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Bioquímica - Aterosclerose

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Bioquímica médica
Aterosclerose
1. Introdução
- Doença de artérias de grande e médio porte causada por alterações na camada íntima. Caracteriza-se pelo acúmulo de lipídeos, componentes do sangue, fibras e material intrecelular. É uma disfunção endotelial. A placa formada é chamada de ateromatosa, tem diferentes causas.
- Organização estrutural da artéria:
· Túnica adventícia: é a camada mais externa, rica em filamentos nervosos.
· Túnica média: intermediária, composta por células musculares lisas, elastina e colágeno. É a camada que permite a vasodilatação e vasoconstrição.
· Túnica íntima: mais interna, rica em células endoteliais.
-Classificação:
· Aterosclerose coronariana
· Aterosclerose cerebrovascular
· Aterosclerose periférica (MI e MS)
2. evolução do ateroma
→ lesão inicial, silenciosa e progressiva que pode evoluir a casos mais graves.
3. Fatores predisponentes
- Sobrepeso, tabaco, sedentarismo, diabetes, hipertensão, dislepdmia (aumento gordura circulante – LDL), predisposição genética, consumo de gordura.
4. Etiopatogenia
*Stress axial: termo utilizado para designar o stress exercido na parede do vaso devido ao fluxo sanguíneo no sentido axial do vaso (ao longo dele)
*Shear stress: termo que demonstra que as forças de cisalhamento estão na mesma direção, mas atingem as paredes dos vasos com intensidades diferentes. (“turbilhonameno” do sangue na proeminência da placa)
- Assim, com a formação de uma placa ateromatosa, há uma diferença no stress, provocando uma inflamação na região afetada.
5. Mecanismo de formação do ateroma
1. disfunção endotelial/invasão da camada íntima
- Ocorre devido a uma pequena alteração morfológica do vaso, das células endoteliais da parede interna do vaso. Assim, fatores como hipertensão, podem provocar um aumento do shear stress na região que possui a disfunção, levando à secreção de fatores mediadores de inflamação (TNF-alfa e INF-gama), que inibem a produção do óxido nítrico (fator de relaxamento do endotélio), assim, as células endoteliais não conseguem dilatar e ocorre a vasoconstrição nesse local, hipertensão e aumento à permeabilidade à LDL (passa entre as células e entra na camada íntima do vaso).
- A LDL possui a proteína apoproteína B (APO-B), que tem uma afinidade grande com proteoglicanos que estão na camada íntima do vaso. (LDL como gordura ruim, é a que é acumulada).
- Fatores que aceleram esse processo: aumento da LDL, hipertensão e sedentarismo
2. síntese da molécula de adesão// quimitoaxia de células de defesa
- As células endoteliais inflamadas irão produzir moléculas de adesão (ICAM – molécula de adesão intracelular; VCAM – molécula de adesão de célula vascular), cuja finalidade é ligar-se com monócitos circulantes, para que estes entrem por diapedese na camada íntima em direção à LDL (quimiotaxia). Na camada íntima, há a proliferação de monócitos para tentar eliminar os LDL ligados aos proteoglicanos.
3. Oxidação da LDL / Deformação do endotélio
- os mediadores de inflamação produzidos pelas células endoteliais lesadas fazem que essas células e os macrófagos produzam enzimas (mieloperoxidades e fosfolipases, proteases) que tentem oxidar as LDL → a oxidação do ácido graxo leva a formação de moléculas pró-infamatórios, entre elas espécies reativas de oxigênio (EROS), que acentuam a inflamação. Assim, há a formação da LDL oxidada (que contém moléculas pro-inflamatórias) e, consequentemente, há um aumento da liberação de fatores mediadores de inflamação (TNF-alfa e INF-gama). Estes, induzem os macrófagos a sintetizar receptores na sua superfície (SR e CD 36), que fazem o reconhecimento da LDL oxidada. A fagocitose da LDL oxidada pelos macrófagos forma a célula espumosa, que aumenta cada vez mais. O número grande de células espumosas promove uma deformação do endotélio, empurrando as células endoteliais para a luz do vaso.
4. Formação de uma cápsula fibrosa
-As células musculares lisa se proliferam e tentam encapsular a placa de ateroma, com a tentativa de estabilizar a placa. Além disso, Ca2+ é depositado nessa cápsula, calcificando a placa.
5. Ulceração do endotélio
-As células endoteliais e os macrófagos passam a produzir (em uma placa madura) metaloproteinases, colagenases, gelatinases, etc, (enzimas que degradam a camada íntima do vaso). Assim, pode haver o rompimento da capsula fibrosa que envolve a placa de ateroma e ulceração do endotélio, com extravasamento do conteúdo, levando a um quadro grave. Esse conteúdo extravasado pode cair no vazo sanguíneo, que passa a ser chamado de êmbolo, circular no sangue e obstruir um vaso. 
*trombo – placa de ateroma presa na parede do vaso. *êmbolo – placa de ateroma solta, viajando na circulação.
→ High-density lipoprotein (HDL) is strongly protective against atherosclerosis. An important mechanism underlying this protective effect is the role of HDL in the removal of excess cholesterol from peripheral tissues. But in addition, HDL also protects by inhibiting lipoprotein oxidation. The antioxidant properties of HDL are due in part to serum paraoxonase, an esterase carried on HDL that can degrade certain biologically active oxidized phospholipids13,14 .
→ Pathological studies suggest that the development of thrombus-mediated acute coronary events depends principally on the composition and vulnerability of a plaque rather than the severity of stenosis (Fig. 7). Vulnerable plaques generally have thin fibrous caps and increased numbers of inflammatory cells
Fatores de risco à aterogênse

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