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Controle de Constitucionalidade

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E PROCESSO CONSTITUCIONAL
Constituição política x constituição jurídica
Direitos x garantias
Normas jurídicas x ordenamento jurídico hierarquizado
Normas jurídicas: existência + validade + eficácia
Controle verifica a validade da norma jurídica
A incompatibilidade da norma jurídica com a CF gera a nulidade da norma.
No Brasil adota-se a teoria da nulidade norte-americana de Marshall.
Estabelece o art. 27 da Lei n. 9.868/99: “Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado” (no mesmo sentido, cf. art. 11 da Lei n. 9.882/99 — ADPF). Ou seja, traz a possibilidade da operação dos efeitos ex nunc, como previsto por Kelsen.
Quem pode propor ADI? Art. 103, CF
Conceito: controle de constitucionalidade é todo um conjunto de instrumentos jurídicos e políticos da garantia da própria constituição, garantia de que ela se manterá RIGIDA e SUPREMA
Constitucionalidade superveniente é o fenômeno pelo qual uma lei que tenha “nascido” com algum vício de inconstitucionalidade é constitucionalizada.
Inconstitucionalidade superveniente: uma lei que “nasceu” perfeita vem a se tornar inconstitucional. Pode ocorrer por mutação constitucional, como no caso da união estável e pela mudança no substrato fático da norma, no caso do amianto (ADI 3937)
Finalidade: é a verificação da compatibilidade (validade) da norma jurídica com a Constituição Federal.
Temporariedade: o objeto de verificação deve ser a “lei em vigor”.
Pressupostos
1. Supremacia da constituição
2. Constituição rígida 
3. Órgão de controle
Natureza jurídica
No Brasil vigora o controle político e jurídico (misto)
Político:
Pelo poder legislativo (processo legislativo)
Pelo poder executivo (veto e autotutela dos atos administrativos)
Jurídico
Pelo poder judiciário (controle judicial)
Classificação doutrinária
1. Inconstitucionalidade formal ou material
1.1. Formal: erro na elaboração da lei (processo legislativo)
1.1.1. Formal objetiva (propriamente dita): inobservância (erro) no processo legislativo	Comment by Milena Massa: Como exemplo citamos uma lei complementar sendo votada por um quórum de maioria relativa. Existe um vício formal objetivo, na medida em que a lei complementar, por força do art. 69 da CF/88, deveria ter sido aprovada por maioria absoluta
1.1.2. Formal subjetiva: vício de iniciativa
1.1.3. Formal orgânica: erro de competência legislativa	Comment by Milena Massa: Para se ter um exemplo, o STF entende inconstitucional lei municipal que discipline o uso do cinto de segurança, já que se trata de competência da União, nos termos do art. 22, XI, legislar sobre trânsito e transporte.
1.2. Material – conteúdo 
2. Em relação à existência do ato normativo:
2.1. Por ação: quando há um ato normativo que afronta o texto constitucional
2.2. Por omissão (ADI): ausência ou produção insuficiente de regulamentação de norma constitucional de eficácia limitada
3. Em relação ao tempo:
3.1. Originária (ex tunc): uma norma entra no ordenamento jurídico com vício formal ou material
3.2. Superveniente: surge após à edição da norma (mutação ou emenda). O STF não aceita essa classificação.	Comment by Milena Massa: a) mutação constitucional: interpretação b) mudança no substrato fático da norma: conteúdo 
4. Em relação à integralidade da norma
4.1. Total: a norma é inconstitucional na sua integralidade
4.2. Parcial: parte da lei é inconstitucional. Pode ser palavra, expressões. Só não pode mudar o sentido da norma.
5. Quando ao momento da realização do controle: preventivo e repressivo
5.1. Preventivo
5.1.1. Poder Legislativo: durante o processo legislativo (comissões, em especial CCJ), art. 58, CF
5.1.2. Poder Executivo: durante o processo legislativo (veto jurídico), art. 66, § 1º, CF.
5.1.3. Poder Judiciário (de forma indireta): assegurar o devido processo legislativo.
5.2. Repressivo
5.2.1. Poder Judiciário: é a regra do controle repressivo no Brasil, podendo ser de forma concentrada ou difusa.
Exceções
5.2.2. Poder Legislativo: realiza por exceção, em três casos:
5.2.2.1. Não conversão em lei de medida provisória, art. 65, § 5º 
5.2.2.2. Lei delegada que exorbita delegação legislativa, art. 68, § 2º e art. 48, V	Comment by Milena Massa: pedido inicial 
5.2.2.3. Pressupostos constitucionais dos decretos de intervenção federal (art. 36, § 1º), estado de defesa (art. 136, §§ 4º ao 7º) e sustação do estado de sítio (art. 49, IV)
5.2.3. Poder Executivo: deixa de aplicar a lei quando verificar inconstitucionalidade flagrante.
Normas de 2º Grau
Ilegal
Normas de 1º Grau
Inconstitucional
Atos Administrativos
Controle repressivo (lei já está em vigor)
Poder judiciário 
Classificação 
1. Em relação ao órgão (orgânica)
a. Difuso: qualquer juiz ou tribunal (art. 92)
b. Concentrado: apenas um órgão – STF (art. 102, “a”)
2. Em relação aos instrumentos (formal)
a. Incidental/ indireta/ via de defesa/ via de exceção: realizada por meio de ações cujo objeto é outro que não o pedido de inconstitucionalidade - difuso
b. Direta: ações especificas para controle – concentrado 
3. Em relação ao objeto (finalístico)
a. Concreto: há violação direta de um direito pela lei questionada – difuso 
b. Abstrato/tese: lei em tese, não há caso concreto – concentrado 
Controle Difuso
Incidental/ indireta/ via de defesa/ via de exceção, no caso concreto
· Origem
· Nos EUA, em 1803, no caso Marbury x Madison (Juiz Marshall).
· No Brasil em 1891
· Nomenclaturas
· Concreto/ incidental/ ação indireta/ via de defesa/ via de exceção 
· Objetivo
· Afastar a aplicação do ato inconstitucional do caso concreto
· Resolver casos concretos
· Legitimidade
· Aquele que pode pleitear em juízo (faz parte de um processo).
· Juiz de ofício
· Todos podem se pronunciar, com exceção do CNJ
· Questão de ordem pública
· A inconstitucionalidade de ato normativo é questão de ordem pública e de caráter indisponível, devendo o juiz de ofício reconhecê-la.
· Competência
· Qualquer juiz ou tribunal: poder judiciário art. 92 e ss.
· Exceção CNJ, art. 103-B, § 4º
· Com relação aos tribunais: art. 97 – “cláusula de reserva de plenário”	Comment by Milena Massa: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
· O pedido incidental deve ser decidido de imediato, pois é prejudicial a lide principal
· Efeitos de sentença
· Regra geral: inter partes e ex tunc
· Não pode alegar direito adquirido, nem ato jurídico perfeito.
Desdobramentos possíveis pelo STF
· O STF pode se pronunciar em controle difuso por recurso extraordinário. Ainda assim, terá os mesmos efeitos – inter partes e ex tunc. Exceto se:
· Com relação a exceção “inter partes”
· Erga omnes, pelo SF, art. 52, X, CF. Nesse caso, é discricionário e ex nunc (posição do SF quanto do STF). Segue a cláusula do art. 97
· Erga omnes por súmula vinculante
· O STF adotou, em alguns casos, a “Teoria dos Motivos Determinantes”, dar efeito erga omnes em alguns casos:
· Com relação a exceção ex tunc
· Ex nunc ou pro futuro, pode ser modulado por analogia ao art. 27 da Lei 9868/99 (Lei da ADI) ou com fundamento no princípio da “segurança jurídica”
Controle Concentrado
· Origem
· Na constituição austríaca de 1920, a partir de projetos de Hans Kelsen que indicavam a necessidade de dar “custódia constitucional” a um só tribunal – Tribunal Constitucional independente dos demais poderes
· No Brasil, a partir da EC 16/65 (constituição de 1946).
· Nomenclaturas
· Concentrado/ via de ação direta/ controle em abstrato/ lei em tese
· Órgão julgador: STF
· Natureza jurídica: é processo objetivo 
· Não precisa de caso concreto, basta que a lei esteja no ordenamento jurídico, produzindoou não efeitos (vacatio legis)
· Ações de controle
· Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica – ADI ou ADIn genérica (Lei 9868/99)
· Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão - ADI ou ADIn por omissão (Lei 12063/2009 que alterou a Lei 9868/99)
· Ação Direta de Inconstitucionalidade interventiva – ADI ou ADIn interventiva (Lei 12562/2011
· Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADC ou ADCon (Lei 9868/99)
· Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF (9882/99)
ADI Genérica
· Conceito: trata-se de ação direta com o objetivo de declarar lei ou ato normativo inconstitucional
· Finalidade: a declaração de inconstitucionalidade do ato normativo e a consequente suspenção de sua eficácia
· Objeto: atos normativos federais, estaduais e distritais (na competência estadual) que afrontam a Constituição Federal
· Prazo extintivo: não há prazo, seja prescricional ou decadencial, uma vez que atos inconstitucionais não se convalidam com o mero decurso do tempo
· Fundamento legal: art. 102, I “a”; art. 103 CF e Lei 9868/99, em especial os arts. 1º e 2º; e arts. 22 ao 31
· Legitimidade ativa: art. 103 CF e 2º Lei. Legitimidade universal ou geral e especiais ou temáticos	Comment by Milena Massa: Art. 2º incisos I, II, III, VI, VII, VIII	Comment by Milena Massa: Art. 2º, incisos IV, V, IXPrecisa mostrar que o assunto da lei os afetaExemplo: lei estadual da Bahia que fala sobre isenção de ICMS
· Legitimidade passiva: AGU, art. 103 § 3º CF
· Requisitos da inicial: art. 3º e 4º da Lei.
· Distribuído a um ministro: relator, ele que comanda o processo
· Pedido de informações: art. 9º §§ 1º e 2º da Lei.
· Quem julga? STF – corte constitucional 
· Intervenção do MP: art. 103, § 1º, o PGR deve intervir e o art. 8º da lei.
· Intervenção do amicus curiae: art. 7º, § 2º
· O relator pode ouvir outras pessoas (peritos, órgão que produziu a lei, por exemplo)
· Cautelar: trata-se de antecipação dos efeitos da tutela. Art. 10 a 12 da lei.
· O pedido é feito pela parte na inicial ao relator. Observando o artigo 22 precisa de 6 membros
· Efeito erga omnes e ex nunc
· Caso a lei for declarada constitucional terá efeito retroativo
· Possibilidade de efeito repristinatório 
· Art. 11, § 2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.
· Art. 12 – Rito Sumário/ Julgamento Antecipado da ADIn
ADC ou ADCon – Lei 9868/99
· Conceito: é uma ação para declarar a constitucionalidade de atos normativos
· Finalidade: eliminar a insegurança jurídica ou estado de incerteza sobre a conformidade à constituição do ato questionado. Transforma a presunção relativa de constitucionalidade em absoluta
· Objeto: atos normativos federais frente a CF
· Prazo extintivo: não há prazo, seja prescricional ou decadencial, uma vez que atos inconstitucionais não se convalidam com o mero decurso do tempo
· Desejo de interromper a discussão da lei, e declarar sua constitucionalidade.
· Fundamento legal: art. 102, I “a”; 103 CF e Lei 9868/99, em especial os artigos 13 ao 21; e arts. 22 ao 31
· Legitimidade ativa: art. 103 e 13 da Lei. Legitimidade universal e especial
· Legitimidade passiva: não há. Presença da AGU: não é necessária, pois não há defesa a ser realizada
· Requisitos da inicial: art. 14 e 15 da Lei. Demonstrar a insegurança jurídica ou a incerteza quanto ao ato impugnado.
· Pedido de informações: art. 20 da Lei
· Intervenção do MP: art. 103, § 1º, o PGR deve intervir e o art. 8º da Lei
· Intervenção do amicus curiae: é admissível, apesar de a legislação ser omissa. Utiliza-se por analogia ao art. 7º, § 2º da Lei
· Cautelar: art. 21 da Lei indica a suspenção do julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo
· Efeitos: erga omnes e ex tunc
· Quem julga? STF – art. 102, I, “a”, CF
· O julgamento da ADI genérica e da ADC têm as mesmas regras
· Uma lei, ao mesmo tempo, pode ser objeto de ADI genérica e de ADC. são reunidos e julgados de uma só vez.
· Julgamento
· Quórum para instalação de sessão de julgamento: “cláusula de reserva de plenário”, o quórum para instalar a sessão exige-se a presença mínima de 8 ministros. Art. 22.
· Quórum para o julgamento: voto de 6 ministros, art. 23
· No tempo: ex tunc. Declara o ato inconstitucional desde a origem. Pode ser ex nunc se prejudicar a segurança jurídica.
· Aos destinatários: art. 102, §2º. Erga omnes – como o processo tem natureza objetiva, se estende a todas as pessoas relacionadas com o objeto da ação.
· Vinculante: art. 102, § 2º
· Caráter dúplice de ação ou ambivalente: art. 24, só se aplica as decisões finais de mérito. Não se aplica às cautelares.
· Fungibilidade das ações: se admitir receber como ADI genérica uma ADC
· Modulação dos efeitos (transformar de ex tunc para ex nunc): só há na ADI genérica. Art. 27, precisa de 8 ministros 
· Recursos. Não há recursos. Da decisão só cabe embargos. Não pode propor ação rescisória – princípio da irrescindibilidade
ADIn por omissão – Lei 9869/99 art. 12
· Conceito: trata-se de ação direta com o objetivo de declarar a omissão legislativa inconstitucional, por falta de implementação da plena eficácia das normas constitucionais.
· Pressuposto: falta de implementação de norma constitucional não autoaplicável
· Finalidade: declarar a lacuna legislativa inconstitucional
· Objeto: comportamento omisso, total ou parcial, que se reputa inconstitucional.	Comment by Milena Massa: A lei existe, mas não é suficiente para regular a matéria 
· Presença da AGU: art. 12-D, § 2º. Isso deve ocorrer apenas a casos de omissões parciais, caso contrário, não há ato para ser defendido.
· Cautelar: art. 12-F e 12-G. pode suspender o ato no caso de omissão parcial e pode suspender os processos dependentes da omissão.
· Medida de injunção – processo comum
· Efeitos da declaração de inconstitucionalidade
· Art. 12-H. a sentença tem poucos efeitos práticos, pois não é possível que o STF supra a omissão, nem obrigue o legislador a produzir a lei – Princípio da Separação dos Poderes.
· Competência (quem julga) – STF
· Legitimidade ativa: art. 103 CF e 2º Lei. Legitimidade universal ou geral e especiais ou temáticos	Comment by Milena Massa: Art. 2º incisos I, II, III, VI, VII, VIII	Comment by Milena Massa: Art. 2º, incisos IV, V, IXPrecisa mostrar que o assunto da lei os afetaExemplo: lei estadual da Bahia que fala sobre isenção de ICMS
· Legitimidade passiva: AGU, art. 103 § 3º CF
Ação direta de inconstitucionalidade interventiva – Lei 12562/2011
· Conceito: é uma ação que ao declarar o ato inconstitucional, serve para decretação da intervenção prevista no art. 34, VII da CF.
· Uma das hipóteses de decretação da intervenção federal da união nos estados e no distrito federal, prevista no art. 34, VII da CF, fundamenta-se na defesa da observância dos chamados princípios sensíveis.
· Essa intervenção dependerá de provimento pelo STF, da ação direta de inconstitucionalidade interventiva, proposta pelo PGR que detém legitimação exclusiva.
· A intervenção pode ser espontânea – art. 37 ou provocada – art. 34, VII
· Importante: o procedimento e julgamento é semelhante ao da ADI genérica, exceto quanto à legitimação que é exclusiva do PGR.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF (9882/99)
· Conceito: ação direta que analisa controvérsia entre lei infraconstitucional e preceitos fundamentais para fixar condições e o modo de interpretar e aplicar o preceito fundamental
· Utilizada por exclusão de todas as possibilidades 
· Finalidade: evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
· Preceitos fundamentais (rol exemplificativo – ADPF 33)
· Princípios constitucionais fundamentais – art. 1º a 4º
· Direitos e garantias fundamentais – art. 5º ao 17
· Princípios constitucionais sensíveis – art. 34, VII
· Princípios que regem a adm. pública – art. 37, caput
· Cláusulas pétreas – art. 60, § 4º 
· Objeto: atos normativos federais, estaduais, municipais ou distritaisque afrontam a CF (os preceitos fundamentais)
· Observação 1: federais e estaduais – anteriores à CF ou já revogados
· Observação 2: municipais – qualquer lei – que viole diretamente a CF
· Observação 3: distrital – depende da lei
· Caráter subsidiário: art. 4º, § 1º da Lei.
· Pressupostos
· Não cabe outro instrumento jurídico capaz de analisar a norma
· Viola preceitos fundamentais
· Análise do objeto
· Procedimento – o mesmo da ADI genérica
· Julgamento – o mesmo da ADI genérica 
· Competência (quem julga) – STF
· Legitimidade ativa: art. 103 CF e 2º Lei. Legitimidade universal ou geral e especiais ou temáticos	Comment by Milena Massa: Art. 2º incisos I, II, III, VI, VII, VIII	Comment by Milena Massa: Art. 2º, incisos IV, V, IXPrecisa mostrar que o assunto da lei os afetaExemplo: lei estadual da Bahia que fala sobre isenção de ICMS
· Legitimidade passiva: AGU, art. 103 § 3º CF
· Efeitos: erga omnes e ex nunc
· Pedido de liminar (antecipação dos efeitos da tutela)
______________________________________________________________________________
AÇÕES CONSTITUCIONAIS 
1. Mandado de segurança
a. Art. 5º, LXIX (individual) e LXX (coletivo) da CF
b. Lei n. 12016/2009
c. Aplicando-se o CPC de forma subsidiária 
2. Habeas data
a. Art. 5º, LXXII da CF
b. Lei 9507/97
c. Aplicando-se o CPC de forma subsidiária 
3. Ação popular
a. Art. 5º, inciso LXXIII da CF
b. Lei 4717/65
c. Aplicando-se o CPC de forma subsidiária 
4. Mandado de injunção
a. Art. 5º, LXXI da CF
b. Lei 133002016
c. Aplicando-se o CPC de forma subsidiária 
5. Habeas Corpus
a. Art. 5º, LXVIII CF
b. CPP art. 647 ao 664
c. Aplicando-se o CPP de forma subsidiária
Mandado de segurança 
A Carta Magna prevê a concessão de mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
· Base legal: art. 5º, inciso LXIX, da CF e art. 1º da Lei 12.016/2009
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Art. 1o  Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. 
· Em relação ao momento da lesão
O mandado de segurança poderá ser repressivo de uma ilegalidade já cometida, ou preventivo quando o impetrante demonstrar justo receio de sofrer uma violação de direito líquido e certo por parte da autoridade impetrada. Nesse caso, porém, sempre haverá a necessidade de comprovação de um ato ou uma omissão concreta que esteja pondo em risco o direito do impetrante.
· Preventivo: é necessária a prova do “justo receito” de que o ato, a conduta ou a omissão possa lesionar direito líquido e certo. Deve estar prestes a lesar.
· Repressivo: requer a prova de lesão ou de violação atual do direito líquido e certo
· Obs.: caso a ameaça se concretizar durante o curso do processo, haverá a transmutação do Mandado de Segurança preventivo para o repressivo.
· Natureza jurídica: ação constitucional de natureza civil, independentemente do direito lesado
· Direito tutelado: qualquer direito, exceto os amparados por HC (liberdade de ir e vir) e HD (obtenção de dados para si)
· Caráter subsidiário ou residual: o MS só poderá ser usado para proteger direito líquido e certo, quando este direito não estiver amparado por habeas corpus ou habeas data. (art. 1º da Lei.
· Obs.: não é ação específica. Caso a parte queira, há sempre outra ação que pode ser usada.
· Liquidez e certa do direito, da lesão e da ilegalidade e da abusividade do ato: estas provas devem constar na inicial
· Celeridade do rito: art. 20, caput, § 1º. Com liminar concedida ganha mais prioridade, art. 7º, § 4º da Lei.
· Prazo: 120 dias (decadencial), art. 23 e art. 6, § 6º da Lei.
· Característica do ato: ilegal ou abusivo
· Legitimidade ativa (impetrante): titular do direito – é ação personalíssima
· Legitimidade passiva (impetrado): autoridade coatora ou pessoa capaz de desfazer o ato (art. 6º, § 3º)
· Somente deverá ser indicado a autoridade que possa praticar ou desfazer o ato questionado, ou que tenha o poder para corrigi-lo ou ordenar a suspensão 
· Obs.: pessoas de direito privado.
· Não cabe MS:
· Art. 5º da Lei 12016/90
I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo independentemente de caução
II – de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo
III – de decisão judicial transitada em julgado
· Liminar: art. 7º, III e §§
· Pedido de suspensão do ato objeto do MS
· Andamento prioritário (art. 7º, § 4º)
· Duração (art. 7º, § 3º)
· Sentença: anular o ato ilegal ou abusivo
· Não cumprimento de sentença: crime de desobediência (art. 25)
· Taxa: não há isenção
· Recursos
· Da liminar – agravo (art. 7º, § 1º)
· Do indeferimento da inicial – apelação (art. 11, § 1º)
· Da sentença – apelação (art. 14)
· Reexame necessário em sentença concessiva (art. 14, § 1º)
· Direito líquido e certo é o que resulta de fato certo, ou seja, é aquele capaz de ser comprovado, de plano, por documentação inequívoca.
HABEAS DATA
· Fundamento legal: art. 5º, LXXII da CF e Lei 9.507/97
· Conceito: ação constitucional de garantia ao direito de conhecer, retificar e fazer assentamento de informações a seu respeito.
· Direito garantido: o direito à informação. Um direito da pessoa de desenvolvimento da sua personalidade e das características ligadas a ela. Art. 5º, XXXIII e XXXIV. O caráter personalíssimo dessa ação constitucional deriva da própria amplitude do direito defendido, pois o direito de saber os próprios dados e registros constantes nas entidades governamentais ou de caráter público compreende o direito de que esses dados não sejam devassados ou difundidos a terceiros.
· Característica da lei 9507/97
· A primeira parte, mais especificamente nos arts. 1º ao 6º, dispõe sobre o pedido pela via administrativa
· Segunda parte: prevê a possibilidade do pedido via judicial
· Divergência: necessidade de recusa administrativa
· Finalidades:
· Assegura o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público
· Retificar dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativa
· Anotar nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
· Banco de dados: registro públicos de entidades privadas. Considera “caráter público” todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositaria de informações
· A definição dos locais onde se encontram os registros ou banco de dados é importante não somente para identificação do sujeito passivo desta ação, mas também para se determinar o juízo competente para propositura do habeas data.
· Exceções ao direito garantido: o direito à informação está contido em norma constitucional de eficácia contida, ou seja, de aplicação imediata, mas não absoluto, admitindo restrição
· Principal exceção: “sigilo seja imprescritível à segurança da sociedade e do Estado”
· Leis que regulam o sigilo: Lei nº 12527/11 e Decreto nº 7724/12; Decreto nº 7845/12 e Lei nº 8159/91
· Legitimidade ativa
· Pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira.
· Ação personalíssima
· Pessoa a qual pertença a informação a ser conhecida ou retificada ou a qual tenha anotação a ser realizada
· Excepcionalmente, admite-se que o herdeiroou que o cônjuge supérstite ingresse em juízo para obter dados, retificar ou fazer assentamento em banco de dados sobre o falecido, o que não retira o caráter personalíssimo 
· Legitimidade passiva
· Administração pública, direta e indireta
· Instituições de direito privado
· São pessoas que por competência ou atribuição legal, ou ainda, aquelas que tenham autorização em seus estatutos ou regulamentos, detenham informações oficiais sobre a pessoa do impetrante.
· Sentença
· Após toda instrução, conclusos os autos, em no máximo 24 horas, o juiz terá 5 dias para proferir sentença
· Procedente a sentença: juiz marcará data e horário para que a autoridade apresente a informações ou apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação no assentamento
· Improcedente sem julgamento de mérito: o habeas data poderá ser novamente impetrado (art. 18 da Lei) e se preferir poderá interpor recurso da decisão denegatória 
A petição inicial deverá ser instruída com prova de uma das três situações seguintes:
- da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;
- da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão;
- da recusa em fazer-se a anotação sobre a explicação ou contestação sobre determinado dado, mesmo que não seja inexato, justificando possível pendência sobre o mesmo; ou o decurso de mais de quinze dias, sem decisão.
A lei expressamente determina no parágrafo único do art. 15 que: Quando a sentença conceder o habeas data, o recurso terá efeito meramente devolutivo.
Competência
O art. 20 da Lei 9.507/1997 os resume da seguinte forma: 
I –O habeas data será julgado originariamente: 
a) pelo Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
b) pelo Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; 
c) pelos Tribunais Regionais Federais, contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d)pelo juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; 
e) pelos tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado; 
f) pelo juiz estadual, nos demais casos. 
II – em grau de recurso, compete: 
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores; 
b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida em única instância pelos Tribunais Regionais Federais; 
c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida por juiz federal; 
d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a Justiça do Distrito Federal. 
III –mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição.
MANDADO DE INJUNÇÃO 
O mandado de injunção consiste em uma ação constitucional de caráter civil e de procedimento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa prevista na Constituição Federal.
· Fundamento legal: art. 5º, LXXI da CF e Lei nº 13300/16
· Art. 5º - LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania 
· Pressupostos – Requisitos
· falta de norma reguladora de uma previsão constitucional (omissão total ou parcial do Poder Público);
· inviabilização do exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania – o mandado de injunção pressupõe a existência de nexo de causalidade entre a omissão normativa do Poder Público e a inviabilidade do exercício do direito, liberdade ou prerrogativa. 
· Dever de legislar – norma de eficácia limitada
· Direito protegido: o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
· Legitimidade ativa: pessoa física e jurídica que se encontra na impossibilidade para exercer seus direitos pela ausência de norma regulamentadora indispensável para tal exercício
· Legitimidade passiva: pessoa estatal que tem o dever de regulamentar 
· O procedimento é regulado pela lei 13.300/16
· Competência: art. 102, I, q CF/88 STF; art. 105, I, h STJ; 
· Sentença:
(Teoria não-concretista, concretista individual e concretista geral)	Comment by Milena Massa: Juiz poderia somente reconhecer a ausência de legislação 	Comment by Milena Massa: Juiz estabelece quais as condições necessárias para exercer o direito, também olha para o passado da parte 	Comment by Milena Massa: Era permitido ao juiz decidir o caso concreto, poderia conceder efeito erga omnes.
Lei 13.300/16 adotou a teria concretista individual e também a concretista geral)
· Efeitos da decisão: a decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. Art. 9º 
· Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. § 1º 	Comment by Milena Massa: Delimita quem pode usar
·  A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável. Art.11
Ação popular
· Fundamento legal: art. 5º, inciso LXXIII da CF e Lei nº 4.717/65
· Objetivo: anulação ou declaração de nulidade de ato que seja lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (art. 1º da Lei).
· Objeto tutelado:
· Ao patrimônio público (art. 1º, § 1º) ou de entidade de que o Estado participe
· À moralidade administrativa
· Ao meio ambiente
· Ao patrimônio histórico e cultural
· Legitimidade ativa (art. 1º, caput e § 3º da Lei)
· O legitimado para propor ação popular é qualquer “cidadão”
· Cidadão “stricto sensu” – título eleitoral
· MP não é parte legítima, exceção art. 9º da Lei.
· Legitimidade passiva (art. 6º da Lei)
· Litisconsórcio necessário*
· Prescrição: prescreve em 5 anos o prazo para propositura da ação popular. Este prazo se inicia com a existência do ato impugnado (art. 21).
· Sentença: art. 11 ao 18
· Recursos – art. 19
· Se a ação for julgada improcedente, caberá reexame necessário.
· A ação for julgada procedente caberá apelação, com efeito suspensivo
· Decisão interlocutória cabe agravo
· Do indeferimento da inicial, concessiva ou denegatória, cabe apelação.

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