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UNIVERSIDADE SANTO AMARO Marcos Antonio Maia de Oliveira Teorias da Administração I Administração SÃO PAULO 2007 MARCOS ANTONIO MAIA DE OLVIEIRA TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO I Revisão 1 São Paulo 2007 SUMÁRIO 1- Introdução 4 2 – A função do Administrador 4 2.1 – As Organizações e a necessidade da Administração 5 3 - Origem da Administração 6 3.1 – A Administração nas grandes civilizações 6 3.2 – A Administração na Idade Média 7 3.3 – Revolução Francesa 8 3.4 – A Revolução Industrial 9 4 - Abordagem Clássica 10 4.1 – Administração Científica 10 4.1.1 – As Contribuições de Taylor para a Administração Científica e para a Teoria das Organizações 10 4.1.2 – Premissas básicas das Teorias de Taylor 11 4.2 – Teoria Clássica 12 5 – Abordagem Humanista 13 5.1 – Teoria das Relações Humanas 14 5.2 – Estrutura da Escola de Relações Humanas 15 6 – Abordagem Estruturalista 16 7 – Abordagem Sistêmica 18 8 – Abordagem Contingencial 19 8.1 – Características 19 9 – Administração para a Qualidade 20 10 – Benchmarking 24 11 – Organizações de aprendizagem 25 12 – Empowerment 29 13 – Teorias Matemáticas da Administração 31 14 – Processos Administrativos 36 Referências 38 4 1 – INTRODUÇÃO A administração constitui uma atividade em nossa sociedade pluralista que se baseia no esforço cooperativo do homem por meio das organizações. A tarefa básica da Administração é fazer as coisas por meio das pessoas, com melhores resultados. Em toda organização humana busca-se o alcance de determinados objetivos com eficiência e eficácia. A teoria de Administração começou ser formulada no começo do século XX e, desde então, vários autores e pesquisadores têm se dedicado ao tema com os mais variados enfoques. Vamos estudar as principais teorias, mas, antes, vamos analisar as bases históricas da administração. 2 – A FUNÇÃO DO ADMINISTRADOR Os administradores sempre existiram, porém com características diferentes ao longo da história, mudando à proporção que as organizações de alteravam até chegar ao profissional dos dias atuais. Todavia, mesmo hoje suas funções não se tornaram claras, ficando ainda mais complicadas com a variedade de termos com significados imprecisos, como chefe, gerente e executivo. Ademais, essas designações não correspondem diretamente ao inglês manager, administrator e executive. Da mesma forma, o cargo de diretor nas sociedades anônimas é chamado pelos norte-americanos de vice-president. Por essas razões, é importante tornar explicito quem é administrador e o que ele faz. Segundo Peter Drucker (DRUCKER, 1981, p.11-12), a necessidade de se empregar indivíduos hábeis, destinados a suprir suas deficiências no planejamento, operação e controle da produção, fez surgir um novo especialista – o administrador profissional, caracterizado por ser técnico e não necessariamente proprietário do capital. Essa caracterização sugere existirem outras designações para os tipos de administradores. Alguns autores, entre eles Bresser Pereira, as diferenciam em três (segundo a forma de atuarem na organização). 5 1. O que caracteriza o administrador profissional é a competência (e não a obrigatoriedade de ter curso de administração), fato esse que o qualifica para ocupar cargos em organizações publicas e particulares. 2. Diferente é o caso do empresário patrimonial, que apenas é o proprietário do capital e não gerencia diretamente a empresa, mas recebe parte dos lucros como forma de compensar o dinheiro que investiu. 3. O administrador profissional também não se confunde com o dirigente político. Este é nomeado para dirigir empresas estatais ou repartições públicas em troca dos serviços prestados ou a prestar para o partido que no momento está no poder. Foi assim no partido comunista nos primórdios desse regime e continua hoje nos países subdesenvolvidos, onde se encontram amadores representando papéis de presidentes e diretores em órgãos governamentais de administração direta e indireta (BRESSER PEREIRA, p. 16-26). Outro fator para a ascendência do administrador foi o crescimento das organizações particulares e das públicas ao nascer o capitalismo do Estado, bem como das religiosas e educacionais. Portanto, o gigantismo e sofisticação das organizações se estenderam, na segunda metade do século 20, para as Forças Armadas, universidades, repartições governamentais, igrejas e hospitais. Por isso, todas elas passaram a necessitar, também, de administradores profissionais (DRUCKER, 1981, p. 15-16). 2.1 - As Organizações e a necessidade de Administração As organizações são necessárias porque servem à sociedade, permitem que realizemos objetivos que os indivíduos sozinhos não conseguem alcançar, preservam o conhecimento e proporcionam carreiras. O alcance dos objetivos da organização irá depender do desempenho dos administradores – da eficácia e da eficiência do administrador. O processo de administração inclui as atividades inter-relacionadas de planejar, organizar, liderar e controlar, assunto esse que abordaremos mais adiante, no capítulo 14. Os administradores podem ser classificados por nível – de primeira linha, médios ou altos administradores – ou pela atividade organizacional – administradores 6 funcionais, responsáveis por apenas uma atividade, ou administradores-gerais, responsáveis todas as funções de uma unidade organizacional. Administradores de diferentes níveis precisam de habilidades diferentes. Os de nível inferior precisam de mais habilidades técnicas do que os de níveis superiores, que precisam de mais habilidades conceituais. Os administradores de todos os níveis precisam de habilidades humanas. Para levar as organizações em direção aos seus objetivos os administradores adotam uma grande variedade de papéis interpessoais, informacionais e decisórios. Hoje em dia, os administradores enfrentam o desafio de fazer frente à competição internacional, aumentar a produtividade e tomar decisões que interessem à sociedade. Para enfrentar esses desafios, os administradores precisam desenvolver sua visão de longo prazo da organização e do lugar que ela ocupa no mundo, precisam considerar a ética e os valores em suas tomadas de decisão, e precisam dos talentos de nossa população multicultural. Acima de tudo, devem desenvolver seu potencial administrativo através da educação formal e da prática contínua. 3 – ORIGEM DA ADMINISTRAÇÃO 3.1 - A administração nas grandes civilizações Desde os primórdios tempos, quando o homem primitivo descobriu a forma de domesticar os animais controlar a força do vento e da água em seu beneficio até a Revolução Industrial, iniciada com a invenção da máquina a vapor por William Symington, no final do século XVIII, as condições de trabalho permaneceram praticamente as mesmas, independentemente das condições sociais, políticas e econômicas das diversas civilizações. As pessoas que trabalhavam na condição de escravos, servos ou cidadãos livres o faziam em situações extremas de perigo, insalubridade e limitações de recursos que as suas curtas e difíceis existências não lhes permitam tempo para gozar de qualquer satisfação derivada dos benefícios do trabalho. Como o trabalho, os meios de transportes eram perigosos e muito difíceis. 7 As enormes limitações tecnológicas para a produção e distribuição dos produtos não se transformaram em impedimento para que surgissem administrações adequadas aos recursos, às necessidades e aos valores sociais, éticos e religiosos da época. A escravidão, infelizmente ainda presente em algumas áreas do planeta,proporcionou mão-de-obra barata nas principais civilizações do passado. A abundância de mão-de-obra presente através dos séculos para a fabricação das necessidades e para prestar os serviços demandados pela sociedade influi decisivamente para que os administradores enfocassem os seus esforços para conseguir produtividade mediante a organização e esforço das pessoas. Um bom exemplo de sistema administrativo competitivo que dura dois mil anos é a Igreja Católica. As suas principais forças são os princípios e a autoridade religiosa que os crentes reconhecem e aceitam (como em qualquer outra religião) e com os quais as empresas não podem nem sonhar em ter algo parecido. Não obstante, o seu sistema administrativo ajudou a sobrevivência da autoridade imperial ao largo dos últimos dois mil anos, bem como no seu crescimento geográfico e no número de fiéis, que hoje correspondem a quase 20% da população mundial, em lugares muito distantes entre si e com culturas muito diversificadas. 3.2 - A administração na Idade Média No sistema sócio-econômico e político chamado de feudalismo, na Idade Média, no qual as cidades e vilas européias se ilharam a passaram a ter governos autônomos para a sua sobrevivência, apareceram os grêmios ou as corporações, formadas por pessoas que exercem o mesmo ofício ou a mesma profissão. Os grêmios surgiram nas antigas confrarias religiosas. A sua organização, no geral, era mutualista e os seus dois principais objetivos foram aperfeiçoar as técnicas dos ofícios ou das profissões a que pertenciam os seus membros e protegem, ajudar e socorrer, mutuamente, os seus membros. Os grêmios tinham três categorias de membros: os aprendizes, os oficiais e os mestres. Os grêmios foram muito numerosos e chegaram a dominar boa parte das atividades lucrativas da época. Grêmios de sapateiros, de médicos, de boticários, de padeiros, são apenas alguns exemplos da ampla variedade de tipos de grêmios existentes na época. Qualquer atividade só poderia ser desempenhada se estivesse de acordo com as regulamentações estritas estabelecidas pelo conselho de mestres do grêmio respectivo. 8 A rigidez dos grêmios impedia a mobilidade social e acabava sendo um obstáculo ao desenvolvimento econômico das cidades. A afiliação obrigatória, a proibição do livre exercício das profissões e as normas muito rigorosas para admissão de novos aprendizes e para a nomeação de novos mestres acabou “engessando” a sociedade. Os grêmios se transformaram em entidades fechadas e estáticas e o conselho de mestres exercia um enorme poder econômico ao controlar monopolisticamente a produção, distribuição e venda de quase todos os produtos e serviços. 3.3 - Revolução Francesa A Revolução Francesa foi pioneira em proclamar oficialmente a liberdade de trabalho e a extinção dos grêmios, juntamente com uma proclamação dos direitos do homem. Em 27/08/1789, a Assembléia Francesa, reunida em Versalhes, aprovou a declaração dos Direitos do Homem que, entre outros, previa os seguintes princípios (DÁVILA. 1995): 1. os homens nascem e permanecem livres e iguais em seus direitos; 2. o fim de toda associação política é conservar os direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são: liberdade, propriedade, segurança e resistência à opressão; 3. a liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique outrem e 4. a lei pode proibir as ações nocivas à sociedade. Tudo que não está proibido por lei é permitido fazer e ninguém pode ser obrigado a fazer o que não estiver previsto em lei. 9 3.4 - A Revolução Industrial À medida que as pessoas foram tendo mais consciência dos seus direitos, a tecnologia produtiva alcançava enormes avanços a partir da invenção da máquina a vapor na última década do século XVIII até 1803, quando Fultor construiu o primeiro barco a vapor. O barco a vapor permitiu a autopropulsão o qual, por sua vez, proporcionou um desenvolvimento tão grande nos meios de produção e de transporte que ocasionou uma mudança drástica dos sistemas de fabricação agrários e artesanais para os sistemas de manufatura e industriais. As modificações dos processos de fabricação artesanais para os industriais formaram as bases para a produção em série, para a divisão do trabalho e para uma nova unidade produtiva: a fábrica, que substitui a antiga oficina artesanal. À medida que as máquinas que as máquinas se tornaram mais complexas devido aos avanços tecnológicos, os problemas de se trabalhar junto se complicaram. As organizações cresceram muito e os chefes ficavam cada vez mais distantes dos trabalhadores do chão de fábrica. Esse fato gerou a necessidade de se elaborar teorias administrativas consistentes com a nova realidade. A partir do inicio do século XX surgiram várias teorias de administração. 4 - ABORDAGEM CLÁSSICA A Abordagem Clássica de Administração surgiu quase que ao mesmo tempo, nos EUA e na França, no início do século XX. Enquanto a Escola de Administração Científica estava preocupada com a melhoria da produtividade através da eficiência dos operários, os adeptos da Teoria Clássica estavam mais preocupados com a estrutura da empresa. Vamos estudar cada uma das teorias da Abordagem Clássica. 4.1 - Administração Científica EUA FRANÇA Ênfase na tarefas Escola de Adm. Científica Ênfase na estrutura Teoria Clássica de Administração ABORDAGEM CLÁSSICA 10 4.1 - Administração Científica A palavra científica indica coisa relativa à ciência e o vocabulário ciência denota conhecimento exato de certas coisas, o conjunto de conhecimentos baseados na observação e na experimentação. A administração Científica foi iniciada pelo engenheiro americano Frederick Winslow Taylor. Ele não foi criador de muitas das idéias expostas em suas teorias, mas sintetizou-as para uma audiência de industriais ávida em encontrar novos meios para melhorar o desempenho das suas empresas. Na época de Taylor, os gerentes tinham muito pouco contato com o ambiente fabril. Os encarregados de produção de produção tinham liberdade e responsabilidade total para produzirem os bens requisitados pelo departamento de vendas. Os operários usavam o ferramental disponível e adotavam os métodos de trabalho que melhor lhe aprouvessem. 4.1.1 - As contribuições de Taylor para a Administração Científica e para a Teoria das Organizações Em 1881 Taylor publicou um artigo sobre o corte de metais. Pouco depois, ele se dedicou ao estudo de remoção de carvão. A utilização de diferentes formas de pás, como diferentes materiais, que ele projetou, permitiram aos trabalhadores a remoção de carvão de maneira mais eficiente. Na Bethlehem Steel Works ele reduziu o número de trabalhadores envolvidos com remoção de carvão de 500 para 140. Estavam lançadas as primeiras bases para o que conhecemos hoje como Estudos de Tempos e Métodos. Em 1895 ele escreveu alguns artigos sobre incentivos no trabalho. O seu trabalho mais conhecido, Princípios de Administração Científica, foi publicado em 1911. Os princípios delineados por Taylor foram adotados pelos teóricos da Teoria das Organizações, cuja estrutura básica é: • Definição clara de autoridade; • Responsabilidade; • Separação das atividades de planejamento das atividades operacionais; • Sistema de incentivos para os trabalhadores; 11 • Administração por exceção; • Especialização nas funções. 4.1.2 - Premissas básicas das teorias de Taylor As premissas de Taylor com relação à motivação, gerência e organização pressupõem a constância de certas condições, que sabemos não serem sempre verdadeiras. As principais premissas dos trabalhosde Taylor são: • presença de um sistema capitalista e de uma economia monetária onde as empresas, em um ambiente de livre mercado, procuram a maximização do lucro e a melhoria da eficiência; • a ética Protestante, a qual assume que os trabalhadores dão o máximo de si e agem racionalmente para maximizar os seus rendimentos e colocam as exigências das empresas acima dos seus próprios objetivos; • quanto maior a empresa dos seus melhores serão as oportunidades de divisão do trabalho e de especialização de tarefas. O grande impacto de Taylor foi, e ainda é, o desenvolvimento dos conceitos de descrição das funções medição das tarefas, controle de produção, entre outros que mudaram a natureza das indústrias. Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, soube dar continuidade aos princípios essenciais de Taylor na fabricação de automóveis, sabendo fabricá-los em produção massificada (linha de montagem) e de forma não diferenciada. A fabricação massificada permitiu um grande volume de produção e uma redução expressiva de custos. A produção em massa foi a grande inovação industrial do século XX; a produção da Ford passou de pouco mais de 200.000 veículos anualmente, em 1913, para uma produção de dois milhões de veículos por ano, em 1926. A linha de montagem implementou a seguinte grande inovação: especialização no trabalhador, que fica fixo no seu posto de trabalho enquanto que o produto em processo de montagem passa por ele (CORREA, 2003). 12 A administração Científica sofreu várias críticas. Uma das principais, senão a principal, é que ela ficou restrita aos problemas fabris, não considerando outras áreas da empresa, como marketing, finanças, logística etc. Algumas outras das muitas críticas à Administração Científica são: ausência de comprovação científica ignorou a organização informal da empresa, abordagem de sistema fechado, isso é, ignorou os efeitos do meio ambiente na empresa. Tais críticas, porém, não lhe tiram o mérito de que ela foi a primeira teoria administrativa e os seus efeitos são sentidos até os dias de hoje. 4.2 - Teoria Clássica Fayol, juntamente com Taylor e Ford, é um dos contribuintes mais importantes para o conhecimento administrativo. Começou como engenheiro de minas, em 1888, na Comambault, uma empresa de mineração, até tornar-se Diretor Geral, em 1918. Durante esse período a empresa passou de pré-falimentar para sólida. Fayol atribuiu o sucesso da empresa ao seu sistema de administração que ele dividiu em três partes (MAXIMIANO 2000): I. A administração é uma função distinta das demais funções como finanças, produção e distribuição; II. A administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle.;O sistema de administração pode ser ensinado e aprendido. De fato, Fayol, foi o primeiro autor a clamar por um ensino de administração: A administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócios, governo) que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Portanto, todos deveriam estudá-la, o que exigiria uma teoria geral de administração que pudesse ser ensina da. (FAYOL, 1994). Fayol deu uma forte contribuição aos aspectos estruturais da organização. Foi ele quem, pela primeira vez separou funções dos administradores (diretores e gerentes) das funções dos responsáveis pela execução das tarefas (pessoal sem subordinados). A teoria de Fayol é dividida em cinco funções e quatorze princípios. 13 As funções acima eram necessárias para a aplicação eficiente dos quatorze princípios gerais de administração. Fayol via a empresa como uma disposição das partes que a compõem, as formas e os seus inter-relacionamentos. A sua análise, como a de Taylor, se restringiu à organização formal da organização. Uma organização para ser eficiente precisa ter uma divisão do trabalho correspondente à especialização das suas partes. A divisão do trabalho pode ser vertical (níveis de autoridade) ou horizontal (departamentos). Taylor e Fayol estudaram a administração por óticas bastante diferentes: Taylor se preocupou mais com o chão de fábrica enquanto Fayol se preocupou mais com a estrutura, ou seja, o todo organizacional. Taylor cuidou da empresa de baixo para cima, enquanto Fayol o fez de cima para baixo. De uma maneira geral, ambas as teorias de completam. As suas idéias fundamentais continuam validas até hoje. 5 - ABORDAGEM HUMANISTA A preocupação básica da Abordagem Clássica é a eficiência, o desempenho dos recursos e dos processos, quer seja uma única tarefa, quer seja de toda a empresa. As pessoas não eram propriamente negligenciadas, mas eram consideradas apenas como um recurso de produção. 5 FUNÇÕES COORDENAR COMANDAR ORGANIZAR PLANEJAR CONTROLAR 14 Esse ponto de vista era uma herança da Revolução industrial, época em que a prioridade era a eficiência de produção importante para aproveitar as oportunidades de mercado. Contudo era apenas questão de tempo para que as pessoas fossem levadas à condição de fator prioritário no processo administrativo. Contra o aparente esquecimento do papo preponderante das pessoas é que surgiu a Abordagem Humanista. A primeira teoria dentro dessa abordagem foi a Teoria das Relações Humanas, que vamos conhecer agora. 5.1 - Teoria das Relações Humanas O estudo das relações humanas no trabalho se iniciou com uma reação ao aparente esquecimento do aspecto humano das pessoas que integram a empresa. Segundo João Bosco Lodi (1971), a primeira pessoa a pesquisar e analisar a motivação humana foi Mary Parker Follet e foi considerada por muitos como a fundadora da Escola de Relações Humanas. Ela considerava que o objetivo da administração é conseguir a integração das pessoas e a coordenação das suas atividades. Follet percebeu que homem não podia continuar se adaptando a máquina, mas, ao contrário, a máquina deveria se adaptar ao homem. O psicólogo australiano Elton Mayo, que lecionava na Universidade de Harvard iniciou os estudos acerca da conduta humana no trabalho com as pesquisas efetuadas entre 1927 e 1932 na fábrica da Western Eletric, em Hawthorne, na periferia de Chicago. A fábrica de Hawthorne apresentava de forma mais aguda os problemas existentes nas fábricas americanas da época: alcoolismo, absenteísmo, conflitos entre os operários e a gerência, apatia com o trabalho. O objetivo da pesquisa era saber se havia alguma relação entre as condições de trabalho e os resultados da produção. Entre os vários experimentos vale mencionar aquele em que variava a intensidade de iluminação em grupos experimentais de trabalhadores, sem mudar as outras variáveis do processo produtivo. O aumento da intensidade de luz resultou em aumento da produtividade. A intensidade de luz foi diminuída e a produtividade continuou a aumentar. 15 Foram retirados benefícios e a produtividade continuou a aumentar. A partir dessas observações e após muitas entrevistas, Elton Mayo e seus colaboradores chegaram a uma série de conclusões e formularam uma nova teoria de administração cuja essência é a seguinte: o desempenho das pessoas não é determinado só pelos métodos de trabalho (ótica da Administração Científica), mas também pelo comportamento das pessoas. Entrevistados posteriores revelaram que os operários apreciavam a atenção que estavam tendo o que, de certa forma, era um fatorde motivação. Depois de algum tempo Elton Mayo mudou a sua visão original e concluiu que o trabalho é essencialmente uma atividade de grupo e que os trabalhadores buscam uma sensação de pertencer ao grupo e não apenas ganhos financeiros. A ênfase passou de eficiência (postulado da Abordagem Clássica) para uma orientação mais voltada para as relações humanas. Tornou-se necessário concluir duas funções básicas da organização: a economia (garantir bens e serviços) e a social (distribuir satisfações entre os integrantes da organização). As conclusões dos estudos de Hawthorne contribuíram decisivamente para propagação da Teoria da Escola de Relações Humanas. 5.2 – Estrutura da Escola de Relações Humanas Com base nos estudos de Hawthorne e em outros posteriores é que surgiram a gestão de pessoal, gestão de recursos humanos e técnicas de motivação de pessoas. Podemos resumir a Escola de Relações Humanas em quatro pontos (CRUZ, 1997): CONTATO DIRETO As pessoas que trabalham perto devem estreitar os contatos para uma melhor coordenação COLABORAÇÃO RECÍPROCA Todos os elementos de um dado conjunto devem estar estreitamente relacionados. O relacionamento dos elementos que estejam ligados entre si deve ser estreitado para aumentar a participação de todos através de sinergia. PLANEJAMENTO 16 Douglas McGregor desenvolveu alguns princípios que ele usou para comparar as Escolas Clássicas e de Relações Humanas, que ele chamou de Teoria X e de Teoria Y. A Teoria X representa a Escola Clássica e a Teoria Y representa a Escola de Relações Humanas. 6 - ABORDAGEM ESTRUTURALISTA Amitai Etizioni (1973), o pai do Estruturalismo, define a Abordagem Estruturalista como uma síntese das abordagens clássica e humanista. Coube aos estruturalistas fazer a ligação entre as organizações formais e informais e apresentar um quadro mais completo e integrado das organizações. O nome estruturalismo vem, provavelmente, da preocupação com os componentes internos de um sistema e as suas interações (POUILLON, 1968). A Abordagem Estruturalista trata os conflitos existentes em qualquer organização através dos seguintes pontos (ETIZIONI, 1984): Integração entre as organizações formal e informal A Escola de Relações Humanas dedicou mais atenção ao relacionamento informal dos trabalhadores (entre si e com os seus supervisores), esquecendo-se dos aspectos formais desses relacionamentos e das conexões entre os tipos de relacionamentos. Importância dos grupos informais A Escola de Relações Humanas constatou a exigência de grupos informais na indústria e o seu significado diante da desintegração da vida social fora da fábrica. Os estruturalistas verificaram que os grupos informais não eram tão comuns e que a maioria dos operários não pertencia a nenhum deles. Etizioni disse, ainda, que os grupos informais são mais comuns nas posições mais elevadas na hierarquia das empresas e que isso nunca foi pesquisado pela Escola de Relações Humanas. A relação entre a organização e o ambiente externo As pessoas devem estar envolvidas no planejamento das atividades que vão executar. Esse envolvimento aumenta a colaboração e a motivação das pessoas. PROCESSO CONTÍNUO DE COORDENAÇÃO A importância de uma pessoa se dá em função da decisão que ela possa vir a tomar. Ela é importante na medida em que intervém para tomar uma decisão dentro de um processo geral e não porque faz parte da hierarquia. 17 Os estudos das Escolas Clássica e de Relações Humanas foram desenvolvidos no interior das fábricas. Os estruturalistas não condenam essa perspectiva, mas acham insuficientes. Eles têm dado cada vez mais atenção aos processos ambientais que influem na Organização e nos processos da Organização que em suas relações com o ambiente externo. Combinação entre recompensa material e recompensa social Os estruturalistas consideram parciais os estudos desenvolvidos pelas Escolas Clássica e de Relações Humanas sobre recompensas material e social. Os estruturalistas combinam as duas; cada uma tem o seu lugar específico na organização. A recompensa social só faz sentido à medida que o recompensado se identifica com a organização e entende o simbolismo da recompensa. Um operário, por exemplo, daria pouca importância se o seu cargo fosse mudado de Operador de máquinas para Operador de empilhadeiras; um executivo, por outro lado, daria muita importância se o seu cargo fosse mudado de Gerente de Marketing para Diretor Comercial, mesmo se o seu salário não fosse aumentado. Nessa posição, o prestígio pode ser mais importante que o salário. Organizações não fabris A Abordagem Estruturalista não vê somente as fábricas como matéria-prima dos seus estudos; ela considera os outros tipos de organização no mesmo nível de importância, como as igrejas e as escolas. De acordo com Araújo (2000), a Abordagem Estruturalista é, hoje, útil no sentido de visualizar qualquer tipo de organização, envolvendo as duas abordagens anteriores: Clássica e a Humanista - sem conceder à Abordagem Clássica o privilégio de ser o instrumento único na procura pela excelência dos negócios. O quadro a seguir, demonstra as relações entre as três abordagens estudadas até o momento. ABORDAGEM CLÁSSICA O homem deve se adaptar à máquina através de uma organização formal. ABORDAGEM DE RELAÇÕES HUMANAS. A máquina deve se adaptar ao homem através de uma organização informal. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA O homem e a máquina devem trabalhar harmonicamente num sistema fechado 18 Os estruturalistas rejeitavam a idéia de enxergar as organizações como um sistema fechado. Eles advogavam visualizações da organização como um sistema aberto e foram os precursores da Abordagem Sistema. 7 - ABORDAGEM SISTÊMICA Na Abordagem Sistêmica o ambiente passa a ter muita importância. Desde a publicação original de Katz e Kahn em 1966, não houve nenhuma nova orientação ou estudo que relegassem para segundo plano a questão ambiental. As organizações vivem em diversos ambientes e logo não podem ser tratadas de forma isolada, como acontece nas abordagens Clássicas, Humanista e mesmo na Estruturalista. Os estudiosos desse Abordagem buscavam as influências do ambiente externo nas organizações. Vale ressaltar que não havia uma preocupação de se adaptar ao ambiente, mas de entendê-lo. A Abordagem Sistêmica é formada por três linhas de pensamentos independentes: Teoria da Forma (GESTALT), Teoria dos Sistemas e a Cibernética (MAXIMIANO, 2000), que iremos abordar na seqüência. A Teoria da Forma, ou Gesalt foi desenvolvida na Alemanha, no anos 20 do século passado. A base da teoria é que os elementos da realidade não devem ser separados uns dos outros para serem explicados. Em outras palavras, eles devem ser considerados como um conjunto único. Um automóvel, por exemplo, deve ser visto como um conjunto único e não como um conjunto de elementos independentes (rodas, assentos, direção, etc). A Gestalt nos leva a um raciocínio integrativo que considera qualquer objeto ou sistema na sua totalidade. No final dos anos 30, do século XX, Ludwig von Bertalan desenvolveu a Teoria Geral dos Sistemas, a partir de observações que a ciência, na época, analisava de forma estanque problemas que exigiam uma análise integrada. Os sistemas devem ser analisados como entidades e não como simples ajuntamentos de partes. A terceira linha de pensamento que contribuiu para a formação da Abordagem Sistêmica foi a Cibernética, conceito desenvolvido por Norbert Wiener,no final da primeira metade do século XX. A Cibernética busca encontrar os elementos comuns no funcionamento das máquinas e do sistema nervoso humano. 19 A princípio Wiener estava mais preocupado com o desenvolvimento de missões inteligentes e só mais tarde é que ele se preocupou em aplicar esses princípios às organizações e à sociedade (MAXIMIANO, 2000). A Abordagem Sistêmica é, na verdade, uma forma de pensar sobre a organização e sobre a relação entre as suas partes. Ela dá ênfase entre a organização (estrutura) e o meio que lhe dá suporte, pois sem as entradas contínuas de energia a estrutura se deteriora. 8 - ABORDAGEM CONTIGENCIAL A Teoria de Contingência defende a tese que não há apenas uma maneira correta de se obter eficácia das organizações. A estrutura e o funcionamento de cada organização depende da sua interface com o ambiente externo. Ambientes externos diferentes requerem estruturas organizacionais diferentes para se obter eficácia. As diferentes tecnologias também impactam a estrutura organizacional. Em outras palavras, variações no ambiente e na tecnologia nos levam a variações na estrutura organizacional. A Teoria da Contingência está focada para desenhos organizacionais e sistemas de gestão adequados a cada situação específica. 8.1 – Características Vários autores defendem a tese que as organizações são diferentes entre si, mas podem ser enquadradas em modelos devido às suas similaridades. Geralmente eles dividem as organizações em dois modelos: o mecanicista e o orgânico. O modelo mecânico é mais burocrático, enquanto que o orgânico é mais impessoal. Os dois tipos de organização podem ser resumidos da seguinte maneira (CHIAVENATO, 2004): 20 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES MECANISCISTAS E ORGÂNICAS Organizações mecanicistas Organizações orgânicas Decisão Centralizada Descentralizada Estrutura organizacional Rígida Flexível Hierarquia Comando único e rígida. Interação Vertical Flexível. Predomínio da Integração Horizontal Abordagem predominante Clássica Humanista Ambiente Estável Instável Normas e Regulamentos Abundantes Poucas 9 - ADMINISTRAÇÃO PARA A QUALIDADE Qualidade é uma palavra que atualmente faz parte do cotidiano das organizações, desempenhando um papel relevante nos diferentes tipos de organizações existentes em muitos aspectos da vida dos indivíduos. A idéia de qualidade é antiga, mas o seu desenvolvimento se acelerou a partir dos anos 40 do século XX. Na gestão de negócios, o enfoque da qualidade nasceu com o intuito de resolver, aprioristicamente, o problema da uniformidade. A revolução industrial permitiu a expansão da produção em massa que utiliza e produz grandes quantidades de peças homogêneas. 21 Para a fabricação dessas peças homogêneas era necessário buscar soluções para o problema da uniformidade exigida pela fabricação em massa. Essa necessidade fez surgir o Controle Estatístico de Qualidade. Dos anos 40 até os dias de hoje a administração da qualidade passou por vários estágios até chegar ao estágio da Administração da Qualidade Total, coqueluche da atualidade. A qualidade, nos dias atuais, é perseguida por todas as organizações. Se antes era um diferencial para as empresas que a possuíam, hoje é condição sine qua nom para a sobrevivência na selva empresarial. A Administração da Qualidade se iniciou com W. Edwards Deming (1900-1993), um estatístico americano que trabalhou na fabricada Western Eletric, em Hawthorne, onde Elton Mayo realizou os seus famosos experimentos, conforme já abordamos. Em 1942 lecionou vários cursos sobre controle estatístico de processos na Universidade de Stanford. Eles foram muito úteis aos engenheiros que trabalhavam nas empresas que fabricavam armamento para os soldados americanos na Guerra Mundial. Em 1950 Deming ensinou aos principais empresários e executivos japoneses as técnicas de Controle Estatístico de Processo, o que deu início ao que chamamos de Administração para a Qualidade. A Administração para a Qualidade não aceita o princípio que os lucros são os objetivos mais importantes da empresa. Para ela, o mais importante é a permanência da empresa no mercado e a melhor forma de permanece no mercado é sendo competitivo (DÁVILA, 1995). A receita para o sucesso organizacional, segundo Deming, concentra-se nos seus 14 pontos (CHIAVENATO, 2004 e MAXIMIANO, 2002). Além de Deming, quatro outras pessoas tiveram uma importância muito grande na sedimentação dos conceitos de qualidade no mundo empresarial: JURAN, ISHIKAWA, CROSBY E FEIGEBAUN. Vamos comentar, resumidamente as principais idéias de cada um deles. • Joseph Juran seguiu os passos de Deming e também esteve no Japão, a partir de 1954, ensinando qualidade. Juran estava mais focado no Planejamento estratégico de qualidade e é atribuído a ele o conceito de custo da não qualidade. Além dos custos de prevenção e da inspeção Juran explicitou os custos das falhas interna e externa. Os custos, falhas externa e interna, respondem pela maior parte dos custos da qualidade. O modelo dos custos da não-qualidade teve um importante papel no convencimento dos altos dirigentes das empresas a adotarem programas de qualidade, uma vez que ficou mais claro os benefícios das melhorias de qualidade nos resultados das empresas (CORRÊA, 2003). 22 Os quatro pontos essenciais para o sucesso de um programa de qualidade, segundo Juran, são (ARAÚJO, 2000). 1. ESTABELECER METAS ESPECÍFICAS A SEREM ATINGIDAS. 2. ESTABELECER PLANOS QUE INDIQUEM COMO ATINGIR AS METAS. 3. ATRIBUIR RESPONSABILIDADES DEFINIDAS PARA SE OBTER OS RESULTADOS. 4. RECOMPENSAR COM BASE NOS RESULTADOS OBTIDOS. • Kaoru Ishikawa cunhou o termo company-wide quality control para denominar o movimento que viria a ser o precursor do Controle de Qualidade Total dos anos 80. Esse movimento ocorreu entre 1955 e 1960, logo após as visitas de Deming e Juran ao Japão. A qualidade passa a ter participação ampla na empresa – da alta direção até os níveis mais baixos – e todos os funcionários deveriam estudar métodos estatísticos. Dentro desse movimento em que foram desenvolvidos os famosos Círculos de Controle de Qualidade, onde grupos de trabalhadores envolvidos com a produção se reúnem, semanalmente, geralmente após o expediente, para discutir problemas de qualidade e as suas causas. O grupo tem de 6 a 12 pessoas. A idéia básica é que as pessoas responsáveis por fazer o trabalho têm os melhores conhecimentos para propor mudanças para melhorias do desempenho. Os membros conhecem técnicas estatísticas básicas e ferramentas de resolução de problemas. Estas técnicas passaram a ser chamadas as ferramentas da qualidade (CORRÊA, 2003): • Diagrama de Pareto; • Espinha de Peixe ou diagrama de Ishikawa; • Gráficos de Controle de Processo de Shewart; • Folhas de Checagem; • Histogramas; • Diagramas de Correlação; • Estratificação. 23 • Philip B. Crosby traça um perfil de organização problema quando fala de qualidade. De fato, ele afirma que a insatisfação com um produto ou serviço de uma empresa se constitui em problema de qualidade, mas isso é apenas um sintoma do que está acontecendo no interior de uma organização. As principais características de uma organização problema, segundo Crosby, são (ARAÚJO, 200). As organizações têm o hábito de fazer errado e depois consertar. A gerência não fornece um padrão de desempenho e de qualidade, resultando na criação de vários padrões de desempenho por parte dos funcionários.A gerência ignora o preço do não cumprimento da qualidade. A gerência nega ser a causa do problema; ela não enxerga as próprias falhas. Os produtos e serviços têm desvios com os requisitos anunciados ou combinados. A gerência não fornece um padrão de desempenho e de qualidade, o que resulta na criação de padrões próprios para cada empregado. • Armand V. Feigenbaum foi o autor que adotou a expressão Qualidade Total (TQC – Total Quality Control). TQC surgiu nos anos 60 e foi uma evolução das suas idéias apresentadas uma década antes (MAXIMIANO, 2000). A proposta de Feigenbaum demanda que a qualidade deveria passar por todos os níveis hierárquicos da empresa. (ARAÚJO, 2000). O ponto central das suas idéias é o foco no cliente. O cliente é quem estabelece os padrões de qualidade e não engenheiros ou o pessoal de marketing. A qualidade deixa de ser apenas a conformidade do produto ou serviço com as especificações, conforme era na época da inspeção. A qualidade tem que ser embutida no produto desde o seu projeto inicial, com base nos desejos dos clientes. A administração da qualidade deve partir do mais alto nível da empresa e é um problema de toda a empresa. A administração da qualidade exige um sistema de qualidade para integrar máquinas, pessoas e informações. O departamento de qualidade é valorizado por Feigenbaum que defende a tese de que o Departamento de Qualidade deve ter poderes suficientes para garantir a qualidade dos produtos e serviços e para desempenhar atividades consultivas para minimizar os custos. 24 Feigenbaum considera os quatro pontos abaixo como fundamentais para o bom funcionamento de um Sistema de Qualidade Total (TQC) (ARAÚJO, 2000): 1. os processos de aperfeiçoamento da qualidade são contínuos 2. todas as atividades devem ser documentadas para que os funcionários possam perceber como, onde e por que as suas atividades afetam a qualidade. 3. todos os funcionários, da diretoria ao chão de fábrica devem desempenhar as suas tarefas com qualidade. 4. continuidade de planejamento e de aperfeiçoamento técnico para manter um bom relacionamento entre a empresa e os clientes. 10 – BENCHMARKING Benchmarking é uma técnica na qual as empresas comparam os seus desempenhos com os de outras empresas. Benchmarking significa padrão ou ponto de referência. É um processo de aprendizado no qual as empresas procuram identificar as melhores práticas, de um determinado processo ou função, e aprender com as organizações que as praticam de maneira mais eficiente. Essa técnica começou a ser bastante utilizada na década de 80, embora ela tenha sido exaustivamente utilizada pelos japoneses nos primeiros anos do pós-guerra. Os executivos da Toyota fizeram inúmeras viagens aos Estados Unidos e Inglaterra para identificar a aprender as melhores práticas ocidentais. Eles compravam e desmontavam os produtos concorrentes para entender a tecnologia dos seus produtos. A Toyota, por fim, começou a participar de rallies para comparar o desempenho dos seus produtos com os dos concorrentes. O Benchmarking é um processo sistemático e contínuo para avaliar produtos, processos e serviços de empresas reconhecidas como tendo as melhores práticas, com o propósito de melhorar o seu desempenho organizacional (SPENDOLINI, 1993). De acordo com Spendolini (1993), o Benchmarking é uma ferramenta bastante flexível e pode ser utilizada por qualquer tipo de organização. O gráfico abaixo resume a teoria de Benchmarking e foi baseado em Spendolini (1993) e Araújo (2000). 25 11 - ORGANIZAÇÕES DE APRENDIZAGEM Organizações de Aprendizagem são Organizações com capacidade de inovar e renovar de maneira contínua. As pessoas aprendem; aprendem a andar, a falar, a estudar, viver em sociedade, a amar, a envelhecer. Aprendem novos idiomas, aprendem a trabalhar e trabalham aprendendo com as pessoas, na verdade, passam a vida aprendendo. PROCESSOS DO BENCHMARKING Processo sistemático, contínuo, estruturado e de longo prazo. Empresas e instituições Avaliar, compreender, medir e comparar Reconhecidas e identificadas. Práticas de negócios, produtos e serviços. As melhores da sua classe. Representantes das melhores praticas. AS Como PARA Que são DAS OBJETIVOS DO BENCHMARKING • Comparação organizacional • Conseguir ou superar as melhores práticas do setor • Melhoria organizacional • Desenvolver objetivos de produtos e processos • Estabelecer metas, prioridades e objetivos 26 Os principais teóricos das Organizações da Aprendizagem são Peter Senge, Edgar H. Schein, Donald A. Schom, Cristopher Argyris. Nos ambientes e em turbulentos e em constantes mutações em que vivemos, as empresas, cada vez mais, precisam se transformar em organizações que aprendem para sobreviver melhor. Uma organização que aprende é aquela que tem a capacidade de auto-reflexão, que tem a comunicação livre e fácil entre os seus níveis e funções e que respondem rapidamente às constantes mudanças das demandas dos seus clientes. Tal organização é capaz de administrar as interconexões entre as duas funções: unidades de negócios e níveis hierárquicos através do auto-aprendizado e do automonitoramento. As organizações que aprendem são mais comuns nos sistemas sóciotécnicos e nas atividades de Qualidade Total. Para trabalharmos de maneira eficiente nesse tipo de empresa, devemos ter ou desenvolver algumas características. Devemos ser capazes de auto-reflexão: olharmos para nós mesmos, com a ajuda dos outros e com instrumentos de “feedback”, de maneira a termos uma visão acurada de nós mesmos, à medida que os nossos papeis (estágios de carreira, nível hierárquico, etc) na organização mudam. Devemos ser capazes de detectar e corrigir as nossas deficiências. Devemos, em resumo, ser capazes de aprender a aprender, durante toda a vida. A importância do aprendizado se aplica ao trabalho do administrador/gerente. Cada vez mais, o papel do gerente é o de facilitador (ou impulsionador) do aprendizado dos seus subordinados. Se o gerente conseguir com que os seus subordinados consigam aprender a aprender, ele terá dado um grande impulso à sua carreira. Peter Senge avançou nos conceitos de aprendizagem organizacional. Segundo Senge, todas as empresas são organizações que aprendem, porque estão aprendendo sempre; o mundo está mudando rapidamente e as empresas precisam mudar juntas. 27 Entretanto, há uma relação de competências (disciplinas) que as organizações devem desenvolver para aumentar a sua capacidade de aprendizado. Ele propõe cinco disciplinas de aprendizagem para constar à capacidade de aprendizagem das organizações. As cinco disciplinas de Senge podem ser resumidas, conforme abaixo: 1ª Disciplina: Domínio pessoal Aprender e expandir as capacidades para obter os resultados desejados e criar um ambiente empresarial que estimule todos os participantes a alcançar as metas escolhidas. 2ª Disciplina: Modelos mentais É uma disciplina de reflexão, questionamento, esclarecimento e de melhora contínua que cada um tem do mundo. A fim de verificar como moldar atos e decisões. 3ª Disciplina Visão compartilhada Consiste em estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar e elaborar os princípios e as diretrizes que permitirão que esse futuro seja alcançado. 28 4ª Disciplina Aprendizado em equipe É uma disciplina de integração grupal. A aprendizagem é feita em equipes e consiste em transformar as aptidões coletivas ligadas a pensamento e comunicação de maneira que grupos e pessoas possamdesenvolver inteligência e capacidade maiores que a soma dos talentos individuais. 5ª Disciplina Pensamento sistêmico Criar uma forma de análise para compreender e descrever as inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas. Essa disciplina permite mudar os sistemas com maior eficácia e agir mais de acordo com os processos. Trata-se de mudar os sistemas em sua totalidade e não apenas os seus detalhes. Já Boyett (1999), fez um resumo, em 11 pontos, da Teoria das Organizações de Aprendizagem: 1. Uma organização deve utilizar o comprometimento e a capacidade dos seus funcionários para aprender, se quiser chegar a excelência. 2. O verdadeiro aprendizado exige a aquisição tanto de know-how (o como) quanto dos motivos (o por quê) que levam a ele. 3. O aprendizado mais importante se dá na pratica, não na sala de aula. 4. O aprendizado é social e ativo, não individual e ativo. 5. O mais importante a se aprender não são as regras, políticas e procedimentos organizacionais explícitos, mas sim aspectos tácitos – a intuição, o julgamento, a expertise e o bom senso nas atividades cotidianas. 6. Os modelos mentais são imagens profundamente arraigadas do funcionamento do mundo. São moldados por nossas experiências que moldam. 7. O aprendizado ocorre quando as pessoas dentro de uma organização compartilham, examinam e questionam os modelos mentais umas das outras. 29 8. A habilidade de reflexão ajuda as pessoas a diminuírem o ritmo de seu processo de pensamento e a se tornarem mais conscientes de seus modelos mentais. 9. A habilidade de investigação ajuda as pessoas a serem mais abertas sobre os pressupostos subjacentes às suas ações e estimula outras pessoas a fazerem o mesmo. 10. Uma importante deficiência de aprendizado na maioria das pessoas é a incapacidade de ver a cadeia de causalidade formada por informação, ação e resultado. Um número relativamente pequeno de arquétipos, ou padrões de comportamento, pode ilustrar muito dos problemas que as pessoas causam a si mesmas e às organizações devido à incapacidade de pensar sistematicamente. Simulações por computador das cadeias de causalidade mais complexas podem ser usadas para ajudar as pessoas a avaliar melhor a interconexão entre as coisas. 11. Existe atualmente, na maioria das organizações, uma cultura que inibe o aprendizado. É preciso criar organizações paralelas separadas para que o verdadeiro aprendizado ocorra. 12 - EMPORWERMENT O Empowerment é uma ferramenta que procura o engajamento de cada colaborador no tocante às suas responsabilidades e à utilização da autoridade para a consecução dos objetivos empresariais com uma melhor qualitativa. O termo Empowerment pode ser definido como delegação de poder e energização. Ele focaliza a libertação da capacidade decisória das pessoas. Salienta a importância do capital intelectual das pessoas dentro da organização. Os maiores ativos das empresas são as pessoas. Essa tecnologia ou ferramenta é centrada exclusivamente nas pessoas e na compreensão que os gestores devem ter de cada pessoa da organização. A sua prática não deve ser confundida com ausência de metas, regras ou missão, mas o estabelecimento de critérios que viabilizam a sua eficácia através das pessoas da organização. Algumas atitudes, por parte da empresa, são indispensáveis para designar e transmitir as responsabilidades de cada função: Definir claramente as responsabilidades de cada função. 30 Dar às pessoas um sentido de finalidade, mostrando-lhes de que maneira as responsabilidades funcionais estão relacionadas às metas e objetivos da sua área ou da empresa como um todo. Transmitir e enfatizar regularmente as responsabilidades. Fazer e enfatizar regularmente as responsabilidades e tarefas. Fazer com que as pessoas tenham orgulho das responsabilidades que lhes foram atribuídas. O Empowerment pode ser implementado de acordo com as seguintes etapas: Diga às pessoas quais são as suas responsabilidades e dê-lhes autoridade correspondente às suas responsabilidades. Delegar autoridade de acordo com as responsabilidades e competências do indivíduo. Estabelecer o grau de autoridade, limites de sua amplitude e controles para assegurar que as pessoas estejam exercendo a autoridade de maneira correta. Estabeleça padrões de excelência. Os indivíduos precisam estar comprometidos com a excelência, serem motivados a alcançarem tais padrões, de forma realista. Eles passam a descobrir do que são capazes, podendo superar de maneira eficaz as suas metas. Ofereça-lhes o treinamento necessário para a obtenção dos padrões de excelência. Devemos conferir a um indivíduo ou a um grupo a qualificação necessária para que atendam os padrões de excelência. os indivíduos também devem ser treinados para alcançar o seu crescimento profissional. Forneça-lhes conhecimento e informação; Os indivíduos se tornam mais confiantes para tomar decisões quando têm conhecimento dos fatos e as informações necessárias, aumentando a probabilidade de acerto dos seus atos. Dê-lhes feedback sobre o seu desempenho; Os indivíduos precisam receber feedback para se orientar na busca dos seus objetivos. Valorize e reconheça as pessoas pelas suas realizações; O reconhecimento a realizarem trabalhos com qualidade superior. O não reconhecimento do desempenho das pessoas fatalmente irá comprometer os seus desempenhos futuros, uma vez que eles não saberão se deverão ou não repeti-los. 31 Confie nelas e dê-lhes permissão para errar. Se a empresa negar permissão para errar estará perdendo uma poderosa ferramenta de produtividade, visto que os indivíduos não tentarão ultrapassar limites. Em vez da excelência, a mediocridade será a regra. A empresa deve ajudar as pessoas a verem os fracassos como experiência positiva, incentivar e recompensar o risco. Dar às pessoas o direto de errar á demonstrar a importância de se alcançar padrões de excelência. Trata-se com respeito. O respeito á a base para que as pessoas tenham um sentido de poder. Preservado o respeito e a dignidade das pessoas, poderemos contar com as suas lealdades e compromissos. 13 - TEORIAS MATEMÁTICAS DA ADMINISTRAÇÃO Durante a Segunda Guerra Mundial, as empresas empreenderam enormes esforços para melhorar os produtos, processos, localização industrial, logística, planejamento e controle das operações. Esse movimento transformou no que hoje conhecemos como Pesquisa Operacional. O nome Pesquisa Operacional, entretanto, data de 1936, quando um grupo de cientistas foi alocado na Força Aérea Inglesa (Royal Air Force) para analisar como operar recém criado radar. Eles eram referidos como grupo que estava preocupado em analisar como operar o radar. Os resultados positivos da Pesquisa Operacional durante anos da Guerra facilitaram a migração dos seus conceitos para a resolução de problemas industriais, comerciais e serviços (CORRÊA, 2003). A Pesquisa Operacional, ou PO, como é comumente conhecida, passou a fazer parte dos programas dos cursos de administração a partir dos anos 60. A PO é uma teoria de decisão que utiliza técnicas matemáticas, de probabilidades e estatísticas para chegar melhor alternativa. Ela cria modelos matemáticos e estatísticos para auxiliar a tomada de decisões (CHIAVENATO, 2004). 32 As principais técnicas utilizadas pela Pesquisa Operacional são: Programação Linear Técnica matemática que procura obter a maximização de lucros ou receitas e a minimização dos custos e das despesas. Ex: seleção de investimentos que maximizam o retorno, determinação da produção “ótima” de produtos que usam as mesmas matérias primas, etc. Programação DinâmicaTécnica matemática aplicada à solução de problemas que possuem várias fases inter-relacionadas, nas quais devemos adotar uma decisão adequada a cada uma das fases sem perder a noção de conjunto. Ex: árvore de decisões em que devemos tomar uma decisão em cada uma das fases. TÉCNICAS TIPOS DE SOLUÇÕES MATEMÁTICAS PROBABILIDADE ESTATÍSTICA Modelos matemáticos para simulações do mundo real Decisões sob condições de risco e de incerteza Análise e sistematização de dados para otimização de soluções 33 Teoria dos jogos Técnica matemática para análise de estratégia e de conflitos. A situação de conflito ocorre quando um jogador perde e o outro ganha (também chamado de soma zero, pois o que um jogador ganha, o outro perde). A Teoria dos jogos é utilizada em mercados competitivos como, por exemplo, na disputa entre duas empresas para obter recursos no mercado de capitais ou disputa para obtenção de matérias primas escassas. Teorias dos Gráficos Técnica matemática e estatística baseada em diagramas e redes, utilizadas em atividades como montagem industrial e grandes construções civis. Os seus principais representantes são o PERT (Peroram Evaluation Review Tecnique) e o CPM (Critical Path Method). Teoria das filas Técnica matemática utilizada para otimizar arranjos em situações de aglomeração e de espera, em que existam gargalos que bloqueiam o processo produtivo. É utilizada para resolver problemas de filas em agências bancárias, problemas de tráfego, ligações telefônicas, etc. Análise Estatística e cálculo de probabilidade Técnica estatística utilizada para a obtenção de informações com poucos dados disponíveis. É muito utilizada para simular situações sob condições de risco e de incertezas e nos controles estatísticos da qualidade. As técnicas estatísticas para a mensuração do risco são muito utilizadas pelo mercado financeiro. A Pesquisa Operacional tem grandes similaridades com a Administração Científica de Taylor. Como a Administração Científica, a PO está mais voltada para os níveis organizacionais próximos à esfera de execução. Mais recentemente, os autores da Teoria Matemática introduziram os indicadores os indicadores – financeiros e não financeiras para medir o desempenho organizacional. Os indicadores, segundo os autores, nos mostram o que as empresas estão fazendo e quais são os resultados das suas ações. Os sistemas de avaliação de desempenho são modelos da realidade e podem assumir várias formas, como relatórios, gráficos, etc. A implantação de um sistema de desempenho obedece a sete passos abaixo (CHIAVENATO, 2004): 34 Definir os objetivos do sistemas de medição Identificar os sistemas que serão medidos Análise dos processos dos sistemas Produção ou geração dos indicadores Elaboração do sistema de medição de desempenho. Identificar os usuários do sistema de medição Implantação do sistema Medir para quem? Medir para que? Medir o que? Quais as metas, os processos críticos e as prioridades. Quais os parâmetros e quais são os processos críticos? Como será a operação do sistema de medição de desempenho? Como fazer o sistema funcionar? 35 Os modelos de medição mais utilizados são o Six-Sigma Balanced Scorecard (BSC). O Six-Sigma é uma medida de variação estatística. O Six-Sigma é uma referência ao nível de desenvolvimento no que respeito à variedade à variabilidade dos produtivos que geraria apenas 3,4 defeitos por cada milhão de produtos produzidos. O início dessa técnica é atribuído a Motorola, nos anos 80, embora a sua difusão só tenha ocorrido nos anos 90, tal pelo fato de a General Eletric tê-la adotado. Os programas Six-Sigma fazem uso extensivo de técnicas estatísticas para tentar reduzir a variabilidade dos processos (CORRÊA, 2003). O Six-Sigma não busca a qualidade apenas pela qualidade, mas sim o aperfeiçoamento de todos os processos da organização. Ela busca a eficácia organizacional em três dimensões (CHIAVENATO, 2004): Redução do desperdício; Redução dos defeitos; Envolvimento das pessoas da organização. O Balanced Scorecard ou simplesmente BSC, foi desenvolvido pelos professores Robert S. Kaplan e Dave P. Norton, ambos da Universidade de Harvard. Podemos traduzir o BSC como painel balanceado de controle. Ele usa a medição total do desempenho para acompanhar e ajustar a estratégia dos negócios. A grande novidade do BSC é que além da perspectiva financeira, e incorpora outras perspectivas: do cliente, dos processos do aprendizado. O BSC torna visíveis as conseqüências financeiras de medidas não financeiras. Alguns dos principais indicadores utilizados pelo BSC estão descritos na tabela apresentada a seguir: PERSPECTIVA INDICADORES FINANCEIRO • Retorno sobre o investimento • EVA – Economic Valou Added • Crescimento das Vendas e das Receitas • Rentabilidade por produto, região, cliente etc. CLIENTE • Entrega em tempo hábil e sem defeitos • Tratamento das queixas e reclamações • Tratamento das chamadas de serviços • Desenvolvimento de negócios com clientes existentes 36 Quanto mais alta a posição na hierarquia, maior será a propensão de o executivo ser influenciado por indicadores financeiros. Em posições mais baixas na organização, as pessoas são mais propensas a utilizarem indicadores não financeiros. 14 – PROCESSOS ADMINISTRATIVOS O Sistema Administrativo recebe Recursos e produz Resultados através dos Quatro Processos Administrativos, conforme exemplificamos no fluxo abaixo. 1 2 1 2 4 3 3 4 PROCESSO • Novas vendas como % do total de vendas • Lançamento de produtos dentro do prazo previsto • Lançamento de produtos dentro do custo previsto APRENDIZADO • Satisfação e retenção de funcionários • Valor agregado por funcionário • Novas idéias sugeridas por funcionários PLANEJAMENTO Escolha dos objetivos e meios de alcançá-los CONTROLE Monitoramento das atividades e correção dos desvios ORGANIZAÇÃO Estabelecer o uso ordenado dos recursos LIDERANÇA Uso da influencia para motivar seguidores RESULTADOS Produtos Serviços Atingir Objetivos RECURSOS Financeiros Humanos Tecnológicos ADMINISTRAÇÃO 37 A Administração por Objetivos (APO) é uma técnica de administração baseada exclusivamente nos objetivos organizacionais. Dessa forma, quando da implantação deve ser observado o estabelecimento dos objetivos de cada funcionário. De acordo com Robbins (2004) os planos podem ser divididos de acordo com a amplitude de uso, estrutura de tempo, especificidade e freqüência de uso. Dessa forma, vamos observar o quadro a seguir, exemplificando e agrupando os vários tipos de Planos. AMPLITUDE DE ESTRUTURA DE ESPECIFICIDADE FREQUENCIA DE USO TEMPO USO EstratégicoLongo Prazo Direcional Uso Único Tático Curto Prazo Específico Permanente 38 REFERÊNCIAS BERNARDES, Cyro, Teoria Geral da Administração. Saraiva: São Paulo, 2003. CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. Campus: São Paulo, 2004. CHIAVENATO, I. Comportamento Organizacional. Thomson Learning: São Paulo, 2004. DRUCKER, P. F. Administrando para o futuro: os anos 90 e a virada do século. 6ª ed. São Paulo: Pioneira, 1992. FERREIRA, Ademir Antônio. (et al) Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. Evolução e Tendências da Moderna Administração de Empresas. São Paulo: Pioneira, 1997. MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração. Da Revolução Urbana à Era Digital. Atlas. São Paulo. 2001. MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 1995. MOTTA, Fernando. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Pioneira, 1992. PARK, Kil H., et al Introdução ao Estudo da Administração. São Paulo. Pioneira, 1997.
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