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Projeto Revitalização Parque do Cocó

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REVITALIZAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL DO COCÓ
 FORTALEZA-CE
Amanda Maria Brasil Ramos
01369995
Arquitetura e Urbanismo
Informações Gerais
O Parque do Cocó é um parque estadual localizado na cidade de Fortaleza, Ceará, sendo uma área de conservação da vida natural. Tem uma área de 1.575 hectares da zona limite entre as cidades de Fortaleza e Maracanaú, passando por 15 bairros da Capital, sendo assim o quarto maior parque urbano da América Latina e do Brasil. O nome do parque tem origem no rio que ultrapassa todo o limite do mesmo, o Rio Cocó, o que explica a formação de matas ciliares, dunas e manguezais.[3]									
(Fonte: Wikipédia)
Análise do projeto de revitalização do Parque Estadual do Cocó
							(Figura 1: Courtesy of Base Urbana + COTA760)
Conforme a Lei Complementar nº 062, de 02 de fevereiro de 2009, que institui o Plano Diretor Participativo da cidade de Fortaleza, estabelece em seu art. 9° as diretrizes da Política municipal de meio ambiente, e no inciso II, cita: “ampliação, conservação, fiscalização, monitoramento, manejo e gestão democrática dos sistemas ambientais, das áreas verdes, das unidades de conservação e dos espaços públicos”. O PDPFor, ainda, orienta a criação de parques urbanos como ação estratégica no âmbito do sistema de áreas verdes do Município de Fortaleza, nos termos do art. 20, inciso XIII.
Diante disto, o Parque Estadual do Cocó ganhou um novo projeto de revitalização através do Concurso Nacional de Ideias no ano de 2017, desenvolvido pela equipe do escritório paulista Base Urbana, liderado pela Arquiteta Urbanista Marina Mange Grinover. O projeto tem como base interligar o parque unindo o sistema urbano com os recursos da natureza. Com o passar dos anos, a cada dia mais vem crescendo a procura da população por áreas verdes, onde possam usufruir de um momento de lazer em contato com a natureza, praticar esportes, descansar, passear, criando a sensação de bem estar. O governo do Estado do Ceará anunciou que vai destinar um recurso de 50 milhões de reais para ser investido no parque.
Hoje o espaço já oferece uma programação de atividades gratuitas para a população como: atividades físicas, massoterapia, arborismo, trilhas, passeios de barcos, o tradicional piquenique em família, entre outros. O projeto viabiliza recuperar 17 lugares inutilizados do parque e por se tratar de uma área com mais de 1080 hectares de preservação ambiental, existe um compromisso em manter as áreas preservadas bem como a regeneração da flora ao redor do mangue, tratamento de efluente e drenagem pluvial, sem perder a essência do lugar que foi destinado para o uso urbano, sócio- cultural e econômico onde a população possa extrair o seu melhor.
No projeto foi apresentado como referência as seguintes ações estratégicas para sua execução:
Escala urbana: interligação entre o parque e cidade e suas problematizações. Foi desenvolvido uma entrada na qual ganhará mais identidade e destaque para aqueles que passam ao redor, de modo que seja despertado o interesse em conhecer o parque. Um novo calçadão contínuo será feito dentro do parque, que busca a integração do lado urbano com a natureza. 
(Figuras 2 e 3: Courtesy of Base Urbana + COTA760)
Escala ecológica: degradação de algumas áreas, preservação do ecossistema. Novas espécies serão plantadas, novo sistema de drenagem, tratamento de esgoto a fim de minimizar os danos pela poluição da cidade e impactos da urbanização. O projeto paisagístico teve como foco a área preservada pelo ciclo natural da fauna e flora, buscando uma melhor impermeabilização do solo ao redor do rio. Foi elaborado pisos drenantes, deck e passagens elevadas posicionadas estrategicamente em função de interligar várias áreas ao mesmo tempo. 
(Figuras 4, 5 e 6: Courtesy of Base Urbana + COTA760)
Escala do construído: revitalização do parque com construção de ciclovias, playground, vias para pedestres, píer com visões panorâmicas para as áreas de preservação. Pensado também a partir de modos locais de construção, os matérias utilizados madeira e tijolo cerâmico às técnicas inteligentes de captação de água e energia solar em edifícios modulares e flexíveis que abrigam diversas funções de apoio ao parque. No mesmo sentido, foi proposto um conjunto de 4 mirantes de madeira, localizados em cada um dos núcleos do parque, de modo a transforma-lo em um grande monumento à preservação ambiental, permitindo a quem sobe perceber a vastidão desse ecossistema e identificar sua inserção dentro de um contexto maior.
(Figura 7 e 8 Courtesy of Base Urbana + COTA760)
(Figura 9 e 10 Courtesy of Base Urbana + COTA760)
Se tratando de um projeto que envolve o meio ambiente, sempre tem algumas pessoas que olham para o lado oposto e não aceitam os pequenos impactos nas áreas de preservação da natureza. Por mais que seja um trabalho desenvolvido por um conjunto de profissionais qualificados em suas respectivas áreas, a degradação de áreas verdes é vista como negativa. Com a alta da urbanização, muitas cidades estão tendo que desapropriar espaços verdes para dar espaço a construções. Olhando para o lado positivo desse projeto, é visto uma série de benfeitorias que a população terá ao usufruir de infraestrutura apresentada.
Referências:
https://urbanismoemeioambiente.fortaleza.ce.gov.br/infocidade/696-parques-urbanos-fortaleza
https://www.archdaily.com.br/br/893004/conheca-a-proposta-vencedora-no-concurso-nacional-de-ideias-parque-do-coco-de-base-urbana-e-cota760

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