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Avalição funcional Estado Geral: BEG: Bom Estado Geral REG: Regular Estado Geral MEG: Mau Estado Geral 1. Exame da Consciência: - Definição: coma, letargia, estupor, morte encefálica; - Escala de Coma de Glasgow. 2. Exame das Funções Corticais: - Afasias Sensitiva, Motora e Mista; - Apraxias ideomotora, ideatória, do vestir e construtiva. - Agnosias visual, auditiva e tátil, negligência; - Mini Exame do Estado Mental. 1. Exame da Consciência * Consciência: capacidade do indivíduo de reconhecer a si mesmo e aos estímulos do ambiente As alterações da consciência podem acontecer: •no estado de alerta ou nível de consciência; •no conteúdo da consciência (funções mentais e cognitivas do indivíduo) Níveis de consciência: Sequência que vai desde a sonolência à morte encefálica Letargia: diminuição do nível de consciência; desperta com estímulos brandos. Estupor: sonolência mais profunda; desperta com estímulos vigorosos e repetidos. Coma: inconsciência; geralmente não desperta com estímulos externos. Alguns reflexos preservados Estado vegetativo: não apresenta resposta a quaisquer estímulos, mas ainda não apresentaram sinais de morte encefálica. Morte encefálica: irreversível, com repercussões sistêmicas sobre a homeostase de órgãos vitais. Escala de Coma de Glasgow É uma escala padronizada utilizada para avaliação do nível de consciência em pacientes vítimas de traumatismo craniencefálico. Ocular: (4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo. (3) Ao som: abre os olhos quando é chamado. (2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão na extremidade dos dedos (aumentando progressivamente a intensidade por 10 segundos). (1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los. Verbal: (5) Orientada: consegue responder adequadamente o nome, local e data. (4) Confusa: consegue conversar em frases, mas não responde corretamente as perguntas de nome, local e data. (3) Palavras: não consegue falar em frases, mas interage através de palavras isoladas. (2) Sons: somente produz gemidos. (1) Ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamente capaz de realizá-los. Motora: (6) À ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas ações) como apertar a mão do profissional e colocar a língua para fora. (5) Localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de interromper o estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura supraorbitária). (4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo. (3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão lenta do braço na direção interna do corpo. (2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo. (1) Ausente: não há resposta motora dos membros superiores e inferiores, apesar de o paciente ser fisicamente capaz de realizá-la. Pupilar (2018): (2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz (1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz. (0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz. Interpretação Pontuação total: de 3 a 15 3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo) 4-6 = Coma profundo; 7-10 = Coma intermediário; 11-14 = Coma superficial; 15 = Normalidade. Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 2005) 3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata) 9-12 = Moderado; 13-15 = Leve. Simultagnosia: incapacidade de perceber um estimulo visual como um todo. Prosopagnosia: incapacidade de reconhecer rostos como sendo familiares Agnosia das cores: incapacidade de reconhecer as cores Ex: nomear os objetos, apontar os objetos, mostrar funcionalidade EXAME DAS FUNÇÕES CORTICAIS (afasias, apraxias, agnosias, MEM) AFASIA: Disturbio de linguagem adquirido após a ocorrência de uma lesão no SNC Classificação: de acordo com a linguagem Escutando a palavra ou lendo Expressão Falando e escrevendo Motora Sensitiva Mista APRAXIA: comprometimento da capacidade de realizar movimentos, gestos ou habilidades previamente aprendidos, espontaneamente e ou ao comando, devido a uma disfunção e ou lesão cerebral Classificada em: Construtiva Ideomotora Idea tória Do vestir Da marcha Bucolinguofascial Diagnostica IDEOMOTORA Incapacidade para realização de gestos simples (inalterada a atividade automática) Ex: bater na porta IDEATÓRIA Perda da sequencia logicade vários atos combinados Ex: xicara de café, escovar os dentes, acender a vela DO VESTIR Incapacidade de orientar peças de vestuários em relação ao corpo Ex: casaco com braço do avesso CONSTRUTIVA Incapacidad e de reproduzir objetos Ex: desenhar, copiar modelos DA MARCHA Déficit da marcha, que não pode ser explicado por fraqueza, perda sensorial ou incoordenaçã o motora Ex: marcha, subir escada. BUCOLINGU O FACIAL Alterações do gesto da mimica, facial, boca e língua Ex: soprar, lamber ( movimentos faciais do comando verbal) DIAGNÓSTICA Consiste em má cooperação entre as mãos na execução das tarefas bimanuais Ex: realizar duas coisas ao mesmo tempo. AGNOSIAS: Perda da capacidade de reconhecer objetos ou símbolos utilizando um dos cinco sentidos. Classificação (dependendo da área atingida podem ser) Visual Auditiva Tátil Negligencia Olfatória Gustativa VISUAL AFASIA MOTORA OU DE BROCA Não fluente Expressão oral comprometida em diversos graus Compreensão preservada Expressão gráfica reduzida Compreensão gráfica preservada Mais comum AFASIA SENSITIVA OU DE WERNICK Não fluente Compreensão oral gravemente comprometida Fala rápida Compressão gráfica comprometida Expressão gráfica reduzida AFASIA MISTA Lesão das áreas de Broca e Wernick Redução acentuada na expressão e compreensão Boa repetição Incapacidade do reconhecimento de objetos familiares, a despeito do funcionamento normal dos olhos e do trato óptico Qual a hora aproximada? Qual o dia da semana? Qual o dia do mês? Em que mês estamos? Em que ano estamos? Em que local estamos? Que local é este aqui? Em que bairro estamos ou endereço daqui? Em que cidade estamos? Em que estado estamos? Repetir: CARRO, VASO, TIJOLO Sutrair: 100-7=93-7=86-7= 72-7= 65 Quais os três objetos perguntados anteriormente? Relógio e caneta Apanhe esta folha de papel com a mão direita Escreva uma frase que tenha sentido Feche seus olhos Copiar dois pentágonos com interseção AGNOSIA AUDITIVA AGNOSIA TÁTIL OU ASTROGNOSIA SÍNDROME DA NEGLIGÊNCIA MINI EXAME DO ESTADO MENTAL: MEEM Orientação temporal (5 pontos) Orientação espacial (5 pontos) Registro (3 pontos) Atenção e calculo (5 pontos) Memória de evocação (3 pontos) Nomear objetos (2 pontos) Comandos de estagios ( 3 pontos) Escrever uma frase completa (1 ponto) Ler e escutar (1ponto) Copiar um diagrama (1 ponto) EXAME DOS PARES CRANIANOS 12 pares: origem ou dirigem para o tronco encfalico Excessão: XIpar ( origem na medula espinhal)I par: nervo olfatorio (sensitivo) Receptores na mucosa pituitaria Centro ortical da olfação : Hipocampo Semiologia: diferentes odores conhecidos II par: nerco optico (sensitivo) receptores na retina centro cortical da visão: regial occipital semiologia: • acuidade visual • campo visual Incapacidade de reconhecimento de sons não ligados à fala, ou de discriminação entre esses sons. Ex: não consegue diferenciar o som do violão e de um pássaro. Dificuldade de reconhecer objetos pelo manuseio. Apesar de tato e propriocepção íntegras. Ex: identificar objetos nas mãos de olhos vendados Incapacidade de registrar e integrar os estímulos e percepções de um dos lados do corpo (geralmente lado esquerdo) e o ambiente. Ex: reproduzir desenho, ler em voz alta, vestir uma blusa É uma escala de rastreamento cognitivo, chamado screening com boa correlação com a evolução do processo demencial, desde que levado em conta o nível educacional do indivíduo para o ajuste dos pontos de corte. Ex Alzheimer Escala de analfabetos 13 ptos Escolaridadede: 1 a 8 anos incompletos: 18 ptos. 8 anos ou mais: 26 ptos. III, IV, VI pares: Promovem: movimento ocular externo (MOE) III par: nervo oculo motor (motor) reto medial, superior, inferior, obliquo inferior, elevador da palpebra Promove miose, MOE e elevação da palpebra Reflexo de acomodação (miose na aproximação do objeto): lesão II e III pares Reflexo fotomotor direto (contração da pupila na qual se fez o estimulo) Reflexo fotomotor consensual (contração da pupila oposta) Nervo Troclear (motor) Obliquo superior: produz rotação do olho para baixo e para dentro Raramente é lesionado sozinho~ Lesão: paralisia do M. obliquo superior e prejuízo na habilidade de girar o olho afetado infero- medialmente. Nervo abducente (motor) RETO LATERAL: produz a rotação lateral do olho Estrabismo convergente (desvio de um dos olhos para dentro) Até que provem o contrario deveremos pensar em aumento da pressão intracraniana Nervo trigêmeo (MISTO) RAIZ MOTORA: m. temporal, masseter, pterigoideos Avaliação: Pedrir ao paciente que trinquenos dentes:palpe o tônus destes músculos RAIZ SENSITIVA: Ramo oftalmico, (v1), Maxilar (V2) Mandibular (V3) Avaliação: Utiliza-se um alfinete ou um pedaço de algodão para testar seus ramos ( se não sentir, testar vibração e temperatura) Lesões no V1 promovem perda do reflexo corneopalpebral. NERVO FACIAL (MISTO) Interesse: parte motora Ramos temporofacial, Cervicofacial, Zigomatico, Bucal, Marginal da madíbula Avaliação: Pede-se ao paciente que: sorria com os dentes trincados, feche os olhos e os abra contra resistencia, levante as sombrancelhas, observar a simetria dos movimentos. Lesões periféricas do N. Facial: Paralisia de Bell, cursa com a paralisia da motricidade de toda a face, inclusive mandibula. Lesões centrais do N. Facial: cursa com paralisia da mandibula mas não da porção superior da face. NERVO VESTIBULOCOCLEAR (SENSITIVO) 4 RAIZES COCLEAR: • Alterações auditivas • Zumbidos VESTIBULAR • Nistagmo - oscilação ritmica, incontrolavel nos olhos, com fase rapida na direção oposta à lesão • Desvio lateral durante a marcha • Desvio postural • romberg positivo Avaliação • Realizar teste de Rinne e Weber com a utilização do diapasão Se houver somente reflexo fotomotor consensual: lesão no III par. Se não houver ambos: lesão no ll par. NERVO GOSSOFARÍNGEO (MISTO) Sensibilidade térmica dolorosa e gustativa do 13 posterior da lingua; secreão da glândula parótida Lesão: disfagia (dificuldade de deglutição), disfonia; rouquidão; sinal da cortina Avaliação (IX e X par): • Pedimos ao paciente para dizer “aaahhhh” • Lesão: se houver ´reflexo da tosse e do vômito com elevação da úvula. NERVO VAGO (MISTO) Disfonia: alteração na produção da voz Porção autonômica não é nvestigada de rotina. • Inervação até o colon transverso do intestino grosso, incluindo: coração, pulmão, seio carotideo, estomago, bronquios, laringe, baço, pâncreas, rins e figado. Avaliação = IX par NERVO ACESSÓRIO (MOTOR) Essencialmente motor Avaliação: verificarassimetria na força musculae e movimentos do ECON e trapezio superior. XII PAR NERVO HIPOGLOSSO (MOTOR) Inervação motora dos 33 da lingua Avaliação: movimentos da língua Lesão: • Dentro da boca a língua desvia o lado sadio • Fora da boca a língia desvia para o lado lesionado. TESTE DA SENSIBILIDADE Verificar a integridade das vias de condução(SNP e SNC), bem como das estruturas responsáveis por sua interpretação ( estruturas supra-segmentares). Tipos de sensibilidade: DIRETRIZES GERAIS PARA AVALIAÇÃO SENSORIAL O procedimento para a realização dos testes consiste em dois componentes. Aplicação dos estímulos Resposta do paciente ao estímulo Durante a avaliação, devem ser coletada as seguintes informações: O tipo de sensação afetada A quantidade de envolvimento (ex: respostas ausentes, diminuidas, retardadas) Localização dos limites exatos do dano sensorial (ajudará na determinação do local da lesão) Os sentimentos subjetivos do paciente sobre as alterações na sensibilidade CONDIÇÕES PARA OS TESTES Teste depende da interação com o paciente não aplicável em casos que esta interação esteja prejudicada (afasias de expressão e compreensão, déficit cognitivo, bebês) Ambiente calmo, paciente em posição confortável Instrução prévia TESTE DA SENSIBILIDADE Cuidado para não influenciar na resposta “O senhor sente alguma coisa?” “O quê o senhor está sentindo?” “Onde está sentindo?” “É igual ao outro lado?” LOCAIS DE AVALIAÇÃO Lesões supra-segmentares (nas estruturas responsáveis por sua interpretação) avaliação aleatória (sem lugar definido) Lesões da medula espinal, raízes nervosas e nervos periféricos (ou seja, as vias de condução) : avaliar os dermátomos Superficial: tátil, térmica, dolorosa Profunda: sentido de posição esentido de movimento Combinada: estereognosia, localização tatil, discriminação entre dois pontos, estimulação bilateral, vibração. Sensibilidade SENSAÇÕES SUPERFICIAIS Tátil: - Leve (algodão seco, gaze ou pincel) - Pressão -Obs: “Sim”, “agora” Dolorosa: alfinete de cabeça grande -Obs: “Agudo”, “amortecido”, “não sei dizer” Térmica: tubo com água quente (>40°C) e fria (<15°C) -Obs: “quente”, “frio”, “não sei dizer” SENSAÇÕES PROFUNDAS Sentido de posição: é a percepção da posição das articulações, em repouso. Procedimento: o membro movimentado e mantido numa posição estática. Resposta: paciente descreve verbalmente a posição Sentido do movimento: é a percepção do movimento. Procedimento: o membro é movimentado passivamente Resposta: paciente descreve verbalmente a direção e amplitude do movimento SENSAÇÕES Combinadas Estereognosia -Instrumento: objetos de formas e tamanhos diferentes (ex: chaves, moedas, pentes, lápis etc.) -Procedimento: os objetos colocados na mão do paciente -Resposta: paciente nomeia verbalmente o objeto Localização Tátil Procedimento: usando a ponta de um dedo o terapeuta toca diferentes áreas da pele. Resposta: paciente identifica a localização dos estímulos pelo tato ou descrição verbal. Discriminação entre dois pontos Instrumento: clipes, compasso Procedimento: duas extremidades (iguais) são aplicadas simultaneamente à pele, e aproximadas gradativamente entre si até que o estímulo seja percebido como único. A menor distância entre os estímulos ainda percebida como dois pontos, é medida comuma régua e registrada Resposta: paciente identifica a percepção de “um” ou “dois” estímulos. Estimulação bilateral simultânea Procedimento: O Tp simultaneamente (e com igual pressão): (1) toca locais idênticos em lados opostos do corpo), (2) toca proximal e distalmente lados opostos do corpo, e (3) toca locais proximais e distais do mesmo lado do corpo Resposta: o paciente verbalmente declara quando ele percebe um estímulo tátil, e o número de estímulos sentidos. Vibração Instrumento: diapasão Procedimento: a base do diapasão é colocada junto a uma superfície óssea (esterno, cotovelo, tornozelo), se intacto o paciente perceberá a vibração. Se houver lesão, o paciente não conseguirá distinguir entre um diapasão vibrante ou não (portanto fazer estímulos vibratórios e não vibratórios) Poderá ser usado protetor de orelhas. Resposta: paciente diz se o estímulo é vibratório ou não. Leitura sugerida: Capítulo 6: O'SULLIVAN, SUSAN, B. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 2004. REFLEXOS 1. Exames dos Reflexos: - Reflexos Monossinápticos: (miotáticos - classificação); - Reflexo Polissináptico: reflexo de retirada. 2. Tônus Muscular: - Avaliação (Palpação / Movimentação Passiva); - Escala de Ashworth Modificada. 3. Avaliação da coordenação motora grossa e fina. 4. Avaliação do equilíbrio estático e dinâmico; - Estratégias motoras do equilíbrio: tornozelo, quadril e passo. EXAMES DOS REFLEXOS REFLEXO – resposta motora ou secretória do nosso organismo, independente da nossa vontade, provocada por um determinado estímulo, ex: • a retirada imediata da mão de uma panela muito quente; • extensão da perna após a percussão e estiramento do tendão patelar; • fechamento da pupila com o aumento da intensidade luminosa; • aumento da secreção gástrica com a chegada do alimento no estômago. FUNÇÕES PRINCIPAIS: ✓ ajustes de perturbações inesperadas ✓ organização dos padrões de coordenação ✓ permitir a rápida proteção de estímulos dolorosos e lesivos ARCO REFLEXO É formado por: 1- Via Aferente: receptores e fibras sensitivas do nervo. 2- Centro Reflexógeno (via de associação): substância cinzenta do sistema nervoso central. 3- Via Eferente: fibras motoras do nervo. 4- Órgão Efetor: músculo. Aferente Eferente ARCO REFLEXO - Estímulo externo (percussão do tendão patelar) > -estiramento das fibras musculares unidas ao tendão > -estímulo dos fusos neuromusculares > -transmissão do estímulo pelas fibras sensitivas do nervo até a ME (via aferente) > -substância cinzenta da medula (centro reflexógeno) > -fibras motoras do nervo (via eferente) > -músculo (órgão efetor, quadríceps) > -contração do músculo (quadríceps) > -extensão da perna. FINALIDADE: - Seu exame possibilita diagnosticar topograficamente alterações porventura existentes; - Avaliar o grau de facilitação (excitação de fundo ou tônus) ou inibição que os centros superiores (encéfalo) estão exercendo sobre a medula. EXAMES DOS REFLEXOS PONTUAÇÃO 0 Ausente (arreflexia) 1+ Alteração do tônus: ligeira, transitória, sem movimento dos membros (Hiporeflexia) 2+ Movimentos visíveis dos membros 3+ Movimentos exagerados e completos dos membros (Hiperreflexia) 4+ Movimento compulsório e sustentado, perdurando por mais de 30 segundos (Hiperreflexia) TIPOS - Reflexos Monossinápticos (miotáticos ou de estiramento): bicipital, tricipital, estiloradial, patelar e aquileu; - Reflexo Polissináptico: reflexo de retirada, automatisomo ou de defesa. REFLEXOS MONOSSINÁPTICOS REFLEXO DE ESTIRAMENTO OU MIOTÁTICO Reflexos Monossinápticos Em casos de lesões do SNC que envolvem o NMS → Hiperreflexia Ex: AVC, Neoplasia, TCE Nas lesões do corpo celular do NMI, NP e músculo → Hiporreflexia ou Arreflexia Ex: Poliomelite, miopatias… TESTE DOS REFLEXOS * Paciente relaxado, em posição confortável; * Percussão “seca” no tendão do músculo; * Realizar comparação bilateral. Biciptal (fossa anticubital) Triciptal (5cm cotovelo) Patelar (a cima tuberosidade da tíbia) Aquileu (1/3 distal perna) Adutores do quadril Flexores dos dedos Estilorradial REFLEXOS BICIPITAL E TRICIPITAL Reflexo bicipital: nervo músculo- cutaneo, raiz e centro reflexógeno C5 - C6 reflexo triciptal: nervo radial e centro reflexógeno C7- C8 REFLEXOS FLEXORES DOS DEDOS E ESTILORRADIAL Reflexos flexores dos dedos: nervo mediano e ulnar, raiz e centro reflexógeno C8 – T1 Reflexos estilorradial: Nervo estilorradial, raiz e centro reflexógeno C5-C6 1. ativação do fuso muscular excitam os axônios Ia que chegam a raiz dorsal e se trifurcam 2. excita motoneurônios α causando a contração muscular do agonista e de seus sinergistas 3. ascende da medula espinhal aos centros supra espinhais 4. inibe os motoneurônios α que comandam os antagonistas levando ao relaxamento = princípio da inervação recíproca REFLEXOS ADUTORES E PATELAR REFLEXO AQUILEU Reflexos Polissinápticos ❖ Automatismo ou de retirada. ❖ Reação de retirada normal a um estímulo nociceptivo. ❖ Chega à ME, se dividem e fazem várias sinapses. REFLEXO CUTÂNEO DE RETIRADA 1. em geral, um estímulo álgico ativa as fibras aferentes de nociceptores que penetram na medula, dividem e 2. fazem diversas sinapses com interneurônios medulares que excitam os motoneurônios dos músculos flexores 3. inervação recíproca para relaxamento de extensores Paciente sentado ou DD, com MMII estendidos: beliscão no dorso do pé do paciente. Resposta normal: membro fica parado com discreta retirada ao estímulo. Resposta anormal: tríplice flexão (exagero) Obs: Reflexos superficiais Reflexo cutâneo-plantar - sinal de Babinski - lesão do trato corticospinal ou até 1 ano de idade Referências O'SULLIVAN, SUSAN, B. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 2004. CAMPBELL, W.W. DeJong: O exame neurológico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2007. Reflexos adutores da coxa: Nervo obturador, raiz e centro reflexógeno L2 – L4 Reflexos patelar: nervo femoral, raiz e centro reflexógeno L2 – L4 Reflexos aquileu: Nervo tibial, raiz e centro reflexogeno L5 – S2. A) com o paciente sentado B) com o pct ajoelhado sobre a cadeira Avaliação do Tônus Muscular • Identificar a tensão no repouso e sua reação ao alongamento passivo FORÇA MUSCULAR ( Kendal) Grau Característica Zero Nenhum movimento ou contração muscular I Esboço de contração muscular II Movimento presente, sem vencer a força da gravidade III Movimento contra a gravidade IV Vence a gravidade e certa a resistência do examinador V Vence a resistência do examinador Tônus Muscular - Avaliação Normal; Hipotônico; Hipertônico. •Espasticidade •Rigidez •Espasmo Hipotonia queda ou ausência do tônus muscular; resistência ao movimento passivo diminuída; reflexos de estiramento estão deprimidos; membros facilmente deslocados; decorrente de lesões em neurônios motores superiores que afetam o cerebelo ou nos tratos piramidais, atingindo os motoneurônios espinhais gama e alfa. pode ocorrer como um estado temporário = choque medular ou choque cerebral Hipertonia - Espasticidade aumento na resistência ao movimento passivo; resposta produzida depende da velocidade; resulta de lesões motoras superiores no córtex motor, ou em suas projeções extrapiramidais; alteração no controle supra-espinal = direcionamento excessivo dos impulsos aferentes para os motoneurônios gama = hiperativandoa atividade dos fusos neuromusculares = reflexos de estiramento fásicos e tônicos hiperativos; Hipertonia - Rigidez Resistência aumentada para todos os movimentos e velocidades rigidez parkinsoniana: provocadas por lesões nos gânglios da base; roda denteada ou rigidez de cano de chumbo (constante) rigidez de decorticação: flexão rigidez de descerebração: extensão. Hipertonia - Espasmo contração espontânea, involuntária e convulsiva de grupos musculares selecionados; podem acontecer em qualquer lugar do corpo, resultando em posturas anormais; podem ser causados por vários fatores; câimbras são espasmos vigorosos e dolorosos. Etapas da Avaliação Observação inicial * posição * palpação ADM passiva e reflexos miotáticos (estiramento) – revelam a reatividade dos músculos a um estímulo de alongamento Controle motor voluntário – interferência do tônus nas AVD´s ADM Paciente relaxado, em posição confortável Tp com contato firme e constante Movimentação passiva lenta (da flexão para a extensão) Verificar todos os arcos de movimento Posição inicial → máximo encurtamento Posição final →máximo alongamento Identificar limitações articulares (especificar) Identificar encurtamentos musculares (especificar) Avaliação Normotônico: membro se move com facilidade, sem resistência mesmo alterando velocidade; Hipertônico: rigidez e resistência ao movimento; Hipotônico: pesados e não-reativos. Fixo = espasticidade Frouxo = hipotonia Flutuante = distonia Pontuar e registrar: 0 Resposta ausente (flacidez) 1 Resposta reduzida (hipotonia) 2 Resposta normal 3 Resposta exagerada (hipertonia leve a moderada) 4 Resposta sustentada (hipertonia grave) Escala de Ashworth Modificada Grau Característica Zero Nenhum aumento no tônus muscular I Leve aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão momentânea ou por resistência mínima, no final da amplitude de movimento articular (ADM) I + Leve aumento do tônus muscular, manifestado por tensão abrupta, seguida de resistência mínima em menos a metade da ADM restante II Aumento mais marcante do tônus muscular, durante a maior parte da ADM, mas a região é movida facilmente; III Considerável aumento do tônus muscular, o movimento passivo é difícil; IV Parte afetada rígida em flexão ou extensão. Exemplos: Sinal do canivete; clono = espasticidade Sinal da roda denteada (Parkinson) = rigidez parkinsoniana Sinal de cano de chumbo (Parkinson) = rigidez parkinsoniana Postura sustentada do tronco e MMII em flexão = rigidez de decorticação Postura sustentadas do tronco e membros em uma posição de completa extensão = rigidez de descerebração Lesões em neurônios motores superiores que afetam o cerebelo ou nos tratos piramidais = hipotonia AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA E FINA Capacidade de executar movimentos: Regulares, acurados e controlados; Com velocidade, distância, direção; Tensão apropriada. OBJETIVO: -Avaliar a execução das tarefas; -Planejar tratamento. Áreas afetadas • Cerebelo: atividade motora, equilíbrio, tônus muscular • Gânglios da base: iniciação e regulação dos movimentos, ajuste postural, tônus muscular • Colunas dorsais da ME:mediação das aferências proprioceptivas (posição e movimento) Coordenação Motora Grossa ✓ Postura, equilíbrio, movimentos grandes Ex: Rolar, rastejar, andar de joelhos, correr, gato Coordenação Motora Fina ✓ Utiliza pequenos grupos musculares Ex: objetos pequenos, destreza, amarrar, encaixar Testes que não envolvem equilíbrio Manobras: • Prova índex-nariz (dedo-dedo) • Prova índex-nariz-índex (dedo-nariz) • Prova calcanhar-joelho • Movimentos alternados (Diadococinesia) Alterações que deverão ser observadas: Dismetria: incapacidade de julgamento da distância ou da ADM. Tremor de intenção: ocorre durante o movimento voluntário de um membro, tendendo a aumentar a medida que se aproxima de sua meta distante Decomposição do movimento: decompõe o movimento ao invés de realizar uma atividade única. Disdiadococinesia: redução da capacidade de executar movimentos rápidos alternados. DISDIADOCOCINESIA Protocolo de aplicação dos testes: Reunir equipamento: formulário de avaliação da coordenação; caneta ou lápis para registrar; cronômetro; cadeiras; esteira, colchonete ou maca; método para oclusão da visão. Selecione o local: tranquilo e iluminado. Selecione os testes: (tabelas). Prepare o paciente: repousado; devemos descrever e demonstrar os testes. Aplique os testes: realizar primeiro os testes não ligados ao equilíbrio. Registre os resultados. Formas de registro dos resultados: testes cronometrados; placas de força controladas por computador; gravações em vídeo formulário para avaliação da coordenação (com escalas e comentários); Exemplo de escala: 4. Desempenho normal. 3. Movimento concretizado apenas com ligeira dificuldade. 2. Moderada dificuldade é demonstrada durante a realização da atividade; os movimentos são arrítmicos e o desempenho deteriora com o aumento da velocidade. 1. Observada grave dificuldade; os movimentos são muito arrítmicos; são observados: significativa instabilidade, oscilações e/ou movimentos estranhos. 0. Incapaz de desempenhar a atividade. Avaliação do equilibrio estático e dinamico - Equilíbrio: controla o CG - Estratégias motoras do equilíbrio: tornozelo, quadril e passo. Histórico Desde 1967, os pesquisadores estudam o controle postural e o equilíbrio. 1997- inúmeras pesquisas, de autores como Horak, Woolacott, Di Fabio, Winter, Berg e Shumway – Cook elucidaram e elaboraram conceitos fundamentais sobre o tema. Desde então, novas linhas de pesquisa foram criadas e novos conceitos estão surgindo. ( Umphred, D. Fisioterapia Neurológica,ed. Manole, 4a edição, 2004, p.153 – 170 ) Conceito: “Equilíbrio é um processo complexo que envolve a recepção e a integração de estímulos sensoriais, o planejamento e a execução do movimento para alcançar um objetivo requerendo a postura ereta. É a habilidade de controlar o centro de gravidade (CG) sobre uma base de suporte (BDA), num dado ambiente sensorial”. (Shumway – Cook & Woollacott,2003; Umphred,2004) Regulação do Equilíbrio Referências sensoriais: proprioceptivas, visuais e vestibulares Forças: geradas na projeção do CG Sinergias musculares: ação muscular para restabelecer o equilíbrio ESTABILIDADE ÁREA DA BASE DE APOIO (BDA) PROJEÇÃO DO CENTRO DE GRAVIDADE (CG) CENTRO DE PRESSÃO (COM) LIMITES DE ESTABILIDADE “É A DISTÂNCIA MAIS LONGA EM QUALQUER DIREÇÃO QUE UMA PESSOA PODE ALCANÇAR SEM MODIFICAR SUA BASE ORIGINAL DE SUPORTE”. Não é fixo Depende das estratégias utilizadas (Horak,1997; Shumway – Cook,1997;Duarte,2001) Base de suporte X Estabilidade Quanto maior a base , mais estabilidade e portanto é mais fácil ocorrer o movimento. Quanto menor a base, menor a estabilidade e portanto maior deverá ser o controle postural para se movimentar. Estratégias Motoras ESTRATÉGIAS DE EQUILÍBRIO TORNOZELO QUADRIL PASSO (Segundo Horak,1986;Schumway – Cook&Woollacott,1995,Horak,1997;Umphred,2003) TORNOZELO A cabeça percorre a mesma direção Padrões contráteis de distal para proximal Oscilação pequena, numa superfície estável QUADRIL A cabeça percorre direção oposta ao quadril Oscilação grande, rápida, superfície estreita ou instável Padrões musculares de proximal para distal PASSO Quando as estratégias anteriores são insuficientes para recuperar o equilíbrio É necessário dar um passo para realinhar novamente o centro de gravidade (CG) AVALIAÇÃO SENSORIAL Paciente em pé, olhandopara frente numa superfície fixa. Idem + olhos fechados Paciente em pé, olhando para frente numa superfície instável Idem + olhos fechados. O paciente deve permanecer nas posições por 30 segundos. AVALIAÇÃO MOTORA De pé, postura normal, confortável: modificar para pés unidos (base menor); com um pé na frente do outro (encostados); sobre um dos pés; modificar posição dos braços nestas mesmas posições; flexionar tronco para frente e voltar; deslocar inesperadamente o equilíbrio (porém, dar proteção ao paciente); Quais estratégias que o paciente utiliza? Andar: encostando os dedos de um pé no calcanhar do outro; andar ao longo de uma linha reta; andar para o lado e para trás; marchar no lugar; alterar a velocidade do andar; parar e reiniciar abruptamente; andar em círculos; andar sobre os calcanhares ou dedos dos pés. Quais as estratégia que o paciente utiliza? Verificar Sinal de Romberg positivo (deficiência proprioceptiva): Positivo: quando o paciente fica em pé com os olhos abertos e quando fecha os olhos não mantém o equilíbrio. Quais as estratégia que o paciente utiliza? AVALIAÇÃO FUNCIONAL Time up and go test – paciente deve levantar da cadeira e andar 3 metros e voltar. (normal 10s ). Modificado: tarefa cognitiva associada. Functional Reach ( alcance funcional ) FUNCTIONAL REACH 20 – 40 de 14 à 16 cm 41 – 69 de 13 à 15 cm 70 – 87 de 10 à 13 cm ( anterior ). FISIOTERAPIA Trabalhar os grupos musculares envolvidos nas estratégias de equilíbrio Utilização do método Kabat – em cadeia aberta e fechada Utilização da bola para o trabalho de quadril e tronco Alinhamento e simetria com técnicas de reeducação postural e respiração CONTROLE POSTURAL EQUILÍBRIO Estático Parado, com os pés juntos e paralelos Leves empurrões, braços esticados Fechamento dos olhos Dinâmico Marcha com olhos abertos e fechados Caminhar encostando o hálux no calcanhar a cada passo Definições de Balance É a habilidade de manter o equilíbrio e a orientação em um ambiente gravitacional.(Horak,1987) Uma função complexa que exige o processamento de múltiplos imputs sensoriais que levam a uma resposta específica dependendo do contexto, que envolve múltiplos padrões musculares.( Whipple,1990 ) Uma habilidade que o sistema nervoso aprende a realizar usando diferentes sistemas, incluindo os elementos biomecânicos, sistema sensorial e muscular.( Horak,1997) ADAPTAÇÕES Todos os indivíduos normais podem se adaptar a várias situações, pois a variabilidade de respostas é grande, e a integração sensorial antecipa ou prepara a musculatura para perturbações esperadas ou inesperadas. Finalidade do Balance 1. Manter o centro de gravidade dentro da base de suporte em diferentes situações. 2. Transferir o centro de gravidade até os limites de estabilidade em diferentes posições – orientação e alinhamento. Ajustar-se às perturbações externas e locomover-se. INTEGRAÇÕES SENSORIAIS VISÃO PROPRIOCEPÇÃO – sistema somatosensorial SISTEMA VESTIBULAR AVALIAÇÃO DO BALANCE Avaliação sensorial Avaliação motora Avaliação funcional AVALIAÇÃO FUNCIONAL Cinética e Cinemática da Marcha NORMAL e PATOLÓGICA 1. CINÉTICA E CINEMÁTICA DA MARCHA NORMAL; CONCEITOS: Cinético: relativo a movimento Cinemática: estudo do movimento. Utilizada como um dos parâmetros para descrição de locomoção. Analisa os movimentos, sem levar em consideração as forças. (Gage, 1991). Marcha: Sequência de repetições de movimento dos membros, para mover o corpo para frente enquanto mantém a estabilidade no apoio. Com mínimo gasto energético. Ciclo da marcha completo = Comprimento da passada (cm) = período (distância) entre o momento em que o calcâneo toca o solo e o próximo impacto do calcâneo do mesmo membro. Ciclo da marcha = Passada = Intervalo entre 2 toques com o mesmo pé no solo. Comprimento do passo (cm): distância que vai do calcâneo de um pé ao calcâneo do outro pé durante a fase de apoio duplo dos pés = metade do comprimento da passada. 100% 0% Cadência (passos/min): número de passos em um intervalo de tempo. Velocidade da marcha: velocidade de movimento em uma mesma direção em cm/s. Centro de gravidade: ponto no qual se pode considerar concentrado seu peso. FASES DE APOIO E BALANÇO Ciclo da marcha – subdividido de 0 a 100%. Início do ciclo da marcha (0%) – contato calcanhar com solo. Fim do ciclo da marcha (100%) – próximo contato com o solo realizado pelo mesmo pé. Ciclo da marcha dividido em 2 fases: apoio e balanço. FASE DE APOIO – do contato do calcanhar até saída dedos do mesmo pé do solo. Ocorre quando o pé está no solo, suportando o peso do corpo. FASE DE BALANÇO – da saída dos dedos do solo até o próximo contato do calcanhar do mesmo pé no solo. Ocorre quando o pé está no ar. Na velocidade da marcha normal, a fase de apoio ocupa aproximadamente 60% do ciclo da marcha e a fase de balanço os restantes 40%. SUBDIVISÕES DAS FASES DE APOIO E BALANÇO 5 eventos durante a fase de apoio: Contato do calcanhar (instante em que calcanhar entra em contato com o solo – 0% CM); Pé plano (instante em que toda face plantar está em contato com o solo – 8% CM); Apoio médio (ponto em que o peso do corpo passa diretamente sobre o membro inferior de sustentação – 30% CM); Calcanhar fora do solo (instante em que o calcanhar deixa o solo – 40% CM); Dedos fora do solo (instante em que os dedos deixam o solo – 60% CM). 3 eventos durante a fase de balanço: Balanço inicial (60 a 75% CM); Balanço médio (pé da perna em balanço passa próximo ao pé da perna de apoio – 75 a 85% CM); Balanço final (da fase de oscilação média até tocar o solo – 85 a 100% CM). DETERMINANTES DA MARCHA Centro de massa Rotação pélvica Obliquidade pélvica Posições dos joelhos Rolamentos do tornozelo Valgo dos joelhos Movimentos combinados do tornozelo e joelho Movimentos dos membros superiores DETERMINANTES DA MARCHA Marcha Normal: * Oscilação dos membros inferiores em várias direções = avanço; * Os ombros rodam e os braços oscilam em fases alternadas aos movimentos da pelve e das pernas. Centro de massa: * Deslocamento do centro de massa na marcha normal = 4 cm. Nos três planos ortogonais * O centro de massa de um corpo é um ponto tal que, qualquer plano que por ele passe dividirá o corpo em duas metades com momentos de massa iguais. * M (momento) = F (peso) x d (distância perpendicular) * Para verificar o gasto energético = localizar o centro de massa. Rotação pélvica: * A pelve roda no plano horizontal 4° para frente no membro do balanço e 4° para trás no membro do apoio, com uma magnitude de rotação total de aproximadamente 8°. Ocorrem para o centro de gravidade ficar baixo, mais próximo do chão. Obliquidade pélvica: inclina-se para baixo no lado oposto ao de apoio (média de 5°). É o “trendelemburg” fisiológico positivo. Posições do joelho: Flexão do joelho no apoio (isso baixa o centro de gravidade, promovendo mais estabilidade); Rolamentos do tornozelo: Mecanismos do pé. 1º MR: Flexão plantar controlada na resposta à carga por contração excêntrica do tibial anterior. (aplainamento) 2º MR: Avanço progressivo da perna sobre o pé estacionário no apoio simples por contração excêntrica do tríceps sural. 3º MR: Flexão plantar no pré balanço para gerar impulso para a fase de balanço por contração concêntrica do tríceps sural. Valgo dos joelhos: importante para minimizar o deslocamento lateral Obs: Mulheres tem o valgo maior. Movimentos combinados do tornozelo e joelho. Movimentos dos membros superiores: encurtar braço de movimentoda alavanca tornando o movimento mais rápido. PRÉ-REQUISITOS DA MARCHA (GAGE, 1991) Estabilidade no apoio; Passagem livre do pé durante o balanço; Pré-posicionamento adequado do pé no balanço terminal; Comprimento adequado dos passos; Conservação de energia. CICLO DA MARCHA – TORNOZELO CICLO DA MARCHA - JOELHO CICLO DA MARCHA - QUADRIL MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA MARCHA: A) Análise qualitativa (exame visual) B) Análise quantitativa ANALISE QUALITATIVA (exame visual) Descrever a marcha após observar o paciente andar sem a ajuda de quaisquer aparelhos eletrônicos; Uma boa opção é gravar com filmadora ou câmera digital, pois permite a observação em repetidas vezes sem causar fadiga no paciente; Observar paciente de lado e por trás; Observar: comprimento, largura e simetria da passada e dos passos, concentrando-se em uma articulação de cada vez: quadril, joelho e tornozelo (identificar padrões atípicos da marcha. Termos usados: * marcha antálgica: padrão comum em pacientes com dor em uma extremidade inferior; * marcha festinante ou arrastada: característica do Parkinson; os pés são arrastados durante a fase de balanço; passos curtos e acelerados. * marcha atáxica: é associada a patologias cerebelares, neuropatias periféricas e patologias de colunas dorsais; há pouco equilíbrio, uma base larga de suporte, e movimentos variáveis de passada para passada. Padrões de marcha associados com o uso de aparelhos assistidos: * marcha de um ponto: uma bengala aumenta a base de suporte ao fornecer um ponto adicional de contato com o solo; * marcha de dois pontos alternados: uma bengala e o membro inferior oposto estão em contato com o solo alternando com a bengala e o membro oposto em cada passo sucessivo. * marcha de três pontos: o contato com um membro que sustenta peso completamente sobre o solo alterna-se com sustentação de peso através de duas muletas que fazem contato simultaneamente com o solo. * marcha de quatro pontos: há sempre três pontos de apoio sobre o solo o tempo todo. Ela é iniciada pelo movimento para a frente por uma bengala e extremidade superior, seguido pelo movimento para a frente do membro inferior contralateral, em seguida movimento para a frente da outra muleta seguido pelo movimento para a frente do outro membro inferior. Os resultados de uma análise quantitativa podem ajudar a determinar o melhor plano cirúrgico e planejar o plano de tratamento de reabilitação, cujo objetivos são: fortalecer ou compensar a fraqueza, alongar uma contratura, e/ou reduzir o tônus em um músculo espástico. Os sistemas de análise qualitativa da marcha incluem a medição de três componentes principais: * cinemática (sistemas opticoeletrônicos, eletrogoniômetros, cinematografia); * cinética (placas de força) e * atividade muscular (EMG dinâmica). ANÁLISE QUANTITATIVA - CINEMÁTICA - eletrogoniômetros: são versões computadorizadas dos goniômetros simples. Eles possuem um ou mais potenciômetros colocados no centro articular que registra impulsos elétricos variados dependendo da posição relativa dos seguimentos proximal e distal. - cinematografia: realizada através de fotografias sequenciais ou filmes da marcha, com marcadores colocados em marcos anatômicos, e as imagens são digitalizadas manualmente, o que gasta muito tempo. * sistemas optoeletrônicos: Programas de computador combinam as coordenadas tridimensionais e as placas de força localizadas no centro da passarela registram FRSs (Forças de Reação do Solo) para calcular a cinética e cinemática das articulações. Kinovea É calculada usando-se uma combinação de dados de FRS (Forças de Reação do Solo) juntamente com as técnicas dinâmicas inversas. As FRSs são medidas usando-se placas de força que são constituídas de transdutores piezoelétricos ou medidores de deformação. Uma ou mais placas de força estão inclusas no solo da passarela. ANÁLISE QUANTITATIVA – ATIVIDADE MUSCULAR - EMG (eletromiografia) dinâmica: fornece informação sobre se um músculo está se ativando apropriadamente durante a marcha. •Material: eletrodos de superfície fixados na pele (mais unidades motoras) ou eletrodos de fio finoinseridos nos músculos (invasivos – músculos menores e profundos) •Transmissão dos sinais: por telemetria de cabo ou radiofrequência a um receptor que está conectado a um sistema de computador. •Sinais: são filtrados e exibidos, e os eventos do ciclo da marcha identificados. MARCHA PATOLÓGICA: - Marcha antálgica; - Marcha em Trendelemburg - Marcha de glúteo máximo - Marcha decorrente das disfunções cerebelares (Ebriosa / Talonante); - Marcha Ceifante (hemiplégica); - Marcha Parkinsoniana ou Festinante - Marcha Escarvante - Marcha do PC Diparético (marcha em tesoura, crouch ou agachamento); MARCHA ANTÁLGICA - Autoprotetora; - Fase de Apoio do membro acometido é mais curta; - Fase de Balanço do membro não comprometido diminui; MARCHA DE TRENDELEMBURG: - Fraqueza do músculo glúteo médio; - Apresenta obliquidade pélvica excessiva e/ou inclinação lateral excessiva do tronco na fase do apoio; - Acometimento Bilateral: marcha titubeante. - A causa mais comum é a osteoartrite do quadril. - Ocorre como uma resposta compensadora para reduzir as forças globais passando através do quadril durante a fase de apoio. MARCHA DE GLÚTEO MÁXIMO - Fraqueza do músculo glúteo máximo; - Paciente empurra o tórax para trás no contato inicial (para manter a extensão do quadril do membro de apoio); - Queda do tronco para trás. MARCHA ATÁXICA OU EBRIOSA OU TALONANTE - decorrente das disfunções cerebelares - paciente apresenta má sensibilidade e falta de coordenação. - tendência a equilíbrio ruim e necessidade de base ampla. MARCHA HEMIPLÉGICA - ou Hemiparética ou Ceifante - membro inferior plégico para fora e para frente em círculo (circundução); - membro superior afetado levado através do tronco para equilíbrio. MARCHA PARKINSONIANA OU FESTINANTE - pescoço, tronco e joelhos flexionados; - arrastar dos pés e, algumas vezes, passos curtos e rápidos MARCHA ESCARVANTE OU DO PÉ CAÍDO (EQUINO): - comum em pacientes neurológicos; - causas: fraqueza ou paralisia dos dorsiflexores; hiperatividade do sóleo, gastrocnêmio ou tibial posterior; encurtamento do tendão de Aquiles; compensação de algum outro prejuízo. - paciente eleva o joelho além do normal; MARCHA DO PC DIPARÉTICO As anormalidades da marcha em pacientes com paralisia cerebral são consequências de: - Contraturas: a flexão plantar impede a progressão do membro - Espasticidade muscular - Ação muscular fora de fase - Déficit de controle motor - Controle seletivo prejudicado - Padrões locomotores primitivos - Propriocepção pode estar alterada Marcha em Agachamento: - Flexão excessiva dos joelhos durante a fase de apoio, e geralmente flexão reduzida BA fase de balanço; - São associados: adução e rotação interna dos quadris, equino e abdução do antepé durante o apoio; - Causas: encurtamento dos flexores do quadril, fraqueza dos flexores plantares, e encurtamento do tendão do calcâneo. Marcha em tesoura: Os dois membros inferiores estão enrijecidos e espásticos, permanecendo semifletidos. Os pés se arrastam, com as pernas se cruzando na frente durante a marcha, lembrando uma tesoura. É frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral. EXAME DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 1.Sinais Vitais: -Frequência Respiratória (FR); -Frequência Cardíaca (FC); -Pressão Arterial (PA); -Temperatura (T); * Sistema regulador; * Fatores que influenciam; * Procedimento de avaliação; * Valores referências Monitoração de extrema importância na avaliação fisioterapêutica – os resultados da avaliação dos sinais clínicos têm importantes implicações para o tratamento fisioterapêutico; São eles: temperatura, pulso (frequência cardíaca), respiração (frequência respiratória) e pressão arterial; São importantes reguladores do estado fisiológico do corpo (funcionamento dos órgãos internos); Quando sofrem variação = alteração no estado fisiológico do paciente; Os valores “normais” são específicos a cada indivíduo; Devem ser registrados em intervalos periódicos; Variáveis que influenciam: ex: hora do dia, época do mês, exercício, idade, sexo, peso, condições metabólicas, estado geral da saúde, dor e ingestão de medicamentos. Temperatura Corporal CONCEITO: Equilíbrio entre o calor produzido ou adquirido pelo corpo, e a quantidade perdida; Seres humanos = animais de sangue quente = homeotérmicos = a TC permanece relativamente constante em relação às alterações do ambiente; Animais de sangue frio = pecilotérmicos = a TC varia com a do ambiente. Sistema Termo regulador Objetivo: manutenção de uma temperatura corporal interna constante; Consiste em três componentes primários: Termorreceptores Centro hipotalâmico de controle Órgãos efetores - Termorreceptores: * periféricos: sensíveis a rápidas mudanças de temperatura e localizados na pele, cujo sinais penetram na medula espinhal através de nervos aferentes, e deslocam-se para o hipotálamo; * centrais: localizados no hipotálamo, que são sensíveis às alterações térmicas no sangue. - Centro Hipotalâmico de Controle: * coordena os processos de produção e perda de calor (funciona como um termostato, garantindo uma temperatura constante e estável, é regulado e mantido ao nível de 37ºC (+/-) 1ºC num indivíduo sadio); ↓ ou ↑ da TC = mecanismos para conservar ou dissipar o calor = respostas através de vias nervosas = para órgãos efetores. - órgãos efetores: *regulam os mecanismos de perda, conservação e dissipação de calor; Incluem as respostas vasculares, metabólicas, e da musculatura esquelética (tremores), e a sudorese. ↓ da TC = mecanismos para conservação e produção do calor = vasoconstrição, diminuição do suor, ereção dos pêlos, tremores, regulação hormonal (aumentar o metabolismo celular) Anormalidades na Temperatura corporal: Aumento da TC (pirexia, febre ou estado febril): Ajuda o corpo no combate às doenças ou infecções. Sinais e sintomas: mal-estar geral, dor de cabeça, FC e FR elevadas, calafrios, piloereção, tremores, perda de apetite, pele pálida eu mais tarde fica ruborizada, náusea, irritabilidade, sudorese, sede, fraqueza, etc. Acima de 41,1º C = hiperpirexia ou hipertemia, onde observa-se desorientação, convulsões, ou coma. Queda da TC (hipotermia): Prejudicado quando abaixo de 34,4ºC e grave abaixo dos 29,4ºC. Sintomas: diminuição das FC e FR, pele fria e pálida, cianose, redução na sensibilidade cutânea, depressão das respostas mentais e musculares, sonolência que pode levar ao coma, e se não tratada, levar à morte. Fatores que influenciam Hora do dia: mais baixas entre 4h e 6h; mais elevadas entre 16h e 20h. Influenciadas pelos processos digestivos e pelo nível de atividade da musculatura esquelética. Idade: Crianças: TC mais elevada (imaturidade do sistema termorregulador, aumento da atividade metabólica, elevados níveis de atividade física). Idosos: TC mais baixa (baixa velocidade metabólica, redução do tecido subcutâneo, queda nos níveis de atividade física). Emoções: extremos emocionais elevarão a TC (aumentam as secreções glandulares e acelera o metabolismo). Exercícios**: elevações de TC são proporcionais à intensidade relativa da carga de trabalho. Ciclo menstrual: A TC é elevada durante a ovulação (0,3ºC a 0,5ºC), mantida até antes do início da menstruação, quando volta ao normal. Gestação: TC aumenta aproximadamente 0,5ºC devido ao aumento da atividade metabólica. Retorna ao normal após o parto. Ambiente exterior: Tempo quente = elevação da TC; tempo frio = diminuição da TC. O tipo e a quantidade de vestuário também influenciam na TC. Local de mensuração: temperaturas retais são mais altas que as orais (entre 0,3ºC e 0,5ºC; e as axilares são mais baixas que as orais (~0,3ºC). Ingestão de alimentos aquecidos ou gelados: se a leitura for oral, o paciente deve abster-se do fumo ou alimentos por pelo menos 15 a 30 minutos. - Avaliação: Tipos de termômetros: Clínico de Vidro: contém bulbo (de várias formas) com mercúrio; com o calor o mercúrio “sobe” na coluna de vidro. A faixa varia entre 34ºC e 42,2ºC; Eletrônicos: mensuração rápida (segundos); Químicos: menos utilizados. Fita Termossensível: respondem através de alteração nas cores. Procedimento: segundo O'Sullivan (2004), a forma de medição mais utilizada é a oral, mas na prática utiliza-se mais a forma axilar. Deixar o termômetro no lugar por aproximadamente 10 minutos no caso do termômetro de vidro e apenas alguns segundos para o termômetro eletrônico. Frequência Cardíaca (FC) Pulso é a onda de sangue na artéria, criada pela contração do ventrículo esquerdo. Normal: 70 batimentos por minuto = bpm. Palpação: sempre que uma artéria superficial possa estar estabilizada sobre uma superfície óssea. O pulso é avaliado quando à frequência, ritmo, volume (força) e qualidade ou sensação da parede arterial. Frequência (FC ou ritmo cardíaco) é o número de batimentos cardíacos por minuto, geralmente expresso em bpm. Normal = 60 – 100 bpm. Ritmo: são os intervalos entre os batimentos. Deve ser regular e constante. Volume (força): é a quantidade de sangue comprimida pela artéria durante cada contração ventricular, que produz a força do pulso. Maior volume sanguíneo = força do pulso maior = fácil de sentir = forte ou cheio = alta tensão Menor volume sanguíneo = força do pulso menor = difícil de sentir = fraco ou filiforme = baixa tensão Qualidade ou sensação da parede arterial: Normalmente o vaso é “sentido” como liso, elástico, macio, flexível e relativamente retilíneo. Os mais velhos podem ter alterações escleróticas. Fatores que influenciam: Qualquer fator que altere a velocidade metabólica irá influenciar a FC. Idade: Feto = 120-160 bpm; Recém-nascido = 70 – 170 bpm (média de 120bpm); Adulto = 60 – 100 bpm. Sexo: Homens = 60 – 80 bpm / Mulheres = 80 – 100 bpm. Emoções: tristeza, medo, ansiedade, dor, etc = elevam a FC. Calor sistêmico ou local: febre = aumento da FC Exercícios**: a FC aumenta propiciando adicional fluxo sanguíneo aos músculos e atendendo às maiores necessidades de oxigênio. Para fisio a FC é um importante método de avaliação da resposta ao exercício. Precisa ser determinada tanto a FC em repouso, quanto a FC máxima prevista, que é determinada através dos testes de esforço máximo ou pela fórmula: FCmáx = 220 - idade. Geralmente um programa terapêutico de pelo menos 30 minutos atinge 70% a 85% da FCmáx prevista (indivíduo sadio). Avaliação manual: Pulso periférico: As artérias superficiais localizadas sobre uma superfície óssea são as de mais fácil palpação e são denominadas “pontos de pulso”. São eles: temporal (superior e lateral ao canto externo do olho), carotídeo (abaixo do lobo da orelha, entre o ECON e a traquéia), braquial (medial da fossa antecubital, usado na verificação da PA), radial (no punho, na base do polegar), femoral (região inguinal), poplíteo (atrás do joelho), podal (medial e dorso do pé). Avaliação: Pulso apical: usando um estetoscópio diretamente sobre oápice do coração. Localiza-se aproximadamente a 09 cm á esquerda do meio do esterno, no quinto espaço intercostal. A medição dos batimentos cardíacos pode ser feita manualmente ou através de pulsômetros ou frequencímetros (relógios que possuem uma fita torácica com sensores e transmissores que indicam os batimentos cardíacos). Frequência Respiratória (FR) Sistema respiratório: AR = entra no corpo pelas narinas e faringe (é aquecido, filtrado e umidificado) = laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos = bronquíolos terminais = bronquíolos respiratórios (em suas paredes encontram-se os alvéolos = unidade de trocas gasosas). Inspiração: realizada pelo diafragma, que se desloca para baixo; e pelos intercostais externos, que erguem as costelas e o esterno para cima e para fora, ocorrendo a expansão pulmonar. Expiração: se relaxada é passiva. Se forçada é realizadas pelos músculos abdominais e intercostais internos. - Mecanismos regulatórios: são complexos e envolvem múltiplos componentes de controle neural e químico, como: * centro respiratório (na ponte e no bulbo); * quimiorreceptores centrais (no centro respiratório) * quimiorreceptores periféricos (na bifurcação das artérias carótidas e no arco da aorta); * mecanismo protetor de estiramento chamado reflexo Hering-Breuer (situados nas paredes dos pulmões). Fatores que influenciam: Idade: Recém-nascido = 30-60 rpm; Adulto = 12-18 rpm. Idosos é maior (redução na elasticidade dos pulmões e queda na eficiência das trocas gasosas). Constituição física: Os homens tem a capacidade vital maior que as mulheres. E os adultos maior que adolescentes e crianças. Estatura: altos e magros possuem capacidade vital maior. Exercícios**: a FR irá aumentar (aumento do consumo de O2 e da produção de CO2) Posição do corpo: O DD pode afetar a respiração (compressão do tórax contra a superfície de sustentação e o aumento do volume do sangue intratorácico). - Parâmetros da avaliação da respiração: Frequência: é o número de respirações por minuto ou RPM. Deve ser contada durante 1 minuto. Profundidade: é a quantidade (volume de ar) trocado a cada respiração. É avaliada pela observação dos movimentos torácicos. É descrita como profunda (trocado um grande volume de ar) ou superficial (trocada pequena quantidade de ar, com pouco movimento do gradil costal). Ritmo: normalmente há um intervalo de tempo regular entre as respirações. É descrito como regular ou irregular. Caráter: desvios da respiração tranquila, repousada, não forçada. Dois desvios que alteram o caráter da respiração são a quantidade de esforço e o som produzido. Respiração difícil = dispnéia = muito esforço para respirar = os músculos acessórios da respiração trabalham muito = ECON, peitoral maior e menor, escaleno e subclávio. Sons =sibilos, estridor, estertor, suspiro, ronco (AUSCULTA) Padrões respiratórios: costal, diafragmático, costo-diafragmático, apical. Tipos de respiração: de Cheyne-Stokes, de Kussmaul, de Biot, apnêusticas, apnéia, hipopnéia. Avaliação: Importante que o paciente NÃO perceba que a respiração está sendo avaliada; Após a monitoração do pulso, os dedos podem permanecer no local de tomada, e a respiração pode ser avaliada; Deve ser realizada com o tórax exposto; Conte as respirações (inspirações ou expirações, não ambas) durante 1 minuto; Observe profundidade, ritmo, caráter e padrão respiratório. Pressão Arterial (PA): É a força que o sangue exerce contra uma parede vascular; É medida nos pontos mais baixos e mais elevados do pulso; Esses pontos são representados pelas pressões sistólicas (mais elevada; contração ventricular) e diastólica (mais baixa; relaxamento ventricular). A diferença entre as duas pressões é denominada pressão de pulso. - Mecanismos regulatórios Centro vasomotor localiza-se bilateralmente na parte inferior da ponte e parte superior do bulbo; Ele auxilia na obtenção de uma PA estável, necessária para manutenção do fluxo sanguíneo para os tecidos e órgãos do corpo. - Fatores que influenciam: • Volume sanguíneo: Quanto maior o volume sanguíneo mais a PA aumenta; A perda de sangue fará com que a pressão caia. Uma elevação da volemia (ex: transfusão de sangue) fará com que a pressão aumente. • Diâmetro/ elasticidade das artérias: quanto maior a resistência ao fluxo de sangue, maior será a PA. • Débito cardíaco: quanto mais sangue é bombeado para as artérias, as paredes dos vasos se distendem resultando num aumento da PA. • Idade: 1 mês = 80/45 mmHg; Adultos 120/80 mmHg. • Exercício**: a atividade física aumenta o débito cardíaco, com uma consequente elevação linear na PA. •Posição do braço: o paciente deve estar sentado com o braço apoiado, ao nível do coração. Se não estiver nessas condições deve ser anotado. • Emoções: medo, ansiedade, estresse = elevação da PA. - Avaliação: Equipamento exigido: manguito para pressão sanguínea, um esfigmomanômetro (manual ou eletrônico) e um estetoscópio; Quando é usado esfigmomanômetro eletrônico o estetoscópio é desprezado; O manguito é fixado no membro do paciente (parte superior) e insuflado com ar. Há dois tubos que saem dele: um está ligado a um bulbo de borracha, que possui válvula usada na manutenção ou liberação do ar existente no manguito. O outro está ligado a um esfigmomanômetro, que registra a leitura da pressão. O esfigmomanômetro mais utilizado é com manômetros aneróides, que registram a pressão através de um mostrador circular calibrado, provido de agulha. Os manômetros de mercúrio possuem uma coluna de mercúrio. O estetoscópio é utilizado para audição dos sons sobre a artéria, à medida que se diminui a pressão sobre o manguito. • Possui peças auriculares (olivas) conectadas por uma tubulação de borracha e um mecanismo amplificador, o diafragma. • A combinação de audição pelo estetoscópio e da observação do manômetro, é obtida a leitura da PA. Há também estetoscópio eletrônico. Procedimento (estetoscópio) explique ao paciente o procedimento; auxilie o paciente a assumir a posição ideal, se possível sentada; exponha o braço e coloque-o ao nível do coração, com o cotovelo estendido; enrole o manguito em torno do braço (o mínimo de tempo possível), aproximadamente 2,5 a 5 cm acima da fossa antecubital; o centro do manguito deve estar alinhado com a artéria braquial (local mais comum para a monitoração da PA); verifique se o esfigmomanômetro está registrado no zero; coloque as olivas nos ouvidos (inclinação para frente); localize e apalpe a artéria braquial na fossa antecubital; e coloque o diafragma do estetoscópio sobre a atéria; feche a válvula do manguito (gire no sentido horário); comprima a pêra de borracha até que o manômetro registre aproximadamente 20mmHg acima da pressão sistólica esperada; abra a válvula cuidadosamente, permitindo que o ar saia lentamente; observe o manômetro e marque o ponto em que é ouvido o primeiro som, esse é o ponto em que o sangue começa primeiramente a fluir através da artéria = pressão sistólica; continue a liberar o ar lentamente e observe o ponto em que o som começa a se tornar abafado = pressão diastólica primária; continue a liberar o ar lentamente e registre o ponto quando o som desaparece = pressão diastólica secundária; permita que o restante do ar seja liberado, e anote os resultados. Definir os problemas do paciente corretamente 1. Avaliação Respiratória Coleta de dados: Primeira parte: Dados pessoais; Diagnóstico; Razão do encaminhamento; Segunda parte: Resumo da história clínica; Avaliação fisioterápica: QP: Queixa Principal HDA: História da Doença Atual problemas atuais do paciente, incluindo informações clínicas relevantes. HPP: História da Patologia Pregressa ou da Doença Pregressa (HDP) doenças e cirurgias a que o paciente foi submetid HM: História sobre uso de medicamentos medicamentos atuais (incluindo dosagem e horário) administrados por meio de receita médica. HF: História Familiar doença grave sofrida por familiares próximos do paciente. HS: História Social fornece um quadro da situação social do paciente. É importante questionar o paciente, especificamente, quanto ao nível de apoio disponível em casa, além de saber os hobbies e ocupações dele. Com estes dados temos que formular um diagnóstico prévio para que, ao fazermos o exame físico, confirmemos o que vimos anteriormente. 2. Avaliação Subjetiva: Baseada na entrevista com o paciente: Qual sua principal queixa? “Palavras do próprio paciente”. O que lhe incomoda mais? Quais os problemas que o afetam mais? Principais sinais e sintomas respiratórios (duração, gravidade, variações, fatores associados) - Dispnéia - Dor torácica - Cianose - Tosse - Expectoração - Hemoptise Dispnéia (falta de ar) Necessidade de um esforço respiratório aumentado. Não pode existir em situações em que o paciente não consiga se manifestar, como o coma. Nem sempre a dispnéia representa uma manifestação de doença (p.ex. exercícios rigorosos ou ansiedade). Quando doença: cardíaca, respiratória, anemia, disfunções neuromusculares e metabólicas; Devemos relatar a dispnéia pelo nível de atividade que o paciente pode realizar. A comparação da gravidade da dispnéia entre indivíduos é difícil devido a diferença de percepção e expectativas. Classificações da dispnéia (NY) Classe I – Nenhum sintoma em atividade normal. Ocorre com grandes esforços (subir morro), pedalar muito rápido, competições esportivas). Classe II – Sintomas em atividades normais (subir escadas, arrumar a cama, carregar muitas compras). Classe III – Sintomas com médio esforço (tomar banho, vestir-se). Classe IV – Sintomas no repouso. Padrões da dispnéia - Ortopnéia: é a dispnéia quando se está deitado na horizontal. - Dispnéia Paroxística Noturna (DPN): acorda o paciente a noite Dor Torácica Geralmente origina-se da inflamação músculo- esquelética, pleural ou traqueal, uma vez que o parênquima pulmonar e as pequenas vias aéreas não contém fibras sensitivas dolorosas. Quando avaliamos esta dor, devemos analisar sua qualidade, extensão, intensidade e duração. Pleurítica: intensa, aguda, em pontada, piora na inspiração, não sente com a palpação. Traqueíte: constante, em ardência, no meio do tórax, piora na respiração. Muscular: bem localizada e aumenta nos movimentos do tórax e dos MMSS, e na inspiração, piora na palpação. Fratura de costelas: aumenta com a inspiração, início repentino, localizada. Angina ou infarto: retroesternal, em aperto, por irradia para o MS, pescoço ou mandíbula. É o maior sintoma de doença cardíaca. Pericardite: aumenta na respiração, alivia ao sentar. Cianose É a coloração azulada da pele; Pode ser: - central (língua, boca): causada por hipoxemia - periférica (polegares, dedos, lobos das orelhas): causa é a pobre circulação periférica. Para reconhecê-la: apertar dedo contra luz; deverá ficar branco e logo em seguida voltar ao vermelho. Ou também, através do oxímetro. Tosse Reflexo de compressão que livra as vias aéreas de secreções ou corpos estranhos. Em condições normais não ocorre tosse, porém é um sintoma difícil de esclarecer. Alguns tipos: - improdutiva (fases iniciais da doença), - produtiva (estágios tardios), - reprimida (pós operatório). Tratamento: - tosse produtiva: apenas elimina-se a secreção. - tosse improdutiva (seca) : medicamentos como a codeína. Características da tosse: Alta, em tom de “latido”, rouca = doença laríngea ou traqueal; Persistente e seca = doença intersticial do pulmão; Recorrente, depois de comer ou beber = aspiração; Produtiva crônica = bronquite crônica e bronquiectasia; Noturna em crianças e adolescentes = asma; Noturna em adultos = insuficiência cardíaca; Crônica = Drogas, agentes hipertensivos; ↓ Incontinência urinária: “Quando você tosse, você acha que perde alguma urina? Isso interfere com a fisioterapia?”
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