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DEFINIÇÃO O conceito de vetores e espaço vetorial no plano e no espaço. PROPÓSITO Compreender o conceito de vetor e espaço vetorial, aplicando as propriedades e operações vetoriais no plano e no espaço. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora cientí�ca, ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS Identi�car o conceito de vetor, suas caracterizações e operações básicas Identi�car o conceito de vetor no plano e no espaço Aplicar os produtos escalares, vetoriais e misto Aplicar o conceito do ângulo vetorial nas condições de paralelismo e ortogonalidade Identi�car o conceito de vetor, suas caracterizações e operações básicas. INTRODUÇÃO Em várias aplicações da ciência e da Matemática, torna-se necessária a de�nição de um elemento que requer na sua concepção, além de seu tamanho, sua orientação (direção e sentido). Por exemplo, ao se a�rmar que um veículo está se locomovendo a uma velocidade de 80km/h, falta a informação de direção e sentido que ele está se encaminhando, para que se tenha um dado completo do problema. Este elemento, que tem na sua concepção o tamanho e a orientação, é o vetor. O conjunto dos vetores, atendendo a algumas operações básicas, irá de�nir o espaço vetorial. Neste estudo, vamos de�nir o espaço vetorial, o vetor e as suas operações básicas e, posteriormente, aplicar estes conceitos na resolução de alguns problemas ESPAÇO VETORIAL O espaço vetorial V consiste em um conjunto, não vazio, de elementos (objetos) que atendem a operações da adição e de multiplicação por um número real. Sejam u e v elementos de V, não vazio. Assim, V será um espaço vetorial, se e somente se: Se u e v pertencem a V então u + v pertence a V; Se u pertence a V e k é um número real, então ku pertence a V. Estas duas propriedades nos dizem que o espaço vetorial é fechado para operação da adição e multiplicação por real, pois ao operarmos com elementos do espaço, o resultado fornece um outro elemento do mesmo conjunto. Na Álgebra, podemos de�nir espaços vetoriais de vários tipos de elementos, como por exemplo de matrizes de n linhas e m colunas, de funções reais de variável real e o espaço vetorial real de n dimensões (R ). Um espaço vetorial muito trabalhado nas aplicações em Geometria Analítica e de Álgebra Linear é o espaço vetorial R . Este espaço vetorial será composto por elementos de n-dimensões reais, isto é n n Para n = 2 e n = 3, consegue-se associar uma análise geométrica ao estudo analítico do R . A partir de n > 3 as representações geométricas não são mais possíveis. Desta forma, particularmente para problemas no plano e no espaço, trabalharemos com R e R , respectivamente. n 2 3 Exemplo 1. Seja o conjunto C = {(x , 5) / x número real}. Veri�que se o conjunto C é um espaço vetorial. S O L U Ç Ã O Para ser espaço vetorial, deve ser um conjunto não vazio de elementos que atende a duas operações básicas. Quando x = 2, o elemento (2,5) pertence a C, assim prova-se que o conjunto C é um conjunto não vazio. Seja um número real k = 2. Se u = (2, 5), então 2u = (2.2, 5.2) = (4, 10) = v. Mas v (4, 10) ≠(𝑥,5) para todo x. Portanto, v não pertence ao conjunto C. Desta forma, a operação de multiplicação por real não é fechada para o conjunto C. Então, C não é espaço vetorial. Pode-se também veri�car que a operação de adição igualmente não é fechada para o conjunto C. Se u = (2, 5) e v = (3, 5), ambos pertencem a C. Mas u + v = (2+3, 5+5) = (5, 10) não pertencerá a C. 2. Seja o conjunto M composto de todas as Matrizes 2 x 2 com elementos reais. Veri�que se o conjunto C é um espaço vetorial. S O L U Ç Ã O Para ser espaço vetorial, deve ser um conjunto não vazio de elementos que atende a duas operações básicas. Seja o elemento do conjunto M, onde x, y, z e w são reais. Fazendo x = y = z = w = 1 tem-se o elemento demonstrando que pelo menos um elemento existe no conjunto m, portanto ele não é vazio. Vamos supor k real. Ao multiplicarmos uma matriz por um número real, multiplica-se cada elemento da matriz por este número. Assim . Mas kx, ky, kz e kw são número reais, portanto, n também é um elemento do conjunto M demostrando que a operação de multiplicação por real é fechada no conjunto M. Sejam e dois elementos de M e p = m + n. Ao somarmos duas matrizes, somamos elemento a elemento, assim: Como x + a, y + b, z + d e w + c são número reais, então p pertence a M, demonstrando também que a operação da adição é fechada para o conjunto M. Desta forma, veri�ca-se que o conjunto M é um espaço vetorial. VETORES E OPERAÇÕES BÁSICAS Existem dois tipos de grandeza: escalares e vetoriais. GRANDEZA ESCALAR A grandeza escalar é um ente matemático de�nido completamente pelo seu valor (magnitude, módulo, valor ou GRANDEZA VETORIAL A grandeza vetorial, denominada de vetor, é um ente matemático que, para ser de�nido completamente, necessita, além da sua magnitude amplitude). A temperatura de uma sala ou a massa de um objeto são exemplos de grandezas escalares. (módulo, valor ou amplitude), da de�nição da direção e do sentido. A velocidade de um carro ou a força atuante em um objeto são exemplos de grandeza vetorial. O vetor é amplamente utilizado na Geometria Analítica e na Álgebra Linear e será o objeto (elemento) do espaço vetorial R , de�nido no item anterior. O vetor será representado pelos seus componentes.n Atenção Assim sendo, um vetor de R será de�nido por n componentes reais, representado por (x , x , ..., x ). Cada componente real x representa um tamanho da projeção do vetor na i-ésima dimensão. A combinação das n- componentes do vetor irá de�nir a orientação deste, dentro do espaço vetorial R . n 1 2 n i n Para nosso caso particular do R e R podemos dar uma de�nição geométrica para o vetor através de um segmento de reta orientado. Seja o seguimento orientado de reta , no plano ou no espaço, que seria um segmento de reta que apresenta um sentido de�nido. O ponto A é denominado de origem ou ponto inicial. O ponto B é chamado de extremidade ou ponto �nal. Este segmento orientado é de�nido pelo seu módulo (tamanho), direção e sentido. Se dois segmentos orientados tiverem módulos, direções e sentidos iguais serão segmentos equipolentes ou equivalentes. 2 3 çã ó Importante! O conjunto de todos os segmentos orientados equivalentes é denominado de vetor. Assim, vetor será representado geometricamente por um segmento orientado que apresenta um módulo, uma direção e um sentido determinado. O vetor será representado por vetor ou pelos dois pontos que são suas extremidades na ordem do seu sentido, vetor . Dessa forma, os vetores e são dois vetores diferentes. Eles terão mesmo módulo, mesma direção, mas sentidos opostos. OPERAÇÕES BÁSICAS Como já visto, os vetores são objetos do espaço vetorial. Logo, podemos de�nir algumas operações básicas contidas no espaço vetorial: 1- Igualdade entre vetores Sejam vetores do R . Assim , para todo i = 1, 2, ..., n n 2 - Adição entre vetores Sejam e dois vetores pertencentes ao R . Se , para todo i = 1, 2, ..., n w também pertence ao R . n n 3 - Multiplicação por número real Seja vetor do R e k um número real. Se , para todo i = 1, 2, ..., n w também pertence ao R . n n Algumas propriedades podem ser de�nidas através da adição e multiplicação por um número real k: Associativa na Adição: Comutativa: Existência do Elemento Neutro na Adição (0, denominado de elemento nulo): Existência do Elemento Oposto na Adição: Distributiva por Vetor: Distributiva por Escalar: Associativa na Multiplicação por Real: Existência do Elemento Neutro na Multiplicação (1, denominado de elemento unitário): Importante! Para realizar a subtração de dois vetores - , seria semelhante a multiplicar o vetor por -1 e somar ao vetor Exemplo 1. Determine o valor de b e d para que os vetores ( 4, b + d, 0, 1) e ( 4 , 5 , 0, b – d) sejam iguais. S OL U Ç Ã O Para que dois vetores sejam iguais, todos os seus elementos devem ser iguais. Assim: Resolvendo o sistema, através da segunda equação tem-se b = 1 + d Substituindo na primeira, 1 + d + d = 5 → 2d = 5 – 1 = 4 → d = 2 Então, b = 1 + d = 1+ 2 = 3 Atenção! Este exercício só foi possível porque o primeiro componente, que vale 4, e o terceiro, que vale 0, eram iguais nos dois vetores. Se um dos dois fosse diferente, o exercício seria impossível. TEORIA NA PRÁTICA Em uma determinada região do espaço, um avião tem velocidade, em km/h, dada por vetor (100, b, 300). Um segundo avião apresenta uma velocidade, em km/h, dada por (50+a, 80, 300). Determine o valor de a + b para que os aviões tenham a mesma velocidade. Clique no botão para ver as informações. SOLUÇÃO MÃO NA MASSA B à 1. Um conjunto B é um espaço vetorial. Marque a alternativa que NÃO está correta em relação ao conjunto B. Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de espaço vetorial Se o conjunto B é um espaço vetorial, então consiste em um conjunto, não vazio, de elementos (objetos) que atendem a operações da adição e de multiplicação por um número real. Assim, a letra A, B e D são verdadeiras Em relação à letra C , u - v é uma operação de multiplicar um elemento por –1 e depois somar dois elementos do conjunto, logo, obrigatoriamente, este resultado pertence ao conjunto B. Esta a�rmativa é verdadeira. 2. Sejam os vetores e . Determine o valor de Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. Tem pelo menos um elemento.A) É fechado em relação à operação de adição.B) Se u e v pertencem a V então u - v pode não pertencer a V.C) Se u pertence a V e k é um número real, então ku pertence a V.D) (–4, 1, 2, 7, -1)A) (4, 2, 1, 6, 0)B) (2, 3, 2, -1, 1)C) (0, 2, 7, 1, 1)D) Parabéns! Você entendeu a operação de vetores. Assim, Portanto, 3. A força age em um objeto. Este objeto de massa (m) de 1kg adquire uma aceleração igual à . Sabendo que , determine o valor de x e y respectivamente. Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 5 e 0A) 0 e 5B) 10 e 15C) 2 e 4D) 06:03 4. Sejam os vetores , com a e b números reais. Determine a e b respectivamente, sabendo que Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Parabéns! Você entendeu a operação de vetores. Usando as propriedades vistas: Usando as operações vetoriais e sabendo que 0 é representado por (0,0): Assim, substituindo a segunda questão na primeira se tem 5. Quatro vetores do , com a e b reais, satisfazem a seguinte equação: . Determine o valor de a + b + c. 0 e 0A) -1 e 1B) 1 e -1C) 0 e 1D) Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 07:19 6. Sejam os vetores , com a, b e c números reais. Determine a soma de a + b + c, sabendo que o vetor é equivalente ao vetor (2, 3, 3). Comentário 12A) 13B) 14C) 15D) 1A) 2B) 3C) 4D) Parabéns! A alternativa "B" está correta. Parabéns! Você entendeu a operação de vetores. Usando as propriedades vistas, se o vetor é equivalente ao vetor (2, 3, 3), eles terão as mesmas coordenadas. Usando as operações vetoriais para se obter as coordenadas do vetor Igualando ao vetor (2, 3, 3) Multiplicando a primeira equação por 2: 4a−2b=4, somando a segunda equação Substituindo na terceira equação Assim, a + b + c = 2 VERIFICANDO O APRENDIZADO ATENÇÃO! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões: 1. Seja o vetor e o vetor . Determine o valor de 2a – b, onde a e b são números reais, para que . Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Parabéns! Você entendeu a operação de vetores. Para que , as componentes devem ser iguais nas três dimensões. Assim a + b = 450 e a – b = 100 Somando as duas equações 2a = 550 → a = 275 Então, b = 450 – a = 450 – 275 = 175 Assim, 2a – b = 2.275 – 175 = 375 2. Sejam os vetores u, v e w elementos do espaço vetorial R . Sabe-se que 2u – 3v + w é equivalente ao elemento nulo. De�nimos u(0, 1, a, b + c), v(1, b, 2, b – c) e w(3 , – 13a, 8c, 0), com a, b e c números reais. Determine o valor de a + b + c. 4 Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Parabéns! Você entendeu a operação e propriedades dos vetores. Para que , as componentes devem ser iguais nas três dimensões. Assim: 175A) 215B) 375C) 470D) 1A) 3B) 5C) impossível 2u - 3v + w = 0D) Substituindo a quarta equação na segunda se tem: Mas na terceira equação: Substituindo na anterior: Se E Portanto (ok, se aqui desse algo diferente disso a resposta seria impossível) O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. Identi�car o conceito de vetor no plano e no espaço. INTRODUÇÃO Nas aplicações da Geometria Analítica, utiliza-se uma interpretação geométrica, além do cálculo analítico. Assim, para se trabalhar no plano ou no espaço, usa-se os espaços vetoriais R e R . Os vetores, sujeitos às mesmas operações descritas no módulo anterior, terão neste caso uma representação por segmento orientado de reta e necessitarão de referências para serem de�nidos. Dessa forma, será apresentado o sistema cartesiano como um sistema de representação e referência para nossos estudos. Por �m, a de�nição de direções e sentidos é importante em várias aplicações, sendo necessária, portanto, a de�nição de vetores unitários que terão este objetivo. 2 3 VETORES NO PLANO E NO ESPAÇO Como já visto no módulo anterior, a representação geométrica de um vetor será um segmento orientado de reta. Desse modo, torna-se necessário de�nir direções e sentidos, isto é, de�nir referências. Estas referências devem ser tanto para posição quanto para direção/sentido. Por isso, vamos adotar o sistema cartesiano para referenciarmos o espaço vetorial R e R . No caso do R , serão utilizados três eixos ortogonais, x, y e z, com valores reais, para referenciar as três dimensões. Qualquer direção/sentido no espaço pode ser de�nida por três direções ortogonais. A origem do sistema será de�nida no cruzamento dos eixos, ponto 0. O eixo x é denominado de abscissa, o eixo y de ordenada e o eixo z de cota. A seta de cada eixo de�ne o sentido positivo de cada direção de referência. 2 3 3 No caso do R , serão utilizados apenas dois eixos ortogonais, x e y, com valores reais, para referenciar as suas duas dimensões. Qualquer direção/sentido no plano pode ser de�nida por duas direções ortogonais. 2 Atenção Antes de de�nirmos como representar um vetor no plano ou no espaço, necessitamos de�nir a representação de um ponto nestas regiões. Um ponto P do R será representado por 3 componentes, que denominaremos de coordenadas. Cada coordenada representa as distâncias que o ponto tem em relação aos três planos que de�nem o espaço. 3 Seja o Ponto P (X, Y, Z), com X, Y e Z números reais. X representa a distância de P ao plano YZ, Y a distância de P ao plano XZ e Z a distância de P ao plano XY. Se o ponto estiver do lado oposto do plano, antes da origem, os sinais serão negativos. Na �gura ao lado estão representados os pontos P (1, 2, 2), Q (–1, –2, 1), R (1 , 2, –2) e S (1, –2, –2). A origem dos eixos será representada por O (0, 0, 0).. O R é um caso particular do R , assim, os pontos no R apresentam apenas valores para abscissa e ordenada, ou seja, P(X,Y). Para representarmos um vetor, é preciso conhecer a sua projeção nas três direções representadas pelos eixos que de�nem o sistema de coordenadas. Veja a �gura, o vetor projetado na direção do eixo x apresenta um tamanho v , na direção do eixo y apresenta um tamanho v e na direção do eixo z um tamanho v . 2 3 2 x y z Caso a projeção em relação a um dos eixos seja contrária ao sentido positivo do eixo, o sinal da coordenada será negativo. Portanto,o vetor terá coordenadas (v , v , v ) , em que v , v e v são número reais. No caso do R , caso particular do R , o vetor não terá a componente v . Podemos representar, também, as coordenadas de um vetor através de uma matriz coluna, ou seja, Na �gura a seguir temos a representação, no plano, dos vetores (3, 1), (−1, 1) e (1, −3). x y z x y z 2 3 z Podemos observar que os segmentos e apresentam o mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido, sendo representações, portanto, do mesmo vetor . Por isso, terão as mesmas coordenadas (3, 1). Importante! A notação de Grassmann nos mostra que as coordenadas de um vetor podem ser obtidas com as coordenadas dos seus pontos extremos, isto é, sua origem e sua extremidade. Assim, Se a origem do vetor for a origem dos eixos coordenados O(0, 0, 0), a coordenada do vetor será igual à coordenada de sua extremidade. javascript:void(0) Logo, Exemplo 1. Represente no sistema cartesiano os pontos P(1, 2), Q(-1, 2) e R(1, -1) S O L U Ç Ã O 2. Represente no sistema cartesiano os vetores: a) (1, 0) com ponto inicial no ponto (1, 2); b) (0, -2) com ponto inicial no ponto (1, 0); c) (1, -1) com ponto inicial no ponto (-1, 2). S O L U Ç Ã O 3. Determine as coordenadas do vetor que tem origem no ponto A(2, 3, -1) e extremidade no ponto B(0, 2, 1). Determine também o vetor = - . S O L U Ç Ã O Usando a notação de Grassmann: Como = - poderia também se usar a propriedade de multiplicação por real: MÓDULO OU NORMA DE UM VETOR Denominamos o tamanho de um vetor por módulo ou norma. O módulo do vetor será representado por ou . Observe a �gura do item anterior, que apresenta as componentes do vetor. O módulo do vetor será dado pelo tamanho do segmento OP, assim . Ao aplicar o Teorema de Pitágoras no triângulo OPQ e veri�car que o tamanho de PQ é a componente z do vetor , isto é, v tem-se quez Aplicando agora o Teorema de Pitágoras no triângulo OQR, obtém-se. O tamanho de OR será a componente x do vetor , isto é, v e o tamanho de QR será igual ao tamanhox de OS que é a componente y do vetor , isto é, v . Desta forma: Obtendo-se, assim, a fórmula que determina o módulo ou norma através das componentes do vetor: y Exemplo Determine o módulo dos vetores : S O L U Ç Ã O SAIBA MAIS Seja um triângulo ABC Na Geometria existe um teorema que diz que o comprimento de um dos lados é sempre menor do que a soma dos outros dois lados. Repare que, se um dos lados fosse a soma dos outros, não haveria um triângulo formado. Se e , então AC será a soma dos dois vetores: Dessa forma, os lados dos triângulos serão os módulos dos vetores e . Usando o mesmo teorema da Geometria, obtemos , que é denominada de Desigualdade Triangular. Desta desigualdade podemos de�nir outras: a) Se substituirmos por - Então b) Se substituirmos o vetor por - OPERAÇÕES BÁSICAS NO PLANO OU NO ESPAÇO Retornando às operações básicas dos vetores, vistas no módulo anterior, vamos agora aplicá-las para o caso do R e R . Assim, temos:2 3 Multiplicação por número real Seja , onde k é o número real. Então: A multiplicação por um número real positivo tem como resultado um vetor de mesma direção, mesmo sentido e de tamanho alterado para k vezes o módulo do vetor original. Caso o k seja negativo, o vetor altera também o sentido. Se , o novo vetor aumenta em relação ao anterior, porém, se , ocorre uma redução do tamanho. Adição entre vetores Seja Então Se , seria semelhante a multiplicar o vetor por -1 e somar ao vetor Então Geometricamente, podemos representar a soma e a subtração de vetores, no plano ou no espaço, pela regra do paralelogramo. Pode-se usar a Lei de Cossenos para calcular o módulo da soma dos vetores, , e da diferença dos vetores, . e Exemplo 1. Determine o módulo do vetor , sendo (1 ,2 , −1) e (0 ,1 ,3). S O L U Ç Ã O Assim, VERSOR DE UM VETOR Às vezes torna-se necessário de�nir-se um vetor unitário em uma determinada direção e sentido. Este vetor unitário é conhecido por versor. Um vetor pode ser representado pela forma = , isto é, seu módulo multiplicado pelo versor que de�ne a sua direção e sentido. Por exemplo, imagine que eu queira um vetor que tenha a mesma direção e sentido do que o vetor , mas que tenha módulo k. Se eu de�nir estaria errado, pois , e o módulo de só seria k se o módulo de fosse unitário. Preciso, portanto, de�nir o vetor unitário que tenha a direção e o sentido do vetor , com notação ou , que é denominado de versor: Como é uma constante positiva, terá a mesma direção e sentido do que , mas com módulo Retornando ao nosso exemplo, o correto, então, é de�nir que , pois . Agora, sim, ele teria a mesma direção e sentido do que , que são os mesmos do que e módulo k. Atenção! Uma aplicação direta do versor é a de�nição dos vetores unitários canônicos que de�nem as direções e sentidos do sistema cartesiano. Desse modo, a direção de x é de�nida pelo vetor , a direção de y por e a direção de z por . No caso do plano, haveria os vetores . Qualquer vetor pode ser representado através dos vetores unitários canônicos, pois podemos considerar um vetor como sendo a soma de três vetores ortogonais. Seja , vamos de�nir os vetores , e , assim, Mas, podemos de�nir estes vetores através dos vetores unitários Exemplo 1. Determine o versor do vetor (3, 0, -4): S O L U Ç Ã O TEORIA NA PRÁTICA Uma caixa de de massa percorre um piso liso com uma aceleração de 2m/s . A direção e o sentido do movimento são de�nidos pelo vetor unitário . A força que gera o movimento tem vetor representado por , com a real. Determine o valor de a e b. 2 Clique no botão para ver as informações. SOLUÇÃO MÃO NA MASSA 1. O vetor tem origem no ponto D (4, 6, -2) e extremidade no ponto C (2, 0, 1). Determine o vetor = - . Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de vetores no plano e espaço. (-2, -6, 3))A) (0, 6, 3)B) (2, 6, -3)C) (6, 1, -3)D) Outra forma de fazer é que como 2. Determine o módulo do vetor (2, 4, - 5). Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de módulo ou norma de um vetor. 3. Seja o versor do vetor (3, 0. −4). Determine as coordenadas do vetor .û û A) 45B) 1C) D) A) B) C) D) Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 03:51 4. Determine o vetor que tem módulo 6 e tem a mesma direção e sentido do vetor . Comentário Parabéns! A alternativa "D" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de versor de um vetor. A) B) C) D) Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de módulo ou norma de um vetor. Usando a Lei dos cossenos Assim, Assim, VERIFICANDO O APRENDIZADO ATENÇÃO! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões: 1. Determine o módulo do vetor que tem origem no ponto A(–2, 4, 1) e extremidade na origem dos eixos. D) A) B) C) Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de vetores no plano e no espaço e módulo de um vetor. 2. O vetor (0, 2a, 2b), com a e b reais positivos, tem módulo 10 e apresenta a mesma direção e sentido do que o vetor . Determine o valor de (a + b), sabendo que o vetor (0, 𝑝, 4) têm módulo 5. Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de módulo de um vetor. , mas como a e b são positivos, 2a = 6 e 2b = 8, então a = 3 e b = 4. Assim, a + b = 7 D) 1A) 7B) 9C) 11D) 5. Determine o módulo da diferença de por . Sabe-se que o módulo de vale 5 e o módulo de vale 12. Os dois vetores são ortogonais. Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 04:52 6. Determine o módulo da diferença de por . Sabe-se que o módulo devale 3 , o módulo vale 4 e o ângulo formado por eles vale 60°. 12A) 15B) 13C) 10D) A) B) C) O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. Aplicar os produtos escalares, vetoriais e misto. INTRODUÇÃO A operação matemática de multiplicação (produto) entre dois vetores não é de�nida. Em compensação, de�nimos três tipos de produtos entre dois elementos vetoriais: Produto escalar Produtovetorial Produto misto Neste módulo, iremos de�nir estes produtos e apresentar algumas de suas aplicações. PRODUTO ESCALAR OU PRODUTO INTERNO Sejam os vetores e do R . De�ne-se o produto escalar entre e como: 3 Como foi observado, o produto escalar tem como resultado um escalar, isto é, um número que pode ser positivo, negativo ou zero. O produto escalar pode ser de�nido para vetores do R . Para n > 3, esta operação será denominada apenas de produto interno. O produto escalar apresenta algumas propriedades: n C O M U T A T I V A M U L T I P L I C A Ç Ã O P O R R E A L D I S T R I B U T I V A , onde k é real Importante! Repare que Assim, Exemplo 1. Dados os vetores (2, 2) e (– 1, 3), determine o produto escalar entre os vetores e - . S O L U Ç Ã O PRODUTO VETORIAL OU PRODUTO EXTERNO Sejam os vetores e do R . Considere que o ângulo entre e vale . De�ne-se o produto vetorial entre e , com notação X , tal que: | x | direção X ortogonal a e a sentido: regra da mão direita 3 Como o nome informa, o resultado do produto vetorial é um vetor que tem direção perpendicular aos dois vetores iniciais, sendo, portanto, um vetor perpendicular ao plano formado pelos vetores e . A regra da mão direita permite identi�carmos o sentido do vetor x . Na regra da mão direita, o dedo indicador �ca na direção/sentido do primeiro vetor do produto e o dedo médio do segundo vetor. Assim, x será apontado para baixo, diferente de x . O produto vetorial, de forma diferente do produto escalar, só é de�nido para o R .3 Importante! O vetor x x . Eles terão mesmo módulo e mesma direção, mas pela regra da mão direita, mudando a ordem de e , terão sentidos contrários. O produto vetorial apresenta algumas propriedades a) Multiplicação por real: k ( x ) = (k x ) = ( x k ), onde k é real b) Distributiva pelo produto vetorial: x ( + ) = x + x c) Se , isto é, se é paralelo a : x d) x = 0 e) x = ( x ) Seja = x , ao se resolver analiticamente a busca do vetor que atende às de�nições de produto vetorial, obtêm-se que: Dica O sistema acima pode ser representado pelo cálculo de um determinante: x Exemplo 1. Determine o vetor x , sabendo que ( 1, 2, −1) e (0, 1, −2) S O L U Ç Ã O Você pode aplicar diretamente as equações, mas fazendo através do determinante, �ca mais prático: x = PRODUTO MISTO Sejam os vetores do R . O produto misto, cuja notação é , é de�nido através de uma combinação entre produto escalar e produto vetorial. [ , , ] = ( x ) . = . ( x ) 3 Atenção! O produto misto só é de�nido no R , e por ser o resultado de um produto escalar, fornece como resultado um escalar. 3 Ao se resolver analiticamente o produto misto, obtém-se uma expressão que pode ser representada pelo cálculo do seguinte determinante: = Importante! Se o produto misto é nulo, quer dizer que um dos três vetores é combinação linear dos outros dois. Em outras palavras, os três vetores fazem parte de um mesmo plano no espaço. Assim, três vetores serão coplanares, isto é, pertencerão ao mesmo plano, se e somente se, O produto misto apresenta algumas propriedades: a) Multiplicação por real (k): b) c) Exemplo 1. Dados os vetores (0, 2, –5 ), (1, –1, 2) e (2, 0, –1 ). Determine o produto misto entre os vetores , e , nesta ordem. S O L U Ç Ã O TEORIA NA PRÁTICA Três aeronaves, que realizam um movimento retilíneo, têm velocidades dadas pelos vetores (a, 1, – 1), (0, 2, 1) e (1, 0, 2 ). Elas desejam voar de tal forma que as direções de seus movimentos formem um plano. Determine o valor de a, real, para que isso ocorra. Clique no botão para ver as informações. SOLUÇÃO MÃO NA MASSA 1. Sejam (1, 2, –3) e (2, –2, 4). Determine o produto escalar entre e : Comentário Parabéns! A alternativa "D" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito do produto escalar. Assim, 2. Determine o módulo do vetor + , sabendo que que (0, 12 , –5) e (0 , –4, 3). -14A) 70B) -84C) 84D) A) B) 144C) 68D) Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito do produto escalar. 3. Determine o valor de 2 x (-4 ). Sendo (1, –1, 0) e (2, 2, 1): Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito do produto vetorial. 2 x (-4 ) = 2 . (-4) x = (-8) ( x ) x = (-8) ( x ) = 4. Dados os vetores , determine o produto misto entre os vetores , nesta ordem: (8, 8, -32)A) (-8, -8, 32)B) (24, 24, -32)C) (8, -12, -32)D) Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 06:05 5. Sejam os vetores . Determine o valor de , sabendo que o produto misto vale o produto escalar somado a 6. Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. 2A) -4B) -2C) 4D) A) -3B) 3C) D) VERIFICANDO O APRENDIZADO ATENÇÃO! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões: 1. Sendo , e , determine o produto escalar entre o vetor e o vetor : Comentário Parabéns! A alternativa "D" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito do produto escalar. Assim 2.2 + 4 = 8 2. Sendo e , determine o valor de a+b sabendo que : 4A) 6B) 10C) 8D) -2A) Assim, 6. Sejam os vetores e . Sabe-se que vale duas vezes o produto vetorial de com . Determine o módulo do vetor : Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 06:35 A) B) C) D) Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito do produto vetorial. Assim O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. Aplicar o conceito do ângulo vetorial nas condições de paralelismo e ortogonalidade -4B) 2C) 4D) INTRODUÇÃO O conhecimento do ângulo formado por dois vetores pode ter algumas aplicações práticas, por exemplo, a veri�cação se os vetores são paralelos ou ortogonais. Assim, torna-se necessária uma forma de obter o ângulo através das coordenadas vetoriais. ÂNGULO ENTRE VETORES O ângulo entre dois vetores é aquele de�nido entre suas orientações positivas, ou seja, suas setas. No módulo anterior, aprendemos a usar a Lei de Cossenos, então, uma forma para obter o ângulo dos vetores é através desta solução: ou No entanto, existe uma forma mais simples para cálculo do ângulo entre vetores através do produto escalar. Pode ser provado que Assim, Se conhecemos o ângulo entre dois vetores, podemos veri�car o sinal do produto escalar através da equação dada: a) Se se tem , então b) Se se tem , então c) Se se tem , então Exemplo 1. Determine o cosseno do ângulo formado entre os vetores (2, 2) e (-1, 3): S O L U Ç Ã O PROJEÇÃO DE UM VETOR SOBRE OUTRO Uma aplicação direta do produto escalar, versor e ângulo entre vetores é a determinação da projeção de um vetor sobre o outro. Sejam dois vetores e que formam um ângulo α entre si. A projeção de sobre será denominada de Mas Exemplo 1. Determine a projeção do vetor (1, 1, 1) sobre o vetor (3, 0, −4): S O L U Ç Ã O Assim, CONDIÇÃO DE PARALELISMOS E ORTOGONALIDADE A equação dada no item anterior nos permite conhecer o ângulo através do produto escalar, assim: Desse modo, se dois vetores e são ortogonais, isto é, com ângulo entre si de , então sendo esta a condição de ortogonalidade. Se dois vetores e são paralelos entre si, então = k , com k real. Como já visto,neste caso x = 0. Sendo esta uma possível condição de paralelismo. Outra opção é que se = k , k real, usando as propriedades básicas do vetor: Importante! As condições de ortogonalidade e paralelismo podem ser extrapoladas para a dimensão do R . Assim, dois vetores em R serão ortogonais se seu produto interno for zero e serão paralelos se suas coordenadas forem proporcionais. n n Exemplo 1. Determine o valor de b para que os vetores (2, b, 0) e (–1, 1, 3) sejam ortogonais. S O L U Ç Ã O Para serem ortogonais, 2. Determine o valor de a e b para que os vetores (2, b, a) e (–1, 1, 3) sejam paralelos. S O L U Ç Ã O Se u e v são paralelos, então Assim, b = -2 e a = (-3) . 2 = -6 TEORIA NA PRÁTICA O trabalho de uma força (w), medido em Joule (J), é um conceito de Física que mede o efeito de uma força sobre um deslocamento, logo, , em que é a força aplicada ao objeto e o vetor deslocamento feito pelo objeto. Uma caixa de massa 2kg sofre o efeito de uma força (2, −2, 2)N. Com a aplicação desta força, a caixa se desloca do ponto A(– 1, 0, 2) até o ponto B (3, 0, 1). Determine o trabalho provocado por esta força na caixa durante este deslocamento. Clique no botão para ver as informações. SOLUÇÃO MÃO NA MASSA 1. Determine o ângulo formado pelos vetores e : Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 04:38 2. Determine k + p para que os vetores sejam paralelos: Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. A) B) C) D) 0A) 1B) -1C) -2D) Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de ângulo entre vetores. assim, O módulo do vetor vale 5. Dois vetores, , são ortogonais entre si. Sabe que e que vale 5. Determine o valor da constante a, sabendo que , com a e b reais. Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de ortogonalidade entre os vetores. 5B) 6C) 8D) A) B) C) D) Se os vetores são ortogonais então Assim, Se os vetores são ortogonais, usando o teorema de Pitágoras Assim, Se não fosse observado o triângulo retângulo, poderia ser achado o vetor Assim, Dando o mesmo resultado. 6. O ângulo entre dois vetores 𝑒 vale 45°. O módulo do vetor vale . Quanto vale o produto escalar entre e o versor do vetor ? Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. 2A) 1B) 0C) -1D) Se u e v são paralelos, então Assim, Então, 3. Determine k para que os vetores sejam ortogonais: Comentário Parabéns! A alternativa "D" está correta. No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão. 03:55 4. Determine o módulo da projeção do vetor sobre o vetor : 0A) 1B) -1C) -2D) 4 A) Parabéns! Você entendeu o conceito de ângulo entre vetores. Mas VERIFICANDO O APRENDIZADO ATENÇÃO! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões: 1. Determine o cosseno do ângulo formado pelos vetores e . Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. Parabéns! Você entendeu o conceito de ângulo entre vetores. A) B) C) D) 2. Determine o valor da constante k para que os vetores e ( 1, 1, 1) sejam ortogonais. Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Parabéns! Você entendeu a condição de ortogonalidade . Para serem ortogonais O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. 0A) 1B) 2C) 3D) CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo dos quatro módulos, foi possível descrever a de�nição de espaço vetorial e, principalmente, do elemento vetorial denominado de vetor, além da representação do vetor, suas operações matemáticas e aplicações no plano e no espaço. Por �m, relacionado à determinação do ângulo entre vetores, foram analisadas as condições de ortogonalidade e paralelismo. PODCAST 0:00 6:43 CONQUISTAS Você atingiu os seguintes objetivos: Identi�cou o conceito de vetor, suas caracterizações e operações básicas. Identi�cou o conceito de vetor no plano e no espaço. Aplicou os produtos escalares, vetoriais e http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/vetores_e_espacos_vetoriais/podcast/vetores_e_espacos_vetoriais_podcast_audiok.mp3 misto. Aplicou o conceito do ângulo vetorial nas condições de paralelismo e ortogonalidade. CONTEUDISTA Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira Currículo Lattes REFERÊNCIAS ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra Linear com Aplicações. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 119- 180. APOSTOL, T. M. Cálculo, Volume 1. Espanha: Editorial Reverte SA, 1985. p. 519-536. HOFFMAN, K.; KUNZE, R. Linear Algebra. 2. ed. Nova Jersey: Prentice-Hall, 1971. p. 28-39. PEREIRA, Paulo. Cálculo é fácil - Cálculo 1: aulas 2 a 15, In: Equaciona com Paulo Pereira, Youtube. Publicado em: 8 mar. 2019 SANTOS, R. J. Um Curso de Geometria Analítica e Álgebra Linear. Belo Horizonte: Imprensa Universitária da UFMJ, 2012. p. 132-208. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise na internet. Ao clicar nesse botão, uma nova aba se abrirá com o material preparado para impressão. Nela, acesse o menu do seu navegador e clique em imprimir ou se preferir, utilize o atalho Ctrl + P. Nessa nova janela, na opção destino, direcione o arquivo para sua impressora ou escolha a opção: Salvar como PDF. javascript:void(0); DEFINIÇÃO Aplicação dos conceitos de retas e planos na Geometria Analítica. PROPÓSITO De�nir as equações de retas e planos na Geometria Analítica e aplicar os conceitos nas posições relativas entre retas e planos, bem como na distância entre pontos e estas �guras geométricas. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora cientí�ca ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS Módulo 1 Aplicar a de�nição da reta na determinação da equação da reta no plano e no espaço Módulo 2 Aplicar equações da reta na obtenção da interseção, do ângulo e das posições relativas entre retas Módulo 3 Aplicar a de�nição do plano na determinação da equação do plano e nas posições relativas entre os planos Módulo 4 Aplicar o conceito de ponto, reta e plano na determinação de distância entre pontos, retas e planos MÓDULO 1 Aplicar a de�nição da reta na determinação da equação da reta no plano e no espaço INTRODUÇÃO A Geometria Analítica apresenta, através de equações analíticas, diversas �guras da Geometria, que serão denominadas de Lugares Geométricos. Neste módulo, estudaremos a reta e obteremos a equação que a representa analiticamente. A reta é de�nida por dois pontos, mas existem outras formas de determinarmos a sua equação. A equação de uma reta, no plano ou no espaço, pode ter vários tipos de apresentação: simétrica, geral, reduzida, vetorial e paramétrica. Todos os tipos de equação serão equivalentes, isto é, representam os mesmos pontos no plano ou no espaço. EQUAÇÃO DA RETA NO PLANO A geometria nos ensina, através de um de seus axiomas, que uma reta é de�nida por dois pontos. No plano estes dois pontos podem ser representados por sua abscissa e ordenada, isso é, A(X , Y ) e B(X ,Y ).A A B B Deseja-se obter uma equação que representa todos os pontos dessa reta. Assim, de�ne-se um ponto genérico P (x, y), pertencente à reta formada pelos pontos A e B, e determina-se uma equação que é satisfeita por ele. Na Geometria Analítica são de�nidos vários tipos de apresentação para a equação da reta, com formatos diferentes, porém, representando os mesmos pontos. Diz-se que essas equações são equivalentes. Será de�nida a equação simétrica, geral, vetorial, reduzida e paramétrica. Como será visto, de uma forma pode-se obter as demais. A �gura abaixo representa a reta r formada pelos pontos A e B: ~ EQUAÇÃO SIMÉTRICA E GERAL Os pontos A, B e P estão alinhados, assim, o vetor = B - A vetor = P - A são paralelos, consequentemente, tem suas coordenadas proporcionais. Comoos pontos A e B são dados, a parcela da direita se transforma em uma fração numérica. Então, , d e f reais e diferentes de zero. Obtém-se, assim, uma equação que representa todos os pontos (x,y) que pertencem à reta analisada. Esta equação é denominada de EQUAÇÃO SIMÉTRICA da reta. Os valores de d e f são números reais obtidos através dos dois pontos conhecidos da reta. Exemplo Determine a equação simétrica da reta que passa pelos pontos A (1,2) e B ( 3, – 1). Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Assim, aplicando diretamente no modelo da equação: . Logo, a equação simétrica da reta será: Partindo da equação simétrica da reta, através de uma manipulação matemática, obtém-se uma equação da forma ax + by + c = 0, com a, b e c sendo números reais. Assim, Chamando de f = a e d = -b, obtém-se uma equação do tipo ax + by + c = 0, denominada de EQUAÇÃO GERAL da reta. Cuidado: se multiplicarmos ambos os lados por um número real k, ainda temos a mesma equação. ax + by + c = d ⇔ akx + bky + ck = 0, com k real Existe uma forma alternativa para se determinar a equação geral da reta diretamente através dos dois pontos dados, A e B. Esta forma é através de um cálculo de um determinante. Sejam A (X ,Y ) e B (X ,Y ) dois pontos distintos da reta r, então a equação geral da reta será obtida por: A A B B Exemplo Determine a equação geral da reta que passa pelos pontos A (1, 2) e B (3, –1). Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Aplicando diretamente o determinante Resolvendo o determinante: (2+1)x + (3-1)y + (-1-6) = 0 → 3x + 2y - 7 = 0 Importante – Condição de um Ponto Pertencer a Reta Um ponto para pertencer a reta tem que satisfazer a equação da reta. Dessa forma, seja a reta e um ponto . Se o ponto P pertence à reta r, então . Se o ponto P não pertence à reta r, então Esta propriedade vale para qualquer tipo de equação da reta, não apenas para equação geral. Exemplo Ache a equação geral da reta e veri�que se os pontos Q (5, –4) e R (2, 3) pertencem à reta r dada pela equação . Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Substituindo o ponto Q (5, – 4) na reta se tem: e Portanto, as coordenadas do ponto satisfazem a equação da reta e o Ponto Q pertence à reta r. Substituindo o ponto R (2, 3) na reta se tem: 3.2 + 2.3 – 7 = 6 + 5 – 7 ≠ 0 Como as coordenadas do ponto não satisfazem a equação da reta, então R não pertence à reta. EQUAÇÃO REDUZIDA Continuando na apresentação dos tipos das equações da reta. Partindo agora da equação geral e isolando o valor de y se tem: ,com a,b e c reais. Substituindo m = e q = → y = mx + q, que será a EQUAÇÃO REDUZIDA da reta. O parâmetro m é denominado de coe�ciente angular da reta, ele é igual à tangente do ângulo que a reta forma com o eixo x. O parâmetro q é denominado de coe�ciente linear, que representa o ponto onde a reta corta o eixo y. Quando m > 0 → tg θ > 0 → 0 < θ < 90°, a reta será crescente. Quando m < 0 → tg θ < 0 → 90° < θ < 180°, a reta será decrescente. A reta horizontal do tipo y = constante, terá m = 0 e a reta vertical do tipo x = constante não terá valor de m. Exemplo Determine a equação reduzida da reta que passa pelos pontos A (2, 4) e B ( –3, 1). Obter o coe�ciente angular e linear da reta. Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Deste modo, a equação reduzida será Portanto, o coe�ciente angular vale m = e o coe�ciente linear q = Então, o ângulo que a reta r faz com o eixo positivo x vale . O coe�ciente linear q = , Logo, o ponto em que a reta corta o eixo y é o ponto . Assim, aplicando diretamente no modelo da equação simétrica EQUAÇÃO VETORIAL E PARAMÉTRICA Se retornarmos à �gura inicial, além do paralelismo entre os vetores e , pode-se dizer que o vetor será proporcional ao vetor , λ real. A equação do tipo será denominada de EQUAÇÃO VETORIAL da reta. Ao invés do vetor , poderia ter sido usado o vetor , pois a reta tem uma direção, mas não tem sentido. O vetor ou vetor , que de�ne a direção da reta, é denominado de vetor diretor da reta. Na �gura, o vetor diretor está representado pelo vetor . Aqui, vemos mais uma alternativa para se obter a equação da reta, caso não se conheça os dois pontos da reta. Se forem conhecidos um ponto e a direção de�nida pelo seu vetor diretor, será possível obter a equação vetorial da reta. O ponto conhecido fará o papel do ponto A e o vetor diretor da reta fará o papel do vetor . Atenção Quaisquer dois pontos de uma reta podem ser usados para de�nir o vetor diretor da reta. Não existe um vetor diretor, mas in�nitas possibilidades, pois se é um vetor diretor da reta, então todo os vetores , com k real diferente de zero, também serão. Se substituirmos as coordenadas dos pontos A, B e P (genérico) na equação vetorial, obtém-se duas equações, cada uma relacionada a uma das coordenadas: Esta equação é denominada de EQUAÇÃO PARAMÉTRICA da reta. Ressalta-se que se pode obter a equação simétrica através da equação paramétrica. Basta isolar o valor de λ nas duas equações. Se for a equação simétrica da reta r, então o vetor (d,f) é o vetor diretor da reta r. Exemplo Determine a equação vetorial e paramétrica da reta que passa nos pontos A (1,2) e B (3, –1). Determine qual ponto desta reta tem ordenada igual a 5. Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Determinando o vetor diretor da reta = B - A = (3 - 1, -1 - 2) = (2,-3) Assim, a equação vetorial será P = A + λ , λ real ou, (x, y) = (1, 2) + λ(2,-3) = ( 1 + 2λ, 2 - 3λ) , λ real Separando as duas equações, obtém-se a equação paramétrica: r: Para determinar o ponto Q(x, 5) que pertence à reta, ele deve satisfazer a equação e . Assim, Portanto, x = 1 + 2λ = 1 + 2.(–1) = 1 – 2 = – 1, o ponto será (–1, 5). VETOR NORMAL DA RETA Nós já vimos que o vetor diretor da reta pode ser obtido diretamente da equação paramétrica ou da equação simétrica da reta. Outro vetor importante é o vetor perpendicular a ela, denominado de vetor normal da reta, com notação de . Para o caso do plano, comparando as equações da reta simétrica e geral, ax + by + c = 0 , tem-se a = f e b = -d, onde (d, f) é o vetor diretor da reta. Vide transformação feita no início deste item. Se de�nirmos um vetor ( a, b), pode ser veri�cado que: = a.d + b.f = f.d + (-d).f = 0, portanto, o vetor é perpendicular ao vetor diretor da reta . As coordenadas de serão (a, b), que pode ser obtida diretamente da equação geral da reta. Atenção Se ax + by + c = 0 for a equação geral da reta r, então o vetor (a,b) é o vetor normal à reta r. O vetor normal pode ser usado como uma terceira alternativa para se obter a equação geral da reta. Ao se conhecer um ponto da reta e o vetor normal, pode-se obter a equação geral através de um produto escalar , pois serão vetores perpendiculares. Exemplo Determine a equação geral da reta que passa no ponto (2, 3) e tem vetor normal (1,4). Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO A equação geral é dada pela equação Assim, a equação geral da reta é . Saiba mais javascript:void(0) EQUAÇÃO DA RETA NO ESPAÇO Como no caso do plano, uma reta no espaço pode ser de�nida tendo-se dois pontos ou até mesmo um ponto e o vetor diretor. A diferença é que tanto os pontos como o vetor diretor possuem três dimensões e não mais duas. No caso do espaço, não existem as equações geral e reduzida da reta. Como será visto em módulo posterior, a equação do tipo ax + by + cz+ d = 0 representará um plano e não uma reta. Assim, seguindo raciocínio análogo da equação da reta no plano, seja a reta r que passa pelos pontos A(X ,Y ,Z ) e B(X ,Y ,Z ) e tem um vetor diretor = (X - X , Y - Y , Z - Z ) = (c ,d ,f), com c, d e f pertencente aos reais. De�nimos as seguintes equações da reta no espaço: Simétrica: ; Vetorial: Paramétrica: A A A B B B A B A B A B Da mesma forma que no plano, um ponto para pertencer a uma reta no espaço deve ter suas coordenadas satisfazendo a equação da reta. No caso do espaço,não temos nenhuma equação que nos apresenta diretamente o vetor normal da reta, como no caso da equação geral da reta no plano. Exemplo Determine a equação simétrica e paramétrica da reta que passa pelos pontos A (1, 2, – 1) e B (0, 3, 1). Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Assim, aplicando diretamente no modelo da equação simétrica A equação simétrica da reta será Analisando a equação, veri�ca-se que o vetor diretor da reta será o vetor Escolhendo o ponto A que pertence à reta, portanto, a equação paramétrica será Exemplo Determine o valor de k e p para que o ponto pertença à reta que passa pelos pontos e . Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Obtendo o vetor diretor da reta: . O ponto A (2,3,4) pertence à reta, então, a equação paramétrica será dada por Para que P pertença à reta, ele deve satisfazer as três equações acima x = 0 = 2 – λ → λ = 2, y = k = 3 – 3 λ → k = 3 – 3.2 = –3 e z = p = 4 – 2 → p = 4 – 2 = 2 TEORIA NA PRÁTICA Um canhão se encontra em uma posição do solo e deve acertar um alvo que se encontra em cima de uma elevação. Considera-se, por não ser uma distância muito longa, que o projetil ao sair do canhão percorre a trajetória até o alvo em linha reta. Sabendo que o canhão se encontra na posição (0, 5) e o alvo se encontra na posição (100, 400), qual deve ser o ângulo de elevação do canhão em relação ao solo para que o projetil acerte o objetivo? Solução em vídeo: No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. Assista: 08:45 MÃO NA MASSA 1. Determine a equação geral da reta que passa pelos pontos A (3,5) e ponto B (– 1, 3). x -2y -13 = 0A) x - 2y + 7 = 0B) x + 2y - 3 = 0C) x + 2y - 7 = 0 D) Tentar novamente Comentário Assim, aplicando diretamente no modelo da equação . Então, a equação simétrica da reta será: Assim, 2(x – 3) = 4 (y – 5) → 2x - 6 = 4y - 20 →2 x- 4y + 14 = 0 → x - 2y + 7 = 0. 2. Qual o ponto que tem abscissa 3 e que pertence à reta 2x - y + 10 = 0. Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Se o ponto P ( x , y ) pertence à reta, ele satisfaz a equação da reta 2x - y + 10 = 0. Como x = 3 → 2.3 - y + 10 = 0 → y = 16. p p p 3. Uma reta forma um ângulo com o eixo positivo de x de 45°. Esta reta passa pelo ponto (2,1). Determine o valor de p para que o ponto (1, p) pertença à reta. Tentar novamente (3, 10)A) (3, 12)B) (3, 16)C) (3, 20)D) 3A) 1B) 2C) 0D) Comentário Se o ângulo da reta com o eixo x vale 45°, então m = tg 45° = 1. Logo, a equação da reta é y = mx + q = x + q Como o ponto P (2,1) pertence à reta, então o ponto satisfaz a equação, assim 1 = 2 + q → q = – 1 A reta terá equação y = x – 1. Como o ponto (1, p) pertence à reta → p = 1 – 1 = 0. 4. O ponto R (k, 2) pertence à reta . Determine o valor de k: Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. 04:49 19A) 17B) 15C) 13D) 5. Seja a reta de equação . O vetor normal desta reta tem coordenadas (a, b) e o coe�ciente linear dela vale q. Marque a alternativa que apresenta o valor de . Tentar novamente Comentário Transformando a equação simétrica para geral se obtém: Analisando a equação geral, veri�ca-se que o vetor normal vale (3,4). Transformando a equação geral na equação reduzida Assim, o coe�ciente linear . O valor de q poderia ser obtido também fazendo x = 0 na equação geral. Assim, a + b + 4 q = 3 + 4 – 6 = 1. 6. Marque a alternativa que apresenta as coordenadas do ponto P (k, 4, p) que pertence às retas que passam pelos pontos A (– 1 , 1 , 2) e B ( 3 , 2 , 3). Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. 0A) -1B) -2C) 1D) (12, 4, 3)A) (10, 4, 1)B) (11, 4, 5)C) (2, 4, 3)D) No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. 07:41 VERIFICANDO O APRENDIZADO ATENÇÃO! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões: 1. Seja a equação ax + by + 16 = 0 da reta que passa pelos pontos A (3,2) e B (2,4). Seja o ponto C de coordenadas (p, – 2) que também pertence a esta reta. Marque a alternativa que apresenta o valor de . 0A) -1B) Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Aplicando diretamente o determinante para encontrar a equação da reta: Resolvendo o determinante: (2 - 4)x + (2 - 3)y + (12 - 4) = 0 → -2x - y + 8 = 0 Assim, a equação da reta vale -2x - y + 8 = 0, mas o enunciado diz que o termo independente vale 16, logo, devemos multiplicar todos os termos por 2, �cando com uma equação -4x - 2y + 16 = 0. Portanto a = – 4 e b = – 2. Se C pertence à reta, ele satisfaz a equação da reta, assim -2p + 2 + 8 = 0 → 2p = 10 → p = 5 Portanto, a + b + p = – 4 – 2 + 5 = – 1. 2. Seja a reta r que passa nos pontos (1,2,3) e (– 2, 4, 1). Sabe-se que o ponto P (4, t, p) pertence a esta reta que tem vetor diretor dado por (a, – 2, b). Determine o valor de . Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Determinando-se a equação simétrica da reta no plano: O vetor diretor será qualquer vetor proporcional a (– 3, 2, –2). No enunciado, a coordenada y do vetor diretor tem valor de – 2, assim, o vetor diretor escolhido será (3, – 2, 2), que foi obtido multiplicando o anterior por –1. Então, a = 3 e b = 2. Se o ponto P pertence à reta, ele satisfaz as equações da reta: -2C) 1D) 8A) 9B) 10C) 11D) Resolvendo as equações e p = 5. Portanto, a + b + t + p = 3 + 2 + 0 + 5 = 10. O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. MÓDULO 2 Aplicar equações da reta na obtenção da interseção, do ângulo e das posições relativas entre retas INTRODUÇÃO No módulo anterior, aprendemos a equação analítica de uma reta no plano ou no espaço. Ao compararmos as equações de duas retas, observa-se que duas retas no plano podem ter três posições relativas entre si: concorrentes, paralelas ou coincidentes. No caso do espaço, além dos três tipos anteriores, temos o caso de retas reversas, que são aquelas que pertencem a dois planos paralelos distintos. As equações analíticas das retas podem também ser usadas para se descobrir o ângulo formado pelas retas e, se for o caso, o ponto de interseção que elas possuem. INTERSEÇÃO ENTRE DUAS RETAS Como já visto no módulo anterior, um ponto P para pertencer a uma reta deve satisfazer a equação da reta. Assim, se um ponto é interseção entre duas retas, ele deve, obrigatoriamente, obedecer, simultaneamente, às equações das duas retas. Desta forma, a coordenada do ponto de interseção, caso exista, será a solução do sistema linear composto pelas duas retas analisadas. Se este sistema for possível e determinado, a solução será o ponto de interseção entre as retas. Se a solução do sistema for possível e indeterminada, será o caso de as duas retas serem a mesma reta, assim, todos os pontos da reta são comuns entre as duas, tendo, portanto, in�nitas soluções no sistema. E, por �m, se a solução do sistema for impossível, é porque as retas não têm ponto comum. POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE RETAS Quando se está trabalhando no plano, duas retas podem ter, entre si, três posições relativas, são elas: Clique nas barras para ver as informações. CONCORRENTES Apresentam um ponto de interseção, isto é, um ponto comum. COINCIDENTES São na verdade a mesma reta, tendo, portanto, in�nitos pontos comuns. PARALELAS Têm a mesma direção, porém são distintas, não tendo nenhum ponto em comum. Um caso particular das retas concorrentes é o caso das retas perpendiculares ou ortogonais, que fazem 90° entre si. Os três casos anteriores representam retas que pertencem ao mesmo plano, isto é, coplanares. No caso de estar se trabalhando no espaço, temos uma quarta possibilidade. Esta quarta possibilidade está associada com as retas que não são coplanares. Em outras palavras, pertencem a dois planos paralelos distintos. Estas retassão denominadas de retas reversas e não apresentam pontos de interseção. As retas reservas podem ser obliquas ou ortogonais, veja. O item anterior apresentou uma forma de se obter os pontos de interseção através da resolução do sistema. Ao se determinar os pontos de interseção, pode-se avaliar as posições relativas entre as retas. Se as retas tiverem apenas um ponto em comum, elas só podem ser retas concorrentes. Se tiverem in�nitos pontos em comum, as retas serão coincidentes. Se as retas não tiverem pontos em comum, podem ser paralelas ou reversas. Para o último caso, observa-se que apenas com a análise da interseção não se pode concluir sobre a posição entre as retas, tornando-se necessária a análise complementar de se observar a direção relativa das retas, através dos vetores diretores. Resumindo Assim, resumidamente: Retas concorrentes: apenas um ponto comum. Neste caso, apesar de não ser necessária a análise, os vetores diretores não são paralelos; Retas coincidentes: in�nitos pontos em comum. Neste caso, apesar de não ser necessária a análise, os vetores diretores são paralelos; Retas paralelas: nenhum ponto em comum e os vetores diretores são paralelos; Retas Reversas: nenhum ponto em comum e os vetores diretores não são paralelos. A veri�cação se os vetores diretores são ou não paralelos é feita através da averiguação das coordenadas dos mesmos serem ou não proporcionais, isto é: Se No caso do plano, a comparação das equações gerais é um método simples para se veri�car a posição relativa entre duas retas. Seja a reta r: a x + b y + c = 0 e a reta s: a x + b y + c = 0, assim: Se , então, as retas r e s serão coincidentes; Se , então, as retas r e s serão paralelas; Se , então, as retas r e s serão concorrentes. 1 1 1 2 2 2 As condições acima estão relacionadas com as direções dos vetores normais das retas. ÂNGULO ENTRE RETAS O ângulo entre as retas será o mesmo ângulo que existe entre seus vetores diretores. Assim, sejam as retas r, com vetor diretor e a reta s, com vetor diretor . O ângulo θ formado entre as duas retas será calculado por: Por de�nição, como as retas não têm sentido, o ângulo entre elas será sempre o ângulo agudo, isto é, menor ou igual a 90°. Como o ângulo agudo tem cosseno positivo, foi colocado um módulo na fórmula do cosseno do ângulo entre as retas. O ângulo formado entre os vetores diretores também será o mesmo ângulo formado pelos vetores normais. Isto parte de uma propriedade da Geometria. Assim, no cálculo do ângulo através da fórmula anterior, ela pode ser usada com o vetor normal ao invés do vetor diretor. Se as retas forem paralelas ou coincidentes, por de�nição se considera como 0° o ângulo entre elas. No caso das retas reversas, de�ne-se ângulos entre elas como o ângulo formado pela primeira reta e uma reta paralela à segunda reta, porém pertencente ao plano da primeira. A fórmula apresentada já leva em conta esta de�nição. No caso da análise no R , o plano, ao invés de usar o vetor diretor para a análise das posições relativas das retas, pode ser usado, alternativamente, o vetor normal da reta. 2 Exemplo Determine, caso exista, o ponto de interseção entres as retas e e veri�que as posições relativas entre as retas. Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Resolvendo o sistema abaixo. Se o sistema for possível e determinado, existirá o ponto de interseção. Assim, o ponto (– 1,3) pertence as duas retas sendo o ponto de interseção entre elas. Portanto, neste caso, as duas retas são concorrentes. Se for veri�cado os coe�cientes das equações das retas: e . Como , então as retas r e s são concorrentes. Exemplo Determine o ângulo existente entre as retas do exemplo anterior. Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Os vetores normais das retas são (2,1) e (3,-1). Assim, Exemplo Determine, caso exista, o ponto de interseção entre a retas e a reta e veri�que as posições relativas entre as retas. Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Transformando a equação simétrica da reta s para equação paramétrica . Assim, λ + α= -1 → λ = -1 - α que substituindo na terceira equação 3α + (-1 - α) = 1 → 2α = 2 → α = 1 → λ = – 2 Portanto, existe apenas uma solução α = 1 e λ = – 2. Para achar o valor do ponto de interseção, substitui-se em qualquer uma das duas retas Logo, o ponto P (6, 9, – 3) é o ponto de interseção e as retas são concorrentes. Apenas como observação, se fossem veri�cados os vetores diretores das retas, eles seriam (-2,-3,2) e (2,3,-6) sendo, portanto, vetores que não são paralelos. A conclusão dessa análise seria que as retas poderiam ser concorrentes ou reversas, mostrando que esta análise isolada não permite, neste caso, concluir sobre as posições relativas, tornando-se necessário veri�car a interseção. Se na solução do sistema anterior fossem encontrados in�nitos valores de α e λ, então o sistema seria possível e indeterminado, e as retas seriam a mesma reta. Se não fosse determinado nenhum valor de α e λ para satisfazer o sistema, as retas não se cortariam, não tendo ponto de interseção. Igualando as coordenadas TEORIA NA PRÁTICA Um determinado terreno tem dois de seus lados fazendo um ângulo de 60°. A primeira cerca liga os pontos (4,1) e (1,1). A segunda cerca liga os pontos (1,1) ao ponto (4, 3 + 1). O morador do terreno do lado diz que a segunda cerca está entrando em seu terreno, isto é, está fazendo um ângulo maior do que 600 com o primeiro lado do terreno. Como você pode ajudar ao dono do terreno a mostrar que o ângulo está correto? Solução em vídeo: No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. Assista: 09:05 MÃO NA MASSA 1. O ponto P (a, b) é ponto comum entre as retas x + 2y - 2 = 0 e x - y + 4 = 0. Determine o valor de a + b. 0A) 1B) 2C) 3D) Tentar novamente Comentário Resolvendo o sistema abaixo. Se o sistema for possível e determinado, existirá o ponto de interseção. . Subtraindo uma equação da outra: 2y + y - 2 - 4 = 0 → 3y = 6 → y = 2 = a Então, x = y - 4 = 2 - 4 = -2 = b. Portanto, a + b = 2 – 2 = 0. 2. Determine a posição relativa entre as retas r, de�nida pela equação 2x + 3y + 5 = 0, e a reta s, de�nida pela equação 4x + 6y – 9 = 0. Tentar novamente Comentário Veri�cando-se os coe�cientes das equações das duas retas, observa-se que: Como , as retas r e s são paralelas. Se fosse resolvido o sistema , veri�ca-se que ele é impossível. Não se tem nenhum ponto que atende as duas equações. ParalelasA) ConcorrentesB) ReservasC) CoincidentesD) 3. Determine a posição relativa entre as retas de�nida pela equação , e a reta . Comentário Parabéns! A alternativa "D" está correta. No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. 07:39 4. Determine o ponto de interseção entre a retas e a reta ParalelasA) ConcorrentesB) ReservasC) CoincidentesD) ( 14 , – 1 , 0)A) ( 1 , 14 , 2 )B) Tentar novamente Comentário Transformando a equação simétrica da reta s para equação paramétrica . Igualando as coordenadas Assim, λ + α = 3 → λ = 3 - α que substituindo na terceira equação 2 α - 3.(3 - α) = 1 → 2α + 3α = 1 + 9 = 10 → α = 10/5 → α = 2 e λ = 3 - α = 3 - 2 = 1 Portanto, existe apenas uma solução, α = 2 e λ = 1. Para achar o valor do ponto de interseção, substitui-se em qualquer uma das duas retas Então, o ponto P ( 0, 14 , – 1) é o ponto de interseção entre as retas. 5. Marque a alternativa que apresenta o cosseno do ângulo formado pelas retas e a reta . ( 0 , 14 , – 1)C) ( 3 , 11 , 14)D) A) B) C) 1D) Comentário Parabéns! A alternativa "A" está correta. Veri�ca-se que os vetores diretores são (– 1, 3, 2) e (3, 2 ,1) que não são paralelos, assim, as retas serão concorrentes ou reversas. Logo, o ângulo é obtido pela fórmula 6. Determine o cosseno do ângulo formado entre as retas e . Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. No vídeo a seguir o professor vai desenvolvero cálculo que resultará na resposta desta questão. 09:05 A) B) C) D) VERIFICANDO O APRENDIZADO ATENÇÃO! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões: 1. Sejam as retas r, de equação 3x + 5y – 8 = 0, e a reta s, de equação . O ponto P (a, b) é o ponto comum as duas retas. Marque a alternativa que apresenta o valor de a + b. Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Transformando a equação da reta s, para equação geral, 6x + 6 = 4y + 8 → 6x - 4y – 2 = 0 → 3x - 2y – 1 = 0 Repare que . Como , então as retas r e s são concorrentes. Resolvendo o sistema , subtraindo as duas equações 7y – 7 = 0 → y = 1. 1A) 2B) In�nitos valoresC) Não existe a e bD) Assim, 3x + 5,1 – 8 = 0 → 3x = 3 → x = 1. Portanto, o ponto comum é P (1,1), assim a + b = 1 + 1 = 2. 2. Marque a alternativa que apresenta a posição relativa entre as retas. Determine, caso exista, o ponto de interseção entre a retas e a reta e veri�que as posições relativas entre as retas. Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Veri�ca-se que os vetores diretores são (– 1, 3, 2) e (2, 3 ,1) que não são paralelos, assim, as retas serão concorrentes ou reversas. Transformando a equação da reta s para paramétrica Igualando coordenada a coordenada: Resolvendo o sistema, obtém-se o valor de λ = 0 e α = – 2 que atende as três equações. Assim é o ponto comum. As retas serão, portanto, concorrentes O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. CoincidentesA) ParalelasB) ConcorrentesC) ReversasD) MÓDULO 3 Aplicar a de�nição do plano na determinação da equação do plano e nas posições relativas entre os planos INTRODUÇÃO Abordamos, anteriormente, a �gura geométrica da reta no plano e no espaço. Neste módulo, estudaremos o lugar geométrico denominado de plano. Como visto na Geometria, um plano é de�nido por três pontos não colineares. Apesar disso, existem diversas maneiras de se de�nir a sua equação. De forma similar à reta, o plano terá alguns tipos de equações equivalentes para representar os seus pontos: geral, vetorial e paramétrica. Por �m, além de de�nirmos a equação que representa um plano no espaço, serão analisadas também as posições relativas e o ângulo entre os planos, de forma similar ao feito na reta. EQUAÇÃO DO PLANO NO ESPAÇO Não há sentido em falar de equação do plano no R , pois todo R é um plano particular, isto é, o plano xy com equação z = 0. A equação do plano vai ser estudada no espaço, ou seja, no R . Para se de�nir um plano, necessita-se de três pontos que não pertençam à mesma reta (não colineares), porém, para se de�nir uma equação de um plano, algumas alternativas são possíveis. 2 2 3 É importante termos a seguinte noção: Um ponto, para pertencer a um plano, deve satisfazer a equação do plano; Um vetor, para pertencer ao plano, deve ser paralelo ao plano. Assim, vetor paralelo ao plano ou pertencente ao plano serão sinônimos; Uma reta, para pertencer ao plano, deve ter, no mínimo, dois pontos distintos da reta que satisfaça a equação do plano. EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Assim, pode-se de�nir uma equação do plano, conhecendo-se no mínimo: Um ponto e o vetor normal ao plano; Dois pontos e um vetor do plano; Três pontos não colineares; Um ponto e dois vetores, não paralelos, que pertencem ao plano; A primeira equação analisada é a EQUAÇÃO GERAL do plano, que tem forma similar à equação geral da reta: ax + by + cz + d = 0, com a, b, c e d reais. Uma das formas para se determinar esta equação parte do conhecimento de um ponto A (X ,Y ,Z ), que pertence ao plano, e um vetor normal (perpendicular) ao plano (a,b,c). A metodologia é similar à que �zemos na reta. A A A De�ne-se um ponto genérico do plano P (x, y, z) e calcula-se o vetor . O vetor normal , por ser perpendicular ao plano π , será perpendicular a qualquer vetor deste plano, então, perpendicular a Se multiplicarmos ambos os lados por um número real k, ainda temos a mesma equação. a x +b y + c z + d = 0 ⇔ ak x + bk y + ck z + dk = 0 , k ∈ R Exemplo Determine a equação geral e paramétrica do plano que passa pelos pontos A (1, 4, 2) e é perpendicular ao vetor (2, – 1, 2). Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Resolvendo a equação = 0 será obtida a equação geral do plano. P (x, y, z) é um ponto genérico. 2x - y + 2z - 2 = 0 Para obter a equação paramétrica, façamos x = α e y = λ, com α e λ reais. Assim, 2α - λ + 2z - 2 = 0 → 2z = 2 - 2α + λ Desta forma A segunda possibilidade, caso se conheça dois pontos (A e B) e um vetor do plano, transforma-se no caso anterior, pois pode-se obter o vetor normal através de um produto vetorial com dois vetores que pertencem ao plano. Um já é conhecido e o outro é obtido através dos dois pontos dados, isto é, ou . Dessa forma, teremos novamente um ponto e o vetor normal ao plano. Na terceira possibilidade, são dadas as coordenadas de 3 pontos do plano (A, B e C). Neste caso, podemos ter duas alternativas. Através dos três pontos, de�ne-se dois vetores que pertenceram ao plano, por exemplo, e . Com estes dois vetores, obtém-se o vetor normal pelo produto vetorial entre eles e se repete o primeiro caso analisado neste tópico. A segunda alternativa é lembrar a condição de coplanaridade entre três vetores, que é o produto misto igual a zero. Assim, através dos 3 pontos, acrescentamos um ponto genérico P(x,y,z) e fazemos que: [ , , ]=0. Ressalta-se que pode ser escolhido qualquer vetor que liga os pontos, apenas se escolhendo um vetor com o ponto P genérico. O último caso, no qual se é conhecido um ponto e dois vetores do plano, também recai no primeiro, pois o vetor normal pode ser obtido pelo produto vetorial destes dois vetores dados. Existe, porém, uma segunda alternativa para este caso, de�nindo-se o outro tipo de equação do plano. Exemplo Determine a equação geral do plano que passa pelos pontos A (1, 1, – 1), B (2, 0, 3) e C (0, 4, 2). Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO A primeira forma é fazer o produto misto [ , , ]=0 =( x-1,y-1,z-(-1))=(x-1,y-1,z+1) =( 2-1,0-1,3-(-1))=(1,-1,4) =( 0-1,4-1,2-(-1))=(-1,3 ,3) Outra opção é achar o vetor normal e usar a mesma solução do exemplo anterior. EQUAÇÃO VETORIAL E PARAMÉTRICA DO PLANO Além da equação geral, pode ser de�nida a equação paramétrica do plano. Para isso, torna-se necessário conhecer um ponto do plano e dois vetores pertencentes ou paralelos a ele. O conceito é que qualquer ponto P (x, y, z) que pertença ao plano π, obrigatoriamente é obtido, partindo do ponto dado A, por uma combinação linear dos dois vetores do plano. Em outras palavras, seja o ponto A (X , Y , Z ) e dois vetores não paralelos (c,d,f) e (p,q,r) que pertencem ao plano π. E seja o ponto genérico P(x,y,z) do plano, assim: , com α e β reais A A A A equação , com α e β reais, é denominada de EQUAÇÃO VETORIAL da reta. Separando a mesma para cada uma das coordenadas, de�ne-se a EQUAÇÃO PARAMÉTRICA do plano como: Pode-se obter a equação paramétrica através da equação geral do plano, basta fazer x = α, y = β na equação geral e obter o valor de z. Assim, se produz uma equação paramétrica Para se obter a equação geral através da equação paramétrica do plano: pegue duas das três equações e ache o valor de α e β em relação as duas coordenadas escolhidas, por exemplo, x e y. Depois, substitua o valor de α e β na terceira equação, então, obtém-se a equação geral. POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE PLANOS Você sabia que dois planos no espaço apresentam entre si posições relativas que podem ser classi�cadas como concorrentes, paralelos ou coincidentes? A seguir, veja detalhadamente cada um: Clique nas barras para ver as informações. CONCORRENTES Apresentam uma reta de interseção. COINCIDENTES São, na verdade, o mesmo plano, tendo, portanto, in�nitos pontos comuns. PARALELOS Não têm nenhum ponto em comum. Um caso particular dos planos concorrentes, são os planos ortogonais,isto é, fazem 90° entre si. A posição relativa entre os planos é dada pela análise do vetor normal aos mesmos. Como visto no item anterior, um plano de equação geral tem um vetor normal dado por . Sejam dados dois planos , com vetor normal , e , com vetor normal . Se , as duas equações representam o mesmo plano, assim, os planos π e μ serão planos coincidentes. representam que os dois vetores normais são paralelos, mas não são equações do mesmo plano, assim, os planos π e μ serão planos paralelos. Os demais casos vão denotar que os planos π e μ serão planos concorrentes. No caso dos planos concorrentes, pode-se obter a equação da reta que há a interseção dos planos. Os pontos da reta de interseção devem satisfazer as duas equações do plano Uma solução é resolver o sistema para duas variáveis em relação a terceira. Dessa forma, teremos, por exemplo, y e z em função de x. Logo, de�ne-se x como um parâmetro λ e teremos as equações paramétricas. Exemplo Determine a posição relativa, interseção e ângulo entre os planos e . Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Comparando os coe�cientes das equações gerais dos planos: Como , assim, os planos π e μ serão planos paralelos. Desta forma, não existe interseção entre os planos e o ângulo formado entre eles é zero. ÂNGULOS ENTRE PLANOS De forma similar às retas, o ângulo entre os planos será o mesmo ângulo entre seus vetores normais. Assim, sejam os planos π e μ, com vetores normais e . O ângulo θ formado entre os planos será calculado por: π π Por de�nição, o ângulo entre os planos será sempre o ângulo agudo, isto é, menor ou igual a 90°. Se o produto escalar , então os dois planos serão ortogonais. Se os planos forem paralelos ou coincidentes, o ângulo é dito como 0° Exemplo Determine a posição relativa, interseção e ângulo entre o plano 2y – 4x – 4z – 2 = 0 e o plano . Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Convertendo a equação do segundo plano para equação geral. Separando duas das três equações e achando o valor de β e α em relação às coordenadas: Comparando agora os coe�cientes das equações gerais dos planos: Como as duas equações representaram o mesmo plano, portanto os planos π e μ serão coincidentes. A interseção entre eles é o próprio plano e o ângulo formado entre eles é zero. na primeira equação . Substituindo na segunda: Assim, . Substituindo na equação do Exemplo Determine a posição relativa, interseção e ângulo entre o plano e o plano . Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO Comparando os coe�cientes das equações gerais dos planos Como , os dois planos são concorrentes. Para se obter o ângulo entre os planos: e . Assim, , portanto, Fazendo x = λ , então y = 3 – λ e z = 4 – 3λ , λ real. A reta de interseção dos planos será e TEORIA NA PRÁTICA Na interseção entre duas elevações, existe um rio que segue uma trajetória retilínea. A primeira elevação é modelada como plano e a segunda elevação é modelada pela equação do plano . Qual a equação que modela a trajetória do rio? No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. 05:25 MÃO NA MASSA 1. Determine a posição relativa entre os planos 2x + 3y – z + 4 = 0 e 7x – y + 3z – 2 = 0. Tentar novamente Comentário Comparando os coe�cientes entre os planos: Assim, os planos são concorrentes. 2. Determine a equação do plano que passa pelos pontos e é perpendicular ao vetor . CoincidentesA) ParalelosB) ConcorrentesC) ReversosD) x + 2y + z - 1 = 0A) x + y - 2z - 7 = 0B) Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Resolvendo a equação será obtida a equação geral do plano. P (x, y, z) é um ponto genérico. → (1,1,- 2).(x- 2,y-3,z-(-1))=0 → (x - 2) + (y - 3) - 2(z + 1) = 0 → x + y - 2z - 7 = 0. 3. Determine o valor da equação geral do plano que passa pelos pontos A ( 0, 1, 3), B ( 1, 1, 2) e C (1, – 2 , 1). Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. 07:53 x - y - 3z - 9 = 0C) 2x + y - z + 1 = 0D) 3x - y + 3z - 5 = 0A) 3x - y + 2z - 8 = 0B) 3x - y + 3z - 8 = 0C) 2x - y + 3z - 8 = 0D) 4. Determine o cosseno do ângulo formado pelos planos x + y – 2 = 0 e 2y – z + 3 = 0. Tentar novamente Comentário Comparando os coe�cientes das equações gerais dos planos: , os dois planos são concorrentes. Para se obter o ângulo entre os planos: e . Assim c 5. Sejam os planos 2x + ky = 0 e x + pz + 3 = 0, com k e p reais. Sabe-se que o ângulo entre os planos vale 60° e que o ponto P (0, 1, 1) pertence ao primeiro plano. Determine o valor de k + p .2 1A) B) C) D) 0A) 1B) 2C) 3D) Assim, seu vetor normal será e um ponto deste plano será o ponto (1, 7, 2). portanto, a equação geral será dada por → (- 2,1,- 2).(x- 1,y-7,z-2) = 0 → (-2)(x - 2) + (y - 7)-2(z - 2) = 0 → 2x - y + 2z + 1 = 0 Pela equação paramétrica do segundo plano, pode-se obter dois vetores paralelos a este plano e . Dessa forma, seu vetor normal será e um ponto deste plano será o ponto (3, 1, 4). Assim, a equação geral será dada por → (-10, 5, -10).(x - 3, y - 1, z - 4) = 0 (-10)(x - 3) + 5(y - 1) - 10(z - 4) = 0 → 10x - 5y + 10z - 65 = 0 → 2x - y + 2z - 13 = 0 Comparando-se as duas equações gerais dos planos, veri�ca-se que Assim sendo, os planos são paralelos. VERIFICANDO O APRENDIZADO ATENÇÃO! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões: Comentário Parabéns! A alternativa "D" está correta. No vídeo a seguir o professor vai desenvolver o cálculo que resultará na resposta desta questão. 05:12 6. Determine a posição relativa entre os planos e Tentar novamente Comentário Pela equação paramétrica do primeiro plano, pode-se obter dois vetores paralelos a este plano e . CoincidentesA) ParalelosB) ConcorrentesC) ReversosD) 1. O plano passa no ponto e é paralelo aos vetores e vetores . Determine o valor de . Comentário Parabéns! A alternativa "B" está correta. Obtendo o vetor normal Resolvendo a equação será obtida a equação geral do plano. → (1,-1 ,1).(x - 2, y - 3, z + 2)= 0 → x - y + z + 3 = 0 → a + b + c + d = 4 2. Marque a alternativa que apresenta a posição relativa entre o plano 2x – y + 4y – 8 = 0 e o plano α e β reais. Comentário Parabéns! A alternativa "C" está correta. Convertendo a equação do segundo plano para equação geral. → Subtraindo: 2z – x = 4 – 2 + 4β – β = 2 + 3 β 3A) 4B) 5C) 6D) CoincidentesA) ParalelasB) ConcorrentesC) ReversasD) Então, e, substituindo na equação Dessa forma, Substituindo na equação do Comparando agora os coe�cientes das equações gerais dos planos: → dois planos são concorrentes. O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. MÓDULO 4 Aplicar o conceito de ponto, reta e plano na determinação de distância entre pontos, retas e planos INTRODUÇÃO Nos módulos anteriores, introduzimos os conceitos de ponto, reta e plano. Neste módulo, aplicaremos estes conceitos na determinação da distância entre pontos, entre ponto e reta e entre reta e plano. DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS Sejam dois pontos no espaço e . A distância entre A e B será dada pelo módulo do vetor . Assim, No caso particular do R , os pontos só terão abscissa e ordenada, assim:2 Exemplo Determine a distância entre os pontos e . Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO DISTÂNCIA ENTRE PONTO E PLANO Sejam o ponto P (X , Y , Z ) e o plano π com vetor normal (a,b,c) e equação ax + by + cz + d = 0. A distância do Ponto P ao plano será dada pela projeção vertical do vetor na direção do vetor normal , sendo, portanto, o módulo do vetor P P P Exemplo Determine a distância entre os pontos e o plano . Clique na barra para ver as informações. SOLUÇÃO A equação do plano já está na forma geral. Se estivesse em outro formato,
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