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Revisão 1º semestre 2020 UNIP

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Supervisão – revisão para 
ETP 
 
EIP SAÙDE 
 
 A psicologia no contexto hospitalar foi gerada à margem do 
modelo biomédico, sofrendo as influências da moderna 
Medicina Científica, do pensamento cartesiano, da relação de 
causa e efeito, do distanciamento do homem enquanto ser 
 
 
modelo biomédico QUESTIONADO POR: 
- por não fornecer uma compreensão completa e profunda dos 
problemas humanos; 
- por atender a interesses minoritários; 
- por não atingir um conhecimento tal que permitisse relacionar 
a doença com a existência do homem; 
- por dissociar a promoção da saúde, mesmo exibindo excelência 
técnico-científica; 
- por impor o conhecimento único e totalitário do médico; 
- por negar a existência individual do paciente; 
- por não aceitar, enfim, as influências da interação mente, corpo 
e meio ambiente, em uma perspectiva holística. 
MUDANÇA DE PARADIGMAS EM SAÚDE E A 
NECESSIDADE DE TRANSITAR DO MODELO 
BIOMEDICO PARA O BIOPSICOSOCIOCULTURAL 
 
OBJETIVO Psicologia DA SAÚDE ---- o saber é utilizado na 
promoção e manutenção da saúde, na prevenção e no 
tratamento da doença, na identificação da etiologia e no 
diagnóstico relacionados à saúde, à doença e às disfunções, bem 
como no aperfeiçoamento do sistema de política de saúde. 
 
Além dos reflexos das mudanças dos paradigmas em saúde, várias 
circunstâncias podem ser citadas como propícias para este 
desenvolvimento: 
 
• a introdução de novas drogas no tratamento dos pacientes que 
facilitam o desencadeamento de transtornos psicológicos; 
 
• a intensificação de realização de complexos procedimentos 
cirúrgicos, com conseqüente necessidade dos pacientes 
permanecerem em unidades de terapia intensiva e unidades 
de recuperação (iatrogênicas, em uma aproximação 
psicológica); 
• 
• a admissão, cada vez mais freqüente, no hospital geral, de 
pacientes que necessitam de manejo médico e psicológico 
simultaneamente (tentativas de suicídio, episódios psicóticos 
agudos, exacerbação de transtornos latentes, alcoolismo, 
drogadição, entre outros); 
O ressurgimento de estudos retomando a 
ligação mente e corpo, enfatizando as 
influências sociais e culturais na ocorrência e 
manutenção das doenças 
• reconhecimento maior dos fatores psicossociais das doenças, 
além da ênfase nas aspectos preventivos em saúde, traduzindo – 
de forma natural, a influência dos fatores psicológicos no 
desenvolvimento e exacerbação das doenças; ] 
 
• diversificação e ampliação do número de profissionais de saúde 
e várias especialidades médicas no cuidado aos pacientes, 
diversificando formas e métodos de tratamento; 
 
• desenvolvimento tecnológico da medicina que incluiu ações 
diagnósticas e terapêuticas cada vez mais refinadas mas também 
intensamente despessoalizadas, desumanizadas; 
 
• desenvolvimento e publicação de achados em psicologia da 
saúde, especialmente relativos aos reflexos da doença e 
hospitalização no desencadeamento de descompensações 
psicológicas; 
 
• incremento, nos meios de comunicação, de temas relativos à 
saúde, direitos e deveres, incentivando o paciente a tornar-se 
elemento ativo no processo, o que altera – significativamente, a 
relação com os profissionais de saúde e com a instituição; 
 
• aumento dos trabalhos em equipe, com diversificação nas 
relações de poder e conseqüente habilidade para atividades de 
trocas interdisciplinares. 
 
 
 
 
• a institucionalidade que impõe limites e resistência, 
pressupondo adaptações teórico-práticas que levam o 
psicólogo a redefinir sua práxis no próprio espaço institucional 
e conjuntamente com outros profissionais, demandando 
atuação interdisciplinar; 
 
A atuação do psicólogo hospitalar está diretamente determinada 
por limites institucionais, pela instituição em si - o hospital - 
caracterizado por regras, rotinas, condutas específicas, 
dinâmicas que devem ser respeitadas e seguidas, limitando as 
possibilidades de atuação do profissional. 
 
E, nessa medida, o psicólogo encontra um espaço institucional 
resistente - segunda característica peculiar da psicologia 
hospitalar, na medida em que o psicólogo no hospital não era 
elemento previsto, dada a valorização do aspecto orgânico das 
doenças e dos doentes, em detrimento do aspecto psíquico, 
refletindo a força do modelo biomédico, em detrimento do 
modelo biopsicossocial. 
 
 
A assistência psicológica no hospital é definida por 
especificidades que norteiam o exercício profissional 
do psicólogo no hospital: 
 
 
 
 
• a multiplicidade de enfoques e solicitações, que leva o 
profissional a transpor os limites de seu consultório, mantendo 
contato obrigatório com outras profissões, pressupondo 
disponibilidade, formação específica, objetividade e coerência 
que abrangem, necessariamente, reformulações teóricas e 
metodológicas; 
 
o psicólogo hospitalar atende um paciente em pré-operatório, ora 
atende um surto psicótico na UTI, ora atende uma tentativa de 
suicídio no Pronto Socorro, ora atende um paciente terminal, ora 
atende um paciente que não aceita tomar a medicação, ora 
atende um familiar desestruturado ou ainda, um membro da 
equipe de saúde ‘stressado’. Essa amplitude abrange desde 
distúrbios de comportamento, influência de fatores psicológicos 
sobre o funcionamento orgânico, reações de não aderência ao 
tratamento, distúrbios de personalidade afetando as relações, 
manifestações depressivas, manifestações de ansiedade, casos de 
dor crônica ou aguda, distúrbios de sono, quadros de delirium, 
demência e outras síndromes organo-cerebrais, disfunções 
sexuais com etiologia orgânica e/ou psíquica, manifestações 
decorrentes de efeitos medicamentos, distúrbios psiquiátricos, 
estados terminais, casos de abuso sexual e maus tratos, entre 
tantos outros. Ressalta-se que à multiplicidade de solicitações 
segue a consistente e rápida capacidade de ação emergencial do 
profissional. 
 
 
 
 
• a nova espacialidade e a nova temporalidade que 
determinam o fim da privacidade e a imposição do ritmo 
temporal do próprio paciente, que definem uma reformulação 
interna do psicólogo coerente com uma adaptação à nova 
forma de atuação; 
 
 
 
• A nova espacialidade, além de definir características 
específicas aos atendimentos psicológicos e de pressupor 
reformulações internas aos profissionais que na formação, 
recebem orientações distintas, pressupõe a premissa de 
inserção à instituição, visando essencialmente o paciente. O 
espaço do paciente no hospital define-se por seu leito, em 
determinada enfermaria, individualmente ou em conjunto a 
outros pacientes. Propostas de trabalhos fora das enfermarias, 
eventualmente podem resultar em resultados positivos, mas 
em geral incluem dificuldades como a delimitação de um 
horário adequado, entre condutas diagnósticas e terapêuticas. 
 
No hospital, ao contrário, o psicólogo seguirá o tempo do 
paciente, em exercício de apreensão de suas necessidades 
psicológicas aliadas à situação de doença e hospitalização. 
 
 
 
Assim, por exemplo, pacientes em pré-operatório podem exigir 
atendimentos prolongados para uma adequada preparação que 
visa, essencialmente, a manutenção de equilíbrio psicológico 
necessário para o enfrentamento da situação. Não raro, muitos 
pacientes, durante a administração do quimioterápico em sala de 
quimioterapia, requisitam a presença do psicológo, como 
elemento de alívio. No mesmo sentido, longos atendimentos de 
apoio podem ser realizados em unidades de diálise durante o 
tratamento dialítico. Em contrapartida, pacientes com dores, 
sonolentos por medicação ou apresentando efeitos colaterais da 
doença ou tratamento, podem suportar breves atendimentos. 
 
 
 
Além disso, contextualmente, a Psicologia Hospitalar deve ser 
definida pelo modelo clássico de Psicologia de Ligação, estratégia 
que contextualiza a tarefa entre a Psicologia e a Medicina no 
Hospital, abrangendo os níveis de assistência, ensino e pesquisa, 
a pacientes, familiares e equipes de saúde. 
 
 
No modelode Ligação o psicólogo tem como base assistir o 
paciente de forma integral (biopsicossocial), onde há um 
intercâmbio de conhecimento, onde essa troca gera 
transformação no saber e na prática do outro, sendo que as 
funções são integradas entre as diferentes especialidades, 
existindo um campo comum de ação e áreas específicas de 
atuação, porém com discussão em comum das condutas. A tarefa 
está fundamentada na humanização do atendimento hospitalar, 
em prática interdisciplinar. 
O campo de atuação do psicólogo no contexto hospitalar, define-
se pela consideração de que a doença tem como princípio reflexo 
a desarmonização da pessoa. Nessa medida, estar doente, 
implica em desequilíbrios que podem ser compreendidos, em 
uma visão holística, como um abalo estrutural na condição de 
ser, chocando-se ao processo dinâmico de existir, rompendo as 
relações normais do indivíduo tanto consigo quanto com o 
mundo que o rodeia. Portanto, o ser doente (o paciente) vê-se 
em específica situação; sua existência delimita-se pela vivência 
da doença, modificando sua existência e definindo o estar 
doente. 
 
O objeto de estudo do psicólogo no contexto hospitalar, 
portanto, constitui-se pelo ser doente, um ser dinâmico, dotado 
de corpo e alma (como unidade) que adoeceu, em um 
determinado ambiente. Ao buscar, em sua prática clínica, 
resgatar o equilíbrio e a integração desse ser doente, em sua 
totalidade, define-se a visão e o lidar do homem, como unidade 
biopsicossocial, em um contexto psico-sócio-cultural. 
 
 
 
 Assim, a delimitação do campo de estudo 
da psicologia no contexto hospitalar integra três 
amplos aspectos: 
 
 
• o doente e sua história (o ser e o estar 
doente); 
 
• a relação do doente com a internação 
 
• e a intervenção terapêutica voltada ao ser 
doente, a seus familiares, à equipe de saúde 
 
• à interação entre o paciente, a equipe e a 
instituição de saúde. 
 
• avaliação do grau de comprometimento emocional causado 
pela doença, tratamento e/ou internações, proporcionando 
condições para o desenvolvimento ou manutenção de 
capacidades e funções não prejudicadas pela doença, tanto a 
pacientes como a seus familiares; 
 
• favorecimento ao paciente, da expressão de sentimentos 
sobre a vivência da doença, tratamento e hospitalizações, 
situações por si só, mobilizadoras de conflitos, facilitando a 
ampliação da consciência adaptativa do paciente, ao 
minimizar o sofrimento inerente ao ser e estar doente; 
 
• fazer com que a situação de doença e tratamento sejam bem 
compreendidas pelo paciente, evitando sempre que possível, 
situações difíceis e traumáticas, favorecendo a participação 
ativa do paciente no processo; 
 
• atuar em nível de humanização do atendimento, propiciando 
preparo para hospitalização, minimização de práticas 
agressivas através de preparo para condutas terapêuticas, 
exames, cirurgias, incentivo às visitas, preparo da alta e 
encaminhamento a serviços especializados da comunidade; 
 
• melhorar a qualidade de vida dos pacientes, facilitar a 
integração dos pacientes nos serviços e unidades; 
 
 
No contexto hospitalar, a tarefa psicológica no 
hospital deve seguir alguns objetivos, gerais e 
específicos: 
• detectar e atuar frente aos quadros psicorreativos decorrentes da 
doença, do afastamento das estruturas que geram confiança e 
segurança ao paciente, quebra do cotidiano e diferentes 
manifestações causadas pela doença e hospitalização; 
 
 
• detectar condutas e comportamentos anômalos à situação de 
doença e hospitalização, orientando e encaminhando para 
tratamento específico; 
 
 
• detectar precocemente antecedentes ou alterações psicológicas 
que possam comprometer o processo de tratamento médico, 
orientando e encaminhando a serviços especializados; 
 
 
• fornecer apoio e orientação psicológica aos familiares dos pacientes 
internados, incentivando a participação da família no processo de 
doença; 
 
 
• contribuir para um melhor entendimento por parte da equipe de 
saúde dos comportamentos, sentimentos e reações dos pacientes e 
familiares; 
 
 
• estimular o contato íntimo e diário em equipe, visando discussões 
informais de casos clínicos e troca de informações profissionais; 
 
• estimular a realização de reuniões interdisciplinares para discussão 
de casos clínicos, estabelecimento de condutas uniformes e 
aprimoramento do atendimento; 
 
• desenvolver programas de saúde e pesquisas científicas. 
 
O psicólogo que atua no hospital tem possibilidade de agir 
preventivamente, bem como exercitar-se em ação diagnóstica e 
também terapêutica. Dessa forma, em contraste com abordagens 
tradicionais, no hospital, a intervenção psicológica deve ser 
norteada pela terapia breve e/ou de emergência, de apoio e 
suporte ao paciente. 
 
 
 
• Caracteriza-se em atendimento psicológico emergencial e focal, 
considerando-se o momento de crise vivenciado pelo indivíduo 
na situação especial e crítica de doença e hospitalização. 
 
• a intervenção psicológica no hospital deve caracterizar-se, 
predominantemente, por limite de tempo imposto sobre a 
duração do processo, um papel muito mais ativo do terapeuta, 
maior orientação no contexto do processo terapêutico e 
objetivos de tratamento mais limitados e específicos, 
delineados por hipóteses diagnósticas circunstanciais. 
 
• O método terapêutico no hospital deve ser breve pois a 
psicoterapia breve utilizada no hospital possui algumas 
vantagens bem delimitadas: primeiramente, a atuação 
imediata do psicólogo diante da situação crítica determinada 
pela doença, hospitalização e suas intercorrências, traz alívio 
ao desequilíbrio agudo, agindo preventivamente contra a 
cronicidade dos sintomas. 
 
 
 
Assim, a utilização da psicoterapia breve no hospital pode 
impedir que vivências, inerentes ao ser e estar doente, tornem-
se irreversivelmente nocivas. 
 
A enorme demanda de pacientes e o - quase sempre, limitado 
número de psicólogos, impõem a necessidade de técnicas mais 
coerentes, na tentativa de obter mudanças estruturais e 
dinâmicas na situação de doença e hospitalização para paciente e 
familiares, abreviando-se o tempo de duração do tratamento e 
aproximando em tempo, resultados mais precisos. 
 
O processo psicoterápico breve é o mais indicado no contexto 
hospitalar, visando a obtenção de condutas mais realistas e 
adequadas à situação de doença e hospitalização e pela 
possibilidade de diagnóstico precoce. E, nessa medida, o 
psicólogo no contexto hospitalar não deve esperar pelo 
encaminhamento de pacientes internados, mas sim estar com 
eles, em exercício diário nas enfermarias, unidades e 
ambulatórios, como decodificador de suas dificuldades, em 
prática de ligação entre a Medicina e a Psicologia. 
Teoria da Crise 
A intervenção em situações trágicas visa, sobretudo, a busca por auxiliar 
o sujeito (vítimas e/ou intervencionistas) em sua reorganização psíquica e 
social, com o intuito de minimizar possíveis agravos da saúde, física e 
emocional. Para isso, se utiliza da ideia que pessoas que sofrem um abalo 
em sua estrutura, ocasionado por um evento interno ou externo, entram 
em uma situação denominada crise que é "um estado temporal de 
transtorno e desorganização, caracterizado principalmente por uma 
incapacidade do indivíduo para manejar situações particulares utilizando 
métodos comumente conhecidos para a solução de problemas, e pelo 
potencial para obter um resultado radicalmente positivo ou negativo". 
Desta forma, o ponto chave de qualquer intervenção psicológica em um 
momento de crise, que pode ser decorrente de um acontecimento 
catastrófico, está calcado no conhecimento de que a pessoa possui 
habilidades e condições de superação de forma positiva do estresse 
desencadeador e que a intervenção possui seu foco na prevenção para 
que o caminho já disponível ocorra da melhor forma possível. Em se 
tratando de grandes calamidades,os movimentos em prol da 
reorganização do lugar afetado e o desejo genuíno de muitas pessoas de 
ajudar nestas situações, mesmo, muitas vezes, tendo perdido todas as 
suas referências, é incrível. Também os trabalhos voluntários que se 
articulam rapidamente frente à tragédia e à sensibilização da população 
nas doações são exemplos da atitude positiva que o ser humano é capaz 
de colocar em prática. 
. 
 
 
. Desta forma, o papel do psicólogo faz a diferença, 
encorajando e facilitando para que as pessoas não sejam 
somente ajudadas, mas que possam se ajudar, e para não 
vitimizá-las cada vez mais, convidando-as a um papel 
ativo neste processo. A principal atenção humana que a 
psicologia pode oferecer é o conhecimento do potencial 
humano. 
 
 
Objetivo – acionar a parte saudável preservada da pessoa, 
ativar recursos de enfrentamento e recursos sociais. 
 
PAP – Primeiros Auxílios Psicológicos – diminuir o risco 
de morte e orientar a pessoa nas festas disponíveis. 
IASC e OMS – 2007 legitimam esse instrumento (PAP) que 
pode ser utilizada por qq pessoa orientada e engajada no 
evento– respostas humanitárias de apoio aos seres 
humanos que se encontram em sofrimento e precisam de 
apoio, cuidados básicos para evitar mais danos. 
- olhar 
- ouvir 
- vincular 
Autonomia da pessoa para lidar com o ocorrido e retomar 
o controle de si e do efeito sobre si. 
PAP 
- Realizar o contato, 
- Analisar o problema; 
- Analisar as possíveis soluções; 
- Executar ações concretas; 
 
Os profissionais de saúde também correm risco se os pacientes 
com COVID-19 não forem identificados precocemente. Caso 
contrário, médicos e enfermeiros podem começar a tratá-los 
sem tomar as precauções necessárias, o que os deixa mais 
expostos à infecção e à propagação do vírus aos demais. 
Também é emocionalmente demandante para os profissionais 
de saúde ter que cuidar de seus colegas e vê-los, em algumas 
circunstâncias, se tornarem pacientes. Isso aumenta o estresse 
de trabalhar durante um surto de rápida evolução, em especial, 
quando a doença causa ansiedade e provoca mobilização na 
população geral. As principais causas de ansiedade no Prof da 
Saúde são: 
 
Falta de EPI; 
Ser exposto á covid 19 e levar o vírus para sua família; 
Não ter acesso á testagem rápida\ se apresentarem os sintomas; 
Incerteza sobreo suporte da instituição (incluindo família) caso 
fique infectado; 
Acesso á cuidados aos filhos enquanto creches e escolas 
estiverem fechadas; 
Suporte necessário para você e sua família (alimentação, 
higiene, transporte) quando as horas e demandas de trabalho 
aumentarem; 
Ter habilidades prévias se for transferido de área; 
Falta de acesso a informações e comunicações atualizadas. 
Cada criança que fica doente tem uma reação psicológica à sua doença, sendo esta 
considerada a tensão generalizada mais comum que pode vir a ocorrer com esta em 
desenvolvimento. Algumas reações são gerais, outras são específicas da doença. As 
reações gerais dependem de diversos fatores, são eles: 
 
• os estágios evolutivos da criança (seus níveis de desenvolvimento cognitivo e emocional e 
a capacidade adaptativa prévia), 
• o grau de sofrimento e mutilação e o significado que a doença tem para a criança e os pais, 
• a relação pai-filho e a resposta da criança à reação dos pais, 
• a reação psicológica da criança aos procedimentos médicos e cirúrgicos, separações, 
hospitalização e 
• a interferência resultante nas funções físicas, psicológicas e sociais. As reações específicas 
dependem, em parte, da natureza e severidade da doença. 
 
Brincar constitui-se como a principal forma de comunicação da criança doente e hospitalizada. 
Brincar é parte integrante da vida das crianças e através do brincar, as crianças desenvolvem: 
seu entendimento de mundo exercitando sua competência para interagir nesse mundo. Na 
brincadeira, a criança pode representar através de um objeto, algo que não seja exatamente o 
objeto que possui, remetendo a uma situação ou evento particular. Através das brincadeiras 
simbólicas, as crianças podem se apropriar de seu mundo interior, de seus sentimentos, desejos, 
temores, revivendo acontecimentos de sua vida diária e assim buscando entender e arranjar 
formas de lidar com as situações que lhe angustiam. A função simbólica e as representações 
mentais desempenham função de grande importância na vida mental, no desenvolvimento e 
adaptação da criança ao mundo em que vive. Enquanto a criança "brinca", provoca situações 
nas quais pode lidar de maneira positiva com ansiedades e incertezas, buscando controlar a 
realidade. Através da repetição de eventos ameaçadores (como a vivência da hospitalização), as 
crianças podem transformar-se em agentes ativos com sentimentos de controle. Assim, o 
brincar também é um processo de controle onde o resultado é a capacidade. Através do 
brinquedo, a criança tem a possibilidade de: experienciar, tomar consciência, descobrir 
alternativas e assimilar vivências, auxiliando-a na elaboração do processo de doença e 
hospitalização. Ao "brincar", a criança doente pode: Recuperar capacidades, Desenvolver senso 
de controle, Exercitar a flexibilidade e espontaneidade, Reparar frustrações, Exercitar 
mecanismos de adaptação ao desconhecido, Melhorar seu desempenho, Recuperar capacidade 
de diversão. Recuperar motivação e volição. Em sua essência, o brincar ajuda a criança doente e 
hospitalizada a recuperar seu equilíbrio, descobrir e utilizar alternativas, minimizando o impacto 
psicológico gerado pela instalação da doença, a limitação de atividades e a perda da autonomia, 
inerentes à hospitalização. O brincar no hospital, auxilia as crianças doentes a sentirem-se mais 
fortes, plenas de que possuem escolhas, mesmo na situação de doença. 
 
LEIA O CASO CLINICO E AVALIE EXAME PSIQUICO, 
MANIFESTAÇÕES PSIQUICAS E COMPLEXIDADE EMOCIONAL 
 
PSICOLOGIA HOSPITALAR - SEMI INTENSIVA MATERNIDADE 7º 
ANDAR 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO ATUAL: GESTANTE COM 
CERVICODILATAÇÃO PRECOCE/ TPP 
ANTECEDENTES CLÍNICOS: NEGA 
ANTECEDENTES PSIQUIÁTRICOS: TRANSTORNO DE ANSIEDADE 
GENERALIZADA HÁ 3 ANOS SEM ACOMPANHAMENTOS 
PSIQUIÁTRICO E PSICOLÓGICO REGULARES 
 
 
H.P.: Paciente XX, sexo feminino, 31 anos, casada, gestante de 
 31 semanas, vigilante sanitária. 
H.P.M.A.: No momento do atendimento, paciente refere crise de 
ansiedade após ter realizado pré natal. Relata que médica 
responsável sinalizou possibilidade de nascimento prematuro e 
necessidade de internação, porém nem ela nem o bebe correm 
risco. Discorre sobre medo de bebê morrer (sic). Verbaliza que só 
consegue ver o lado ruim da situação (sic). Verbaliza desejo de ser 
mãe, porém revela não ter sido planejado. Compartilha ter 
realizado acompanhamentos psiquiátrico e psicológico há 3 anos, 
com uso de medicação contínua. Comenta que encerrou 
tratamento por conta própria há 2 anos, porém mantém uso de 
medicação contínua pois consegue a receita com cardiologista, 
amigo da família (sic). Atualmente não realiza acompanhamentos 
psiquiátrico e psicológico externos. 
EXAME PSÍQUICO: 
Consciência Clínica - Normal 
Senso Percepção - Normal 
Pensamento - Normal 
Linguagem - Normal 
Cognição - Normal 
Consciência do eu - Normal 
Controle de Impulsos - Normal 
Juízo Crítico - Normal 
Motivação e volição - Normal 
Memória - Normal 
Afetividade - Alterada (ANSIEDADE EXACERBADA PERMEADA POR 
ANGÚSTIA) 
 
MANIFESTAÇÕES PSÍQUICAS E COMPORTAMENTAIS: 
Perda de autonomia 
Impotência 
Privação de liberdade 
Frustração 
Insegurança 
Medo fantasmático 
Fantasias 
 
COMPLEXIDADE EMOCIONAL: Alta complexidade emocional 
justificada por: 
Frágil estado psicológico geral devido necessidade de hospitalização 
Frágeis recursos de enfrentamento da situação 
Sequelas emocionais advindas de atual momento vivenciado 
Antecedente psiquiátrico (TRANSTORNO DE ANSIEDADE 
GENERALIZADA HÁ 3 ANOS SEM ACOMPANHAMENTOS 
PSIQUIÁTRICO E PSICOLÓGICO REGULARES) 
Fantasias e falsos conceitos do adoecer, o que interfere no processoatual 
Alteração em resiliência 
Alteração no exame psíquico em afetividade, com presença de 
ansiedade exacerbada permeada por angústia 
 
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: Paciente avaliada pelo Serviço de 
Psicologia Hospitalar, encontrava-se consciente, contactuante, 
orientada e receptiva durante o atendimento. A avaliação 
psicológica apontou alta complexidade emocional, com frágil estado 
psicológico geral devido necessidade de hospitalização, 
apresentando frágeis recursos de enfrentamento da situação, com 
presença de sequelas emocionais advindas de atual momento 
vivenciado, bem como antecedente psiquiátrico (TRANSTORNO DE 
ANSIEDADE GENERALIZADA HÁ 3 ANOS SEM ACOMPANHAMENTOS 
PSIQUIÁTRICO E PSICOLÓGICO REGULARES). Apresenta boa 
compreensão de quadro clínico atual e plano terapêutico. 
Apresenta fantasias e falsos conceitos do adoecer, o que interfere 
no processo atual. Noto alteração em resiliência, o que viabiliza 
alteração no exame psíquico em afetividade, com presença de 
ansiedade exacerbada permeada por angústia. 
 
 
 
LEIA O CASO CLINICO E AVALIE EXAME PSIQUICO, MANIFESTAÇÕES 
PSIQUICAS E COMPLEXIDADE EMOCIONAL 
 
Caso Clinico UTI – Paciente XX, Sexo feminino, 71 anos, divorciada, 
3 filhos, aposentada, reside sozinha. Paciente relata que está 
internada há um dia em decorrência dos sintomas de dor 
abdominal e vários episódios de evacuação com diagnóstico de 
suboclusão, com antecedentes clínicos de Câncer de Reto, 
reconstrução intestinal há 02 anos e HAS. Desacompanhada 
durante o atendimento, a paciente assume que já realizou 
quimioterapia para o tratamento de câncer, onde diz “está tratado e 
curado” (SIC), acrescentando que já passou por múltiplas 
intervenções e procedimentos, com os mesmos sintomas no qual 
está, justificando que são sequelas do tratamento quimioterápico. 
Paciente conta sobre dinâmica familiar e história de vida, 
verbalizando que é divorciada, possui três filhos, já casados, e que 
reside sozinha atualmente, e é, aposentada. Compartilha que 
atuava como contadora, porem hoje já é aposentada, relata que 
sente muita falta do trabalho. Paciente refere sobre sua rotina 
enquanto hospitalizada, discorrendo estar ansiosa, aguardando 
resultados de exames de sangue que realizou no dia anterior, e está 
incomodada com o fato de não poder beber água (sic). finaliza 
dizendo que não tem previsão de alta e que aguarda visita médica. 
 
 
EXAME PSIQUICO: 
Consciência clínica normal 
Senso percepção normal 
Pensamento normal 
Linguagem normal 
Cognição normal 
Consciência do eu normal 
Juizo Crítico normal 
Memória normal 
Controle de impulsos normal 
Motivação e volição normal 
Alteração em afetividade (ansiedade reativa) 
 
MANIFESTAÇÕES PSÍQUICAS E COMPORTAMENTAIS FAMILIARES: 
Impotência 
Frustração 
Dependência 
Insegurança 
Perda de autonomia 
Privação de liberdade 
Limitação de atividades 
Stress Psicorganico 
 
COMPLEXIDADE EMOCIONAL: Alta complexidade emocional justificada 
por: 
Frágil estado psicológico geral, devido ao processo de adoecimento, 
necessidade de hospitalização em UTI para tratamento. Escassa rede de 
apoio. Negação da possibilidade de ter uma recidiva 
Dificuldade em lidar com as limitações impostas pelo adoecer atual. 
Frágeis recursos de enfrentamento do processo devido sequelas 
emocionais advindas de internações anteriores. 
Presença de antecedentes mórbidos pessoais (CA RETO). 
Alteração no exame psíquico em afetividade, presença de ansiedade 
reativa 
 
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: Paciente avaliada pelo Serviço de 
Psicologia Hospitalar, no momento encontrava-se consciente, 
contactuante, orientada e receptiva ao atendimento. A 
avaliação psicológica apontou alta complexidade emocional, 
com frágil estado psicológico geral, devido ao impacto do 
processo de adoecimento, necessidade de hospitalização em 
UTI para tratamento, além de dificuldade em lidar com as 
limitações impostas pelo adoecer atual, com frágeis recursos de 
enfrentamento do processo devido sequelas emocionais 
advindas de internações anteriores, bem como, presença de 
antecedentes mórbidos pessoais (CA RETO), o que viabiliza 
alteração no exame psíquico em afetividade, presença de 
ansiedade permeada por angústia devido processo de adoecer 
atual, esperado para o momento vivenciado.

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