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Avalição funcional 
 
Estado Geral: 
BEG: Bom Estado Geral 
REG: Regular Estado Geral 
MEG: Mau Estado Geral 
 
1. Exame da Consciência: 
- Definição: coma, letargia, estupor, morte encefálica; 
- Escala de Coma de Glasgow. 
2. Exame das Funções Corticais: 
- Afasias Sensitiva, Motora e Mista; 
- Apraxias ideomotora, ideatória, do vestir e 
construtiva. 
- Agnosias visual, auditiva e tátil, negligência; 
- Mini Exame do Estado Mental. 
 
1. Exame da Consciência 
* Consciência: 
capacidade do indivíduo de reconhecer a si mesmo e 
aos estímulos do ambiente 
As alterações da consciência podem acontecer: 
•no estado de alerta ou nível de consciência; 
•no conteúdo da consciência (funções mentais e 
cognitivas do indivíduo) 
 
Níveis de consciência: 
Sequência que vai desde a sonolência à morte 
encefálica 
Letargia: diminuição do nível de consciência; desperta 
com estímulos brandos. 
Estupor: sonolência mais profunda; desperta com 
estímulos vigorosos e repetidos. 
Coma: inconsciência; geralmente não desperta com 
estímulos externos. Alguns reflexos preservados 
Estado vegetativo: não apresenta resposta a 
quaisquer estímulos, mas ainda não apresentaram 
sinais de morte encefálica. 
Morte encefálica: irreversível, com repercussões 
sistêmicas sobre a homeostase de órgãos vitais. 
 
Escala de Coma de Glasgow 
É uma escala padronizada utilizada para avaliação do 
nível de consciência em pacientes vítimas de 
traumatismo craniencefálico. 
Ocular: 
(4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de 
estímulo externo. 
(3) Ao som: abre os olhos quando é chamado. 
(2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão 
na extremidade dos dedos (aumentando 
progressivamente a intensidade por 10 segundos). 
(1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser 
fisicamente capaz de abri-los. 
Verbal: 
(5) Orientada: consegue responder adequadamente o 
nome, local e data. 
(4) Confusa: consegue conversar em frases, mas não 
responde corretamente as perguntas de nome, local e 
data. 
(3) Palavras: não consegue falar em frases, mas 
interage através de palavras isoladas. 
(2) Sons: somente produz gemidos. 
(1) Ausente: não produz sons, apesar de ser 
fisicamente capaz de realizá-los. 
Motora: 
(6) À ordem: cumpre ordens de atividade motora 
(duas ações) como apertar a mão do profissional e 
colocar a língua para fora. 
(5) Localizadora: eleva a mão acima do nível da 
clavícula em uma tentativa de interromper o estímulo 
(durante o pinçamento do trapézio ou incisura 
supraorbitária). 
(4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do 
estímulo, mas há uma flexão rápida do braço ao nível 
do cotovelo e na direção externa ao corpo. 
(3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do 
estímulo, mas há uma flexão lenta do braço na direção 
interna do corpo. 
(2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do 
cotovelo. 
(1) Ausente: não há resposta motora dos membros 
superiores e inferiores, apesar de o paciente ser 
fisicamente capaz de realizá-la. 
 
 
Pupilar (2018): 
(2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de 
luz 
(1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de 
luz. 
(0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de 
luz. 
 
 
Interpretação 
Pontuação total: de 3 a 15 
 
3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; 
estado vegetativo) 
4-6 = Coma profundo; 
7-10 = Coma intermediário; 
11-14 = Coma superficial; 
15 = Normalidade. 
 
Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 
2005) 
 
3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata) 
9-12 = Moderado; 
13-15 = Leve. 
 
 
 
 
 Simultagnosia: 
incapacidade de perceber 
um estimulo visual como 
um todo. 
 Prosopagnosia: 
incapacidade de 
reconhecer rostos como 
sendo familiares 
 Agnosia das cores: 
incapacidade de 
reconhecer as cores 
 Ex: nomear os objetos, 
apontar os objetos, 
mostrar funcionalidade 
EXAME DAS FUNÇÕES CORTICAIS 
(afasias, apraxias, agnosias, MEM) 
 
AFASIA: Disturbio de linguagem adquirido após a 
ocorrência de uma lesão no SNC 
 Classificação: de acordo com a linguagem 
Escutando a palavra ou lendo 
 Expressão 
Falando e escrevendo 
 Motora 
 Sensitiva 
 Mista 
 
APRAXIA: comprometimento da capacidade de 
realizar movimentos, gestos ou habilidades 
previamente aprendidos, espontaneamente e ou ao 
comando, devido a uma disfunção e ou lesão cerebral 
 
Classificada em: 
 Construtiva 
 Ideomotora 
 Idea tória 
 Do vestir 
 Da marcha 
 Bucolinguofascial 
 Diagnostica 
IDEOMOTORA 
 
 Incapacidade 
para realização 
de gestos 
simples 
(inalterada a 
atividade 
automática) 
 Ex: bater na 
porta 
IDEATÓRIA 
 
 Perda da 
sequencia 
logicade 
vários atos 
combinados 
 Ex: xicara de 
café, escovar 
os dentes, 
acender a vela 
DO VESTIR 
 
 Incapacidade 
de orientar 
peças de 
vestuários em 
relação ao 
corpo 
 Ex: casaco 
com braço 
do avesso 
CONSTRUTIVA 
 
 Incapacidad
e de 
reproduzir 
objetos 
 Ex: 
desenhar, 
copiar 
modelos 
DA MARCHA 
 
 Déficit da 
marcha, que 
não pode ser 
explicado por 
fraqueza, 
perda 
sensorial ou 
incoordenaçã
o motora 
 Ex: marcha, 
subir escada. 
BUCOLINGU
O FACIAL 
 
 Alterações do 
gesto da 
mimica, facial, 
boca e língua 
 Ex: soprar, 
lamber ( 
movimentos 
faciais do 
comando 
verbal) 
DIAGNÓSTICA 
 
 Consiste em 
má 
cooperação 
entre as mãos 
na execução 
das tarefas 
bimanuais 
 Ex: realizar 
duas coisas ao 
mesmo tempo. 
 
AGNOSIAS: Perda da capacidade de reconhecer 
objetos ou símbolos utilizando um dos cinco sentidos. 
 
Classificação (dependendo da área atingida podem 
ser) 
 Visual 
 Auditiva 
 Tátil 
 Negligencia 
 Olfatória 
 Gustativa 
 
 
VISUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFASIA MOTORA 
OU DE BROCA 
 Não fluente 
 Expressão oral 
comprometida 
em diversos 
graus 
 Compreensão 
preservada 
 Expressão 
gráfica 
reduzida 
 Compreensão 
gráfica 
preservada 
 Mais comum 
AFASIA 
SENSITIVA OU DE 
WERNICK 
 Não fluente 
 Compreensão 
oral 
gravemente 
comprometida 
 Fala rápida 
 Compressão 
gráfica 
comprometida 
 Expressão 
gráfica 
reduzida 
 
AFASIA MISTA 
 Lesão das 
áreas de 
Broca e 
Wernick 
 Redução 
acentuada na 
expressão e 
compreensão 
 Boa repetição 
 
Incapacidade do 
reconhecimento 
de objetos 
familiares, a 
despeito do 
funcionamento 
normal dos olhos 
e do trato óptico 
 Qual a hora aproximada? 
 Qual o dia da semana? 
 Qual o dia do mês? 
 Em que mês estamos? 
 Em que ano estamos? 
 Em que local estamos? 
 Que local é este aqui? 
 Em que bairro estamos ou 
endereço daqui? 
 Em que cidade estamos? 
 Em que estado estamos? 
 Repetir: CARRO, VASO, 
TIJOLO 
 Sutrair: 100-7=93-7=86-7= 
72-7= 65 
 Quais os três objetos 
perguntados 
anteriormente? 
 Relógio e caneta 
 Apanhe esta folha de 
papel com a mão direita 
 Escreva uma frase que 
tenha sentido 
 Feche seus olhos 
 Copiar dois pentágonos 
com interseção 
 
 
 
 
AGNOSIA 
AUDITIVA 
 
 
 
 
 
 
AGNOSIA TÁTIL 
OU ASTROGNOSIA 
 
 
 
 
SÍNDROME DA 
NEGLIGÊNCIA 
 
 
 
 
MINI EXAME DO 
ESTADO MENTAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEEM 
Orientação temporal 
 (5 pontos) 
 
Orientação espacial 
 (5 pontos) 
 
 
Registro (3 pontos) 
 
Atenção e calculo 
 (5 pontos) 
 
Memória de evocação 
(3 pontos) 
Nomear objetos 
(2 pontos) 
Comandos de 
estagios ( 3 pontos) 
Escrever uma frase 
completa (1 ponto) 
Ler e escutar (1ponto) 
Copiar um 
diagrama (1 ponto) 
 
 
EXAME DOS PARES CRANIANOS 
12 pares: origem ou dirigem para o tronco encfalico 
Excessão: XIpar ( origem na medula espinhal)I par: nervo olfatorio (sensitivo) 
 Receptores na mucosa pituitaria 
 Centro ortical da olfação : Hipocampo 
 Semiologia: diferentes odores conhecidos 
II par: nerco optico (sensitivo) 
 receptores na retina 
 centro cortical da visão: regial occipital 
 semiologia: 
• acuidade visual 
• campo visual 
 
 
 
 
Incapacidade de 
reconhecimento de sons 
não ligados à fala, ou de 
discriminação entre esses 
sons. 
Ex: não consegue 
diferenciar o som do violão 
e de um pássaro. 
 
Dificuldade de reconhecer 
objetos pelo manuseio. 
Apesar de tato e 
propriocepção íntegras. 
 
Ex: identificar objetos nas 
mãos de olhos vendados 
Incapacidade de registrar e 
integrar os estímulos e 
percepções de um dos lados 
do corpo (geralmente lado 
esquerdo) e o ambiente. 
Ex: reproduzir desenho, ler 
em voz alta, vestir uma blusa 
 É uma escala de 
rastreamento cognitivo, 
chamado screening com 
boa correlação com a 
evolução do processo 
demencial, desde que 
levado em conta o nível 
educacional do indivíduo 
para o ajuste dos pontos de 
corte. 
 Ex Alzheimer 
 Escala de analfabetos 13 
ptos 
 Escolaridadede: 
 1 a 8 anos incompletos: 18 
ptos. 
 8 anos ou mais: 26 ptos. 
III, IV, VI pares: 
 Promovem: movimento ocular externo (MOE) 
III par: nervo oculo motor (motor) 
 reto medial, superior, inferior, obliquo inferior, 
elevador da palpebra 
 Promove miose, MOE e 
elevação da palpebra 
 Reflexo de acomodação 
(miose na aproximação do 
objeto): lesão II e III pares 
 Reflexo fotomotor direto 
(contração da pupila na 
qual se fez o estimulo) 
 Reflexo fotomotor 
consensual (contração da 
pupila oposta) 
Nervo Troclear (motor) 
 Obliquo superior: produz rotação do olho para 
baixo e para dentro 
 Raramente é lesionado sozinho~ 
 Lesão: paralisia do M. obliquo superior e prejuízo 
na habilidade de girar o olho afetado infero-
medialmente. 
Nervo abducente (motor) 
 RETO LATERAL: produz a rotação lateral do 
olho 
 Estrabismo convergente (desvio de um dos 
olhos para dentro) 
 Até que provem o contrario deveremos pensar 
em aumento da pressão intracraniana 
Nervo trigêmeo (MISTO) 
 RAIZ MOTORA: m. temporal, masseter, 
pterigoideos 
 Avaliação: 
Pedrir ao paciente que trinquenos dentes:palpe 
o tônus destes músculos 
 
 RAIZ SENSITIVA: 
 Ramo oftalmico, (v1), 
Maxilar (V2) 
Mandibular (V3) 
 
 Avaliação: 
 Utiliza-se um alfinete 
ou um pedaço de 
algodão para testar 
seus ramos ( se não sentir, testar vibração e 
temperatura) 
 Lesões no V1 promovem perda do reflexo 
corneopalpebral. 
 
 
NERVO FACIAL (MISTO) 
 Interesse: parte motora 
 Ramos temporofacial, Cervicofacial, 
Zigomatico, Bucal, Marginal da madíbula 
 
 Avaliação: 
Pede-se ao paciente que: sorria com os dentes 
trincados, feche os olhos e os abra contra 
resistencia, levante as sombrancelhas, 
observar a simetria dos movimentos. 
 
 Lesões periféricas do N. Facial: Paralisia de 
Bell, cursa com a paralisia da motricidade de 
toda a face, inclusive mandibula. 
 Lesões centrais do N. Facial: cursa com 
paralisia da mandibula mas não da porção 
superior da face. 
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (SENSITIVO) 
4 RAIZES 
 COCLEAR: 
• Alterações auditivas 
• Zumbidos 
 
 VESTIBULAR 
• Nistagmo - oscilação ritmica, incontrolavel 
nos olhos, com fase rapida na direção 
oposta à lesão 
• Desvio lateral durante a marcha 
• Desvio postural 
• romberg positivo 
 
 Avaliação 
• Realizar teste de Rinne e Weber com a 
utilização do diapasão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Se houver 
somente reflexo 
fotomotor 
consensual: lesão 
no III par. 
 Se não houver 
ambos: lesão no 
ll par. 
 
NERVO GOSSOFARÍNGEO (MISTO) 
 Sensibilidade térmica dolorosa e gustativa do 
13 posterior da lingua; secreão da glândula 
parótida 
 Lesão: disfagia (dificuldade de deglutição), 
disfonia; rouquidão; sinal da cortina 
 
 Avaliação (IX e X 
par): 
 
• Pedimos ao 
paciente para 
dizer “aaahhhh” 
• Lesão: se houver 
´reflexo da tosse e 
do vômito com 
elevação da úvula. 
 
NERVO VAGO (MISTO) 
 Disfonia: alteração na produção da voz 
 Porção autonômica não é nvestigada de 
rotina. 
• Inervação até o colon transverso do intestino 
grosso, incluindo: coração, pulmão, seio 
carotideo, estomago, bronquios, laringe, baço, 
pâncreas, rins e figado. 
 Avaliação = IX par 
NERVO ACESSÓRIO (MOTOR) 
 Essencialmente motor 
 Avaliação: verificarassimetria na força 
musculae e movimentos do ECON e trapezio 
superior. 
XII PAR 
NERVO HIPOGLOSSO (MOTOR) 
 Inervação motora dos 33 da lingua 
 Avaliação: movimentos da língua 
 Lesão: 
• Dentro da boca a língua desvia o lado sadio 
• Fora da boca a língia desvia para o lado 
lesionado. 
TESTE DA SENSIBILIDADE 
 Verificar a integridade das vias de 
condução(SNP e SNC), bem como das 
estruturas responsáveis por sua interpretação 
( estruturas supra-segmentares). 
 Tipos de sensibilidade: 
 
 
 
 
 
 
DIRETRIZES GERAIS PARA AVALIAÇÃO 
SENSORIAL 
O procedimento para a realização dos testes consiste 
em dois componentes. 
 Aplicação dos estímulos 
 Resposta do paciente ao estímulo 
Durante a avaliação, devem ser coletada as seguintes 
informações: 
 O tipo de sensação afetada 
 A quantidade de envolvimento (ex: respostas 
ausentes, diminuidas, retardadas) 
 Localização dos limites exatos do dano 
sensorial (ajudará na determinação do local da 
lesão) 
 Os sentimentos subjetivos do paciente sobre 
as alterações na sensibilidade 
CONDIÇÕES PARA OS TESTES 
 Teste depende da interação com o paciente 
não aplicável em casos que esta interação 
esteja prejudicada (afasias de expressão e 
compreensão, déficit cognitivo, bebês) 
 Ambiente calmo, paciente em posição 
confortável 
 Instrução prévia 
TESTE DA SENSIBILIDADE 
 Cuidado para não influenciar na resposta 
 “O senhor sente alguma coisa?” 
 “O quê o senhor está sentindo?” 
 “Onde está sentindo?” 
 “É igual ao outro lado?” 
LOCAIS DE AVALIAÇÃO 
 Lesões supra-segmentares (nas estruturas 
responsáveis por sua interpretação) 
avaliação aleatória (sem lugar definido) 
 Lesões da medula espinal, raízes nervosas e 
nervos periféricos (ou seja, as vias de 
condução) : avaliar os dermátomos 
 
 
 
 
 Superficial: tátil, térmica, dolorosa 
 Profunda: sentido de posição esentido de 
movimento 
 Combinada: estereognosia, localização tatil, 
discriminação entre dois pontos, estimulação 
bilateral, vibração. 
 
Sensibilidade 
 
SENSAÇÕES SUPERFICIAIS 
 
 Tátil: 
- Leve (algodão seco, gaze ou pincel) 
- Pressão 
-Obs: “Sim”, “agora” 
 Dolorosa: alfinete de cabeça grande 
-Obs: “Agudo”, “amortecido”, “não sei dizer” 
Térmica: tubo com água quente (>40°C) e fria 
(<15°C) 
-Obs: “quente”, “frio”, “não sei dizer” 
 
 
SENSAÇÕES PROFUNDAS 
 
 Sentido de posição: é a percepção da posição 
das articulações, em repouso. 
 
Procedimento: o membro movimentado e mantido 
numa posição estática. 
 
Resposta: paciente descreve verbalmente a 
posição 
 
 Sentido do movimento: é a percepção do 
movimento. 
 
Procedimento: o membro é movimentado 
passivamente 
 
Resposta: paciente descreve verbalmente a 
direção e amplitude do movimento 
SENSAÇÕES Combinadas 
 Estereognosia 
-Instrumento: objetos de formas e tamanhos 
diferentes (ex: chaves, moedas, pentes, lápis etc.) 
-Procedimento: os objetos colocados na mão do 
paciente 
-Resposta: paciente nomeia verbalmente o objeto 
 Localização Tátil 
Procedimento: usando a ponta de um dedo o 
terapeuta toca diferentes áreas da pele. 
Resposta: paciente identifica a localização dos 
estímulos pelo tato ou descrição verbal. 
 Discriminação entre dois pontos 
Instrumento: clipes, compasso 
Procedimento: duas extremidades (iguais) são 
aplicadas simultaneamente à pele, e aproximadas 
gradativamente entre si até que o estímulo seja 
percebido como único. A menor distância entre os 
estímulos ainda percebida como dois pontos, é 
medida comuma régua e registrada 
Resposta: paciente identifica a percepção de “um” ou 
“dois” estímulos. 
 Estimulação bilateral simultânea 
Procedimento: O Tp simultaneamente (e com igual 
pressão): (1) toca locais idênticos em lados opostos 
do corpo), (2) toca proximal e distalmente lados 
opostos do corpo, e (3) toca locais proximais e distais 
do mesmo lado do corpo 
Resposta: o paciente verbalmente declara quando 
ele percebe um estímulo tátil, e o número de 
estímulos sentidos. 
 Vibração 
Instrumento: diapasão 
Procedimento: a base do diapasão é colocada junto 
a uma superfície óssea (esterno, cotovelo, tornozelo), 
se intacto o paciente perceberá a vibração. Se houver 
lesão, o paciente não conseguirá distinguir entre um 
diapasão vibrante ou não (portanto fazer estímulos 
vibratórios e não vibratórios) Poderá ser usado 
protetor de orelhas. 
Resposta: paciente diz se o estímulo é vibratório ou 
não. 
Leitura sugerida: 
Capítulo 6: O'SULLIVAN, SUSAN, B. Fisioterapia: 
avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 2004. 
REFLEXOS 
1. Exames 
dos 
Reflexos: 
 
- Reflexos Monossinápticos: 
(miotáticos - classificação); 
- Reflexo Polissináptico: reflexo de 
retirada. 
 
2. Tônus 
Muscular: 
 
- Avaliação (Palpação / 
Movimentação Passiva); 
- Escala de Ashworth Modificada. 
 
3. Avaliação da coordenação motora grossa e 
fina. 
 
4. Avaliação 
do equilíbrio 
estático e 
dinâmico; 
 
 - Estratégias motoras do equilíbrio: 
tornozelo, quadril e passo. 
 
 
EXAMES DOS REFLEXOS 
 
REFLEXO – resposta motora ou secretória do nosso 
organismo, independente da nossa vontade, provocada 
por um determinado estímulo, ex: 
• a retirada imediata da mão de uma panela muito 
quente; 
• extensão da perna após a percussão e estiramento do 
tendão patelar; 
• fechamento da pupila com o aumento da intensidade 
luminosa; 
• aumento da secreção gástrica com a chegada do 
alimento no estômago. 
FUNÇÕES PRINCIPAIS: 
✓ ajustes de perturbações inesperadas 
✓ organização dos padrões de coordenação 
✓ permitir a rápida proteção de estímulos 
dolorosos e lesivos 
 
ARCO REFLEXO 
É formado por: 
1- Via Aferente: receptores e fibras sensitivas do 
nervo. 
2- Centro Reflexógeno (via de associação): 
substância cinzenta do sistema nervoso central. 
3- Via Eferente: fibras motoras do nervo. 
4- Órgão Efetor: músculo. 
 
Aferente Eferente 
 
 
ARCO REFLEXO 
- Estímulo externo (percussão do tendão patelar) > 
-estiramento das fibras musculares unidas ao tendão > 
-estímulo dos fusos neuromusculares > 
-transmissão do estímulo pelas fibras sensitivas do 
nervo até a ME (via aferente) > 
-substância cinzenta da medula (centro reflexógeno) > 
-fibras motoras do nervo (via eferente) > 
-músculo (órgão efetor, quadríceps) > 
-contração do músculo (quadríceps) > 
-extensão da perna. 
 
 
 
 
FINALIDADE: 
- Seu exame possibilita diagnosticar topograficamente 
alterações porventura existentes; 
- Avaliar o grau de facilitação (excitação de fundo ou 
tônus) ou inibição que os centros superiores (encéfalo) 
estão exercendo sobre a medula. 
EXAMES DOS REFLEXOS 
PONTUAÇÃO 
0 Ausente (arreflexia) 
1+ Alteração do tônus: ligeira, transitória, sem 
movimento dos membros (Hiporeflexia) 
2+ Movimentos visíveis dos membros 
3+ Movimentos exagerados e completos dos 
membros (Hiperreflexia) 
4+ Movimento compulsório e sustentado, 
perdurando por mais de 30 segundos 
(Hiperreflexia) 
 
TIPOS 
- Reflexos Monossinápticos 
(miotáticos ou de estiramento): bicipital, tricipital, 
estiloradial, patelar e aquileu; 
- Reflexo Polissináptico: 
reflexo de retirada, automatisomo ou de defesa. 
 
REFLEXOS MONOSSINÁPTICOS 
REFLEXO DE ESTIRAMENTO OU MIOTÁTICO 
 
 
 
 
Reflexos Monossinápticos 
 Em casos de lesões do SNC que envolvem o 
NMS → Hiperreflexia 
 Ex: AVC, Neoplasia, TCE 
 Nas lesões do corpo celular do NMI, NP e 
músculo → Hiporreflexia ou Arreflexia 
 Ex: Poliomelite, miopatias… 
TESTE DOS REFLEXOS 
* Paciente relaxado, em posição confortável; 
* Percussão “seca” no tendão do músculo; 
* Realizar comparação bilateral. 
 
 Biciptal (fossa anticubital) 
 Triciptal (5cm cotovelo) 
 Patelar (a cima tuberosidade da tíbia) 
 Aquileu (1/3 distal perna) 
 Adutores do quadril 
 Flexores dos dedos 
 Estilorradial 
 
 
REFLEXOS BICIPITAL E TRICIPITAL 
Reflexo bicipital: 
nervo músculo-
cutaneo, raiz e 
centro 
reflexógeno C5 -
C6 
 
reflexo triciptal: 
nervo radial e 
centro 
reflexógeno C7-
C8 
 
 
REFLEXOS FLEXORES DOS DEDOS E 
ESTILORRADIAL 
 
Reflexos 
flexores dos 
dedos: nervo 
mediano e ulnar, 
raiz e centro 
reflexógeno C8 – 
T1 
Reflexos 
estilorradial: 
Nervo estilorradial, 
raiz e centro 
reflexógeno C5-C6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ativação do fuso 
muscular excitam os 
axônios Ia que 
chegam a raiz dorsal 
e se trifurcam 
2. excita 
motoneurônios α 
causando a 
contração muscular 
do agonista e de 
seus sinergistas 
3. ascende da 
medula espinhal aos 
centros supra 
espinhais 
4. inibe os 
motoneurônios α 
que comandam os 
antagonistas 
levando ao 
relaxamento = 
princípio da 
inervação recíproca 
REFLEXOS ADUTORES E PATELAR 
 
 
 
REFLEXO AQUILEU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexos Polissinápticos 
❖ Automatismo ou de retirada. 
❖ Reação de retirada normal a um estímulo 
nociceptivo. 
❖ Chega à ME, se dividem e fazem várias 
sinapses. 
 
 
 
 
 
REFLEXO CUTÂNEO DE RETIRADA 
 
1. em geral, um 
estímulo álgico ativa 
as fibras aferentes de 
nociceptores que 
penetram na medula, 
dividem e 
2. fazem diversas 
sinapses com 
interneurônios 
medulares que 
excitam os motoneurônios dos músculos flexores 
3. inervação recíproca para relaxamento de extensores 
 Paciente sentado ou DD, com MMII estendidos: 
beliscão no dorso do pé do paciente. 
 Resposta normal: membro fica parado com 
discreta retirada ao estímulo. 
 Resposta anormal: tríplice flexão (exagero) 
Obs: Reflexos superficiais Reflexo cutâneo-plantar - 
sinal de Babinski - lesão do trato corticospinal ou até 1 
ano de idade 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
O'SULLIVAN, SUSAN, B. Fisioterapia: avaliação e 
tratamento. São Paulo: Manole, 2004. 
CAMPBELL, W.W. DeJong: O exame neurológico. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2007. 
 
 
 
 
 
Reflexos adutores da 
coxa: 
Nervo obturador, raiz e 
centro reflexógeno L2 – 
L4 
Reflexos patelar: 
nervo femoral, raiz e 
centro reflexógeno L2 – 
L4 
Reflexos aquileu: 
Nervo tibial, raiz e 
centro reflexogeno L5 – 
S2. 
A) com o paciente 
sentado 
B) com o pct ajoelhado 
sobre a cadeira 
 Avaliação do Tônus Muscular 
• Identificar a tensão no repouso e sua reação ao 
alongamento passivo 
 
 
FORÇA MUSCULAR ( Kendal) 
Grau Característica 
Zero Nenhum movimento ou contração muscular 
I Esboço de contração muscular 
II Movimento presente, sem vencer a força da 
gravidade 
III Movimento contra a gravidade 
IV Vence a gravidade e certa a resistência do 
examinador 
V Vence a resistência do examinador 
 
Tônus Muscular - Avaliação 
 Normal; 
 Hipotônico; 
 Hipertônico. 
•Espasticidade 
•Rigidez 
•Espasmo 
Hipotonia 
 queda ou ausência do tônus muscular; 
 resistência ao movimento passivo diminuída; 
 reflexos de estiramento estão deprimidos; 
 membros facilmente deslocados; 
 decorrente de lesões em neurônios motores 
superiores que afetam o cerebelo ou nos tratos 
piramidais, atingindo os motoneurônios 
espinhais gama e alfa. 
 pode ocorrer como um estado temporário = 
choque medular ou choque cerebral 
 
Hipertonia - Espasticidade 
 aumento na resistência ao movimento passivo; 
 resposta produzida depende da velocidade; 
 resulta de lesões motoras superiores no córtex 
motor, ou em suas projeções extrapiramidais; 
 alteração no controle supra-espinal = 
direcionamento excessivo dos impulsos 
aferentes para os motoneurônios gama = 
hiperativandoa atividade dos 
 fusos neuromusculares = reflexos de 
estiramento fásicos e tônicos hiperativos; 
 
 
Hipertonia - Rigidez 
 Resistência aumentada para todos os 
movimentos e velocidades 
 rigidez parkinsoniana: provocadas por lesões nos 
gânglios da base; roda denteada ou rigidez de 
cano de chumbo (constante) 
 rigidez de decorticação: flexão 
 rigidez de descerebração: extensão. 
 
Hipertonia - Espasmo 
 contração espontânea, involuntária e convulsiva 
de grupos musculares selecionados; 
 podem acontecer em qualquer lugar do corpo, 
resultando em posturas anormais; 
 podem ser causados por vários fatores; 
 câimbras são espasmos vigorosos e dolorosos. 
 
 
Etapas da Avaliação 
 Observação inicial 
* posição 
* palpação 
 ADM passiva e reflexos miotáticos (estiramento) – 
revelam a reatividade dos músculos a um estímulo 
de alongamento 
 Controle motor voluntário – interferência do tônus 
nas AVD´s 
ADM 
 Paciente relaxado, em posição confortável 
 Tp com contato firme e constante 
 Movimentação passiva lenta 
 (da flexão para a extensão) 
 Verificar todos os arcos de movimento 
 Posição inicial → máximo encurtamento 
 Posição final →máximo alongamento 
 Identificar limitações articulares (especificar) 
 Identificar encurtamentos musculares (especificar) 
Avaliação 
Normotônico: membro se move com facilidade, sem 
resistência mesmo alterando velocidade; 
Hipertônico: rigidez e resistência ao movimento; 
Hipotônico: pesados e não-reativos. 
 
 
 
Fixo = espasticidade 
Frouxo = hipotonia 
Flutuante = distonia 
Pontuar e registrar: 
0 Resposta ausente (flacidez) 
1 Resposta reduzida (hipotonia) 
2 Resposta normal 
3 Resposta exagerada (hipertonia leve a moderada) 
4 Resposta sustentada (hipertonia grave) 
 
Escala de Ashworth Modificada 
Grau Característica 
Zero Nenhum aumento no tônus muscular 
I Leve aumento do tônus muscular, 
manifestado por uma tensão momentânea ou 
por resistência mínima, no final da amplitude 
de movimento articular (ADM) 
I + Leve aumento do tônus muscular, 
manifestado por tensão abrupta, seguida de 
resistência mínima em menos a metade da 
ADM restante 
II Aumento mais marcante do tônus muscular, 
durante a maior parte da ADM, mas a região 
é movida facilmente; 
III Considerável aumento do tônus muscular, o 
movimento passivo é difícil; 
IV Parte afetada rígida em flexão ou extensão. 
 
Exemplos: 
 Sinal do canivete; clono = 
 espasticidade 
 Sinal da roda denteada (Parkinson) = 
 rigidez parkinsoniana 
 Sinal de cano de chumbo (Parkinson) = 
 rigidez parkinsoniana 
 Postura sustentada do tronco e MMII em flexão = 
 rigidez de decorticação 
 Postura sustentadas do tronco e membros em uma 
posição de completa extensão = 
 rigidez de descerebração 
 Lesões em neurônios motores superiores que afetam 
o cerebelo ou nos tratos piramidais = 
 hipotonia 
AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA 
GROSSA E FINA 
Capacidade de executar movimentos: 
 Regulares, acurados e controlados; 
 Com velocidade, distância, direção; 
 Tensão apropriada. 
OBJETIVO: 
-Avaliar a execução das tarefas; 
-Planejar tratamento. 
Áreas afetadas 
• Cerebelo: atividade motora, equilíbrio, tônus muscular 
• Gânglios da base: iniciação e regulação dos 
movimentos, ajuste postural, tônus muscular 
• Colunas dorsais da ME:mediação das aferências 
proprioceptivas (posição e movimento) 
 
Coordenação Motora 
Grossa 
 
✓ Postura, equilíbrio, 
movimentos grandes 
 
Ex: Rolar, rastejar, andar 
de joelhos, correr, gato 
 
Coordenação Motora 
Fina 
 
✓ Utiliza pequenos 
grupos musculares 
 
Ex: objetos pequenos, 
destreza, amarrar, 
encaixar 
 
 
Testes que não envolvem equilíbrio 
Manobras: 
• Prova índex-nariz (dedo-dedo) 
• Prova índex-nariz-índex (dedo-nariz) 
• Prova calcanhar-joelho 
• Movimentos alternados (Diadococinesia) 
Alterações que deverão ser observadas: 
Dismetria: incapacidade de julgamento da distância ou 
da ADM. 
Tremor de intenção: ocorre durante o movimento 
voluntário de um membro, tendendo a aumentar a 
medida que se aproxima de sua meta distante 
Decomposição do movimento: decompõe o 
movimento ao invés de realizar uma atividade única. 
Disdiadococinesia: redução da capacidade de 
executar movimentos rápidos alternados. 
DISDIADOCOCINESIA 
 
 
 
Protocolo de aplicação dos testes: 
Reunir equipamento: formulário de avaliação da 
coordenação; caneta ou lápis para registrar; 
cronômetro; cadeiras; esteira, colchonete ou maca; 
método para oclusão da visão. 
Selecione o local: tranquilo e iluminado. 
Selecione os testes: (tabelas). 
Prepare o paciente: repousado; devemos descrever e 
demonstrar os testes. 
Aplique os testes: realizar primeiro os testes não 
ligados ao equilíbrio. 
Registre os resultados. 
 
Formas de registro dos resultados: 
 testes cronometrados; 
 placas de força controladas por computador; 
 gravações em vídeo 
 formulário para avaliação da coordenação (com 
escalas e comentários); 
Exemplo de escala: 
4. Desempenho normal. 
3. Movimento concretizado apenas com ligeira 
dificuldade. 
2. Moderada dificuldade é demonstrada durante a 
realização da atividade; os movimentos são 
arrítmicos e o desempenho deteriora com o 
aumento da velocidade. 
1. Observada grave dificuldade; os movimentos 
são muito arrítmicos; são observados: 
significativa instabilidade, oscilações e/ou 
movimentos estranhos. 
0. Incapaz de desempenhar a atividade. 
 
Avaliação do equilibrio estático e dinamico 
- Equilíbrio: controla o CG 
- Estratégias motoras do equilíbrio: tornozelo, quadril e 
passo. 
Histórico 
 Desde 1967, os pesquisadores estudam o controle 
postural e o equilíbrio. 
 1997- inúmeras pesquisas, de autores como Horak, 
Woolacott, Di Fabio, Winter, Berg e Shumway –
Cook elucidaram e elaboraram conceitos 
fundamentais sobre o tema. 
 Desde então, novas linhas de pesquisa foram 
criadas e novos conceitos estão surgindo. 
( Umphred, D. Fisioterapia Neurológica,ed. Manole, 4a 
edição, 2004, p.153 – 170 ) 
 
Conceito: 
“Equilíbrio é um processo complexo que envolve a 
recepção e a integração de estímulos sensoriais, o 
planejamento e a execução do movimento para 
alcançar um objetivo requerendo a postura ereta. É a 
habilidade de controlar o centro de gravidade (CG) 
sobre uma base de suporte (BDA), num dado 
ambiente sensorial”. 
(Shumway – Cook & Woollacott,2003; Umphred,2004) 
Regulação do Equilíbrio 
 Referências sensoriais: proprioceptivas, visuais e 
vestibulares 
 Forças: geradas na projeção do CG 
 Sinergias musculares: ação muscular para 
restabelecer o equilíbrio 
ESTABILIDADE 
 ÁREA DA BASE DE APOIO (BDA) 
 PROJEÇÃO DO CENTRO DE GRAVIDADE (CG) 
 CENTRO DE PRESSÃO (COM) 
LIMITES DE ESTABILIDADE 
 “É A DISTÂNCIA MAIS LONGA EM QUALQUER 
DIREÇÃO QUE UMA PESSOA PODE ALCANÇAR 
SEM MODIFICAR SUA BASE ORIGINAL DE 
SUPORTE”. 
 Não é fixo 
 Depende das estratégias utilizadas 
(Horak,1997; Shumway – Cook,1997;Duarte,2001) 
Base de suporte X Estabilidade 
 Quanto maior a base , mais estabilidade e portanto é 
mais fácil ocorrer o movimento. 
 Quanto menor a base, menor a estabilidade e portanto 
maior deverá ser o controle postural para se 
movimentar. 
Estratégias Motoras 
 
 
ESTRATÉGIAS DE EQUILÍBRIO 
 
 TORNOZELO 
 QUADRIL 
 PASSO 
(Segundo Horak,1986;Schumway – 
Cook&Woollacott,1995,Horak,1997;Umphred,2003) 
TORNOZELO 
 A cabeça percorre a mesma direção 
 Padrões contráteis de distal para 
proximal 
 Oscilação pequena, numa superfície 
estável 
QUADRIL 
 
 A cabeça percorre direção oposta ao 
quadril 
 Oscilação grande, rápida, superfície 
estreita ou instável 
 Padrões musculares de proximal para 
distal 
PASSO 
 Quando as estratégias anteriores 
são insuficientes para recuperar o 
equilíbrio 
 É necessário dar um passo para 
realinhar novamente o centro de 
gravidade (CG) 
 
AVALIAÇÃO SENSORIAL 
 Paciente em pé, olhandopara frente numa superfície 
fixa. 
 Idem + olhos fechados 
 Paciente em pé, olhando para frente numa superfície 
instável 
 Idem + olhos fechados. 
 O paciente deve permanecer nas posições por 30 
segundos. 
AVALIAÇÃO MOTORA 
 De pé, postura normal, confortável: modificar para pés 
unidos (base menor); com um pé na frente do outro 
(encostados); sobre um dos pés; modificar posição 
dos braços nestas mesmas posições; flexionar tronco 
para frente e voltar; deslocar inesperadamente o 
equilíbrio (porém, dar proteção ao paciente); 
 Quais estratégias que o paciente utiliza? 
 Andar: encostando os dedos de um pé no calcanhar 
do outro; andar ao longo de uma linha reta; andar para 
o lado e para trás; marchar no lugar; alterar a 
velocidade do andar; parar e reiniciar abruptamente; 
andar em círculos; andar sobre os calcanhares ou 
dedos dos pés. 
 Quais as estratégia que o paciente utiliza? 
 Verificar Sinal de Romberg positivo (deficiência 
proprioceptiva): 
 Positivo: quando o paciente fica em pé com os olhos 
abertos e quando fecha os olhos não mantém o 
equilíbrio. 
 Quais as estratégia que o paciente utiliza? 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
 Time up and go test – paciente deve levantar da 
cadeira e andar 3 metros e voltar. (normal 10s ). 
Modificado: tarefa cognitiva associada. 
 
 Functional Reach ( alcance funcional ) 
FUNCTIONAL REACH 
 20 – 40 de 14 à 16 
cm 
 41 – 69 de 13 à 15 
cm 
 70 – 87 de 10 à 13 
cm 
( anterior ). 
 
FISIOTERAPIA 
 Trabalhar os grupos musculares envolvidos nas 
estratégias de equilíbrio 
 Utilização do método Kabat – em cadeia aberta e 
fechada 
 Utilização da bola para o trabalho de quadril e 
tronco 
 Alinhamento e simetria com técnicas de 
reeducação postural e respiração 
CONTROLE POSTURAL 
 
 
 
EQUILÍBRIO 
 Estático 
 Parado, com os pés juntos e paralelos 
 Leves empurrões, braços esticados 
 Fechamento dos olhos 
 Dinâmico 
 Marcha com olhos abertos e fechados 
 Caminhar encostando o hálux no calcanhar a 
cada passo 
Definições de Balance 
 É a habilidade de manter o equilíbrio e a orientação 
em um ambiente gravitacional.(Horak,1987) 
 Uma função complexa que exige o processamento 
de múltiplos imputs sensoriais que levam a uma 
resposta específica dependendo do contexto, que 
envolve múltiplos padrões musculares.( 
Whipple,1990 ) 
 Uma habilidade que o sistema nervoso aprende a 
realizar usando diferentes sistemas, incluindo os 
elementos biomecânicos, sistema sensorial e 
muscular.( Horak,1997) 
ADAPTAÇÕES 
Todos os indivíduos normais podem se adaptar a várias 
situações, pois a variabilidade de respostas é grande, e 
a integração sensorial antecipa ou prepara a 
musculatura para perturbações esperadas ou 
inesperadas. 
Finalidade do Balance 
1. Manter o centro de gravidade dentro da base de 
suporte em diferentes situações. 
2. Transferir o centro de gravidade até os limites de 
estabilidade em diferentes posições – orientação e 
alinhamento. 
Ajustar-se às perturbações externas e locomover-se. 
INTEGRAÇÕES SENSORIAIS 
 VISÃO 
 PROPRIOCEPÇÃO – sistema somatosensorial 
 SISTEMA VESTIBULAR 
AVALIAÇÃO DO BALANCE 
 Avaliação sensorial 
 Avaliação motora 
 Avaliação funcional 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
Cinética e Cinemática da Marcha NORMAL e 
PATOLÓGICA 
1. CINÉTICA E CINEMÁTICA DA MARCHA NORMAL; 
CONCEITOS: 
 Cinético: relativo a movimento 
 Cinemática: estudo do movimento. 
Utilizada como um dos parâmetros para descrição 
de locomoção. Analisa os movimentos, sem levar 
em consideração as forças. (Gage, 1991). 
 Marcha: Sequência de repetições de movimento 
dos membros, para mover o corpo para frente 
enquanto mantém a estabilidade no apoio. 
Com mínimo gasto energético. 
 Ciclo da marcha completo = Comprimento da 
passada (cm) = período (distância) entre o 
momento em que o calcâneo toca o solo e o 
próximo impacto do calcâneo do mesmo membro. 
 Ciclo da marcha = Passada = Intervalo entre 2 
toques com o mesmo pé no solo. 
 Comprimento do passo (cm): distância que vai do 
calcâneo de um pé ao calcâneo do outro pé durante 
a fase de apoio duplo dos pés = metade do 
comprimento da passada. 
100% 
0% 
 
 
 
 Cadência (passos/min): número de passos em um 
intervalo de tempo. 
 Velocidade da marcha: velocidade de movimento 
em uma mesma direção em cm/s. 
 Centro de gravidade: ponto no qual se pode 
considerar concentrado seu peso. 
 
FASES DE APOIO E BALANÇO 
 Ciclo da marcha – subdividido de 0 a 100%. 
 Início do ciclo da marcha (0%) – contato calcanhar 
com solo. 
 Fim do ciclo da marcha (100%) – próximo contato 
com o solo realizado pelo mesmo pé. 
 Ciclo da marcha dividido em 2 fases: apoio e 
balanço. 
 
FASE DE APOIO – do contato do calcanhar até saída 
dedos do mesmo pé do solo. Ocorre quando o pé está 
no solo, suportando o peso do corpo. 
FASE DE BALANÇO – da saída dos dedos do solo até 
o próximo contato do calcanhar do mesmo pé no solo. 
Ocorre quando o pé está no ar. 
 Na velocidade da marcha normal, a fase de apoio 
ocupa aproximadamente 60% do ciclo da marcha 
e a fase de balanço os restantes 40%. 
SUBDIVISÕES DAS FASES DE APOIO E BALANÇO 
5 eventos durante a fase de apoio: 
 Contato do calcanhar (instante em que calcanhar 
entra em contato com o solo – 0% CM); 
 Pé plano (instante em que toda face plantar está 
em contato com o solo – 8% CM); 
 Apoio médio (ponto em que o peso do corpo passa 
diretamente sobre o membro inferior de 
sustentação – 30% CM); 
 Calcanhar fora do solo (instante em que o 
calcanhar deixa o solo – 40% CM); 
 Dedos fora do solo (instante em que os dedos 
deixam o solo – 60% CM). 
3 eventos durante a fase de balanço: 
 Balanço inicial (60 a 75% CM); 
 Balanço médio (pé da perna em balanço passa 
próximo ao pé da perna de apoio – 75 a 85% CM); 
 Balanço final (da fase de oscilação média até tocar 
o solo – 85 a 100% CM). 
 
DETERMINANTES DA MARCHA 
 Centro de massa 
 Rotação pélvica 
 Obliquidade pélvica 
 Posições dos joelhos 
 Rolamentos do tornozelo 
 Valgo dos joelhos 
 Movimentos combinados do tornozelo e joelho 
 Movimentos dos membros superiores 
DETERMINANTES DA MARCHA 
Marcha Normal: 
* Oscilação dos membros inferiores em várias direções 
= avanço; 
* Os ombros rodam e os braços oscilam em fases 
alternadas aos movimentos da pelve e das pernas. 
Centro de massa: 
* Deslocamento do centro de massa na marcha normal 
= 4 cm. Nos três planos ortogonais 
* O centro de massa de um corpo é um ponto tal que, 
qualquer plano que por ele passe dividirá o corpo em 
duas metades com momentos de massa iguais. 
* M (momento) = F (peso) x d (distância perpendicular) 
* Para verificar o gasto energético = localizar o centro 
de massa. 
Rotação pélvica: 
* A pelve roda no plano horizontal 4° para frente no 
membro do balanço e 4° para trás no membro do apoio, 
com uma magnitude de rotação total de 
aproximadamente 8°. 
Ocorrem para o centro de gravidade ficar baixo, mais 
próximo do chão. 
Obliquidade pélvica: 
 inclina-se para baixo no lado oposto ao de apoio 
(média de 5°). 
É o “trendelemburg” fisiológico positivo. 
Posições do joelho: 
Flexão do joelho no apoio (isso baixa o centro de 
gravidade, promovendo mais estabilidade); 
 
 
 
 
Rolamentos do tornozelo: 
Mecanismos do pé. 
1º MR: Flexão plantar controlada na resposta à carga 
por contração excêntrica do tibial anterior. 
(aplainamento) 
2º MR: Avanço progressivo da perna sobre o pé 
estacionário no apoio simples por contração excêntrica 
do tríceps sural. 
3º MR: Flexão plantar no pré balanço para gerar 
impulso para a fase de balanço por contração 
concêntrica do tríceps sural. 
 
Valgo dos joelhos: 
importante para minimizar o deslocamento lateral 
Obs: Mulheres tem o valgo maior. 
Movimentos 
combinados do 
tornozelo e 
joelho. 
Movimentos 
dos membros 
superiores: 
encurtar braço de 
movimentoda 
alavanca tornando o movimento mais rápido. 
PRÉ-REQUISITOS DA MARCHA (GAGE, 1991) 
 Estabilidade no apoio; 
 Passagem livre do pé durante o balanço; 
 Pré-posicionamento adequado do pé no balanço 
terminal; 
 Comprimento adequado dos passos; 
 Conservação de energia. 
CICLO DA MARCHA – TORNOZELO 
 
CICLO DA MARCHA - JOELHO 
 
CICLO DA MARCHA - QUADRIL 
 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA MARCHA: 
A) Análise qualitativa (exame visual) 
B) Análise quantitativa 
ANALISE QUALITATIVA 
(exame visual) 
 Descrever a marcha após observar o paciente 
andar sem a ajuda de quaisquer aparelhos 
eletrônicos; 
 Uma boa opção é gravar com filmadora ou 
câmera digital, pois permite a observação em 
repetidas vezes sem causar fadiga no paciente; 
 Observar paciente de lado e por trás; 
 Observar: comprimento, largura e simetria da 
passada e dos passos, concentrando-se em uma 
articulação de cada vez: quadril, joelho e tornozelo 
(identificar padrões atípicos da marcha. 
 
 Termos usados: 
* marcha antálgica: padrão comum em pacientes com 
dor em uma extremidade inferior; 
* marcha festinante ou arrastada: característica do 
Parkinson; os pés são arrastados durante a fase de 
balanço; passos curtos e acelerados. 
* marcha atáxica: é associada a patologias 
cerebelares, neuropatias periféricas e patologias de 
colunas dorsais; há pouco equilíbrio, uma base larga de 
suporte, e movimentos variáveis de passada para 
passada. 
 Padrões de marcha associados com o uso de 
aparelhos assistidos: 
* marcha de um ponto: uma bengala 
aumenta a base de suporte ao fornecer 
um ponto adicional de contato com o 
solo; 
 
 
* marcha de dois pontos alternados: uma bengala e 
o membro inferior oposto estão em contato com o solo 
alternando com a bengala e o membro oposto em cada 
passo sucessivo. 
* marcha de três pontos: o 
contato com um membro que 
sustenta peso completamente 
sobre o solo alterna-se com 
sustentação de peso através de 
duas muletas que fazem contato 
simultaneamente com o solo. 
* marcha de quatro pontos: 
há sempre três pontos de 
apoio sobre o solo o tempo 
todo. Ela é iniciada pelo 
movimento para a frente por 
uma bengala e extremidade 
superior, seguido pelo 
movimento para a frente do 
membro inferior 
contralateral, em seguida 
movimento para a frente da 
outra muleta seguido pelo 
movimento para a frente do outro membro inferior. 
Os resultados de uma análise quantitativa podem 
ajudar a determinar o melhor plano cirúrgico e planejar 
o plano de tratamento de reabilitação, cujo objetivos 
são: fortalecer ou compensar a fraqueza, alongar uma 
contratura, e/ou reduzir o tônus em um músculo 
espástico. 
 Os sistemas de análise qualitativa da marcha incluem 
a medição de três componentes principais: 
* cinemática (sistemas opticoeletrônicos, 
eletrogoniômetros, cinematografia); 
* cinética (placas de força) e 
* atividade muscular (EMG dinâmica). 
 
 
 
ANÁLISE QUANTITATIVA - CINEMÁTICA 
- eletrogoniômetros: são versões computadorizadas 
dos goniômetros simples. Eles possuem um ou mais 
potenciômetros colocados no centro articular que 
registra impulsos elétricos variados dependendo da 
posição relativa dos seguimentos proximal e distal. 
- cinematografia: realizada através de fotografias 
sequenciais ou filmes da marcha, com marcadores 
colocados em marcos anatômicos, e as imagens são 
digitalizadas manualmente, o que gasta muito tempo. 
 
* sistemas optoeletrônicos: 
Programas de computador combinam as coordenadas 
tridimensionais e as placas de força localizadas no 
centro da passarela registram FRSs (Forças de Reação 
do Solo) para calcular a cinética e cinemática das 
articulações. 
 Kinovea 
 
 
 
 É calculada usando-se uma combinação de dados de 
FRS (Forças de Reação do Solo) juntamente com as 
técnicas dinâmicas inversas. As FRSs são medidas 
usando-se placas de força que são constituídas de 
transdutores piezoelétricos ou medidores de 
deformação. Uma ou mais placas de força estão 
inclusas no solo da passarela. 
 
 
 
ANÁLISE QUANTITATIVA – ATIVIDADE MUSCULAR 
- EMG (eletromiografia) dinâmica: fornece informação 
sobre se um músculo está se ativando apropriadamente 
durante a marcha. 
•Material: eletrodos de superfície fixados na pele (mais 
unidades motoras) ou eletrodos de fio finoinseridos nos 
músculos (invasivos – músculos menores e profundos) 
•Transmissão dos sinais: por telemetria de cabo ou 
radiofrequência a um receptor que está conectado a um 
sistema de computador. 
•Sinais: são filtrados e exibidos, e os eventos do ciclo 
da marcha identificados. 
 
 MARCHA PATOLÓGICA: 
- Marcha antálgica; 
- Marcha em Trendelemburg 
- Marcha de glúteo máximo 
- Marcha decorrente das disfunções cerebelares 
(Ebriosa / Talonante); 
- Marcha Ceifante (hemiplégica); 
- Marcha Parkinsoniana ou Festinante 
- Marcha Escarvante 
- Marcha do PC Diparético (marcha em tesoura, crouch 
ou agachamento); 
 
MARCHA ANTÁLGICA 
- Autoprotetora; 
- Fase de Apoio do membro acometido é 
mais curta; 
- Fase de Balanço do membro não 
comprometido diminui; 
 
 
 
MARCHA DE TRENDELEMBURG: 
- Fraqueza do músculo glúteo médio; 
- Apresenta obliquidade pélvica excessiva e/ou 
inclinação lateral excessiva do tronco na fase do apoio; 
- Acometimento Bilateral: marcha titubeante. 
- A causa mais comum é a 
osteoartrite do quadril. 
- Ocorre como uma resposta 
compensadora para reduzir as 
forças globais passando 
através do quadril durante a 
fase de apoio. 
 
MARCHA DE GLÚTEO MÁXIMO 
- Fraqueza do músculo glúteo máximo; 
- Paciente empurra o tórax para trás no 
contato inicial (para manter a extensão 
do quadril do membro de apoio); 
 - Queda do tronco para trás. 
 
 
MARCHA ATÁXICA OU EBRIOSA 
OU TALONANTE 
- decorrente das disfunções 
cerebelares 
- paciente apresenta má 
sensibilidade e falta de 
coordenação. 
- tendência a equilíbrio ruim e 
necessidade de base ampla. 
 
MARCHA HEMIPLÉGICA 
- ou Hemiparética ou Ceifante 
- membro inferior plégico para fora e para 
frente em círculo (circundução); 
- membro superior afetado levado através 
do tronco para equilíbrio. 
 
MARCHA PARKINSONIANA OU 
FESTINANTE 
- pescoço, tronco e joelhos 
flexionados; 
- arrastar dos pés e, algumas vezes, 
passos curtos e rápidos 
MARCHA ESCARVANTE OU DO PÉ CAÍDO 
(EQUINO): 
- comum em pacientes 
neurológicos; 
- causas: fraqueza ou paralisia dos 
dorsiflexores; hiperatividade do 
sóleo, gastrocnêmio ou tibial 
posterior; encurtamento do tendão 
de Aquiles; compensação de algum 
outro prejuízo. 
- paciente eleva o joelho além do normal; 
 
MARCHA DO PC DIPARÉTICO 
 As anormalidades da marcha em pacientes com 
paralisia cerebral são consequências de: 
- Contraturas: a flexão plantar impede a progressão do 
membro 
- Espasticidade muscular 
- Ação muscular fora de fase 
- Déficit de controle motor 
- Controle seletivo prejudicado 
- Padrões locomotores primitivos 
- Propriocepção pode estar alterada 
Marcha em Agachamento: 
- Flexão excessiva dos joelhos durante a fase de apoio, 
e geralmente flexão reduzida BA fase de balanço; 
- São associados: adução e rotação interna dos quadris, 
equino e abdução do antepé durante o apoio; 
- Causas: encurtamento dos flexores do quadril, 
fraqueza dos flexores plantares, e encurtamento do 
tendão do calcâneo. 
Marcha em tesoura: 
Os dois membros inferiores estão 
enrijecidos e espásticos, 
permanecendo semifletidos. Os 
pés se arrastam, com as pernas 
se cruzando na frente durante a 
marcha, lembrando uma tesoura. 
É frequente nas formas espásticas 
da paralisia cerebral. 
 
 
 
EXAME DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
1.Sinais Vitais: 
-Frequência Respiratória (FR); 
-Frequência Cardíaca (FC); 
-Pressão Arterial (PA); 
-Temperatura (T); 
* Sistema regulador; 
* Fatores que influenciam; 
* Procedimento de avaliação; 
* Valores referências Monitoração de extrema importância na 
avaliação fisioterapêutica – os resultados da 
avaliação dos sinais clínicos têm importantes 
implicações para o tratamento fisioterapêutico; 
 
 São eles: temperatura, 
 pulso (frequência cardíaca), 
 respiração (frequência respiratória) e 
 pressão arterial; 
 
 São importantes reguladores do estado 
fisiológico do corpo (funcionamento dos órgãos 
internos); 
 
 Quando sofrem variação = alteração no estado 
fisiológico do paciente; 
 
 Os valores “normais” são específicos a cada 
indivíduo; 
 
 Devem ser registrados em intervalos periódicos; 
 
 Variáveis que influenciam: ex: hora do dia, 
época do mês, exercício, idade, sexo, peso, 
condições metabólicas, estado geral da saúde, 
dor e ingestão de medicamentos. 
 
Temperatura Corporal 
CONCEITO: Equilíbrio entre o calor produzido ou 
adquirido pelo corpo, e a quantidade perdida; 
Seres humanos = animais de sangue quente = 
homeotérmicos = a TC permanece relativamente 
constante em relação às alterações do ambiente; 
Animais de sangue frio = pecilotérmicos = a TC varia 
com a do ambiente. 
 
 
Sistema Termo regulador 
Objetivo: manutenção de uma temperatura corporal 
interna constante; 
Consiste em três componentes primários: 
 Termorreceptores 
 Centro hipotalâmico de controle 
 Órgãos efetores 
- Termorreceptores: 
* periféricos: sensíveis a rápidas mudanças de 
temperatura e localizados na pele, cujo sinais penetram 
na medula espinhal através de nervos aferentes, e 
deslocam-se para o hipotálamo; 
* centrais: localizados no hipotálamo, que são sensíveis 
às alterações térmicas no sangue. 
- Centro Hipotalâmico de Controle: 
* coordena os processos de produção e perda de calor 
(funciona como um termostato, garantindo uma 
temperatura constante e estável, é regulado e mantido 
ao nível de 37ºC (+/-) 1ºC num indivíduo sadio); 
↓ ou ↑ da TC = mecanismos para conservar ou 
dissipar o calor = respostas através de vias 
nervosas = para órgãos efetores. 
- órgãos efetores: 
*regulam os mecanismos de perda, conservação e 
dissipação de calor; Incluem as respostas vasculares, 
metabólicas, e da musculatura esquelética (tremores), 
e a sudorese. 
↓ da TC = mecanismos para conservação e 
produção do calor = vasoconstrição, diminuição do 
suor, ereção dos pêlos, tremores, regulação 
hormonal (aumentar o metabolismo celular) 
Anormalidades na Temperatura corporal: 
Aumento da TC (pirexia, febre ou estado febril): 
 Ajuda o corpo no combate às doenças ou 
infecções. 
 Sinais e sintomas: mal-estar geral, dor de 
cabeça, FC e FR elevadas, calafrios, piloereção, 
tremores, perda de apetite, pele pálida eu mais 
tarde fica ruborizada, náusea, irritabilidade, 
sudorese, sede, fraqueza, etc. 
 Acima de 41,1º C = hiperpirexia ou hipertemia, 
onde observa-se desorientação, convulsões, ou 
coma. 
 
 
Queda da TC (hipotermia): 
 Prejudicado quando abaixo de 34,4ºC e grave 
abaixo dos 29,4ºC. 
 Sintomas: diminuição das FC e FR, pele fria e 
pálida, cianose, redução na sensibilidade cutânea, 
depressão das respostas mentais e musculares, 
sonolência que pode levar ao coma, e se não 
tratada, levar à morte. 
Fatores que influenciam 
 Hora do dia: mais baixas entre 4h e 6h; mais 
elevadas entre 16h e 20h. Influenciadas pelos 
processos digestivos e pelo nível de atividade da 
musculatura esquelética. 
 Idade: Crianças: TC mais elevada (imaturidade do 
sistema termorregulador, aumento da atividade 
metabólica, elevados níveis de atividade física). 
Idosos: TC mais baixa (baixa velocidade metabólica, 
redução do tecido subcutâneo, queda nos níveis de 
atividade física). 
 Emoções: extremos emocionais elevarão a TC 
(aumentam as secreções glandulares e acelera o 
metabolismo). 
 Exercícios**: elevações de TC são proporcionais à 
intensidade relativa da carga de trabalho. 
 Ciclo menstrual: A TC é elevada durante a ovulação 
(0,3ºC a 0,5ºC), mantida até antes do início da 
menstruação, quando volta ao normal. 
 Gestação: TC aumenta aproximadamente 0,5ºC 
devido ao aumento da atividade metabólica. Retorna 
ao normal após o parto. 
 Ambiente exterior: Tempo quente = elevação da 
TC; tempo frio = diminuição da TC. O tipo e a 
quantidade de vestuário também influenciam na TC. 
 Local de mensuração: temperaturas retais são 
mais altas que as orais (entre 0,3ºC e 0,5ºC; e as 
axilares são mais baixas que as orais (~0,3ºC). 
 Ingestão de alimentos aquecidos ou gelados: se 
a leitura for oral, o paciente deve abster-se do fumo 
ou alimentos por pelo menos 15 a 30 minutos. 
 
 
 
- Avaliação: 
Tipos de termômetros: 
 Clínico de Vidro: contém bulbo (de várias 
formas) com mercúrio; com o calor o mercúrio 
“sobe” na coluna de vidro. A faixa varia entre 
34ºC e 42,2ºC; 
 Eletrônicos: mensuração rápida (segundos); 
 Químicos: menos utilizados. 
 Fita Termossensível: respondem através de 
alteração nas cores. 
 Procedimento: segundo O'Sullivan (2004), a forma 
de medição mais utilizada é a oral, mas na prática 
utiliza-se mais a forma axilar. 
 Deixar o termômetro no lugar por aproximadamente 
10 minutos no caso do termômetro de vidro e apenas 
alguns segundos para o termômetro eletrônico. 
 
Frequência Cardíaca (FC) 
 Pulso é a onda de sangue na artéria, criada pela 
contração do ventrículo esquerdo. 
Normal: 70 batimentos por minuto = bpm. 
Palpação: sempre que uma artéria superficial possa 
estar estabilizada sobre uma superfície óssea. 
O pulso é avaliado quando à frequência, ritmo, volume 
(força) e qualidade ou sensação da parede arterial. 
 Frequência (FC ou ritmo cardíaco) é o número de 
batimentos cardíacos por minuto, geralmente 
expresso em bpm. Normal = 60 – 100 bpm. 
 
 Ritmo: são os intervalos entre os batimentos. Deve 
ser regular e constante. 
 
 Volume (força): é a quantidade de sangue 
comprimida pela artéria durante cada contração 
ventricular, que produz a força do pulso. 
Maior volume sanguíneo = força do pulso maior = 
fácil de sentir = forte ou cheio = alta tensão 
Menor volume sanguíneo = força do pulso menor = 
difícil de sentir = fraco ou filiforme = baixa tensão 
 Qualidade ou sensação da parede arterial: 
Normalmente o vaso é “sentido” como liso, elástico, 
macio, flexível e relativamente retilíneo. Os mais 
velhos podem ter alterações escleróticas. 
 
 
 
Fatores que influenciam: 
Qualquer fator que altere a velocidade metabólica irá 
influenciar a FC. 
 Idade: 
Feto = 120-160 bpm; 
Recém-nascido = 70 – 170 bpm (média de 120bpm); 
Adulto = 60 – 100 bpm. 
 Sexo: Homens = 60 – 80 bpm / Mulheres = 80 – 100 
bpm. 
 Emoções: tristeza, medo, ansiedade, dor, etc = 
elevam a FC. 
 Calor sistêmico ou local: febre = aumento da FC 
 Exercícios**: a FC aumenta propiciando adicional 
fluxo sanguíneo aos músculos e atendendo às 
maiores necessidades de oxigênio. 
Para fisio a FC é um importante método de avaliação 
da resposta ao exercício. 
Precisa ser determinada tanto a FC em repouso, quanto 
a FC máxima prevista, que é determinada através dos 
testes de esforço máximo ou pela fórmula: FCmáx = 
220 - idade. 
Geralmente um programa terapêutico de pelo menos 30 
minutos atinge 70% a 85% da FCmáx prevista 
(indivíduo sadio). 
Avaliação manual: 
Pulso periférico: 
As artérias superficiais localizadas sobre uma superfície 
óssea são as de mais fácil palpação e são denominadas 
“pontos de pulso”. 
 São eles: 
 temporal (superior e lateral ao canto externo do 
olho), 
 carotídeo (abaixo do lobo da orelha, entre o 
ECON e a traquéia), 
 braquial (medial da 
fossa antecubital, 
usado na verificação 
da PA), 
 radial (no punho, na 
base do polegar), 
 femoral (região 
inguinal), 
 poplíteo (atrás do joelho), 
 podal (medial e dorso do pé). 
 
Avaliação: 
 Pulso apical: usando um estetoscópio diretamente 
sobre oápice do coração. Localiza-se 
aproximadamente a 09 cm á esquerda do meio do 
esterno, no quinto espaço intercostal. 
 
 A medição dos batimentos cardíacos pode ser 
feita manualmente ou através de pulsômetros ou 
frequencímetros (relógios que possuem uma fita 
torácica com sensores e transmissores que 
indicam os batimentos cardíacos). 
Frequência Respiratória (FR) 
Sistema respiratório: 
 AR = entra no corpo pelas narinas e faringe (é 
aquecido, filtrado e umidificado) = laringe, traquéia, 
brônquios e bronquíolos = bronquíolos terminais = 
bronquíolos respiratórios (em suas paredes 
encontram-se os alvéolos = unidade de trocas 
gasosas). 
 Inspiração: realizada pelo diafragma, que se 
desloca para baixo; e pelos intercostais externos, 
que erguem as costelas e o esterno para cima e para 
fora, ocorrendo a expansão pulmonar. 
 Expiração: se relaxada é passiva. Se forçada é 
realizadas pelos músculos abdominais e intercostais 
internos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Mecanismos regulatórios: 
 são complexos e envolvem múltiplos componentes 
de controle neural e químico, como: 
* centro respiratório (na ponte e no bulbo); 
* quimiorreceptores centrais (no centro respiratório) 
* quimiorreceptores periféricos (na bifurcação das 
artérias carótidas e no arco da aorta); 
* mecanismo protetor de estiramento chamado 
reflexo Hering-Breuer (situados nas paredes dos 
pulmões). 
Fatores que influenciam: 
 Idade: Recém-nascido = 30-60 rpm; 
 Adulto = 12-18 rpm. 
 Idosos é maior (redução na elasticidade dos 
pulmões e queda na eficiência das trocas gasosas). 
 Constituição física: 
Os homens tem a capacidade vital maior que as 
mulheres. 
E os adultos maior que adolescentes e crianças. 
 Estatura: altos e magros possuem capacidade vital 
maior. 
 Exercícios**: a FR irá aumentar (aumento do 
consumo de O2 e da produção de CO2) 
 Posição do corpo: O DD pode afetar a respiração 
(compressão do tórax contra a superfície de 
sustentação e o aumento do volume do sangue 
intratorácico). 
- Parâmetros da avaliação da respiração: 
 Frequência: é o número de respirações por minuto 
ou RPM. Deve ser contada durante 1 minuto. 
 Profundidade: é a quantidade (volume de ar) 
trocado a cada respiração. É avaliada pela 
observação dos movimentos torácicos. É descrita 
como profunda (trocado um grande volume de ar) 
ou superficial (trocada pequena quantidade de ar, 
com pouco movimento do gradil costal). 
 Ritmo: normalmente há um intervalo de tempo 
regular entre as respirações. É descrito como 
regular ou irregular. 
 
 Caráter: desvios da respiração tranquila, 
repousada, não forçada. Dois desvios que alteram 
o caráter da respiração são a quantidade de 
esforço e o som produzido. 
 Respiração difícil = dispnéia = muito esforço para 
respirar = os músculos acessórios da respiração 
trabalham muito = ECON, peitoral maior e menor, 
escaleno e subclávio. 
 Sons =sibilos, estridor, estertor, suspiro, ronco 
(AUSCULTA) 
 Padrões respiratórios: costal, diafragmático, 
costo-diafragmático, apical. 
 Tipos de respiração: de Cheyne-Stokes, de 
Kussmaul, de Biot, apnêusticas, apnéia, hipopnéia. 
 Avaliação: 
 Importante que o paciente NÃO perceba que a 
respiração está sendo avaliada; 
 Após a monitoração do pulso, os dedos podem 
permanecer no local de tomada, e a respiração pode 
ser avaliada; 
 Deve ser realizada com o tórax exposto; 
 Conte as respirações (inspirações ou expirações, 
não ambas) durante 1 minuto; 
 Observe profundidade, ritmo, caráter e padrão 
respiratório. 
 
Pressão Arterial (PA): 
 É a força que o sangue exerce contra uma parede 
vascular; 
 É medida nos pontos mais baixos e mais elevados 
do pulso; 
 Esses pontos são representados pelas pressões 
sistólicas (mais elevada; contração ventricular) e 
diastólica (mais baixa; relaxamento ventricular). 
 A diferença entre as duas pressões é denominada 
pressão de pulso. 
- Mecanismos regulatórios 
Centro vasomotor localiza-se bilateralmente na parte 
inferior da ponte e parte superior do bulbo; 
Ele auxilia na obtenção de uma PA estável, necessária 
para manutenção do fluxo sanguíneo para os tecidos e 
órgãos do corpo. 
 
- Fatores que influenciam: 
• Volume sanguíneo: 
Quanto maior o volume sanguíneo mais a PA aumenta; 
A perda de sangue fará com que a pressão caia. 
Uma elevação da volemia (ex: transfusão de sangue) 
fará com que a pressão aumente. 
• Diâmetro/ elasticidade das artérias: quanto maior a 
resistência ao fluxo de sangue, maior será a PA. 
• Débito cardíaco: quanto mais sangue é bombeado 
para as artérias, as paredes dos vasos se distendem 
resultando num aumento da PA. 
• Idade: 1 mês = 80/45 mmHg; Adultos 120/80 mmHg. 
• Exercício**: a atividade física aumenta o débito 
cardíaco, com uma consequente elevação linear na PA. 
•Posição do braço: o paciente deve estar sentado com 
o braço apoiado, ao nível do coração. Se não estiver 
nessas condições deve ser anotado. 
• Emoções: medo, ansiedade, estresse = elevação da 
PA. 
- Avaliação: 
 Equipamento exigido: manguito para pressão 
sanguínea, um esfigmomanômetro (manual ou 
eletrônico) e um estetoscópio; Quando é usado 
esfigmomanômetro eletrônico o estetoscópio é 
desprezado; 
 O manguito é fixado no membro do paciente (parte 
superior) e insuflado com ar. Há dois tubos que 
saem dele: um está ligado a um bulbo de borracha, 
que possui válvula usada na manutenção ou 
liberação do ar existente no manguito. O outro está 
ligado a um esfigmomanômetro, que registra a 
leitura da pressão. 
 O esfigmomanômetro mais utilizado é com 
manômetros aneróides, que registram a pressão 
através de um mostrador circular calibrado, provido 
de agulha. Os manômetros de mercúrio possuem 
uma coluna de mercúrio. 
 
 
 
 O estetoscópio é utilizado para audição dos sons 
sobre a artéria, à medida que se diminui a pressão 
sobre o manguito. 
• Possui peças auriculares (olivas) conectadas 
por uma tubulação de borracha e um 
mecanismo amplificador, o diafragma. 
• A combinação de audição pelo estetoscópio e 
da observação do manômetro, é obtida a leitura 
da PA. Há também estetoscópio eletrônico. 
Procedimento (estetoscópio) 
 explique ao paciente o procedimento; 
 auxilie o paciente a assumir a posição ideal, se 
possível sentada; 
 exponha o braço e coloque-o ao nível do coração, 
com o cotovelo estendido; 
 enrole o manguito em torno do braço (o mínimo de 
tempo possível), aproximadamente 2,5 a 5 cm 
acima da fossa antecubital; o centro do manguito 
deve estar alinhado com a artéria braquial (local 
mais comum para a monitoração da PA); 
 verifique se o esfigmomanômetro está registrado no 
zero; 
 coloque as olivas nos ouvidos (inclinação para 
frente); 
 localize e apalpe a artéria braquial na fossa 
antecubital; e coloque o diafragma do estetoscópio 
sobre a atéria; 
 feche a válvula do manguito (gire no sentido 
horário); 
 comprima a pêra de borracha até que o manômetro 
registre aproximadamente 20mmHg acima da 
pressão sistólica esperada; 
 abra a válvula cuidadosamente, permitindo que o ar 
saia lentamente; 
 observe o manômetro e marque o ponto em que é 
ouvido o primeiro som, esse é o ponto em que o 
sangue começa primeiramente a fluir através da 
artéria = pressão sistólica; 
 continue a liberar o ar lentamente e observe o ponto 
em que o som começa a se tornar abafado = 
pressão diastólica primária; 
 continue a liberar o ar lentamente e registre o ponto 
quando o som desaparece = pressão diastólica 
secundária; 
 permita que o restante do ar seja liberado, e anote 
os resultados. 
 
 
 
 
Definir os problemas do paciente 
corretamente 
1. Avaliação Respiratória Coleta de dados: 
Primeira parte: 
 Dados pessoais; 
 Diagnóstico; 
 Razão do encaminhamento; 
Segunda parte: 
 Resumo da história clínica; Avaliação fisioterápica: 
QP: Queixa Principal 
HDA: História da Doença Atual  problemas atuais do 
paciente, incluindo informações clínicas relevantes. 
HPP: História da Patologia Pregressa ou da Doença 
Pregressa (HDP)  doenças e cirurgias a que o 
paciente foi submetid 
HM: História sobre uso de medicamentos  
medicamentos atuais (incluindo dosagem e horário) 
administrados por meio de receita médica. 
HF: História Familiar  doença grave sofrida por 
familiares próximos do paciente. 
HS: História Social fornece um quadro da situação 
social do paciente. É importante questionar o paciente, 
especificamente, quanto ao nível de apoio disponível 
em casa, além de saber os hobbies e ocupações dele. 
Com estes dados temos que formular um diagnóstico 
prévio para que, ao fazermos o exame físico, 
confirmemos o que vimos anteriormente. 
2. Avaliação Subjetiva: 
 Baseada na entrevista com o paciente: 
 Qual sua principal queixa? “Palavras do próprio 
paciente”. 
 O que lhe incomoda mais? Quais os problemas que 
o afetam mais? 
Principais sinais e sintomas respiratórios 
(duração, gravidade, variações, fatores associados) 
- Dispnéia - Dor torácica 
- Cianose - Tosse 
- Expectoração - Hemoptise 
 
 
 
Dispnéia (falta de ar) 
 Necessidade de um esforço 
respiratório aumentado. 
 Não pode existir em situações 
em que o paciente não consiga se manifestar, 
como o coma. 
 Nem sempre a dispnéia representa uma 
manifestação de doença (p.ex. exercícios rigorosos 
ou ansiedade). 
 Quando doença: cardíaca, respiratória, anemia, 
disfunções neuromusculares e metabólicas; 
 Devemos relatar a dispnéia pelo nível de atividade 
que o paciente pode realizar. 
 A comparação da gravidade da dispnéia entre 
indivíduos é difícil devido a diferença de percepção 
e expectativas. 
Classificações da dispnéia (NY) 
Classe I – Nenhum sintoma em atividade 
normal. Ocorre com grandes esforços (subir 
morro), pedalar muito rápido, competições 
esportivas). 
 
Classe II – Sintomas em atividades normais 
(subir escadas, arrumar a cama, carregar muitas 
compras). 
 
Classe III – Sintomas com médio esforço (tomar 
banho, vestir-se). 
 
Classe IV – Sintomas no repouso. 
 
Padrões da dispnéia 
- Ortopnéia: é a dispnéia quando se está deitado na 
horizontal. 
- Dispnéia Paroxística Noturna (DPN): acorda o 
paciente a noite 
Dor Torácica 
 Geralmente origina-se da inflamação músculo-
esquelética, pleural ou traqueal, uma vez que o 
parênquima pulmonar e as pequenas vias aéreas 
não contém fibras sensitivas dolorosas. 
 Quando avaliamos esta dor, devemos analisar sua 
qualidade, extensão, intensidade e duração. 
 
 
 Pleurítica: intensa, aguda, em pontada, piora na 
inspiração, não sente com a palpação. 
 Traqueíte: constante, em ardência, no meio do 
tórax, piora na respiração. 
 Muscular: bem localizada e aumenta nos 
movimentos do tórax e dos MMSS, e na inspiração, 
piora na palpação. 
 Fratura de costelas: aumenta com a inspiração, 
início repentino, localizada. 
 Angina ou infarto: retroesternal, em aperto, por 
irradia para o MS, pescoço ou mandíbula. É o maior 
sintoma de doença cardíaca. 
 Pericardite: aumenta na respiração, alivia ao 
sentar. 
Cianose 
É a coloração azulada da pele; 
Pode ser: 
 - central (língua, boca): causada por hipoxemia 
 - periférica (polegares, dedos, lobos das orelhas): 
causa é a pobre circulação periférica. 
Para reconhecê-la: apertar dedo contra luz; 
deverá ficar branco e logo em seguida 
voltar ao vermelho. Ou também, 
através do oxímetro. 
Tosse 
Reflexo de compressão que livra as vias aéreas de 
secreções ou corpos estranhos. 
 Em condições normais não ocorre tosse, porém é 
um sintoma difícil de esclarecer. 
 Alguns tipos: 
- improdutiva (fases iniciais da doença), 
- produtiva (estágios tardios), 
- reprimida (pós operatório). 
 
 Tratamento: - tosse produtiva: apenas elimina-se 
a secreção. - tosse improdutiva (seca) : 
medicamentos como a codeína. 
 
 
 
 
Características da tosse: 
Alta, em tom de “latido”, rouca = doença laríngea ou 
traqueal; 
Persistente e seca = doença intersticial do pulmão; 
Recorrente, depois de comer ou beber = aspiração; 
Produtiva crônica = bronquite crônica e 
bronquiectasia; 
Noturna em crianças e adolescentes = asma; 
Noturna em adultos = insuficiência cardíaca; 
Crônica = Drogas, agentes hipertensivos; 
↓ 
Incontinência urinária: “Quando você tosse, você 
acha que perde alguma urina? Isso interfere com a 
fisioterapia?”

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