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Estruturas de Madeiras e Metálicas Prof. M.sc. Fábio Y. Sawasaki fabio.sawasaki@anhembi.br Estruturas Metálicas https://www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes-manuais.php https://www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes-manuais.php Estruturas Metálicas Pontes Metálicas Estrutura por lançamento Ponte empurrada Ponto executada com flutuante com apoio de cábria; Balanços sucessivos *Cábria: balsa equipada com guindaste Pontes Metálicas Ponte Campos Salles, Barra Bonita - SP Pontes Metálicas Ponte Hercílio Luz Fonte: Globo G1, Google Maps Galpão com colunas e vigas em perfil I Partes componentes de um galpão com colunas em perfis I e tesouras Galpões Detalhe de treliça Composição e detalhe de treliça de cantoneiras duplas com uniões em chapa Gusset Detalhe da treliça Detalhe do nó inferior de tesoura ou treliça Detalhe de tesoura sendo apoiada numa coluna de perfil I Detalhe de nó de cumeeira Nó inferior de tesoura ou treliça com todos os elementos convergindo na chapa Gusset Detalhe de conexão de tesoura com alma de perfil I Edifício industrial duas águas com cobertura de tesoura e colunas em perfil I Detalhe de diagonais de contraventamento Edifício industrial de duas águas com perfis I laminados ou soldados Edifício industrial com duas águas, com viga de ponte rolante, apoiada em coluna com console Coluna inferior em alma cheia Edifício industrial com coluna treliçada para receber a coluna da cobertura e o apoio da viga de rolamento Colunas independentes para o pórtico e para a viga de rolamento travadas com diagonais Geminado com quatro meias-águas Galpão do tipo Shed com vigas mestras treliçadas Galpão em Shed com pórticos em perfis I, vigas mestras e secundárias em treliças Geminado com duas meias-águas Galpão em arco Geminado com meias-águas no sentido transversal • Aspectos para desenvolvimento de projeto – Configuração dimensional (altura, largura, comprimento); – Definição das aberturas fixas e móveis; – Inclinação do telhado – Topografia do local da obra – Carregamentos ao longo da vida útil – Solução estrutural que atende às necessidades (construção e manutenção) • Documentos de projeto – Memorial de cálculo; – Desenhos de projeto – Desenhos de fabricação – Desenhos de montagem – Lista de materiais Desenhos de projeto básico • Aços estruturais mais usados - Perfis (tabela A.2, NBR 8800) - Parafusos (tabela A.3, NBR 8800) - Eletrodos (tabela A.4, NBR 8800) *ASTM: American Society for Testing and Materials Aço fy (MPa) fu (MPa) ASTM A36 250 400 ASTM A572 G42 290 415 ASTM A572 G50 345 450 ASTM A588 345 485 Aço fy (MPa) fu (MPa) ASTM A307 (comum) --- 415 ASTM A325 (alta resistência) 635 825 Metal da solda fw (MPa) E60XX 415 E70XX 485 Estruturas Metálicas Propriedades dos aços Estruturais Resistência à Tração O diagrama nos mostrará o comportamento do corpo de prova durante a aplicação da carga: • Região elástica: proporção linear entre o alongamento e a carga aplicada; • Escoamento: deformação apreciável do corpo de prova para uma carga oscilando próximo de um valor constante; • Elasticidade: Propriedade do material pela qual ele tende a retomar à forma original quando a carga é gradualmente diminuída até zero; • Perfeitamente elástico: retorno completo. • Parcialmente elástico: retorno parcial com deformação residual. • Lei de Hooke (1678): "Na fase elástica, as tensões são proporcionais às deformações“. • Vale a superposição de efeitos; • O módulo de elasticidade à tração e à compressão são os mesmos. σ = E * ε onde: σ = tensão normal E = módulo de elasticidade do material ε = deformação específica (ΔL/L). E = tg a Limite de resistência a tração Tensão de ruptura Limite de proporcionalidade ou elasticidade Limite de escoamento a Estrutura Metálica • Resistência à Tração Propriedades dos Aços Estruturais Nos aços encruados ou ligados que não apresentam o escoamento natural, o limite de escoamento é representado pela tensão sob a qual se produz um alongamento permanente e mensurável de, por exemplo, 0,2% . Estrutura Metálica • Lei de Hooke Propriedades dos aços Estruturais Estrutura Metálica • Deformações elásticas Quando uma barra é carregada por tração simples: • tensão axial: s = P / A • deformação específica: e = d / L então: • pela Lei de Hooke: s = E * e • Esta equação mostra que o alongamento (d) de uma barra linearmente elástica é diretamente proporcional à carga (P) e ao comprimento (L) e inversamente proporcional ao módulo de elasticidade (E) e à área da seção transversal (A). • O termo EA/L é conhecido como rigidez axial da barra. d = P * L E * A Propriedades dos aços Estruturais • São praticamente constantes, na faixa normal de temperatura atmosférica, para qualquer aço estrutural, as seguintes propriedades mecânicas: • Módulo de elasticidade: E = 200GPa (NBR 8800); • Coeficiente de dilatação térmica: α = 1,2x10-5 ºC-1 • Massa específica: ρ = 7,85 tf/m3 • Peso específico: ɣ = 78,5 kN/m3 (*) (*)Considerando a aceleração da gravidade aproximada igual a 10,0 m/s² Aços Estruturais Constantes Físicas Produtos Siderúrgicos • Os produtos laminados, os perfis soldados e os elementos de ligação são os principais materiais empregados em Estruturas Metálicas. • A indústria siderúrgica oferece ao projetista diversos produtos com aplicações nas construções civis e seus acabamentos, dos quais destacam- se: • perfis laminados a quente; • perfis soldados; • perfis conformados a frio (chapa dobrada); • chapas laminadas a quente; • chapas laminadas a frio; • tubos de várias formas. Produtos Siderúrgicos • O processo de produção dos perfis laminado obedece ao mesmo princípio de fabricação do aço para concreto armado, fabricado a partir do minério de ferro passando pelos processos de preparação da matéria-prima, passagem pelo alto forno e lingotamento contínuo. • Os perfis laminados recebem esta denominação porque no seu processo de fabricação, rolos especiais chamados laminadores, produzem as formas finais dos diferentes perfis. • São os mais empregados na construção de estruturas metálicas e sua fabricação é feita em diversas dimensões e modelos padronizados. Perfis Laminados Produtos Siderúrgicos Perfis Laminados Extraído do livro Estruturas Metálicas Cálculos, Detalhes, Exercícios e Projetos, 2ª Ed., do Prof. Antônio Carlos Bragança, publicado pela Ed. Edgard Blücher, 2005. Produtos Siderúrgicos 1. Cantoneiras: são empregadas em treliças, contraventamentos, linhas de transmissão de energia elétrica e ligações. 2. Perfis T: têm aplicações em estruturas soldadas e podem ser fabricados por processos de laminação ou através do corte de perfis I ou H. 3. Perfis I e U: empregados principalmente como vigas. Suas abas não têm faces paralelas e as bordas são arredondadas. 4. Perfis H: são empregados em elementos sujeitos à carga axial de compressão. 5. Barras chatas e redondas: as barras chatas são utilizadas em ligações e as barras redondas, em elementos tracionados (tirantes). Perfis Laminados Produtos Siderúrgicos 6. Chapas laminadas (a quente): têm espessura compreendida entre 3 mm e 50 mm, pois, chapas mais espessas apresentam problemas de soldabilidade. As suas principais aplicações estão nas ligações, emendas de vigas e pilares, bases de colunas e na fabricação de perfis soldados. 7. Chapas laminadas (a frio): são fornecidas em bobinas, com espessura inferior a 3 mm e largura em tomo de 2,50 m. São empregadas na obtenção de perfis conformados a frio, também chamados, perfis de chapa dobrada, usados em estruturas leves, tais como, coberturas industriais tipo arco, Shed, etc. Outras aplicações são: fôrmas para lajes de edifícios, materiais para revestimento de paredes externas, internas e de cobertura. Perfis Laminados Produtos Siderúrgicos • As empresas metalúrgicas produzem os perfis por chapas dobradas ou soldadas, conformados a frio. • Os perfisdobrados e/ou soldados são aqueles obtidos pelo corte, composição e soldagem de chapas planas de aço, permitindo grande variedade de formas e dimensões de seções. • No caso dos perfis soldados, para unir as chapas utiliza-se máquina de soldagem por arco (voltaico) submerso disposta em uma plataforma que se desloca com velocidade controlada automaticamente, o que permite a soldagem dos perfis na posição fixa. • Após o procedimento de soldagem, o perfil passa pelo setor de desempeno e acabamento, para corrigir eventuais distorções. Perfis dobrados e soldados Produtos Siderúrgicos Perfis dobrados e soldados Extraído do livro Estruturas Metálicas Cálculos, Detalhes, Exercícios e Projetos, 2ª Ed., do Prof. Antônio Carlos Bragança, publicado pela Ed. Edgard Blücher, 2005. Designação de Perfis • No Brasil, os perfis laminados são designados como: Código literal, altura (mm) e peso (massa) linear (kg/m) . Exemplos de códigos literais: L, I, H, U e T. • Os códigos literais representam o perfil com seção transversal parecida com a respectiva letra. Exemplos: I 101 x 12,7 perfil Tipo I, altura igual a 101,0 mm e massa linear 12,7 kg/m. C (ou U) 254 x 22,7, perfil Tipo C (Channel, ou U), altura igual a 254,0 mm e massa linear 22,7 kg./m Perfis laminados (conformados a quente) Designação de Perfis • Os perfis cantoneira podem seguir a mesma regra anterior, porém é mais comum utilizar nomenclatura própria: Código literal, altura (mm) e espessura(mm) . Exemplos: L 101 x 6,4 perfil Tipo L (cantoneira), abas iguais, altura de 101,0 mm e espessura 6,4 mm. L 89 x 64 X 6,4 perfil Tipo L (cantoneira), abas desiguais, com lados 89,0 e 64,0 mm, e espessura 6,4 mm. Perfis laminados (conformados a quente) Designação de Perfis • São perfis fabricados de chapas planas soldadas. • Correspondem, no Brasil, aos chamados perfis de abas largas (wide- flange) americanos. • A sua seção transversal é semelhante a de um perfil I com abas mais alargadas e as faces das mesas paralelas. • São fabricadas em grande variedade de dimensões de alma e mesa. • A CSN padronizou as seguintes séries de perfis soldados: • Perfil série CS - Colunas Soldadas (h = b) → compressão • Perfil série VS - Vigas Soldadas (h > b) → flexão • Perfil série CVS - Colunas e Vigas Soldadas (h > b) → flexo / compressão Perfis soldados Designação de Perfis • Pode-se considerá-los como a continuação das séries I e H de perfis laminados em dimensões maiores. • Assim, a nomenclatura dos perfis soldados é praticamente a mesma: Código literal, altura (mm) e peso (massa) linear (kg/m) onde o código literal é a classificação que foi padronizada pela CSN. Perfis soldados VS - Vigas Soldadas Designação de Perfis • Existem diversos complementos possíveis e algumas nomenclaturas alternativas, por exemplo: • Perfil W – perfil I de aba larga (USIMINAS) • Perfil HP – perfil H de faces paralelas, • Perfil HPP– perfil H com faces paralelas e pesado (existem HPL e HPM, leve e médio, respectivamente). • Deve-se salientar, também, que a referência à altura do perfil e à sua massa linear é frequentemente arredondada nos nomes de perfis das tabelas, de modo que deve-se consultar os valores exatos nas próprias tabelas. Perfis soldados Tabela de Perfis • Chama-se alma de um perfil, a região hachurada da seção transversal, indicada na Figura abaixo. • Denomina-se aba ou mesa de um perfil a região sem hachura. • Geralmente, a alma é parte do perfil que serve de união entre suas abas, como ocorre no caso de perfis I, H e U. Nomenclatura h = altura do perfil. b = largura da aba, flange ou mesa. tf = espessura da aba (thickness = espessura). tw = espessura da alma. Tabela de Perfis • As características geométricas de cada perfil são indispensáveis ao projeto e dimensionamento de qualquer estrutura. • Notoriamente, aquelas calculadas em relação a eixos (x, y), passando pelo CG da seção do perfil. Características Geométricas Tabela de Perfis • Para facilitar o trabalho do engenheiro foram calculadas e tabeladas para todos os perfis fabricados no Brasil. • As Tabelas apresentam as seguintes características geométricas dos perfis simples, com o intuito de facilitar e agilizar os cálculos estruturais: • A: área da seção transversal do perfil (cm²) • Ix: momento de inércia em relação ao eixo x (cm²) • Iy; momento de inércia em relação ao eixo y (cm4) • rx: raio de giração em relação ao eixo x (cm) • ry: raio de giração em relação ao eixo y (cm) Características Geométricas Tabela de Perfis • Para facilitar o trabalho do engenheiro foram calculadas e tabeladas para todos os perfis fabricados no Brasil. • As Tabelas apresentam as seguintes características geométricas dos perfis simples, com o intuito de facilitar e agilizar os cálculos estruturais: • Wx: módulo de resistência em relação ao eixo x (cm³) • Wy: módulo de resistência em relação ao eixo y (cm³) • bf: largura da aba do perfil (mm) • tf: espessura da aba do perfil (mm) • tw: espessura da alma do perfil (mm) Características Geométricas Tabela de Perfis • Para facilitar o trabalho do engenheiro foram calculadas e tabeladas para todos os perfis fabricados no Brasil. • As Tabelas apresentam as seguintes características geométricas dos perfis simples, com o intuito de facilitar e agilizar os cálculos estruturais: • h: altura total do perfil (mm) • xg , yg : coordenadas do centro de gravidade Características Geométricas Características Geométricas de Seções Conhecidas Momento Estático ou Momento de 1.ª Ordem Msx = A * Yg ou Msy = A * Xg Momentos de Inércia ou de 2ª ordem Ix = (Ixi + Ai * Yg²) e Iy = (Iyi + Ai* Xg²) Raio de Giração Momento Resistente Elástico 𝑊𝑥𝑠 = 𝐼𝑥 𝑌𝑔𝑠 𝑊𝑥𝑖 = 𝐼𝑥 𝑌𝑔𝑖 𝑊𝑦𝑒 = 𝐼𝑦 𝑋𝑔𝑒 𝑊𝑦𝑑 = 𝐼𝑦 𝑋𝑔𝑑 𝑟𝑖 = 𝐼𝑖 𝐴 Sistemas Estruturais Treliças isostáticas Treliça é toda estrutura constituída de barras ligadas entre si nas extremidades. O ponto de encontro das barras é chamado nó da treliça. Os esforços externos são aplicados unicamente nos nós. Denomina-se treliça plana, quando todas as barras de uma treliça estão em um mesmo plano. Para se calcular uma treliça plana isostática deve-se: a) determinar as reações de apoio; b) determinar as forças nas barras. Sistemas Estruturais Sistemas articulados planos Sistemas Estruturais Treliças isostáticas Atingem vãos livres até 30 m. Acima de 30 m utilizar arcos treliçados. Genericamente h = 1/15 do vão. Sistemas Estruturais Treliças isostáticas Atingem vãos livres até 30 m. Acima de 30 m utilizar arcos treliçados. Genericamente h = 1/15 do vão. Sistemas Estruturais Treliças isostáticas A condição para que uma treliça de malhas triangulares seja isostática é: onde: n = número de nós b = número de barras n = número de reações de apoio Os esforços nas barras das treliças podem ser resolvidos por métodos gráficos e analíticos. Um dos vários processos analíticos usuais é o Método do Equilíbrio dos Nós 2*n = b + n Sistemas Estruturais Treliças isostáticas No Método do Equilíbrio dos Nós adota-se como convenção de sinais: Apoios Para o estudo do equilíbrio dos corpos rígidos não bastam conhecer somente as forças externas que agem sobre ele, mas também é necessário conhecer como este corpo rígido está apoiado. Apoios ou vínculos são elementos que restringem os movimentos das estruturas Ao apoios são classificados em: Apoio móvel • Impede movimento na direção normal (perpendicular) ao plano do apoio; • Permite movimento na direção paralela ao plano do apoio; • Permite rotação. Apoio fixo • Impede movimento na direção normal ao plano do apoio; • Impede movimento na direção paralela ao plano do apoio; • Permite rotação. Sistemas Estruturais Treliças isostáticas Ao apoios são classificados em: Engastamento • Impede movimento na direção normal (perpendicular) ao plano do apoio; • Impede movimento nadireção paralela ao plano do apoio; • Impede rotação. As estruturas são classificadas em função do número de reações de apoio ou vínculos que possuem. Cada reação constitui uma incógnita a ser determinada. Para as estruturas planas, a Estática fornece três equações fundamentais: Σ Fx = 0 Σ Fy = 0 Σ MA = 0 Sistemas Estruturais Treliças isostáticas Sistemas Estruturais Exercícios 1. Calcular os esforços em cada uma das barras da treliça abaixo: Sistemas Estruturais Exercícios 2. Calcular as forças em cada barra da treliça "mão francesa" da figura. Sistemas Estruturais Exercícios 3. Determinar os esforços nas barras da treliça da figura. Sistemas Estruturais Resolução Exercício 3 Resultados Segurança estrutural • Valor Característico (Fk): • Ações variáveis: consensual. Probabilidade de 25 a 30% de serem ultrapassada com período de retorno de 50 anos. • Ações permanentes Valores médios das distribuições de probabilidades de ocorrência. • Valor de cálculo (Fd): • Valores representativos multiplicados por coeficientes de ponderação adequados. Valores das Ações Ações nas Estruturas Ações atuantes na estrutura • Ações permanentes: são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida útil da construção. • Ações permanentes diretas: peso próprio da estrutura, equipamentos e instalações permanentes; • Ações permanentes indiretas: recalques de apoio, deformações impostas por retração e fluência do concreto. • Ações variáveis: são as que ocorrem com valores que apresentam variações significativas durante a vida útil da construção. • Uso e ocupação da edificação: sobrecargas em pisos e coberturas, de equipamentos e de divisórias móveis, etc (Anexo B da NBR 8800 e NBR 6120); • Pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas; • Variação de temperatura da estrutura (ΔTmín = 10ºC) • Vento (NBR 6123/1988) • Carga móvel rodoviária e de pedestres (NBR 7188) • Fadiga (anexo K, NBR 8800) • Ações excepcionais: tem duração extremamente curta e probabilidade muito baixa de ocorrência durante a vida da construção. Ex: explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes e sismos excepcionais. Fonte: NBR 8800/2008, item 4.7 Segurança estrutural * O coeficiente parcial γf1 leva em conta a variabilidade das ações * O coeficiente γf3 considera os possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações (problemas construtivos ou do método de cálculo) NBR 8800 – item 4.7.6 Ações de cálculo e coeficiente de ponderação Ações permanentes favoráveis Ações variáveis e excepcionais favoráveis não entram nas combinações NBR 8800 – item 4.7.6 – Tabela 1 Ações truncadas: controlada por dispositivo físico de modo que o valor dessa ação não possa superar o limite correspondente. NBR 8800 – item 4.7.6 NBR 8800 – item 4.8.1.2 NBR 8800 – item 4.8.2 - Tabela 3 Combinações de ações em Estado Limite Último (4.7.7.2) • Combinações últimas normais: 𝐹𝑑 = 𝑖=1 𝑚 𝛾𝑔𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑞1𝐹𝑄1,𝑘 + 𝑗=2 𝑛 𝛾𝑞𝑗ψ0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘 • Combinações últimas especiais ou de construção: 𝐹𝑑 = 𝑖=1 𝑚 𝛾𝑔𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝛾𝑞1𝐹𝑄1,𝑘 + 𝑗=2 𝑛 𝛾𝑞𝑗ψ0𝑗,𝑒𝑓𝐹𝑄𝑗,𝑘 • Combinações últimas excepcionais: 𝐹𝑑 = 𝑖=1 𝑚 𝛾𝑔𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑐 + 𝑗=1 𝑛 𝛾𝑞𝑗ψ0𝑗,𝑒𝑓𝐹𝑄𝑗,𝑘 FGi,k: valores característicos das ações permanentes; FQ1,k: valor característico da variável considerada como principal; FQj,k: valores característicos das demais ações variáveis; FQ,exc: valor característico da variável excepcional; ɣgi: é o coeficiente de ponderação das ações permanentes; ɣqi: é o coeficiente de ponderação das ações variáveis; ψ0j: é o fator de combinação. Combinações de ações em Estado Limite de serviço (4.7.7.3) • Combinações Quase Permanentes: 𝐹𝑑 = 𝑖=1 𝑚 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝑗=1 𝑛 ψ2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘 • Combinações Frequentes: 𝐹𝑑 = 𝑖=1 𝑚 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + ψ1𝐹𝑄1,𝑘 + 𝑗=2 𝑛 ψ2𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘 • Combinações Raras: 𝐹𝑑 = 𝑖=1 𝑚 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + 𝐹𝑄1,𝑘 + 𝑗=2 𝑛 ψ1𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘 FGi,k: valores característicos das ações permanentes; FQ1,k: valor característico da variável considerada como principal; FQj,k: valores característicos das demais ações variáveis; ψ1j, ψ2j : fatores de combinação. Ex. 1) (MENEGHETTI, 2002) Determinar o esforço de cálculo segundo as normais características abaixo: Ng1k = -15 kN (Peso próprio das estruturas metálicas; Ng2k = -50 kN (Peso próprio de componentes não metálicos; Nqk = -40 kN (sobrecarga variável de uso e ocupação); Ntk = +60kN (temperatura). Ex. 2) (MENEGHETTI, 2002) Seja o reservatório da figura abaixo. Calcular os esforços nos chumbadores do topo das fundações (total de 4 chumbadores). 1m Vento = 8kN 1 0 m PP = 40kN Reserv. 5000 L Ex. 3) (MENEGHETTI, 2002) A cobertura da figura abaixo está submetida às seguintes cargas: Peso próprio: 0,75 kN/m; Peso próprio da talha (pendurada em C): 15 kN; Capacidade da talha: 150 kN; Vento de sucção: -3 kN/m; Vento de sobrepressão: 2 kN/m Determinar as combinações máximas de cálculo • Valores máximos recomendados para as deformações ou deslocamentos das estruturas. NBR 8800 - Tabela C.1 Peças Tracionadas • Peças tracionadas são aquelas sujeitas a solicitações axiais de tração, geralmente denominadas tração simples. • As peças tracionadas podem ser empregadas em estruturas como tirantes, pendurais, contraventamentos de torres (estais), barras tracionadas de treliças, etc. Estais (cabos) da Ponte Newton Navarro em Natal, Brasil (Mário Monte). Peças Tracionadas • As peças tracionadas são dimensionadas admitindo-se distribuição uniforme das tensões de tração na seção transversal considerada. • Esta condição é obtida na maioria dos casos na prática, principalmente se a peça não apresentar mudanças bruscas na seção transversal. • Admite-se que a carga de tração axial seja aplicada no centro de gravidade (CG) da seção. Peças Tracionadas • No dimensionamento analisam-se primeiramente as condições de resistência e, em seguida, as condições de estabilidade da barra. • As seções transversais das barras tracionadas podem ser simples ou compostas como, por exemplo: a) barras redondas; b) barras chatas; c) perfis laminados (L, C, I); d) perfis compostos. • As ligações das extremidades das peças tracionadas com outras partes da estrutura são feitas por diversos meios como: soldagem, parafusos e rebites, rosca e porca para barras rosqueadas. (b)(a) (c) (d) Peças Tracionadas Nó de treliça – (conectores aplicados nos furos) Fonte: Notas de aula do Prof. Alexandre R. Pacheco Fonte: Walter Pfeil e Michèle Pfeil Livro Estruturas de aço 8ª edição Peças Tracionadas Nó de treliça – (ligação por solda) Fonte: Notas de aula do Prof. Alexandre Pacheco Critérios de Dimensionamento Distribuição de tensões Normais na seção • Nas peças tracionadas as tensões em regime elástico não são uniformes. Verifica-se, neste caso, tensões mais elevadas nas regiões próximas aos furos. Regime elástico Critérios de Dimensionamento Distribuição de tensões Normais na seção • No estado limite último as tensões atuam de maneira uniforme em toda a seção da peça fu Nu Nu Após escoamento Critérios de Dimensionamento Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) • A resistência de uma peça submetida a tração axial pode ser determinada pela ruptura da seção líquida (que provoca colapso), ou pelo escoamento generalizado da seção bruta (que provoca deformações excessivas). Peças tracionadas com furos • Os furos diminuem a área da seção transversal da peça. • Portanto, há um enfraquecimento na peça, que deve ser considerado no dimensionamento. Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Barras prismáticas submetidas a força axial de tração (item 5.2) Nt,sd ≤ Nt,Rd a) Ruptura da seção líquida (condição de resistência): 𝑁𝑡,𝑅𝑑 = 𝐴𝑒𝑓𝑢 𝛾𝑎2 b) Escoamento da seção bruta (condição de ductilidade): 𝑁𝑡,𝑅𝑑 = 𝐴𝑔𝑓𝑦 𝛾𝑎1 Onde: Nt,sd: normal de tração solicitante de cálculo; Nt,Rd:normal de tração resistente de cálculo; Ag: área bruta da seção transversal da barra; Ae: área líquida da seção transversal da barra, determinada conforme 5.2.3; fy: resistência ao escoamento do aço; fu: resistência à ruptura do aço. Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Diâmetro dos furos • Os furos enfraquecem a seção da peça. • O diâmetro total a ser considerado é igual ao diâmetro nominal do conector, acrescido de 3,5mm (1,5mm folga do furo, 2mm bordo avariado); • Este acréscimo de 2mm é devido às imperfeições causadas na chapa durante a abertura do furo, especialmente se forem abertos por punção; • Área líquida é estudada pensando-se numa possível seção de ruptura. Deve ser imaginada como a seção mais provável de ruína. Logo, os furos a serem considerados serão, somente aqueles contidos na seção de ruptura em estudo. Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Seção transversal líquida dos furos • Numa barra com furos, a área líquida (An) é obtida subtraindo-se da área bruta (Ag) as áreas dos furos contidos em uma mesma seção reta da peça. Peças Tracionadas NBR 8800, item 5.2.3 Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Seção transversal líquida dos furos • No caso de furação em zig-zag, é necessário pesquisar diversos percursos para se encontrar o menor valor de seção líquida uma vez que a peça pode romper segundo qualquer um desses percursos. g = espaçamento transversal entre duas filas de furos (gage) s = espaçamento longitudinal entre furos de filas diferentes p= espaçamento entre furos da mesma fila (pitch) Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Seção transversal líquida dos furos • Os segmentos zig-zag são computados com um comprimento reduzido, dado pela seguinte expressão empírica: • A área líquida (An) de barras com furos pode ser representada pela equação: onde: b = altura e t = espessura da barra Adotando-se o menor valor obtido nos diversos percursos pesquisados. Peças Tracionadas Peças Tracionadas Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Seção transversal líquida efetiva • Nas ligações de barras tracionadas em que a solicitação for transmitida apenas em um dos elementos da seção, utiliza-se uma seção líquida efetiva (Ae) para levar em conta que, na região da ligação, as tensões se concentram no elemento ligado e não mais se distribuem uniformemente em toda a seção. Ae = Ct x An Onde: Ae = Área líquida efetiva de uma barra; Ct = Coeficiente de redução da área líquida; An = Área líquida da barra (conforme item 5.2.4 – NBR8800: 2008); Peças Tracionadas Peças Tracionadas Peças Tracionadas Peças Tracionadas Limitação de esbeltez das peças tracionadas • O Índice de Esbeltez (l) é definido como a relação entre o comprimento livre (não contra ventado) (L) e o raio de giração mínimo (rmin ou imin) de sua seção transversal. l = L (adimensional) rmin = Imin rmin A Onde: Imin = Momento de Inércia mínimo / rmin=raio de giração Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Limitação de esbeltez das peças tracionadas • O índice de esbeltez é muito importante no dimensionamento de peças comprimidas, nas quais pode ocorrer o fenômeno da flambagem. • Nas peças tracionadas, o índice de esbeltez não tem importância fundamental, pois o esforço de tração tende a retificar a haste, reduzindo a excentricidade construtiva inicial. • Contudo, as normas fixam valores mínimos de coeficiente de esbeltez, a fim de reduzir efeitos vibratórios provocados por impactos, vento, etc. Peças Tracionadas Dimensionamento no Estado Limite Último (ELU) Limitação de esbeltez das peças tracionadas Peças Tracionadas Exercícios R: 1290.67 kN Peças Tracionadas Exercícios 2.3.4 Duas chapas 28 cm x 20 mm são emendadas por traspasse, com parafusos d = 20 mm, sendo os furos realizados por punção. Calcular o esforço resistente de projeto das chapas, admitindo-as submetidas à tração axial. Aço MR 250. Para aço MR 250: fyk= 250 MPa fuk = 400 MPa Peças Tracionadas Exercícios 2.3.6 Para a cantoneira L 178 x 102 x 12,7] (7” x 4” x l/2”) indicada na Figura, determinar: a) a área líquida, sendo os conectores de diâmetro d = 22 mm (7/8"); b) o maior comprimento admissível, para esbeltez máxima igual a 300 (imín = 2,21cm). Peças Tracionadas Exercícios 2.3.7 Para o perfil U 152 (6") x 12,2 kg/m, em aço MR 250, indicado na figura, calcular o esforço de tração resistente. Os conectores são de 12,7mm de diâmetro. Ag = 15,5cm2 Peças Tracionadas - lista de exercícios R: Nt,Rd = 1259kN Peças Tracionadas - lista de exercícios 2.4.5 Calcule o esforço resistente da cantoneira tracionada de contraventamento L 64 x 64 x 6.3 ligada à chapa de nó por parafusos ø 9,5mm (3/8”). Aço MR 250. Ag = 7,68cm2 e xg = 1,83cm. L 64 x 64 x 6.3 R: Nt,Rd = 166kN Peças Tracionadas - lista de exercícios 2.4.6 Calcule os comprimentos máximos dos seguintes elementos trabalhando como tirantes: a) barra chata 19mm x 75mm; b) L 64 x 64 x 6.3 (Ag = 7,68cm2 e iz,mín = 1,24cm) R: a) L = 165cm b) L = 372cm Peças Comprimidas • Considerando as barras retas axialmente comprimidas, verifica-se que, sob a ação de carregamentos crescentes, pode ser atingido um estado limite, a partir do qual a forma reta de equilíbrio é instável. A carga correspondente a esse estado limite é dita carga crítica (Pcr )ou carga de flambagem. Peças Comprimidas • A barra pode perder a sua estabilidade sem que o material tenha atingido seu limite de escoamento ou de ruptura. O colapso ocorrerá sempre na direção do eixo de menor momento de inércia de sua seção transversal. • Para materiais estruturais como, madeira, concreto e aço, o estado limite de flambagem é um estado limite último. • De fato, para cargas pouco superiores à carga crítica, o deslocamento horizontal máximo corresponde a uma fração apreciável do comprimento da barra, a qual se rompe por flambagem. • As barras comprimidas devem ser verificadas tanto para a possibilidade de ruptura / escoamento, como também por flambagem. Peças Comprimidas Peças Comprimidas Instabilidade global Fonte: Oliveira, De Nardin, El Debs (2009) Peças Comprimidas Fonte: Pravia e Kripka (2008) REM – Revista Escola de Minas Instabilidade local Peças Comprimidas FLAMBAGEM POR FLEXÃO • Os primeiros estudos teóricos sobre instabilidade forma obtidos pelo matemático suíço Leonhardt Euler (1707-1783), que investigou o equilíbrio de um pilar comprimido na posição deformada com deslocamentos laterais. • O resultado obtido foi para um pilar idealmente perfeita, já que este é válido para as seguintes condições: • pilar isento de imperfeições geométricas e tensões residuais; • material elástico-linear; • carga perfeitamente centrada. Carga crítica ou Carga de Euler NBR 8800 – Anexo E Peças Comprimidas FLAMBAGEM POR FLEXÃO • Comprimento efetivo de flambagem Le : é a distância entre os pontos de momento nulo da barra comprimida. Para uma barra bi apoiada o comprimento de flambagem é o próprio comprimento. Le = K.L onde K é o coeficiente de flambagem. 𝑁𝑒𝑥 = 𝜋2𝐸∙𝐼𝑥 𝐾𝑥∙𝐿𝑥 2 ou 𝑁𝑒𝑦 = 𝜋2𝐸∙𝐼𝑦 𝐾𝑦∙𝐿𝑦 2 NBR 8800 – Anexo E Peças Comprimidas FLAMBAGEM POR FLEXÃO • As normas de dimensionamento de estruturas metálicas estabelecem limites para o índice de esbeltez: • Edifícios (AISC, NBR 8800) l < 200 • Pontes (AASHTO) l < 120 Entre a tensão limite de proporcionalidade (fp) e a tensão de escoamento (fy) do material pode ocorrer a flambagem inelástica (onde não é mais válida a lei de Hooke), e a fórmula de Euler perde a sua validade. Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL • Denomina-se flambagem local a flambagem das placas componentes de um perfil comprimido. • A flambagem local pode ocorrer em perfis que são constituídos de chapas. • As chapas podem sofrer deslocamentos transversais que produzem empenamento. • Pode ocorrer flambagem local naalma ou na mesa. • A flambagem local depende da esbeltez da chapa, ou seja, a relação b/t. PFEIL, 2009 – item 5.5 Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL • A figura ao lado mostra um pilar curto (não sofre flambagem global por flexão), cujas placas componentes comprimidas apresentam deslocamentos laterais na forma de ondulações (flambagem local). • Em um pilar esbelto composto de chapas esbeltas, os processos de flambagem global por flexão do pilar e de flambagem local (das chapas) ocorrem de forma interativa. PFEIL, 2009 – item 5.5 Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – VERIFICAÇÃO (NBR 8800) Peças Comprimidas RESISTÊNCIA DE CÁLCULO - (NBR 8800) NBR 8800 – item 5.3.2 ɣa1: NBR 8800 - Tabela 3 Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – VERIFICAÇÃO (NBR 8800) Alma de perfil I Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – VERIFICAÇÃO (NBR 8800) O Parâmetro “Q” NBR 8800 – Anexo F Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – VERIFICAÇÃO (NBR 8800) A Relação (b/t)lim Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – VERIFICAÇÃO (Tabela F1 - NBR 8800) Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – VERIFICAÇÃO (Tabela F1 - NBR 8800) Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – VERIFICAÇÃO (Tabela F1 - NBR 8800) Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – Determinação de Qa e Qs fcr = tensão resistente à compressão simples com flambagem por flexão. Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – Determinação de Qa e Qs Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – Determinação de Qa e Qs Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – Determinação de Qa e Qs Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – Determinação de Qa e Qs Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – Determinação de Qa e Qs Peças Comprimidas FLAMBAGEM LOCAL – Determinação de Qa e Qs Peças Comprimidas RESISTÊNCIA DE CÁLCULO - (Item 5.3.3 - NBR 8800) Peças Comprimidas RESISTÊNCIA DE CÁLCULO - (Figura 11 - NBR 8800) Peças Comprimidas RESISTÊNCIA DE CÁLCULO - (Tabela 4 - NBR 8800) Peças Comprimidas – exercícios E = 200GPa h = 162mm Ag = 47,8cm2 t0 = 8,1mm h0 = 139mm tf = 11,6mm bf = 154mm Ix = 2244cm4 Iy = 707cm4 Peças Comprimidas - exercícios h = 152,4mm t0 = 11,13mm b = 154mm h0 = 128,8mm tf = 11,8mm Ag = 52,1cm2 Ix = 2050cm4 Iy = 664cm4 Peças Comprimidas - exercícios t0 = 25,4mm Ag = 70,97cm2 Ix = 2897cm4 Iy = 482,8cm4 Iz,min = 2,16cm Peças Comprimidas - exercícios 5.8.10) Um pilar tem seção transversal em forma de perfil H, fabricado com duas chapas 8 mm x 300 mm para as mesas e uma chapa 8 mm x 400 mm para a alma, todos em aço ASTM A-36. O comprimento efetivo de flambagem é Le= K.L = 9,8 m. Calcular a resistência de cálculo à compressão axial (Nd,Res), considerando a flambagem em torno do eixo de maior inércia (x-x). Admite-se que a peça tenha contenção lateral impedindo flambagem em torno do eixo de menor Inércia (y- y). Dado: ASTM 36 - fy= 250 MPa fu= 400 MPa E= 200 GPa. Peças Comprimidas - exercícios Um pilar tem seção transversal em forma de perfil H, fabricado com duas chapas 6 mm x 240 mm para os flanges e uma chapa 6 mm x 280 mm para a alma, todos em aço ASTM A-36. O comprimento de flambagem é K.L = 6,5 m. Calcular a resistência de cálculo para compressão axial. Dado: ASTM 36- Fy= 250 MPa Fu= 400 MPa E= 20500 kN/cm² (205 GPa). R: Nc,Rd = 466kN Peças Comprimidas - exercícios E = 200 GPa fy = 250 MPa R: Múltiplas respostas. Ex: 2 cantoneiras não soldadas de L 76 x 10,7kg/m Barras Submetidas a Momento Fletor e Cortante Introdução • Os conceitos fundamentais da flexão simples em barras prismáticas são aqui apresentados para os perfis de aço comumente utilizados para resistir à flexão: as vigas. • São consideradas as seguintes hipóteses: • cargas aplicadas ao longo de um dos planos principais de inércia de modo que não há flexão oblíqua; • a viga não é solicitada à torção; • a viga está devidamente protegida contra qualquer tipo de instabilidade; • a viga é considerada homogênea, isto é, constituída de um só tipo de material. • No projeto, no estado limite último (ELU) de vigas sujeitas à flexão simples, calculam-se para as seções críticas, o momento fletor e o esforço cortante resistentes para compará-los aos respectivos esforços solicitantes de projeto. • Além disso, devem-se verificar os deslocamentos no estado limite de serviço (ou utilização) - ELS. Barras Submetidas a Momento Fletor e Cortante Item 5.4 –Barras prismáticas submetidas a momento fletor e força cortante Estados-limites últimos de: ➢ Flambagem lateral com torção (FLT) ➢ Flambagem local da mesa comprimida (FLM) ➢ Flambagem local da alma (FLA) ➢ Flambagem local da aba ➢ Flambagem local da parede do tubo ➢ Escoamento da mesa tracionada • O momento fletor resistente de cálculo (MRd) deve ser determinado conforme os Anexos G e H (o que for aplicável). Barras Submetidas a Momento Fletor e Cortante Fonte: notas de aula do prof. Alexandre Pacheco Barras Submetidas a Momento Fletor e Cortante • Na flambagem lateral a viga perde seu equilíbrio no plano principal de flexão (em geral vertical) e passa a apresentar deslocamentos laterais e rotações de torção. • Para se evitar a flambagem lateral de vigas I, cuja rigidez à torção é muito pequena, é preciso prever contenção lateral à viga. • As vigas I são as mais indicadas para resistir à flexão, devendo, entretanto, seu emprego obedecer às limitações de flambagem. Barras Submetidas a Momento Fletor e Cortante Item 5.4.1.1 –Aplicabilidade ➢Seções I e H com dois eixos de simetria, fletidas em relação a um desses eixos; ➢Seções I e H com um eixo de simetria, situado no plano médio da alma, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular à alma; ➢Seções T fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular à alma; ➢Seções constituídas por duas cantoneiras em forma de T, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular ao eixo de simetria; ➢Seções U fletidas em relação a um dos eixos centrais de inércia; ➢Seções-caixão e tubulares retangulares com dois eixos de simetria fletidas em relação a um desses eixos; ➢Seções sólidas circulares ou retangulares fletidas em relação a um dos eixos centrais de inércia; ➢Seções tubulares circulares fletidas em relação a qualquer eixo que passe pelo centro geométrico. ➢Peças em Flexão Simples NBR 8800:2008 Barras Submetidas a Momento Fletor e Cortante Dimensionamento à flexão • Considere-se o diagrama de momento x curvatura de uma viga simplesmente apoiada sob carregamento crescente, como indicado na Figura abaixo. Barras Submetidas a Momento Fletor e Cortante Dimensionamento à flexão • Hipóteses • Admite-se que não há flambagem local ou lateral da viga; • My é o momento de início de plastificação; • Mp é o momento resistente igual ao momento de plastificação total da seção. PFEIL, 2009 – Capítulo 6 Tabela de Perfis Características Geométricas Momento Estático ou Momento de 1.ª Ordem Momento Estático de uma figura em relação a um eixo de seu plano, é uma grandeza definida como a somatória dos produtos de cada elemento de área da figura pela respectiva distância ao eixo. A utilidade do Momento Estático é determinar o Centro de Gravidade das figuras planas e, se a figura for constituída de várias outras, o Momento Estático total é a soma dos Momentos Estáticos das várias figuras. Msx = Σ A * Yg ou Msy = Σ A * Xg , onde: A = Área da Seção Transversal; Yg = distância do Centro de Gravidade da seção em relação ao eixo X; Xg = distância do Centro de Gravidade da seção em relação ao eixo Y; O módulo plástico é numericamente equivalente ao momento estático. Z = Ms Peças Fletidas Dimensionamento à flexão • A equação das tensões normais na flexão é dada por: • onde W é o módulo resistente da seção transversal. • Para seções transversais retangulares, o módulo resistente é: W=b*h² / 6. • Para as peças metálicas, a tensão limite do regime elástico, ou seja, a tensão de início de plastificação é fy . • Assim, o momento de iníciode plastificação My é definido por: Peças Fletidas Dimensionamento à flexão • O momento de plastificação total Mp é o esforço total resultante do diagrama de tensões e é definido por: • onde Z é o módulo plástico da seção. Coeficiente de forma • A relação entre momentos de plastificação total e momento de início de plastificação denomina-se coeficiente de forma da seção. Coeficiente de forma: NBR8800 – Item G.3 Peças Fletidas Coeficiente de forma: Peças Fletidas Flambagem Local • A resistência de vigas metálicas à flexão pode ser reduzida por efeito de flambagem local das chapas que constituem o perfil. Classificação das seções quanto à ocorrência de flambagem local. • A seguir são apresentados os comportamentos das vigas sujeitas a carregamento crescente, mostrando a influência da flambagem local sobre o momento resistente das vigas e sobre as suas deformações. Item 5.1.2.1 - Classificação das seções transversais das vigas quanto à ocorrência de flambagem local (AISC e NBR 8800:2008): Flambagem Global e Classificação das seções PFEIL, 2009 – Capítulo 6 Momento Fletor Resistente de Cálculo para FLT, FLA e FLM: Flambagem Global e Classificação das seções Lembrando que NBR 8800 – Item 5.4.2.3 Fator de modificação para DMF não uniforme - Cb Anexo G – NBR 8800:2008 Anexo G – NBR 8800:2008 Anexo G – NBR 8800:2008 Anexo G – Tabela G.1 – Nota 1 𝛽1 = 𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 𝑊 𝐸 ∙ 𝐽 Anexo G – Tabela G.1 – Nota 6 Anexo H – NBR 8800:2008 Seção com furos (item 5.4.2.5) Pode-se desprezar os furos quando: fu . Afn > Yt . fy . Afg Afn: Área liquida da mesa tracionada Afg: Área bruta da mesa tracionada Yt = 1 (fy/fu < 0,8) Yt = 1,1 (fy/fu > 0,8) Caso os furos não possam ser desprezados: MRd < fu . Afn . Wt / (Ya1 . Afg) Wt: módulo elástico em relação à fibra tracionada Força Cortante – NBR 8800:2008 – item 5.4.3.1.2 Força Cortante – NBR 8800:2008 Força Cortante – NBR 8800:2008 • Valores máximos recomendados para as deformações ou deslocamentos das estruturas. NBR 8800 - Tabela C.1 Exercício W530x85 – Tabela A6.8 t0 = 10,3mm h0 = 502mm tf = 16,5mm bf = 166mm Ag = 107,7cm2 Zx = 2100cm3 VS 500x86 – Tabela A8.3 t0 = 6,3mm h0 = 468mm tf = 16mm bf = 250mm Ag = 109,5cm2 Zx = 2281cm3 Exercício I 254x37,7 - Tabela A6.2 t0 = 7,87mm h0 = 229mm tf = 12,5mm bf = 118,4mm Wx = 405cm3 Exercício Exercício Dimensionar uma viga biapoiada com carregamento uniforme, para os carregamentos dados, considerando aço ASTM A36, E = 205GPa, Lb = 6,2m e que a laje não trava a viga lateralmente. VS 350 x 43 Exercício - revisão 8.6.1) (PINHEIRO, 2005) Dimensionar uma viga em perfil I para um vão de 3m. Adotar perfil I 152,4 x 18,5 kg/m. Dados: Msd = 19kNm; Vsd = 25kN; fy = 250MPa; Ag = 23,6cm2 Ix = 907,3cm4 Wx = 119,6cm3 Iy = 74,92cm4 ry = 1,83cm J = 3,73cm4 Cw = 3908,7cm6 Zx = 124cm3 Considerar Cb = 1 R: MRd = 20,4kNm; VRd = 121,4kN Fluxogramas (1) Ca: coeficiente, igual a 0,38 para mesas ou almas de seções tubulares retangulares e 0,34 para todos os outros elementos; (2) σ: tensão que pode atuar no elemento analisado, tomada igual a σ = χ fy, com χ obtido conforme 5.3.3, adotando Q igual a 1,0. Opcionalmente, de forma conservadora, pode-se tomar σ = fy. Fluxogramas (3) Segundo a Nota 5 da Tabela G.1 do Anexo G, o valor de σr, tensão residual de compressão nas mesas, deve ser tomada igual a 30% da resistência ao escoamento do aço utilizado. Fluxogramas Fluxogramas (4) Vpl: força cortante correspondente à plastificação da(s) alma(s) por cisalhamento, dada por Vpl = 0,60 Aw . fy, onde Aw = d . tw; (5) a: distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores transversais adjacentes; h: altura livre da alma entre mesas; tw: espessura da(s) alma(s). Estrutura Metálica • As Normas que tratam de estruturas metálicas são as seguintes: • NBR 8800 - Projeto e execução de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto de edifícios, 2008. • ASTM - American Society for Testing and Materials: especificações para fabricação do aço, acabamento dos perfis, etc. • AISC - American Institute of Steel Construction: especificações para projetos de prédios industriais ou residenciais em estruturas metálicas. • AASHO - American Association of State Highway Offcials: especificações para projeto de pontes rodoviárias metálicas., 1989. Normas Técnicas Estrutura Metálica • Além das normas de aço, outras normas devem ser consultadas para a elaboração de projetos em estruturas metálicas: • NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações, 1988. • NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, 1980. • NBR 9763 - Aços para perfis laminados, chapas grossas e barras, usados em estruturas fixas, 1987 • NBR 7188 - Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre, 2013. • NBR 7189 - Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias, 1989. Normas Técnicas
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