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RESPONSABILIDADE CIVIL

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RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade extracontratual, também conhecida como aquiliana-decorrente de situações cotidianas 
Responsabilidade contratual, ex: celebração de um contrato de prestação de serviços, em que o prestador não cumpriu o que foi celebrado entre as partes 
Inúmeras situações que demandam 2 perguntas: 
· Quem vai ressarcir esses danos?
· Como se operará a recomposição do status quo ante e a indenização do dano?
Tem vários tipos de dano: dano moral, físico, dano por tempo (tempo gasto para resolver uma situação que você não deu causa)
Na nossa legislação no primeiro momento não admitia o dano moral sem a existência do dano físico, contudo hoje pode-se pleitear em juízo exclusivamente o dano moral. Contudo como quantificar isso? 
Direito consuetudinário ou common law- entende que pode-se cumular duas formas de danos- recomposição do status quo (reparação) + indenização- a lei no texto penal usa a conjunção “ou”, mas o STF já pacificou o entendimento que podem ser cumuladas. 
FUNCÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Obs: só há responsabilidade civil se houver dano, caso não o haja, não há o que se falar em responsabilidade civil – nas decisões colocam como “mero aborrecimento da vida cotidiana”
· Restauracão de um equilíbrio moral e patrimonial desfeito e redistribuição de riqueza, contraprestação; reparação de dano 
· Fonte geradora: interesse em restabelecer o equilíbrio violado pelo dano 
· É o instituto jurídico destinado a impor ao causador de um dano a um bem jurídico protegido o dever de repará-lo.
· Relacão obrigacional que tem por objeto a prestação de ressarcimento 
Distincão entre obrigação e responsabilidade
-Obrigacão: vínculo jurídico que confere ao credor a exigir do devedor o cumprimento de determinada obrigação que o sujeito passivo se comprometeu. 
-Responsabilidade: surge quando não cumpre-se a obrigação, em outras palavras, surge como o não cumprimento livre e espontâneo (inadimplemento)
Existem situações em que se há obrigação sem responsabilidade, ex1: Dívida de jogo- tem um objeto lícito, a obrigação, contudo não há responsabilidade. Ex2: dívida prescrita.
Há também a responsabilidade sem obrigação, ex1: fiança 
 
	
Obrigacão
	
Dever jurídico originário
	
Responsabilidade
	Dever jurídico sucessivo- consequência do não cumprimento da obrigação
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Mesmo que o ato seja lícito pode gerar uma situação de indenização- ex: você invade uma casa para evitar um incêndio, quebrando a porta por exemplo, você pode reparar esse dano- depois você pode entrar com ação de regresso, mas deve no primeiro momento reparar o dano 
Ex2: propriedade cravada, deve-se passar pela propriedade de alguém para acesso a ia pública, mesmo você tendo o direito de acesso à via pública, pode responder por passar na propriedade de outrem
Logo as funções da responsabilidade civil são: 
1) Garantir a segurança (princípio da restituto in integrum)
2) Aqui há uma dupla sancão: de natureza ressarcitória (voltar ao que era, voltar ao status quo- esse valor de ressarcimento deve levar em conta o binômino de possibilidade-necessidade, e de natureza inibitória, no sentido de ser uma forma de evitar que o causador do dano faca de novo o dano, que desestimule tal prática 
2. Evolucão histórica
a) Primórdios da humanidade
- vingança coletiva: reação conjunta do grupo contra o agressor pela ofensa a um de seus componentes 
- vingança privada, inclusive era positivada: reação imediata, instintiva e brutal do ofendido, sem regras ou limitações/ proporcionalidade
-Lei de Talião: “olho por olho, dente por dente”, “quem com ferro fere, com ferro será ferido.”
- Código de Hamurabi: “se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado” (art 196) e que “se um homem quebrar o osso de outro homem, o primeiro também terá seu osso quebrado” (art 197)
b) Composicão: compensação econômica 
-reparacão do dano mediante a prestação da poena (pagamento de certa quantia em dinheiro a critério da autoridade pública ou do lesado) 
- substituição do duplo dano 
Ex: Lei das XII Tábuas: “Contra aquele que destruiu o membro de outrem e não transigiu com o mutilado, seja aplicada a pena de talião” (Tábua VII, n II) 
c) Legislador veda a justiça com as próprias mãos 
– composição econômica obrigatória e tarifada;
- Estado assumiu a função de punir 
- “pena” diferente de “reparação”
- surgiu a indenizacão 
- responsabilidade civil e penal (Idade Média) 
Fundamento da responsabilidade civil 
· Razão pela qual alguém deve ser obrigado a reparar um dano (castigar o autor ou ressarcir a vítima):
· Julgar: 
- Conduta do agente: 
A) Culpa (subjetiva): “pas de responsabilité sans faute”- não há responsabilidade sem culpa- essa ideia ainda permanece no nosso ordenamento. Deve haver um agente (causador), dano, o nexo causal e também a culpa (negligência, imperícia e imprudência) – Essa é a regra do direito brasileiro. Vale ressaltar que quando se fala em responsabilidade subjetiva- o elemento culpa DEVE estar presente 
- Risco (objetiva)
3. Posicionamento na teoria geral do Direito 
A responsabilidade civil decorre de uma conduta voluntária violadora de um dever jurídico, isto é, da prática de um ato jurídico, que pode ser lícito ou ilícito” (Carlos Roberto Goncalves) 
Mudanca do Código Civil de 2016 para o código Civil atual 
Quando se fala de ato ilícito é considerado uma fonte de obrigação, aqui jaz uma mudança importante no CC/16 para o atual- art 186 CC- se o agente praticar uma ação ou quando deveria faze-la e não o fez (caso do salva-vidas)- conduta omissiva. Só que o código anterior falava em violar direito ou causar dano a outrem- era um erro, pois um dos pilares da responsabilidade civil é o dano, portanto a conjunção usada no código civil anterior “ou”, abrindo a possibilidade de violar direito sem causar dano já geraria uma responsabilidade civil- não há o pilar do dano. Por isso foi feita a mudança e corrigida no código atual que passou a utilizar a conjunção “e”
Ato ilícito= fonte de obrigação (“violar direito E causar dano a outrem”- 
FATO JURÍDICO (SENTIDO AMPLO):
a) FATOS NATURAIS JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO 
a.1) ORDINÁRIOS (nascimento, morte, decurso do tempo)
No caso de decurso de tempo, pode gerar uma consequência jurídico, não só o caso da prescrição- veja o exemplo da Teoria Supressio: o credor tem um direito mas não toma nenhuma atitude durante muito tempo, transparecendo para o devedor que ele abriu mão daquilo, gerando a sensação para o devedor que o credor não está mais interessado 
a.2) EXTRAORDINÁRIOS (raio, terremoto)
Excludentes da responsabilidade: caso fortuito e forca maior- mesmo havendo dano. Há situações que não comportam excludentes- âmbito ambiental.
b) FATOS HUMANOS (ATOS JURÍDICOS EM SENTIDO AMPLO)
b.1) LÍCITOS 
I. Ato Jurídico em sentido estrito 
II. Negócio Jurídico 
III. Ato-fato jurídico (art. 1.264 CC- achado de tesouro, caso ache o tesouro você ter direito a ficar com metade dele e a outra metade é do dono da propriedade) 
b.2) ILÍCITOS 
4. RESPONSABILIDADE JURÍDICA E RESPONSABILIDADE MORAL
Há o campo Moral e o campo jurídico, o segundo está dentro do campo moral- no caso da responsabilidade civil, ex: tiveram por exemplo ações judiciais em que os filhos ingressam contra os pais pelo chamado abandono afetivo- o pai reconhece o filho, paga pensão, mas não se faz presente, há vários acórdãos em que falam que o Judiciárionão tem como obrigar o pai a amar seu filho, e por mais duro que isso seja, a indenização foi negada- não existe responsabilidade jurídica de uma pai amar um filho, isso entraria na seara moral. 
MORAL 
JURÍDICO 
· A responsabilidade pode resultar da violação de normas morais e/ou jurídicas 
· O campo da moral é mais amplo que o do direito (responsabilidade jurídica= DANO a um indivíduo ou à coletividade)
· Responsabilidade moral e religiosa: consciência individual (livre-arbítrio e consciência da obrigação); confinada à consciência ou ao pecado, não tem repercussão na ordem jurídica
Ex2: uma Igreja ingressou em juízo com uma ação de danos morais alegando que todos os feriados são católicos e o Estado é Laico, nesse caso o juiz convocou representantes de várias religiões e perguntou se sentiam o menosprezo pelos feriados serem católicos- foram unânimes em dizer que NÃO- logo a sentença foi improcedente. 
5. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE 
É possível que um único fato gere mais de uma responsabilidade. Ex: você causa um acidente automobilístico gerando lesões ao outro condutores- aqui há o ilícito penal e também a responsabilidade civil pelos danos causados- você irá responder nas duas esferas. 
Já no âmbito ambiental- pode responder nas três esferas 
5.1. Quanto à natureza 
a) PENAL: infringe norma de direito público (responde-se em uma ação penal pública promovida pelo Ministério Público); pessoal e intransferível (a pena não pode passar da pessoa apenada); tipicidade (deve estar previsto no nosso ordenamento e ser típica/ a atipicidade não é punível) 
b) CIVIL: infringe norma de direito privado; patrimonial (quem responde não é a pessoa em si, mas sim o patrimônio, será condenado em reparar o dano, logo é o patrimônio dele que responde) Tanto que no penal se o autor morre na seara penal, extingue-se o processo, na seara civil , se o autor morrer, o processo segue, o espólio responde pelas dívidas, pq a questão é patrimonial; qualquer ação ou omissão 
- CULPABILIDADE: GRAUS DISTINTOS 
	PENAL
	CIVIL 
	Só responde se o dolo e culpa estiver presente 
	Mesmo sem culpa, o autor pode responder 
- IMPUTABILIDADE: No caso da seara penal, menor de 18 anos responde por um ato infracional e sofre uma medida socioeducativa de acordo com os regramentos do ECA. Na seara civil, o menor de 18 anos, a princípio não responde- segundo o art. 928 CC
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Ex: No caso do filho ter patrimônio e o pai não. 
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
- a responsabilidade penal é independente da civil->são searas distintas- art 935 CC. Mas p penal interfere no civil, quando estiver relacionado à existência do fato ou sobre quem seja o autor, se no penal ficar decidido que não houve o fato, não pode-se discutir mais na seara civil ou se ficar decidido no penal que não foi o autor, não há como ingressar em juízo n o civil. Agora outras circunstâncias, mesmo decididas no penal, não interferem no civil:
Ex1: se ficar decidido na seara penal que a culpa foi levíssima- pode ser absolvido no penal e ser condenado responder no civil 
Ex2: o autor é absolvido no penal por falta de provas, pode ser discutido no civil e ter outro conjunto probatório que justifiquem o dano 
Ex3: No caso do menor, no penal pode ser que não responda e no civil pode ser que responda- art 928 CC
5.2. Quanto ao seu fato gerador
a) Responsabilidade contratual: a parte descumpriu alguma parte do contrato 
b) Responsabilidade extracontratual: descumpriu qq obrigação- podendo ser ação ou omissão
Ex: peguei um ônibus que bateu em um poste, e eu passageira sofri um dano- que responsabilidade é? CONTRATUTAL- no caso é tácita, celebrada a partir do momento que eu estendo minha mão no ponto de ônibus- você paga o valor e o ônibus se compromete em te deixar em tal ponto de forma segura 
TESE UNITÁRIA OU MONISTA: efeitos uniformes
TESE DUALISTA OU CLÁSSICA: 
· Ônus da prova (contratual: não cumprimento; aquiliana: culpa)
· Fontes (contratual: convenção (acordo entre as partes); aquiliana: dever genérica de não lesar)
· Capacidade do agente (contratual: para ser válido- agente capaz, objeto lícito e forma prescrita e não defesa em lei) Já na aquiliana é qualquer ação ou omissão, mesmo sendo praticado por um menor- respondendo seu responsável legal e caso esse não tenha bens e o menor tenha, o menor responde 
5.2.1. QUANTO À LICITUDE DO ATO NA RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUTAL
a) Ato ilícito 
b) Ato lícito (risco) (quebra o vidro do carro para tirar o bebê que está preso ali dentro, cabe depois o regresso contra quem foi beneficiado, mas pode gerar uma responsabilidade)
c) Fato lícito e sem risco social (ex: estado de necessidade- 188, II e 929 CC) indenização para passagem em prédio encravado (sem saída pra rua, pode se pedir uma servidão de passgame em outra propriedade- mas terei que indenizar a parte contrária, podendo gerar uma responsabilidade) 1285 CC
5.3.EM RELAÇÃO AOS SEUS FUNDAMENTOS 
a) RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: fundada na culpa ou dolo do agente- é imprescindível a presença da culpa 
b) RESPONSABILIDADE OBJETIVA (ou legal): prescinde da culpa ou a culpa é presumida, ou seja é irrelevante a presença da culpa/ prescindível- não será provada (ex art 936 CC- dono de animal que responde caso o animal cause dano a alguém)
- Teoria do risco proveito: responde se você tirar algum benefício do risco que você mesmo criou 
-Teoria do risco criada: basta você criar as condições para que o dano aconteca e você já responde, ocorre muito na seara ambiental- sua atividade permitiu que aquele dano ocorresse 
5.4. RELATIVAMENTE AO AGENTE:
a) Direta: proveniente da própria pessoa imputada
b) Indireta ou complexa: vínculo legal de responsabilidade, ex: pais sobre os filhos- art 932 CC
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
DATA: 28 AGOSTO 2020
6. PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Art. 186 CC - Aquele que por ação ou omissão (1) voluntária, negligência ou imprudência (2), violar o direito e causar dano (3) (4) a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Aquele que - refere-se sempre à pessoa. Ainda que seu animal cause dano a outrem o dono é que responde.
Ação ou Omissão: Ato próprio: a própria pessoa violou o direito e causou dano, ou deveria ter agido e não agiu / Ato de quem esteja sob sua guarda - ato de terceiro - ex. responsab dos pais sobre menores, tutor pelo tutelado, curador pelo curatelado, estado sobre seus representantes, empregador pelo empregado, dono de hotel pelos atos dos hóspedes / Dano causado por coisa ou animal que lhe pertença: coisa - ex. deixo máquina ligada e saio. Ela causa dano a outrem, eu respondo se for dona da máquina.
Culpa ou dolo do agente: Ação ou omissão voluntária (Dolo): o agente teve a intenção de causar dano ou assumiu que aquele ato poderia causar dano. É intencional, deliberada, consciente / Negligência ou Imprudência - culpa - culpa grave (lata), leve ou levíssima. Na seara civil os trêsgraus de culpa são passíveis de punição. No âmbito penal a levíssima não é passível de punição. 
Relação de causalidade: Nexo Causal - relação de causa e efeito entre ação ou omissão do agente e dano. Para excluir a responsab subjetiva p. ex., tem que verificar se o agente causou um dano mediante culpa. Se não conseguir identificar a culpa (neg, imperícia, ima) não há responsab civil. Na responsab objetiva, para afastá-la tenho que afastar o agente, ou o dano, ou o nexo. Houve ação e houve dano, mas não foi a ação específica daquele agente que causou o dano.
Dano: primordial qualquer que seja ele, ainda que dano exclusivamente moral. O dano hoje permite que se ingresse em juízo ainda que exclusivamente moral, sem necessariamente ter presente o dano patrimonial. Art. 927 - aquele que comete ato ilícito deve reparar o mal causado. Se houver ilícito sem causar dano não há que se falar em responsab civil. Ex. vc dirigiu sem habilitação vc comete ato ilícito ao violar direito, mas não causou dano a ninguém. Vc pode sofrer sanção adm, mas não civil. DANO PATRIMONIAL (material) e DANO EXTRAPATRIMONIAL (moral).
ESTUDO DOS PRESSUPOSTOS:
6.1 AÇÃO: "elemento constitutivo da responsab, vem a ser o ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário ou objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos do lesado” - Maria Helena Diniz. O dever de satisfazer é justamente a responsab civil.
Ato ilícito - estamos diante da culpa
Ato lícito - estamos diante do risco
Comissão - atitude positiva 
Omissão - atitude omissiva
6.1.1 Culpa: violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em decorrência de fato intencional (dolo) ou de omissão de diligência ou cautela (culpa). Censura ou reprovação do direito = Podia e devia ter agido de outro modo e não o fez.
Ex. bebe e vai dirigir - assume o risco e as consequências do ato - ele podia e devia ter agido de outro modo.
Culpa: Lato sensu - DOLO - violação intencional de um regramento jurídico, de forma deliberada / Stricto sensu ou aquiliana - decorre do dever de cuidado, em três situações - negligência, imprudência ou imperícia - avaliada de acordo com o homem médio.
Imprudência - conduta positiva - fez algo sem a devida cautela. Ex. médico que aplica um medicamento sem verificar se ele tinha reação alérgica ao medicamento.
Negligência - conduta omissiva - o agente deixa de observar as normas.
Imperícia - incapacidade técnica, falta de habilidade ou aptidão. Se causar dano, vai responder por ele. Ex. carro com adesivo “atenção, motorista recém habilitado”. Diz claramente que ainda não está totalmente apto a dirigir. Este aviso não retira a responsab caso este motorista se envolva em algum acidente. Ex. médico que não sabe as reações do medicamento e começa a receitar, situação de imperícia.
6.1.2 Espécies de Culpa:
Em função da natureza do dever violado: a) Culpa contratual - decorrente de obg jurídica contratual - art. 389 CC - nasce a partir do descumprimento de uma obg, responde o devedor por perdas e danos, juros e atualização monetária. Presunção de culpa, basta a mora. Por isso nossa teoria é dualista, pq aqui na culpa contratual existe a presunção de culpa a partir do momento em que entra em mora. Ex. tinha que pagar até dia 10, não pagou, a partir do dia 11 está em mora, descumpriu a obg e vai ter que responder pela violação por ele causado e os danos decorrentes do inadimplemento. Não analisa a intenção, ou se houve negligência, imprudência ou imperícia / b) Culpa extracontratual ou aquiliana - há violação de norma geral de direito - art. 186 e 927 CC - não há que se falar em presunção de culpa e o ônus da prova é da vítima. Há jurisprudências já aplicando a presunção aqui. Ex. quem bate na traseira é presumível que seja culpado, pq tem o dever de cautela de olhar para frente, há presunção de culpa. Mas via de regra, na culpa aquiliana, cabe à vítima demonstrar que a ação ou omissão do agente lhe causou dano.
b.1 Quanto à Graduação da Culpa: Inexistência de distinção para fins de reparação de dano - mede-se a indenização pela extensão do dano e não pelo grau de culpa. Não vou dizer se o agente é responsável ou não pela graduação da culpa. Esta graduação é usada quanto à extensão do dano, isso pq na seara civil seja a culpa, grave leve ou levíssima, se causou dano, vai ter que reparar o dano. / Obs.: art. 392 CC - contratos benéficos/gratuitos - responde só por dolo o contratante a quem o contrato não favoreça. Quem não se aproveitou do contrato e causou dano, só vai responder se houver dolo. Aqui sim avalia o grau de culpa. A regra é que para fins de indenização avalia a extensão do dano, a intenção do agente, se foi maior ou menor, não vai importar. Como se aufere a culpa? 
b.2 Critério para aferir culpa: Previsibilidade - a situação era previsível, era possível saber que a conduta causaria o dano? / Comparação com o comportamento do homo medius (homem ideal) - homem médio, pessoa normal teria praticado a mesma conduta? 
	Grave
	Leve
	Levíssima
	Negligência extrema - equiparada ao dolo
	Evitar lesão com atenção ordinária
	Atenção extraordinária ou especial habilidade
	Ex. deixa bebê sozinho em casa o dia todo.
Ex. dirige em avenida a 150 km por hora.
Ex. pai esquece o pai no carro.
	Atenção ordinária = atenção do homem médio.
	Atenção extraordinária ou especial habilidade. Tinha que ter muita atenção e muita habilidade para saber que a conduta causaria dano.
	Art. 944 e par. único CC - equidade - a indenização mede-se pela extensão do dano / Par. único - se houver excessiva desproporção entre gravidade da culpa e dano poderá o juiz reduzir equitativamente a indenização.
Indenização relacionada à extensão do dano que foi pequeno, mas a intenção foi grave o juiz vai avaliar a culpa grave ou o dano mínimo, ele vai avaliar primeiro o DANO. Houve intenção grave na conduta, mas não houve dano, vai haver responsabilidade? NÃO. O dano é um dos pressupostos da responsabilidade.
Culpa levíssima e o dano foi imenso - pelo art. 944 - o juiz deveria analisar o dano, mas pelo par. único, o juiz pode aplicar a equidade e reduzir o valor indenizatório, ainda que o dano seja grande, vai levar em conta a culpa levíssima.
Culpa grave - agiu com dolo - mas o dano foi ínfimo - o juiz vai analisar o caráter punitivo também da indenização - ele pode aplicar a equidade e condenar a uma indenização maior, ainda que o dano tenha sido irrisório.
Então havendo discrepância muito grande
b.3) Quanto ao conteúdo da conduta: Culpa in eligendo - má escolha. Ex. vc escolhe um profissional pouco habilitado para trabalhar, vc responde / Culpa in vigilando - falta de atenção com o procedimento de outrem, ex animal / Culpa in custodiendo - falta de cuidados na guarda do animal ou objeto, ex deixa a máquina ligada e sai responde pelo dano causado pela máquina / Culpa in committendo ou in faciendo - ato positivo - imprudência / Culpa ommittendo - abstenção, negligência.
b.4) Culpa Presumida: concepção clássica - vítima deve provar a culpa do agente - art. 373, I CPC.
Presunção juris tantum - inversão do ônus da prova.
Culpa in re ipsa - em relação ao próprio objeto - basta que demonstre a situação onde o dano moral já é inerente, ex. erro médico que acarretou em morte do paciente. Os parentes ingressam em juízo pedindo indenização - a morte já presume dano moral, não precisa demonstrar que a morte causou dano moral, isso já é presumido. A negativação indevida do nome presume dano moral. Contudo, ela admite prova em contrário. Ex. bater na traseira do carro.
Súmula 385 STJ - da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
b.5) Culpa contra a legalidade - inobservância de regra expressa de lei ou regulamento. Não é acolhido pela jurisprudência. Ex. estacionamento irregular ou falta de habilitação legal, se não causoudano, não vai responder, no máximo responder na esfera adm. Se a ação não causou nenhum dano não posso falar em culpa pelo simples descumprimento da norma.
b.6) Culpa exclusiva da vítima - causador do dano = mero instrumento do acidente, não há liame de causalidade. Ex. alguém se joga na frente do carro, o motorista não teve culpa / Culpa concorrente - atividade culposa da vítima e do autor. Pode haver repartição de responsabilidade, de acordo com grau de culpa, fracionando 1/3 para um, 2/3 para outro, de acordo com o que cada parte participou para a ocorrência do dano.
Art. 945 CC - culpa concorrente - se a vítima tiver concorrido culposamente para…
Ex. caso de falecimento por atropelamento de trem, então a pessoa estava andando na linha do trem, existe culpa da vítima. Contudo o Tribunal entendeu que a concessionária de trem é civilmente responsável por culpa concorrente pela morte pq ela tem o dever de cercar e fiscalizar os limites da linha férrea, aplicando a concorrência de 50%. 
c) RELAÇÃO ENTRE CULPA E RISCO:
Fases da Teoria da Responsabilidade Civil de acordo com as jurisprudências:
1) Vítima provar a culpa do agente (concepção clássica)
2) Maior facilidade à prova da culpa (circunstâncias do fato)
3) Admissão da teoria do abuso de direito como ato ilícito 
4) Casos de presunção de culpa
5) Admissão de maior número de casos de responsabilidade contratual (transporte em geral)
6) Teoria do Risco (Lei nº 6.938/81, art. 37, § 6º CF, e CDC) - chegamos atualmente - responsabilidade independente de culpa, ou seja, não precisa comprovar a culpa para gerar a responsabilidade de indenizar.
02.09.20
6.2. DANO 
A) REQUISITOS
· diminuicao ou destruicao do bem jurídico, patrimonial ou moral, pertencente a outrem (vítima direta ou indireta)
· efetividade do dano (atual ou futuro) – tem que ficar claro que esse dano ocorreu, está ocorrendo ou uma situacao de risco de ocorrência futura
· causalidade (direto: decorrencia logica da acão praticada ou indireto consequencia de acão em terceiros- danos em ricochete- ex: deastre ambiental causa problemas respiratórios em moradores da região) 
· subsistência do dano no momento da reclamacão – acões reclamatórias tem prazo prescricional de 3 anos- art 206, inciso V. Mas caso o dano persista até hoje deve ser demonstrado 
· legitimidade- quem vai poder pleitear a reparacão do dano, é quem sofreu o dano e deve figurar como autor da acão. Tem um caso interessante julgado pelo STF sobre a morte do pai que tinha dois filhos e a mulher estava grávida quando ele falaceu, foi proposta uma acão em nome da esposa e dos tres filhos, inclusive do nascuturo, com dano moral do nascituro não poder conviver com o pai e concedeu a crianca (que nasceu) que recebeu o dano moral pela impossibilidade de conhecer o seu pai. 
ESPÉCIES DE DANO 
1) MATERIAL OU PATRIMONIAL: Perda ou deterioracão total ou parcial do bem (privacão do uso da coisa, estragos, incapacitacão para o trabalho- Ex: dentista que machuca a mão e não pode trabalhar/ uber que bate o carro e não pode usá-lo para o trabalho; ofensa à reputacão com reprecussão na vida profissional- Direito ao esquecimento- ingressa em juízo para que aquele caso não seja lembrado mais devido a repercussão- está ligado com o princípio da Dignidade da Pessoa Humana- Enunciado em 531)
· Dano emergente: o que efetivamente perdeu 
· Lucro cessante: o que eu deixei de ganhar 
2) MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL: Lesão de interesse não patrimonais de pessoa física ou jurídica (pessoa jurídica pode sofere dano moral? Pode sim!), provocada pelo fato lesivo.
3) DIRETO: direitos da personalidade; atributos da pessoa; dignidade da pessoa humana; 
Lembrando do que já foi dito, que muitas vezes não é considerado dano moral e sim um mero aborrecimento da vida cotidiana
4) INDIRETO, REFLEXO OU EM RICOCHETE: fato lesivo a um interesse patrimonial que atinge bem extrapatrimonial; 
REPARACÃO DO DANO MORAL: 
· PL 276/2007, acrescenta o parágrafo 2 ao artigo 944, CC: “a reparacão do dano moral deve constituir-se em compensacão ao lesado e adequado desestímulo ao lesante”
· O juiz pode aplicar, segundo o princípio da equidade, a intencao do agente (dolo ou culpa) com o dsno causado. O projeto de Lei considerava a reparacao exclusiva de reaparacão do dano maoral 
SÚMULAS STJ SOBRE DANOS MORAIS:
37- são cumuláveis as indenizacões por dano material e dano moral ourindos do mesmo fato. 
O réu alegou o bis in idem, recebendo duas vezes pelo mesmo fato, mas o STJ alega que são danos de esferas diferentes, logo são cumuláveis. 
54- os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
Há o valor do dano em si e o juros a ele agregados, ai vem o juros de mora
227- a pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
281- a indenizacão por dano moral não está sujeita à tarifacão prevista na Lei de Imprensa. 
A súmula alega que o dano moral não se restringe ao valor colocado na Lei de Imprensa. 
326- Na acão de indenizacão por dano moral, a condenacão em montante inferior ao postulado na inicial não implica 
Nesse caso por exemplo voce ganha metade do que voce pedia, mesmo assim já atribui ao réu o onus do pagamento da sucumbência 
362- a correcao monetária é a partir do arbritamento, ou seja, a partir da sentenca 
370- caracteriza dano moral a apresentacão antecipada de cheque pré datado (certo é pós-datado)- quando o negociante não paga, desrespeitando esse acordo entre as partes, depoistando o cheque antes do prazo, gera um trasntorno enorme, por isso acabou sendo recorrente acões no Tribunal, alegando que esse fato de apresentar antes do prazo gerou um dano moral, sendo editada essa Súmula. -> DANO MORAL PRESUMIDO 
385- a inclusão do nome irregular em cadastro de protecão ao crédito, não cabe indenizacão por dano moral, quando preexistente legítima inscricão, ressalvado o direito ao cancelamento. 
Quando seu nome já estava negativado, uma segunda negativacão (mesmo que indevida), não gera dano moral
387- é lícita a cumulacão de indenizacões de dano estético e dano moral. 
Podendo até cumular o dano material, moral e estético 
O dano estético é o afeiamento da pessoa- decorrido de erro médico por exemplo 
388- a simples devolucão indevida de cheque caracteriza dano moral- ou seja, você tinha fundos e o dano devolve o cheque de forma indevida, já caracteriza ao dano moral
402- o contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo clausula expressa de exclusão 
403- independe de prova do prejuízo a indenizacão pela publicacão não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais 
Ex: tira uma foto da Rua 7 lotada de gente no meio da pandemia, não tem dano moral pois é uma foto geral (caso você estava no meio), agora se eles tiram uma foto em particular sua com um produto e alegam que os consumidores gostam de tal marca- isso sim gera dano moral, pois não foi autorizada e INDEPENDE DE PROVA DE PREJUIZO, a simples utilizacao da imagem já gera o direito indenizatório
420- incabível em embargos de divergência, discutir o valor da indenizacão por danos morais
498- não incide imposto de renda sobre indenizacão por danos morais 
624- é possivel cumular a indenizacão do dano moral com reparacão econômica da Lei 10.559/2002 (Lei da Anistia Política)
 
ver link das 11 teses dobre responsabilidade civil (link está nos slides- AVEA)
* MOBBING: DANO MORAL NO AMBIENTE LABORAL 
04.09.2020
DANO MORAL PRESUMIDO
“LEADING CASES” – ENTENDIMENTOS CONSOLIDADOS
- inscrição indevida em cadastro de proteção ao crédito (SPC? SERASA)- essa inscrição por si só já gera o dano moral
- protesto indevido de título
Uso indevido de marca
- importação de produtos falsificados
- acidente de trabalho que resulta na perda, pelo empregado, de dois dedos 
- a simples devolução indevida de cheque
- a apresentacão antecipada do cheque 
- utilização de imagem de pessoa 
- violência doméstica contra mulher 
- óbito de integrante de núcleo familiar 
- agressão física ou verbal à criança 
- incricão indevidano SISBACEN 
- recusa indevida ou injustificada pela operadora de saúde à cobertura de tratamento médico emergencial ou de urgência 
DANO MORAL PRESUMIDO- STJ
“HARD CASES” (ENTENDIEMNTO DIVERGENTES)
- DISTINGUISHING: Quando o tema é a recusa injustificada pela operadora de plano de saúde autorizar tratamento que esteja legal ou contratualmente obriga – sem urgência e emergência 
- atraso na entrega do imóvel: 
Posição atual: necessária a demonstração de alguma situação excepcional que comprove a significativa violação do direito. O simples atraso não gera dano moral, deve ser analisado o porque houve o atraso 
- perda ou atraso de voo: 
Deve-se averiguar o tempo para solução, se a companhia ofereceu alternativas (como hotel), se foram prestadas a tempo informações claras por parte da companhia, ou oferecido suporte material (hospedagem, alimentação), se o passageiro devido ao atraso acabou por perder compromissos inadiáveos no destino- entre outros. 
DANO DIRETO E INDIRETO 
· DIRETO: causa imediatamente prejuízo no patrimônio da própria vítima; sofrido pela própria vítima 
· INDIRETO/ DANO EM RICOCHETE: atinge interesses jurídicos extrapatrimoniais do lesado, causando, de forma mediata, perdas patrimoniais ou experimentado por terceiros. 
-Lesão ao direito da personalidade como dano patrimonial indireto
- Direitos da personalidade- direitos de defender 
I. Integridade física (art 948, 949 e 950 CC): vida, alimentos, corpo; se houve uma lesão ele tem direito a receber um valor corresponde por todo seu tratamento e os lucros cessantes até terminar 
Art 9250 CC- pagamento de pensão em caso de perda da capacidade laborativa 
DANO ESTÉTICO: 
Alteração morfolófica do indivíduo, implicando no enfeamento da vítima por deformidade, cicatriz, perda de membros ou outra causa qualquer 
Pode ocorrer conjunta ou isolamente com o dano moral (sem alegação de bis inidem) 
Súmula 387 STJ: “é lícita a cumulacão de dano moral e dano estético) 
Característcas do dano estético:
a) Pior na aparência- em relação ao sentimento da própria pessoa; (mesmo que for na sola do pé a incomode a pessoa, cause-lhe sofrimento, já é considerado dano estético) 
b) Resultado duradouro ou permanente (não pode ser uma cicatriz que irá “sumir”)
c) Irreparabiludade- lesão não precisa ser aparente; 
d) Sofrimento moral “mal- estar” (humilhação)
II. Integridade intelectual: liberdade de pensar e autoria científica
III. Integridade moral: honra, imagem, intimidade, nome, peseudônimo 
NÃO CONFUNDA!!
LESADO INDIRETO: não é a vítima direta do fato lesivo é diferente de terceiros que se subrrogam nos direitos da vítima direta
Caso do seu pai: não pagaram a vovó e ela faleceu no curso do processo, os herdeiros subrrogaram-se no processo, mas não sofreram consequências ou dano nenhum, ele só assumiu o papel da vítima por ela não estar mais lá.
NOVAS ESPÉCIEIS DE DANO: 
A) PERDA DE UMA CHANCE – vem do direito francês perte d’úne chance
-Frustacão de uma expectativa de uma oportunidade futura, ou seja, eu ia fazer alguma coisa e em razão de um fato eu não fiz, o dano em si é chance que eu perdi. Logo não pode-se pleitear o resultado final, e sim o valor correspondente se tivesse feito determinado compromisso. Ex: perder a prova do concurso, logo pede-se a reparação do ano por não ter tido participar do concurso, podendo ser por exemplo o valor do salário do concurso 
- Fato sério e real x mera expectativas 
Exemplos: 
- erro médico
- desídia do advogado - ex: adv que deixa de recorrer, ou perde o prazo 
-show do milhão - caso de um participante que chegou até o final e e nenhuma das alternativas eram corretas, ai ela ingressou em juízo pleiteando por 1 milhão (que é o que ela receberia) o tribunal reduziu o valor para 125 mil pois eram 4 alternativas e ela teria ¼ de chance de acertar 
- retenção CTPS
- não coleta de células-tronco embrionárias (descumprimento contratual)
- demora na entrega de medicamento pelo Estado
Maratona 2004- Vanderlei Cordeiro de Lima 
B) DANO MORAL COLETIVO: lesão na esfera moral de uma comunidade- violacão de direito transindividual de ordem coletiva, valores de uma sociedade atingidos do ponto de vista jurídico, de forma a envolver não apenas a dor psíquica, mas qualquer abalo negativo à moral 
Ex1: Bancos que não oferecem contratos em braile para cegos; 
Ex2: Posto de gasolina que pratica a infidelidade da bandeira; 
Ex3: Venda casada: situações que atingem várias pessoas (bingos);
C) DANOS SOCIAIS: lesões à socidade, relacionados à segurança da população em geral- comportamento reprováveis por um que podem gerar dano a toda sociedade
Ex1: pessoa que joga papel no chão- além de ser um comportamento reprovável, pode gerar consequências; 
Ex2: passageiro que atende celular no avião;
Ex3: o pai que solta balão com seu filho;
Ex4: desrespeitar das regras de distanciamento social; 
V JORNADA DE DIREITO CIVIL SJF/STJ
Enunciado 455: a expressão “’dano”” no art 944 não abrange ‘so danos individuais, materiais ou imateriais, mas danos sociais, que não fiquem restrito a uma única pessoa 
D) DANO PELO TEMPO PERDIDO: 
- Teoria do tempo perdido: começou com a ideia do tempo que as pessoas ficam na fila de um banco 
6.2.2. DENSIDADE DA INDENIZACÃO
Reparação de dano (voltar ao estado anterior, ou à situação material anterior- se for patrimonial) 
· Princípio da responsabilidade patrimoniais
· Solidariedade (art 942 CC)- ação regressiva, se houver dois causadores de dano/ autores 
· Plena e integral reparação dos direitos do lesado, conduzindo a vítima ou seus herdeiros à situação anterior à lesão sofrida (restauração ou reconstituição natural ou situação material correspondente) 
LIQUIDACÃO
A) LEGAL: exs arts 948 a 954 CC 
B) CONVENCIONAL
 
C) JUDICIAL (arts 944 a 946 CC)
- grau de culpa;
- situacão econômica da vítima e do agente; (deve se considerar pois a finalidade não é a pessoa ficar rica com a indenização sob pena de enriquecimento ilícito) 
- influência do lucro obtido pelo lesado; 
09.09.20
6.2.3 A SENTENCA CONDENADATÓRIA PROFERIDA NO JUÍZO CRIMINAL
- pode ser executado ou cobrado no civil- art 935 CC (LER)
(1) Execucão (Actio judicati): execução civil resultante direta da condenação do réu no processo criminal (ainda que não mencione a responsabilidade civil) (art 63 CPP)- direito decorrente da condenação em si mesma. Ex; uma pessoa arromba sua porta para furtar- o delito sem si é o furto, mas você pode ingressar no civil para pedir reparação do patrimônio- ação indenizatória- aqui tem-se a possibilidade de se pleitear no civil uma ação decorrente da seara criminal 
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
- o MP ingressa na seara civil para pedir a indenização da vítima, ou o própro particular poderá fazer isso- são dois tipos de ações 
STJ: mesmo sem trânsito em julgado, a condenação penal pode amparar direito à indenizacão na esfera cível. – CRÍTICA: caso a sentença final absolva o réu, nesse caso há a possibilidade de suspensão do processo na área civil até a decisão final, sob pena de gerar um conflito sob as decisões. 
6.3. NEXO DE CAUSALIDADE
· Vínculo entre o dano e a ação que o provocou 
6.3.1 CONCAUSAS 
(a) Concausas simultâneas: um só dano ocasionado por mais de uma causa 
- art 942, parágrafo único CC: solidariedade 
Ex1: várias empresas lancando poluentes no rio, e uma hora ele saturou- dá pra identificar qual foi a empresa que lancou mais poluente que ultrapassou o limite de saturação? Não dá, logo todas as empresas vão responder- de forma solidária 
(b) Concausas sucessivas: cadeia de causas e efeitos 
- qual será a responsável pelos danos? 
Para essa situação existem algumas teorias: 
1) TEORIA DA CONDICÃO SENE QUE NON OU DA EQUIVALÊNCIA DAS CONDICÕES: considera qualquer circunstância que haja concorrido para produzir o dano, suprimida umadelas, o dano não se verificaria 
Contudo não é tão usada, pois pode conduzir a resultados absurdos
2) TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA: o fato que originou o dano era capaz de lhe dar causa. 
- havendo uma circunstância acidental, a causa não era adequada
· Teoria da equivalência: ex.: pancada na cabeça 
3) TEORIA DOS DANOS DIRETOS E IMEDIATOS: requer que haja uma relação de causa e efeito direta e imediata entre a conduta e o dano
Ex: Ocorre um acidente de trânsito e ela sofre um dano em razão do acidente de trânsito e depois ao caminho do hospital tem um acidente com a ambulância e pessoa morre em decorrência do segundo acidente, o primeiro que causou o acidente pode se responsabilizar pela morte da vítima? Não! Somente o segundo acidente 
Ex2: estava indo ao aeroporto e sofreu um acidente, será discutido os danos imediatos- carro quebrado, etc - agora não pode-se discutir que perdeu o voo etc- são consequências indiretas, que a princípio não são indenizáveis, é possível discutir danos indiretos na “perda de uma chance”, como vimos anteriormente 
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
6.3.3. EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE
(1) Estado de necessidade- art 188, II CC: Deterioracão ou destruicão de coisa alheia ou lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente
· A lei acaba por justificar um ato que seria ordinariamente ilícito;
· Art 930CC: ação regressiva contra o 
(2) Legítima Defesa: 
· Legítima defesa putativa diferente da legítima defesa real- na primeira você acha que a outra parte está fazendo algo, mas não está. Ex: a pessoa tira do bolso algo, você acha que é uma arma e é uma chave- legítima defesa putativa 
· PRESSUPOSTOS: 
- INICIATIVA DE AGRESSÃO DA PARTE CONTRÁRIA (real)
- AMEACA DE DANO ATUAL OU IMINENTE
- REACÃO PROPORCIONAL À AGRESSÃO (proporcional)
· ABRANGÊNCIA: bens materiais ou valores morais (honra, imagem personalidade)
(3) Estrito cumprimento de dever legal: significa dizer que a pessoa atinha que agir daquela maneira 
· Buscar ressarcimento do estado (sem ação de regresso) 
· Exercício regular do direito: Não há ato ilícito, desde que o agente contenha-se 
(4) Culpa exclusiva da vítima: 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
“A conduta da vítima como fato gerador do dano elimina a causalidade” (aguiar Dias)
Ex1: vítima se joga na frente do carro, para se suicidar, caso o motorista a atropele, não há no que se dizer em indenização 
(5) Fato de terceiro
· Terceiro= aquele que não é parte no negócio jurídico, mas sofre os seus efeitos ou altera o resultado; 
· O causador direto só se eximirá se sua ação for equiparável
· TEORIA DO CORPO NEUTRO: o exemplo clássico é o caso de engavetamento no trânsito- terceiro bate no carro da frente, e você no carro do meio, sofre o impacto do carro de trás e seu carro é projetado pra frente e você atinge o primeiro carro, aqui prevalece a teori do corpo neutro- nesse caso: a vítima (carro 1) deve ingressar diretamente contra o carro 3, o carro do meio não pode ser responsabilizado- entendimento que prevalece na jurisprudência 
(6) Caso fortuito e forca maior:
Fato ou ato alheio à vontade das partes: greve, motim, guerra – ação praticada pelo homem 
Forca maior: acontecimentos naturais: raio, inundação, terremoto – decorrente da natureza 
Contudo ambos tem a mesma consequência jurídica- presente o elemento da inevitabilidade 
Atencão: a previsibilidade não exclui a responsabilidade, ex: pode-se prever fenômenos da natureza, como tornados etc, mas o fato de ser previsível não perde a qualidade de excludente de responsabilidade 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
· REQUISITOS: 
- fato não determinado por culpa do devedor; 
- fato superveniente e inevitável;
- fato irresistível ao poder humano;
· Fortuito interno (culpa)
(7) Cáusula de irresponsabilidade ou de não indenizar:
- acordo entre as partes
- não aplicável pelo CDC, arts. 24 e 25 – nesse caso será uma clásula nula de pleno direito
Agora se não for uma relação de consumo 
REQUISITOS: 
- bilateralidade de consentimento
- não colisão com preceito de ordem pública 
- igualdade de posição das partes
- inexistência do escopo de eximir o dolo ou culpa grave do estipulante (impunidade)
- ausência da intenção de afastar a obrigação inerente à função 
(8) Prescricão (possível assunto de prova)
· Perecimento do direito de ação, extinguindo a responsabilidade do causador do dano
· Art 206, parágrafo 3, CC: 3 anos para pretensão de reparação civil 
· Passado esse prazo de 3 anos, a dívida/ dano permanecem, o que perece é o direito de cobrar o dano- não podendo mais o credor cobrar após expirar esse período. 
11.09.20
7. EFEITOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
A. REPARACÃO DO DANO:
- Reparacão específica (in natura): sancão direta - dano patrimonial 
- Reparacão por equivalente (indenização): sancão indireta - extensão do dano 
RESSARCIMENTO DO DANO MATERIAL:
1. TITULARES DA ACÃO DE RESSARCIMENTO: 
a) Lesado e dependentes econômicos (cônjuge, descendentes, ascendentes, irmãos) 
· Se for cônjuge ou filho menor há uma presunção de dependência econômica, essa dependência não é absoluta, a parte contrária pode fazer prova contrário, mas ai o ônus probatório é de incumbência da parte contrária; 
· No caso dos outros dependentes, quem deve demonstrar a dependência econômica é o autor da ação; 
Ex: sua casa sofre um incêndio e você tem dentro de casa um bem em comodato, você deve preservar/salvar esse bem primeiros em detrimento dos outros 
- vítima que sofre prejuízo (possuidor ou proprietário)
- herdeiro (CC, art. 943: O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança) (morte= vítima/ herdeiro) 
· O herdeiro não herda a dívida, quem responde é a herança. Logo, você tinha uma ação em curso e o réu (aquele que causou o dano) falece no curso da ação, seu patrimônio continuará respondendo) 
- beneficiários de pensão: dependência econômica 
b) Companheiros (art. 226, parágrafo 3, CF e 1.723 CC)
- concubina e serviços prestados 
- concubinas que pediam indenizações por serviços prestados, como não ia reconhecer a união, ingressava em juízo por serviços prestados- hoje em dia é incabível em razão da equiparação existente entre a união estável e o casamento; 
2. PERDAS E DANOS 
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Deve ficar demonstrado o que a pessoa perdeu e o que deixou de lucrar (lucros cessantes)
Ex: em razão do dano sofrido a pessoa deixou de trabalhar e deixou de ganhar x. Ela deve ser indenizada pelo dano sofrido e pelo que deiaxrá de ganhar pelo afastamento no trabalho. 
3. A INFLUÊNCIA DE OUTROS ELEMENTOS: 
- Cumulação da pensão alimentícia com benefício previdenciário
STF já entendeu que é possível a cumulação pois elas têm origens diferentes, uma é da seara em razão daquele que causou um dano e o outro devido a morte etc. 
- Seguro obrigatório: dedução (súmula 246, STJ)- havendo acidente de trânsito, deve haver uma dedução do valor pago pelo seguro obrigatório
4. ALTERACÃO DE SITUACÃO E DOS VALORES 
· CORRECÃO MONETÁRIA: expressa no CC
- mesmo que o adv esqueca de pedir a correção monetária, não precisa, pois já está previsto na lei- não é considerado uma sentença ultrapetita pois já está previsto em lei. 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado
- aqui fala de responsabilidade contratutal;
Art. 395.Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
- aqui fala de responsabilidade contratual; 
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
- aqui fala de responsabilidade aquiliana/ extracontratual- em que a mora é caracterizada a partir do momento que houve a prática do ato ilícito 
· SÚMULA 490 STF: a pensão, correspondente a indenização oriunda da resp civil, deve ser calculada com base no salário mínimo vigente a tempo da setenca e ajustar-se-á às variações ulteriores- nesse caso será atualizado automaticamente e não fixado um valor próprio que não terá reajuste com o tempo
· Pensão temporária ou vitalícia 
· Dano moral: correção sobre o valor convertido do salário mínimo 
· Prisão civil do devedor é diferente de alimentos. – se o réu da ação indenizatória não pagar, não pode sofrer a sancão civil de prisão 
· Revisão das pensões: art 533, CPC “Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestacão.”
- Não aplicável para homicídios; 
- Alteracão do dano; 
· Juros: simples ou compostos 
- Legais 
- SÚMULA 54, STJ: no caso de resp aquiliana/ extracontratutal os juros começam a contar a partir do ato danoso 
Ex: acidente em 2019, ingressa em 2020, a sentença sai em 2025, e transita em julgado só em 2030, os juros serão computados a partir do acidente, ou seja, em 2019. 
- Já no caso da resp contratual, os juros são contados a partir da citação inicial - segundo o art. 405 CC 
	RESP CONTRATUTAL
	RESP EXTRACONTRATUAL
	JUROS CONTADOS A PARTIR DA CITACÃO INICIAL
	JUROS CONTADOS A PARTIR DO EVENTO DANOSO
	
	
· Verba honorária: art. 85, parágrafo 2 CPC
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
- Pensão mensal: art. 292, parágrafo 2 CPC
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
- Indenizacão por ato ilícito: prestações vencidas + capital necessário a produzir a rende correspondente as prestações 
RESSARCIMENTO POR DANO MORAL, DANOS DIRETOS OU INDIRETOS
1.TITULARES: 
a) ofendido, cônjuge, companheiro, membros da família, noivos, sócios etc
Ex: pai, marido e filho de paciente; mãe e irmãos de vítima de trânsito 
b)incapazes (menores impúberes, amentais, nascituros etc)
ex: falecimento do pai antes da criança nascer, logo o nascituro tem legitimidade de pleitear o dano moral pelo fato de ela não ter a chance de convívio com o pai
c) Pessoa jurídica: súmula 227, STJ 
2. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE DANO MORAL E MATERIAL 
- Art. 5, V CF
- Súmula 37 STJ 
- Punitive damages do direito americano
Já tentaram implementar no Brasil, mas não funcionou por muito tempo- existe no Direito Americano- começou nos EUA 
Uma senhora derrubou café nela mesma e sofreu queimadura de 2 e 3 grau, a filha teve que parar de trabalhar para cuidar dela, e ela ingressou me juízo processando o Macdonalds condenado a pagar 3 milhões de dólares, justificando que se o café não fosse tão quente, ela não teria sofrido esse dano. 
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA:
· Regra do direito brasileiro
· Só haverá resp pela reparação de um dano se o seu causador tiver agido com culpa (em sentido amplo)
· Art. 927 CC, aquele que, por ato ilícitp, (arts 186 e 187) causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo 
· Presenca dos 4 elementos: CONDUTA – DANO- NEXO CAUSAL- CULPA 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
· Exceção do direito brasileiro 
· Haver;a resp pela reparação independentemente da existência de culpa 
· Diferente da resp sem culpa 
Art. 927 CC: Aquele que, por ato ilícito ( Arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
   
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Ex.: RESP CONTRATUAL 
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.
ART 42 CDC: O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
EX: RESP EXTRACONTRATUAL:
Art, 37 CF
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Se o agente não agiu com dolo ou culpa, o prejuízo é do Estado 
RESP POR DANO AMBIENTAL 
Art 14, parágrafo 1 da Lei 6.938/81 
16.09.20
RESPONSABILIDADE POR ATOS DE TERCEIROS
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: (NUMERUS CLAUSUS) 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
Lembrando o art. 928 CC: o pai responderá pelo filho, mas quando o filho possui patrimônio e o pai não, quem responde é o filho, mesmo que seja menor. 
Ex: pai põe todos os bens nos nomes dos filhos e mantém usufruto ou avô deixa herança para os filhos 
- O ônus probatório é da vítima. 
- Pai responde por ato do filho em local distante 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
Curador: art. 1767- destinado à proteção das seguintes pessoas previstas no art. Além das hipóteses da pessoa com deficiência- art 116 e a figura do nascituro também 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Servical não existe mais- mas mantiveram no código mesmo assim. 
Importante ressaltar que seja no exercício do trabalho ou em razão dele. 
Logo deve haver, 
1) Vínculo de subordinação;
2) Não responde pelos atos exercidos fora das suas atribuições; 
3) Ato que não foi determinado, ou seja, o patrão responde ainda que não tenha ordenado o ato ilícito
4) Súmula 341 STF: ë presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto – logo, mesmo que o empregado tenha praticado o ato de forma culposa, ainda sim o empregador vai responder. 
5) Presuncão absoluta: exige-se apenas a prova de culpa e do ilícito praticado pelo empregado em razão da subordinação, o seu empregador responde. 
HIPÓTESES QUE O EMPREGADOR NÃO VAI RESPONDER: 
1) Não havia subordinação; 
2) Não houve ato ilícito pelo empregado;
3) Que o dano não foi causado pelo exercício do trabalho ou em razão dele
OBS: empregador responde por acidentes de trânsito causados pelo empregado; (ex: do seu pai, moca do lava rápido respondeu pelo acidente do carro)
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentosonde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
1. Responde pelos prejuízos causado pelos hóspedes a terceiros e demais hóspedes- ex: festa em hotel e um hóspede caua dano a outro hóspede- quem responde é o dono do hotel, sendo resp por tudo que acontece no estabelecimento- dever de vigilância 
2. Dever de vigilância
3. Furtos e roubos por empregados de bens de hóspedes
4. Responsabilidade de manter a bagagem no estado em que nele adentrou 
5. Entrou com bagagem no hotel, deverá sair com a mesma bagagem, sob resp do hotel 
Estabelecimento para fins de educação- escolas: 
1. Dever de vigil6ancia dos alunos
2. Dano causado pelo aluno a outro aluno: quem resp é a escola, não excluindo a resp dos pais;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Responsbilidade objetiva: art 933
Direito de regresso 
Resp solidária: art 942, parágrafo único 
- pela guarda da coisa ou animal: art. 936 
O dono do animal responderá quando não houver culpa da vítima ou não provar forca maior
Lembrando: a culpa da vítima pode ser concorrente tb (a vítima mexe no animal bravo sem fucinheira)
Pela ruína de edifício ou construção 
Art 937
Ação de dano infecto: obrigação de cuidar desse bem sob pena de responder pelos danos causados 
Ex; pessoa tem um bem tombado e quis restaurar o bem, havia caído uma telha, deve cercar e fechar porque se cair na cabeça de alguém, o dno que responde 
Pelas coisas caídas de edifícios: coisas caídas pela janela de aptos- actio effusis et dejectis- resp objetiva
Quem responde a princípio é o condomínio, se for identificado da onde vem- responde o condômino

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