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DIREITO CIVIL Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 PESSOAS FÍSICAS OU NATURAIS PESSOAS DE DIREITO PESSOAS JURÍDICAS CÓDIGO CIVIL Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. PARTE GERAL 1. PESSOAS DEDIREITO Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Segundo o Código Civil somente pessoas físicas (naturais) e pessoas jurídicas são consideradas pessoas direito. 2. PESSOAS FÍSICAS OU NATURAIS 2.1. PERSONALIDADE A pessoa natural ou física é o ser humano, sem ser exigida qualquer qualidade. a. Personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos com onascituro. ATENÇÃO! NASCITURO tem assegurado todos os seus direitos e deveres. b. Capacidade: É a medida da personalidade e pode ser de direito ou defato. 3 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 1. Capacidade de direito, de gozo ou jurídica. É a própria de todo ser humano que adquire assim que nasce. 2. Capacidade de fato de exercício ou de ação. Nem todos a possuem. É a aptidão para exercer pessoalmente os atos da vidacivil. c. Incapacidade DE DIREITO CAPACIDADE DE FATO ABSOLUTA MENORES DE 16 ANOS O ato torna-se NULO INCAPACIDADE MAIORES DE 16 E MENORES DE 18 ANOS ÉBRIOS HABITUAIS RELATIVA VICIADOS EM TÓXICO O ato torna-se ANULÁVEL AQUELES QUE, POR CAUSA TRANSITÓRIA OU PERMANENTE, NÃO PUDREM EXPRIMIR SUA VONTADE 4 CÓDIGO CIVIL Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelocasamento; III - pelo exercício de emprego públicoefetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensinosuperior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economiaprópria. d. Cessação da incapacidadecivil A cessação (término) da incapacidade civil ocorre, em regra, ao completar 18 anos. Porém, há exceções, são elas: Concessão (dos pais ou por sentençajudicial); Casamento; Exercício de emprego públicoefetivo; Colação de grau em curso de ensinoSUPERIOR; Estabelecimentociviloucomercial,oupelaexistênciaderelaçãodeemprego,desdeque tenha economia própria (16anos). Perceba que são hipóteses de emancipação civil. e. Término da pessoanatural Com a morte ou com a presunção de ausência. 5 Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; menor púbere entre 16 e 18 anos. II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redaçãodada pela Lei nº 13.146, de 2015) Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. f. Comoriência Todo atestado de óbito tem que ter a data e a hora provável da morte. Quando não for possível identificar quem morreu primeiro, estamos diante da comoriência. Consequência jurídica: presunção de morte simultânea. 3. PESSOASJURÍDICAS Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessãodefinitiva. Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação deausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo devida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término daguerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 6 CÓDIGOCIVIL Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direitoprivado. Art. 41. São pessoas jurídicas de direito públicointerno: I - aUnião; II - os Estados, o Distrito Federal e osTerritórios; III - osMunicípios; IV - asautarquias; IV - as autarquias, inclusive as associaçõespúblicas; V - as demais entidades de caráter público criadas porlei. Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código. Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 PESSOAS JURÍDICAS DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO UNIÃO ASSOCIAÇÕES ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS SOCIEDADES PARTIDOS POLÍTICOS ESTRANGEIROS Então, temos: INTERNO EXTERNO 7 PESSOAS REGIDAS PELO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO FUNDAÇÕES MUNICÍPIOS Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dosseusagentesquenessaqualidadecausemdanosaterceiros,ressalvadodireitoregressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa oudolo. Art. 44. São pessoas jurídicas de direitoprivado: I - asassociações; II - as sociedades; III - asfundações. IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. EMPRESAS INDIVIDUAIS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS DEMAIS ENTIDADES DE CARÁTER PÚBLICO CRIADAS POR LEI AUTARQUIAS, INCLUSIVE ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS AUTARQUIAS Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 4. BENS Osbenssãodefinidoscomocoisasouobjetosquepossuemutilidadeeservemparaatenderuma necessidade humana, eles podem ser trocados ou vendidos numa relação jurídica por causa de seu valor econômico ou pelo interesse quedesperta. Os bens podem ser: Bens Móveis ou imóveis. Bens Fungíveis ou infungíveis. Bens consumíveis ou inconsumíveis. Bens divisíveis ou indivisíveis. Bens singulares ou coletivos. BENS MÓVEIS • Sãoaquelesbensquepodemserretiradosdeum lugar sem alterar a sua substância. BENS IMÓVEIS • São aqueles bens que não podem ser retirados de um lugar sem alterar a suasubstância. BENS FUNGÍVEIS • São aqueles bens que podem ser substituídos. BENS INFUNGÍVEIS • São aqueles bens que não podem sersubstituídos. BENS CONSUMÍVEIS • São aqueles bens que podem ser consumidos, como por exemplo, amaça. BENS INCONSUMÍVEIS •São aqueles bens que não podem ser consumidos, como por exemplo, livros, CDs. 8 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF:946.654.781-04 BENS DIVISÍVEIS •São aqueles bens que podem ser divididos. BENS INDIVISÍVEIS • São aqueles bens que não podem serdivididos. BENS SINGULARES • São aqueles bens que podem serconsiderados individualmente. BENS COLETIVOS • São aqueles bens que só podem ser considerados de forma coletiva. É o que acontece, por exemplo, com abiblioteca. BENS PRINCIPAIS • São aqueles bens que independem de outro para que possa existir. BENS ACESSÓRIOS • São aqueles bens que dependem de outro para existir. Isto é, depende do bem principal para existir. Assim, o acessório sempre acompanha o principal. Vimos, então, os BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS. Estes podem ser: • Principal ou acessório, aquele cuja existência supõe a doprincipal. • São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento deoutro. • As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ounecessárias. Temos ainda os BENS PÚBLICOS. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Bemdeusocomum–éabertoeédelivreacessoatodasaspessoas.Ex.:praia,ruas, praças,etc. 9 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 10 Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. Bem de uso especial – quando tem um fim específico. Ex.: escolas públicas, quarteis, etc. Bensdominicais–responsáveisporformaropatrimôniodoórgãopúblico.Ex.:terrenos que fazem parte dos órgãos públicos e constituem seupatrimônio. E os BENS PARTICULARES, por sua vez, serão aqueles usufruídos por pessoas ou empresas. 5. NEGÓCIOJURÍDICO O negócio jurídico visa criar, adquirir, transferir, modificar ou extinguir direitos. Os pressupostos de existência do negócio jurídico são: AGENTE OBJETO FORMA VONTADE Os pressupostos de validade (sob pena de nulidade) do negócio jurídico estão no art. 104 do CC: Além das nulidades temos os defeitos dos negócios jurídicos, que os tornam ANULÁVEIS. São eles: ERRO OU IGNORÂNCIA DOLO COAÇÃO ESTADO DE PERIGO LESÃO FRAUDE CONTRA CREDORES Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 6. PRESCRIÇÃO EDECADÊNCIA Prescrição – extinguir a pretensão Decadência – perda do direito PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA Extingue a pretensão. Isto é, extingue a exigibilidade da execução de um direito por decurso de tempo. Extingue o direito. Por decurso de tempo. Decurso de tempo fixado em lei (arts. 203 e seguintes, do Código Civil) Exemplo: Mandado de Segurança e Ação rescisória. Prescrição. Decadência Objeto Extingue a pretensão. Extingue o direito. Prazo Fixado por lei. Pode ser estabelecido por lei ou por vontade das partes. Pode ser suspenso, impedido ou interrompido. Em regra, não admite, salvo artigo 198 I CC. II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 1. DIREITOS PESSOAIS x DIREITOSREAIS O Direito das obrigações está relacionado com a relação entre duas partes. Já direitos reais envolve coisa. Logo, neste caso, teremos uma relação entre homem e coisa. Assim, temos: Direitos Pessoais X Direitos das Coisas (Direito das Obrigações) (Direitos Reais) Para facilitar a sua compreensão, vamos ao quadro comparativo abaixo: DIREITOS PESSOAIS DIREITOS REAIS (DAS OBRIGAÇÕES) Credor x Devedor Homem x Coisa Ação Pessoal Ação Real ação pessoal Ação real Objeto: prestação Objeto: coisa Não há usucapião Pode haver usucapião Não se fala em propriedade e posse Se fala em propriedade e posse 2. OBRIGAÇÃO PROOTERREM Ela ocorre quando um Direito Real é obrigado a satisfazer certa obrigação. É uma espécie jurídica sui generis, entre o direito pessoal e o real. Por isso, estamos diante de uma obrigação mista. O devedor é determinado de acordo com sua relação em face de uma coisa, que é conexa com o débito. Por exemplo: obrigação do condômino conservar a coisa comum (art. 1.315, CC) 3 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 ELEMENTO SUBJETIVO VÍNCULO JURÍDICO ELEMENTO OBJETIVO Não confundir com ônus reais. O ônus real recai sobre a coisa; “quem deve é a coisa”. São prestações periódicas. Exemplo: IPTU, IPVA, Seguro Obrigatório, Foro 3. CONCEITO DE OBRIGAÇÃO Segundo o doutrinador Clóvis Beviláqua: “obrigação é a relação transitória de direito, quenos constrangeadar,fazerounãofazeralgumacoisaeconomicamenteapreciável,emproveitode alguém,queporatonosso,ouemvirtudedelei,adquiriuodireitodeexigirdenósessaaçãoou omissão”. 4. RELAÇÃO JURÍDICAOBRIGACIONAL A relação jurídica obrigacional comporta três elementos essenciais, são elas: ELEMENTO SUBJETIVO – os titulares dos centros de interesse credor e devedor (podem ser únicos ouplurais) ELEMENTO OBJETIVO – objeto da relação (a prestação) – consiste em dar, fazer ou não fazer algo (CONCEITO) VÍNCULO JURÍDICO – Dívida eresponsabilidade. 5. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES Quanto ao vínculo: Existem obrigações em que não há a possibilidade de se coagir o devedor a cumprir a prestação, ou seja, não há aobligatio. 4 Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita. Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 CERTO DETERMINADO INDIVIDUALIZADO Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a Exemplos: - Obrigação moral (mero dever de consciência, cumprido por questão de princípios – cumprir último desejo de moribundo.) - Obrigação natural (não se confunde com obrigação moral, e a forma mais fácil de se entender é com exemplo. Ex.: dívida de jogos ou dívidasprescritas). Tanto na obrigação moral quanto na obrigação natural, caso a pessoa decida pagar, não poderá rever o valor de volta. Quanto aoobjeto a. Obrigaçãodedar CAI MUITO NAPROVA É aquela que tem por objeto mediato uma coisaque pode ser certa (art. 233 a 242, CC) ou incerta (arts. 243 a 246,CC). Observação: A constituição da relação obrigacional por si só não transfere o domínio do bem, exigindo- se a tradição ou transcrição para a alteração da propriedade da coisa móvel ou imóvel respectivamente. o Obrigação de dar coisa certa Coisa certa: quando seu objeto é constituído por um corpo certo e determinado. É um bem determinado, plenamente individualizado. Observação:Princípiodaacessoriedade(acessoriumsequiturprincipale,ouseja,o acessório segue o principal) – os acessórios também estão incluídos mesmo se não forem mencionados. O devedor é responsável pela preservação da coisa. E o Código Civil regula quem arca com o prejuízo. E a resposta varia conforme o momento da perda. A perda da coisa não abrange apenas o seu desaparecimento físico total, mas também a destruição de suas qualidades essenciais ou a perda de sua utilidade. 5 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Observações: PERDA DA COISA PERDADACOISASEMCULPADODEVEDOR:Inexistindoculpaporpartedodevedor,resolve-se a obrigação, ou seja, o credor deixará de receber a coisa, e o devedor deverá restituir-lhe qualquer valor eventualmente pago. Não há perdas e danos. Retorna-se simplesmente ao status quo ante. PERDADACOISACOMCULPADODEVEDOR:Peloart.234,odevedorrespondepelo equivalente mais perdas edanos. Ouseja,odevedorpagarápelobemqueseperdeu,alémdeindenizarpelosprejuízos causados pela perda da coisa (perdas e danos que devem sercomprovados). Observações: DETERIORAÇÃO DA COISA DETERIORAÇÃO DA COISA SEM CULPA DO DEVEDOR: se a coisa de deteriora na posse do devedor, sem sua culpa, o art. 235 atribui ao credor optar por resolver a obrigação ou aceita-la com o devido abatimento no preço. DETERIORAÇÃODACOISACOMCULPADODEVEDOR:Jáseacoisasedeteriorarna posse do devedor, por sua culpa, o art. 236 dispõe as opções do credor: poderá o credorexigiroequivalente,ouaceitaracoisanoestadoemqueseacha,comdireito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas edanos. o Obrigação de Dar Coisa Incerta A obrigação de dar coisa incerta ou obrigação genérica consiste na relação obrigacional em que o objeto, indicado de forma genérica no início da relação, vem a ser determinado um ato de escolha, por ocasião do seu adimplemento. O bem é definido apenas em função de seu gênero e quantidade. obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 6 Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. Art.246.Antesdaescolha,nãopoderáodevedoralegarperdaoudeterioraçãoda coisa, ainda que por força maior ou casofortuito. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá- lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorizaçãojudicial,executaroumandarexecutarofato,sendodepoisressarcido. Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. b. Obrigação de Fazer: A obrigação de fazer é a que vincula o devedor à prestação deumserviçoouatopositivo,materialouimaterial,seuoudeterceiro,embenefício do credor ou de terceirapessoa. É uma obrigação positiva. Tem por objeto qualquer comportamento humano, lícito e possível. c. Obrigação de não fazer: A obrigação de não-fazer é aquela em que o devedor assume o compromisso de abster de algum ato, que poderia praticar livremente se não se tivesse obrigado para atender interesse jurídico do credor ou deterceiro. É uma obrigação negativa. Observação: Quanto aliquidez a. Líquido. É aquela obrigação certa, quanto à sua existência, e determinada quanto ao seu objeto. b. Ilíquidas. É aquela incerta quanto à sua quantidade e que se torna certa pela liquidação,queéoatofixarovalordaprestaçãomomentaneamenteindeterminada, para que esta se possacumprir. Quanto ao modo deexecução a. Obrigaçãosimples:éaquelacujaprestaçãorecaisomentesobreumacoisa(certa ou incerta) ou sobre um ato (fazer ou não fazer). 7 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 b. Obrigação cumulativa (ou conjuntiva): é uma relação obrigacional múltipla, por conter duas ou mais prestações de dar, fazer, ou não fazer, decorrentes da mesma causa ou do mesmo título, que deverão realizar-se totalmente, pois o inadimplemento de uma envolve o seu descumprimentototal. c. Obrigação alternativa (ou disjuntiva) é a que contém duas ou mais prestações com objetos distintos, da qual o devedor se libera com o cumprimento de uma só delas, mediante escolha sua ou docredor. Exemplo: construir uma piscina OU pagar a quantia equivalente. Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. §1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. §2ºQuandoaobrigaçãofordeprestaçõesperiódicas,afaculdadedeopçãopoderá ser exercida em cada período. §3ºNocasodepluralidadedeoptantes,nãohavendoacordounânimeentreeles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para adeliberação. §4ºSeotítulodeferiraopçãoaterceiro,eestenãoquiser,ounãopuderexercê- la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre aspartes. Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. Art.254.Se,porculpadodevedor,nãosepudercumprirnenhumadasprestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o casodeterminar. Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação. Quanto ao tempo do adimplemento a. Obrigações momentâneas ouinstantâneas É a que se consuma num só ato em certo momento. Exemplo: O pagamento à vista da compra de um objeto. 8 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 b. Obrigação de execução continuada ou periódica (ou duradoura ou contínua) Também chamada de obrigação de trato sucessiva. Outras classificaçõesimportantes! a. Obrigação condicional: é aquela que contém cláusula que subordina seu efeito a evento futuro e incerto. b. Obrigação modal: é a que se encontra onerada com um modo ou encargo, isto é, por cláusula acessória, que impõe um ônus à pessoa contemplada pela relação creditícia. c. Obrigação a termo: é aquela em que as partes subordinam os efeitos do ato negocial a um acontecimento futuro ecerto. ATENÇÃO! TERMO é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico. Quanto àdivisibilidade a. Obrigação divisível: é aquela cuja prestação é suscetível de cumprimento parcial, sem prejuízo de sua substância e de seu valor. Trata-se de divisibilidadeeconômica, e não material outécnica. b. Obrigação indivisível: é aquela cuja prestação só pode ser cumprida por inteiro, não comportando, por sua natureza (ex.: animal), por motivo de ordem econômica (ex.: pedra preciosa) ou dada a razão determinante do atonegocial. OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS É aquela em que, havendo multiplicidade de credores ou devedores, ou de uns e outros, cada credor terá direito à totalidade da prestação, como se fosse o único credor, ou cada devedor estará obrigado pelo débito todo, como se fosse o único devedor. Vejamos o art. 264, CC 9 Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívidatoda. Art.265.Asolidariedadenãosepresume;resultadaleioudavontadedaspartes. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Importante frisar: SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME. Ou é por Lei ou vontade daspartes. Quanto aoconteúdo a. Obrigação de meio. É aquela em que o devedor se obriga tão-somente a usarda prudência e diligência normais na prestação do serviço para atingir um resultado, sem contundo, se vincular a um resultado certo e determinado. Exemplo:Advogado b. Obrigação de resultado. É aquela em que o credor tem o direito de exigir do devedor a produção de um resultado, sem o que terá o inadimplemento da relação obrigacional. Exemplo: CirurgiãoPlástico. c. Obrigação de garantia. É a que tem por conteúdo a eliminação de um risco. Visa reparar as consequências de realização do risco. Exs: segurador,fiador Vamos fazer algumas observações importantes no tocante as OBRIGAÇÕESSOLIDÁRIAS. SOLIDARIEDADEATIVA Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ouco-devedores,econdicional,ouaprazo,oupagávelemlugardiferente,parao outro. 10 Da Solidariedade Ativa Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. Art.269.Opagamentofeitoaumdoscredoressolidáriosextingueadívidaatéomontantedo que foipago. Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direitoaexigirereceberaquotadocréditoquecorresponderaoseuquinhãohereditário,salvo se a obrigação forindivisível. Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 SOLIDARIEDADEPASSIVA Da Solidariedade Passiva Art.275.Ocredortemdireitoaexigirereceberdeumoudealgunsdosdevedores,parcialou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente peloresto. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes. Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste paratodosoencargodepagaroequivalente;maspelasperdasedanossórespondeoculpado. Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. 11 Art.272.Ocredorquetiverremitidoadívidaourecebidoopagamentoresponderáaosoutros pela parte que lhescaiba. Art.273.Aumdoscredoressolidáriosnãopodeodevedoroporasexceçõespessoaisoponíveis aosoutros. Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação aqualquerdeles. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais. Art.283.Odevedorquesatisfezadívidaporinteirotemdireitoaexigirdecadaum dos co- devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos osco-devedores. Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. Art.285.Seadívidasolidáriainteressarexclusivamenteaumdosdevedores,responderáeste por toda ela para com aquele quepagar. 6. DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES Acessãodecréditoéonegóciojurídicopeloqualocredortransfereaoutremseusdecorrentes de uma certa relação obrigacional. Ou seja, ocorre a substituição do sujeito ativo daobrigação. Já a sub-rogação é o pagamento da dívida efetuado por pessoa diversa do devedor, conforme dispõe o art. 386, CC. (Substitui o devedor). 12 CAPÍTULO I Da Cessão de Crédito Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, alei,ouaconvençãocomodevedor;acláusulaproibitivadacessãonãopoderáseropostaao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento daobrigação. Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se medianteinstrumentopúblico,ouinstrumentoparticularrevestidodassolenidadesdo§1odo art.654. Art.289.Ocessionáriodecréditohipotecáriotemodireitodefazeraverbaracessãonoregistro doimóvel. Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título do crédito cedido. Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação. Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido. Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra ocedente. Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido demá-fé. Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor. Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por maisdoquedaquelerecebeu,comosrespectivosjuros;mastemderessarcir-lheasdespesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança. Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro. 13 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 CAPÍTULO II Da Assunção de Dívida Art.299.Éfacultadoaterceiroassumiraobrigaçãododevedor,comoconsentimentoexpresso docredor,ficandoexoneradoodevedorprimitivo,salvoseaquele,aotempodaassunção,era insolvente e o credor oignorava. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo,consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suasgarantias,salvoasgarantiasprestadasporterceiros,excetoseesteconheciaovícioque inquinava aobrigação. Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento. 7. DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DASORBIGAÇÕES a. A quem se devepagar: 14 CAPÍTULO I Do Pagamento Seção I De Quem Deve Pagar Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 15 Art.331.Salvodisposiçãolegalemcontrário,nãotendosidoajustadaépocaparaopagamento, pode o credor exigi-loimediatamente. Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. b. Daqueles a quem se deve pagar c. Do objeto do pagamento e suaprova d. Do Lugar dopagamento e. Do tempo dopagamento Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Art.307.Sóteráeficáciaopagamentoqueimportartransmissãodapropriedade,quandofeito por quem possa alienar o objeto em que eleconsistiu. Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 8. MODO DE EXTINÇÃO DASOBRIGAÇÕES Pelo pagamento direto ou execução voluntária da obrigação pelodevedor Pelo pagamentoindireto Pela prescrição, pela impossibilidade de execução sem culpa do devedor e pelo implemento de condição ou termoextintivo Pela execução forçada, em virtude desentença. 9. PAGAMENTOINDIRETO Consignação em pagamento Sub-rogação Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: I - do credor que paga a dívida do devedorcomum; II -doadquirentedoimóvelhipotecado,quepagaacredorhipotecário,bemcomodoterceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobreimóvel; III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou emparte. Art. 347. A sub-rogação é convencional: I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seusdireitos; II -quandoterceirapessoaemprestaaodevedoraquantiaprecisaparasolveradívida,soba condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credorsatisfeito. Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito. Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever. a. Imputação dopagamento 16 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 A imputação o pagamento é a operação pela qual o devedor de dois ou mais débitos da mesma natureza a um só credor, o próprio credor ou a Lei, indicam qual deles o pagamento extinguirá, por ser este insuficiente para solver a todos. b. Dação empagamento A dação em pagamento (datio in solutum) é um acordo liberatório, feito entre credor e devedor, em que o credor consente na entrega de uma coisa diversa da avençada. c. Novação Novação vem a ser o ato que cria uma nova obrigação, destinada a extinguir a precedente, substituindo-a. É a conversão de uma dívida por outra para extinguir a primeira. Ela é simultaneamente causa extintiva e geradora de obrigações. d. Compensação Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. e. Transação Atransaçãoéumnegóciojurídicobilateral,peloqualaspartesinteressadas,fazendo-se concessões mútuas, previnem ou extinguem obrigações litigiosas ouduvidosas. f. Compromisso Compromisso, hoje, vem a ser o acordo bilateral, em que as partes interessadas submetemsuascontrovérsiasjurídicasàdecisãodeárbitros,comprometendo-seaacatá- la, subtraindo a demanda da jurisdição da justiça comum. g. Confusão Extingue-seaobrigação,desdequenamesmapessoaseconfundamasqualidadesde credor edevedor. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. h. Remissão dasdívidas Conceito:éaliberaçãograciosadodevedorpelocredor,quevoluntariamenteabremão de seus direitos creditórios, com o escopo de extinguir a obrigação, mediante o consentimento inequívoco, expresso ou tácito, do devedor, desde que não haja prejuízo a direitos deterceiro. 10. DO INADIMPLEMENTO DASOBRIGAÇÕES 17 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidaderesultedecasofortuitooudeforçamaior,seestesocorreremduranteoatraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamentedesempenhada. 11. MORA 12. DAS PERDAS EDANOS Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor. Art.392.Noscontratosbenéficos,respondeporsimplesculpaocontratante,aquemocontrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei. Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafoúnico.Ocasofortuitooudeforçamaiorverifica-senofatonecessário,cujosefeitos não era possível evitar ou impedir.18 Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credorabrangem,alémdoqueeleefetivamenteperdeu,oquerazoavelmentedeixoudelucrar. Art.403.Aindaqueainexecuçãoresultededolododevedor,asperdasedanossóincluemos prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na leiprocessual. Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendojuros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da penaconvencional. Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar. NÃO SE PRESUME! TEM QUE PROVAR Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes. 13. JUROSLEGAIS 14. CLÁUSULAPENAL Art.408.Incorredeplenodireitoodevedornacláusulapenal,desdeque,culposamente,deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora. Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora. Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor. Art.411.Quandoseestipularacláusulapenalparaocasodemora,ouemsegurançaespecial deoutracláusuladeterminada,teráocredoroarbítriodeexigirasatisfaçãodapenacominada, juntamente com o desempenho da obrigaçãoprincipal. Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal. Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio. 19 Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 15. ARRAS OUSINAL Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerãonapena;masestasósepoderádemandarintegralmentedoculpado,respondendo cada um dos outros somente pela suaquota. Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra aquele que deu causa à aplicação da pena. Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação. Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo. Parágrafoúnico.Aindaqueoprejuízoexcedaaoprevistonacláusulapenal,nãopodeocredor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízoexcedente. 20 Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal. Art.418.Seapartequedeuasarrasnãoexecutarocontrato,poderáaoutratê-lopordesfeito, retendo- as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários deadvogado. Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização. Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deuperdê-las-á embenefíciodaoutraparte;equemasrecebeudevolvê-las-á,maisoequivalente.Emambos os casos não haverá direito a indenizaçãosuplementar. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 2 FORMAIS OBJETIVOS CONTRATOS - REQUISITOS - SUBJETIVOS CONTRATOS I. TEORIA GERAL DOSCONTRATOS Temos a teoria geral dos contratos, contratos em espécie (ex.: compra e venda) e os contratos inominados. 1. CONTRATO Contratos é a mais comum e a principal fonte de obrigações. Contratoformaçãodenegóciojurídicoquedependeparaformaçãodepelomenosduas partes. É bilateral ouplurilateral. Beliváqua. ‘’acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos’’ 2. REQUISITOS. (art. 82 CC) 2.1 Subjetivos. Existência de duas ou maispessoas. • Requisitos de duas ou maispessoas. • Capacidade genérica das partes contratantes para prática dos atos da vidacivil. • Aptidão específica paracontratar. • Consentimento das partescontratantes. Lembrando que, se o sujeito é menor de 16 ano de idade, precisa está representado, uma vez que são absolutamente incapazes. No caso de menor de 18 anos e maior de 16 anos, necessita estar assistido, uma vez que são relativamente incapazes. 2.2. Objetivos. É a respeito do objeto docontrato. • Licitude de seu objeto. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 3 IMPORTANTE! NULIDADE ANULABILIDADE • Possibilidade física ou jurídica do objeto. • Determinação de seu objeto (certo ou pelo menosdeterminável). • Economicidade de seu objeto, que deverá versar sobre interesse economicamente apreciável capaz de se converter direta ou indiretamente emdinheiro. 2.3. Formais. Artigos 129 e 1079 CC. a regra é liberdade da forma. Livre consentimento das partes. Importante saber a diferença de nulidade e anulabilidade. Precisamos entender a distinção entre os dois. Nulidades Anulabilidade Fundamenta-se em razão de ordem pública. Fundamenta-se em razão de ordem privada. Pode ser declarada de oficio pelo juiz a requerimento do MP ou de qualquer interessado. Somente por aquele que aproveite, não pode ser reconhecida de oficio. Não é suscetível de confirmação. É suscetível de confirmação ou redução. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 3 Não convalesce pelo passar do tempo. Prazo decadencial de 04 anos. Não produz efeitos Produz efeitos enquanto não for anulada. Reconhecida através de ação meramente declaratória. Reconhecida através de ação Desconstitutiva, sujeita a prazo decadencial. Admite conversão substancial. Admite sanção pelas próprias partes. 3. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITOCONTRATUAL. 3.1. Principio da autonomia da vontade. É bilateral. Consentimento de duaspartes. 3.2. Principio da supremacia da ordem pública. Primeiro obedece-se a ordempública. 3.3. Principio do consensualíssimo. Tem que haver autonomia da vontade e consenso entre aspartes. 3.4. Princípio da relatividade dos efeitos do contrato. Só produzem efeitos em relação àspartes. 3.5. Principio da obrigatoriedade dos contratos. (Intangibilidade dos contratos). Obrigatoriedade dos contratos. Força vinculante dos contratos. Em essência airreversibilidade da palavra (pacta suntservanda). 3.6. Principio da revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva. Rebus sic stantibus.Teoriadaimprevisão.Sehouverumaonerosidadeexcessivaduranteoperíodo do contrato, haverá um equilíbrio naonerosidade. 3.7. Principio da boa fé e da probidade. Qualquer negócio jurídico tem que ter aboa-fé. 4. CLASSIFICAÇÃO DOSCONTRATOS. • Típicos: Regulado emlei. • Atípicos. Não regulados emlei. • Consensuais. Aperfeiçoam-se pelo acordo devontades. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 11 • Formais ou solenes. Requerem formadeterminada. • Reais aperfeiçoam-se pelatradição. • Bilaterais. Deles nascem obrigações para ambas aspartes. • Unilaterais.Geraobrigaçõesparaumaparteedireitosparaoutra.Ocontratoébilateral, mas aqui, há uma obrigação para uma das partes. Por isso, ele éunilateral. • Gratuitos. Por meio deles, um dos sujeitos obtém uma vantagem independentemente da prestaçãosua. • Onerosos. O fundamento da vantagem obtida pelo sujeito é uma prestaçãosua. • Comutativos. Contratos onerosos com equivalência entre asprestações. • Preestimados. No momento da contratação, as prestações estavamdeterminadas. • Aleatórios. Há obrigação condicional para uma das partes. Falta predeterminação das prestações. • Aleatórios. Há obrigação condicional para uma das partes. Falta predeterminação das prestações. • Da execução imediata. Execução após a celebração ou no momentodela. • De execução diferida. Celebração em um momento execução emoutro. 5. ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DETERCEIRO. ConceitoOcorrequandoumapessoaconvencionacomoutraqueestaconcederáumavantagem ouumbenefícioemfavordeterceiro,quenãoépartenocontrato.Constituiexceçãoaoprincípio da relatividade dos efeitos doscontratos. Aqui, há um pacto entre os contratantes em benefício de um terceiro. Naturezajurídica:Écontratosuigeneris,porqueaprestaçãoérealizadaembenefíciodequem não participa da avença (seguro de vida, p.ex.). 6. DO CONTRATOPRELIMINAR Conceito Contrato preliminar ou pactum de contrahendo é aquele que tem por objeto aelebração de um contrato definitivo. Tem, portanto, um único objeto. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 12 7. EXTINÇÃO DOS CONTRATOS SEM CUMPRIMENTO (DISSOLUÇÃO OU SOLUÇÃO DO CONTRATO). 7.1. Resolução. Extinção do contrato (inexecuçãoinadimplemento). Por inexecução voluntária ouinvoluntária. Em razão de declaração judicial da onerosidade excessiva superveniente do contrato. 7.2. Resilição. Extinção pela vontade. Pode ser de ambas as partes ou apenas de uma. De ambas. Distrato as partes é bilateral. 472 CC. Unilateral. Somente em determinados contratos. 473 CC. 7.3. Rescisão. Modalidade de dissolução dos contratos anuláveis. Lesão e estado deperigo. II. CONTRATOS EM ESPÉCIE Cada contrato pode ter a sua especialidade. No Código Civil, eles estão listados nos artigos 481 a 532. São mais de 20 contratos. RESCISÃO RESILIÇÃO CONTRATOS - FORMAS DE EXTINÇÃO RESOLUÇÃO Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 13 8. COMPRA E VENDA. Temos dois requisitos: A coisa e o preço. 8.1. Conceito: ‘Compra e venda é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a transferir a propriedadedeumacoisaaoutra,recebendoacontraprestação,determinadasomadedinheiro.’’ OrlandoGomes. De acordo com o artigo 481 do Código Civil, tem: Caráter obrigacional, Não transmite automaticamente a obrigação mas cria obrigação dedar. As obrigações são: Os objetos do contrato de compra e venda são dois. Coisa. É o objeto cuja entrega é feita pelo vendedor. Pode ser corpórea (Ex. geladeira) como incorpórea (ex. direitos autorais). Observação venda de bens incorpóreos = cessão. Preço. Objeto cuja entrega é feita pelo comprador. Comprador obriga-se a pagar o preço. Artigo 482 CC. Se houve um consenso existe a compra e venda, torna-se perfeita a partir do momento em que o preço e a coisa estiverem definidos. Artigo 483 CC. Compra e venda pode ter como objeto coisa atual e coisa futura. 8.2. Elementos essenciais da compra evenda. Os elementos constitutivos são: Consentimento das partes(consensus). Coisa(res). Preço(pretium). COMPRA E VENDA COISA PREÇO Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 14 8.3. Responsabilidade do vendedor pelos vícios redibitórios e pela evicção. O alienante assume responsabilidade pelos eventuais riscos. O vendedor tem responsabilidades. Ex. faltar páginas em um livro. É irrelevante se os fatos são conhecidos ou não isenta sua responsabilidade. Obrigação de garantia legal independe de estipulação expressa dos interessados. Lembre-se os vícios redibitórios são anteriores. Neste caso, obriga o alienante a reparar. 8.4. Clausulasespeciais. a. Retrovenda. Condição resolutiva do contrato depende exclusivamente da parte por ele beneficiada. 505 a 508CC. b. Venda a contento. Modalidade especial de compra e venda em que os efeitos do contrato dependem de o comprador a se satisfazer com a coisa. 509, 511 e 512CC. c. Vendasujeitaaprova.Aperfeiçãodocontratodependedoelementoobjetivo,oteste paraverificarseacoisatemasqualidadesanunciadaseidôneasaofimaquesedestina. d. Preempçãoouperfeição.Pactoadjetoacompraevendapormeiodoqualestabelece odireitodepreferënciadovendedorderecompraracoisavendida,casoocomprador queira aliená-las, art. 513 a 520, CC. PREÇO COISA S - COMPRA EVENDA - ELEMENTOS CONSTITUTIVO CONSENTIMENTO DAS PARTES Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 15 Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações: I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca; II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge doalienante. e. Venda com reserva de domínio. Contrato em que se insere condição suspensivaque estabelece que a propriedade só será transferida após quitação integral do preço. Somente bens móveis e suscetíveis de caracterização perfeita. 521 a 528CC. f. Venda sobre documentos. O vendedor se desonera por meio da entrega de umtítulo representativo ou outro documento previsto no contrato. 529 a 532CC. g. Venda de bens públicos. A Lei n° 8.666/93 estabeleceregras. 9. DA TROCA OUPERMUTA OCódigoCivilestabelecenocaputdoartigo533quenoscontratosdatrocaoupermutaaplicam- se as regras do contrato de compra e venda, estudados no itemanterior. No entanto, o Código Civil também estabelece algumas exceções, são elas: salvodisposiçãoemcontrário,cadaumdoscontratantespagarápormetadeasdespesas com o instrumento da troca; é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge doalienante. 10. DO CONTRATOESTIMATÓRIO No contrato estimatório, o consignante entrega bem(ns) móvel(is) ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada. Para facilitar a sua compreensão, vamos a ilustração abaixo: Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 16 Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Art.539.Odoadorpodefixarprazoaodonatário,paradeclararseaceitaounãoaliberalidade. Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido,restituir-lhe a coisa consignada. CONSIGNANTE CONSIGNATÁRIO 11. DADOAÇÃO 11.1. Conceito Na doação, há uma liberalidade do donatário, pois ele doa por livre e espontânea vontade um bem que é seu. Assim, de acordo com o Código Civil, a doação é um contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Importante destacar que o donatário não é obrigado a aceitar a doação. Pode ser: Doação pura (ou simples) Doação mediantecondição PAGAMENTO DO PREÇO AJUSTADO OU RESTITUIR-LHE A COISA CONSIGNADA Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 12 Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo. Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição. Art.579.Ocomodatoéoempréstimogratuitodecoisasnãofungíveis.Perfaz-secomatradição do objeto. Ar. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. 11.2. Revogação dadoação Nos termos do artigo 555 do Código Civil, a doação pode ser revogada por: Ingratidão dodonatário Inexecução doencargo 12. DA LOCAÇÃO DECOISAS Ocontratodelocaçãonadamaisédoqueumcontratoondeumadaspartesseobrigaaceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição. 13. DOCOMODATO 14. DOMÚTUO O mútuo é o empréstimo de coisas FUNGÍVEIS. 15. DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO Precisamos ter cuidado com os contratos de prestação de serviços vinculados as leis trabalhistas. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 593. A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á pelas disposições deste Capítulo. Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os materiais. § 1o A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. § 2o O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução. Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos. Caso estejamos diante de uma relação de trabalho, não há em se falar na aplicação das regras do contrato de prestação e serviços previsto no artigo 593, do Código Civil. 16. DAEMPREITADA O empreiteiro pode entrar apenas com o trabalho ou com o trabalho e material. Vai depender de como vai estar ajustado no contrato de empreitada. 17. DODEPÓSITO DEPÓSITO VOLUNTÁRIO NECESSÁRIO 17.1. Do Depósito Voluntário As partes pactuam para que uma delas ou uma terceira pessoa seja o depositário. 13 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 647. É depósito necessário: I - o que se faz em desempenho de obrigaçãolegal; II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque. Art.648.OdepósitoaqueserefereoincisoIdoartigoantecedente,reger-se-ápeladisposição darespectivalei,e,nosilênciooudeficiênciadela,pelasconcernentesaodepósitovoluntário. Parágrafoúnico.Asdisposiçõesdesteartigoaplicam-seaosdepósitosprevistosnoincisoIIdo artigo antecedente, podendo estes certificarem-se por qualquer meio deprova. PROCURAÇÃO Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato. 17.2. Do Depósito Necessário Depósito por força de lei. 18. DOMANDATO Estamos diante de uma procuração. Isto é, a procuração é o instrumento do contrato de mandato. Trata-se de um contrato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. 19. DACOMISSÃO O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. 14 Art. 627. Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar, até que o depositante o reclame. Art. 628. O contrato de depósito é gratuito, exceto se houver convenção em contrário, se resultante de atividade negocial ou se o depositário o praticar por profissão. Parágrafo único. Se o depósito for oneroso e a retribuição do depositário não constar de lei, nem resultar de ajuste, será determinada pelos usos do lugar, e, na falta destes, por arbitramento. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na conclusão dos contratos. Art.722.Pelocontratodecorretagem,umapessoa,nãoligadaaoutraemvirtudedemandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruçõesrecebidas. 20. DA AGÊNCIA EDISTRIBUIÇÃO Nesse contrato, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculosde dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. 21. DACORRETAGEM Nadamaisédoque,umapessoa,nãoligada aoutraemvirtudedemandato,deprestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruçõesrecebidas. Logo, não temos mandatoaqui! 22. DOTRANSPORTE Esse contrato consiste em alguém se obrigar, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas. Pode ser, transporte de coisas ou de pessoas. 15 Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. Art. 694. O comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer das partes. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 TRANSPORTE COISAS PESSOAS Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade. Parágrafo único. É lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o limite da indenização. Art.743.Acoisa,entregueaotransportador,deveestarcaracterizadapelasuanatureza,valor, pesoequantidade,eomaisquefornecessárioparaquenãoseconfundacomoutras,devendo o destinatário ser indicado ao menos pelo nome eendereço. Art.757.Pelocontratodeseguro,oseguradorseobriga,medianteopagamentodoprêmio,a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. 22.1. DO TRANSPORTE DEPESSOAS 22.2.DO TRANSPORTE DECOISAS 23. DOSEGURO Nesse contrato, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. 16 Art.730.Pelocontratodetransportealguémseobriga,medianteretribuição,atransportar,de um lugar para outro, pessoas oucoisas. Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada. Art. 803. Pode uma pessoa, pelo contrato de constituição de renda, obrigar-se para com outra a uma prestação periódica, a título gratuito. Art.804.Ocontratopodesertambématítulooneroso,entregando-sebensmóveisouimóveis à pessoa que se obriga a satisfazer as prestações a favor do credor ou deterceiros. Art.814.Asdívidasdejogooudeapostanãoobrigamapagamento;masnãosepoderecobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ouinterdito. § 1o Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novaçãooufiançadedívidadejogo;masanulidaderesultantenãopodeseropostaaoterceiro deboa- fé. §2oOpreceitocontidonesteartigotemaplicação,aindaquesetratedejogonãoproibido,só se excetuando os jogos e apostas legalmentepermitidos. § 3o Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e regulamentares. 24. DA CONSTITUIÇÃO DE RENDA Na constituição de renda, uma pessoa se obriga para com outra a uma prestação periódica, a título gratuito. 27. DO JOGO E DAAPOSTA Jogo de aposta permitido. De acordo com o Código Civil, as dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. 28. DAFIANÇA O contrato de fiança consiste em uma pessoa garantir a satisfação ao credor de uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. 17 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva. Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas. Art. 851. É admitido compromisso, judicial ou extrajudicial, para resolver litígios entre pessoas que podem contratar. Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido. Art. 861. Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de negócio alheio, dirigi-lo-ásegundoointeresseeavontadepresumíveldeseudono,ficandoresponsávelaeste e às pessoas com que tratar. Art. 862. Se a gestão foi iniciada contra a vontade manifesta ou presumível do interessado, responderá o gestor até pelos casos fortuitos, não provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesseabatido. 29. DATRANSAÇÃO Ambas as partes resolvem transacionar e resolver/solucionar o litígio. 30. DOCOMPROMISSO 31. DOS ATOSUNILATERAIS Da Promessa de Recompensa 32. DA GESTÃO DENEGÓCIOS 33. DO PAGAMENTO INDEVIDO E DO ENRIQUECIMENTO SEMCAUSA Casoapessoapagoualgoquenãoeradevido,temodireitodeserressarcido,sobpenadegerar enriquecimento sem causa. 19 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 POSSE DETENÇÃO PROPRIEDADE DIREITO DAS COISAS 1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A POSSE, DETENÇÃO EPROPRIEDADE De imediato, cumpre destacar que estamos diante de institutos distintos. Noções fundamentais sobre a posse, as suas teorias justificadoras e a posição do Código Civil 1.1. TEORIA SUBJETIVA CLÁSSICA DE SAVIGNY A posse só se configure pela união de corpus e animus. (aqui são elementos separados). A posse é o poder imediato de dispor fisicamente do bem, com o animus rem sibi habendi, defendendo-a contra agressões de terceiros. A mera detenção não possibilita invocar os interditos possessórios, devido à ausência do animus domini. No direito moderno não a como falar nessa teoria. Mesmo com o confronto do nosso código civil artigos 1204 e 1223, alusivos à aquisição e perda da posse. 1.2. TEORIA OBJETIVA DEIHERING Aqui os elementos são: Animus + Corpus – Aqui os dois elementos são considerados como sendo um só (diferente da teoria de Savigny, que considera os dois em separado.). Corpus – modo que o sujeito se relaciona em relação à coisa, não é necessário o contato direito em relação à coisa. TEORIA SUBJETIVA CLÁSSICA DE SAVIGNY CORPUS + ANIMUS (ELEMENTOS DISTINTOS) POSSE TEORIA OBJETIVA DE IHERING CORPUS + ANIMUS (MESMO ELEMENTO) AGIR COMO SE DONO FOSSE O Código Civil adota a Teoria Objetiva de Ihering, em seu artigo 1.196. 3 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 4 TEORIA DE SAVIGNY CORPUS E NÃO TEM O ANIMUS DETENÇÃO TEORIA DE IHERING CORPUS + ANIMUS (MESMOS ELEMENTO) + PRECEITO NEGATIVO No tocante a DETENÇÃO, temos também duas teorias, vejamos: Para o Código Civil a Teoria de Ihering também será aplicado para a detenção, nos termos do artigo1.198. Logo,temos: Teoria Subjetivista Objetivista. 1198 CC. Brasil adotou essa teoria Autor Savigny Ihering Corpus (elemento subjetivo da posse) Poder físico sobre a coisa Atos de proprietário (conforme a destinação econômica da coisa) Animus (elemento objetivo da posse) Intenção ou vontade de dono (animus domini) Agir como se dono fosse (affectio tenedi) Detenção Corpus sem animus Corpus + animus + preceito legal negativo (regra que trata como detenção uma situação em que haveria posse) Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Por fim, temos a PROPRIEDADE. Deacordocomoartigo1.225,doCódigoCivil,équemtemodireitodeusar,fruir(gozar),dispor ereivindicar. 2. POSSE 2.1. CLASSIFICAÇÃO DAPOSSE POSSE DIRETA E POSSE INDIRETA: o proprietário passa a ter o possuidor indireto. Aquele que locou o bem, terá a possodireta. POSSE JUSTA E POSSEINJUSTA. POSSE DE BOA FÉ E DE MÁ FÉ. Boa-fé é quando é ignorado qualquer vício que macule aposse. POSSE NOVA E POSSE VELHA. Será nova quando tiver menos de 1 ano e 1 dia. Será velha, se tiver mais. A classificação através de lapsotemporal. POSSEEXCLUSIVAECOMPOSSE.Composseéquandohámaisdeumpossuidor.Posse exclusiva, só há um possuidor. POSSE NATURAL E POSSECIVIL. Por fim, cumpre destacar que, de acordo com o artigo 1.196 do Código Civil estabelece que considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. 3. PROPRIEDADE Os quatro elementos básicos da propriedade são: • Usar: direito de uso sobre a coisa. Não precisa ser diário nem contínuo. Basta ter o direito aouso. • Fruir: direito de fruir significa o direito de fruição das atividades econômicas que a propriedade pode trazer. • Dispor: consiste no direito do proprietário em dispor, fazer o que quiser com aquele bem. • Restituir: significa ir contra tudo e contra todos em defesa dapropriedade. Lembrando que a propriedade é erga omnes, ou seja, contra tudo e contra todos. 5 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 2.1 MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. REGISTRO: o bem imóvel necessita deregistro. USUCAPIÃO: posse mansa, pacífica, ininterrupta em determinado tempo definido em lei. Isso porque temos espécies de usucapião, são elas: extraordinária (15 anos), ordinária (10 anos), familiar (2 anos), constitucional (urbano ou rural). A coisa tem que ser hábil, pois, os bens públicos não são objetos deusucapião. ACESSÃO: pode ser natural ouartificial. Natural: Formação deilhas. Aluvião. (Acréscimo lento de um terrenoribeirinho). Avulsão. ÁlveoAbandonado. Acessões artificiais. Construções e plantações. SUCESSÃO (causa mortis) – Estudada no Direito desucessões USAR FRUIR DISPOR REINVIDICAR Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 2.2. MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADEMÓVEL USUCAPIÃO (tanto de bens móveis quando bensimóveis); Daocupação. Do achado do tesouro. Datradição. DaEspecificação. Da Confusão, da Comissão e daAdjunção 2.3. PERDA DAPROPRIEDADE. poralienação; pelarenúncia; por abandono; por perecimento dacoisa; pordesapropriação. 2.4. DIREITO DE VIZINHANÇA. “O meu direito termina quando inicia o do seu vizinho”. Os direitos de vizinhança são: Do Uso Anormal da Propriedade: estamos falando da saúde, segurança ousossego. Das Árvores Limítrofes: importa onde está situado o tronco daárvore. Da Passagem Forçada: o juiz vai considerar a passagem forçada como aquela menos onerosa. É importante destacar que ninguém pode ficar sem acesso a viapública. DaPassagemdeCaboseTubulações:terádireitoapassagemdecabosetubulações de forma forçada. O Código Civil também traz estagarantia. Das águas: não pode ser feita uma construção para jogar mais águas para o vizinho, porexemplo. Dos Limites entre Prédios e do Direito de Tapagem: direito de construção. Há limites para aconstrução Do direito deconstruir. 2.5. DOCONDOMÍNIO. Condomínio é uma pluralidade de partes. 7 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 O condomínio pode ser: CO N DO M ÍN IO VOLUNTÁRIO NECESSÁRIO OU LEGAL EDILÍCIO OU EM EDIFICAÇÕES DE LOTES O código civil autoriza o condomínio geral tradicional ou comum que pode ser: • Voluntário. 1314 ss.: ambas as partes optaram em fazer umcondomínio. • Necessáriooulegal1327ess.:Condomínioporforçadelei.Aleivaiimporaexistência daquelcondomínio. • Condomínioedilícioouemedificações1331ess.:vaiteraparteindividualeaparte de usocomum. • Condomínio de Lotes 1358 A CC. Novidade do Código Civil. Condomíniohorizontal. 2.6. DA PROPRIEDADERESOLÚVEL A propriedade nasceu para se resolver, ou seja, foi criada de forma temporária. Em decorrência da propriedade resolúvel, temos a propriedade fiduciária. Da propriedade fiduciária. 2.7. DIREITOS REAIS DE USO EFRUIÇÃO. Superfície: ceder o direito de utilizar asuperfície. Servidão. Usufruto. Uso. 8 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 1.510-A. O proprietário de uma construção-base poderá ceder a superfície superior ou inferior de sua construção a fim de que o titular da laje mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo. § 1o O direito real de laje contempla o espaço aéreo ou o subsolo de terrenos públicos ou privados, tomados em projeção vertical, como unidade imobiliária autônoma, não contemplando as demais áreas edificadas ou não pertencentes ao proprietário da construção- base. § 2o O titular do direito real de laje responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre a sua unidade. § 3o Os titulares da laje, unidade imobiliária autônoma constituída em matrícula própria, poderão dela usar, gozar e dispor. § 4o A instituição do direito real de laje não implica a atribuição de fração ideal de terreno ao titular da laje ou a participação proporcional em áreas já edificadas Habitação. 2.8. DIREITOS REAIS DEGARANTIA. Penhor. Hipoteca. Anticrese. Observe o quadro abaixo: PENHOR HIPOTECA ANTICRESE Móveis (regra) Imóveis (regra) Imóveis Penhor é diferente de penhora. A penhora é uma forma da execução processual. 2.9 DA LAJE(Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm DIREITO DE FAMÍLIA CÓDIGO CIVIL 1916 DIREITO DE FAMÍLIA CÓDIGO CIVIL 2002 DIREITO DE FAMÍLIA 1. CÓDIGO CIVIL 1916 X CÓDIGO CIVIL2002 2. FAMÍLIAS RECONHECIDASATUALMENTE • Matrimonial(Casamento) • Uniãoestável • Monoparental (um dosgenitores) • Famíliahomoafetiva • Família formada peloafeto 3. PRINCÍPIOS DO DIREITO DEFAMÍLIA • Princípio da Dignidade da PessoaHumana • Princípio da isonomia entre os filhos egenitores • Princípio da solidariedade social(familiar) • Princípio da boa-fé 4. PARENTESCO O parentesco é o vínculo que une pessoas. O Código civil divide o parentesco em linhas e graus. As linhas podem ser: reta ou colateral. O grau é a distância que mede entre as pessoas. 3 Caráter instrumental Caráter institucional Unidade socioafetiva Unidade de produção e reprodução Biológica ou sócio afetiva Biológica Hetero ou Monoparental Heteroparental Igualitária substancialmente Hierarquizada Democrática Patriarcal Pluralizada Matrimonializada Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Vejamos: GENITOR FILHO linha reta (Parentesco consanguíneo) NETO Na linha colateral, não há em se falar em ascendente e descendente. A linha colateral precisa sempre buscar o tronco comum. E, ela só vai até o 4º grau. Logo, a linha reta é infinita, já a linha colateral vai até o 4º grau. 4 DESCENDENTE RETA (ilimitada) ASCENDENTE LINHA COLATERAL até o 4o grau 1º GRAU 2º GRAU Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. OCódigoCiviltambémpossibilitaoparentescoporafinidade.Assim,temos:ocasamentoea uniãoestável. Oartigo1.595,doCódigoCivildizqueaocasarouuniãoestável,háoganhodenovosparentes. Assim, na linha reta também é infinito, mas na linha colateral, restringe-se até os irmãos. Logo, por afinidade, o parentesco colateral vai até o 2ºgrau. Resumindo... O parentesco pode ser natural (biológico ou civil), a linha reta é ilimitada e a linha colateral irá até o 4º grau. Já quando falamos em parentesco por afinidade, a linha reta continua ilimitada, mas a linha colateral irá até o 2º grau. De acordo com o princípio da simetria a sogra terá o mesmo parentesco da mãe. O cunhado, terá o mesmo parentesco do irmão. Seocasamentosedissolver,ovínculocomasograéindissolúvel.Jácomocunhado,seextingue com o divórcio ou dissolução da uniãoestável. 5. CASAMENTO De acordo com o Código Civil é comunhão plena de vida, nos termos do artigo 1.511. Segundootextoconstitucional,bemcomodoCódigoCivilde2002,ocasamentoéauniãoformal entre homem e mulher. 5.1. Espécies decasamento Civil: aquele que passa por todas as formalidades nocartório. Religioso com efeitos civis: faz o processo todo no cartório, mas a celebração será noreligioso. 5 Thyanna Parente - thyanna.jus@gmail.com - CPF: 946.654.781-04 Por procuração: desde que esta procuração seja específico. Assim, é possível que tanto o noivo quanto a noiva sejam representados pelo procurador para a celebração docasamento. Nuncupativoouinextremis: équandoapessoaestánoiminenteriscodevidaeela declara o interesse em casar. Neste caso, terá que ter 6 (seis)
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