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Histologia do fígado e pâncreas

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Mariana Alencastro 
Turma XVII 
Histologia do fígado e pâncreas 
 
Fígado 
É o segundo maior órgão do corpo e a                 
maior glândula. É o órgão no qual os               
nutrientes absorvidos no sistema       
digestório são processados e       
armazenados para serem utilizados por         
outros órgãos; portanto, é uma interface           
entre o sistema digestório e o sangue.             
Todos os nutrientes absorvidos pelo         
intestino chegam ao fígado pela veia           
porta, exceto os lipídios complexos         
(quilomícrons), que chegam pela artéria         
hepática. A posição do fígado no           
sistema circulatório é ideal para captar,           
transformar e acumular metabólitos, e         
para a neutralização e eliminação de           
substâncias tóxicas. A eliminação ocorre         
na bile, uma secreção exócrina do           
fígado, importante para a digestão de           
lipídios. O fígado também exerce função           
muito importante na produção de         
proteínas plasmáticas, como a albumina         
e outras proteínas carreadoras. 
O fígado é revestido por uma cápsula             
delgada de tecido conjuntivo que se           
torna mais espessa no hilo, por onde a               
veia porta e a artéria hepática penetram             
o fígado e por onde saem os ductos               
hepáticos direito e esquerdo, bem como           
os linfáticos. Esses vasos e ductos são             
circundados por tecido conjuntivo ao         
longo de toda a sua extensão até o               
término (ou origem), nos espaços porta           
entre os lóbulos hepáticos. Neste ponto,           
forma-se uma delicada rede de fibras           
reticulares que suporta os hepatócitos         
(células do fígado) e as células           
endoteliais dos capilares sinusóides. 
Lóbulo hepático 
O componente básico estrutural do         
fígado é a célula hepática ou hepatócito,             
que estão agrupadas em placas         
interconectadas nos lóbulos hepáticos. 
Lóbulos hepáticos são formados por uma           
massa poligonal de tecido, em algumas           
regiões da periferia dos lóbulos existe           
tecido conjuntivo contendo ductos       
biliares, vasos linfáticos, nervos e vasos           
sanguíneos. Essas regiões, os espaços         
porta, são encontradas nos cantos dos           
lóbulos. O fígado humano contém de 3 a               
6 espaços porta por lóbulo, ​cada um             
contendo um ramo da veia porta, um             
ramo da artéria hepática, um ducto           
(parte do sistema de ductos biliares) e             
vasos linfáticos. A veia porta contém           
sangue proveniente do sistema       
digestório, do pâncreas e do baço; a             
artéria hepática contém sangue       
proveniente do tronco celíaco da aorta           
abdominal. O ducto, revestido por         
epitélio cúbico, transporta bile       
sintetizada pelos hepatócitos, a qual         
desemboca no ducto hepático. Um ou           
mais linfáticos transportam linfa, a qual,           
eventualmente, entra na circulação       
sanguínea. Todas essas estruturas estão         
envolvidas em uma bainha de tecido           
conjuntivo. 
Os hepatócitos estão radialmente       
dispostos no lóbulo hepático, arranjados         
como os tijolos de uma parede. Essas             
placas celulares estão direcionadas da         
periferia do lóbulo para o seu centro e               
anastomosam-se livremente, formando     
um labirinto semelhante a uma esponja.           
Mariana Alencastro 
Turma XVII 
Os espaços entre essas placas contêm           
capilares, os sinusóides hepáticos.  
As células endoteliais são separadas dos           
hepatócitos adjacentes por uma lâmina         
basal descontínua (dependendo da       
espécie) e um espaço subendotelial         
conhecido como espaço de Disse, que           
contém microvilos dos hepatócitos.       
Líquidos provenientes do sangue       
percolam rapidamente a parede       
endotelial e fazem um contato muito           
próximo com a parede dos hepatócitos, o             
que possibilita uma troca fácil de           
macromoléculas entre o lúmen sinusoidal         
e os hepatócitos, e vice-versa. 
O sinusóide é circundado e sustentado           
por uma delicada bainha de fibras           
reticulares. ​Além das células endoteliais,         
os sinusóides contêm macrófagos       
conhecidos como células de Kupffer.         
Essas células são encontradas na         
superfície luminal das células endoteliais,         
e suas principais funções são:         
metabolizar hemácias velhas, digerir       
hemoglobina, secretar proteínas     
relacionadas com processos imunológicos       
e destruir bactérias que eventualmente         
penetrem o sangue portal a partir do             
intestino grosso. 
No espaço de Disse (espaço         
perisinusoidal), células armazenadoras de       
lipídios, também denominadas células de         
Ito, contêm inclusões lipídicas ricas em           
vitamina A. No fígado saudável essas           
células desempenham várias funções,       
como captação, armazenamento e       
liberação de retinóides, síntese e         
secreção de várias proteínas da matriz           
extracelular e proteoglicanos, secreção de         
fatores de crescimento e citocinas, e           
regulação do diâmetro do lúmen         
sinusoidal em resposta a diferentes         
fatores reguladores (prostaglandinas,     
tromboxano A2 etc.) 
Suprimento sanguíneo 
Sistema portal venoso: ​a veia porta se             
ramifica e envia pequenas vênulas         
portais (interlobulares) aos espaços       
porta. Essas se ramificam em vênulas           
distribuidoras que correm ao redor da           
periferia do lóbulo. A partir delas           
pequenas vênulas desembocam nos       
capilares sinusóides que correm       
radialmente convergindo para o centro         
do lóbulo a fim de formar a veia central                 
ou centrolobular. ​Esse vaso tem parede           
delgada constituída apenas por células         
endoteliais, suportadas por uma       
quantidade esparsa de fibras colágenas.         
À medida que a veia central progride ao               
longo do lóbulo, ela recebe mais e mais               
sinusóides, aumentando gradualmente     
em diâmetro. Ao final, ela deixa o lóbulo               
em sua base, fundindo-se com a veia             
sublobular, de diâmetro maior. As veias           
sublobulares gradualmente convergem e       
se fundem, formando duas ou mais           
grandes veias hepáticas, que       
desembocam na veia cava inferior. 
Sistema arterial: ​a artéria hepática se           
ramifica repetidamente e forma as         
arteríolas interlobulares localizadas no       
espaço porta. Algumas dessas arteríolas         
irrigam as estruturas do espaço porta, e             
outras formam arteríolas que       
desembocam diretamente nos sinusóides,       
provendo uma mistura de sangue arterial           
e venoso portal nesses capilares 
 
O sangue flui da periferia para o centro               
do lóbulo hepático.  
 
 
Hepatócito: 
Mariana Alencastro 
Turma XVII 
São células poliédricas com seis ou mais             
superfícies. Possui grande número de         
mitocôndrias e algum retículo       
endoplasmático liso. ​A superfície de         
cada hepatócito está em contato com a             
parede do capilar sinusóide, através do           
espaço de Disse, e com a superfície de               
outros hepatócitos. Sempre que dois         
hepatócitos se encontram, eles       
delimitam um espaço tubular entre si           
conhecido como canalículo biliar. Eles         
constituem a primeira porção do sistema           
de ductos biliares, são delimitados         
apenas pela membrana plasmática de         
dois hepatócitos e contêm poucos         
microvilos em seu interior. As         
membranas celulares próximas desse       
canalículo estão unidas firmemente porjunções de oclusão.  
Os canalículos biliares formam uma rede           
complexa que se anastomosa       
progressivamente ao longo das placas do           
lóbulo hepático, terminando na região do           
espaço porta. Sendo assim, a bile flui             
progressivamente na direção contrária do         
sangue, do centro do lóbulo para a sua               
periferia, onde a bile adentra os dúctulos             
biliares (canais de Hering) ,         
constituídos por células cuboidais. Após         
uma curta distância, esses canais         
terminam nos ductos biliares localizados         
no espaço porta . Ductos biliares são             
formados por epitélio cubóide ou colunar           
e contêm uma bainha distinta de tecido             
conjuntivo. Esses ductos gradualmente       
aumentam e se fundem, formando o           
ducto hepático, que, em seguida, deixa o             
fígado. 
A superfície do hepatócito que está           
voltada para o espaço de Disse contém             
muitos microvilos, mas existe sempre         
um espaço entre eles e a parede do               
sinusóide. ​O hepatócito tem um ou dois             
núcleos arredondados, contendo um ou         
dois nucléolos. O hepatócito também         
contém abundante retículo     
endoplasmático, tanto liso quanto       
granuloso. ​Este último forma agregados         
que se dispersam no citoplasma, os           
quais são frequentemente denominados       
corpos basofílicos. Diversas proteínas (p.         
ex., albumina, fibrinogênio) são       
sintetizadas em polirribossomos nessas       
estruturas. Um dos principais processos         
que ocorrem no REL é a conjugação da               
bilirrubina tóxica e hidrofóbica com o           
glucuronato. O hepatócito     
frequentemente contém glicogênio. Outro       
componente frequente é a gotícula         
lipídica. Os lisossomos do hepatócito são           
importantes na degradação e renovação         
das organelas que contêm enzimas.         
Algumas das suas funções são: oxidação           
de ácidos graxos em excesso; quebra do             
peróxido de hidrogênio gerado por essa           
oxidação (por meio da atividade da           
enzima catalase); quebra de purinas em           
excesso 
(monofosfato 
de adenosina   
[AMP], 
monofosfato 
de guanosina   
[GMP]), com   
consequente 
formação de   
ácido úrico e     
participação 
na síntese de     
colesterol; 
ácidos biliares   
e alguns lipídios utilizados para a síntese             
de mielina. 
Pâncreas  
Mariana Alencastro 
Turma XVII 
É uma glândula mista exócrina e           
endócrina que produz enzimas digestivas         
e hormônios. As enzimas são         
armazenadas e secretadas por células da           
porção exócrina. ​Os hormônios são         
sintetizados em grupamentos de células         
epiteliais endócrinas conhecidos como       
ilhotas pancreáticas ou ilhotas de         
Langerhans.  
A porção exócrina do pâncreas é uma             
glândula acinosa composta, similar a         
glândula parótida. A distinção dessas         
glândulas pode ser feita com base na             
ausência de ductos estriados e na           
existência das ilhotas pancreáticas no         
pâncreas.  
Outro detalhe característico do pâncreas         
é a penetração das porções iniciais dos             
custos intercalares no lúmen dos ácinos.           
Núcleos circundados por citoplasma claro         
pertencem às células centroacinosas que         
constituem a porção intra-acinosa dos         
ductos intercalares. Essas células são         
encontradas apenas nos ácinos       
pancreáticos, e os ductos intercalares         
são tributários de ductos interlobulares         
maiores revestidos por epitélio colunar.  
O ácino pancreático exócrino é         
constituído por várias células serosas que           
circundam o lúmen que são polarizadas           
com um núcleo esférico, sendo típicas           
células secretoras de proteínas. 
Uma cápsula delgada de tecido         
conjuntivo reveste o pâncreas e envia           
septos para o seu interior, separando-o           
em lóbulos. Os ácinos são circundados           
por uma lâmina basal, que é sustentada             
por uma bainha delicada de fibras           
reticulares. O pâncreas também tem         
uma rede capilar extensa, essencial para           
o processo de secreção.  
O pâncreas exócrino secreta diversas         
proteinases, amilase, lipase e fosfolipase         
A2 e nucleases. ​A maioria das enzimas             
são armazenadas na forma inativa nos           
grânulos de secreção das células         
acinosas, sendo ativadas no lúmen do           
intestino delgado após a secreção.   
A secreção pancreática exócrina é         
controlada principalmente por dois       
hormônios, a secretina e colecistoquinina         
que são produzidas por células da           
mucosa intestinal. O estímulo       
parassimpático também aumenta a       
secreção pancreática.  
A existência de ácido no lúmen           
intestinal é um forte estímulo para           
secreção de secretina que libera uma           
secreção alcalina que neutraliza a acidez           
do quimo para que as enzimas           
pancreáticas possam funcionar em sua         
faixa ótima de pH. ​A liberação de             
colecistoquinina é estimulada por ácidos         
graxos de cadeia longa, ácido gástrico e             
alguns aminoácidos essenciais no lúmen         
intestinal, promovendo uma secreção rica         
em enzimas que atuam na extrusão dos             
grânulos de zimogênio ou pró-enzimas.  
 
Vesícula biliar 
Não produz diretamente a bile, mas           
armazena

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