Buscar

atividade 1 TEORIAS DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM


Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS POR CRIANÇAS SURDAS
O processo de aquisição da linguagem descrito aqui é baseado em pesquisas com crianças surdas, filhas de pais surdos, em comparação com crianças ouvintes; no entanto, essas crianças constituem uma minoria perto de todas as crianças surdas. As línguas de sinais não são universais, ou seja, cada país tem sua própria língua de sinais, por exemplo, BSL (British Sign Language), ASL (American Sign Language) e LIBRAS (Brazilian Sign Language). Seus sistemas de linguagem são independentes das línguas faladas, eles são abstraídos de regras gramaticais e classificados como linguagens espacial-visuais. Essas são linguagens que também são interessantes na pesquisa generativa, pois correspondem ao modelo de linguagem mente / cérebro humano.
Estágio de Sinal
 Começa por volta dos 12 meses da criança surda e vai até aos 2 anos de idade. Estudos mostram que a criança surda, filha de pais surdos, inicia a fase de sinalização por volta dos 6 meses, enquanto uma criança ouvinte inicia a linguagem oral por volta dos 12 meses; entretanto, sabe-se que essa produção gestual inicial está relacionada ao balbucio de crianças sem perda auditiva. As formas inflexíveis são as primeiras a aparecer, enquanto as formas flexíveis são usadas morfofonemicamente. Crianças surdas, menores de 2 anos, não utilizam os dispositivos indicativos da ASL, ou seja, não utilizam pronomes mesmo quando imitam os pais. Menores de 1 ano usam o apontar também como criança que adquire a linguagem oral, e esse processo desaparece quando começa a fase de um sinal.
O primeiro estágio de conexão 
Essa fase ocorre por volta dos 2 anos de idade e a sequência utilizada nas combinações frasais é: SV, VO ou posterior SVO, limitada em termos de conexões lexicais e fonológicas, além da inflexão de alguns verbos. Por conta dessa deficiência, as crianças surdas utilizam duas estratégias para marcar as relações gramaticais, a saber: inclusão de ponteiros e ordem das palavras. Neste estágio, o uso da forma de pronome começou, mas ainda inconsistentemente; Existem erros, principalmente em relação aos sinais de pronomes, como o uso de "tu" em vez de "eu". Foi observado na pesquisa que a indicação diz respeito ao sistema pronominal, ou seja, o sistema de determinantes e modificadores em que os objetos são nomeados e referenciados apenas nas situações do contexto imediato, ou seja, no espaço onde o não ouvinte está localizado.
Estágio combinado 
Por volta dos 2 anos e meio a 3 anos de idade, uma criança surda inicia um processo de derivação, expansão do vocabulário e formação de pronomes para indicar pessoas e objetos que não estão fisicamente presentes no espaço em que estão. Surgem as supergeneralizações, que são variações de verbos que não podem ser flexionados com a língua de sinais. As crianças usam verbos sempre direcionados, pensando que só eles fazem parte do vocabulário. Aos 4 anos, a língua de sinais ainda não é correta, pois deixam de fazer referências e têm dificuldade em estabelecer associações entre lugar e referências, e a partir dos 5 ou 6 anos são as crianças surdas que começam a corrigir os erros apresentados nessas associações.
Em LIBRAS, a partir dos 3 anos e meio, aplica-se o cumprimento das referências atuais. Aos 5 e 6 anos, torna-se comum o uso de zero sujeito e objeto. No entanto, ao se referir aos designativos ausentes do diálogo, é necessário definir os designados de forma mais clara.
Aquisição de L2
 L2 é a aquisição de uma linguagem escrita que representa uma linguagem oro-auditiva, enquanto L1 é uma representação em linguagem de sinais; da mesma forma que crianças ouvintes geralmente aprendem uma língua estrangeira como segunda língua, também uma criança surda aprende sua "língua materna" por escrito como segunda língua. O processo de aquisição de L2 em crianças surdas não ocorre de forma natural e também é dificultado por questões externas como sociais, emocionais, de idade e até mesmo pelas estratégias e estilos de aprendizagem utilizados. O input L2 (aprendizagem) para surdos é essencialmente visual e a interação com o português (para a maioria das crianças surdas brasileiras) é muito importante para que este input venha naturalmente do português escrito. O output (expressão) do aluno surdo é fundamental para o desenvolvimento da expressão de ideias que tenham relação direta com a LIBRAS.
Esse processo de aquisição / aprendizagem de L2 não é essencial, mas para uma maior interação na sociedade, os surdos iniciam o processo para se relacionar melhor com os outros cidadãos.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando