Buscar

Resenha Critica _DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS 
 
Resenha Crítica de Caso 
Rodrigo de Santana 
 
 
 
Trabalho da disciplina Desenvolvimento Sustentável 
 Tutor: Prof. (a) Maria Cecilia Trannin 
 
 
Taubaté - SP 
2020 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
2 
Prototipagem de uma Smart Village (Aldeia Inteligente) escalável para criar 
simultaneamente o desenvolvimento sustentável e oportunidades de crescimento da 
empresa 
 
SOLOMON DARWIN 
HENRY CHESBROUGH 
Data: 1º de janeiro de 2017 
 
Este estudo de caso possui uma ideia de melhoria para comunidades em aldeias na Índia, 
onde o ministro chefe Naidu resolveu realizar visitas em várias comunidades para entender 
como poderiam realizar melhorias nestas localidades, mas para que isto ocorra ficou 
evidente que seria necessário realizar uma transformação estrutural significativa, tanto no 
crescimento econômico quanto no bem-estar das pessoas. 
Os governantes dos estados ou até mesmo dos países podem e devem fazer a diferença 
quando entendem a real necessidade da população, no case em questão o Ministro Naidu 
realizou durante um período de 2 anos inúmeras visitas em aldeias para entender cada 
situação e identificou casos em que comunidades estavam ficando abandonadas, por motivo 
das pessoas estarem migrando para localidades urbanas com mais possibilidade de 
crescimento e bem-estar. Em meio a estes entendimentos ocorreu situações onde Naidu foi 
retirado do seu posto atual, impossibilitando a continuidade do processo de melhorias que 
julgava necessário, na política quando relacionamos os casos de melhorias a população, 
ocorre situações muitas vezes no sentindo contrário, pois governantes perdem seus postos e 
os novos governantes não dão a devida continuidade. 
Com retorno em sua posição anos depois Naidu após várias analises ficou decidido que seria 
necessário encontrar maneiras inovadoras para melhoras a vidas das comunidades e criar 
oportunidades econômicas para que as pessoas não migrassem de suas comunidades e 
aumentasse a felicidade dos que ali viviam. Mas criar melhorias nem sempre parece fácil, 
ainda mais com outros governantes indo contra. 
Para grandes mudanças seria necessário desenvolvimento de programas governamentais e 
da colaboração entre comunidades e pessoas, mas para verificar se as ideias de inovação 
funcionariam seria necessário um protótipo, ou seja, uma aldeia como projeto piloto, onde 
Naidu escolheu uma aldeia chamada “Mori”. 
 
 
 
3 
O estudo de caso menciona a aldeia Mori como exemplo de uma aldeia que enfrenta 
dificuldades na Índia e que seus moradores precisam migrar para outras regiões atrás de 
oportunidades. Este tipo de aldeia possui escassez de estrutura pública como falta de 
saneamento básico, não tem direito ao atendimento digno à saúde, caso queira ter acesso a 
atendimento médicos devem pagar com custos elevados. Os governantes não se preocupam 
com situações onde a comunidade não tem acesso a informações globais e possibilidade de 
estudos, pois para muitos governantes uma população medíocre e sem conhecimento é uma 
população frágil, onde podem agir da forma como bem entende. 
A educação em aldeias como Mori é escassa e para os jovens que queiram progredir na vida 
precisam fazer muito por própria conta, pois para terem acesso a bolsar de estudo ou 
melhores oportunidades precisam possuir diferenciais que o pouco ensino que a aldeia 
possui não contemplam, como aprender a língua inglesa. 
As agriculturas destas comunidades são realizadas sem orientação, onde muitas vezes a 
perdas de produtos ocorre por falta de orientação, os governantes não subsidiam com 
informações do mercado, podendo de alguma forma crescer ou até mesmo entender o custo 
da sua própria produção, esta situação na verdade ocorre para todos os ramos de cultivo, 
seja na agricultura, criações como camarões ou outros ramos. 
Diante de tanta dificuldade a migração para outras regiões é inevitável, sempre em busca de 
trabalho para manter uma vida digna, porém nos grandes centros urbanos empresas utilizam 
estas pessoas como mão de obra barata, além de não darem no final de suas atividades o 
devido respeito e acerto de contas. Com tantas dificuldades Naidu aponta a importância de 
desenvolver as aldeias para que tenham oportunidade de buscar oportunidades dentro de 
suas comunidades e não migrem para outras cidades ou países. 
Muitas aldeias da índia recebem ajuda do governo, porém não o bastante para se tornar algo 
sustentável, em um ponto de vista esta situação é corriqueira em vários outros países 
pobres, pois os governantes não sustentam os benéficos a longos prazos. Uma das ações 
dos governantes é o fornecimento de comida em escolas para buscar crescimento na 
presença em sala de aula, sendo que muitos acabam abandonando os estudos para ajudar 
no sustento familiar, mas ofertar comida em troca de estudo não é atitude mais correta, pois 
estão realizando uma troca onde na verdade deveria haver um interesse em buscar 
conhecimento para autodesenvolvimento, como muitos auxílios governamentais até o 
fornecimento de comida pode não ser sustentável e acabar. 
Empresas buscam realizar melhorias para as aldeias com doações de caridade por 
empresas, mas como já citado não é o bastante e as empresas não recebem auxilio para 
manter as ajudas, assim não sendo sustentáveis. As empresas deveriam envolver a 
 
 
 
4 
comunidade para se auto desenvolver, pois caso contrário são ações momentâneas, isto 
também vale para os governos das regiões. 
Um dos maiores problemas com o auxílio tradicional é que governantes impõem as 
comunidades uma dependência, existe vários programas de auxílios limitados que abordam 
objetivos específicos que podem ajudar a aliviar problemas importantes, mas muitos auxílios 
em países de baixa renda são penetrante e essencialmente contínuos, um dia tudo poderá 
acabar, os governos não só da Índia como outros países, é evidente que o bem esta da 
população não é prioridade dos governantes atuais, mas está visão precisa mudar ainda 
mais para os países em desenvolvimento. 
Voltando para nosso estudo de caso Naidu menciona a importância de capacitar os 
moradores da aldeia para que possam construir seu próprio futuro, mas para isto seria 
necessário disponibilizar as aldeias algumas ferramentas, para que se tornem pessoas bem-
sucedidas, esta ideia é primordial não só para esta prototipagem mas para qualquer 
comunidade que necessite se desenvolver. Com ações eficientes para resolução de 
problemas, aumenta a probabilidade de os moradores não buscarem outras localidades o 
que eles não possuem. 
Para desenvolver uma aldeia como a apontada no case são identificadas situações 
primordiais que precisam ser extintas, necessitando de um bom plano de desenvolvimento, 
criação de habilidades e um local para desenvolvimento de empresas e negocias nas 
aldeias, um local com equipamento tecnológicos e de informática, contas bancarias, internet 
e um sistema para resolver reclamações que irão surgir. Conforme mencionado por Naidu 
será inevitável enfrentar diversas situações com o desenvolvimento da aldeia de Mori, 
transformando a mesma em uma “vila inteligente”, pois crescimento e autodesenvolvimento 
podem incomodar muitas partes, inclusive os próprios governantes. 
Podemos encontrar muitas vantagens dentro das aldeias, pois conforme já mencionado 
anteriores muitas pessoas deixam as aldeias indianas enfrentam muitos desafios em seus 
novos locais e indiretamente criam desafios para as cidades indianas que recebem estes 
novos moradores, pois as cidades crescem rapidamente e não conseguem acomodar a 
população adicional, com isto é inevitável a criação de favelas urbanas com falta de 
infraestrutura, outras mudanças podem ser percebidas facilmente, como o trafego que 
aumento exponencialmente, transformandodeslocamento de curtas distancias em longas 
viagens. Para os que decidem ficar nas aldeias são necessários um autodesenvolvimento 
para crescimento, como informações sobre os preços de mercado dos produtos cultivados, 
para se tornarem mais prósperas, enquanto que os habitantes da cidade tendem a ter 
 
 
 
5 
necessidades mais complexas, a simplicidade pode ajudar a manter os custos baixos para 
empresas que desenvolvem produtos e serviços. 
Uma passagem do artigo mostra alguns tópicos onde menciona que Naidu este de acordo 
com uma definição que no meu ver encaixa muito bem, citada pelo Prof. Solomon Darwin 
que menciona os seguintes temas: 
"Uma vila inteligente é uma comunidade habilitada por tecnologias digitais e 
plataformas de inovação aberta para acessar mercados globais." 
Especificamente, Darwin afirma que uma Smart Village atende a seis critérios: 
Um ecossistema: A aldeia aproveita seus recursos, bem como as de aldeias 
vizinhas, lugares distantes e outras entidades para gerar receita e reduzir seus 
custos e riscos. 
Uma plataforma de desenvolvimento econômico: A aldeia permite que 
empresas externas acessem seus recursos para que os negócios e os 
moradores possam lucrar. 
Uma marca: A aldeia cria uma identidade e é conhecida pelo seu valor único. 
Uma comunidade: A aldeia é uma rede auto organizada de pessoas que 
colaboram compartilhando ideias, informações e recursos para construir um 
forte ecossistema. Se e quando os projetos falharem, a comunidade permanece 
e se reconstrói. 
Um modelo de negócios: A aldeia cria valor para suas pessoas e para outros 
fora da aldeia, utilizando tecnologias rápidas e econômicas. A aldeia captura um 
pouco do valor que cria por si só. 
Uma unidade sustentável: A aldeia opera usando uma abordagem de múltiplos 
resultados, com foco em pessoas, lucro, planeta, parceria e prosperidade. ” 
Muitas empresas já conseguem perceber o ganho do crescimento no valor compartilhado, 
como atuar em aldeias que possuem potencial, porém falta direcionamento são 
características de várias aldeias da índia. Grandes empresas realizam trabalhos de 
compartilhamento para que seu próprio produto cresça juntamente com os pequenos 
agricultores, isto é um verdadeiro crescimento sustentável, além de tornarem aldeias e 
pequenas comunidades inteligentes para evoluírem. No artigo Naidu menciona a clareza do 
potencial no conceito de valor compartilhado para ajudar os residentes de Mori e outros 
residentes do estado, não só facilitando o aumento de recursos dos setores público e 
 
 
 
6 
privado, mas também assegurará a utilização efetiva e eficiente dos recursos, além de 
motivar e conduzir as comunidades a elevar significativamente os padrões de vida e os níveis 
de felicidade." 
Muitas empresas com viés de obter ganhos com imagens aceitam a investir em projetos de 
pesquisa em desenvolvimento, aonde ajuda no crescimento de ações como a que foi 
realizado em Mori, muitas empresas participam de projetos para desenvolver novas ideias 
onde conseguem bons resultados para seu próprio crescimento. Após implementação dos 
projetos é primordial a realização das medições para acompanhar os resultados e utilizar as 
métricas obtidas para realizar novas melhorias, nesta questão Naidu planejam realizar estas 
medições para avaliar o sucesso da Vila Inteligente. 
O Artigo finaliza com uma visão de que o projeto de uma aldeia inteligente, foi um sucesso e 
o governo estadual até se comprometeu em disponibilizar uma verba para os próximos cinco 
anos para o programa Smart Village. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Agência nacional de energia elétrica (ANEEL). Biblioteca virtual. Disponível em: 
<http://biblioteca.aneel.gov.br/index.html>. Acesso em: 19 de abril de 2016. Agência nacional 
de energia elétrica (ANEEL). Caderno Temático. Micro e Minigeração Distribuída. Sistema de 
Compensação de Energia Elétrica, Brasília, 2014, 32p. Agência nacional de energia elétrica 
(ANEEL). Resolução normativa nº 482, Brasília, 2012, 12p. Agência nacional de energia 
elétrica (ANEEL). Resolução normativa nº 687, Brasília, 2015 (a), 25p. Agência nacional de 
energia elétrica (ANEEL). Tarifas Consumidores, Brasília, 2015 (b). Disponível em: 
<http://www.aneel.gov.br/tarifas-consumidores/-
/asset_publisher/e2INtBH4EC4e/content/bandeiratarifaria/654800?inheritRedirect=false>. 
Acesso em: 11 de maio de 2016. Bonini, M. R. Tarifas de Energia Elétrica: Evolução nos 
últimos anos e perspectivas. Boletim de Economia, n.8, p.19-36, 2011.

Continue navegando