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PCPR
Delegado de Polícía Cívíl
 - 
INSTRUÇÕES DE USO
O plano de leitura foi criado para lhe auxiliar na leitura da legislação, com separação por dia, mesclando artigos de diversas leis para
leitura conjugada. Ex:
Nossa legislação vem com destaques em partes importantes, prazos em vermelho, súmulas do STF e do STJ, jurisprudências em teses do
STJ, quadros resumos… tudo sistematizado de forma a lhe ajudar na hora de estudar.
Os Planos Extensivos foram pensados para serem lidos e relidos diversas vezes, em razão disso criamos os controles de leitura:
Após a leitura do dia, você deve marcar a bolinha para que você não se confunda e repita a leitura no mesmo ciclo. Leia e releia o plano
pelo menos 5 vezes. A cada nova leitura você perceberá que a quantidade de horas exigidas diminuirá, pois você passará a ter mais
afinidade com os artigos e isso lhe ajudará na hora de realização da sua prova.
O estudo para concursos público exige uma conjugação de leitura da lei + doutrina + jurisprudências + questões. Quanto à leitura da
lei, nos vamos lhe ajudar, mesclando com inclusão de súmulas, jurisprudências em teses do STJ e quadros resumos, além do anexo de
jurisprudências. 
Esperamos poder ajudá-lo nessa preparação. Conte com a gente e bons estudos!
Equipe Legislação Destacada
IMPORTANTE
É proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos, em
qualquer meio de comunicação, inclusive na internet.
Lei de Direitos Autorais n° 9610/98
 - 
PLANO DE LEITURA
NÚMERO DE DIAS 26
NÚMERO DE PÁGINAS POR
DIA
18
ATUALIZAÇÕES POSTERIORES Tem acesso ao sistema por 6 meses, mas as leis não são atualizadas após a prova
LEIS ABRANGIDAS NO PLANO
DIREITO CIVIL CC
DIREITO PENAL CP
DIREITO PROCESSUAL PENAL CPP
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE Lei 11343/06 - Lei de Drogas 
Lei 8072/90 - Crimes Hediondos
Lei 7716/89 - Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor
Lei 13869/19 - Abuso de Autoridade
Lei no 9455/97 - Crimes de tortura
Lei no 8069/90 – Crimes no ECA 
Lei 10826/03 - Estatuto do Desarmamento
Lei 9296/96 - Interceptação Telefônica
Lei 4737/65 - Crimes Eleitorais
Lei 8078/90 - Crimes no CDC
Lei 9613/98 - Lavagem de Dinheiro
Lei 9605/98 - Crimes Ambientais
Lei 9099/95 – JECrim
LEI 10259/01 – JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
Lei 9503/97- Crimes de Trânsito
Lei 8137/90 - Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de
Consumo
Lei 12850/13 - Organização Criminosa
Lei 10741/03 - Crimes no Estatuto do Idoso
LEI 12037/09 – Identificação Criminal
Lei 7960/89 - Prisão Temporária
Lei 1521/51 - Crimes contra a Economia Popular
 Lei 11340/06 - Maria da Penha 
Decreto-Lei 3688/41 - Contravenções Penais (PARTE GERAL)
 LEI 12830/13 - Investigação criminal
Lei 7210/84 – LEP
Pacote Anticrime
DIREITO CONSTITUCIONAL CF
Lei 9868/99 - ADI
Lei 9882/99 - ADPF
Lei 11417/06 - Súmula Vinculante 
LEI 7347/85 - Ação Civil Pública
LEI 9507/97 – Habeas Data
LEI 4717/65 – Ação Popular
LEI 13300/16 – Mandado de Injunção
LEI 12016/09 – Mandado de Segurança
DIREITO ADMINISTRATIVO Lei 8987/95 - Serviços Públicos
Estatuto dos Servidores do Estado do PR
 - 
DIREITOS HUMANOS CF
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS 
Convenção contra Tortura
 - 
DIA 1 Constituição Federal: art. 1-4
 Código Penal: art. 1° - 12
Código de Processo Penal: art. 4-62 
DIA 2 Constituição Federal: art. 5O
Código Penal: art. 13-25
Código de Processo Penal: art. 63-91 
DIA 3 Constituição Federal: art. 6-19 
Código Penal: art. 26-52
Código de Processo Penal: art. 92-154 
DIA 4 Constituição Federal: art. 20-36 
Código Penal: art. 53-76
Código de Processo Penal: art. 155-157 
DIA 5 Constituição Federal: art. 37-38 
Código Penal: art. 77-120
Código de Processo Penal: art. 158-201 
DIA 6 Constituição Federal: art. 39-41 
Código Penal: art. 121-154-B
Código de Processo Penal: art. 202-281 
DIA 7 Constituição Federal: art. 44-69 
Código Penal: art. 155-170
Código de Processo Penal: art. 282-300 
DIA 8 Constituição Federal: art. 76-86/92-103-B 
Código Penal: art. 171-207
Código de Processo Penal: art. 301-320 
DIA 9 Constituição Federal: art. 104-110/125-144 
Código Penal: art. 208-234-B
Código de Processo Penal: art. 321-372 
DIA 10 Constituição Federal: art. 193-230 
Código Penal: art. 235-288-A
Código de Processo Penal: art. 381-405
DIA 11 Código Penal: art. 289-327
Código de Processo Penal: art. 513-518/574-667/684 
DIA 12 Código Penal: art. 328-359-H 
Código Civil: art. 1-78 
DIA 13 Código Civil: art. 79-232
Lei 9868/99 - ADI
Lei 9882/99 - ADPF
Lei 11417/06 - Súmula Vinculante 
DIA 14 Código Civil: art. 927-954/1196-1224 
Lei 8987/95 - Serviços Públicos 
DIA 15 Código Civil: art. 1228-1368-F 
DIA 16 Lei 11343/06 - Lei de Drogas 
DIA 17 Lei 8072/90 - Crimes Hediondos
Lei 7716/89 - Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor
 - 
Lei 13869/19 - Abuso de Autoridade
Lei no 9455/97 - Crimes de tortura
Lei no 8069/90 – Crimes no ECA 
DIA 18 Lei 10826/03 - Estatuto do Desarmamento
Lei 9296/96 - Interceptação Telefônica
Lei 4737/65 - Crimes Eleitorais
Lei 8078/90 - Crimes no CDC
DIA 19 Lei 9613/98 - Lavagem de Dinheiro 
Lei 9605/98 - Crimes Ambientais 
DIA 20 Lei 9099/95 – JECrim
LEI 10259/01 – JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
Lei 9503/97- Crimes de Trânsito
Lei 8137/90 - Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo
DIA 21 Lei 12850/13 - Organização Criminosa
Lei 10741/03 - Crimes no Estatuto do Idoso
LEI 12037/09 – Identificação Criminal
Lei 7960/89 - Prisão Temporária
Lei 1521/51 - Crimes contra a Economia Popular 
Lei 11340/06 - Maria da Penha 
DIA 22 Decreto-Lei 3688/41 - Contravenções Penais (PARTE GERAL)
LEI 12830/13 - Investigação criminal
Lei 7210/84 – LEP: arts. 1-104 
DIA 23 Lei 7210/84 – LEP: arts. 105-204 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS 
DIA 24 LEI 7347/85 - Ação Civil Pública
LEI 9507/97 – Habeas Data
LEI 4717/65 – Ação Popular
LEI 13300/16 – Mandado de Injunção
LEI 12016/09 – Mandado de Segurança
DIA 25
 - 
Dia 1 / 1
Dia 1Dia 1
Constituição Federal: art. 1-4
Código Penal: art. 1° - 12
Código de Processo Penal: art. 4-62
Controle de LeituraControle de Leitura
____________Constituição FederãlConstituição Federãl____________
Tabelas feitas com base nas aulas do professor Marcello Novelino e Livro do Pe-
dro Lenza.
CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO
SOCIOLÓGICA
Lassalle
Soma dos fatores reais de poder.
“Mera folha de papel”
Para Lassale, coexistem em um Estado
duas Constituições: uma real, efetiva,
correspondente à soma dos fatores reais
de poder que regem este país; e outra,
escrita, que consistiria apenas numa
“folha de papel”.
POLÍTICA
Schimtt
Decisão política fundamental.
Diferenciava Constituição de lei
constitucional.
Constituição: decisão política
fundamental.
Lei constitucional: pode ou não
representar a Constituição, não dizendo
respeito à decisão política fundamental.
A Constituição seria fruto da vontade do
povo, titular do poder constituinte ; por
isso mesmo é que essa teoria é
considerada DECISIONISTA ou
VOLUNTARISTA.
JURÍDICA
Kelsen
Norma hipotética fundamental.
Sentido lógico-jurídico: fundamento
transcendental de sua validade. Norma
hipotética fundamental.
Sentido jurídico-positivo: serve de
fundamento para as demais normas. A
Constituição é o pressuposto de validade
de todas as leis 
CULTURALISTA
Michele Ainis
Fato cultural, tomando por base os
direitos fundamentais pertinentes à
cultura
ABERTA
Peter Haberle
Pode ser interpretada por qualquer do
povo, não só pelos juristas
PLURALISTA
Gustavo Zagrebelsky
Princípios universais
FORÇA NORMATIVA 
DA CONSTITUIÇÃO
Resposta à concepção sociológica de
Lassale.
A constituição escrita, por ter um
elemento normativo, pode ordenar e
conformar a realidade política e social, ou
Konrad Hesse seja, é o resultado da realidade, mas
também interage com esta, modificando-
a, estando aí situada a força normativa da
Constituição.
ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES
ORGÂNICO Estrutura do estado
LIMITATIVOS Direitosfundamentais – limitam atuação
estatal
SÓCIOIDEOLÓGICO Equilíbrio entre ideias liberais e sociais ao
longo da CF.
DE ESTABILIZAÇÃO Asseguram solução de conflitos
institucionais e protegem a integridade
da Constituição e do Estado
FORMAIS DE
APLICABILIDADE
Interpretação e aplicação da Constituição
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
QUANTO AO 
CONTEÚDO
Constituição material: possui apenas
conteúdo constitucional.
Constituição formal: além de possuir
matéria constitucional, possui outros
assuntos. Não importa o seu conteú-
do, mas a forma por meio da qual foi
aprovada. 
QUANTO À FORMA
Constituição escrita: é um documento
formal, solene. 
OBS: Todas as Constituições brasileiras
foram escritas.
Constituição não-escrita (costumeira,
consuetudinária ou histórica): fruto
dos costumes da sociedade.
QUANTO AO MODO DE
ELABORAÇÃO
Constituição dogmática: fruto de um
trabalho legislativo específico. Reflete
os dogmas de um momento específi-
co da história. 
OBS: Todas as Constituições brasileiras
foram dogmáticas.
Constituição histórica: fruto de uma
lenta evolução histórica.
 QUANTO À ORIGEM
Constituição promulgada (democráti-
ca ou popular): feita pelos represen-
tantes do povo. 
Brasil: CF-1891, CF-1934, CF-1946 e
CF-1988.
Constituição outorgada (ou carta
constitucional): impostas ao povo
pelo governante. 
Brasil: CF-1824 (Dom Pedro I), CF-
1937 (Getúlio Vargas), CF-1967 (regi-
me militar).
Constituição cesarista (plebiscitária ou
bonapartista): feita pelo governante e
submetida a apreciação do povo me-
diante referendo.
 - 
Dia 1 / 2
Constituição pactuada (contratual ou
dualista): fruto do acordo entre duas
forças políticas de um país.
Ex: Constituição Francesa de 1791.
QUANTO À EXTENSÃO
Constituição sintética (breve, sumária,
sucinta, resumida, concisa): trata ape-
nas dos temas principais. Ex: Consti-
tuição dos EUA.
Constituição analítica (longa, volumo-
sa, inchada, ampla, extensa, prolixa,
desenvolvida, larga): entra em deta-
lhes de certas instituições. Ex: CF-
1988.
QUANTO À IDEOLOGIA
Constituição ortodoxa (ou monista):
fixa uma única ideologia estatal.
Ex: Constituição chinesa, Constituição
da ex-URSS.
Constituição eclética (ou compromis-
sória): permite a combinação de ideo-
logias diversas.
QUANTO À FUNÇÃO
J.J.CANOTILHO
Constituição garantia (negativa ou
abstencionista): limita-se a fixar os di-
reitos e garantias fundamentais. É
uma carta declaratória de direitos.
Constituição dirigente (ou progra-
mática): além de prever os direitos e
garantias fundamentais, fixa metas es-
tatais. Ex: art. 196, CF; art. 205, CF; art.
7º, CF; art. 4º, parágrafo único, CF.
QUANTO À 
SISTEMATIZAÇÃO
Constituição unitária (codificada, re-
duzida ou orgânica): formada por um
único documento.
Constituição variada (legal, inorgânica
ou esparsa): formada por mais de um
documento.
Art. 5º, § 3º, CF: Os tratados e conven-
ções internacionais sobre direitos hu-
manos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em 2
turnos, por 3/5 dos votos dos respec-
tivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais.
ATENÇÃO: A CF/88 nasce como uma
Constituição unitária, mas vem pas-
sando por um processo de descodifi-
cação.
QUANTO AO SISTEMA
Constituição principiológica: possui
mais princípios do que regras.
Paulo Bonavides entende que é o
caso da CF/1988.
Constituição preceitual: possui mais
regras do que princípios.
Constituição semântica: é a Constitui-
ção cujas normas foram elaboradas
para a legitimação de práticas autori-
QUANTO À ESSÊNCIA
(CRITÉRIO ONTOLÓGICO)
KARL
 LOEWENSTEIN
http://www.ambito-juridico.com.br/site/in-
dex.php?n_link=revista_artigos_leitura&ar-
tigo_id=7593 
tárias de poder; geralmente decorrem
da usurpação do Poder Constituinte
do povo. Ex: CF-1937, CF-1967.
Constituição nominal (ou nominalis-
ta): quando não há uma concordân-
cia, absoluta, entre as normas consti-
tucionais e as exigências do processo
político, estas não se adaptando
àquelas, isto é, se a dinâmica do pro-
cesso político não se adaptar às nor-
mas da Constituição, esta será nomi-
nal. É Constituição sem valor jurídico
cujas normas, na maior parte, são ine-
ficazes.
Constituição normativa: são aquelas,
que possuem valor jurídico, cujas nor-
mas dominam o processo político, lo-
grando submetê-lo à observação e
adaptação de seus termos; é aquela,
na qual, há uma adequação entre o
texto e a realidade social, o seu texto
traduz os anseios de justiça dos cida-
dãos, sendo condutor dos processos
de poder. 
ATENÇÃO: Pedro Lenza afirma que a
Constituição brasileira está caminhan-
do da Constituição nominal para a
normativa. Contudo, a posição majo-
ritária é de que a constituição brasilei-
ra é normativa.
QUANTO À ORIGEM DE
SUA DECRETAÇÃO JOR-
GE MIRANDA
Constituição heterônoma (ou hetero-
constituição): feita em um país para
vigorar em outro país.
Constituição autônoma (homoconsti-
tuição ou autoconstituição): feita em
um país para nele vigorar. É a regra
geral.
Ex: Constituição brasileira.
CLASSIFICAÇÃO DE
RAUL MACHADO
 HORTA
Constituição expansiva: além de am-
pliar temas já tratados, trata de novos
temas.
Ex: CF-1988.
Constituição plástica: permite sua am-
pliação por meio de leis infraconstitu-
cionais (segundo a lei, nos termos da
lei, etc.).
Ex: CF-1988.
QUANTO À ATIVIDADE
LEGISLATIVA
Constituição-lei: a constituição é tra-
tada como uma lei qualquer. Dá am-
pla liberdade ao legislador ordinário.
Constituição-fundamento (constitui-
ção total ou ubiquidade constitucio-
nal): a constituição tenta disciplinar
detalhes da vida social. Dá uma pe-
quena liberdade ao legislador ordiná-
rio.
 - 
Dia 1 / 3
Constituição-moldura (Canotilho:
Constituição-quadro): como a moldu-
ra de um quadro, a constituição fixa
os limites de atuação do legislador or-
dinário.
CONSTITUIÇÃO 
SIMBÓLICA
É a constituição cujo simbolismo é
maior que seus efeitos práticos. Para
Marcelo Neves, a CF/88 é simbólica
por ter um elevado número de nor-
mas programáticas e dispositivos de
alto grau de abstração. 
Marcelo Neves afirma que a constitu-
cionalização simbólica tem como ob-
jetivos confirmar determinados valo-
res sociais, desejando-se apenas uma
vitória legislativa e fortalecer a confi-
ança do cidadão no governo ou no
Estado, por meio da legislação álibi,
por meio da qual se esvaziam pres-
sões políticas e apresentam o Estado
como sensível a expectativas dos cida-
dãos, porém sem efetividade. Por fim,
teria como terceiro objetivo adiar a
solução de conflitos sociais, por meio
de compromissos dilatórios, poster-
gando-se a verdadeira decisão para o
futuro.
QUANTO AO
CONTEÚDO 
IDEOLÓGICO
ANDRÉ RAMOS 
TAVARES
Constituição liberal: possui apenas di-
reitos individuais ou de 1a dimensão
(ex: vida, liberdade, propriedade). O
Estado tem o dever principal de não
fazer.
Ex: CF-1824, CF-1891.
Constituição social: além de direitos
individuais, prevê direitos sociais ou
de 2a dimensão (ex: saúde, educação,
moradia, alimentação). O Estado tem
o dever principal de fazer.
Ex: CF-1934, CF-1946, CF-1967, CF-
1988.
SEGUNDO 
JORGE MIRANDA
Constituição provisória (ou pré-cons-
tituição): possui duração reduzida, até
que seja elaborada a constituição de-
finitiva.
Constituição definitiva: possui prazo
indeterminado de duração.
Ex: CF-1988.
CONSTITUIÇÃO 
BALANÇO OU 
REGISTRO
Periodicamente elabora-se uma cons-
tituição, fazendo uma análise do
avanço social ocorrido nos anos ante-
riores.
CONSTITUIÇÃO EM
BRANCO
Não prevê regras e limites para o
exercício do poder constituinte deri-
vado reformador.
Constituição imutável (permanente,
granítica ou intocável): não pode ser
alterada, pretendendo-se eterna e
QUANTO À RIGIDEZ OU
ESTABILIDADE
fundando-se na crença de que não
haveria órgão competente para pro-
ceder à sua reforma. Pode estar relaci-
onada a fundamentos religiosos.
Ex: a CF-1824foi imutável nos primei-
ros 4 anos (limitação temporal).
Constituição rígida: possui um proces-
so de alteração mais rigoroso que o
destinado às outras leis.
Ex: CF-1988.
Constituição flexível: possui o mesmo
processo de alteração que o destina-
do às outras leis. Os países de consti-
tuição flexível não possuem o contro-
le de constitucionalidade.
Constituição transitoriamente flexível:
é a Constituição flexível por algum
período, findo o qual se torna uma
Constituição rígida.
Constituição semirrígida (ou semiflexí-
vel): parte dela é rígida e parte é flexí-
vel.
Constituição fixa (ou silenciosa): é
aquela que nada prevê sobre sua mu-
dança formal, sendo alterável somen-
te pelo próprio poder originário.
Constituição super-rígida: é a Consti-
tuição rígida que possui um núcleo
imutável.
CONSTITUIÇÃO
 DÚCTIL 
(CONSTITUIÇÃO 
SUAVE)
Idealizada pelo jurista italiano Gusta-
vo Zagrebelsky (constituzione mite).
É aquela que não define ou impõe
uma forma de vida, mas assegura
condições possíveis para o exercício
dos mais variados projetos de vida.
Reflete o pluralismo ideológico, mo-
ral, político e econômico existente na
sociedade. 
CONSTITUIÇÃO 
UNITEXTUAL OU 
ORGÂNICA
Rechaça a ideia de existência de um
bloco de constitucionalidade, visto
que a Constituição seria disposta em
uma estrutura documental única.
CONSTITUIÇÃO 
SUBCONSTITUCIONAL 
Constituição subconstitucional admite
a constitucionalização de temas ex-
cessivos e o alçamento de detalhes e
interesses momentâneos ao patamar
constitucional.
Para Uadi Lammêgo Bulos, citando
Hild Krüger, as constituições só devem
trazer aquilo que interessa à socieda-
de como um todo, sem detalhamen-
tos inúteis.  Esse excesso de temas
forma as constituições substitucionais,
que são normas que, mesmo elevadas
formalmente ao patamar constitucio-
nal, não o são, porque encontram-se
 - 
Dia 1 / 4
limitadas nos seus objetivos. 
 CONSTITUIÇÃO 
PROCESSUAL, 
INSTRUMENTAL OU
FORMAL 
É um "instrumento de governo defini-
dor de competências, regulador de
processos e estabelecedor de limites à
acção política" (Canotilho). Seu objeti-
vo é definir competências, para limitar
a ação dos Poderes Públicos, além de
representar apenas um instrumento
pelo qual se eliminam conflitos soci-
ais. 
CONSTITUIÇÃO CHAPA
BRANCA
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits-
tream/handle/10438/10959/
Resiliencia_constitucional.pdf?
sequence=3&isAllowed=y 
O intuito principal da Constituição é
tutelar interesses e até mesmo privilé-
gios tradicionalmente reconhecidos
aos integrantes e dirigentes do setor
público.
A Constituição é fundamentalmente
um conjunto normativo “destinado a
assegurar posições de poder a corpo-
rações e organismos estatais ou para-
estatais. É a visão da Constituição
“chapa-branca”, no sentido de uma
“Lei Maior da organização administra-
tiva”. Apesar da retórica relacionada
aos direitos fundamentais e das nor-
mas liberais e sociais, o núcleo duro
do texto preserva interesses corpora-
tivos do setor público e estabelece 
formas de distribuição e de apropria-
ção dos recursos públicos entre vários
grupos. 
Leitura socialmente pessimista da
Constituição que insiste na continui-
dade da visão estatalista-patrimonia-
lista da Constituição e na centralidade
do Poder Executivo em detrimento
tanto da promessa democrática como
da tutela judicial dos direitos individu-
ais. 
CONSTITUIÇÃO UBÍQUA
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits-
tream/handle/10438/10959/
Resiliencia_constitucional.pdf?
sequence=3&isAllowed=y 
Onipresença das normas e valores
constitucionais no ordenamento ju-
rídico. 
Parte-se da constatação de que os
conflitos forenses e a doutrina jurídica
foram impregnados pelo direito cons-
titucional. A referência a normas e va-
lores constitucionais é um elemento
onipresente no direito brasileiro pós-
1988. Essa “panconstitucionalização”
deve-se ao caráter detalhista da Cons-
tituição, que incorporou uma infinida-
de de valores substanciais, princípios
abstratos e normas concretas em seu
programa normativo. 
CONSTITUIÇÃO 
LIBERAL-PATRIMONIALISTA
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits-
tream/handle/10438/10959/
Resiliencia_constitucional.pdf?
sequence=3&isAllowed=y 
Objetiva preponderantemente garan-
tir os direitos individuais, preservando
fortes garantias ao direito de proprie-
dade e procurando limitar a interven-
ção estatal na economia. 
CONSTITUIÇÃO
 PRINCIPIOLÓGICA E JU-
DICIALISTA 
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bits-
tream/handle/10438/10959/
Resiliencia_constitucional.pdf?
sequence=3&isAllowed=y 
Leitura da Constituição de 1988 com
base nas seguintes características: 
1) importância crucial dos direitos
fundamentais, incluindo os sociais,
sendo a Constituição de 1988 um tex-
to denso exigente, limitando a liber-
dade do legislador e impondo sua im-
plementação;  
2) centralidade dos princípios consti-
tucionais que se multiplicam e adqui-
rem relevância prática e aplicabilidade
imediata, desde que sejam adotados
métodos de interpretação abertos,
evolutivos e desvinculados da textua-
lidade das regras, em particular a
ponderação de princípios e/ou valo-
res;
3) importância do Poder Judiciário
que se torna protagonista da Consti-
tuição de 1988, em razão da amplia-
ção e da intensificação do controle de
constitucionalidade e da incumbência
de implementar o projeto constitucio-
nal mediante aplicação de métodos
“abertos” de interpretação. 
CONSTITUIÇÃO ORAL
É “aquela em que o chefe supremo de
um povo reclama, de viva voz, o con-
junto de normas que deverão reger a
vida em comunidade” (BULOS, 2014,
p. 108). 
CONSTITUIÇÃO
 INSTRUMENTAL
Para Uadi Lammêgo Bulos, “é aquela
em que suas normas equivalem a leis
processuais. Seu objetivo é definir
competências, para limitar a ação dos
Poderes Públicos” (BULOS, 2014, p.
108). 
TRANSCONSTITUCIONA-
LISMO
é fenômeno pelo qual diversas ordens
jurídicas de um mesmo Estado, ou de
Estados diferentes, se entrelaçam para
resolver problemas constitucionais”
(BULOS, 2014, p. 90). 
CONSTITUIÇÃO.COM
“crowdsourcing” 
“É aquela cujo projeto conta a opinião
maciça dos usuários da internet, que,
por meio de sites de relacionamentos,
externam seu pensamento a respeito
dos temas a serem constitucionaliza-
dos. Foi a Islândia que, pioneiramente,
no ano de 2011, fez uma ‘consti-
tuição.com’ (crowdsourcing)” (BULOS,
2014, p. 112). 
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia
Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, desti-
nado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a li-
berdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualda-
de e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna,
 - 
Dia 1 / 5
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e com-
prometida, na ordem interna e internacional, com a solução pa-
cífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
O preâmbulo da CR/88 NÃO PODE, por si só, servir de parâme-
tro de controle da constitucionalidade de uma norma.
O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos filo-
sóficos, ideológicos, sociais e econômicos e, dessa forma, norteia
a interpretação do texto constitucional.
Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em
uma espécie de introdução ao texto constitucional, um resumo
dos direitos que permearão a textualização a seguir, apresentan-
do o processo que resultou na elaboração da Constituição e o
núcleo de valores e princípios de uma nação.
O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88 consti-
tui-se no marco da ruptura com o regime anterior e garante a
instalação e asseguramento jurídico dos direitos listados em se-
guida e até então não dotados de força normativa constitucional
suficiente para serem respeitados, sendo eles o exercício dosdi-
reitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar,
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça.
Nos moldes jurídicos adotados pela CF/88, o preâmbulo se con-
figura como um elemento que serve de manifesto à continuida-
de de todo o ordenamento jurídico ao conectar os valores do
passado - a situação de início que motivou a colocação em mar-
cha do processo legislativo - com o futuro - a exposição dos fins
a alcançar -, descrição da situação que se aspira a chegar.
A invocação à proteção de Deus NÃO TEM força normativa. 
O preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e re-
flete a posição ideológica do constituinte. Logo, não contém re-
levância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor in-
terpretativo das normas constitucionais, não servindo como pa-
râmetro para o controle de constitucionalidade (STF).
N ão tem força normativa , embora provenha do mesmo poder
constituinte originário que elaborou toda a constituição
É destituído de qualquer cogência (MS 24.645 MC/DF);
NÃO INTEGRA o bloco de constitucionalidade;
Não cria direitos nem estabelece deveres;
Seus princípios não prevalecem diante do texto expresso da
constituição;
NATUREZA JURÍDICA DO PREÂMBULO
TESE DA
IRRELEVÂNCIA
JURÍDICA
O preâmbulo situa-se no DOMÍNIO DA
POLÍTICA, sem relevância jurídica (STF).
ATENÇÃO: apesar de o preâmbulo não
possuir força normativa, ele traz as
intenções, o sentido, a origem, as
justificativas, os objetivos, os valores e os
ideais de uma Constituição, servindo de
vetor interpretativo. Trata-se, assim, de um
referencial interpretativo-valorativo da
Constituição.
O preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica
TESE DA PLENA
EFICÁCIA
das normas constitucionais, sendo, porém,
apresentado de forma não articulada.
TESE DA
RELEVÂNCIA
JURÍDICA INDIRETA
Ponto intermediário entre as duas, já que,
muito embora participe "das características
jurídicas da Constituição'', não deve ser
confundido com o articulado
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais 
PRINCÍPIOS REGRAS
Normas mais amplas, abstratas,
genéricas.
Normas mais específicas,
delimitadas, determinadas.
Alexy: princípios são
MANDAMENTOS DE
OTIMIZAÇÃO, que devem ser
cumpridos na maior intensidade
possível.
Dworkin: princípios são
mandamentos normativos
aplicados na DIMENSÃO DE
PESO ou DE IMPORTÂNCIA. 
Alexy: são MANDADOS DE
DEFINIÇÃO.
Devem ser cumpridas
integralmente (all or nothing).
Em caso de colisão, resolve-se
pela PONDERAÇÃO. 
Em caso de colisão, resolve-se
pela DIMENSÃO DE VALIDADE.
Ex: dignidade da pessoa
humana.
Ex: eleição para Presidente da
República.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indis-
solúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como FUNDAMENTOS
(SO-CI-DI-VA-PLU):
I - a SOberania;
II - a CIdadania
III - a DIgnidade da pessoa humana;
IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o PLUralismo político.
Parágrafo único. TODO O PODER EMANA DO POVO, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição.
PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES – art. 1°, CF
PRINCÍPIO REPUBLICANO “A República”
PRINCÍPIO FEDERATIVO “Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Es-
tados e Municípios e do Distrito
Federal”
PRINCÍPIO DO ESTADO 
DEMOCRÁTICO DE DIREITO
“constitui-se em Estado Demo-
crático de Direito”
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem OBJETIVOS fundamentais da República Federa-
tiva do Brasil (regra do verbo):
I - CONSTRUIR uma sociedade livre, justa e solidária;
II - GARANTIR o desenvolvimento nacional;
 - 
Dia 1 / 6
III - ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desi-
gualdades sociais e regionais;
IV - PROMOVER o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a inte-
gração econômica, política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações
________________Codigo Penãl_Codigo Penãl_______________
*Tabelas de Direito Penal foram produzidas a partir de aulas do Professor Rogé-
rio Sanches
CONCEITO DE DIREITO PENAL
ASPECTO
FORMAL/
ESTÁTICO
Direito Penal é o conjunto de normas que
qualifica certos comportamentos humanos
como infrações penais, define os seus agentes
e fixa sanções a serem-lhes aplicadas.
ASPECTO
MATERIAL
O Direito Penal refere-se a comportamentos
considerados altamente reprováveis ou
danosos ao organismo social, afetando bens
jurídicos indispensáveis à própria conservação
e progresso da sociedade.
ASPECTO
SOCIOLÓGICO/
DINÂMICO
O Direito Penal é mais um instrumento de
controle social, visando assegurar a necessária
disciplina para a harmônica convivência dos
membros da sociedade.
Aprofundando o enfoque sociológico
- A manutenção da paz social demanda a
existência de normas destinadas a estabelecer
diretrizes.
- Quando violadas as regras de conduta, surge
para o Estado o dever de aplicar sanções (civis
ou penais).
- Nessa tarefa de controle social atuam vários
ramos do direito, como o Direito Civil, Direito
Administrativo, etc. O Direito Penal é apenas
um dos ramos do controle social.
- Quando a conduta atenta contra bens
jurídicos especialmente tutelados, merece
reação mais severa por parte do Estado,
valendo-se do Direito Penal.
IMPORTANTE O que diferencia a norma penal
das demais é a espécie de consequência
jurídica, ou seja, pena privativa de liberdade
(PPL)
- O Direito Penal é norteado pelo princípio da
intervenção mínima, só atuando quando os
outros ramos do direito falham.
Direito Penal Criminologia
(Ciência Penal)
Política Criminal
(Ciência Política)
Analisa os fatos hu-
manos indesejados,
define quais devem
ser rotulados como
crime ou contraven-
ção, anunciando as
penas.
Ciência empírica
que estuda o crime,
o criminoso, a víti-
ma e o comporta-
mento da socieda-
de.
Trabalha as estraté-
gias e os meios de
controle social da cri-
minalidade.
Ocupa-se do crime
enquanto NORMA.
Ocupa-se do crime
enquanto FATO so-
cial.
Ocupa-se do crime
enquanto VALOR.
ex.: define como cri-
me lesão no ambi-
ente doméstico e fa-
miliar.
ex.: quais fatores
contribuem para a
violência doméstica
e familiar
ex.: estuda como di-
minuir a violência do-
méstica e familiar.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
Princípios 
relacionados
com a MISSÃO
FUNDAMENTAL
DO DIREITO
PENAL
Princípio da EXCLUSIVA PROTEÇÃO DOS BENS
JURÍDICOS
O direito penal deve servir apenas para prote-
ger bens jurídicos relevantes, indispensáveis
ao convívio da sociedade.
Decorrência do princípio da ofensividade.
Princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA
O Direito Penal só deve ser aplicado quando
estritamente necessário, de modo que sua in-
tervenção fica condicionada ao fracasso das
demais esferas de controle (caráter subsidiá-
rio), observando somente os casos de relevan-
te lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado (caráter fragmentário).
a) PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE (ou
caráter fragmentário do Direito Penal): esta-
belece que nem todos os ilícitos configuram
infrações penais, mas apenas os que atentam
contra valores fundamentais para a manuten-
ção e o progresso do ser humano e da socie-
dade. Em razão de seu caráter fragmentário,o
Direito Penal é a última etapa de proteção do
bem jurídico. Deve ser utilizado no plano
abstrato, para o fim de permitir a criação de
tipos penais somente quando os demais ra-
mos do Direito tiverem falhado na tarefa de
proteção de um bem jurídico. Refere-se, as-
sim, à atividade legislativa.
FRAGMENTARIEDADE ÀS AVESSAS: situações
em que um comportamento inicialmente típi-
co deixa de interessar ao Direito Penal, sem
prejuízo da sua tutela pelos demais ramos do
 - 
Dia 1 / 7
Direito. 
IMPORTANTE O princípio da insignificância é
desdobramento lógico da fragmentariedade.
b) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: a atua-
ção do Direito Penal é cabível unicamente
quando os outros ramos do Direito e os de-
mais meios estatais de controle social tiverem
se revelado impotentes para o controle da or-
dem pública. Assim, o Direito Penal funciona
como um executor de reserva ( ultima ratio ) ,
entrando em cena somente quando outros
meios estatais de proteção mais brandos, e,
portanto, menos invasivos da liberdade indivi-
dual não forem suficientes para a proteção do
bem jurídico tutelado. Projeta-se no plano
concreto, isto é, em sua atuação prática o Di-
reito Penal somente se legitima quando os
demais meios disponíveis já tiverem sido em-
pregados, sem sucesso, para proteção do bem
jurídico. Guarda relação, portanto, com a tare-
fa de aplicação da lei penal.
Princípios 
relacionados
com o FATO DO
AGENTE
Princípio da EXTERIORIZAÇÃO ou 
MATERIALIZAÇÃO DO FATO
O Estado só pode incriminar condutas huma-
nas voluntárias, isto é, fatos.
ATENÇÃO Veda-se o Direito Penal do autor:
consistente na punição do indivíduo baseada
em seus pensamentos, desejos e estilo de
vida. Conclusão: O Direito Penal Brasileiro se-
gue Direito Penal do Fato.
RESQUÍCIOS DE DIREITO PENAL DO AUTOR
NO DIREITO BRASILEIRO: Até 2009, mendicân-
cia era contravenção penal; Vadiagem é con-
travenção penal.
ATENÇÃO Identifica-se a aplicação do direito
penal do autor em detrimento ao direito pe-
nal do fato: 
- Fixação da pena
- Regime de cumprimento da pena e espécies
de sanção.
Princípio da LEGALIDADE
Art. 5º , II, C.F. – “ninguém será obrigado a fa-
zer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;”
Art. 5º, XXXIX, C.F. – “não há crime sem lei an-
terior que o defina, nem pena sem prévia co-
minação legal;”
Art. 1º, C.P. - “Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia comi-
nação legal.”
DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA LEGA-
LIDADE:
a) não há crime ou pena sem lei (medida pro-
visória não pode criar crime, nem cominar
pena)
b) não há crime ou pena sem lei anterior
(princípio da anterioridade)
c) não há crime ou pena sem lei escrita (proí-
be costume incriminador)
d) não há crime ou pena sem lei estrita (pro-
íbe-se a utilização da analogia para criar tipo
incriminador - analogia in malam partem).
e) não há crime ou pena sem lei certa (Princí-
pio da Taxatividade ou da determinação; Proi-
bição de criação de tipos penais vagos e inde-
terminados)
f) não há crime ou pena sem lei necessária
(desdobramento lógico do princípio da inter-
venção mínima)
Fundamentos do Princípio da Legalidade
- JURÍDICO: taxatividade, certeza ou determi-
nação.
- POLÍTICO: garantia contra a devida ingerên-
cia no Estado na vida particular.
- HISTÓRICO: Magna Carta (1215)
- DEMOCRÁTICO: separação dos poderes
Princípio da OFENSIVIDADE/LESIVIDADE 
Exige que do fato praticado ocorra lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
Somente condutas que causem lesão (efetiva/
potencial) a bem jurídico, relevante e de ter-
ceiro, podem estar sujeitas ao Direito Penal.
-CRIME DE DANO: ocorre efetiva lesão ao
bem jurídico. Ex: homicídio.
-CRIME DE PERIGO: basta risco de lesão ao
bem jurídico. Ex.: embriaguez ao volante; por-
te de arma.
a) Perigo abstrato: o risco de lesão é absoluta-
mente presumido por lei.
b) Perigo concreto:
De vítima determinada: o risco deve
ser demonstrado indicando pessoa
certa em perigo.
De vítima difusa: o risco deve ser de-
monstrado dispensando vítima deter-
minada.
Princípios 
relacionados
com o AGENTE
DO FATO
Princípio da RESPONSABILIDADE PESSOAL 
Proíbe-se o castigo pelo fato de outrem. Está
vedada a responsabilidade penal coletiva.
DESDOBRAMENTOS:
a) Obrigatoriedade da individualização da
acusação (é proibida a denúncia genérica,
vaga ou evasiva). O Promotor de Justiça deve
individualizar os comportamentos. OBS: Nos
crimes societários, os Tribunais Superiores fle-
xibilizam essa obrigatoriedade.
b) Obrigatoriedade da individualização da
pena (é mandamento constitucional, evitando
responsabilidade coletiva).
Princípio da RESPONSABILIDADE 
SUBJETIVA
Não basta que o fato seja materialmente cau-
sado pelo agente, ficando a sua responsabili-
dade condicionada à existência da voluntarie-
dade (dolo/culpa). Está proibida a responsabi-
lidade penal objetiva, isto é, sem dolo ou cul-
 - 
Dia 1 / 8
pa.
Temos doutrina anunciando CASOS DE RES-
PONSABILIDADE PENAL OBJETIVA (autoriza-
das por lei):
1- Embriaguez voluntária
Crítica: a teoria da actio libera in causa exige
não somente uma análise pretérita da imputa-
bilidade, mas também da consciência e vonta-
de do agente.
2- Rixa Qualificada
Crítica: só responde pelo resultado agravador
quem atuou frente a ele com dolo ou culpa,
evitando-se responsabilidade penal objetiva.
3- Responsabilidade penal da pessoa jurídica
nos crimes ambientais
Princípio da CULPABILIDADE
Postulado limitador do direito de punir.
Só pode o Estado impor sanção penal ao
agente imputável, isto é, penalmente capaz,
com potencial consciência da ilicitude (possi-
bilidade de conhecer o caráter ilícito do com-
portamento), quando dele exigível conduta
diversa.
Princípio da ISONOMIA
A isonomia que se garante é a isonomia subs-
tancial. Deve-se tratar de forma igual o que é
igual, e desigualmente o que é desigual.
Princípio da PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Convenção Americana de Direitos Humanos -
Artigo 8º .2: “Toda pessoa acusada de um de-
lito tem direito a que se presuma sua inocên-
cia, enquanto não for legalmente comprovada
sua culpa. Durante o processo, toda pessoa
tem direito, em plena igualdade, às seguintes
garantias mínimas:”
Art. 5º, LVII C.F. – “ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado de senten-
ça penal condenatória;”
Princípio da DIGNIDADE DA 
PESSOA HUMANA
A ninguém pode ser imposta pena ofensiva à
dignidade da pessoa humana, vedando-se a
sanção indigna, cruel, desumana e degradan-
te.
Princípio da INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
A individualização da pena deve ser observa-
da em 3 momentos:
1- FASE LEGISLATIVA: observada pelo legisla-
dor no momento da definição do crime e na
cominação de sua pena. Pena abstrata.
2- FASE JUDICIAL: observada pelo juiz na fixa-
ção da pena. Pena concreta.
3- FASE DE EXECUÇÃO: garantindo-se a indi-
vidualização da execução penal (art. 5°, LEP).
Princípio da PROPORCIONALIDADE
Princípios
relacionados
com a PENA
Trata-se de princípio constitucional implícito
(desdobramento da individualização da pena).
Curiosidade: foi durante o Iluminismo, marca-
do pela obra “Dos delitos e das penas” (Bec-
caria) que se despertou maior atenção para a
proporcionalidade na resposta estatal (Becca-
ria propunha a retribuição proporcional).
RESUMO: a pena deve ajustar-se à gravidade
do fato, sem desconsiderar as condições do
agente.
Dupla face do princípio da proporcionalidade
(Lenio Streck):
1a Face: IMPEDIR A HIPERTROFIA DA PUNI-
ÇÃO; GARANTISMO NEGATIVO (Ferrajoli); Ga-
rantia do indivíduo contra o Estado.
2a Face: Evitar a insuficiência da intervenção
do Estado (EVITAR PROTEÇÃO DEFICIENTE);
Imperativo de tutela; GARANTISMO POSITIVO
(Ferrajoli); Garantia do indivíduo em ver o Es-
tado protegendo bens jurídicos com eficiên-
cia.
Princípio da PESSOALIDADE
“Artigo 5º, XLV CF – nenhuma pena passará da
pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdi-
mento de bensser, nos termos da lei, estendi-
das aos sucessores e contra eles executadas,
até o limite do valor do patrimônio transferi-
do.”
Princípio da VEDAÇÃO DO “BIS IN IDEM”
Veda-se segunda punição pelo mesmo fato.
Exceção: Art. 8º - A pena cumprida no estran-
geiro atenua a pena imposta no Brasil pelo
mesmo crime, quando diversas, ou nela é
computada, quando idênticas – possibilidade
do sujeito ser processado duas vezes pelo
mesmo fato. 
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
 Anterioridade da Lei
        Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal.
        Lei penal no tempo
        Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, CESSANDO em virtude dela a EXECU-
ÇÃO e os EFEITOS PENAIS da sentença condenatória (abolitio cri-
minis)
        Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo fa-
vorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decidi-
dos por sentença condenatória transitada em julgado (retroativi-
dade de lei penal benéfica) 
TEMPO DA 
CONDUTA
LEI POSTERIOR (IR) RETROATIVIDADE
Fato atípico Fato típico Irretroatividade
 - 
Dia 1 / 9
Fato típico Aumento de pena, p.ex. Irretroatividade
Fato típico Supressão de figura
 criminosa
Retroatividade
Fato típico Diminuição de pena,
p.ex.
Retroatividade
Fato típico Migra o conteúdo cri-
minoso para outro tipo
penal
Princípio da continui-
dade normativo-típi-
ca
Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória,
COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES a aplicação de lei mais be-
nigna. 
        Lei excepcional ou temporária 
        Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a deter-
minaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência (ultrati-
vidade) 
A lei excepcional ou temporária possuem duas características es-
senciais:
- Autorrevogabilidade
- Ultratividade
        Tempo do crime
        Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
TEMPO DO CRIME
TEORIA DA 
ATIVIDADE
Considera-se praticado o crime no momento
da conduta (A/O) 
Adotada
TEORIA DO 
RESULTADO
Considera-se praticado o crime no momento
do resultado.
TEORIA MISTA /
 UBIQUIDADE
Considera-se praticado o crime no momento
da conduta (A/O) ou do resultado.
        Territorialidade
        Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de conven-
ções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido
no território nacional. 
        § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão
do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer
que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações bra-
sileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, res-
pectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
        § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes pratica-
dos a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propri-
edade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacio-
nal ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto
ou mar territorial do Brasil. 
        Lugar do crime 
        Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
LUGAR DO CRIME
TEORIA DA 
ATIVIDADE
O crime considera-se praticado no lugar da
conduta.
TEORIA DO 
RESULTADO
O crime considera-se praticado no lugar do re-
sultado.
TEORIA MISTA /
 UBIQUIDADE
O crime considera-se praticado no lugar da
conduta ou do resultado.
Adotada
DICA: LuTa (Lugar do crime = Ubiquidade/Tempo do crime=Ati-
vidade)
        Extraterritorialidade 
        Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro: 
        I (INCONDICIONADA)- os crimes: 
        a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República (P.
Defesa ou Real); 
        b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa públi-
ca, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituí-
da pelo Poder Público (P. Defesa ou Real); 
        c) contra a administração pública, por quem está a seu servi-
ço (P. Defesa ou Real); 
        d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domicilia-
do no Brasil (P. Justiça Universal); 
        II ( CONDICIONADA) - os crimes:
        a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a repri-
mir (P. Justiça Universal); 
        b) praticados por brasileiro (P. Nacionalidade Ativa); 
        c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mer-
cantes ou de propriedade privada, quando em território estran-
geiro e aí não sejam j ulgados (P. Representação). 
        § 1º - Nos casos do inciso I (INCONDICIONADA), o agente é
punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condena-
do no estrangeiro (possibilidade de dupla condenação pelo mes-
mo fato)
        § 2º - Nos casos do inciso II (CONDICIONADA), a aplicação
da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: 
        a) entrar o agente no território nacional; 
        b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
        c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasi-
leira autoriza a extradição; 
        d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter
aí cumprido a pena; 
        e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável. 
        § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido
por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as
condições previstas no parágrafo anterior: (HIPERCONDICIONA-
DA)
        a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
        b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 - 
Dia 1 / 10
        Pena cumprida no estrangeiro 
        Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena im-
posta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é
computada, quando idênticas.  
        Eficácia de sentença estrangeira 
        Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei
brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser
homologada no Brasil para: 
        I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e
a outros efeitos civis (depende de pedido da parte interessada) 
        II - sujeitá-lo a medida de segurança. (depende da existência
de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do mi-
nistro da justiça). 
        Contagem de prazo +C-F
        Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. 
        Frações não computáveis da pena 
        Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e
nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa,
as frações de cruzeiro. 
        Legislação especial 
        Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos
incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diver-
so. 
__________Codigo de Proçesso PenãlCodigo de Proçesso Penãl________
TÍTULO II
DO INQUÉRITO POLICIAL
        Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades po-
liciais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim
a apuração das infrações penais e da sua autoria.  
        Parágrafo único.  A competência definida neste artigo não
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja co-
metida a mesma função.
CARACTERÍSTICAS
DO IP
SIGILOSO
DISPENSÁVEL
ESCRITO
INQUISITORIAL (como regra, não há con-
traditório ou ampla defesa)
OFICIAL 
OFICIOSO
INDISPONÍVEL (o Delegado não poderá ar-
quivá-lo)Art. 5o  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será
iniciado:
        I - de ofício;
        II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Minis-
tério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo (parte da doutrina sustenta a não re-
cepção do inciso, pois violaria o sistema acusatório e a garantia da
imparcialidade)
        § 1o  O requerimento a que se refere o no II conterá sempre
que possível:
        a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
        b) a individualização do indiciado ou seus sinais característi-
cos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor
da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
        c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua pro-
fissão e residência.
        § 2o  Do despacho que indeferir o requerimento de abertura
de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
        § 3o  Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da
existência de infração penal em que caiba ação pública poderá,
verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e
esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
inquérito.
        § 4o  O inquérito, nos crimes em que a ação pública depen-
der de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
        § 5o  Nos crimes de ação privada, a autoridade policial so-
mente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem te-
nha qualidade para intentá-la.
NOTITIA CRIMINIS 
(conhecimento do crime pela polícia)
ESPONTÂNEA Mediante atividade rotineira da polícia
PROVOCADA Quando, por exemplo, o ofendido noticia à
polícia o cometimento do crime
DE COGNIÇÃO
COERCITIVA
Com a prisão em flagrante
INQUALIFICADA Denúncia anônima
        Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração
penal, a autoridade policial deverá:
        I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alte-
rem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais;           
        II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato,
após liberados pelos peritos criminais;         
        III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimen-
to do fato e suas circunstâncias;
        IV - ouvir o ofendido;
        V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável,
do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o
respectivo termo ser assinado por 2 testemunhas que lhe tenham
ouvido a leitura;
        VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a aca-
reações;
        VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de cor-
po de delito e a quaisquer outras perícias;
        VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo dati-
loscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de ante-
cedentes;
Promotores e juízes não podem ser identificados criminalmente,
porque não podem ser indiciados LOMP (art. 41, III) e LOMAN
(art. 33).
        IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de
vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua ati-
tude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
 - 
Dia 1 / 11
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação
do seu temperamento e caráter.
        X - colher informações sobre a existência de filhos, respecti-
vas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato
de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.           
        Art. 7o  Para verificar a possibilidade de haver a infração sido
praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá
proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.
        Art. 8o  Havendo prisão em flagrante, será observado o dis-
posto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
        Art. 9o  Todas as peças do inquérito policial serão, num só
processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso,
rubricadas pela autoridade.
        Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se
o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preven-
tivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quan-
do estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
        § 1o  A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido
apurado e enviará autos ao juiz competente.
        § 2o  No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas
que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde pos-
sam ser encontradas.
        § 3o  Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado es-
tiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos
autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo
marcado pelo juiz.
RELATÓRIO
A autoridade policial não deve esboçar qualquer
juízo de valor, ressalvados os crimes de tóxicos,
onde ela deverá justificar as razões que a levaram
à classificação do delito (art. 52, I, Lei 11.343/06) 
A autoridade policial sempre indicará o tipo pe-
nal em que acha incurso o investigado. Isso se
chama de juízo de subsunção precária, visto que
o juízo de subsunção próprio cabe ao MP, quan-
do da denúncia. 
PRAZO CONCLUSÃO PRESO SOLTO
JUSTIÇA ESTADUAL 10 30
JUSTIÇA FEDERAL 15+15 30
LEI DE DROGAS 30+30 90+90
ECONOMIA 
POPULAR
10 10
PRISÃO TEMPORÁRIA EM
CRIMES HEDIONDOS
30+30 NÃO SE APLICA
JUSTIÇA MILITAR 20 40+20
        Art. 11.  Os instrumentos do crime, bem como os objetos
que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.
        Art. 12.  O inquérito policial acompanhará a denúncia ou
queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
        Art. 13.  Incumbirá ainda à autoridade policial:
        I - fornecer às autoridades judiciárias as informações neces-
sárias à instrução e julgamento dos processos;
        II -  realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Mi-
nistério Público;
        III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autori-
dades judiciárias;
        IV - representar acerca da prisão preventiva.
        Art. 13-A.  Nos crimes previstos nos arts. 148 (Seqüestro e
cárcere privado), 149 (Redução a condição análoga à de escravo)
e 149-A (Tráfico de Pessoas), no § 3º do art. 158 (Extorsão com
restrição da liberdade da vítima) e no art. 159 do Código Penal
(Extorsão mediante seqüestro), e no art. 239 do ECA (envio de cri-
ança ou adolescente ao exterior) membro do Ministério Público
ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos
do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e
informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.            
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24
horas, conterá: 
I - o nome da autoridade requisitante;     
II - o número do inquérito policial; e         
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável
pela investigação. 
Art. 13-B.  Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes re-
lacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público
ou o delegado de polícia poderão requisitar, MEDIANTE AUTORI-
ZAÇÃO JUDICIAL, às empresas prestadoras de serviço de teleco-
municações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os
meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
em curso. 
§ 1o  Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da
estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequên-
cia.             
§ 2o  Na hipótese de que trata o caput, o sinal: 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qual-
quer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme
disposto em lei;             
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celu-
lar por período não superior a 30 dias, renovável por uma única
vez, por igual período; 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será
necessáriaa apresentação de ordem judicial.             
§ 3o  Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá
ser instaurado no prazo máximo de 72 horas, contado do registro
da respectiva ocorrência policial. 
§ 4o  Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 horas, a
autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, infor-
mações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. 
        Art. 14.  O ofendido, ou seu representante legal, e o indicia-
do poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou
não, a juízo da autoridade.
 - 
Dia 1 / 12
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições
dispostas no art. 144 da Constituição Federal (polícia federal;
polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis;
polícias militares e corpos de bombeiros militares; polícias penais
federal, estaduais e distrital) figurarem como investigados em
inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de
fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as
situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir
defensor. (LEI 13964/19)
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado
deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório,
podendo constituir defensor no prazo de até 48 horas a contar do
recebimento da citação. (LEI 13964/19)
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência
de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade
responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que
estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos,
para que essa, no prazo de 48 horas, indique defensor para a
representação do investigado. (LEI 13964/19)
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servi-
dores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da
Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam res-
peito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. (LEI 13964/19)
        Art. 15.  Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado cura-
dor pela autoridade policial.
        Art. 16.  O Ministério Público não poderá requerer a devolu-
ção do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligên-
cias, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
        Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar
autos de inquérito.
       Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito
pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a au-
toridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras
provas tiver notícia.
MOTIVO DO ARQUIVAMENTO
É POSSÍVEL 
DESARQUIVAR?
1) Insuficiência de provas SIM
(Súmula 524-STF)
2) Ausência de pressuposto processual ou de
condição da ação penal
SIM
3) Falta de justa causa para a ação penal
(não há indícios de autoria ou prova da ma-
terialidade)
SIM
4) Atipicidade (fato narrado não é crime) NÃO
5) Existência manifesta de causa excludente
de ilicitude
STJ: NÃO (REsp
791471/RJ)
STF: SIM (HC
125101/SP)
6) Existência manifesta de causa excludente NÃO
de culpabilidade* (Posição da dou-
trina)
7) Existência manifesta de causa extintiva da
punibilidade
NÃO
(STJ HC 307.562/
RS)
(STF Pet 3943)
Exceção: certidão
de óbito falsa
*Tabela retirada do site www.dizereodireito.com.br 
        Art. 19.  Nos crimes em que não couber ação pública, os au-
tos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde
aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
        Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo neces-
sário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
      Parágrafo único.  Nos atestados de antecedentes que lhe fo-
rem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar
quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra
os requerentes.          
  
      Art. 21.  A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre
de despacho nos autos e somente será permitida quando o inte-
resse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
        Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de
3 dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a re-
querimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Pú-
blico, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89,
inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil 
A CF/88 não permite a incomunicabilidade do preso nem mes-
mo no estado de defesa (art. 136, §3, IV)
        Art. 22.  No Distrito Federal e nas comarcas em que houver
mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em
uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, orde-
nar diligências em circunscrição de outra, independentemente de
precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que
compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que
ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
        Art. 23.  Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz
competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identifi-
cação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo
a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração pe-
nal e à pessoa do indiciado.
SÚMULAS SOBRE IP
Súmula vinculante 14-STF: É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa
Súmula 524-STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do
juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação
penal ser iniciada, sem novas provas. 
 - 
Dia 1 / 13
TÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PRIVADA
Divide-se em:
a) ação penal pública incondi-
cionada;
b) ação penal pública condici-
onada;
c) ação penal pública subsidiá-
ria da pública.
Divide-se em:
a) ação penal privada persona-
líssima;
b) ação penal privada propria-
mente dita;
c) ação penal privada subsidiária
da pública.
A peça acusatória é a denún-
cia.
A peça acusatória é a queixa-
crime.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
        Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
        § 1o  No caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI)
        § 2o  Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento
do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a AÇÃO
PENAL SERÁ PÚBLICA.         
A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida,
goza do mesmo status de cônjuge para o processo penal,
possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal privada.
STJ. Corte Especial. APn 912-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
07/08/2019 (Info 654).
        Art. 25.  A representação será irretratável, DEPOIS DE OFERE-
CIDA a denúncia.
CPP LEI MARIA DA PENHA
A representação será irretratá-
vel, DEPOIS DE OFERECIDA a
denúncia.
Só será admitida a renúncia à
representação perante o juiz
ANTES DO RECEBIMENTO da
denúncia
        Art. 26.  A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o
auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida
pela autoridade judiciária ou policialProcesso judicialiforme. Artigo não recepcionado pela CF/88. 
        Art. 27.  Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciati-
va do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública,
fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de
quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (LEI
13964/19)
STF suspendeu a eficácia da alteração do procedimento de
arquivamento do inquérito policial (art. 28, caput). MEDIDA
CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298 
Art. 28 (REDAÇÃO ANTERIOR). Se o órgão do Ministério Público,
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz,
no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará
remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-
geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o
arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias
do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da
instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a
respectiva lei orgânica. (LEI 13964/19)
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento
da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do in-
quérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a
quem couber a sua representação judicial. (LEI 13964/19)
ARQUIVAMENTO
INDIRETO
MP deixa de oferecer a denúncia por en-
tender que o juízo perante o qual oficia é
incompetente. 
ARQUIVAMENTO
ORIGINÁRIO 
Se o arquivamento partir diretamente do
PGR ou do PGJ, O TRIBUNAL NÃO PODERÁ
INVOCAR O ART. 28 do CPP. Caberá, po-
rém, no âmbito federal, recurso administra-
tivo à Câmara de Coordenação e Revisão. 
ARQUIVAMENTO
IMPLÍCITO OU
TÁCITO 
MP oferece a denúncia em face de apenas
um ou alguns dos crimes nele narrados ou
dos acusados, deixando de oferecer, sem
motivo justificado, pelos outros. 
STF: O sistema processual penal brasileiro
não prevê a figura do arquivamento im-
plícito de inquérito policial. 
ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
MP requeria o arquivamento
ao juiz, que homologava ou
não. 
MP ordena o arquivamento e
remete os autos à instância de
revisão ministerial para fins de
homologação
Arquivamento realizado na
justiça
Arquivamento realizado no
âmbito do MP
STF suspendeu a eficácia da
alteração do procedimento de
arquivamento do inquérito
policial (art. 28, caput))
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado
confessado formal e circunstancialmente a prática de infração
penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior 
a 4 anos, o Ministério Público poderá propor ACORDO DE NÃO
PERSECUÇÃO PENAL, desde que necessário e suficiente para
 - 
Dia 1 / 14
reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes
condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (LEI 13964/19)
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
impossibilidade de fazê-lo; (LEI 13964/19)
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo
Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do
crime; (LEI 13964/19)
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por
período correspondente à pena mínima cominada ao delito
diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da
execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal); (LEI 13964/19)
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do
art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser
indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente,
como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos
aparentemente lesados pelo delito; ou (LEI 13964/19)
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo
Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a
infração penal imputada. (LEI 13964/19)
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se
refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de
aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. (LEI 13964/19)
§ 2º O disposto no caput deste artigo NÃO SE APLICA nas
seguintes hipóteses: (LEI 13964/19)
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados
Especiais Criminais, nos termos da lei; (LEI 13964/19)
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos
probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou
profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
(LEI 13964/19)
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao
cometimento da infração, em acordo de não persecução penal,
transação penal ou suspensão condicional do processo; e (LEI
13964/19)
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou
familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de
sexo feminino, em favor do agressor. (LEI 13964/19)
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por
escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo
investigado e por seu defensor. (LEI 13964/19)
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal,
será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua
voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do
seu defensor, e sua legalidade. (LEI 13964/19)
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as
condições dispostas no acordo de não persecução penal,
devolverá os autos ao Ministério Público para que seja
reformulada a proposta de acordo, com concordância do
investigado e seu defensor. (LEI 13964/19)
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução
penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que
inicie sua execução perante o juízo de execução penal. (LEI
13964/19)
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não
atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a
adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao
Ministério Público para a análise da necessidade de
complementação das investigações ou o oferecimento da
denúncia. (LEI 13964/19)
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não
persecução penal e de seu descumprimento. (LEI 13964/19)
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no
acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior
oferecimento de denúncia. (LEI 13964/19)
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo
investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público
como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão
condicional do processo. (LEI 13964/19) 
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução
penal não constarão de certidão de antecedentes criminais,
exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. (LEI
13964/19)
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal,
o juízo competente decretará a extinção de punibilidade. (LEI
13964/19)
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em pro-
por o acordo de não persecução penal, o investigado poderáre-
querer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28
deste Código. (LEI 13964/19)
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
RESOLUÇÃO 181/17 DEPOIS DA LEI 13964/19
Pena mínima inferior a 4 anos Pena mínima inferior a 4 anos
Crime não for cometido com
violência ou grave ameaça a
pessoa, o investigado tiver con-
fessado formal e circunstancia-
damente a sua prática
Investigado confessado formal
e circunstancialmente a prática
de infração penal sem violência
ou grave ameaça
CONDIÇÕES:
I – reparar o dano ou restituir a
coisa à vítima, salvo impossibili-
dade de fazê-lo; 
II – renunciar voluntariamente a
bens e direitos, indicados pelo
Ministério Público como instru-
mentos, produto ou proveito
do crime; 
II – prestar serviço à comunida-
de ou a entidades públicas por
período correspondente à pena
mínima cominada ao delito, di-
minuída de 1/3 a 2/3, em local
a ser indicado pelo Ministério
Público; 
IV – pagar prestação pecuniá-
ria, a ser estipulada nos termos
do art. 45 do Código Penal, a
entidade pública ou de interes-
se social a ser indicada pelo
Ministério Público, devendo a
prestação ser destinada prefe-
rencialmente àquelas entidades
que tenham como função pro-
teger bens jurídicos iguais ou
CONDIÇÕES:
I - reparar o dano ou restituir a
coisa à vítima, exceto na
impossibilidade de fazê-lo;
II - renunciar voluntariamente a
bens e direitos indicados pelo
Ministério Público como
instrumentos, produto ou
proveito do crime;
III - prestar serviço à
comunidade ou a entidades
públicas por período
correspondente à pena mínima
cominada ao delito diminuída
de 1/3 a 2/3, em local a ser
indicado pelo juízo da
execução, na forma do art. 46
do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código
Penal);
IV - pagar prestação pecuniária,
a ser estipulada nos termos do
art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), a entidade
pública ou de interesse social, a
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semelhantes aos aparentemen-
te lesados pelo delito;
V – cumprir outra condição es-
tipulada pelo Ministério Públi-
co, desde que proporcional e
compatível com a infração pe-
nal aparentemente praticada. 
ser indicada pelo juízo da
execução, que tenha,
preferencialmente, como
função proteger bens jurídicos
iguais ou semelhantes aos
aparentemente lesados pelo
delito; ou
V - cumprir, por prazo determi-
nado, outra condição indicada
pelo Ministério Público, desde
que proporcional e compatível
com a infração penal imputada.
NÃO CABÍVEL:
I – for cabível a transação pe-
nal, nos termos da lei; 
II – o dano causado for superi-
or a 20 salários mínimos ou a
parâmetro econômico diverso
definido pelo respectivo órgão
de revisão, nos termos da regu-
lamentação local;
III – o investigado incorra em
alguma das hipóteses previstas
no art. 76, § 2º, da Lei nº
9.099/95;
IV – o aguardo para o cumpri-
mento do acordo possa acarre-
tar a prescrição da pretensão
punitiva estatal;
V – o delito for hediondo ou
equiparado e nos casos de inci-
dência da Lei nº 11.340, de 7
de agosto de 2006; 
VI – a celebração do acordo
não atender ao que seja neces-
sário e suficiente para a repro-
vação e prevenção do crime. 
NÃO CABÍVEL:
I - se for cabível transação
penal de competência dos
Juizados Especiais Criminais,
nos termos da lei;
II - se o investigado for
reincidente ou se houver
elementos probatórios que
indiquem conduta criminal
habitual, reiterada ou
profissional, exceto se
insignificantes as infrações
penais pretéritas;
III - ter sido o agente
beneficiado nos 5 anos
anteriores ao cometimento da
infração, em acordo de não
persecução penal, transação
penal ou suspensão
condicional do processo; e
IV - nos crimes praticados no
âmbito de violência doméstica
ou familiar, ou praticados con-
tra a mulher por razões da con-
dição de sexo feminino, em fa-
vor do agressor.
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Caberá RESE da decisão, despa-
cho ou sentença que recusar
homologação à proposta de
acordo de não persecução pe-
nal, previsto no art. 28-A desta
Lei.
       Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação públi-
ca, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministé-
rio Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substi-
tutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elemen-
tos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negli-
gência do querelante, retomar a ação como parte principal (AÇÃO
PENAL INDIRETA)
        Art. 30.  Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para repre-
sentá-lo caberá intentar a ação privada.
        Art. 31.  No caso de morte do ofendido ou quando declara-
do ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente
ou irmão (CADI)
        Art. 32.  Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento
da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para
promover a ação penal.
        § 1o  Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover
às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensá-
veis ao próprio sustento ou da família.
        § 2o  Será prova suficiente de pobreza o atestado da autori-
dade policial em cuja circunscrição residir o ofendido.
        Art. 33.  Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmen-
te enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal,
ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de
queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofí-
cio ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente
para o processo penal.
        Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos, o
direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu represen-
tante legal. 
Não existe mais representante legal de pessoa natural que já
completou 18 anos. Por consequência, não existe mais a
possibilidade de dupla legitimação para o oferecimento de
queixa: ou o ofendido é menor de 18 anos e só o seu
representante tem legitimação (art. 33, CPP); ou ele já
completou esta idade e o exercício do direito de queixa é
exclusivamente seu. 
*http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitu-
ra&artigo_id=143 
        Art. 36.  Se comparecer mais de uma pessoa com direito de
queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais
próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo,
entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante
desista da instância ou a abandone.
        Art. 37.  As fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser represen-
tadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem
ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
        Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu
representante legal, decairá no direito de queixa ou de represen-
tação, se não o exercer dentro do prazo de 6 meses, contado do
dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do
art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
denúncia.
        Parágrafo único.  Verificar-se-á a decadência do direito de
queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos
arts. 24, parágrafo único, e 31.
        Art. 39.  O direito de representação poderá ser exercido, pes-
soalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante
declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério
Público, ou à autoridade policial.
        § 1o  A representação feita oralmente ou por escrito, sem as-
sinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu represen-
tante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou
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autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quan-
do a este houver sido dirigida.

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