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@psicograam Transtornos de Personalidade Introdução Conceito de Personalidade: Rótulo descritivo do comportamento observável do indivíduo e de sua experiência interior subjetiva relatada. Padrão fixado de se relacionar com outras pessoas, situações e acontecimentos com um tipo rígido e mal adaptativo da experiência interior e comportamento. No transtorno de personalidade o indivíduo se desvia acentuadamente da cultura e leva a sofrimento e prejuízo. Implica sofrimento significativo para si mesmo e para as pessoas que mais convivem com o paciente. Os transtornos de Personalidade são definidos pelas seguintes características: 1. Geralmente começam a surgir no final da infância ou adolescência e início da vida adulta já estão configurados. Tendem a permanecer ao longo da vida. 2. Manifestam um conjunto amplo de comportamentos e experiências internas, assim como reações afetivas e cognitivas que são claramente desarmônicas, envolvendo vários aspectos da vida e da experiência do indivíduo, como afetividade, expressão emocional, comportamento (controle de impulsos, modo e estilo de relacionamentos interpessoais). 3. O padrão comportamental é mal adaptativo. 4. Não relacionadas diretamente a lesão cerebral evidente ou a outro transtorno psiquiátrico. 5. Leva a diferentes graus de sofrimento (solidão, sensação de fracasso pessoal, dificuldades nos relacionamentos, vividos com amargura, dor psíquica). 6. Contribui para pior desempenho ocupacional e social. De acordo com a classificação atual, existe 3 subgrupos: A. Padrão: esquisitos e/ou desconfiados; comportamento excêntrico. B. Padrão: instáveis e/ou manipuladores e/ou centro das atenções; dramáticos ou emotivos; C. Padrão: ansiosos e/ou controlados- controladores; medrosos; Grupo A Tendem a ter comportamento excêntrico. Apresentam características que poderiam levar os outros a vê-los como ligeiramente bizarros, incomuns ou peculiares. Geralmente o diagnóstico acontece no início da vida adulta e está presente em contextos variados. Pensam e se comportam de forma que não estão relacionadas com seu ambiente; Desconfiadas ao extremo e estão sempre de guarda contra possível perigo ou dano; Acham que os outros irão tirar vantagens deles; Quase impossível confiarem em alguém; Podem acusar o companheiro de infidelidade; Incapazes de assumir responsabilidade por seus erros e projetam a culpa no outro; Se esta pessoa for criticada se torna hostil; Podem interpretar mal comentários inocentes e acontecimentos insignificantes, atribuindo sentido oculto ou ameaçador; @psicograam Acreditam que outras pessoas irão explorá-los, causar-lhes dano ou enganá-los, mesmo sem evidências que apoiem essa expectativa; Guarda rancor; Sua vida emocional tende a ser isolada e limitada; Não reconhecem a natureza do seu problema; Desconfianças constantes, sensível às críticas, rancoroso, arrogante, culpa os outros, reivindicativo, se sente prejudicado nas relações; São geralmente de difícil convivência e apresentam frequentes problemas nos relacionamentos íntimos; Desconfiança e hostilidade excessivas podem se expressar sob a forma de argumentações ostensivas, queixas recorrentes ou, ainda, indiferença calma e aparentemente hostil. Geralmente se recusam a buscar ajuda profissional. E se buscarem terapia, sua rigidez e defensiva tornam muito difícil para o profissional, fazer progresso e trabalhar visando qualquer tipo de mudança duradoura; Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição médica. Desenvolvimento e Curso Primeira vez na infância e adolescência por meio de solidão. Relacionamento ruim com os colegas, ansiedade social, baixo rendimento escolar, hipersensibilidade, pensamentos e linguagem peculiares e fantasias idiossincrásicas. Podem parecer "estranhas" ou "excêntricas" e atrair provocações. Fatores de Risco e Prognóstico Genéticos e Fisiológico: Prevalência aumentada de transtorno da personalidade paranoide em parentes de probandos com esquizofrenia. Questões Diagnósticas Relativas à Cultura: Diagnóstico Diferencial - avaliar a diferença relacionada a outros transtornos. Ex: com sintomas psicóticos. DSM-V (2014, p. 649) 301.0/CID-10 (1993, p. 198) F60.0 Geralmente o diagnóstico acontece início da vida adulta e está presente em vários contextos. Dificuldade de expressar emoções; Ausência de reatividade emocional: gestos, sorrisos ou expressão facial. Raramente apresentam experiência relacionada às emoções. Afeto constrito e parecem frios e distantes. Indiferença a relacionamentos sociais e sexuais; Gama limitada de experiência e expressão emocional; Preferem ficar sozinhos do que com outras pessoas; Não ter qualquer desejo por aceitação ou amor; O envolvimento sexual com os outros tem pouco apelo; Os outros o percebem como frios, reservados, retraídos e isolados; Não tomar conhecimento e ser insensível aos sentimentos e pensamentos alheios; Buscam situações que envolva interação mínima com os outros; Preferem viver sozinhos e defendem sua privacidade; Atraídos por empregos nos quais passem todas as suas horas de trabalho sozinhas; Não parecem ser particularmente angustiadas ou um risco para os outros; @psicograam Seu isolamento auto imposto e suas limitações emocionais são mais adaptativos a seu funcionamento social; Socialmente isolados ou "solitários" e quase sempre optam por atividades ou passatempos solitários que não incluem interação com outros; Escolha por tarefas mecânicas ou abstratas, como jogos matemáticos ou de computador; Podem ter muito pouco interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa; Ausência de desejo sexual; Têm prazer em poucas atividades, quando não em nenhuma; Demonstram não ter desejo de intimidade, parecem indiferentes a oportunidades de desenvolver relações próximas e não parecem encontrar muita satisfação em fazer parte de uma família ou de outro grupo social. Podem aparentar estar "à deriva" em relação a seus objetivos. Vidas parecem por vezes sem rumo; Reagem de forma passiva a circunstâncias adversas e apresentam dificuldade em reagir adequadamente a acontecimentos. Falta de habilidades sociais; Indiferença, distante, vive no próprio mundo, esquisito, solitário, não se emociona. Desenvolvimento e Curso Pode ficar aparente pela primeira vez na infância e adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim com os colegas e baixo rendimento escolar, o que marca essas crianças ou adolescentes como diferentes e os tomam sujeitos as provocações. Fatores de Risco e Prognóstico Genéticos e fisiológicos: pode ter prevalência aumentada entre familiares de indivíduos com esquizofrenia ou transtorno da personalidade esquizotípica. Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero: um pouco mais frequentemente em indivíduos do sexo masculino e pode causar-lhes mais incapacidade; Diagnóstico Diferencial Verificar a distinção entre os transtornos: delirante, esquizofrenia e transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos pelo fato de esses transtornos serem todos caracterizados por um período de sintomas psicóticos persistentes. Deve ter estado presente antes do aparecimento dos sintomas psicóticos e deve persistir quando tais sintomas estão em remissão; Substância psicoativa; Transtorno de Espectro Autista. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista e não é atribuível aos efeitos psicológicos de outra condição médica. DSM-V (2014, p. 652) 301.20 / CID-10(1993, p. 199) F60.1 Geralmente o diagnóstico acontece início da vida adulta e está presente em vários contextos Confusões e distorções no sentido básico de identidade do indivíduo; Falta um sentido claro de direção ou motivação; Não possuem um conjunto claro de padrões contra o qual comparar seu comportamento; Dificuldade para entender seu próprio senso de individualidade, motivação, o comportamento e os motivos dos outros e de estabelecer relacionamentos íntimos; @psicograam Associam a confusão que sentem em relação a si mesmos e aos outros como uma falta de confiança; Podem defender ideias excêntricas e ter crenças e experiências incomuns; Tem afeto restrito e tendências a afastamento; Sintomas de desorganização, problemas com foco de atenção e tolerância prejudicada a estresse; o Em resposta a estresse, indivíduos com o transtorno podem apresentar episódios psicóticos transitórios. Ideias e crenças estranhas e de autorreferência; desconforto nas relações interpessoais; pensamento muito vago e excessivamente metafórico; Padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos, bem como por distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico. Podem ser supersticiosos ou preocupados com fenômenos paranormais que fogem das normas de sua subcultura; Acreditam que têm poderes especiais para sentir os eventos antes que ocorram ou para ler os pensamentos alheios; Alterações perceptivas; discurso desconexo, digressivo ou vago, mas não apresenta incoerência; Frequentemente desconfiados e podem apresentar ideias paranoides; Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que tende a estar associada mais a temores paranoides do que a julgamentos negativos sobre si mesmo. Obs.: Não está na CID-11 como TP. Devem ser distinguidas de delírios de referência, nos quais as crenças são mantidas com convicção delirante. Desenvolvimento e Curso Apresenta curso relativamente estável, com apenas uma pequena parte dos indivíduos vindos a desenvolver esquizofrenia ou outro transtorno psicótico. Manifestação primeiramente na infância e adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim com os colegas, ansiedade social, baixo rendimento escolar, hipersensibilidade, pensamentos e linguagem peculiares e fantasias bizarras. Essas crianças podem parecer "estranhas" ou "excêntricas" e atrair provocação. Diagnóstico Diferencial Distinguir de transtorno delirante, esquizofrenia e transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos; Relação com uso de substância; Transtornos do neurodesenvolvimento Podem ser confundidos com transtorno da personalidade esquizotípica por terem alguns aspectos em comum. DSM-V (2014, p. 655) 3001.22/CID-10 (1993, p. 94) F21 Grupo B Pessoas com esses transtornos são desafiadores para a clínica. Tendem a ter comportamentos (impulsividade, senso de identidade inflado e tendência a buscar estimulação) dramáticos, emocionais ou erráticos. Sinônimo de “sociopatas” ou “psicopatas”. Há um padrão difuso de desconsideração pelas outras pessoas, violação dos direitos alheios. @psicograam Apresentam muita dificuldade em ter uma interação afetiva recíproca, respeitosa e duradoura; Estilo de vida impulsivo e arriscado, incapazes de se arrepender das suas ações; Falta de consideração pela moral ou pelos padrões legais da sociedade; Não têm consideração ou compaixão pelas outras pessoas; mentem, enganam, trapaceiam, prejudicam os outros, mesmo a quem nunca lhes fez nada; Muita dificuldade nas relações interpessoais; Falta-lhes sensibilidade ao sofrimento dos outros; Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais. Repetição de atos que podem constituir motivos de detenção; Tendência à falsidade, a mentir repetidamente, a praticar a falsidade, falsificar nomes, documentos, trapacear para ganho pessoal ou por prazer; Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro; Irritabilidade e agressividade, envolvimento frequente em brigas, lutas e agressões verbais e físicas. Hostilidade em muitos contextos; Descaso pela segurança de si e dos outros; Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais; Ausência de remorso, verificada pela indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, maltratado, prejudicado gravemente ou roubado outras pessoas; Crueldade e sadismo; Carecem de empatia e tendem a ser insensíveis, cínicos e desdenhosos em relação aos sentimentos, direitos e sofrimentos dos outros; Autoconceito inflado e arrogante, excessivamente opiniáticos, autoconfiantes ou convencidos; Padrão: psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial; Prevalência no sexo masculino com transtorno por uso de álcool em clínicas especializadas em abuso de substância, prisões ou outros ambientes forenses. Ter no mínimo 18 anos de idade e deve ter apresentado alguns sintomas de transtorno da conduta antes dos 15 anos. Desenvolvimento e Curso Curso crônico, Pode se tomar menos evidente ou apresentar remissão durante o envelhecimento. A personalidade antissocial não pode ser diagnosticada antes dos 18 anos de idade. No processo clínico: atuar para que o sujeito venha desenvolver habilidades sociais. Diagnóstico Diferencial Quando o comportamento antissocial em um adulto está associado a um transtorno por uso de substância, o diagnóstico de transtorno da personalidade antissocial não é feito a não ser que os sinais desse transtorno também tenham estado presentes na infância e continuado até a vida adulta. Comportamento antissocial que ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar não deve ser diagnosticado como transtorno da personalidade antissocial; Comportamento criminoso não associado a um transtorno da personalidade. Deve ser distinguido do comportamento criminoso realizado para obter algum ganho e que não é acompanhado pelas características de personalidade que são parte desse transtorno. Apenas quando os traços da personalidade antissocial forem inflexíveis, mal adaptativos e persistentes e causarem prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativos é que @psicograam constituirão transtorno da personalidade antissocial. DSM-V (301.7, p. 659) / CID-10 (1993, p. 199) F60.2 Esse transtorno está presente mais em mulheres do que homens, mais populações urbanas e pobres. A grande maioria desses pacientes irá apresentar outro transtorno mental ao longo da vida (mais frequentemente transtornos do humor e/ou transtorno por uso de álcool e outras substâncias). Fatores Causais Ocorrência, na infância, de traumas emocionais importantes, negligência, abuso físico e/ou sexual, problemas graves em termos de má ou não responsividade emocional de figuras adultas (sobretudo parentais) de ligação, além de componente genético. Essas experiências marcam o indivíduo de tal forma que no período adulto a qualidade e a confiança nas relações interpessoais são gravemente afetadas Forte desregulação emocional; Instabilidade afetiva; Padrão invasivo de controle do impulso pobre e instabilidade no humor, nos relacionamentos interpessoais e no senso de identidade; Esforços frenéticos para evitar o abandono; Relacionamentos instáveis e intensos; Transtorno de identidade; Impulsividade em áreas como sexualidade, gastos ou direção imprudente; Comportamento suicida recorrente; Sentimentos crônicos de vazio; Dificuldade para controlar a raiva e sentimentos ocasionais de paranoia ou sintomas dissociativos; São inseguras e contam com os outros para ajuda-las a se sentirem “completas”. Esforços excessivos e desesperados para evitar abandono, real ou imaginário;intensa sensibilidade às menores pistas de possível abandono; Perturbação da identidade: dificuldades graves e instabilidade com relação à autoimagem, aos objetivos e às preferências pessoais (inclusive as de orientação sexual e de identidade de gênero); Atos repetitivos de autolesão; Raiva intensa e inapropriada e/ou muita dificuldade em controlá-la (brigas físicas recorrentes, irritação, raiva, explosões comportamentais); De forma transitória, podem ocorrer ideias de perseguição, de que se está sendo traído, perseguido, ameaçado, e/ou sintomas ou episódios dissociativos intensos, decorrentes de estresses, de situações pessoais difíceis. São muito sensíveis às circunstâncias ambientais; Padrão de sabotagem pessoal no momento em que uma meta está para ser atingida; 25 a 30% das pessoas com TPB apresentam alucinações, principalmente auditivas, sobretudo audioverbais, em forma de vozes. DSM-V (301.83, p. 663) / CID-10 (1993, p. 200) F60.31 Pessoas que se comportam de forma colorida, dramática e extrovertida. Tem reações emocionais exageradas, beirando teatralidade, no comportamento cotidiano; Fazem de tudo para ser o cento das atenções; tentam chamar atenção para si de qualquer maneira; e sente desconforto em situações em que não é o centro das atenções; Muito preocupadas com a aparência física; @psicograam São percebidas como paqueradoras, sedutoras, com comportamentos inadequados e provocativos; Exigem reafirmação, elogio e aprovação dos outros e ficam furiosas quando não conseguem; Desejam gratificação imediata de seus desejos e reagem com exagero às menores provocações; São influenciadas pelos outros facilmente, não possuem capacidade analítica e veem o mundo em termos amplos, impressionistas. Tem um estilo de falar, um discurso carente de detalhes e de exatidão, com um caráter impressionista, meio vago. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são. Manipulação emocional ou sedução em um nível, ao mesmo tempo em que mostram dependência acentuada deles em outro nível; DSM-V (301.50 p. 667) / CID-10 (1993, p. 201) F60.4 Tem senso inflado e irrealista da própria importância e falta de sensibilidade pelas necessidades das outras pessoas. Consideram-se excepcionais, podem estabelecer seus padrões pessoais em nível irrealisticamente alto; Necessidade de ser admirado, a grandiosidade (em fantasia ou na vida real) e a falta de empatia; O indivíduo apresenta senso grandioso (e irreal) da própria importância. Julga ter talentos especiais e espera ser reconhecido como superior sem que tenha feito algo concreto para isso; Voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder, brilho, beleza ou de um amor ideal; Acreditam ser especiais e únicos; Requer admiração excessiva; Apresenta expectativas irracionais de tratamento especial; Tende a ser “explorador” nas relações interpessoais, buscando vantagens sobre os outros para atingir seu fim ou sucesso pessoal; Sem empatia pelos outros, reluta em reconhecer os sentimentos e as necessidades das pessoas ou em se identificar com elas em tais sentimentos e necessidades; Frequentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio; acha sempre que os outros têm inveja dele; É frequentemente arrogante nos seus comportamentos e atitudes. Comum em filhos de pais com o transtorno; Superestimam de forma rotineira suas capacidades e exageram suas conquistas, com frequência parecendo pretensiosos e arrogantes; Lidam mal com críticas - raiva ou indiferença; Ambiciosos por fama e fortuna; Relacionamentos frágeis; Exploração interpessoal comum; Fingem simpatia para conseguir seus objetivos; Predisposição à depressão; Desenvolvimento e Curso Traços narcisistas podem ser particularmente comuns em adolescentes e não necessariamente indicam que a pessoa vai desenvolver o transtorno da personalidade narcisista. Indivíduos com esse transtorno podem ter dificuldades especiais de adaptação ao surgimento de limitações físicas e profissionais inerentes ao processo de envelhecimento. @psicograam Obs.: Não está na CID-11 como TP. DSM-V (301.81, p. 669) / CID-10 (1993, p. 202) F60.8 Grupo C Pessoas que parecem ansiosas ou temerosas e podem aparentar bastante limitação. Tendem ser introspectivas e podem chamar pouca atenção para si mesma. São carentes de habilidade sociais e desprovida das qualidades desejáveis que fariam os demais gostarem de sua companhia. São mais do que tímidos; Sentimentos de vergonha e inadequação são fortes e por isso preferem não conviver com os outros; Afastam-se quase por completo de encontros sociais; Evitam qualquer situação que possam constrangê-las; Acham que são extremamente inferiores aos outros; Apresentam extrema sensibilidade à rejeição e ao ridículo, interpretando o comentário mais inocente como crítica; São retraídas, improváveis de vivenciar intimidade e incapazes de sentir prazer. Sua afetividade negativa assume a forma de ansiedade crônica e extrema; Evita atividades profissionais/ estudantis que impliquem contato interpessoal significativo – medo de críticas, desaprovação ou rejeição; Falta de disposição para se envolver com outras pessoas; Inibição para interações, decorrente dos sentimentos de inadequação; Tendência a ver a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais; Relutância em assumir riscos pessoais ou em se envolver em atividades ou situações novas por medo de constrangimentos. Obs.: Não está na CID-11 como TP. DSM-V (301.82, p. 672) / CID-10 (1993, p. 202) F60.6 É extremamente passivo e com tendências a se agarrar a outras pessoas, a ponto de ser incapaz de tomar quaisquer decisões ou agir de forma independente. São fortemente centralizados nos outros; São tão adesivos e passivos que as pessoas que convivem com esses indivíduos podem ficar impacientes com a falta de autonomia deles; Não conseguem tomar decisões; As pessoas podem caracteriza-los como “carrapatos”; Quando ficam sozinhas se sentem desesperadas e abandonadas; Não conseguem iniciar atividades novas sozinhas porque sentem que cometerão erros a menos que os outros orientem suas ações; Vão a extremos para obter carinho e apoio dos outros e evitar que as pessoas deixem de gostar delas. ▲ Exemplo: Concordam com a opinião dos outros mesmo achando erradas; Assumem responsabilidades que ninguém mais quer, a fim de que os outros as aprovem e apreciem. Se alguém as critica, se sentem destruídas; Tendem a se lançar de modo incondicional nos relacionamentos, ficando devastadas quando eles terminam. Buscando outro urgentemente para preencher o vazio; Excessivamente dócil, abnegado e adesivo; Necessidade invasiva e excessiva de ser cuidado; @psicograam Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria; Preocupação irrealista com temores de ser abandonado; DSM-V (301.6, p. 675) / CID-10 (1993, p. 202) F60.7 Envolve intenso perfeccionismo e inflexibilidade manifestados em preocupação, indecisão e rigidez. Esse transtorno prevalece em homens e tende a ser mais frequente em pessoas com maior escolaridade, casadas e empregadas. Muito controladoras em relação a sua vida e suas relações interpessoais, que apresentam estilo perfeccionista e carente de flexibilidade; Definem seu senso de identidade (self) em termos de produtividade no trabalho; Atiram-se ao trabalho ao ponto de excluir seus relacionamentos sociais; Incapacidade de jogar fora objetos usados ou sem valor, mesmo quando não têm valor sentimental; Perfeccionismo extremo em relação ao trabalho, o que torna difícil completarem uma tarefa porque podem sempre enxergar uma falha no que fizeram; Nunca são bons suficientes para satisfazer seuspadrões irrealistas; O indivíduo reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam ao seu modo exato de fazer as coisas. Insistência incomum para que os outros se submetam exatamente a sua maneira de fazer as coisas; Estilo mesquinho para lidar com gastos, com o dinheiro, mesmo que isso não se justifique por carência econômica; Preocupação excessiva com organização, perfeccionismo e controle mental e interpessoal; Podem ser moralistas em excesso porque se apegam a padrões escrupulosos demais; Excesso de escrúpulos e inflexibilidade em relação a assuntos de moralidade, ética ou valores; Começa no início da idade adulta; Preocupação tão extensa, com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, que o ponto principal da atividade é perdido; Os outros consideram essas pessoas rígidas e teimosas; Esses indivíduos são muito críticos com as pessoas que eles consideram não corresponder às suas próprias expectativas; Acham que as coisas devem ser “exatamente assim” ou esses indivíduos ficam infelizes ao extremo; Vivenciam uma dose de afeto negativo e tendem a repassar repetidas vezes o que fizeram, procurando falhas; TPOC X TOC Pessoas com TPOC não vivenciam obsessões e compulsões; TCOP – alteração da personalidade; TOC – alteração que envolve ansiedade ou mesmo comportamento fora de controle. Também tem uma diferença de TPOC com pessoas que são esforçadas, bem organizadas, com padrões altos e preocupação em fazer o trabalho direito. As pessoas que tem esse transtorno são improdutivas e sua busca por perfeição acaba sendo mais autoderrotista do que construtiva. DSM-V (301.4, p. 678) / CID-10 (1993, p. 201) F60.5 Referências: @psicograam Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 3° ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. Whitbourne, Susan Krauss – Halgin, Richard P. Psicopatologia – Perspectivas Clínicas dos transtornos Psicológicos – 7° ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Costa, Rosane De Albuquerque – Psicopatologia 1 – 1° ed. Rio de Janeiro: SESES, 2017. Feito por: Larissa Bomfim.
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