Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Supervisão – revisão para ETP EIP SAÙDE A psicologia no contexto hospitalar foi gerada à margem do modelo biomédico, sofrendo as influências da moderna Medicina Científica, do pensamento cartesiano, da relação de causa e efeito, do distanciamento do homem enquanto ser modelo biomédico QUESTIONADO POR: - por não fornecer uma compreensão completa e profunda dos problemas humanos; - por atender a interesses minoritários; - por não atingir um conhecimento tal que permitisse relacionar a doença com a existência do homem; - por dissociar a promoção da saúde, mesmo exibindo excelência técnico-científica; - por impor o conhecimento único e totalitário do médico; - por negar a existência individual do paciente; - por não aceitar, enfim, as influências da interação mente, corpo e meio ambiente, em uma perspectiva holística. MUDANÇA DE PARADIGMAS EM SAÚDE E A NECESSIDADE DE TRANSITAR DO MODELO BIOMEDICO PARA O BIOPSICOSOCIOCULTURAL OBJETIVO Psicologia DA SAÚDE ---- o saber é utilizado na promoção e manutenção da saúde, na prevenção e no tratamento da doença, na identificação da etiologia e no diagnóstico relacionados à saúde, à doença e às disfunções, bem como no aperfeiçoamento do sistema de política de saúde. Além dos reflexos das mudanças dos paradigmas em saúde, várias circunstâncias podem ser citadas como propícias para este desenvolvimento: • a introdução de novas drogas no tratamento dos pacientes que facilitam o desencadeamento de transtornos psicológicos; • a intensificação de realização de complexos procedimentos cirúrgicos, com conseqüente necessidade dos pacientes permanecerem em unidades de terapia intensiva e unidades de recuperação (iatrogênicas, em uma aproximação psicológica); • • a admissão, cada vez mais freqüente, no hospital geral, de pacientes que necessitam de manejo médico e psicológico simultaneamente (tentativas de suicídio, episódios psicóticos agudos, exacerbação de transtornos latentes, alcoolismo, drogadição, entre outros); O ressurgimento de estudos retomando a ligação mente e corpo, enfatizando as influências sociais e culturais na ocorrência e manutenção das doenças • reconhecimento maior dos fatores psicossociais das doenças, além da ênfase nas aspectos preventivos em saúde, traduzindo – de forma natural, a influência dos fatores psicológicos no desenvolvimento e exacerbação das doenças; ] • diversificação e ampliação do número de profissionais de saúde e várias especialidades médicas no cuidado aos pacientes, diversificando formas e métodos de tratamento; • desenvolvimento tecnológico da medicina que incluiu ações diagnósticas e terapêuticas cada vez mais refinadas mas também intensamente despessoalizadas, desumanizadas; • desenvolvimento e publicação de achados em psicologia da saúde, especialmente relativos aos reflexos da doença e hospitalização no desencadeamento de descompensações psicológicas; • incremento, nos meios de comunicação, de temas relativos à saúde, direitos e deveres, incentivando o paciente a tornar-se elemento ativo no processo, o que altera – significativamente, a relação com os profissionais de saúde e com a instituição; • aumento dos trabalhos em equipe, com diversificação nas relações de poder e conseqüente habilidade para atividades de trocas interdisciplinares. • a institucionalidade que impõe limites e resistência, pressupondo adaptações teórico-práticas que levam o psicólogo a redefinir sua práxis no próprio espaço institucional e conjuntamente com outros profissionais, demandando atuação interdisciplinar; A atuação do psicólogo hospitalar está diretamente determinada por limites institucionais, pela instituição em si - o hospital - caracterizado por regras, rotinas, condutas específicas, dinâmicas que devem ser respeitadas e seguidas, limitando as possibilidades de atuação do profissional. E, nessa medida, o psicólogo encontra um espaço institucional resistente - segunda característica peculiar da psicologia hospitalar, na medida em que o psicólogo no hospital não era elemento previsto, dada a valorização do aspecto orgânico das doenças e dos doentes, em detrimento do aspecto psíquico, refletindo a força do modelo biomédico, em detrimento do modelo biopsicossocial. A assistência psicológica no hospital é definida por especificidades que norteiam o exercício profissional do psicólogo no hospital: • a multiplicidade de enfoques e solicitações, que leva o profissional a transpor os limites de seu consultório, mantendo contato obrigatório com outras profissões, pressupondo disponibilidade, formação específica, objetividade e coerência que abrangem, necessariamente, reformulações teóricas e metodológicas; o psicólogo hospitalar atende um paciente em pré-operatório, ora atende um surto psicótico na UTI, ora atende uma tentativa de suicídio no Pronto Socorro, ora atende um paciente terminal, ora atende um paciente que não aceita tomar a medicação, ora atende um familiar desestruturado ou ainda, um membro da equipe de saúde ‘stressado’. Essa amplitude abrange desde distúrbios de comportamento, influência de fatores psicológicos sobre o funcionamento orgânico, reações de não aderência ao tratamento, distúrbios de personalidade afetando as relações, manifestações depressivas, manifestações de ansiedade, casos de dor crônica ou aguda, distúrbios de sono, quadros de delirium, demência e outras síndromes organo-cerebrais, disfunções sexuais com etiologia orgânica e/ou psíquica, manifestações decorrentes de efeitos medicamentos, distúrbios psiquiátricos, estados terminais, casos de abuso sexual e maus tratos, entre tantos outros. Ressalta-se que à multiplicidade de solicitações segue a consistente e rápida capacidade de ação emergencial do profissional. • a nova espacialidade e a nova temporalidade que determinam o fim da privacidade e a imposição do ritmo temporal do próprio paciente, que definem uma reformulação interna do psicólogo coerente com uma adaptação à nova forma de atuação; • A nova espacialidade, além de definir características específicas aos atendimentos psicológicos e de pressupor reformulações internas aos profissionais que na formação, recebem orientações distintas, pressupõe a premissa de inserção à instituição, visando essencialmente o paciente. O espaço do paciente no hospital define-se por seu leito, em determinada enfermaria, individualmente ou em conjunto a outros pacientes. Propostas de trabalhos fora das enfermarias, eventualmente podem resultar em resultados positivos, mas em geral incluem dificuldades como a delimitação de um horário adequado, entre condutas diagnósticas e terapêuticas. No hospital, ao contrário, o psicólogo seguirá o tempo do paciente, em exercício de apreensão de suas necessidades psicológicas aliadas à situação de doença e hospitalização. Assim, por exemplo, pacientes em pré-operatório podem exigir atendimentos prolongados para uma adequada preparação que visa, essencialmente, a manutenção de equilíbrio psicológico necessário para o enfrentamento da situação. Não raro, muitos pacientes, durante a administração do quimioterápico em sala de quimioterapia, requisitam a presença do psicológo, como elemento de alívio. No mesmo sentido, longos atendimentos de apoio podem ser realizados em unidades de diálise durante o tratamento dialítico. Em contrapartida, pacientes com dores, sonolentos por medicação ou apresentando efeitos colaterais da doença ou tratamento, podem suportar breves atendimentos. Além disso, contextualmente, a Psicologia Hospitalar deve ser definida pelo modelo clássico de Psicologia de Ligação, estratégia que contextualiza a tarefa entre a Psicologia e a Medicina no Hospital, abrangendo os níveis de assistência, ensino e pesquisa, a pacientes, familiares e equipes de saúde. No modelode Ligação o psicólogo tem como base assistir o paciente de forma integral (biopsicossocial), onde há um intercâmbio de conhecimento, onde essa troca gera transformação no saber e na prática do outro, sendo que as funções são integradas entre as diferentes especialidades, existindo um campo comum de ação e áreas específicas de atuação, porém com discussão em comum das condutas. A tarefa está fundamentada na humanização do atendimento hospitalar, em prática interdisciplinar. O campo de atuação do psicólogo no contexto hospitalar, define- se pela consideração de que a doença tem como princípio reflexo a desarmonização da pessoa. Nessa medida, estar doente, implica em desequilíbrios que podem ser compreendidos, em uma visão holística, como um abalo estrutural na condição de ser, chocando-se ao processo dinâmico de existir, rompendo as relações normais do indivíduo tanto consigo quanto com o mundo que o rodeia. Portanto, o ser doente (o paciente) vê-se em específica situação; sua existência delimita-se pela vivência da doença, modificando sua existência e definindo o estar doente. O objeto de estudo do psicólogo no contexto hospitalar, portanto, constitui-se pelo ser doente, um ser dinâmico, dotado de corpo e alma (como unidade) que adoeceu, em um determinado ambiente. Ao buscar, em sua prática clínica, resgatar o equilíbrio e a integração desse ser doente, em sua totalidade, define-se a visão e o lidar do homem, como unidade biopsicossocial, em um contexto psico-sócio-cultural. Assim, a delimitação do campo de estudo da psicologia no contexto hospitalar integra três amplos aspectos: • o doente e sua história (o ser e o estar doente); • a relação do doente com a internação • e a intervenção terapêutica voltada ao ser doente, a seus familiares, à equipe de saúde • à interação entre o paciente, a equipe e a instituição de saúde. • avaliação do grau de comprometimento emocional causado pela doença, tratamento e/ou internações, proporcionando condições para o desenvolvimento ou manutenção de capacidades e funções não prejudicadas pela doença, tanto a pacientes como a seus familiares; • favorecimento ao paciente, da expressão de sentimentos sobre a vivência da doença, tratamento e hospitalizações, situações por si só, mobilizadoras de conflitos, facilitando a ampliação da consciência adaptativa do paciente, ao minimizar o sofrimento inerente ao ser e estar doente; • fazer com que a situação de doença e tratamento sejam bem compreendidas pelo paciente, evitando sempre que possível, situações difíceis e traumáticas, favorecendo a participação ativa do paciente no processo; • atuar em nível de humanização do atendimento, propiciando preparo para hospitalização, minimização de práticas agressivas através de preparo para condutas terapêuticas, exames, cirurgias, incentivo às visitas, preparo da alta e encaminhamento a serviços especializados da comunidade; • melhorar a qualidade de vida dos pacientes, facilitar a integração dos pacientes nos serviços e unidades; No contexto hospitalar, a tarefa psicológica no hospital deve seguir alguns objetivos, gerais e específicos: • detectar e atuar frente aos quadros psicorreativos decorrentes da doença, do afastamento das estruturas que geram confiança e segurança ao paciente, quebra do cotidiano e diferentes manifestações causadas pela doença e hospitalização; • detectar condutas e comportamentos anômalos à situação de doença e hospitalização, orientando e encaminhando para tratamento específico; • detectar precocemente antecedentes ou alterações psicológicas que possam comprometer o processo de tratamento médico, orientando e encaminhando a serviços especializados; • fornecer apoio e orientação psicológica aos familiares dos pacientes internados, incentivando a participação da família no processo de doença; • contribuir para um melhor entendimento por parte da equipe de saúde dos comportamentos, sentimentos e reações dos pacientes e familiares; • estimular o contato íntimo e diário em equipe, visando discussões informais de casos clínicos e troca de informações profissionais; • estimular a realização de reuniões interdisciplinares para discussão de casos clínicos, estabelecimento de condutas uniformes e aprimoramento do atendimento; • desenvolver programas de saúde e pesquisas científicas. O psicólogo que atua no hospital tem possibilidade de agir preventivamente, bem como exercitar-se em ação diagnóstica e também terapêutica. Dessa forma, em contraste com abordagens tradicionais, no hospital, a intervenção psicológica deve ser norteada pela terapia breve e/ou de emergência, de apoio e suporte ao paciente. • Caracteriza-se em atendimento psicológico emergencial e focal, considerando-se o momento de crise vivenciado pelo indivíduo na situação especial e crítica de doença e hospitalização. • a intervenção psicológica no hospital deve caracterizar-se, predominantemente, por limite de tempo imposto sobre a duração do processo, um papel muito mais ativo do terapeuta, maior orientação no contexto do processo terapêutico e objetivos de tratamento mais limitados e específicos, delineados por hipóteses diagnósticas circunstanciais. • O método terapêutico no hospital deve ser breve pois a psicoterapia breve utilizada no hospital possui algumas vantagens bem delimitadas: primeiramente, a atuação imediata do psicólogo diante da situação crítica determinada pela doença, hospitalização e suas intercorrências, traz alívio ao desequilíbrio agudo, agindo preventivamente contra a cronicidade dos sintomas. Assim, a utilização da psicoterapia breve no hospital pode impedir que vivências, inerentes ao ser e estar doente, tornem- se irreversivelmente nocivas. A enorme demanda de pacientes e o - quase sempre, limitado número de psicólogos, impõem a necessidade de técnicas mais coerentes, na tentativa de obter mudanças estruturais e dinâmicas na situação de doença e hospitalização para paciente e familiares, abreviando-se o tempo de duração do tratamento e aproximando em tempo, resultados mais precisos. O processo psicoterápico breve é o mais indicado no contexto hospitalar, visando a obtenção de condutas mais realistas e adequadas à situação de doença e hospitalização e pela possibilidade de diagnóstico precoce. E, nessa medida, o psicólogo no contexto hospitalar não deve esperar pelo encaminhamento de pacientes internados, mas sim estar com eles, em exercício diário nas enfermarias, unidades e ambulatórios, como decodificador de suas dificuldades, em prática de ligação entre a Medicina e a Psicologia. Teoria da Crise A intervenção em situações trágicas visa, sobretudo, a busca por auxiliar o sujeito (vítimas e/ou intervencionistas) em sua reorganização psíquica e social, com o intuito de minimizar possíveis agravos da saúde, física e emocional. Para isso, se utiliza da ideia que pessoas que sofrem um abalo em sua estrutura, ocasionado por um evento interno ou externo, entram em uma situação denominada crise que é "um estado temporal de transtorno e desorganização, caracterizado principalmente por uma incapacidade do indivíduo para manejar situações particulares utilizando métodos comumente conhecidos para a solução de problemas, e pelo potencial para obter um resultado radicalmente positivo ou negativo". Desta forma, o ponto chave de qualquer intervenção psicológica em um momento de crise, que pode ser decorrente de um acontecimento catastrófico, está calcado no conhecimento de que a pessoa possui habilidades e condições de superação de forma positiva do estresse desencadeador e que a intervenção possui seu foco na prevenção para que o caminho já disponível ocorra da melhor forma possível. Em se tratando de grandes calamidades,os movimentos em prol da reorganização do lugar afetado e o desejo genuíno de muitas pessoas de ajudar nestas situações, mesmo, muitas vezes, tendo perdido todas as suas referências, é incrível. Também os trabalhos voluntários que se articulam rapidamente frente à tragédia e à sensibilização da população nas doações são exemplos da atitude positiva que o ser humano é capaz de colocar em prática. . . Desta forma, o papel do psicólogo faz a diferença, encorajando e facilitando para que as pessoas não sejam somente ajudadas, mas que possam se ajudar, e para não vitimizá-las cada vez mais, convidando-as a um papel ativo neste processo. A principal atenção humana que a psicologia pode oferecer é o conhecimento do potencial humano. Objetivo – acionar a parte saudável preservada da pessoa, ativar recursos de enfrentamento e recursos sociais. PAP – Primeiros Auxílios Psicológicos – diminuir o risco de morte e orientar a pessoa nas festas disponíveis. IASC e OMS – 2007 legitimam esse instrumento (PAP) que pode ser utilizada por qq pessoa orientada e engajada no evento– respostas humanitárias de apoio aos seres humanos que se encontram em sofrimento e precisam de apoio, cuidados básicos para evitar mais danos. - olhar - ouvir - vincular Autonomia da pessoa para lidar com o ocorrido e retomar o controle de si e do efeito sobre si. PAP - Realizar o contato, - Analisar o problema; - Analisar as possíveis soluções; - Executar ações concretas; Os profissionais de saúde também correm risco se os pacientes com COVID-19 não forem identificados precocemente. Caso contrário, médicos e enfermeiros podem começar a tratá-los sem tomar as precauções necessárias, o que os deixa mais expostos à infecção e à propagação do vírus aos demais. Também é emocionalmente demandante para os profissionais de saúde ter que cuidar de seus colegas e vê-los, em algumas circunstâncias, se tornarem pacientes. Isso aumenta o estresse de trabalhar durante um surto de rápida evolução, em especial, quando a doença causa ansiedade e provoca mobilização na população geral. As principais causas de ansiedade no Prof da Saúde são: Falta de EPI; Ser exposto á covid 19 e levar o vírus para sua família; Não ter acesso á testagem rápida\ se apresentarem os sintomas; Incerteza sobreo suporte da instituição (incluindo família) caso fique infectado; Acesso á cuidados aos filhos enquanto creches e escolas estiverem fechadas; Suporte necessário para você e sua família (alimentação, higiene, transporte) quando as horas e demandas de trabalho aumentarem; Ter habilidades prévias se for transferido de área; Falta de acesso a informações e comunicações atualizadas. Cada criança que fica doente tem uma reação psicológica à sua doença, sendo esta considerada a tensão generalizada mais comum que pode vir a ocorrer com esta em desenvolvimento. Algumas reações são gerais, outras são específicas da doença. As reações gerais dependem de diversos fatores, são eles: • os estágios evolutivos da criança (seus níveis de desenvolvimento cognitivo e emocional e a capacidade adaptativa prévia), • o grau de sofrimento e mutilação e o significado que a doença tem para a criança e os pais, • a relação pai-filho e a resposta da criança à reação dos pais, • a reação psicológica da criança aos procedimentos médicos e cirúrgicos, separações, hospitalização e • a interferência resultante nas funções físicas, psicológicas e sociais. As reações específicas dependem, em parte, da natureza e severidade da doença. Brincar constitui-se como a principal forma de comunicação da criança doente e hospitalizada. Brincar é parte integrante da vida das crianças e através do brincar, as crianças desenvolvem: seu entendimento de mundo exercitando sua competência para interagir nesse mundo. Na brincadeira, a criança pode representar através de um objeto, algo que não seja exatamente o objeto que possui, remetendo a uma situação ou evento particular. Através das brincadeiras simbólicas, as crianças podem se apropriar de seu mundo interior, de seus sentimentos, desejos, temores, revivendo acontecimentos de sua vida diária e assim buscando entender e arranjar formas de lidar com as situações que lhe angustiam. A função simbólica e as representações mentais desempenham função de grande importância na vida mental, no desenvolvimento e adaptação da criança ao mundo em que vive. Enquanto a criança "brinca", provoca situações nas quais pode lidar de maneira positiva com ansiedades e incertezas, buscando controlar a realidade. Através da repetição de eventos ameaçadores (como a vivência da hospitalização), as crianças podem transformar-se em agentes ativos com sentimentos de controle. Assim, o brincar também é um processo de controle onde o resultado é a capacidade. Através do brinquedo, a criança tem a possibilidade de: experienciar, tomar consciência, descobrir alternativas e assimilar vivências, auxiliando-a na elaboração do processo de doença e hospitalização. Ao "brincar", a criança doente pode: Recuperar capacidades, Desenvolver senso de controle, Exercitar a flexibilidade e espontaneidade, Reparar frustrações, Exercitar mecanismos de adaptação ao desconhecido, Melhorar seu desempenho, Recuperar capacidade de diversão. Recuperar motivação e volição. Em sua essência, o brincar ajuda a criança doente e hospitalizada a recuperar seu equilíbrio, descobrir e utilizar alternativas, minimizando o impacto psicológico gerado pela instalação da doença, a limitação de atividades e a perda da autonomia, inerentes à hospitalização. O brincar no hospital, auxilia as crianças doentes a sentirem-se mais fortes, plenas de que possuem escolhas, mesmo na situação de doença. LEIA O CASO CLINICO E AVALIE EXAME PSIQUICO, MANIFESTAÇÕES PSIQUICAS E COMPLEXIDADE EMOCIONAL PSICOLOGIA HOSPITALAR - SEMI INTENSIVA MATERNIDADE 7º ANDAR DIAGNÓSTICO CLÍNICO ATUAL: GESTANTE COM CERVICODILATAÇÃO PRECOCE/ TPP ANTECEDENTES CLÍNICOS: NEGA ANTECEDENTES PSIQUIÁTRICOS: TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA HÁ 3 ANOS SEM ACOMPANHAMENTOS PSIQUIÁTRICO E PSICOLÓGICO REGULARES H.P.: Paciente XX, sexo feminino, 31 anos, casada, gestante de 31 semanas, vigilante sanitária. H.P.M.A.: No momento do atendimento, paciente refere crise de ansiedade após ter realizado pré natal. Relata que médica responsável sinalizou possibilidade de nascimento prematuro e necessidade de internação, porém nem ela nem o bebe correm risco. Discorre sobre medo de bebê morrer (sic). Verbaliza que só consegue ver o lado ruim da situação (sic). Verbaliza desejo de ser mãe, porém revela não ter sido planejado. Compartilha ter realizado acompanhamentos psiquiátrico e psicológico há 3 anos, com uso de medicação contínua. Comenta que encerrou tratamento por conta própria há 2 anos, porém mantém uso de medicação contínua pois consegue a receita com cardiologista, amigo da família (sic). Atualmente não realiza acompanhamentos psiquiátrico e psicológico externos. EXAME PSÍQUICO: Consciência Clínica - Normal Senso Percepção - Normal Pensamento - Normal Linguagem - Normal Cognição - Normal Consciência do eu - Normal Controle de Impulsos - Normal Juízo Crítico - Normal Motivação e volição - Normal Memória - Normal Afetividade - Alterada (ANSIEDADE EXACERBADA PERMEADA POR ANGÚSTIA) MANIFESTAÇÕES PSÍQUICAS E COMPORTAMENTAIS: Perda de autonomia Impotência Privação de liberdade Frustração Insegurança Medo fantasmático Fantasias COMPLEXIDADE EMOCIONAL: Alta complexidade emocional justificada por: Frágil estado psicológico geral devido necessidade de hospitalização Frágeis recursos de enfrentamento da situação Sequelas emocionais advindas de atual momento vivenciado Antecedente psiquiátrico (TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA HÁ 3 ANOS SEM ACOMPANHAMENTOS PSIQUIÁTRICO E PSICOLÓGICO REGULARES) Fantasias e falsos conceitos do adoecer, o que interfere no processoatual Alteração em resiliência Alteração no exame psíquico em afetividade, com presença de ansiedade exacerbada permeada por angústia AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: Paciente avaliada pelo Serviço de Psicologia Hospitalar, encontrava-se consciente, contactuante, orientada e receptiva durante o atendimento. A avaliação psicológica apontou alta complexidade emocional, com frágil estado psicológico geral devido necessidade de hospitalização, apresentando frágeis recursos de enfrentamento da situação, com presença de sequelas emocionais advindas de atual momento vivenciado, bem como antecedente psiquiátrico (TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA HÁ 3 ANOS SEM ACOMPANHAMENTOS PSIQUIÁTRICO E PSICOLÓGICO REGULARES). Apresenta boa compreensão de quadro clínico atual e plano terapêutico. Apresenta fantasias e falsos conceitos do adoecer, o que interfere no processo atual. Noto alteração em resiliência, o que viabiliza alteração no exame psíquico em afetividade, com presença de ansiedade exacerbada permeada por angústia. LEIA O CASO CLINICO E AVALIE EXAME PSIQUICO, MANIFESTAÇÕES PSIQUICAS E COMPLEXIDADE EMOCIONAL Caso Clinico UTI – Paciente XX, Sexo feminino, 71 anos, divorciada, 3 filhos, aposentada, reside sozinha. Paciente relata que está internada há um dia em decorrência dos sintomas de dor abdominal e vários episódios de evacuação com diagnóstico de suboclusão, com antecedentes clínicos de Câncer de Reto, reconstrução intestinal há 02 anos e HAS. Desacompanhada durante o atendimento, a paciente assume que já realizou quimioterapia para o tratamento de câncer, onde diz “está tratado e curado” (SIC), acrescentando que já passou por múltiplas intervenções e procedimentos, com os mesmos sintomas no qual está, justificando que são sequelas do tratamento quimioterápico. Paciente conta sobre dinâmica familiar e história de vida, verbalizando que é divorciada, possui três filhos, já casados, e que reside sozinha atualmente, e é, aposentada. Compartilha que atuava como contadora, porem hoje já é aposentada, relata que sente muita falta do trabalho. Paciente refere sobre sua rotina enquanto hospitalizada, discorrendo estar ansiosa, aguardando resultados de exames de sangue que realizou no dia anterior, e está incomodada com o fato de não poder beber água (sic). finaliza dizendo que não tem previsão de alta e que aguarda visita médica. EXAME PSIQUICO: Consciência clínica normal Senso percepção normal Pensamento normal Linguagem normal Cognição normal Consciência do eu normal Juizo Crítico normal Memória normal Controle de impulsos normal Motivação e volição normal Alteração em afetividade (ansiedade reativa) MANIFESTAÇÕES PSÍQUICAS E COMPORTAMENTAIS FAMILIARES: Impotência Frustração Dependência Insegurança Perda de autonomia Privação de liberdade Limitação de atividades Stress Psicorganico COMPLEXIDADE EMOCIONAL: Alta complexidade emocional justificada por: Frágil estado psicológico geral, devido ao processo de adoecimento, necessidade de hospitalização em UTI para tratamento. Escassa rede de apoio. Negação da possibilidade de ter uma recidiva Dificuldade em lidar com as limitações impostas pelo adoecer atual. Frágeis recursos de enfrentamento do processo devido sequelas emocionais advindas de internações anteriores. Presença de antecedentes mórbidos pessoais (CA RETO). Alteração no exame psíquico em afetividade, presença de ansiedade reativa AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: Paciente avaliada pelo Serviço de Psicologia Hospitalar, no momento encontrava-se consciente, contactuante, orientada e receptiva ao atendimento. A avaliação psicológica apontou alta complexidade emocional, com frágil estado psicológico geral, devido ao impacto do processo de adoecimento, necessidade de hospitalização em UTI para tratamento, além de dificuldade em lidar com as limitações impostas pelo adoecer atual, com frágeis recursos de enfrentamento do processo devido sequelas emocionais advindas de internações anteriores, bem como, presença de antecedentes mórbidos pessoais (CA RETO), o que viabiliza alteração no exame psíquico em afetividade, presença de ansiedade permeada por angústia devido processo de adoecer atual, esperado para o momento vivenciado.
Compartilhar