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HISTÓRICO DO VOLEIBOL
Segundo Borsari, (2001), o voleibol é um jogo praticado em uma quadra dividida em duas partes por uma rede, e é jogado por duas equipes de seis jogadores cada. O objetivo é fazer passar a bola sobre a rede de modo a que este toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo em que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo, e assim segue o jogo até alguma equipe alcançar 15 pontos.
O vôlei foi criado em 1895, pelo americano William G. Morgan, seu nome inicial foi Mintonette, um ano depois passou a se chamar volleyball, foi inspirado no tênis, observando-se o formato da quadra e a utilização da rede suspensa que separa as equipes e evita, assim, o contato pessoal. Morgan estabeleceu que a bola devesse ser mantida no ar, por meio de toques, procurando-se enviá-la ao campo adversário sobre uma rede de 2,43 metros de altura em jogos masculinos e 2,24 metros femininos (BORSARI, 2001).
O número de jogadores não era limitado, mas deveriam ser iguais em cada lado do campo, os jogadores fariam um rodízio, para que todos passassem pela zona de saque, onde deveriam sacar a bola, pisando sobre a linha de fundo cada vez que a outra equipe cometesse falta (BORSARI, 2001).
A bola de voleibol, inicialmente era muito dura, após muitos testes foi feita uma bola que permanece até os dias de hoje. Dos ginásios da Associação Cristã de Moços (ACMs), seu grande divulgador o voleibol passou aos locais abertos, construíram-se então quadras nas praias, estações de veraneio e playgrounds, aumentando sua popularidade e número de participantes. Em 1917 os games (sets) passaram a ser de 15 pontos. No ano seguinte, fixou-se a equipe com seis jogadores, e, no ano de 1922, foram regulamentados os três toques por equipes (BORSARI, 2001).
Ainda segundo Borsari, 2001, no ano de 1944, foi realizado o 1º Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeã, na categoria masculina, a equipe de São Paulo, e, na feminina, a de Minas Gerais. Com grande expansão que teve, os países se viram obrigados a criar suas federações nacionais. O 1º Campeonato Mundial foi realizado em Praga, no ano de 1949, somente disputado na categoria masculina, sagrou-se campeã a União Soviética. O primeiro campeonato, na categoria feminina, foi realizado em Moscou no ano de 1951. No ano de 1957, foi aceito como desporto olímpico facultativo e em 1964, introduzido na XVIII Olimpíada, efetuada em Tóquio. No ano seguinte foi aceito definitivamente como desporto olímpico.
Em função dos vários locais onde o voleibol passou a ser praticado, sofreu adaptações, criou características próprias, que desenvolveram estímulos diferenciados de lazer, treinamento e competitividade, ganhando grandes destaques e adeptos. Destacamos o vôlei de praia em duplas, o futevôlei em duplas ou quartetos e o vôlei em quartetos de quadra ou praias (BORSARI, 2001).
VOLEIBOL NO BRASIL
Segundo Borsari (2001), o voleibol foi introduzido em nosso país em 1915, pelo Colégio Marista de Pernambuco. No entanto, para fins de padronização com a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), que de acordo os seus registros considera o ano de 1916, por intermédio da ACM, em São Paulo, como o ano de introdução do Voleibol no Brasil, tomaremos como o ano em que o Voleibol foi pela primeira vez praticada no país. Desde 1916 até o Voleibol campeão olímpico e mundial de hoje, podemos registrar diversos fatos importantes para o nosso voleibol.
DESENVOLVIMENTO DO JOGO
Segundo Borsari (2010) atualmente, o voleibol é disputado entre duas equipes de doze jogadores cada, sendo que seis como titulares em quadra posicionados separadamente pela rede e dentro da sua rede e dentro da sua metade. Dos seis jogadores de cada lado, um deles atua, como capitão e, eventualmente, entre os outros cinco, um poderá atuar defensivamente como líbero atuante. Fora, um participante da equipe na função de técnico e outro como auxiliar- técnico, dos outros seis como reservas, poderá contar entre eles com mais um como o libero, o reserva. A equipe, em quadra, posiciona-se em duas linhas de três jogadores cada. A linha da frente, próxima a rede, é a dos atacantes que se posicionarão na posição de ataque. Esta é delimitada pela linha de ataque, distante 3 metros e paralela a linha central. Somente aos atacantes é permitido bloquear ou atacar a bola acima da linha da rede desta zona. Atrás, se posiciona a linha de defensores, colocados na zona de defesa, que é a parte maior da quadra que vai da linha de fundo, distante dessa, a 6 metros.
Os jogadores são denominados pelas posições com número de ordem de entrada para a execução do saque, em função do rodízio que fazem no sentido horário, obrigando-se a passarem todas as posições. A posição nº 1 é a da defesa direita (sacador), a nº 2, a do atacante direito (o seguinte a ir para o saque), a nº 3 é a de atacante centro, a nº 4 é a de atacante esquerdo, a nº 5 é o da defesa esquerda, e a nº 6 é a defesa esquerda. A quadra é retangular, plana, horizontal, medindo 18 metros de comprimento por 9 metros de largura (BORSARI, 2010). 
Cada equipe deve estar posicionada corretamente em sua quadra e separadas por uma linha no solo ao meio e por uma rede divisória em toda extensão suspensa variando a altura, conforme a categoria dos praticantes: no masculino, 2,43 metros e no feminino, 2,24 metros. Para as equipes das categorias menores (mini, mirins, infantis e escolares), a altura da rede deve ser em função da idade, estatura e capacidade de impulsão. Dessa forma, podem aprender a executar todos os fundamentos e mesmo a prática do jogo, de forma natural e prazerosa evitando adquirir defeitos incorrigíveis por excesso de esforço e até a perda da motivação pela falta de sucesso. São consideradas como adequadas, para os praticantes até os 12 anos, as alturas de 2,10m para o masculino e 2,00m para o feminino; depois, até os 14 anos no masculino 2,24m e no feminino 2,10m; daí aos 16 anos, no masculino 2,40m e no feminino 2,20m e a partir dos 18 anos como adultos (BORSARI, 2010).
Para o autor citado acima, o jogo se inicia quando o jogador da posição nº 1, na zona de saque, da equipe de posse de bola executa o saque golpeando-a com uma das mãos, com o objetivo de ultrapassar sobre a rede em direção à quadra adversária em disputa do ponto. O ponto será concretizado, ao cair no solo dentro da quadra adversária ou tocar o jogador e esse não conseguir devolve lá corretamente, hoje denominado rally.
Ainda segundo Borsari, 2010, a bola poderá ser tocada nitidamente por qualquer parte do corpo em lance de recepção, defesa, recuperação de bola, bloqueio e ou ataque, mas, tecnicamente, tem o melhor aproveitamento nos toques que compõe os fundamentos do voleibol a serem treinados individualmente ou em conjunto e aperfeiçoados na busca do gesto esportivo eficaz.
Cada equipe poderá dar até três toques, em execução alternada, para devolver a bola à quadra adversária. Porém, uma exceção ocorre no caso do bloqueio acima e junto da rede, quando é permitido dar outros três toques para devolver à quadra adversária. A equipe faz um ponto, quando consegue, sem cometer falta, fazer com que a bola toque dentro da quadra adversária ou então, quando esse adversário não consegue devolve lá ou comete falta (técnica, erro, números de saques). Estando de posse do saque, faz um ponto e continua sacando, se é receptor (não esta de posse do saque), faz o rodízio e o jogador que foi para a posição nº 1, de sacador, executa o saque. O Voleibol é disputado em sets de 25 pontos cada um (rally), e finaliza quando uma das equipes obtém uma vantagem de dois pontos (ex 25x23). No caso do empate (24x24), a equipe que primeiro marcar 2 pontos de diferença será a vencedora do set. No set decisivo (5º set), disputado em 15 pontos, no tiebreak, em caso de empate em 14x14, o jogo prossegue até uma das equipes consolidarem a diferença de 2 pontos, em limite de pontos. O voleibol pode ser disputado em melhor de três sets ou de cinco sets, oficialmente é disputado em melhor de cinco sets (BORSARI, 2010).
Figura 1: A quadrado jogo.
Figura 2: Rodízios (rotação) na quadra de jogo.
	REGRAS DO VOLEBOL
	Segundo Confederação Brasileira de voleibol (CBV) e Borsari (2010)-
Quadra: A quadra de jogo é um retângulo medindo 18 metros de comprimento por 9 metros de largura, é dividido por uma linha central em dois quadrados com lados de 9 metros da quadra de cada time e é dividida em zona de ataque 3 metros e zona de defesa 6 metros. 
Altura da rede: A rede é colocada verticalmente sobre a linha central. Sua parte superior é ajustada a 2,43 metros do solo para os homens e 2,24 metros para as mulheres.
Linhas delimitadoras: Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.
Posição dos jogadores: No momento do saque, a equipe deve estar colocada em duas linhas de três jogadores, os jogadores colocam-se segundo suas respectivas posições numeradas de 1 ao 6. O jogador número 1 é o que saca. Cada jogador de fundo deve estar mais afastado da rede que seu correspondente. Até a batida o jogador tem de respeitar suas posições na quadra depois podem se movimentar na quadra. As posições dos jogadores em quadra são numeradas da seguinte forma: Três jogadores ao longo da extensão da rede formam a linha de frente e ocupam as posições 4 (frente-esquerda), 3 (frente central) e 2 (frente-direita);Os três restantes formam a linha de trás, ocupando as posições 5 (traseira esquerda), 6(traseira central) e 1 (traseira direita).
Ataque: Quando o adversário vai atacaros jogadores que estão na rede 2,3,4, podem saltar estender os braços impedindo que a bola passe. Os outros jogadores 1,5,6 só poderão acertar a bola acima da altura da rede em direção a quadra adversária se estiverem no fundo de sua quadra.
Bloco- falta: Um jogador de trás ou o libero bloqueia ou participa do bloqueio efetivo; - Bloquear o saque do adversário;-Bloquear a bola dentro do espaço adversário por fora das antenas.
Duração e tempo: O tempo de duração ilimitada, disputada na melhor de 5 sets.
Tempos de jogo: Do 1º ao 4º set, dois “Tempos Técnicos” adicionais, com duração de 60 segundos, são concedidos automaticamente quando a equipe na liderança alcança o 8º e o 16º pontos. Todos os tempos que forem solicitados duram 30 segundos. No set decisivo (5º set), não há “Tempos Técnicos”; somente dois tempos de 30 segundos de duração podem ser solicitados por cada equipe.
Pontuação: O jogo é ganho quando uma equipe ganha 3 sets, e o set é ganho quando uma das equipes chega a 25 pontos com diferença de 2 pontos. A equipe que fez o ponto tem o direito do saque. Se houver empate de 2 sets para cada equipe o 5º set é de 15 pontos.
Marca-se ponto: Se a bola cair na quadra adversária. Se a equipe adversária cometer alguma falta. E se a equipe adversária recebe penalização.
Número de jogadores: Cada equipe é composta por 12 jogadores, sendo 6 efetivos e 6 suplentes.
Toques: São três toques cada equipe, bloqueio, o jogador pode tocar com todas as partes do corpo e a bola deve ser batida não arremessada e nem lançada.
Toque: Bloqueio – o jogador pode tocar novamente após o toque de bloqueio, também a equipe depois do toque de bloqueio tem direito a mais três toques. Quando dois jogadores da mesma equipe tocam a bola é considerado 2 toques,menos no bloqueio.
Substituição: Uma equipe não pode fazer consecutivas interrupções para substituir, a não ser que o jogo tenha sido reiniciado. Seis substituições é o máximo permitido por equipe por sets. Mais do que um jogador pode ser substituído ao mesmo tempo desde que o técnico tenha sinalizado na hora da solicitação.
Bola na rede: Quando a bola bater na rede pode continuar a jogada desde que no limite dos três toques,
Bola fora: Tocar um objeto fora da quadra, tocar as antenas, a parte da bola que toca o solo esta totalmente fora das linhas de delimitação.
Jogador da rede: Pode tocar a bola do outro lado da rede desde que não interfira do jogo do adversário O jogador pode tocar (pés, mãos) o campo adversário desde que parte deles esteja em contato com a linha central.
Serviço: O primeiro arbitro autoriza o sacador e ele tem 8 segundos para efetuar o saque, se o fizer antes do apito o saque é anulado.A bola deve ser batida com a mão ou o braço sempre lançada ou largada no ar. No momento do saque o sacador não pode tocar dentro do terreno de jogo.
Bola: A bola é composta de couro ou couro sintético, sua circunferência é de 65 cm a 67 cm de diâmetro, seu peso é de 260g a 280g e sua pressão interna é de 4,26 a 4,61.
Libero: O seu equipamento de jogo deverá ser no mínimo contrastante na cor com o dos outros membros da equipe. O seu equipamento pode ter ainda desenho diferente, mas deve ser numerado como o dos restantes membros da equipe. Como jogador de defesa não lhe é permitido completar qualquer ataque efetuado, seja de onde for (terreno de jogo ou zona livre) se, no momento do contato, a bola estiver completamente acima do bordo superior da rede. Ele não pode efetuar serviço, bloquear ou tentar bloquear. O líbero não pode completar uma ação de remate quando a bola está acima do bordo superior da rede. A bola pode ser livremente rematada se o líbero executar a ação de passe, atrás da sua zona de ataque. Se essa ação anterior acontecer dentro da zona de ataque os jogadores não poderá executar um ataque, tendo que passar a bola pró-adversário de outra forma. As trocas efetuada com o líbero não constam como substituições regulamentares. São ilimitadas, devendo, no entanto, haver uma jogada entre duas trocas e essa troca só pode ocorrer pelo mesmo jogador que trocou anteriormente. A troca deve ser feita quando a bola está morta e antes do apito para o serviço e no início de cada set. O líbero só pode entrar em campo após o 2º árbitro ter verificado a ficha de formação.
CATEGORIA MIRIM
Segundo Borsari (2010), na década de 1970, se consolidava a divulgação da prática do vôlei em clubes e as primeiras disputas oficiais organizada pela Federação Portuguesa de Voleibol (FPV), para participantes até 12 anos, com a nova categoria, a Mirim. E o mesmo deve ter ocorrido nos outros estados com os seus programas especiais. Nesta fase, a criatividade era estimulada pela necessidade dos professores de improvisar materiais, locais e referencias que motivassem a aprendizagem pela naturalidade nos gestos esportivos e nos toques com técnica correta sem força, evitando distorções e possíveis imperfeições na execução. Embora o uso da quadra e da bola nesse início fosse oficial, a rede no masculino era na altura de 2,10 metros e no feminino 2,00 metros, e os com equipamentos e locais de treinamento tinham de ser improvisados na adequação ao estimulo da execução dos fundamentos com perfeição. E para isso, havia a necessidade do maior número possível de contatos com a bola e da prática das movimentações básicas do jogo. Daí o uso improvisado de bolas até de borracha e de outras para estimular o aprendizado do seu manejo nos diferentes tipos de toques de voleio e a mesma motivação.
Normas Regionais para jogos da categoria Mirim.
Segundo Borsari, 2010, não é permitida a execução do saque por cima do salto (tipo viagem). Não é permitida a infiltração de jogador de defesa, no momento da recepção do saque. As trocas e infiltrações entre jogadores no transcorrer dos rallys, com exceção feita na situação descrita na oração anterior, obedecem às disposições da regra oficial vigente, portanto fica facultativo o emprego dos sistemas de formação que usam do serviço a um levantador na posição junto à rede, podendo ser até o sistema 4x2.
Fica limitado o espaço de 8 metros além da linha de fundo para a execução do saque, e o jogador ao executar o saque não é permitido pisar sobre a linha limítrofe, e todo seu movimento para o saque deve ser feito dentro desse espaço. Fica sob a responsabilidade do clube sediante, a marcação da linha limítrofe de saque (fita de cinco cm de largura), paralela à linha de fundo, antes do jogo da categoria,caso necessário (BORSARI, 2010).
 Os jogos serão disputados em três sets vencedores de 25 pontos pelo sistema pontos por rally, de acordo com a regra oficial em vigor, não sendo permitida a utilização de líbero (BORSARI, 2010).
ANATOFISIOLOGIA II/PRIMEIROS SOCORROS
Para Puga, encontrado no trabalho de Costa, 2006, o voleibol, ao longo do tempo, foi passando por diversas mudanças, tanto na parte tática, técnica e administrativa, como nas suas regras. No entanto, na mesma proporção do progresso do voleibol, houve o crescimento do número de lesões, em virtude das inúmeras exigências ao atleta. No voleibol, 50% das lesões são de caráter crônico ou de overuse devido à repetição das habilidades técnicas específicas. Durante os períodos competitivos, há a necessidade de se dar atenção aos fatores psicológicos, devido a um período de maior de exigência técnica e física. Devido a estas competições frequentes, os atletas podem desenvolver um cansaço físico e mental, o que pode gerar estresse, queda de motivação, concentração entre outros. A influência destes fatores no dia-a-dia do atleta pode prejudicar o seu rendimento, além de deixar o mesmo vulnerável às lesões.
Atualmente, a prática do voleibol, envolve gestos variados e complexos, gestos esses realizados para aprendizagem ou aperfeiçoamento, sendo então repetidas inúmeras vezes, até a exaustão, expondo assim o atleta a uma sobrecarga de treinamento e possíveis lesões atribuídas aos movimentos realizados pelos braços, aos saltos e aos “mergulhos” durante os treinos e os jogos (CBV, 2000). 
Lesões no ombro
Segundo Chiappa (2001), encontrado no trabalho de Junior, 2004, as lesões mais frequentes dos membros superiores acontecem no ombro dos jogadores de voleibol. A maneira eficaz de prevenirmos as contusões nos músculos rotadores consiste de sessões de força e de flexibilidade. É possível entender a razão dessa alta ocorrência de problemas no ombro de atletas do vôlei, pois todos os movimentos – saque, bloqueio, ataque, defesa – sobrecarregam o ombro, afetando e ultrapassando, algumas vezes seu limite fisiológico. O resultado dessa sobrecarga de uso é o desenvolvimento de lesões que acometem geralmente músculos e tendões. Em geral, estão relacionadas a traumas que ocorrem como consequência do gesto esportivo, algumas vezes mal executado, e que agride e compromete os tendões.
Lesões nas mãos
Junior, 2004, cita em seu trabalho que, segundo Briner Junior & Kacmar, 1997, as contusões nas mãos representam pequena porcentagem nos jogadores de voleibol. Os jogadores recreacionais machucam mais as mãos no bloqueio e no levantamento por causa da hiperextensão dos dedos, geralmente a mão esquerda é a mais lesionada em todos os fundamentos.
Segundo Bhairo et al. (1992), encontrado no trabalho citado acima, os jogadores recreacionais e competitivos contundem-se as mãos nos respectivos fundamentos: 37% no levantamento, 36% nas bolas batidas no bloqueio, 18% na defesa de peixinho e 8% na cortada. Enquanto que os jogadores de dupla machucam os dedos cerca de 4% e os da quadra, em torno de 18%. Ainda encontrado no trabalho de Junior, 2004, os tipos de lesão nas mãos são constituídos por deslocamentos e luxações (39%), fraturas (25%), machucados (16%), deslocamentos (12%) e outros. Sendo que 44% das lesões envolvem os dedos. As principais regiões anatômicas lesionadas são: metacarpofalângica (38%), a articulação interfalângica proximal (17%), a articulação radiocárpica (8%) e outras. Relataram que os tipos de lesões mais comuns nas mãos são constituídos por deslocamentos e luxações (a prevenção da lesão nas mãos infelizmente não existe).
Lesões no joelho
Segundo Briner & Kacmar (1997), apontado no trabalho de Junior, 2004, os saltos são os maiores causadores nas lesões do joelho nos voleibolistas. A fase de impulsão é a que mais exige esforço da musculatura dos atletas de voleibol. Junior ainda afirma em seu trabalho que, para Nylandet al (1994), os atletas se contundem na passagem da corrida horizontal para a elevação vertical, acrescenta ainda que as lesões no joelhos estão associadas com a fadiga e com o impacto no momento da impulsão. A fadiga dificulta o amortecimento do impacto, gerando maior sobrecarga nos membros inferiores. Isto acontece porque os saltos proporcionam um elevado estresse nos membros inferiores na fase de impulsão e na etapa de queda. (HOLTHE et al, 1998 apud JUNIOR, 2004).
A maioria das lesões do voleibol na quadra acontece nos membros inferiores, principalmente na cortada e no bloqueio (JUNIOR, 2004).
A prevenção das lesões no joelho consiste na redução do número de saltos nas sessões dos voleibolistas, em terrenos suaves devem ser praticados os treinamentos e os jogadores que flexionam o joelho a 45 a 60º e cometem um estalo, indica-se um tratamento adequado por causa da instabilidade fêmur-patelar, não sendo recomendados saltos para esse atleta (JUNIOR, 2004). 
Lesões no tornozelo
Junior afirma em seu trabalho que as lesões no tornozelo ocorrem em 15 a 60% nos voleibolistas, principalmente quando tocam no solo após um salto. As contusões mais comuns após o bloqueio acontecem por supinação e no ataque por inversão. Segundo CHIAPPA (2001), ainda citado por Junior, 2004, as lesões mais comuns no tornozelo acontecem por entorse (entorse: distensão articular que ocasiona lesão no tornozelo). Podendo ser por um simples estiramento - espessamento do tendão até uma ruptura do ligamento.
Para Thacker et al., 1999, encontrado no trabalho do autor supracitado, prevenirmos as lesões no tornozelo de qualquer modalidade, recomenda-se o uso de um suporte (tornozeleira) no tornozelo para dar mais estabilidade nesta região anatômica quando usamos o tênis. O tênis deve ser de solado baixo para a tornozeleira ter mais eficácia. Tênis de solado alto possibilita maiores chances de lesão no tornozelo. Junior ainda cita em seu trabalho que para THACKER et al. (1999), sessões de agilidade e flexibilidade reduzem as lesões no tornozelo. A AMERICAN VOLLEYBAL COACHES ASSOCIATION (AVCA, 1997), citado por Junior, 2004, indica exercícios específicos para o fortalecimento do tornozelo com o intuito de amenizar a possibilidade de lesão, mas não nos fornece exemplos de atividades.
Junior ainda diz que Chiappa, (2001), recomenda sessões de dorsiflexão e flexão plantar para a fortificação do tornozelo, com o objetivo de diminuir as contusões ou recuperar o atleta da lesão.
Lesão na coluna
Citados no trabalho de Junior, 2004, BRINER & BENJAMIN, 1999, afirmam que nos atletas de voleibol acontecem 14% das lesões na coluna vertebral. As contusões na coluna vertebral podem ser crônicas ou ocasionam o fim da carreira do jogador. A lesão mais comum é a hérnia de disco. Embora observassem poucos estudos sobre as lesões na coluna vertebral.
A prevenção das dores nas costas é através do aumento da força dos músculos posteriores do tronco. A AVCA, (1997), encontrado no trabalho acima citado, indica todos os exercícios de musculação que movimente os ombros porque consequentemente acontece ação da cintura escapular, fortalecendo a musculatura das costas e possibilitando que o jogador de voleibol tenha menos chance de ter problemas na coluna.
RECREAÇÃO E LAZER
Para Bojikian (1999), encontrado no trabalho de Paim, (2003), entendimento dos motivos pelos quais os adolescentes se envolvem com a prática dos esportes, em nosso caso o voleibol, tem sido fonte de várias pesquisas para profissionais e pesquisadores da área. Nas ultimas décadas, o esporte que mais se popularizou foi o voleibol. Hoje o voleibol é o segundo esporte mais praticado no Brasil. As recentes conquistas das seleções brasileiras e o patrocínio de grandes empresas fizeram com que sua popularidade crescesse de maneira considerável na última década. Sua prática ocorre tanto na forma recreativa e de lazer, quanto profissional. 
Essa popularização trouxe ao conhecimento do público, através da mídia esportiva, algumas especificidades do voleibol que apaixonam a quem gosta de esporte: Nele a atuação coletiva se sobrepõe àindividual. Por não poder ser retida, a bola deve ser passada rapidamente para os companheiros, da melhor forma possível. Um bom passe facilita um bom levantamento, que por sua vez, se for de boa qualidade, favorecerá a uma boa cortada e assim sucessivamente. A ação de um praticante depende daquela feita pelo companheiro que o antecedeu, o que obriga sempre a um torcer pelo êxito do outro. Cada componente de uma equipe é dependente dos demais e isso traz um processo de socialização natural e obrigatório (PAIM, 2003). No trabalho de Paim, (2003), ainda encontramos que, segundo MACHADO (1997), existem muitos motivos, responsáveis pelo bom desenvolvimento e desempenho na aquisição e manutenção de habilidades. Geralmente as atividades que requerem maior participação, com mais movimentos, concentram maior número de motivos dos envolvidos, fazendo com que tenham maior interesse e desafios, o que por si só já é estimulante e motivador.
Essas características singulares do voleibol, citadas por BOJIKIAN, (1999), e encontradas no trabalho de Paim, (2003), são alguns dos fatores que podem motivar as crianças e adolescentes para a prática do voleibol. Entre eles pode-se acrescentar a família, o professor de educação física e o próprio treinador. Para LAWTHER (1973), também citado por Paim, (2003), faz parte das características dos adolescentes experimentar novos desafios para pôr em evidência suas potencialidades. Para isso, encontra-se nos clubes de iniciação desportiva ou escolinhas, através das competições, e treinamentos direcionados, que favoreça o progresso pessoal do atleta, o ambiente ideal para o desenvolvimento dessas características. 
Paim, (2003), ainda cita que, GALLAHUE & OZMUN (2001), dizem que uma das forças mais poderosas do final da infância e durante a adolescência é a necessidade de pertencer a um grupo. A necessidade dos adolescentes identificarem-se como membro de um time ou de clube, frequentemente, desperta o interesse na atividade física. A popularidade de certas atividades em grupo, no esporte juvenil, é, em grande parte, atribuível à necessidade de afiliação. 
Segundo GAYA & CARDOSO, (1998), encontrado no trabalho acima citado, as motivações que definem as atividades desportivas, parecem ser: melhorar as habilidades, passar bem, vencer, vivenciar emoções, desenvolver o físico e o bem estar. Assim, o tipo de motivação, pode definir a orientação de jogar. Portanto, o que interessa não é a vitória contra um adversário, mas sim o progresso pessoal. Paim, (2003), ainda diz que para SCALCAN e outros (1999), o principal fator pela procura da prática esportiva continua sendo à busca da ludicidade, divertimento e aprimoramento de suas habilidades motoras. A competição deve ser estimulada apenas para aqueles que demonstrem esse tipo de interesse dentro do esporte organizado. 
A autora supracitada afirma que para PIKUNAS, (1973) e LAWTHER (1973), o adolescente anseia por fazer parte de novos grupos, por planejar, fazer viagens e interessar-se por novas atividades. Eles gostam dos riscos e das emoções das competições, buscando no esporte fugir ao tédio, às ansiedades ou simplesmente à rotina dos trabalhos e deveres cotidianos.
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA
Segundo Turvey apud Magill, (2005), encontrado no trabalho de Nunes, Kemper e Lemos, (2011), para realizar com sucesso a grande variedade de habilidades motoras que se utiliza na vida diária, é preciso coordenar o funcionamento conjunto de vários músculos e articulações. A coordenação é a padronização dos movimentos do corpo e dos membros relativamente à padronização dos eventos e objetos do ambiente.
Ainda segundo o trabalho dos autores acima citados, Rega, Soares e Bojikian, (2008), citam que as capacidades coordenativas são de grande importância na prática de qualquer modalidade esportiva, elas estão agregadas à função de harmonização dos processos parciais do movimento, que tendo em vista o objetivo da ação, permitem que este seja alcançado com o menor gasto energético possível. Assim, esses autores complementam dizendo que as capacidades coordenativas são de suma importância para a execução dos fundamentos do voleibol, pois este esporte tem como características a não retenção da bola, o que o converte em uma prática de grande complexidade perceptiva, o que solicita dos seus praticantes uma percepção contínua em cada ação deste esporte.
Nesta relação à vivência de atividades que possibilitem aprimorar as capacidades coordenativas no período ideal (dos sete anos até a puberdade) é significativa para a criança na aprendizagem dos movimentos específicos do voleibol. Nesta perspectiva, Bojikian (2002) menciona que a capacidade de antecipação e reação, aspectos perceptivos, noções espaço-temporal como elementos essenciais para solucionar as tarefas-problema apresentadas na prática do jogo de voleibol. E esta capacidade de resolver situações-problema em um jogo é muito dependente das capacidades coordenativas (NUNES, KEMPER E LEMOS, 2011).
Conforme os autores supracitados, para FAUSTINO et al., (2004), as atividades físicas desenvolvidas no ambiente da educação física escolar devem promover amplas possibilidades de aquisição e aperfeiçoamento das habilidades desportivo motoras, as quais serão utilizadas durante toda a vida. O profissional de Educação Física que trabalha com a faixa etária de 6 a 10 anos deve ter como objetivos propiciar a maior quantidade possível de vivências motoras, aumentando assim, o repertório motor dessas crianças que estão em ampla formação.

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