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Transtornos de Personalidade - resumo

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@psicograam 
 
Transtornos de Personalidade 
 
Introdução 
Conceito de Personalidade: Rótulo descritivo do 
comportamento observável do indivíduo e de sua 
experiência interior subjetiva relatada. 
Padrão fixado de se relacionar com outras 
pessoas, situações e acontecimentos com um tipo rígido 
e mal adaptativo da experiência interior e 
comportamento. 
No transtorno de personalidade o indivíduo se 
desvia acentuadamente da cultura e leva a sofrimento e 
prejuízo. Implica sofrimento significativo para si mesmo 
e para as pessoas que mais convivem com o paciente. 
Os transtornos de Personalidade são 
definidos pelas seguintes características: 
1. Geralmente começam a surgir no final da 
infância ou adolescência e início da vida adulta já 
estão configurados. Tendem a permanecer ao 
longo da vida. 
2. Manifestam um conjunto amplo de 
comportamentos e experiências internas, assim 
como reações afetivas e cognitivas que são 
claramente desarmônicas, envolvendo vários 
aspectos da vida e da experiência do indivíduo, 
como afetividade, expressão emocional, 
comportamento (controle de impulsos, modo e 
estilo de relacionamentos interpessoais). 
3. O padrão comportamental é mal adaptativo. 
4. Não relacionadas diretamente a lesão cerebral 
evidente ou a outro transtorno psiquiátrico. 
5. Leva a diferentes graus de sofrimento (solidão, 
sensação de fracasso pessoal, dificuldades nos 
relacionamentos, vividos com amargura, dor 
psíquica). 
6. Contribui para pior desempenho ocupacional e 
social. 
De acordo com a classificação atual, 
existe 3 subgrupos: 
A. Padrão: esquisitos e/ou desconfiados; 
comportamento excêntrico. 
B. Padrão: instáveis e/ou manipuladores e/ou 
centro das atenções; dramáticos ou emotivos; 
C. Padrão: ansiosos e/ou controlados-
controladores; medrosos; 
Grupo A 
Tendem a ter comportamento excêntrico. 
Apresentam características que poderiam levar os 
outros a vê-los como ligeiramente bizarros, incomuns ou 
peculiares. 
Geralmente o diagnóstico acontece no início da vida 
adulta e está presente em contextos variados. 
 Pensam e se comportam de forma que não 
estão relacionadas com seu ambiente; 
 Desconfiadas ao extremo e estão sempre de 
guarda contra possível perigo ou dano; 
 Acham que os outros irão tirar vantagens 
deles; 
 Quase impossível confiarem em alguém; 
 Podem acusar o companheiro de infidelidade; 
 Incapazes de assumir responsabilidade por seus 
erros e projetam a culpa no outro; 
 Se esta pessoa for criticada se torna hostil; 
 Podem interpretar mal comentários inocentes e 
acontecimentos insignificantes, atribuindo 
sentido oculto ou ameaçador; 
@psicograam 
 
 Acreditam que outras pessoas irão explorá-los, 
causar-lhes dano ou enganá-los, mesmo sem 
evidências que apoiem essa expectativa; 
 Guarda rancor; 
 Sua vida emocional tende a ser isolada e 
limitada; 
 Não reconhecem a natureza do seu problema; 
 Desconfianças constantes, sensível às críticas, 
rancoroso, arrogante, culpa os outros, 
reivindicativo, se sente prejudicado nas 
relações; 
 São geralmente de difícil convivência e 
apresentam frequentes problemas nos 
relacionamentos íntimos; 
 Desconfiança e hostilidade excessivas podem se 
expressar sob a forma de argumentações 
ostensivas, queixas recorrentes ou, ainda, 
indiferença calma e aparentemente hostil. 
Geralmente se recusam a buscar ajuda profissional. 
E se buscarem terapia, sua rigidez e defensiva tornam 
muito difícil para o profissional, fazer progresso e 
trabalhar visando qualquer tipo de mudança duradoura; 
Não ocorre exclusivamente durante o curso de 
esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com 
sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico e não 
é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição 
médica. 
Desenvolvimento e Curso 
 Primeira vez na infância e adolescência por 
meio de solidão. 
 Relacionamento ruim com os colegas, ansiedade 
social, baixo rendimento escolar, 
hipersensibilidade, pensamentos e linguagem 
peculiares e fantasias idiossincrásicas. 
 Podem parecer "estranhas" ou "excêntricas" e 
atrair provocações. 
Fatores de Risco e Prognóstico 
 Genéticos e Fisiológico: Prevalência aumentada 
de transtorno da personalidade paranoide em 
parentes de probandos com esquizofrenia. 
 Questões Diagnósticas Relativas à Cultura: 
Diagnóstico Diferencial - avaliar a diferença 
relacionada a outros transtornos. Ex: com 
sintomas psicóticos. 
DSM-V (2014, p. 649) 301.0/CID-10 (1993, p. 198) 
F60.0 
Geralmente o diagnóstico acontece início da vida 
adulta e está presente em vários contextos. 
 Dificuldade de expressar emoções; 
 Ausência de reatividade emocional: gestos, 
sorrisos ou expressão facial. 
 Raramente apresentam experiência relacionada 
às emoções. 
 Afeto constrito e parecem frios e distantes. 
 Indiferença a relacionamentos sociais e sexuais; 
 Gama limitada de experiência e expressão 
emocional; 
 Preferem ficar sozinhos do que com outras 
pessoas; 
 Não ter qualquer desejo por aceitação ou amor; 
 O envolvimento sexual com os outros tem 
pouco apelo; 
 Os outros o percebem como frios, reservados, 
retraídos e isolados; 
 Não tomar conhecimento e ser insensível aos 
sentimentos e pensamentos alheios; 
 Buscam situações que envolva interação mínima 
com os outros; 
 Preferem viver sozinhos e defendem sua 
privacidade; 
 Atraídos por empregos nos quais passem todas 
as suas horas de trabalho sozinhas; 
 Não parecem ser particularmente angustiadas 
ou um risco para os outros; 
@psicograam 
 
 Seu isolamento auto imposto e suas limitações 
emocionais são mais adaptativos a seu 
funcionamento social; 
 Socialmente isolados ou "solitários" e quase 
sempre optam por atividades ou passatempos 
solitários que não incluem interação com outros; 
 Escolha por tarefas mecânicas ou abstratas, 
como jogos matemáticos ou de computador; 
 Podem ter muito pouco interesse em ter 
experiências sexuais com outra pessoa; 
Ausência de desejo sexual; 
 Têm prazer em poucas atividades, quando não 
em nenhuma; 
 Demonstram não ter desejo de intimidade, 
parecem indiferentes a oportunidades de 
desenvolver relações próximas e não parecem 
encontrar muita satisfação em fazer parte de 
uma família ou de outro grupo social. 
 Podem aparentar estar "à deriva" em relação a 
seus objetivos. 
 Vidas parecem por vezes sem rumo; 
 Reagem de forma passiva a circunstâncias 
adversas e apresentam dificuldade em reagir 
adequadamente a acontecimentos. 
 Falta de habilidades sociais; 
 Indiferença, distante, vive no próprio mundo, 
esquisito, solitário, não se emociona. 
Desenvolvimento e Curso 
Pode ficar aparente pela primeira vez na infância e 
adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim 
com os colegas e baixo rendimento escolar, o que marca 
essas crianças ou adolescentes como diferentes e os 
tomam sujeitos as provocações. 
Fatores de Risco e Prognóstico 
 Genéticos e fisiológicos: pode ter prevalência 
aumentada entre familiares de indivíduos com 
esquizofrenia ou transtorno da personalidade 
esquizotípica. 
 Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero: um 
pouco mais frequentemente em indivíduos do 
sexo masculino e pode causar-lhes mais 
incapacidade; 
Diagnóstico Diferencial 
 Verificar a distinção entre os transtornos: 
delirante, esquizofrenia e transtorno bipolar ou 
depressivo com sintomas psicóticos pelo fato 
de esses transtornos serem todos 
caracterizados por um período de sintomas 
psicóticos persistentes. 
 Deve ter estado presente antes do 
aparecimento dos sintomas psicóticos e deve 
persistir quando tais sintomas estão em 
remissão; 
 Substância psicoativa; 
 Transtorno de Espectro Autista. 
Não ocorre exclusivamente durante o curso de 
esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com 
sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou 
transtorno do espectro autista e não é atribuível aos 
efeitos psicológicos de outra condição médica. 
DSM-V (2014, p. 652) 301.20 / CID-10(1993, p. 199) 
F60.1 
Geralmente o diagnóstico acontece início da vida 
adulta e está presente em vários contextos 
 Confusões e distorções no sentido básico de 
identidade do indivíduo; 
 Falta um sentido claro de direção ou motivação; 
 Não possuem um conjunto claro de padrões 
contra o qual comparar seu comportamento; 
 Dificuldade para entender seu próprio senso de 
individualidade, motivação, o comportamento e 
os motivos dos outros e de estabelecer 
relacionamentos íntimos; 
@psicograam 
 
 Associam a confusão que sentem em relação a 
si mesmos e aos outros como uma falta de 
confiança; 
 Podem defender ideias excêntricas e ter 
crenças e experiências incomuns; 
 Tem afeto restrito e tendências a 
afastamento; 
 Sintomas de desorganização, problemas com 
foco de atenção e tolerância prejudicada a 
estresse; 
o Em resposta a estresse, indivíduos com 
o transtorno podem apresentar 
episódios psicóticos transitórios. 
 Ideias e crenças estranhas e de 
autorreferência; desconforto nas relações 
interpessoais; pensamento muito vago e 
excessivamente metafórico; 
 Padrão difuso de déficits sociais e interpessoais 
marcado por desconforto agudo e capacidade 
reduzida para relacionamentos íntimos, bem 
como por distorções cognitivas ou perceptivas 
e comportamento excêntrico. 
 Podem ser supersticiosos ou preocupados com 
fenômenos paranormais que fogem das normas 
de sua subcultura; 
 Acreditam que têm poderes especiais para 
sentir os eventos antes que ocorram ou para 
ler os pensamentos alheios; 
 Alterações perceptivas; discurso desconexo, 
digressivo ou vago, mas não apresenta 
incoerência; 
 Frequentemente desconfiados e podem 
apresentar ideias paranoides; 
 Ansiedade social excessiva que não diminui com 
o convívio e que tende a estar associada mais a 
temores paranoides do que a julgamentos 
negativos sobre si mesmo. 
 Obs.: Não está na CID-11 como TP. 
Devem ser distinguidas de delírios de referência, 
nos quais as crenças são mantidas com convicção 
delirante. 
Desenvolvimento e Curso 
Apresenta curso relativamente estável, com 
apenas uma pequena parte dos indivíduos vindos a 
desenvolver esquizofrenia ou outro transtorno psicótico. 
Manifestação primeiramente na infância e 
adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim 
com os colegas, ansiedade social, baixo rendimento 
escolar, hipersensibilidade, pensamentos e linguagem 
peculiares e fantasias bizarras. 
 Essas crianças podem parecer "estranhas" ou 
"excêntricas" e atrair provocação. 
Diagnóstico Diferencial 
 Distinguir de transtorno delirante, esquizofrenia 
e transtorno bipolar ou depressivo com 
sintomas psicóticos; 
 Relação com uso de substância; 
 Transtornos do neurodesenvolvimento 
 Podem ser confundidos com transtorno da 
personalidade esquizotípica por terem alguns 
aspectos em comum. 
DSM-V (2014, p. 655) 3001.22/CID-10 (1993, p. 94) 
F21 
Grupo B 
Pessoas com esses transtornos são 
desafiadores para a clínica. 
Tendem a ter comportamentos (impulsividade, 
senso de identidade inflado e tendência a buscar 
estimulação) dramáticos, emocionais ou erráticos. 
Sinônimo de “sociopatas” ou “psicopatas”. 
Há um padrão difuso de desconsideração pelas 
outras pessoas, violação dos direitos alheios. 
@psicograam 
 
 Apresentam muita dificuldade em ter uma 
interação afetiva recíproca, respeitosa e 
duradoura; 
 Estilo de vida impulsivo e arriscado, incapazes 
de se arrepender das suas ações; 
 Falta de consideração pela moral ou pelos 
padrões legais da sociedade; 
 Não têm consideração ou compaixão pelas 
outras pessoas; mentem, enganam, trapaceiam, 
prejudicam os outros, mesmo a quem nunca 
lhes fez nada; 
 Muita dificuldade nas relações interpessoais; 
 Falta-lhes sensibilidade ao sofrimento dos 
outros; 
 Fracasso em ajustar-se às normas sociais 
relativas a comportamentos legais. Repetição de 
atos que podem constituir motivos de detenção; 
 Tendência à falsidade, a mentir repetidamente, 
a praticar a falsidade, falsificar nomes, 
documentos, trapacear para ganho pessoal ou 
por prazer; 
 Impulsividade ou fracasso em fazer planos para 
o futuro; 
 Irritabilidade e agressividade, envolvimento 
frequente em brigas, lutas e agressões verbais 
e físicas. Hostilidade em muitos contextos; 
 Descaso pela segurança de si e dos outros; 
 Irresponsabilidade e desrespeito por normas, 
regras e obrigações sociais; 
 Ausência de remorso, verificada pela 
indiferença ou racionalização em relação a ter 
ferido, maltratado, prejudicado gravemente ou 
roubado outras pessoas; 
 Crueldade e sadismo; 
 Carecem de empatia e tendem a ser 
insensíveis, cínicos e desdenhosos em relação 
aos sentimentos, direitos e sofrimentos dos 
outros; 
 Autoconceito inflado e arrogante, 
excessivamente opiniáticos, autoconfiantes ou 
convencidos; 
Padrão: psicopatia, sociopatia ou transtorno da 
personalidade dissocial; 
Prevalência no sexo masculino com transtorno por 
uso de álcool em clínicas especializadas em abuso de 
substância, prisões ou outros ambientes forenses. 
Ter no mínimo 18 anos de idade e deve ter 
apresentado alguns sintomas de transtorno da conduta 
antes dos 15 anos. 
Desenvolvimento e Curso 
Curso crônico, Pode se tomar menos evidente ou 
apresentar remissão durante o envelhecimento. 
A personalidade antissocial não pode ser 
diagnosticada antes dos 18 anos de idade. 
No processo clínico: atuar para que o sujeito venha 
desenvolver habilidades sociais. 
Diagnóstico Diferencial 
Quando o comportamento antissocial em um adulto 
está associado a um transtorno por uso de substância, 
o diagnóstico de transtorno da personalidade antissocial 
não é feito a não ser que os sinais desse transtorno 
também tenham estado presentes na infância e 
continuado até a vida adulta. 
 Comportamento antissocial que ocorre 
exclusivamente durante o curso de 
esquizofrenia ou transtorno bipolar não deve 
ser diagnosticado como transtorno da 
personalidade antissocial; 
 Comportamento criminoso não associado a um 
transtorno da personalidade. Deve ser 
distinguido do comportamento criminoso 
realizado para obter algum ganho e que não é 
acompanhado pelas características de 
personalidade que são parte desse transtorno. 
 Apenas quando os traços da personalidade 
antissocial forem inflexíveis, mal adaptativos e 
persistentes e causarem prejuízo funcional ou 
sofrimento subjetivo significativos é que 
@psicograam 
 
constituirão transtorno da personalidade 
antissocial. 
DSM-V (301.7, p. 659) / CID-10 (1993, p. 199) F60.2 
Esse transtorno está presente mais em mulheres 
do que homens, mais populações urbanas e pobres. A 
grande maioria desses pacientes irá apresentar outro 
transtorno mental ao longo da vida (mais 
frequentemente transtornos do humor e/ou 
transtorno por uso de álcool e outras substâncias). 
Fatores Causais 
Ocorrência, na infância, de traumas emocionais 
importantes, negligência, abuso físico e/ou sexual, 
problemas graves em termos de má ou não 
responsividade emocional de figuras adultas (sobretudo 
parentais) de ligação, além de componente genético. 
Essas experiências marcam o indivíduo de tal forma 
que no período adulto a qualidade e a confiança nas 
relações interpessoais são gravemente afetadas 
 Forte desregulação emocional; 
 Instabilidade afetiva; 
 Padrão invasivo de controle do impulso pobre e 
instabilidade no humor, nos relacionamentos 
interpessoais e no senso de identidade; 
 Esforços frenéticos para evitar o abandono; 
 Relacionamentos instáveis e intensos; 
 Transtorno de identidade; 
 Impulsividade em áreas como sexualidade, 
gastos ou direção imprudente; 
 Comportamento suicida recorrente; 
 Sentimentos crônicos de vazio; 
 Dificuldade para controlar a raiva e 
sentimentos ocasionais de paranoia ou sintomas 
dissociativos; 
 São inseguras e contam com os outros para 
ajuda-las a se sentirem “completas”. 
 Esforços excessivos e desesperados para 
evitar abandono, real ou imaginário;intensa 
sensibilidade às menores pistas de possível 
abandono; 
 Perturbação da identidade: dificuldades graves 
e instabilidade com relação à autoimagem, aos 
objetivos e às preferências pessoais (inclusive 
as de orientação sexual e de identidade de 
gênero); 
 Atos repetitivos de autolesão; 
 Raiva intensa e inapropriada e/ou muita 
dificuldade em controlá-la (brigas físicas 
recorrentes, irritação, raiva, explosões 
comportamentais); 
 De forma transitória, podem ocorrer ideias de 
perseguição, de que se está sendo traído, 
perseguido, ameaçado, e/ou sintomas ou 
episódios dissociativos intensos, decorrentes de 
estresses, de situações pessoais difíceis. 
 São muito sensíveis às circunstâncias 
ambientais; 
 Padrão de sabotagem pessoal no momento em 
que uma meta está para ser atingida; 
25 a 30% das pessoas com TPB apresentam 
alucinações, principalmente auditivas, sobretudo 
audioverbais, em forma de vozes. 
DSM-V (301.83, p. 663) / CID-10 (1993, p. 200) F60.31 
Pessoas que se comportam de forma colorida, 
dramática e extrovertida. 
 Tem reações emocionais exageradas, beirando 
teatralidade, no comportamento cotidiano; 
 Fazem de tudo para ser o cento das atenções; 
tentam chamar atenção para si de qualquer 
maneira; e sente desconforto em situações em 
que não é o centro das atenções; 
 Muito preocupadas com a aparência física; 
@psicograam 
 
 São percebidas como paqueradoras, sedutoras, 
com comportamentos inadequados e 
provocativos; 
 Exigem reafirmação, elogio e aprovação dos 
outros e ficam furiosas quando não conseguem; 
 Desejam gratificação imediata de seus desejos 
e reagem com exagero às menores 
provocações; 
 São influenciadas pelos outros facilmente, não 
possuem capacidade analítica e veem o mundo 
em termos amplos, impressionistas. 
 Tem um estilo de falar, um discurso carente de 
detalhes e de exatidão, com um caráter 
impressionista, meio vago. 
 Considera as relações pessoais mais íntimas do 
que na realidade são. 
 Manipulação emocional ou sedução em um nível, 
ao mesmo tempo em que mostram dependência 
acentuada deles em outro nível; 
DSM-V (301.50 p. 667) / CID-10 (1993, p. 201) 
F60.4 
Tem senso inflado e irrealista da própria 
importância e falta de sensibilidade pelas necessidades 
das outras pessoas. 
 Consideram-se excepcionais, podem 
estabelecer seus padrões pessoais em nível 
irrealisticamente alto; 
 Necessidade de ser admirado, a grandiosidade 
(em fantasia ou na vida real) e a falta de 
empatia; 
 O indivíduo apresenta senso grandioso (e irreal) 
da própria importância. Julga ter talentos 
especiais e espera ser reconhecido como 
superior sem que tenha feito algo concreto 
para isso; 
 Voltado para fantasias de grande sucesso 
pessoal, de poder, brilho, beleza ou de um amor 
ideal; 
 Acreditam ser especiais e únicos; 
 Requer admiração excessiva; 
 Apresenta expectativas irracionais de 
tratamento especial; 
 Tende a ser “explorador” nas relações 
interpessoais, buscando vantagens sobre os 
outros para atingir seu fim ou sucesso pessoal; 
 Sem empatia pelos outros, reluta em 
reconhecer os sentimentos e as necessidades 
das pessoas ou em se identificar com elas em 
tais sentimentos e necessidades; 
 Frequentemente invejoso dos outros ou do 
sucesso alheio; acha sempre que os outros têm 
inveja dele; 
 É frequentemente arrogante nos seus 
comportamentos e atitudes. 
 Comum em filhos de pais com o transtorno; 
 Superestimam de forma rotineira suas 
capacidades e exageram suas conquistas, com 
frequência parecendo pretensiosos e 
arrogantes; 
 Lidam mal com críticas - raiva ou indiferença; 
 Ambiciosos por fama e fortuna; 
 Relacionamentos frágeis; 
 Exploração interpessoal comum; 
 Fingem simpatia para conseguir seus objetivos; 
 Predisposição à depressão; 
Desenvolvimento e Curso 
Traços narcisistas podem ser particularmente 
comuns em adolescentes e não necessariamente 
indicam que a pessoa vai desenvolver o transtorno da 
personalidade narcisista. 
Indivíduos com esse transtorno podem ter 
dificuldades especiais de adaptação ao surgimento de 
limitações físicas e profissionais inerentes ao processo 
de envelhecimento. 
@psicograam 
 
Obs.: Não está na CID-11 como TP. 
DSM-V (301.81, p. 669) / CID-10 (1993, p. 202) F60.8 
Grupo C 
Pessoas que parecem ansiosas ou temerosas e 
podem aparentar bastante limitação. Tendem ser 
introspectivas e podem chamar pouca atenção para si 
mesma. 
 
São carentes de habilidade sociais e desprovida 
das qualidades desejáveis que fariam os demais 
gostarem de sua companhia. 
 São mais do que tímidos; 
 Sentimentos de vergonha e inadequação são 
fortes e por isso preferem não conviver com 
os outros; 
 Afastam-se quase por completo de encontros 
sociais; 
 Evitam qualquer situação que possam 
constrangê-las; 
 Acham que são extremamente inferiores aos 
outros; 
 Apresentam extrema sensibilidade à rejeição e 
ao ridículo, interpretando o comentário mais 
inocente como crítica; 
 São retraídas, improváveis de vivenciar 
intimidade e incapazes de sentir prazer. 
 Sua afetividade negativa assume a forma de 
ansiedade crônica e extrema; 
 Evita atividades profissionais/ estudantis que 
impliquem contato interpessoal significativo – 
medo de críticas, desaprovação ou rejeição; 
 Falta de disposição para se envolver com 
outras pessoas; 
 Inibição para interações, decorrente dos 
sentimentos de inadequação; 
 Tendência a ver a si mesmo como socialmente 
incapaz, sem atrativos pessoais; 
 Relutância em assumir riscos pessoais ou em se 
envolver em atividades ou situações novas por 
medo de constrangimentos. 
Obs.: Não está na CID-11 como TP. 
DSM-V (301.82, p. 672) / CID-10 (1993, p. 202) F60.6 
É extremamente passivo e com tendências a se 
agarrar a outras pessoas, a ponto de ser incapaz de 
tomar quaisquer decisões ou agir de forma 
independente. 
 São fortemente centralizados nos outros; 
 São tão adesivos e passivos que as pessoas que 
convivem com esses indivíduos podem ficar 
impacientes com a falta de autonomia deles; 
 Não conseguem tomar decisões; 
 As pessoas podem caracteriza-los como 
“carrapatos”; 
 Quando ficam sozinhas se sentem 
desesperadas e abandonadas; 
 Não conseguem iniciar atividades novas sozinhas 
porque sentem que cometerão erros a menos 
que os outros orientem suas ações; 
 Vão a extremos para obter carinho e apoio dos 
outros e evitar que as pessoas deixem de 
gostar delas. 
▲ Exemplo: Concordam com a opinião dos 
outros mesmo achando erradas; 
 Assumem responsabilidades que ninguém mais 
quer, a fim de que os outros as aprovem e 
apreciem. 
 Se alguém as critica, se sentem destruídas; 
 Tendem a se lançar de modo incondicional nos 
relacionamentos, ficando devastadas quando 
eles terminam. Buscando outro urgentemente 
para preencher o vazio; 
 Excessivamente dócil, abnegado e adesivo; 
 Necessidade invasiva e excessiva de ser 
cuidado; 
@psicograam 
 
 Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas 
por conta própria; 
 Preocupação irrealista com temores de ser 
abandonado; 
DSM-V (301.6, p. 675) / CID-10 (1993, p. 202) F60.7 
Envolve intenso perfeccionismo e inflexibilidade 
manifestados em preocupação, indecisão e rigidez. 
Esse transtorno prevalece em homens e tende 
a ser mais frequente em pessoas com maior 
escolaridade, casadas e empregadas. 
 Muito controladoras em relação a sua vida e 
suas relações interpessoais, que apresentam 
estilo perfeccionista e carente de flexibilidade; 
 Definem seu senso de identidade (self) em 
termos de produtividade no trabalho; 
 Atiram-se ao trabalho ao ponto de excluir seus 
relacionamentos sociais; 
 Incapacidade de jogar fora objetos usados ou 
sem valor, mesmo quando não têm valor 
sentimental; 
 Perfeccionismo extremo em relação ao 
trabalho, o que torna difícil completarem uma 
tarefa porque podem sempre enxergar uma 
falha no que fizeram; 
 Nunca são bons suficientes para satisfazer 
seuspadrões irrealistas; 
 O indivíduo reluta em delegar tarefas ou 
trabalhar com outras pessoas a menos que elas 
se submetam ao seu modo exato de fazer as 
coisas. Insistência incomum para que os outros 
se submetam exatamente a sua maneira de 
fazer as coisas; 
 Estilo mesquinho para lidar com gastos, com o 
dinheiro, mesmo que isso não se justifique por 
carência econômica; 
 Preocupação excessiva com organização, 
perfeccionismo e controle mental e 
interpessoal; 
 Podem ser moralistas em excesso porque se 
apegam a padrões escrupulosos demais; 
 Excesso de escrúpulos e inflexibilidade em 
relação a assuntos de moralidade, ética ou 
valores; 
 Começa no início da idade adulta; 
 Preocupação tão extensa, com detalhes, 
regras, listas, ordem, organização ou horários, 
que o ponto principal da atividade é perdido; 
 Os outros consideram essas pessoas rígidas e 
teimosas; 
 Esses indivíduos são muito críticos com as 
pessoas que eles consideram não corresponder 
às suas próprias expectativas; 
 Acham que as coisas devem ser “exatamente 
assim” ou esses indivíduos ficam infelizes ao 
extremo; 
 Vivenciam uma dose de afeto negativo e 
tendem a repassar repetidas vezes o que 
fizeram, procurando falhas; 
TPOC X TOC 
Pessoas com TPOC não vivenciam obsessões e 
compulsões; 
 TCOP – alteração da personalidade; 
 TOC – alteração que envolve ansiedade ou 
mesmo comportamento fora de controle. 
Também tem uma diferença de TPOC com pessoas 
que são esforçadas, bem organizadas, com padrões 
altos e preocupação em fazer o trabalho direito. As 
pessoas que tem esse transtorno são improdutivas e 
sua busca por perfeição acaba sendo mais 
autoderrotista do que construtiva. 
DSM-V (301.4, p. 678) / CID-10 (1993, p. 201) F60.5 
Referências: 
@psicograam 
 
 Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos 
transtornos mentais – 3° ed. Porto Alegre: Artmed, 
2018. 
 Whitbourne, Susan Krauss – Halgin, Richard P. 
Psicopatologia – Perspectivas Clínicas dos transtornos 
Psicológicos – 7° ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. 
 Costa, Rosane De Albuquerque – Psicopatologia 1 – 1° 
ed. Rio de Janeiro: SESES, 2017. 
Feito por: Larissa Bomfim.

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