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PETIÇÃO INICIAL - AÇÃO DE ALIMENTOS

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AO JUÍZO DA VARA DA FAMÍLIA E SUCESÕES DA COMARCA DE GUAIAQUI
ANTÔNIO PEDRO (QUALIFICAÇÕES), residente e domiciliado na cidade de Daluz, comarca de Guaiaqui, vem através do seu advogado e procurador propor,  ante a elevada presença de Vossa Excelência, rogando caráter de urgência, para os finos de ajuizarem sob o rito imprimido pela Lei nº 5.478/68, a presente, AÇÃO DE ALIMENTOS c/c PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS, em face de seu filho ARLINDO (QUALIFICAÇÕES) residente e domiciliado na cidade de Italquise, comarca de Medeiros.
	 I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
			Cumpre inicialmente destacar que o requerente não possui condições de arcar com os custos do processo sem prejuízo da do seu sustento, razão pela qual requer os benefícios da justiça gratuita, na forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC) e do inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal (CF).
II. DOS FATOS
O Requerente encontra-se em uma idade avançada (idoso), e deixou de trabalhar em razão de grande tristeza que o acometeu após o falecimento de sua esposa. Doente e com dificuldades de locomoção, tem apenas como fonte de sobrevivência apenas o auxílio mínimo prestado por vizinhos e sua sobrinha Marieta, que é insuficiente para garantir sua subsistência, como materiais de consumo básico, e o custo abrangente que tem passado com remédios. Ainda assim se faz necessário que seu filho, empresário, colabore financeiramente para que tenham garantidos os requisitos mínimos para que sobreviva.
				Conforme faz prova na certidão de nascimento em anexo, o requerido é filho (a) legítimo do requerente. 
Neste acordo, determina-se que:
	“O filho Arlindo contribuirá, todos os meses, a título de pensão alimentícia o valor de R$ 1.100,00 (Um Mil e Cem Reais) mensais, que serão revertidos em gêneros alimentícios e dirigidos diretamente ao idoso.”
	O demandante, que tem 72 anos de idade, no momento, apresenta dificuldades de locomoção em função de sua idade avançada. Assim ele anseia por ajuda financeira de seus filhos, pois vera que é incapaz de trabalhar.
	O Requerente precisa atender as suas necessidades básicas, tais como comer, vestir-se e custear a sua moradia, além dos custos ligados a luz e água.
	Em face da infrutífera investida de sensibilizar o impetrado a prosseguir provendo alimentos ao seu progenitor, portanto não houve outra possibilidade fora ingressar com esta medida judicial, com o intuito de amenizar as resultantes provindas de seus problemas.
III. DO DIREITO
	Dado o exposto no Código de Processo civil e segundo a jurisprudência, a partir do momento em que há a relação de parentesco (pai e filhos), que no momento em que os progenitores passam por dificuldades para o próprio mantimento, a regra constitucional prevista no art. 229 é objetiva;
						“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.” 
	Aliás, o dever de concorrer na manutenção de filho ao pai carente, é previsto também no artigo 1.694 do Novo Código Civil brasileiro além de legislação específica a respeito, como é o caso da Lei 10.741, artigos 2 e 3, estatuto dos Idosos.
						“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.”
						“Lei 10.741/2. O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.”
						 “Lei 10.741/3. É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.”
	De acordo o artigo 852, II do Código de Processo Civil, é legítimo postular pelos alimentos provisionais nas ações de alimentos, a partir do despacho da petição inicial. 0 artigo 854, por sua vez, em seu parágrafo único, confere à postulante o direito de requestar que o Juiz, ao despachar a petição inicial e sem audiência do Réu, defina prontamente uma mensalidade para a solicitante. 
						“Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.”
	Mediante os fatos apresentados e dada a má condição financeira atual do requerente, pede-se a concessão de gratuidade de justiça como previsto no 2º parágrafo do art. 1º da Lei de Alimentos c/c Lei 1.060/50
						“Art. 1. § 2º. A parte que não estiver em condições de pagar às custas do processo, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, gozará do benefício da gratuidade, por simples afirmativa dessas condições perante o juiz, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.”
	“São chamados a prestar alimentos, em primeiro lugar, os parentes em linha reta, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta dos outros. Assim, se por causa de idade ou moléstia, a pessoa não pode prover a sua subsistência, deve reclamar alimentos de seu pai, ou de seus filhos.” (Sílvio Rodrigues – Direito de Família – vol. I – grifos nossos).
	“…nas mesmas condições, idêntico direito assiste aos pais contra os filhos. Seria realmente uma coisa escandalosa, diz LAURENT, ver um filho negar alimentos ao seu pai, dando, por assim dizer, a morte, a quem lhe deu a vida” (Washington de Barros Monteiro – Curso de Direito Civil – vol. II.)
IV. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
I – Seja concedido o benefício da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e da Lei 1060/50 alterada pela Lei 7510/86, haja vista ser, a representante da Requerente, pessoa carente na acepção jurídica do termo;
II – Sejam notificados os Requeridos nos domicílios supracitados, para que exponham, no prazo da lei, sua contestação, sob pena de revelia;
III – A manifestação do digno representante do Ministério Público para que atue no feito;
IV – A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, inclusive testemunhal, cujo rol, caso faça-se mister, será apresentado em momento oportuno.
V – Requer a procedência da presente ação, sendo os Requeridos condenados a pagar, liminarmente, a título de pensão alimentícia a seu pai, o valor de R$ 1.100,00 salário mínimo mensal, corrigidos de acordo com o salário mínimo, vigente à época. Após sentença, fixado de forma definitiva, sendo o mesmo entregue em mãos da Requerente até o quinto dia útil de cada mês.
VI – Sejam os requeridos condenados ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, na forma do exposto pelo artigo 11 e parágrafos da Lei n.º 1060/50, com suas alterações posteriores.
VII – Requer a fixação desde logo dos alimentos provisórios a serem pagos pelo requerido, na forma exposta pelo art. 4º. da Lei de Alimentos. 
Dá-se a causa o valor provisório de R$ 13.200,00 (Treze Mil e Duzentos Reais)
Termos em que,
Pede Deferimento.
Daluz, 11 de março de 2021.
___________________________________
THYAGO HENRIQUE SILVA BATISTA
ADVOGADO
OAB/SP 314X86
ALUNO: THYAGO HENRIQUE SILVA BATISTA - 1811401524

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