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CRIME CONSUMADO E TENTADO 16 01

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CRIME CONSUMADO E TENTADO
Dispositivo legal
Art. 14 do CP
Iter Criminis
Segundo Zaffarone
"Desde que o desígnio criminoso aparece no foro íntimo da pessoa, como um produto da imaginação, até que se opere a consumação do delito, existe um processo, parte do qual não se exterioriza, necessariamente, de maneira a ser observado por algum expectador, excluído o próprio autor. A este processo dá-se o nome de iter criminis ou caminho do crime, que significa o conjunto de etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito".
Fases do iter criminis
a) cogitação (cogitatio)
b) preparação (atos preparatórios)
c) execução (atos de execução)
d) consumação (summatum opus)
e) exaurimento
Merece ser frisado que o iter criminis é um instituto específico para crimes dolosos, não se falando em caminho do crime quando a conduta do agente for de natureza culposa.
Não punibilidade da cogitação e dos atos preparatórios
O inciso II do art. 14 assevera que o crime é tentado quando "iniciada a sua execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente".
A lei penal, com a redação dada ao aludido inciso, limitou a punição dos atos praticados pelo agente a partir de sua execução, deixando de lado a cogitação e os atos preparatórios.
A exceção fica por conta daquelas hipóteses em que o ato preparatório é elevado de forma autônoma à infração penal. Ex: art. 25 da LCP
Elementos que caracterizam o crime tentado
a) a conduta seja dolosa, isto é, que exista uma vontade livre e consciente de querer praticar determinada infração penal
b) o agente ingresse, obrigatoriamente, na fase dos chamados atos de execução
c) não consiga chegar à consumação do crime, por circunstâncias alheias à sua vontade
Tentativa perfeita e tentativa imperfeita
Perfeita - ou acabada, ou crime falho, é quando o agente esgota, segundo o seu entendimento, todos os meios que tinha ao seu alcance a fim de alcançar a consumação da infração penal, que somente não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade.
Imperfeita - ou inacabada, ocorre quando o agente é interrompido durante a pratica dos atos de execução, não chegando assim, a fazer tudo aquilo que intencionava, visando consumar o delito.
Tentativa e Contravenção Penal
O CP em seu art. 12 determina a aplicação de suas regras gerais aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
Há a possibilidade em falarmos em tentativa de contravenção penal aplicando-se a regra do art. 14, II?
Resp: art. 4º do Dec. Lei 3688/41
Crimes que não admitem a tentativa
Podemos falar que o crime admite tentativa toda vez que pudermos fracionar o iter criminis. Assim, se o agente percorrendo o iter criminis der início à execução de um crime que não se consuma por circunstância alheias à sua vontade, poderemos atribuir-lhe o conatus. 
A doutrina, entretanto, especifica alguns delitos que, pelo menos em tese, não admitem a tentativa. Podemos citar os seguintes
. Crimes habituais - são delitos em que, para se chegar à consumação, é preciso que o agente pratique de forma reiterada e habitual, a conduta descrita no tipo. Ex: casa de prostituição (art. 229), rufianismo (art. 230)
. Crimes preterdolosos - é quando o agente atua com dolo na sua conduta e o resultado agravador advém de culpa. Ou seja, há dolo na conduta e culpa no resultado; dolo no antecedente e culpa no consequente. Ex: lesão corporal seguida de morte
. Crimes culposos - são aqueles em que o agente não quis diretamente e nem assumiu o risco de produzir o resultado. Agiu com negligência, imprudência ou imperícia.
. Crimes nos quais a simples prática da tentativa é ounida com as mesmas penas do crime consumado
Ex: art. 352 do CP
. Crimes unissubsistente - é o crime no qual a conduta do agente é exaurida num único ato, não se podendo fracionar o iter criminis. Ex: injúria verbal.
. Crimes omissivos próprios - nesta modalidade de infração penal ou o agente não faz aquilo que a lei determina e consuma a infração, ou atua de acordo com o comando da lei e não pratica qualquer fato típico. Ex: art. 135 do CP
Tentativa Branca
Fala-se em tentativa branca ou incruenta, quando o agente, não obstante ter-se utilizado dos meios que tinha ao seu alcançe, não consegue atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta. Ex: o agente atira em direção à vítima, que sai ilesa, fala-se nesse caso, em tentativa branca.
Tentativa cruenta
É quando o agente ao menos acerta em parte a vítima, ou seja, é o oposto da tentativa incruenta.
CONSUMAÇÃO
O inciso I do art. 14 diz-se consumado o crime quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Nem todos os crimes tem o mesmo instante consumativo. A consumação, portanto, varia de acordo com a infração penal selecionada pelo agente.

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