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MARIANA TOMELERI POLYANA FULCHINI GARCIA BATISTA PROJETO DE MACRO E MICRODRENAGEM URBANA LONDRINA 2020 MARIANA TOMELERI POLYANA FULCHINI GARCIA BATISTA PROJETO DE MACRO E MICRODRENAGEM URBANA Trabalho apresentado a disciplina de Hidrologia, do curso de Engenharia Civil. Prof. Rigoberto Cainzos LONDRINA 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3 2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 5 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 5 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................................. 5 3. MEMORIAL TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS .......................................................... 6 3.1 MACRODRENAGEM ........................................................................................................ 6 3.2 MICRODRENAGEM ......................................................................................................... 9 4. PLANILHA DE MEMORIAL DE CÁLCULO DA MICRO BACIA ............................... 11 5. RESULTADOS OBTIDOS ......................................................................................... 12 6. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 14 3 1. INTRODUÇÃO Uma das atividades econômicas que mais se desenvolve no País é o turismo rural, que teve um crescimento de 30 % e ocupando a quarta posição no segmento no ranking mundial. Por volta de 3% dos turistas de todo o mundo, direcionam suas viagens para destinos rurais. O turista quer um protagonista, que efetivamente vivencia experiências únicas, afirma Valéria Barros, analista da de Atendimento Coletivo Comércio e Serviços do Sebrae. A atividade turística pode ser uma excelente oportunidade para as pequenas propriedades rurais brasileiras, que podem agregar valores socioeconômicos e culturais com uma boa visão empreendedora. Segundo empresários, o turismo rural já é reconhecido como uma atividade comprometida com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços. O estudo mostra também que aumentou o envolvimento de instituições públicas e privadas e de comunidades locais, a disposição da classe empresarial na consolidação dos negócios em prol do desenvolvimento do turismo rural de forma sustentável e o aumento da demanda pela atividade. A necessidade do conhecimento sobre as macrodrenagem e micro drenagem é importante nessa problemática, pois diante dos prejuízos ao meio ambiente e a vida da população que sofre com as cheias, soluções pontuais e a execução de obras pós-desenvolvimento tern cedido lugar a analise da bacia hidrografica e uso de medidas na fonte para planejar o sistema de drenagem nas cidades. Dessa forma, o trabalho a seguir apresentará o memorial técnico de procedimentos a serem realizados em macro e micro bacias, assim também como cálculos específicos em micro bacia na cidade do Rio de Janeiro, especificamente na região do Realengo, como apresentada na figura a seguir. 4 Figura – Localização do Projeto Fonte: Google Maps (2020). Figura – Projeto Fonte: as autoras (2020). 5 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Esse trabalho tem como objetivo desenvolver o estudo das macro e micro bacias a partir de conhecimentos da área e cálculos, definindo seus parâmetros, características, e dimensões. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO - Determinar os parâmetros hidrológicos da bacia hidrográfica em questão, calculando os índices da macro bacia, sendo eles: Coeficiente de compacidade, Fator de forma (Kf), Índice de circularidade (Ic), Densidade de drenagem (Dd), Declividade do talvegue da bacia (S) e Tempo de concentração. - Calcular os seguintes índices: Coeficiente de escoamento superficial ou runoff (C), Intensidade da chuva projetada, Tempo de concentração (tc), e Tempo de retorno, da micro bacia localizada na cidade do Rio de Janeiro - Dimensionar o projeto de micro drenagem na planta do projeto em questão. 6 3. MEMORIAL TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS Sabe-se que de acordo com o levantamento realizado no local o perímetro da bacia mede 8.423 m, a sua área mede 3.677.368 m², seu comprimento axial mede 2.524,488 m e o comprimento dos canais mede 3227,498 m. Diferença entre as cotas 120 m. Serão calculados os seguintes tópicos: Coeficiente de compacidade (Kc); Fator de forma (Kf); Índice de circularidade (Ic); Densidade de drenagem (Dd); Declividade do talvegue da bacia (S); Vazão de projeto (Q); Coeficiente de escoamento superficial ou runoff (C); Intensidade da chuva projetada; Tempo de concentração (tc) e Tempo de retorno (TR). 3.1 MACRODRENAGEM Coeficiente de Compacidade (Kc): é um índice de forma relacionando o perímetro da bacia e a circunferência (perímetro) de um círculo de mesma área. Este coeficiente é um número adimensional, variando com a forma da bacia, independentemente de seu tamanho, sendo que quanto mais irregular for a bacia, maior será o coeficiente de compacidade. Quanto mais próximo da unidade (K=1) for este coeficiente, mais a bacia se assemelha a um círculo, quanto mais semelhante a um círculo, maior será a sua capacidade de proporcionar grandes cheias. √ √ Fator de Forma (Kf): é a relação entre a largura média da bacia e o seu comprimento axial. 7 Índice de Circularidade (Ic): é resultado da relação entre a área da bacia e um quadrado de lado igual ao comprimento axial da bacia, expressando a capacidade da bacia em gerar enchentes. Quanto mais próximo de 1, maior a propensão a enchentes, pois a bacia fica cada vez mais próxima de um quadrado. Densidade de Drenagem (Dd): A densidade de drenagem é reconhecidamente, uma das variáveis mais importantes para a análise morfométrica das bacias de drenagem, representando o grau de dissecação topográfica, em paisagens elaboradas pela atuação fluvial, ou expressando a quantidade disponível de canais para o escoamento e o controle exercido pelas estruturas geológicas (CHRISTOFOLETTI, 1981). Entretanto, Horton (1945) definiu a densidade de drenagem como a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia hidrográfica, estabelecendo assim um importante índice morfométrico para o estudo dos diversos controles atuantes sobre a drenagem. Este índice se expressa, pela seguinte fórmula: 8 Declividade do talvegue da bacia (S): é obtida dividindo-se a diferença total de elevação do leito pela extensão horizontal do curso d’água entre esses dois pontos. Este valor superestima a declividade média do curso d’água e, consequentemente, o pico de cheia. Tempo de concentração (tc): é importante para a análise hidrológica em bacias hidrográficas, sendo essencial na estimativa de vazões máximas. Dentre todos parâmetros de tempo, o tempo de concentração é o mais utilizado (Mc Cuen et al., 1984; Wong 2009). Conforme Pavlovic e Moglen (2008), esse parâmetro reflete a velocidade com que o divisor de águasresponde a eventos de precipitação. Fang et al. (2007) atentam quanto à importância da precisão na estimativa do tempo de concentração (Tc) pois, se o valor do TC é subestimado, tem-se como resultado uma vazão de pico superestimada e vice versa. Pelo método de Kirpich tem-se então: 9 3.2 MICRODRENAGEM Coeficiente de escoamento superficial ou runoff (C): coeficiente de escoamento superficial, ou coeficiente runoff, ou coeficiente de deflúvio é definido como a razão entre o volume de água escoado superficialmente e o volume de água precipitado. Este coeficiente pode ser relativo a uma chuva isolada ou relativo a um intervalo de tempo onde várias chuvas ocorreram. Figura – Tabela Coeficiente de escoamento superficial Fonte: Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro (2010) 10 Tempo de retorno (TR): intervalo em que uma chuva poderá ser igualada com outra, em intensidade e duração. Figura – Tabela tempo de retorno Fonte: Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro (2010). Intensidade da chuva projetada: é a quantidade de chuva que ocorre na unidade de tempo adotada, para uma dada frequência e com uma duração igual ao tempo de concentração. Considerando um tempo de recorrência de 10 anos, teremos: Onde: i = intensidade pluviométrica em mm/h; Tr = tempo de recorrência em anos; t = tempo de duração da precipitação em minutos. 11 Vazão de projeto (Q): para cálculo da vazão há diferentes fórmulas de acordo com as unidades de medidas utilizadas, para calcular a vazão dessa bacia o cálculo é feito da seguinte maneira: OU Onde: C = coeficiente de escoamento; I = intensidade de chuva (mm/h) referente ao tempo Tc; A = área da bacia em km² (primeira fórmula) ou em hectares (segunda fórmula). 4. PLANILHA DE MEMORIAL DE CÁLCULO DA MICRO BACIA Foram desenvolvidos cálculos a partir da área, perímetro, e características do local do projeto proposto, no qual está apresentada na figura a seguir. Figura – Cálculos da Micro bacia Fonte: as autoras (2020). 12 5. RESULTADOS OBTIDOS Em relação aos cálculos da macro (bacia), foram obtidos os seguintes resultados: coeficiente de compacidade (Kc) igual a 1,23 metros; o fator de forma (Kf) foi de 0,57 metros; um índice de circularidade (Ic) de 0,65; a densidade de drenagem (Dd) é 0,877 m/m², declividade do talvegue da bacia (S) igual a 0,047 ou 4,7%; um tempo de concentração (tc) de aproximadamente 25,68 minutos. De acordo com a cidade escolhida para a construção do restaurante, que foi a cidade do Rio de Janeiro, os valores dos coeficientes encontrados foram: coeficiente de escoamento superficial de 0,40; o tempo de retorno foi considerado de 10 anos e a intensidade da chuva projetada encontrou-se 271,8 mm/h. Na micro drenagem calculada através da planilha, primeiramente foi encontrada uma área de 24.471,7086 m² ou 2,44717086 hectares; o mesmo coeficiente de escoamento de 0,40; o tempo de concentração de 5,04 minutos; tempo de retorno igual a 10 anos; a intensidade de precipitação foi de 418,471 mm/h e uma vazão de 1,138 m³/s. 13 6. CONCLUSÃO De acordo com os resultados obtidos através dos cálculos feitos acima e na planilha de cálculo das áreas de contribuição, da macro e micro drenagem, pode-se concluir que a bacia especificada é muito semelhante a um círculo e sendo assim, é considerada uma bacia com alta propensão a grandes enchentes. Além disso, sua densidade de drenagem é regular, ou seja, a velocidade de escoamento da água dessa bacia não é muito rápida. Na micro drenagem, que é o sistema composto pelo pavimento das ruas, sarjetas, caixas de ralo, galerias de águas pluviais, canaletas e canais de pequenas dimensões, é veiculada vazões inferiores ou iguais a 10m³/s, e o resultado encontrado nessa área foi uma vazão de 1,138 m³/s, sendo assim, sua vazão de projeto (vazão máxima para qual o sistema de drenagem será projetado, em função do tempo de recorrência admitido para projeto) está dentro da vazão máxima esperada. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Et Al. Estimativa de tempo de concentração em bacia hidrográfica. XX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. 2013. Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/4d7148aa9edae933b500b44e0d3f297d_57b96c4 00aecfb3306d6091d909da389.pdf. Acesso em: 11 jun 2020. CARVALHO, Daniel Fonseca; SILVA, Leonardo Duarte Batista. Capítulo 7. Escoamento superficial. 2006. Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap7- ES.pdf. Acesso em: 11 jun 2020. FESTI, Aparecido Vanderlei. Coletânea das equações de chuva do Brasil. Disponível em: https://abrh.s3.sa-east- 1.amazonaws.com/Sumarios/110/13d9cc04b7caac079904ef66fcb35ee3_b43668dc3 c5475341b32596fab9ac0b8.pdfAcesso em: 11 jun 2020. PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Instruções técnicas para elaboração de estudos hidrológicos e dimensionamento hidráulico de sistemas de drenagem urbana. 2ª Versão – Julho 2019. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/8940582/4244719/InstrucaoTecnicaREVISAO1 .pdf. Acesso em: 11 jun 2020. file:///C:/Users/Usuario/Downloads/4d7148aa9edae933b500b44e0d3f297d_57b96c400aecfb3306d6091d909da389.pdf file:///C:/Users/Usuario/Downloads/4d7148aa9edae933b500b44e0d3f297d_57b96c400aecfb3306d6091d909da389.pdf http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap7-ES.pdf http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap7-ES.pdf http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/8940582/4244719/InstrucaoTecnicaREVISAO1.pdf http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/8940582/4244719/InstrucaoTecnicaREVISAO1.pdf 15 ANEXOS 16 17
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