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EXCELENTÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE NITEROI-RJ. Joao Roque, adolescente, aqui representado por sua genitora, Adélia Roque, com nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG, CPF nº, residente e domiciliado na Rua, bairro, cidade, Estado, CEP, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por intermédio de deu advogado abaixo assinado (procuração anexa) com endereço na Rua, bairro, cidade, Estado, CEP onde recebe intimações, com fulcro no artigo 282 do Código de Processo Civil – CPC e artigo 1.699 do Código Civil , requerer a presente AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS em face de Wilson, nacionalidade, estado civil, profissão servidor público municipal, portador do RG, CPF nº, residente e domiciliado na Rua, bairro, cidade, Estado, CEP, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 1.DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA O autor requer, inicialmente, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da Lei, conforme declaração de hipossuficiência em anexo. Não dispondo de numerário suficiente para arcar com taxas, emolumentos, depósitos judiciais, custas, honorário ou quaisquer outras cobranças dessa natureza sem prejuízo de sua própria subsistência e/ou de sua família, a suplicante requer a assistência da Defensoria Pública com fulcro na Lei nº 1.060/50, acrescida das alterações estabelecidas pela Lei nº 7.115/83, tudo consoante com o art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal. 2.DOS FATOS Curso Direito Disciplina Prática Jurídica IV Professor Leonardo Santana Aluno(a) Felipe dos Santos Ramos Matrícula 20141101084 PEÇA 5 O autor, nascido em 22 de outubro de 2004, é filho de Wilson Roque e Adélia Roque, e vive com a mãe em Niterói, desde a separação dos pais em 2010. Nesta época, seus pais acordaram que o pai pagaria a título de alimentos à criança o equivalente a um salário mínimo vigente, que correspondia aproximadamente a 20% da renda de Wilson que trabalhava como autônomo. O acordo foi homologado judicialmente pela 1ª Vara de Família de Niterói. Ocorre que hoje, as despesas do adolescente são maiores do que na época da separação (R$ 800,00 escola, R$ 400,00 plano de saúde, moradia e alimentação R$ 1.000,00), além de medicamentos para uma enfermidade descoberta pela família em 2019, que a genitora apresenta laudos médicos, receitas e notas fiscais. Devido ao fato de o adolescente estar doente, a mãe passou a trabalhar em meio período, tendo uma redução de seus rendimentos, recebendo a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) mensais. O pai do adolescente atualmente é Procurador Municipal, reside no município de Maricá e aufere renda de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), e não possui outros filhos ou dependentes. No entanto, quando solicitado aumentos dos alimentos para o filho este se recusou alegando já ter firmado acordo outrora, e que o menino em breve completaria 18 anos. 3.DO DIREITO No que se refere à revisão da obrigação de alimentar, o disposto no art. 13 da Lei 5.478/68, ampara a pretensão do requerente, já que visa requestar a revisão da pensão alimentícia,. In verbis: Art. 13 – “O disposto nesta Lei aplica-se, igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções.” A sentença de alimentos não faz coisa julgada material, podendo a qualquer tempo ser modificada, havendo mudança na situação financeira dos interessados. No caso sob comento, esta clara a mudança em que a necessidade do alimentando aumentou e que o alimentante encontra se em condições de arcar com as possibilidades de outrora. O disposto no art. 15, da Lei de Alimentos (5.478/68), admite a pretensão do autor, “verbum ad verbo”: Art. 15 – “A decisão sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista em face da modificação da situação financeira dos interessados.” Percebe-se, à evidência, diante dos fatos acima narrados, devidamente comprovados através da documentação acostada à inicial, que o valor da pensão alimentícia no qual foi acordado com o requerido não condiz com sua atual necessidade de pagamento. Diante da necessidade de mudança do valor da pensão alimentícia, o Diploma Civil brasileiro prevê medidas para que uma nova deliberação judicial venha a adequar o valor da obrigação às reais condições de pagamento do alimentante. Neste sentido preceitua o artigo 1.699 do Código Civil in verbis: Art. 1699. Se fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme a circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo. No mesmo sentido a Lei nº 5.478/68, in litteris: Art. 13. O disposto nesta Lei aplica-se igualmente, no que couber, às ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções. Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista em face da situação financeira do interessa do. Com efeito, a própria Carta Magna de 1988, em seus artigos 227 caput e 229, dispõe, in verbis: Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá- los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Desta forma, mostra-se cabido o presente pleito de revisão de pensão alimentícia de modo a majora - lá, visando assim poder cobrir os gastos reais e as necessidades do adolescente . 4.DOS PEDIDOS Ante exposto, requer: 1. Deferir o pedido de JUSTIÇA GRATUITA; 2. A citação do Requerido para, querendo, apresentar resposta à presente ação, sob pena de revelia nos termos do artigo 344, do CPC, facultando-se ao Oficial de Justiça os permissivos do artigo 212, § 2º, do CPC; 3. A manifestação do representante do Ministério Público, nos moldes do artigo 178, II, do CPC; 4. A condenação do Requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. 5.DA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO Nos termos do artigo 319, VII do CPC, a autora informa que tem interesse em resolver a lide de forma consensual, poia pretende dirimir o litígio de forma célere para ambas as partes. 6.DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 12.000 (doze mil reais) referente a uma anuidade da prestação alimentícia. Nestes Termos, pedem Deferimento. Local, Dia, Mês e Ano. ADVOGADO OAB Nº
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