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Trabalho Literatura Popular

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Artes Visuais 
LITERATURA POPULAR REGIONAL (CEL0266)
LITERATURA DE CORDEL
EDUARDO ANTONIO DA SILVA FERREIRA - 202004177443
30/10/2020
JUIZ DE FORA – 2020
1. OBJETIVO
Ter contato com a literatura de cordel, sua história e sua importância no cenário cultural brasileiro da atualidade
2. INTRODUÇÃO 
O presente relatório tem como objetivo apresentar um pouco sobre a literatura de cordel, sua origem e as suas principais características ao redor da história.
A literatura de cordel é uma das partes mais ricas da cultura brasileira, ganhando uma força significativa no século XIX. Por ser um estilo que se diferenciava da tradicional literatura, muitos escritores foram influenciados pro esse novo estilo, a literatura de cordel é uma tradição popular regional. Os cordelistas têm por característica a interpretação da realidade social, inspirando discussões por todas as camadas sociais
Na educação, o ensino da literatura de cordel é um ganho extremamente valioso, levando em consideração a abordagem de temas associados a formação dos cidadãos.
3. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A literatura de cordel é uma forma poética popular versátil, podendo ser apresentada na forma oral ou impresso nos folhetos, que normalmente são expostos para venda em cordas ou cordéis, tradição que dá nome a forma de poesia. Espalhada em sua maioria na região Nordeste do Brasil, acabou se tornando nome vinculado diretamente na cultura. Para Curran:
“O cordel como crônica poética e história popular, é a narração em verso do ‘poeta do povo’, no seu meio, o ‘jornal do povo’. Trata-se de crônica popular que expressa a cosmovisão das massas de origem nordestina e as raízes do Nordeste na linguagem do povo. (Curran, 2001, p. 20)
	Predominantemente rimada, o cordel mais comumente possui estrofes de dez, oito ou seis versos. Seus autores recitam os versos de forma melodiosa e cadenciada, fazendo suas declamações empolgadas e animadas para conseguir conquistar possíveis compradores.
	Tendo seu inicio na Idade Contemporânea e na época do Renascimento, o cordel começou através do romanceiro luso-holandês. Foram os colonizadores portugueses os responsáveis pela introdução dessa literatura no Brasil, na segunda metade do século XIX os folhetos já possuíam características brasileiras.
	No Brasil, a literatura de cordel é uma tradição do Nordeste, em especial nos Estados do Ceara, da Paraíba e Pernambuco, normalmente vendidas nos mercados e feiras pelos próprios autores. Se tornou uma forma poética tão popular que passou a ganhar presença nos outros Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
	Os mais famosos cordelistas foram Patativa do Assaré, Apolônio Alves dos Santos, Antônio Brasileiro Borges, Cego Aderaldo, Expedito Sebastião da Silva e Manoel Monteiro. 
3.1 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA LITERATURA DE CORDEL
	
· O texto possui métrica fixa e rimas que deixam os versos mais musicalizados:
· Os cordéis tem grande importância folclórica, pois tratam de assuntos costumeiros, fortalecendo a identidade da região.
· A xilogravura (gravura em madeira) é uma das características mais marcantes do cordel, fazendo parte da capa e nas ilustrações de páginas.
3.2 PRINCIPAIS AUTORES 
	Leandro Gomes de Barros, foi o primeiro brasileiro a escrever cordel, responsável por mais de 240 obras, populares no imaginário do povo do Nordeste brasileiro. Com significativa ajuda de Ariano Suassuna, que popularizou as histórias de Leandro para todo o Brasil ao coloca-las em sua peça ‘Auto da Compadecida’, que cotava com os cordéis: ‘O testamento do cachorro’, ‘O cavalo que defecava dinheiro’ e ‘O boi misterioso’.
Figura 1 – Xilogravura Leandro Gomes de Barros (1865 – 1918)
Figura 2 – Capa cordel 
Patativa do Assaré foi um poeta e repentista brasileiro, um dos principais representantes da arte popular nordestina. Tendo uma forma de linguagem simples e poética, retratava principalmente a vida sofrida e árida do povo sertanejo. Suas obras, foram traduzidas para diversos idiomas e sendo estudados na Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.
 
Figura 3 – Patativa do Assaré (1909 – 2002)
 Figura 4 – Trecho do cordel – Aos poetas clássicos 
3.3 XILOGRAFIA
A xilografia é uma técnica antiga, que tem origem na China, que o artesão utiliza de um pedaço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que deseja reproduzir, em seguida, faz uso de tinta para pintar o relevo do desenho e logo em seguida prensar a madeira no papel e revelar a imagem.
· Xilografia de topo (ou madeira em pé) é cortada uma arvore no sentido transverso ao tronco.
· Xilogravura de fio (madeira deitada) a arvore é cortada no sentido do crescimento
4. RESULTADOS E CONCLUSÃO
Pelo exposto, podemos ver que a literatura de cordel é parte importante do folclore nordestino, sendo introduzido pelos portugueses, mas aprimorado e disseminado até os dias atuais, se tornando uma importante tradição nacional. Conseguimos perceber as diferentes características, como sendo direcionado para o povo com os assuntos mais cotidianos da região, além da presença da tradicional xilografia, que deixa ainda mais original essa arte popular.
5. REFERENCIAS BIBLOGRÁFICAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo: Ed. Pearson, 2006.
FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011.
MÜLLER, Antônio José (Org.), et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed. Inter saberes, 2016.
SILVA, S. P. da.; ARCANJO, J. G. A Literatura de Cordel e o Ensino de Ciências: uma Linguagem Alternativa na Promoção da Reflexão Socioambiental. Revista Virtual Partes.
Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br /artigos/3932234>. Acesso em: 30/10/2020
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COIMBRA, Assis. XILOGRAVURA – O que é, História e Origem. Publicado em 2018.
Disponível em: https://www.narradoresdecordel.com/xilogravura- o-que-e-historia-e- origem/.
Acessado em 30/10/2020.

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