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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
1) CONCEITO: está diretamente ligado ao interesse que ele protege - da autonomia aos
sindicatos para negociar (e hoje após a reforma é possível a prevalência do negociado sobre
o legislado). Em algumas doutrinas aparece como Direito Sindical ou Direito Corporativo.
Essa nomenclatura, “sindical”, é incompleta, pois o Direito coletivo do trabalho não abrange
somente questões sindicais.
Quando se fala de proteção ao interesse coletivo, refere-se á categoria como
representação dessa coletividade. Portanto não se pode confundir direito individual
homogêneo ou difuso com o direito coletivo do trabalho. Revisão breve do que é cada tipo e
interesse:
A. Individuais, que são aqueles de interesse do indivíduo, direitos á serem
protegidos na relação empregado - empregador;
B. Individuais homogêneos, são os que ligam um numero detrminado de
indivíduos que se relacionam por uma ciruncstância de fato, como por exemplo, vários
empregados de categorias diversas da mesma empresa que estão com pagamento
atrasado;
C. Difusos, são os interesses de determinados indivíduos que são ligados por uma
situação fática, um acontecimento;
D. Por fim, os direitos coletivos, ora objetos de estudo, são os direitos
trabalhistas inerentes á um número determinado de indivíduos relacionados por
pertencerem á mesma categoria profissional.
2) Evolução histórica
Tem as mesmas fontes do direito do trabalho, mas com ênfase nos acontecimentos que
motivaram a concentração de massas levando á aproximação dos trabalhadores e a criação
de uma consciência de classe. O movimento do ludismo também tem forte influência aqui
• CF 1934: art 120: sindicatos são associações reconhecidas em conformidade com a lei.
• CF 1937: art 138-140: a associação sindical ou profissional é livre. Somente, porém, o
sindicato regularmente reconhecido pelo estado tem direito de representação legal dos que
participarem das categorias de produção para o qual foi constituido (necessidade de
delegação) + greve é ilegal e considerada anti sindical.
• CF 1946: art 159: continua sendo necessária a delegação estatal para que o sindicato
seja válido.
• CF 1967:art 159: permanece a necessidade de delegação
• CF 88: art 1, art 8 inciso I, tira a delegação, ou seja, , n precisa mais de autorização do
estado para ser fundado o sindicato, hoje existe apenas a obrigatoriedade do registro no
órgão competente (que hoje graças á gestão i n c r í v e l desse país não é mais no Min. Do
Trabalho, mas no da Economia) (P.S: NÃO CONFUNDIR a personalidade JURIDICA com a
SINICAL. O registro do cpnj é apartado do registro da personalidade sindical)
Ainda nessa questão de evolução constitucional, é possível verificar que a evolução do direito
sindical, especificamente no que se refere á liberdade de sindicalização, foi acompanhando a
evolução dos direitos humanos, sendo relevantes os mesmos dispositivos citados para estudo
da evolução das gerações/dimensões de direitos humanos; aparece primeiro na
Constituição Mexicana de 1917, seguido da e Weimar em 1919 e na Declaração de Direitos
Humanos da ONU em 1948. Fora essas, outros dispositivos históricos influentes foram o
Pacto internacional de Direitos Civis e Políticos em 1966, Pacto Internacional de Direitos
Economicos, Sociais e Culturais no mesmo ano, seguido do Pacto de San José da Costa Rica
em 1969 e mais alguns; o ponto é que a liberdade sindical passou á ser tratada com maior
seriedade somente após o reconhecimento dos direitos inerentes ao trabalho digno como
direito humano (ou social, por ser da segunda geração).
3) Formação
As fontes e matrizes são as mesmas: ordenamento estatal (CF, Lei..) e autonomia
coletiva (convenções, acordos e contratos coletivos - fontes específicas do direito coletivo).
4) Aplicação de normas internacionais:
1. Convenções e 2. Recomendações da OIT, sendo que a primeira tem caráter
vinculante e entra em vigor 1 ano após ratificação pelo país membro, que deverá converte-la
em lei interna.
Entre todas as convenções, 7 espécies de matéria nelas abordadas são chamadas de
fundamentais, pois tratam de: 1. liberdade de associação; 2. liberdade sindical; 3.
reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; 4. eliminação de todas as formas de
trabalho forçado; 5. abolição do trabalho infantil; 6. eliminação da discriminação na matéria de
emprego e ocupação.
Síntese de algumas convenções importantes para o estudo:
Disponíveis em https://www.ilo.org/brasilia/convencoes/lang--pt/index.htm
CONVENÇÃO
N. 87 Liberdade sindical
e proteção ao
direito de
sindicalização
Art. 2 — Os trabalhadores e os empregadores, sem distinção de qualquer espécie,
terão direito de constituir, sem autorização prévia, organizações de sua escolha,
bem como o direito de se filiar a essas organizações, sob a única condição de se
conformar com os estatutos das mesmas.
NÃO RATIFICADA!!!! INCLUSIVE a unicidade adotada no país é uma afronta
direta ao disposto nesse documento.
CONVENÇÃO
N. 98 Direito de
sindicalização e
negociação
coletiva;
Art. 1 — 1. Os trabalhadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer
atos atentatórios à liberdade sindical em matéria de emprego.
2. Tal proteção deverá, particularmente, aplicar-se a atos destinados a:
a) subordinar o emprego de um trabalhador à condição de não se filiar a um
sindicato ou deixar de fazer parte de um sindicato;
b) dispensar um trabalhador ou prejudicá-lo, por qualquer modo, em virtude de sua
filiação a um sindicato ou de sua participação em atividades sindicais, fora das horas
de trabalho ou com o consentimento do empregador, durante as mesmas horas.
RATIFICADA. Vigente desde 18/11/53
CONVENÇÃO
N. 29 Trabalho forçado; Art. 1 — 1. Todos os Membros da Organização Internacional do Trabalho que
ratificam a presente convenção se obrigam a suprimir o emprego do trabalho forçado
ou obrigatório sob todas as suas formas no mais curto prazo possível.
2. Com o fim de alcançar essa supressão total, o trabalho forçado ou obrigatório
poderá ser empregado, durante o período transitório, unicamente para fins públicos
e a título excepcional, nas condições e com as garantias estipuladas nos artigos que
seguem.
3. À expiração de um prazo de cinco anos a partir da entrada em vigor da presente
convenção e por ocasião do relatório previsto no art. 31 abaixo, o Conselho de
Administração da Repartição Internacional do Trabalho examinará a possibilidade de
suprimir sem nova delonga o trabalho forçado ou obrigatório sob todas as suas
formas e decidirá da oportunidade de inscrever essa questão na ordem do dia da
Conferência.
RATIFICADA
CONVENÇÃO
N. 105 Abolição do
trabalho forçado;
(...) se compromete a suprimir o trabalho forçado ou obrigatório, e a não recorrer ao
mesmo sob forma alguma:
a) como medida de coerção, ou de educação política ou como sanção dirigida a
pessoas que tenham ou exprimam certas opiniões políticas, ou manifestem sua
oposição ideológica à ordem política, social ou econômica estabelecida;
b) como método de mobilização e de utilização da mão-de-obra para fins de
desenvolvimento econômico;
c) como medida de disciplina de trabalho;
d) como punição por participação em greves;
e) como medida de discriminação racial, social, nacional ou religiosa.
RATIFICADA
CONVENÇÃO
N. 138 Idade mínima
para trabalho;
Art. 1º — Todo País-Membro, no qual vigore esta Convenção, compromete-se a
seguir uma política nacional que assegure a efetiva abolição do trabalho infantil e
eleve, progressivamente, a idade mínima de admissão a emprego ou a trabalho a
um nível adequado ao pleno desenvolvimento físico e mental do jovem.
RATIFICADA.
CONVENÇÃO
N. 182 Piores formas de
trabalho infantil e
Ação imediata
para sua
eliminação;
Todo Estado-membro que ratificar a presente Convenção deverá adotar medidas
imediatas e eficazes que garantam a proibição e a eliminação das piores formas de
trabalho infantil em caráter de urgência.
RATIFICADA.
CONVENÇÃO
N. 100 Igualdade de
remuneração
entre gêneros por
trabalho de igual
valor;
Art. 1 — Para os fins da presente convenção:a) o termo ‘remuneração’ compreende o salário ou o tratamento ordinário, de base,
ou mínimo, e todas as outras vantagens, pagas direta ou indiretamente, em espécie
ou in natura pelo empregador ou trabalhador em razão do emprego deste último;
b) a expressão ‘igualdade de remuneração para a mão-de-obra masculina e a
mão-de-obra feminina por um trabalho de igual valor’, se refere às taxas de
remuneração fixas sem discriminação fundada no sexo.
Art. 2 — 1. Cada Membro deverá, por meios adaptados aos métodos em vigor para a
fixação das taxas de remuneração, incentivar e, na medida em que tudo isto é
compatível com os ditos métodos, assegurar a aplicação a todos os trabalhadores do
princípio de igualdade de remuneração para a mão-de-obra masculina e a
mão-de-obra feminina por um trabalho de igual valor.
RATIFICADA.
CONVENÇÃO
N. 111 Discriminação no
emprego e
ocupação
Art. 1 — 1. Para os fins da presente convenção o termo “discriminação” compreende:
a) toda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, cor, sexo, religião,
opinião política, ascendência nacional ou origem social, que tenha por efeito destruir
ou alterar a igualdade de oportunidade ou de tratamento em matéria de emprego ou
profissão;
b) qualquer outra distinção, exclusão ou preferência que tenha por efeito destruir ou
alterar a igualdade de oportunidades ou tratamento em matéria de emprego ou
profissão que poderá ser especificada pelo Membro interessado depois de
consultadas as organizações representativas de empregadores e trabalhadores,
quando estas existam, e outros organismos adequados.
2. As distinções, exclusões ou preferências fundadas em qualificações exigidas para
um determinado emprego não são consideradas como discriminação.
3. Para os fins da presente convenção as palavras ‘emprego’ e ‘profissão’ incluem o
acesso à formação profissional, ao emprego e às diferentes profissões, bem como
às condições de emprego.
RATIFICADA.
CONVENÇÃO
N. 135 Proteção de
representantes de
trabalhadores;
Art. 1º — Os representantes dos trabalhadores na empresa devem ser beneficiados
com uma proteção eficiente contra quaisquer medidas que poderiam vir a
prejudicá-los, inclusive o licenciamento(*), e que seriam motivadas por sua qualidade
ou suas atividades como representantes dos trabalhadores sua filiação sindical, ou
participação em atividades sindicais, conquanto ajam de acordo com as leis,
convenções coletivas ou outros arranjos convencionais vigorando.
RATIFICADA. Vigente desde 18/05/91
CONVENÇÃO
N. 151 Direito á
sindicalização e
relações de
trabalho na adm.
pública
Art. 4 — 1. Os empregados públicos gozarão de proteção adequada contra todo ato
de discriminação sindical em relação com seu emprego.
2. A referida proteção será exercida especialmente contra todo ato que tenha por
objetivo:
a) subordinar o emprego de funcionário público à condição de que não se filie a uma
organização de empregados públicos ou a que deixe de ser membro dela;
b) despedir um empregado público, ou prejudicá-lo de qualquer outra forma, devido a
sua filiação a uma organização de empregados públicos ou de sua participação nas
atividades normais de tal organização.
RATIFICADA. Vigente desde 15/07/11
CONVENÇÃO
N. 154 Fomento á
negociação
coletiva;
Art. 5 — 1. Deverão ser adotadas medidas adequadas às condições nacionais no
estímulo à negociação coletiva.
RATIFICADA. Vigente desde 10/07/93
CONVENÇÃO
N. 158 Término das
relações de
trabalho por
iniciativa do
empregador;
Art. 1 — Dever-se-á dar efeito às disposições da presente convenção através da
legislação nacional, exceto na medida em que essas disposições sejam aplicadas
por meio de contratos coletivos, laudos arbitrais ou sentenças judiciais, ou de
qualquer outra forma de acordo com a prática nacional. (justa causa)
RATIFICADA.
RECOMENDA
ÇÃO N. 91 Definição de
Convenção
De acordo com essa recomendação, a convenção coletiva é: “todo acordo escrito
relativo às condições de trabalho e de emprego, celebrado entre um empregador, um
grupo de empregadores, de um lado, e, de outro, uma ou várias organizações
representativas de trabalhadores, ou, na falta dessas organizações, representantes
dos trabalhadores interessados por eles devidamente eleitos e credenciados, de
acordo com a legislação nacional”
• • •
De acordo com a nossa CLT, convenção é somente aquilo celebrado por dois ou
mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às
relações individuais de trabalho.
Importante ressaltar que nem todas as convenções adotadas pelo sistema brasileiro
foram ratificadas. Entretanto a ausência de sua ratificação não exime o estado membro
da adoção de suas medidas, conforme artigo 19 da Constituição da OIT, item 5:
E) “quando a autoridade competente não der seu assentimento a uma convenção,
nenhuma obrigação terá o Estado-Membro a não ser a de informar o Diretor-Geral da
Repartição Internacional do Trabalho -- nas épocas que o Conselho de Administração
julgar convenientes -- sobre a sua legislação e prática observada relativamente ao
assunto de que trata a convenção. Deverá, também, precisar nestas informações até que
ponto aplicou, ou pretende aplicar, dispositivos da convenção, por intermédio de leis, por
meios administrativos, por força de contratos coletivos, ou, ainda, por qualquer outro
processo, expondo, outrossim, as dificuldades que impedem ou retardam a ratificação da
convenção. “
Bem como no Item 7 do mesmo artigo:
“IV) relativamente a uma convenção não ratificada, informar o Diretor-Geral da
Repartição Internacional do Trabalho, nas épocas que o Conselho de Administração
julgar convenientes, sobre a legislação da federação, dos Estados constituintes, das
províncias ou dos cantões, e sobre a prática, por umas e outros, observada, relativamente
ao assunto de que trata essa convenção. Deverá, também, precisar até que ponto deu-se
ou se pretende dar aplicação a dispositivos da mesma convenção, por intermédio de leis,
por meios administrativos, por força de contratos coletivos, ou, ainda por qualquer outro
processo;”
Diante do fato, explica Anelise Pletsch:
“Em regra, a ratificação do texto de um tratado não é obrigação estatal. A doutrina
considera que se trata de um ato discricionário de direito internacional. Contudo, em se
tratando de Convenção Internacional do Trabalho, a “não ratificação” traz para o
Estado a obrigação de relatar à OIT as dificuldades que determinaram o atraso ou
impediram a ratificação da Convenção, bem como o estágio da legislação e a prática
nacional relativamente à matéria que é objeto da Convenção.” (p. 33 Como se preparar
para o exame da ordem)
Elucida também Pedro Lenza:
“Como regra, os países realizam uma análise e, se necessário, uma atualização de
sua legislação e de suas políticas, com o objetivo de dar cumprimento ao instrumento
internacional que desejam ratificar. (...) Nada impede que a ratificação somente seja feita
posteriormente, quando já se esteja aplicando, na prática, as regras e os preceitos da
norma internacional. Assim, existem países que:
■ ratificam a Convenção e depois realizam a adequação de sua legislação e de suas
práticas ao instrumento normativo internacional;
■primeiramente realizam a adequação de sua legislação e de suas práticas à
Convenção e só depois a ratificam;
■ não ratificam a Convenção, mas realizam a adequação de sua legislação e de suas
práticas ao instrumento normativo internacional.
Na realidade, o que interessa para a OIT é que o país faça cumprir os preceitos e as
regras contidas na Convenção, independentemente de sua ratificação.” (p. 852 Direito
do trabalho esquematizado)
LIBERDADE SINDICAL
1. Princípio da autonomia sindical:
Direito dos trabalhadores e empresários de não sofrer interferência dos poderes públicos
ou de uns em relação aos outros, portanto, o Estado nem as entidades empresariais intervém
nos sindicatos, além da liberdade de promoção de interesses próprios e da categoria.
Essa liberdade individualse divide em duas partes: direito de constituir ou de ingressar
livremente e se organizar sem interferencia (lado positivo, 511 CLT) bem como de ter a
liberdade de não se associar á sindicato algum, além de poder se desligar do sindicato
quando bem entender (lado negativo art. 8/CF).
Ficam á margem dessa garantia: forças armadas, polícia e agentes públicos de alto
nível (convenção 151, pois exercem função de soberania. (540 clt)
Obs.: CLT 566 - esse art.foi não foi recepcionado pelo 37 da CF, mas a limitação
continuou nos termos da convenção 151, aplicada somente aos militares/forças
armadas/agentes públicos de alto nível/corpo de bombeiros, mas garantido o direito de
sindicalização aos servidores públicos. Dispositivos: 37 VI + 142§3ºIV + 144§6º.
O direito sindical se manifesta com duas titularidades diversas:
• titularidade individual, que aborda a relação do empregado (indivíduo) em
relação á categoria ou ao sindicato; - aqui está a parte da liberdade sindical que protege o
direito de constituir ou associar-se livremente á qualquer sindicato. Art 511/CLT, que se
estende aos trabalhadores avulsos Art 7 XXXIV CF e aos aposentados art 8 VII CF; além
disso, aborda o direito de permanência no quadro sindical, que está subordinado aos
seguintes pressupostos:
A. Continuidade do exercício da profissão ou atividade (salvo casos de
aposentadoria, desemprego ou falta de trabalho) 540CLT
B. Sujeição ás regras disciplinares e contributivas.
Além do direito de desligamento, e o de não sindicalização.
- - -
• titularidade coletiva, que aborda o próprio sindicato em relação á outro sindicato
ou ao Estado; aqui também entra a questão do direito de permanência, mas o interessante a
esfera coletiva é a liberdade sindical coletiva,que corresponde a atuação em grupo da
categoria em defesa dos interesses profissionais. Nessa seara da liberdade sindical
coletiva é estudando e regulado:
1. O tipo de organização; - LIMITADA
2. Adoção e alteração de atos constitutivos; - PLENA
3. Estabelecimento de regras sobre eleições; - PLENA
4. Estruturação de órgãos. - PLENA
1) No que se refere ao tipo de organização é limitada porque não existe muita liberdade
no Brasil pois aqui o sindicato só é permitido por lei quando atua para proteger os interesses
da categoria como um todo, não sendo possivel montar sindicato dos funcionários da
empresa X, por exemplo; o máximo que pode acontecer é existir um sindicato representando
a categoria em cada região (lê-se base territorial, que entende-se por no mínimo um
município); esse fenomeno é o que chamamos de unicidade sindical, que é contrária á
convenção 87 conforme comentado anteriormente e que proíbe a fragmentação sindical
criando a necessidade da existência de apenas 1 sindicato por categoria em cada base
territorial.Explica Pedro Lenza, p. 909:
“Trata-se de sistema de representação incompatível com a liberdade sindical prevista
pela Convenção n. 87 da OIT. Implantado no Brasil a partir dos anos 1930, o sistema da
unicidade sindical foi mantido pela Constituição Federal de 1988 (art. 8º, II) e constitui-se
um dos obstáculos à ratificação da Convenção n. 87 da OIT por nosso País.”
No que se refere aos outros pontos a liberdade sindical é PLENA, somente o tipo de
organização sofre essa limitação especial. Tudo isso para garantir a atuação externa do
sindicato que vai garantir a representação protetora dos direitos do empregado. No âmbito da
unicidade, imporante lembrar também que apesar de ser adotada pela legislação vigente, o
pluralismo co-existe.
Pluraridade x Unidade x Unicidade
Pluraridade sindical é a permissão da existência de mais de um sindicato protegendo a
mesma categoria na base territorial; Unidade sindical é a união espontânea de duas ou mais
organizações sindicais com interesses em comum; por ser permitido ter uma por município
p.e, é normal que alguns municipios se juntem Unicidade é a manifestação da postura
intervencionista do estado, que permite a existência de apenas um sindicato relativo a mesma
atividade na mesma base territorial. Entrou na cf/30 e foi mantido pela cf/88. A pluralidade
deriva do exercicio da liberdade sindical individual, e a unicidade deriva do exercício da
liberdade sindical coletiva. Por isso é possível que as duas co-existam. A unicidade consta no
art. 8 da CF e em Sumula do Stf, Nº 677.
A exceção a regra da unicidade é a sindicalização por profissão, de trabalhadores de
categoria diferenciada.
Fundação do sindicato
A. Originária: quando não existe sindicato naquela base territorial;
B. Transformação de associação em sindicato;
C. Desmembramento de categoria profissional;
D. Divisão de base territorial (quando um sindicato de base ampla ja existe e é criado um
de abrangencia menor);
E. Fusão de sindicatos.
Órgãos que dirigem o sindicato
Diretoria, Assembléia Geral e Conselho Fiscal.
Cláusulas de garantia sindical
Limitações impostas ao exercício da liberdade sindical negativa (ou seja, direito de não
sindicalização, desligamento e não filiação). Geralmente, são inclusas nos contratos
coletivos para incentivar a associação dos trabalhadores durante a vigência contratual.
Escolha do programa de ação do sindicato
1. Participação política
2. Filiação á outras organizações
Funções do sindicato 513-514CLT
Representativa, negocial (podendo excepcionalmente ser afastado da negociação
coletiva),assistencial (no âmbito da educação, saude, lazer etc aos representados),
postulatória CLT 513 a, 857, 872, 195§2;
Custeio
não confundir custeio das atividades sindicais com lucro, porque este é expressamente proibido pelo art. 564
Existe a contribuição sindical (548, a + 578 ss); a contribuição confederativa (8º, IV
CF); contribuição assistencial e por fim a mensalidade dos associados ou “social” ou
“associativa” ou “voluntária” 548, b.
Até a reforma de 2017 a cobrança da contribuição sindical era compulsória, agora não
mais. Costumava ser cobrada de todos os representados integrantes da categoria,
independentemente de associação ao sindicato ou não; agora essas contribuições somente
podem ser cobradas mediante autorização (578) prévia e expressa (579). A contribuição
sindical agora é recolhida uma vez por ano, sendo que:
 Para os empregados: valor equivalente á um dia de trabalho
 Para os empregadores: valor proporcional ao capital social da empresa nos
parâmetros do art 580 III
 Para profissionais autonomos e liberais: 30% do maior valor de referência fixado
pelo Executivo.
A destinação do valor custeado será distribuida de acordo com o art 589.
Quanto ás contribuições confederativas, essas sã fixadas pela assembléia geral. Não
exclui a contribuição sindical bem como não depende dela, apenas de autorização pela
assembléia. Conforme Sumula (40/STF + 666/STF) é devida apenas pelos associados.
Já no que se refere a constribuição assistencial, de “revigoramento” ou “fortalecimento”
sindical, será fixada em Dissídio, Acordo o Convenção Coletiva. Não tem previsão legal, é
pactuado coletivamente e descontado na folha após essa autorização expressa nos termos
do 545.
Por fim, a mensalidade é exatamente isso, deriva de obrigação estatutária prevista nas
regras internas do sindicato e imposta aos filiados, correspondendo á sua filiação voluntária.
A DISSOLUÇÃO do sindicato deve ocorrer por deliberação da assembleia, sendo
expressamente proibida pela via administrativa.
Além do sindicato, existem as federações, confederações e finalmente as centrais
sindicais.
SINDICATO: associação de entes que exercem atividade economica ou profissional
organizada para defesa de seus respectivos interesses, inividuais e coletivos.
FEDERAÇÕES: entidades sindicais de grau diretamente superior aos sindicatos de
trabalhadores. 534 CLT tem como base territorial o estado, região, interestao ou até mesmo
nacional, e devem ser constituídas de no mínimo cinco sindicatos. Sua função é
predominantemente coordenativa. No art. 611 é permitido excepcionalmente a celebração de
convenções
CONFEDERAÇÕES: entidades sindicais de grau direramente superior ás federações.535
CLT. Tem como base territorial a representação nacional e coordenam as federações e
sindicatos. Devem ser compostas por no mínimo 3 federações, sediada obrigatoriamente na
capital, com a mesma função preponderante (coordenadora) e eventualmente a subsidiária
de negociação. Outra função importante é a capacidade postulatória para promover ADIN
(103 IX CF)
CENTRAIS SINDICAIS
Lei 11648/08 reconhece como entidades de representação geral, abrangência nacional,
que podem decidir sobre questões que reflitam interesse geral os trabalhadores desde que:
A. Filiados no mínimo 100 sindicatos separados entre 5 regiões;
B. Filiação de 3 regiões com no mínimo 20 sindicatos cada;
C. Sindicatos que regulem no mínimo 5 setores de atividade economica;
D. Representando no mínimo 7% do total de empregados sindicalizados
nacionalmente;
Preenchidos os requisitos, as atribuições e prerrogativas das centrais sindicais são:
a) coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a
ela filiadas;
b) participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais
espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em
discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores (art. 1º, Lei n. 11.648/2008).
Serão formadas pela união de diversas associações sindicais, de diversos graus.
Abrangem a classe trabalhadora como um todo.
ENQUADRAMENTO DE CATEGORIA
Categorias profissionais e econômicas: o enquadramento do trabalhador, seja ele
empregado ou empregador, na categoria que expresse sua profissão é critério para filiação
sindical. Em relação aos empregados, é avaliada a função exercida em situação
empregatícia na mesma atividade economica ou em atividade semelhante/conexa - isso
define a categoria profissional. Já no que se refere aos empregadores, é avaliado o
interesse economico para definição da categoria economica.
Portanto, categoria profissional: do trabalhador.
Categoria economica: do empregador.
A categoria profissional segue a economica (critério de enquadramento vertical).
511CLT§1º e 2º O que isso significa: o trabalho exercido está, obviamente, diretamente ligado
a função economica do empregador. Por esse motivo, o analista que trabalha numa
NENHUMA DAS DUAS TEM COMPETÊNCIA PARA PROMOVER NEGOCIAÇÃO
COLETIVA, ISSO CABE AO SINDINCATO (salvo as exceções). A
federação/confederação pode ter uma atuação subsidiária, conforme princípio da
complementarieade adotado pelo 611§2º da CLT + 617 §1º, mas não tem a negociação
nas suas funções principais.
metalúrgica não irá entrar na categoria de analista, mas de metalúrgico. Porém, existe uma
terceira categoria, a categoria diferenciada (critério de enquadramento horizontal) 511§3º.
Essa terceira não segue a categoria economica; corresponde a grupos de trabalhadores com
estatutos próprios, inerentes ás suas profissões, organizados em função do exercício
diferenciado. Aqui, o enquadramento se dá através do sindicalismo por profissão; ainda, não
existem categorias diferenciadas na esfera patronal.
PROFISSÃO: atividade exercida de forma principal e habitual;
CATEGORIA: setor da economia que exerce a profissão
Categoria especial por estatuto profissional: advogado, médico, engenheiro etc
Categoria especial por condições de vida: motorista, rodoviário, professor, estivador etc
A categoria especial é formada com a unificação dos trabalhadores em formato de sindicato.
Nesse âmbito de enquadramento é possível que dentro da empresa existam as duas
categorias, a profissional e a diferenciada; ambas devem ser respeitadas e ter suas
convenções e acordos cumpridos, ainda que as categorias profissionais geralmente tendam á
ser preponderantes dentro da empresa (por óbvio). Nesse sentido a sumula 374 do TST
decidiu que empresas que possuem como empregados trabalhadores de categorias
diferenciadas devem respeitar as normas coletivas dessas categorias, desde que tenham
participado das negociações coletivas, por si mesmas ou por intermédio de seu sindicato.
Caso contrário, deverá ser seguida a convenção coletiva do sindicato dos empregados que
exercem a atividade preponderante da empresa
Obs.: desmembramento de categorias pode ocorrer por conta da primazia da realidade, o
571 da CLT permite que atividades ou profissões “concentradas a partir dos critérios de
similaridade ou conexidade possa dissociar-se do sindicato principal, formando um sindicato
específico (...) Categorias surgidas em razão de atividades econômicas similares ou conexas
abrangem diversas atividades que, embora estejam de alguma forma ligadas entre si, são
diferentes e, exatamente por isso, podem gerar interesses distintos” (p. 921) O
desmembramento pode decorrer de especificidade (busca por uma representação mais
específica) ou base territorial já que existem sindicatos que cobrem mais de um município,
de repente pode ser que o interesse regional de um em específico se torne muito particular.
SOLUÇÃO DE CONFLITOS COLETIVOS
Negociação coletiva
Os conflitos coletivos de trabalho podem ser jurídicos ou econômicos. Manifesta-se um
conflito jurídico quando o conflito é originado da interpretação e aplicação de uma norma, que
enseja controvérsia em alguma cláusula ou cláusulas; por outro lado, será econômico quando
visa criar nova norma jurídica. Esses conflitos podem ser solucionados pela
autocomposição, quando feito diretamente pelas partes interessadas através da negociação
e acordo com concessões mútuas ou pela heterocomposição quando é solucionado meiante
intervenção e terceiro. Dentro desse segundo, na esfera trabalhista os métodos de solução
serão a negociação coletiva, a arbitragem e a greve é um mecanismo de autodefesa.
NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Busca a solução de conflitos coletivos através da celebração de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, contendo normas aplicáveis aos integrantes das categorias signatárias.
Lembrando que: após a reforma passou a valer mais o acordado coletivamente do que o
disposto no texto legal!! portanto a flexibilização de normas legais e até mesmo a criação de
condições diversas de trabalho podem ser objeto perfeitamente licito. Ainda, dentro do âmbito
da negociação coletiva, o que ficou concordado em acordo prevalece sobre o concordado
em convenção (novamente fazendo referência ao princípio da primazia da realidade, a
convenção por ser muito mais abrangente pode acabar se distanciando das situações de fato
no dia-a-dia particular específico de uma categoria). (611A + 611B com o que não pode ser
modificado).
A participação sindical na negociação coletiva é quase imprescindível, porque apesar de
em texto constitucional ter suma importância (8º VI) o art 617 da CLT reconhece a validade do
negociado entre os empregados e empregadores na inércia do sindicato, federação ou
confederação. É a autocomposição, que também deve ter caráter subsidiário - Lembrando
que se a categoria não tiver sindicato a federação ou na falta desta a confederação tem
legitimidade subsidiária para representar os interesses postulados, então se a categoria não
tem sindicato, a federação não faz nada nem a confederação, ai sim chega na parte em que
ela pode atuar por “conta própria”, então a legitimidade pra promover negociaão coletiva sem
intervenção de uma dessas entidades é subsidiária da subsidiária, por assim dizer. Pela
lógica imagina-se que após recorrer a confederação os empregados deveriam recorrer ás
centrais sindicais, mas a lei não reconheceu essa possibilidade. Curioso porque pelo artigo
616 os sindicatos são proibidos de se recusar á promover a negociação coletiva uma
vez provocados.
ACORDO COLETIVO DE TRABALHO: celebrado entre o sindicato que representa os
trabalhadores e o sindicato(s) que representa a(s) empresa(s), aplicáveis no âmbito das
condições de trabalho internas daquela(s). Para tal, é obrigatória a presença do sindicato
que represente os interesses da categoria profissional, mas é dispensável a presença o
sindicato representativo da categoria econômica (sindicato do empregador).
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO:É feito no âmbito das categorias profissionais em
face das econômicas como um todo, ainda que em empresas distintas. Aqui, a presença dos
sindicatos dos dois lados deve existir e na ausência de sindicato profissional, entra a
subsidiariedade da conferedação/federação. O que for decidido ali vai obrigar a categoria
inteira, não só a categoria dentro da empresa X. “abrange todas as empresas integrantes da
categoria econômica na respectiva base territorial, e seus empregados, integrantes da
respectiva categoria profissional” Pedro Lenza p. 962
Quando o acordo é precedido nos termos do art 617 diante de inércia do
sindicato/federação/confederação, reiterando: deve provocar os 3 respectivamente e o
período de espera pela iniciativa de cada um é de 8 dias. Passado todo esse tempo, é que os
trabalhadores podem constituir assembléia geral e deliberar seus interesses para serem
representados por uma comissão de negociação.
Outro ponto importante, é em relação á categoria preponderante x diferenciada, as
duas devem ter convenções respeitadas conforme alerta Amauri Mascaro Nascimento, “no
local da prestação de serviços, além do sindicato representante da categoria profissional da
atividade preponderante da empresa, poderão atuar, também, outros sindicatos, de
categorias profissionais diferenciadas, caso em que, na mesma empresa, mais de uma
convenção coletiva terá que ser cumprida” ; entretanto, relembrando a sumula 374 do TST,
ora já citada: “Empregado integrante de categoria profissional diferenciada não tem o direito
de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a empresa
não foi representada por órgão de classe de sua categoria”
CONVENÇÃO COLETIVA ACORDO COLETIVO DISSIDIO COLETIVO
Atinge a totalidade da
categoria economica e
profissional de uma base
territorial
Acordo entre uma ou
mais empresas e seus
empregados; vincula
só os signatários do
acordo
Quando os
empregadosm agem
representados por
comissão.
DISSÍDIO COLETIVO. RECURSO ORDINÁRIO. NÃO ESGOTAMENTO DE
NEGOCIAÇÃO COLETIVA PRÉVIA. Segundo a jurisprudência desta Corte, é
suficiente para o ajuizamento do dissídio coletivo a demonstração da tentativa de
negociação, sem que se exija o exaurimento das tratativas negociais. No caso, não
há controvérsia de que houve a tentativa de negociação entre os demandantes, que,
porém, não lograram êxito na elaboração do instrumento normativo autônomo. (TST - RO:
810320145120000, Relator: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 14/12/2015,
Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publicação: DEJT 18/12/2015)
DENTRO DA NEGOCIAÇÃO
Assembléia geral convocada pela categoria para confecção da pauta de reinvidicações.
Assembléia geral patronal é convocada pela categoria economica para analisar essa pauta.
Nessa pauta deve contar: data e hora da primeira reunião para discussão dos termos e nada
impede que a assembleia patronal elabore sua própria pauta.
VIGÊNCIA DAS CLÁUSULAS ESTABELECIDAS EM NEGOCIAÇÃO COLETIVA
O prazo máximo é de dois anos, sendo vedada a ultratividade pelo art 614§3. Se acabar
a vigência e não houver renovação das cláusulas, os direitos estabelecidos por ela
desaparecem. PORÉM isso foi pacificado somente com a Reforma então atenção a
aplicação diversa antes disso porque era muito comum ocorrer a ultratividade das cláusulas,
justamente por conta do princípio da evolução social do direito e tal.
Outro fator importante é que em decorrência da seriedade do assunto abordado, além de
procedimento formal, solene, escrito, os acordos e convenções coletivas devem ser dotados
de publicidade razoável. A pauta de reinvidicações deve ser pública, deve haver um quórum
estatutário razoável para instalação e deliberação, etc (aplicação dos principios da
publicidade e da boa fé).
Ainda, ESTÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDOS de serem objeto de negociação coletiva
os assuntos dispostos no art. 611-B.
Nos termos do art. 615 a prorrogação, revisão, denúncia ou revogação (total ou parcial)
da convenção ou do acordo coletivo de trabalho deve ser aprovada em assembleia geral dos
sindicatos convenentes ou pelas partes convenentes no segundo caso
CONTRATAÇÃO COLETIVA
É o negocio jurídico pelo qual, Sindicatos ou outros sujeitos legitimados, estipulam
normas aplicáveis às relações individuais de trabalho compreendidas na sua representação.
Sustenta o caráter obrigacional das convenções. É o negócio jurídico normativo entre
categorias. É mais abrangente que o acordo.
Condições de validade
1. Autorização da assembléia geral de trabalhadores;
i. Sendo que as deliberações á serem feitas pelo sindicato serão limitadas ao rol
de reinvidicações, devendo a diretoria negociar naqueles parâmetros e
conseguir nova autorização caso necessário negociar itens extras. O quórum
será fixado pelo estatuto e se for extrapolado esse poder a convenção inteira
pode ser passível de anulação.
2. Deve ser escrita 613clt sob pena de inexistência/nulidade
3. Vigência de dois anos 613 e 614
4. Publicidade mínima: depósito de uma via ao Ministério da Economia para afixação em
quadro de avisos (se esquecer é só uma infração administrativa, caracteriza vício formal e
não impede a eficácia da norma).
Cláusulas
1. Obrigacionais: direitos e deveres entre os próprios pactuantes. São as que geram
direitos e obrigações dos sujeitos celebrantes da Convenção. Não irradiam efeitos sobre os
contratos individuais de trabalho. Têm as mesmas características e natureza das cláusulas
dos contratos de direito comum. Obrigam apenas os convenentes.
i. Comuns: • dever de paz (renuncia de novas exigências durante a convenção);
• Dever de influencia (Significa que o sindicato deve desenvolver esforços para que
os seus representados se abstenham de romper o dever de paz, não pode ficar
inerte nas suas funções)
ii. Especiais: • instrumentais e não instrumentais. A primeira, se refere as que
dizem respeito aos mecanismos de administração e de disciplina temporal da
Convenção; a segunda, visa a satisfação de interesses próprios dos sujeitos,
não das partes.
2. Normativas: condições de trabalho, gerando reflexos nos contratos individuais de
emprego. São a parte principal/núcleo da convenção.
i. econômica: diz respeito ao conteúdo patrimonial contratado.
ii. Tutelares: dizem respeito á proteção da vida, saúde e moral do trabalhador;
iii. Sociais: proteção ao trabalhador e sua família em caso de paralisação ou
término da relação;
A aplicação das cláusulas em regra é na base territorial do sindicato, porém pode existir
conflito entre a base territorial do sindicato dos empregados X dos empregadores, portanto
ensina Amauri Mascaro Nascimento “quando a base territorial do sindicato patronal é menor
do que a do sindicato dos trabalhadores, a esfera geográfica de aplicação da convenção
coletiva não pode ultrapassar o limite de representação do sindicato patronal. Nesse caso, se
o sindicato dos trabalhadores quiser que a convecção tenha efeitos mais amplos, terá que
negociar conjuntamente, com o ou os demais sindicatos patronais que atuam nas outras
bases territoriais”. Na hipótese inversa, ou seja, a base do sindicato dos trabalhadores ser
menos ampla, a mesma limitação não se verificará, sendo que “a convenção coletiva não será
aplicada territorialmente além dos limites da base do sindicato dos trabalhadores”.
Outro ponto importante: art. 8º, §3º, CLT, dispõe que “no exame de convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a
conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104
da Lei 10.406, de 2002 (CC), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na
autonomia da vontade coletiva.”
Ainda nesse aspecto, encontra-se disposto no art. 611-A, § 3º e 4º da CLT, o qual
estabelece a sistemática de compensações decorrentes de concessões e a neutralização das
compensações diante da anulação das concessões. (Cláusula compensatória que é devida
no caso de rescisão contratual decorrente do inadimplemento salarial, de
responsabilidadeda entidade de prática empregadora, nos casos de rescisão indireta,
nas hipóteses previstas na legislação trabalhista e em hipóteses de dispensa imotivada
do trabalhador; Pelo §4 entende-se que no caso de anulação de uma cláusula constante de
ACT ou CCT , deverá ser anulada também a respectiva cláusula compensatória.
NO CASO DE SERVIDORES PÚBLICOS a negociação coletiva deverá atentar-se
exclusivamente ás cláusulas de natureza social. STF - Súmula Vinculante 37 Não cabe ao
Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia.
ALTERAÇÕES NA VIGÊNCIA DO DOCUMENTO: art 615
1. Prorrogação: as condições de validade para prorrogar serão as mesmas da
pactuação original, autorização da assembléia, respeito á forma,vigência de dois anos e
publicidade mínima.
2. Revisão: adaptação ás novas condições. As condições de validade serão as mesmas,
exceto a vigência, lógico.
3. Denúncia: Ato que notifica o término de vigência da convenção. Mesma coisa da
anterior, terá os mesmos requisitos de validade, salvo vigência
4. Revogação: extinção da convenção antes do termo final. DISTRATO ou
DESCONVENÇÃO. Mesmas condições de validade, salvo vigência.
EFEITOS SOBRE OS CONTRATOS INDIVIDUAIS
1. Natureza instrumental
2. Aplicação no espaço-tempo: Regra Geral A eficácia no espaço é definida pela base
territorial dos contratantes. + art 619 (tudo que constar no individual que não seja harmonico
com a convenção perde a validade) (espaço) e entrando em vigor 3 dias após depósito
(tempo).
OBSERVAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO
Incoincidência de Bases Territoriais Se os convenentes tiverem bases territoriais
diferentes, adota-se a de menor amplitude, desde que ambas as categorias estejam
representadas e no caso de Empresas com Estabelecimentos em Bases Territoriais
Diferentes Em cada base aplicar-se-á a convenção do respectivo sindicato.
Havendo mudança da base territorial, aplica-se a convenção da nova base, se a transferência
for definitiva. O empregado não pode pretender direitos que não vigoram na nova localidade.
Todavia, discute-se em doutrina a questão do direito adquirido.
RECURSO DE REVISTA. SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA. ACORDO COLETIVO DE
TRABALHO. REDUÇÃO DA JORNADA. VANTAGEM ECONÔMICA. NÃO
RECONHECIMENTO. A Administração Pública direta, autárquica ou fundacional só
pode conceder vantagem ou aumento de remuneração, a qualquer título, a seu
pessoal mediante autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias e prévia
dotação, sem exceder os limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal (arts.
37,"caput", X, XI, XII e XIII, 39, § 3º, e 169,"caput"e § 1º, I e II, da Constituição Federal, e
Lei Complementar nº 101/2001).
• • •
De forma que a negociação coletiva que envolve empregados da administração pública,
fica limitada às cláusulas de natureza social. Nesse sentido, não há como se validar
cláusula coletiva que estabelece a redução da carga horária, prevista no contrato de
trabalho, para seis horas diárias, pois se trata de cláusula com repercussão econômica.
Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR: 488007020095150141,
Relator: Walmir Oliveira da Costa, Data de Julgamento: 15/04/2015, 1ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 17/04/2015)
• • •
DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. CABIMENTO APENAS PARA CLÁUSULAS SOCIAIS. OJ
Nº. 5 DA SDC DO TST. "Em face de pessoa jurídica de direito público que mantenha
empregados, cabe dissídio coletivo exclusivamente para apreciação de cláusulas de
natureza social. Inteligência da Convenção n.º 151 da Organização Internacional do
Trabalho, ratificada pelo Decreto Legislativo n.º 206/2010" (OJ-SDC-5/TST). Dissídio
extinto sem resolução do mérito. (TRT-7 - DC: 00800131020165070000, Relator: JOSE
ANTONIO PARENTE DA SILVA, Data de Julgamento: 11/04/2017, Data de Publicação:
24/04/2017)
Devese respeitar o enquadramento sindical no local do exercício das atividades. É o que
se extrai do art. 581, caput, e §1º, da CLT, ou seja, a cada filial corresponderá uma
entidade sindical representativa de sua categoria naquela determinada base territorial,
cabendo-lhe o recolhimento proporcional da contribuição sindical e, por observância dos
arts. 8º, II, da CRFB, 511, §1º, 516 e 611, caput, da CLT, o cumprimento das respectivas
normas coletivas. Recurso não provido (TRT da 1ª Região; Processo PJe nº: 0101373-
09.2016. 5.01.0019 (RO); Órgão Julgador: 3ª Turma.
Prestação de Serviços em local diverso da contratação: Aplica-se a norma do local da
prestação de serviços.
1) Litisconsorcio necessário: § 5o Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de
acordo coletivo de trabalho deverão participar, como litisconsortes necessários, em ação
individual ou coletiva, que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos.
(Incluído pela reforma) - “o negociado passou a prevalecer sobre o legislado, desde que
observado determinados preceitos legais, inclusive no que diz respeito às matérias que não
podem ser alteradas, conforme previsão do artigo 611-B da CLT. Além disso, é importante
salientar a intenção do legislador de proteger, prestigiar o interesse da categoria e preservar a
autonomia privada coletiva ao incluir na CLT o artigo 611-A, §5º, o qual prevê a necessidade
de os sindicatos subscritores da Convenção ou do Acordo Coletivo atuarem como
litisconsortes passivos necessários nas ações que visam a nulidade de cláusulas normativas.
Portanto, segundo a nova ordem processual trabalhista, quando uma ação individual ou
coletiva buscar a declaração de nulidade de uma cláusula normativa, será necessária a
participação de todos os entes sindicais na lide, na condição de litisconsortes necessários,
nos termos do artigo 114, do Código de Processo Civil.
Dessa forma, o legislador além de limitar a análise do julgador aos elementos essenciais do
negócio jurídico, conforme artigo 104 do Código Civil, também deverão atuar no processo os
entes sindicais, a fim de demonstrar aos Magistrados a importância teleológica do arcabouço
normativo autônomo contido no Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho. Isto porque,
mesmo que em um primeiro momento as normas coletivas pareçam desfavoráveis à categoria,
somente as partes responsáveis pela negociação poderão demonstrar por qual motivo e sob
qual contexto foram negociadas.” (fonte)
2) Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de convenção coletiva ou de
acordo coletivo de trabalho, quando houver a cláusula compensatória, esta deverá ser
igualmente anulada, sem repetição do indébito.
No que se refere á aplicação no tempo:
As Convenções entram em vigor 3 dias após o depósito de uma de suas vias no
Ministério da Economia. Aplicam-se assim aos contratos individuais vigentes como aos que
vierem a ser celebrados. Trata-se do efeito imediato, que resulta de sua natureza instrumental.
Quando o período de vigência (2 anos) chega ao fim, existem duas teorias:
1. Teoria da incorporação, que aponta que findo o prazo de vigência da convenção,
as cláusulas normativas se incorporam aos contratos individuais de trabalho.
2. Teoria do término da vigência, que defende que as cláusulas normativas vigem
apenas durante o prazo de vigência da convenção, perdendo a eficácia após o
respectivo termo final.
ACORDO COLETIVO, apenas relembrando: atinge apenas os signatários (empresas
concordantes), com as condições de validade:
1. Extensão
2. Consequencia de violação da delibração (só pode negociar o que está permitido pela
assembléia)
3. Quorum
3ª Turma do TRT-MG, em voto da relatoria do desembargador Milton Vasques Thibau de
Almeida. Como destacado pelo relator, a definição da norma coletiva aplicável no caso de
empregado que presta serviços em localidade diversa da contratação se faz pela natureza
da transferência realizada. "Se possui caráter provisório, aplica-se o instrumento coletivo
da base fixa do empregado. Ao contrário, se definitiva a transferência a norma coletiva
aplicável será ado local da prestação do serviço pelo empregado. Na hipótese de
transferência provisória, o contrato permanece vinculado às normas coletivas firmadas
com a categoria do local de origem", esclareceu o julgador, explicando que o nosso
sistema não admite a sobreposição de normas coletivas, como decorrência do princípio da
unicidade sindical, fixado na própria Constituição. PJe: Processo nº
0010674-73.2014.5.03.0087.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
https://migalhas.uol.com.br/depeso/325494/anulacao-de-clausula-normativa-e-a-participacao-dos-sindicatos-como-litisconsortes-necessarios
A vigencia também é de dois anos, também deve ser formal e escrito, depositado nos termos
do 614
DIST.ENTRE ACORDO E CONV.
a) Sujeitos
a.1. Convenção: Sindicato, Federação ou Confederação, sucessivamente, inexistindo
organização de menor grau.
a.2. Acordo Sindicato, Federação ou Confederação, sucessivamente, não querendo
negociar a de menor grau, ou grupo de trabalhadores, não querendo negociar qualquer
delas.
b) Relação Predominância do acordo sobre a convenção coletiva de trabalho. Art. 620. As
condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as
estipuladas em convenção coletiva de trabalho

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