÇÃO: apesar de o preâmbulo não possuir força normativa, ele traz as intenções, o sentido, a origem, as justificativas, os objetivos, os valores e os ideais de uma Constituição, servindo de vetor interpretativo. Trata-se, assim, de um referencial interpretativo-valorativo da Constituição. O preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica TESE DA PLENA EFICÁCIA das normas constitucionais, sendo, porém, apresentado de forma não articulada. TESE DA RELEVÂNCIA JURÍDICA INDIRETA Ponto intermediário entre as duas, já que, muito embora participe "das características jurídicas da Constituição'', não deve ser confundido com o articulado TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais PRINCÍPIOS REGRAS Normas mais amplas, abstratas, genéricas. Normas mais específicas, delimitadas, determinadas. Alexy: princípios são MANDAMENTOS DE OTIMIZAÇÃO, que devem ser cumpridos na maior intensidade possível. Dworkin: princípios são mandamentos normativos aplicados na DIMENSÃO DE PESO ou DE IMPORTÂNCIA. Alexy: são MANDADOS DE DEFINIÇÃO. Devem ser cumpridas integralmente (all or nothing). Em caso de colisão, resolve-se pela PONDERAÇÃO. Em caso de colisão, resolve-se pela DIMENSÃO DE VALIDADE. Ex: dignidade da pessoa humana. Ex: eleição para Presidente da República. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indis- solúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como FUNDAMENTOS (SO-CI-DI-VA-PLU): I - a SOberania; II - a CIdadania III - a DIgnidade da pessoa humana; IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o PLUralismo político. Parágrafo único. TODO O PODER EMANA DO POVO, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES – art. 1°, CF PRINCÍPIO REPUBLICANO “A República” PRINCÍPIO FEDERATIVO “Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Es- tados e Municípios e do Distrito Federal” PRINCÍPIO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO “constitui-se em Estado Demo- crático de Direito” Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem OBJETIVOS fundamentais da República Federa- tiva do Brasil (regra do verbo): I - CONSTRUIR uma sociedade livre, justa e solidária; II - GARANTIR o desenvolvimento nacional; - Dia 1 / 6 III - ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desi- gualdades sociais e regionais; IV - PROMOVER o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a inte- gração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações ________________Codigo Penãl_Codigo Penãl_______________ *Tabelas de Direito Penal foram produzidas a partir de aulas do Professor Rogé- rio Sanches CONCEITO DE DIREITO PENAL ASPECTO FORMAL/ ESTÁTICO Direito Penal é o conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos como infrações penais, define os seus agentes e fixa sanções a serem-lhes aplicadas. ASPECTO MATERIAL O Direito Penal refere-se a comportamentos considerados altamente reprováveis ou danosos ao organismo social, afetando bens jurídicos indispensáveis à própria conservação e progresso da sociedade. ASPECTO SOCIOLÓGICO/ DINÂMICO O Direito Penal é mais um instrumento de controle social, visando assegurar a necessária disciplina para a harmônica convivência dos membros da sociedade. Aprofundando o enfoque sociológico - A manutenção da paz social demanda a existência de normas destinadas a estabelecer diretrizes. - Quando violadas as regras de conduta, surge para o Estado o dever de aplicar sanções (civis ou penais). - Nessa tarefa de controle social atuam vários ramos do direito, como o Direito Civil, Direito Administrativo, etc. O Direito Penal é apenas um dos ramos do controle social. - Quando a conduta atenta contra bens jurídicos especialmente tutelados, merece reação mais severa por parte do Estado, valendo-se do Direito Penal. IMPORTANTE O que diferencia a norma penal das demais é a espécie de consequência jurídica, ou seja, pena privativa de liberdade (PPL) - O Direito Penal é norteado pelo princípio da intervenção mínima, só atuando quando os outros ramos do direito falham. Direito Penal Criminologia (Ciência Penal) Política Criminal (Ciência Política) Analisa os fatos hu- manos indesejados, define quais devem ser rotulados como crime ou contraven- ção, anunciando as penas. Ciência empírica que estuda o crime, o criminoso, a víti- ma e o comporta- mento da socieda- de. Trabalha as estraté- gias e os meios de controle social da cri- minalidade. Ocupa-se do crime enquanto NORMA. Ocupa-se do crime enquanto FATO so- cial. Ocupa-se do crime enquanto VALOR. ex.: define como cri- me lesão no ambi- ente doméstico e fa- miliar. ex.: quais fatores contribuem para a violência doméstica e familiar ex.: estuda como di- minuir a violência do- méstica e familiar. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL Princípios relacionados com a MISSÃO FUNDAMENTAL DO DIREITO PENAL Princípio da EXCLUSIVA PROTEÇÃO DOS BENS JURÍDICOS O direito penal deve servir apenas para prote- ger bens jurídicos relevantes, indispensáveis ao convívio da sociedade. Decorrência do princípio da ofensividade. Princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que sua in- tervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter subsidiá- rio), observando somente os casos de relevan- te lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado (caráter fragmentário). a) PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE (ou caráter fragmentário do Direito Penal): esta- belece que nem todos os ilícitos configuram infrações penais, mas apenas os que atentam contra valores fundamentais para a manuten- ção e o progresso do ser humano e da socie- dade. Em razão de seu caráter fragmentário,o Direito Penal é a última etapa de proteção do bem jurídico. Deve ser utilizado no plano abstrato, para o fim de permitir a criação de tipos penais somente quando os demais ra- mos do Direito tiverem falhado na tarefa de proteção de um bem jurídico. Refere-se, as- sim, à atividade legislativa. FRAGMENTARIEDADE ÀS AVESSAS: situações em que um comportamento inicialmente típi- co deixa de interessar ao Direito Penal, sem prejuízo da sua tutela pelos demais ramos do - Dia 1 / 7 Direito. IMPORTANTE O princípio da insignificância é desdobramento lógico da fragmentariedade. b) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: a atua- ção do Direito Penal é cabível unicamente quando os outros ramos do Direito e os de- mais meios estatais de controle social tiverem se revelado impotentes para o controle da or- dem pública. Assim, o Direito Penal funciona como um executor de reserva ( ultima ratio ) , entrando em cena somente quando outros meios estatais de proteção mais brandos, e, portanto, menos invasivos da liberdade indivi- dual não forem suficientes para a proteção do bem jurídico tutelado. Projeta-se no plano concreto, isto é, em sua atuação prática o Di- reito Penal somente se legitima quando os demais meios disponíveis já tiverem sido em- pregados, sem sucesso, para proteção do bem jurídico. Guarda relação, portanto, com a tare- fa de aplicação da lei penal. Princípios relacionados com o FATO DO AGENTE Princípio da EXTERIORIZAÇÃO ou MATERIALIZAÇÃO DO FATO O Estado só pode incriminar condutas huma- nas voluntárias, isto é, fatos. ATENÇÃO Veda-se o Direito Penal do autor: consistente na punição do indivíduo baseada em seus pensamentos, desejos e estilo de vida. Conclusão: O Direito Penal Brasileiro se- gue Direito Penal do Fato. RESQUÍCIOS DE DIREITO PENAL DO AUTOR NO DIREITO BRASILEIRO: Até 2009, mendicân- cia era contravenção penal; Vadiagem é con- travenção penal. ATENÇÃO Identifica-se a aplicação do direito penal do autor em detrimento ao direito pe- nal do fato: - Fixação da pena - Regime de cumprimento da pena e espécies de sanção. Princípio da LEGALIDADE Art. 5º , II, C.F. – “ninguém será obrigado a fa- zer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” Art. 5º, XXXIX, C.F. – “não há crime sem lei an- terior que o defina, nem pena sem prévia co- minação legal;” Art. 1º, C.P. - “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia comi- nação legal.” DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA LEGA- LIDADE: a) não há crime ou pena sem lei (medida pro- visória não pode criar crime, nem cominar pena) b) não há crime ou pena sem lei anterior (princípio da anterioridade) c) não há crime ou pena sem lei escrita (proí- be costume incriminador) d) não há crime ou pena sem lei estrita (pro- íbe-se a utilização da analogia para criar tipo incriminador - analogia in malam partem). e) não há crime ou pena sem lei certa (Princí- pio da Taxatividade ou da determinação; Proi- bição de criação de tipos penais vagos e inde- terminados) f) não há crime ou pena sem lei necessária (desdobramento lógico do princípio da inter- venção mínima) Fundamentos do Princípio da Legalidade - JURÍDICO: taxatividade, certeza ou determi- nação. - POLÍTICO: garantia contra a devida ingerên- cia no Estado na vida particular. - HISTÓRICO: Magna Carta (1215) - DEMOCRÁTICO: separação dos poderes Princípio da OFENSIVIDADE/LESIVIDADE Exige que do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. Somente condutas que causem lesão (efetiva/ potencial) a bem jurídico, relevante e de ter- ceiro, podem estar sujeitas ao Direito Penal. -CRIME DE DANO: ocorre efetiva lesão ao bem jurídico. Ex: homicídio. -CRIME DE PERIGO: basta risco de lesão ao bem jurídico. Ex.: embriaguez ao volante; por- te de arma. a) Perigo abstrato: o risco de lesão é absoluta- mente presumido por lei. b) Perigo concreto: De vítima determinada: o risco deve ser demonstrado indicando pessoa certa em perigo. De vítima difusa: o risco deve ser de- monstrado dispensando vítima deter- minada. Princípios relacionados com o AGENTE DO FATO Princípio da RESPONSABILIDADE PESSOAL Proíbe-se o castigo pelo fato de outrem. Está vedada a responsabilidade penal coletiva. DESDOBRAMENTOS: a) Obrigatoriedade da individualização da acusação (é proibida a denúncia genérica, vaga ou evasiva). O Promotor de Justiça deve individualizar os comportamentos. OBS: Nos crimes societários, os Tribunais Superiores fle- xibilizam essa obrigatoriedade. b) Obrigatoriedade da individualização da pena (é mandamento constitucional, evitando responsabilidade coletiva). Princípio da RESPONSABILIDADE SUBJETIVA Não basta que o fato seja materialmente cau- sado pelo agente, ficando a sua responsabili- dade condicionada à existência da voluntarie- dade (dolo/culpa). Está proibida a responsabi- lidade penal objetiva, isto é, sem dolo ou cul- - Dia 1 / 8 pa. Temos doutrina anunciando CASOS DE RES- PONSABILIDADE PENAL OBJETIVA (autoriza- das por lei): 1- Embriaguez voluntária Crítica: a teoria da actio libera in causa exige não somente uma análise pretérita da imputa- bilidade, mas também da consciência e vonta- de do agente. 2- Rixa Qualificada Crítica: só responde pelo resultado agravador quem atuou frente a ele com dolo ou culpa, evitando-se responsabilidade penal objetiva. 3- Responsabilidade penal da pessoa jurídica nos crimes ambientais Princípio da CULPABILIDADE Postulado limitador do direito de punir. Só pode o Estado impor sanção penal ao agente imputável, isto é, penalmente capaz, com potencial consciência da ilicitude (possi- bilidade de conhecer o caráter ilícito do com- portamento), quando dele exigível conduta diversa. Princípio da ISONOMIA A isonomia que se garante é a isonomia subs- tancial. Deve-se tratar de forma igual o que é igual, e desigualmente o que é desigual. Princípio da PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA Convenção Americana de Direitos Humanos - Artigo 8º .2: “Toda pessoa acusada de um de- lito tem direito a que se presuma sua inocên- cia, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:” Art. 5º, LVII C.F. – “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de senten- ça penal condenatória;” Princípio da DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA A ninguém pode ser imposta pena ofensiva à dignidade da pessoa humana, vedando-se a sanção indigna, cruel, desumana e degradan- te. Princípio da INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA A individualização da pena deve ser observa- da em 3 momentos: 1- FASE LEGISLATIVA: observada pelo legisla- dor no momento da definição do crime e na cominação de sua pena. Pena abstrata. 2- FASE JUDICIAL: observada pelo juiz na fixa- ção da pena. Pena concreta. 3- FASE DE EXECUÇÃO: garantindo-se a indi- vidualização da execução penal (art. 5°, LEP). Princípio da PROPORCIONALIDADE Princípios relacionados com a PENA Trata-se de princípio constitucional implícito (desdobramento da individualização da pena). Curiosidade: foi durante o Iluminismo, marca- do pela obra “Dos delitos e das penas” (Bec- caria) que se despertou maior atenção para a proporcionalidade na resposta estatal (Becca- ria propunha a retribuição proporcional). RESUMO: a pena deve ajustar-se à gravidade do fato, sem desconsiderar as condições do agente. Dupla face do princípio da proporcionalidade (Lenio Streck): 1a Face: IMPEDIR A HIPERTROFIA DA PUNI- ÇÃO; GARANTISMO NEGATIVO (Ferrajoli); Ga- rantia do indivíduo contra o Estado. 2a Face: Evitar a insuficiência da intervenção do Estado (EVITAR PROTEÇÃO DEFICIENTE); Imperativo de tutela; GARANTISMO POSITIVO (Ferrajoli); Garantia do indivíduo em ver o Es- tado protegendo bens jurídicos com eficiên- cia. Princípio da PESSOALIDADE “Artigo 5º, XLV CF – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdi- mento de bensser, nos termos da lei, estendi- das aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferi- do.” Princípio da VEDAÇÃO DO “BIS IN IDEM” Veda-se segunda punição pelo mesmo fato. Exceção: Art. 8º - A pena cumprida no estran- geiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas – possibilidade do sujeito ser processado duas vezes pelo mesmo fato. TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, CESSANDO em virtude dela a EXECU- ÇÃO e os EFEITOS PENAIS da sentença condenatória (abolitio cri- minis) Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo fa- vorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decidi- dos por sentença condenatória transitada em julgado (retroativi- dade de lei penal benéfica) TEMPO DA CONDUTA LEI POSTERIOR (IR) RETROATIVIDADE Fato atípico Fato típico Irretroatividade - Dia 1 / 9 Fato típico Aumento de pena, p.ex. Irretroatividade Fato típico Supressão de figura criminosa Retroatividade Fato típico Diminuição de pena, p.ex. Retroatividade Fato típico Migra o conteúdo cri- minoso para outro tipo penal Princípio da continui- dade normativo-típi- ca Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES a aplicação de lei mais be- nigna. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a deter- minaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência (ultrati- vidade) A lei excepcional ou temporária possuem duas características es- senciais: - Autorrevogabilidade - Ultratividade Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) Adotada TEORIA DO RESULTADO Considera-se praticado o crime no momento do resultado. TEORIA MISTA / UBIQUIDADE Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) ou do resultado. Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de conven- ções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações bra- sileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, res- pectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes pratica- dos a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propri- edade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacio- nal ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. LUGAR DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE O crime considera-se praticado no lugar da conduta. TEORIA DO RESULTADO O crime considera-se praticado no lugar do re- sultado. TEORIA MISTA / UBIQUIDADE O crime considera-se praticado no lugar da conduta ou do resultado. Adotada DICA: LuTa (Lugar do crime = Ubiquidade/Tempo do crime=Ati- vidade) Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I (INCONDICIONADA)- os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República (P. Defesa ou Real); b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa públi- ca, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituí- da pelo Poder Público (P. Defesa ou Real); c) contra a administração pública, por quem está a seu servi- ço (P. Defesa ou Real); d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domicilia- do no Brasil (P. Justiça Universal); II ( CONDICIONADA) - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a repri- mir (P. Justiça Universal); b) praticados por brasileiro (P. Nacionalidade Ativa); c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mer- cantes ou de propriedade privada, quando em território estran- geiro e aí não sejam j ulgados (P. Representação). § 1º - Nos casos do inciso I (INCONDICIONADA), o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condena- do no estrangeiro (possibilidade de dupla condenação pelo mes- mo fato) § 2º - Nos casos do inciso II (CONDICIONADA), a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasi- leira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (HIPERCONDICIONA- DA) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. - Dia 1 / 10 Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena im- posta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Eficácia de sentença estrangeira Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis (depende de pedido da parte interessada) II - sujeitá-lo a medida de segurança. (depende da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do mi- nistro da justiça). Contagem de prazo +C-F Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Frações não computáveis da pena Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. Legislação especial Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diver- so. __________Codigo de Proçesso PenãlCodigo de Proçesso Penãl________ TÍTULO II DO INQUÉRITO POLICIAL Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades po- liciais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja co- metida a mesma função. CARACTERÍSTICAS DO IP SIGILOSO DISPENSÁVEL ESCRITO INQUISITORIAL (como regra, não há con- traditório ou ampla defesa) OFICIAL OFICIOSO INDISPONÍVEL (o Delegado não poderá ar- quivá-lo)Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Minis- tério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo (parte da doutrina sustenta a não re- cepção do inciso, pois violaria o sistema acusatório e a garantia da imparcialidade) § 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; b) a individualização do indiciado ou seus sinais característi- cos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua pro- fissão e residência. § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depen- der de representação, não poderá sem ela ser iniciado. § 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial so- mente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem te- nha qualidade para intentá-la. NOTITIA CRIMINIS (conhecimento do crime pela polícia) ESPONTÂNEA Mediante atividade rotineira da polícia PROVOCADA Quando, por exemplo, o ofendido noticia à polícia o cometimento do crime DE COGNIÇÃO COERCITIVA Com a prisão em flagrante INQUALIFICADA Denúncia anônima Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alte- rem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimen- to do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 2 testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a aca- reações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de cor- po de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo dati- loscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de ante- cedentes; Promotores e juízes não podem ser identificados criminalmente, porque não podem ser indiciados LOMP (art. 41, III) e LOMAN (art. 33). IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua ati- tude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e - Dia 1 / 11 quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de filhos, respecti- vas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o dis- posto no Capítulo II do Título IX deste Livro. Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preven- tivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quan- do estiver solto, mediante fiança ou sem ela. § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. § 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde pos- sam ser encontradas. § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado es- tiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. RELATÓRIO A autoridade policial não deve esboçar qualquer juízo de valor, ressalvados os crimes de tóxicos, onde ela deverá justificar as razões que a levaram à classificação do delito (art. 52, I, Lei 11.343/06) A autoridade policial sempre indicará o tipo pe- nal em que acha incurso o investigado. Isso se chama de juízo de subsunção precária, visto que o juízo de subsunção próprio cabe ao MP, quan- do da denúncia. PRAZO CONCLUSÃO PRESO SOLTO JUSTIÇA ESTADUAL 10 30 JUSTIÇA FEDERAL 15+15 30 LEI DE DROGAS 30+30 90+90 ECONOMIA POPULAR 10 10 PRISÃO TEMPORÁRIA EM CRIMES HEDIONDOS 30+30 NÃO SE APLICA JUSTIÇA MILITAR 20 40+20 Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: I - fornecer às autoridades judiciárias as informações neces- sárias à instrução e julgamento dos processos; II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Mi- nistério Público; III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autori- dades judiciárias; IV - representar acerca da prisão preventiva. Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148 (Seqüestro e cárcere privado), 149 (Redução a condição análoga à de escravo) e 149-A (Tráfico de Pessoas), no § 3º do art. 158 (Extorsão com restrição da liberdade da vítima) e no art. 159 do Código Penal (Extorsão mediante seqüestro), e no art. 239 do ECA (envio de cri- ança ou adolescente ao exterior) membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 horas, conterá: I - o nome da autoridade requisitante; II - o número do inquérito policial; e III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação. Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes re- lacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, MEDIANTE AUTORI- ZAÇÃO JUDICIAL, às empresas prestadoras de serviço de teleco- municações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. § 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequên- cia. § 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qual- quer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celu- lar por período não superior a 30 dias, renovável por uma única vez, por igual período; III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessáriaa apresentação de ordem judicial. § 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. § 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, infor- mações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indicia- do poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. - Dia 1 / 12 Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal (polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares; polícias penais federal, estaduais e distrital) figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. (LEI 13964/19) § 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 horas a contar do recebimento da citação. (LEI 13964/19) § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 horas, indique defensor para a representação do investigado. (LEI 13964/19) § 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servi- dores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam res- peito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. (LEI 13964/19) Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado cura- dor pela autoridade policial. Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolu- ção do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligên- cias, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a au- toridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. MOTIVO DO ARQUIVAMENTO É POSSÍVEL DESARQUIVAR? 1) Insuficiência de provas SIM (Súmula 524-STF) 2) Ausência de pressuposto processual ou de condição da ação penal SIM 3) Falta de justa causa para a ação penal (não há indícios de autoria ou prova da ma- terialidade) SIM 4) Atipicidade (fato narrado não é crime) NÃO 5) Existência manifesta de causa excludente de ilicitude STJ: NÃO (REsp 791471/RJ) STF: SIM (HC 125101/SP) 6) Existência manifesta de causa excludente NÃO de culpabilidade* (Posição da dou- trina) 7) Existência manifesta de causa extintiva da punibilidade NÃO (STJ HC 307.562/ RS) (STF Pet 3943) Exceção: certidão de óbito falsa *Tabela retirada do site www.dizereodireito.com.br Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os au- tos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo neces- sário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe fo- rem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o inte- resse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de 3 dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a re- querimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Pú- blico, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil A CF/88 não permite a incomunicabilidade do preso nem mes- mo no estado de defesa (art. 136, §3, IV) Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, orde- nar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identifi- cação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração pe- nal e à pessoa do indiciado. SÚMULAS SOBRE IP Súmula vinculante 14-STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa Súmula 524-STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. - Dia 1 / 13 TÍTULO III DA AÇÃO PENAL AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PRIVADA Divide-se em: a) ação penal pública incondi- cionada; b) ação penal pública condici- onada; c) ação penal pública subsidiá- ria da pública. Divide-se em: a) ação penal privada persona- líssima; b) ação penal privada propria- mente dita; c) ação penal privada subsidiária da pública. A peça acusatória é a denún- cia. A peça acusatória é a queixa- crime. *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI) § 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a AÇÃO PENAL SERÁ PÚBLICA. A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida, goza do mesmo status de cônjuge para o processo penal, possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal privada. STJ. Corte Especial. APn 912-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/08/2019 (Info 654). Art. 25. A representação será irretratável, DEPOIS DE OFERE- CIDA a denúncia. CPP LEI MARIA DA PENHA A representação será irretratá- vel, DEPOIS DE OFERECIDA a denúncia. Só será admitida a renúncia à representação perante o juiz ANTES DO RECEBIMENTO da denúncia Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policialProcesso judicialiforme. Artigo não recepcionado pela CF/88. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciati- va do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (LEI 13964/19) STF suspendeu a eficácia da alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial (art. 28, caput). MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298 Art. 28 (REDAÇÃO ANTERIOR). Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador- geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (LEI 13964/19) § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do in- quérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. (LEI 13964/19) ARQUIVAMENTO INDIRETO MP deixa de oferecer a denúncia por en- tender que o juízo perante o qual oficia é incompetente. ARQUIVAMENTO ORIGINÁRIO Se o arquivamento partir diretamente do PGR ou do PGJ, O TRIBUNAL NÃO PODERÁ INVOCAR O ART. 28 do CPP. Caberá, po- rém, no âmbito federal, recurso administra- tivo à Câmara de Coordenação e Revisão. ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO OU TÁCITO MP oferece a denúncia em face de apenas um ou alguns dos crimes nele narrados ou dos acusados, deixando de oferecer, sem motivo justificado, pelos outros. STF: O sistema processual penal brasileiro não prevê a figura do arquivamento im- plícito de inquérito policial. ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19 MP requeria o arquivamento ao juiz, que homologava ou não. MP ordena o arquivamento e remete os autos à instância de revisão ministerial para fins de homologação Arquivamento realizado na justiça Arquivamento realizado no âmbito do MP STF suspendeu a eficácia da alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial (art. 28, caput)) Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 anos, o Ministério Público poderá propor ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL, desde que necessário e suficiente para - Dia 1 / 14 reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (LEI 13964/19) I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; (LEI 13964/19) II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; (LEI 13964/19) III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); (LEI 13964/19) IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou (LEI 13964/19) V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. (LEI 13964/19) § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. (LEI 13964/19) § 2º O disposto no caput deste artigo NÃO SE APLICA nas seguintes hipóteses: (LEI 13964/19) I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (LEI 13964/19) II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; (LEI 13964/19) III - ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e (LEI 13964/19) IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor. (LEI 13964/19) § 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. (LEI 13964/19) § 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade. (LEI 13964/19) § 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor. (LEI 13964/19) § 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal. (LEI 13964/19) § 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo. § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia. (LEI 13964/19) § 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento. (LEI 13964/19) § 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia. (LEI 13964/19) § 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. (LEI 13964/19) § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. (LEI 13964/19) § 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade. (LEI 13964/19) § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em pro- por o acordo de não persecução penal, o investigado poderáre- querer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código. (LEI 13964/19) ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL RESOLUÇÃO 181/17 DEPOIS DA LEI 13964/19 Pena mínima inferior a 4 anos Pena mínima inferior a 4 anos Crime não for cometido com violência ou grave ameaça a pessoa, o investigado tiver con- fessado formal e circunstancia- damente a sua prática Investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça CONDIÇÕES: I – reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, salvo impossibili- dade de fazê-lo; II – renunciar voluntariamente a bens e direitos, indicados pelo Ministério Público como instru- mentos, produto ou proveito do crime; II – prestar serviço à comunida- de ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito, di- minuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo Ministério Público; IV – pagar prestação pecuniá- ria, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Código Penal, a entidade pública ou de interes- se social a ser indicada pelo Ministério Público, devendo a prestação ser destinada prefe- rencialmente àquelas entidades que tenham como função pro- teger bens jurídicos iguais ou CONDIÇÕES: I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a - Dia 1 / 15 semelhantes aos aparentemen- te lesados pelo delito; V – cumprir outra condição es- tipulada pelo Ministério Públi- co, desde que proporcional e compatível com a infração pe- nal aparentemente praticada. ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou V - cumprir, por prazo determi- nado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. NÃO CABÍVEL: I – for cabível a transação pe- nal, nos termos da lei; II – o dano causado for superi- or a 20 salários mínimos ou a parâmetro econômico diverso definido pelo respectivo órgão de revisão, nos termos da regu- lamentação local; III – o investigado incorra em alguma das hipóteses previstas no art. 76, § 2º, da Lei nº 9.099/95; IV – o aguardo para o cumpri- mento do acordo possa acarre- tar a prescrição da pretensão punitiva estatal; V – o delito for hediondo ou equiparado e nos casos de inci- dência da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006; VI – a celebração do acordo não atender ao que seja neces- sário e suficiente para a repro- vação e prevenção do crime. NÃO CABÍVEL: I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; III - ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados con- tra a mulher por razões da con- dição de sexo feminino, em fa- vor do agressor. ---------------------------------- ---------------------------------- -- Caberá RESE da decisão, despa- cho ou sentença que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução pe- nal, previsto no art. 28-A desta Lei. Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação públi- ca, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministé- rio Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substi- tutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elemen- tos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negli- gência do querelante, retomar a ação como parte principal (AÇÃO PENAL INDIRETA) Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para repre- sentá-lo caberá intentar a ação privada. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declara- do ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI) Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal. § 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensá- veis ao próprio sustento ou da família. § 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autori- dade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmen- te enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofí- cio ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu represen- tante legal. Não existe mais representante legal de pessoa natural que já completou 18 anos. Por consequência, não existe mais a possibilidade de dupla legitimação para o oferecimento de queixa: ou o ofendido é menor de 18 anos e só o seu representante tem legitimação (art. 33, CPP); ou ele já completou esta idade e o exercício do direito de queixa é exclusivamente seu. *http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitu- ra&artigo_id=143 Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone. Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser represen- tadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de represen- tação, se não o exercer dentro do prazo de 6 meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pes- soalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. § 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem as- sinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu represen- tante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou - Dia 1 / 16 autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quan- do a este houver sido dirigida.
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