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Aula 10: Miologia dos membros inferiores (MMII)

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Disciplina: Anatomia do Aparelho Locomotor
Aula 10: Miologia dos membros inferiores (MMII)
Apresentação
Nosso assunto de hoje é miologia dos MMII, sim, vamos estudar os músculos dos MMII, suas origens, inserções, inervações
e claro, suas ações, ou seja, o movimento.
Entender estes quesitos nos favorece o estudo e compreendimento do movimento humano.
Objetivos
Reconhecer os músculos localizados nos MMII;
Identi�car suas origens, inserções e sua inervação;
Explicar os movimentos gerados por esses músculos.
Premissa
Para iniciar nosso estudo, precisamos fazer uma breve discussão sobre o que aprendemos.
Os músculos do dorso são responsáveis pela postura e sua manutenção (músculos profundos, intrínsecos ou próprios do dorso).
Os músculos da parede abdominal são muito importantes para a sustentação da coluna e trabalham de maneira sinérgica com os
músculos do dorso. Vimos no estudo da pelve/períneo alguns músculos que, apesar de anatomicamente estarem localizados na
pelve, pertencem aos músculos do membro inferior.
Fáscias musculares
Feitos estes breves apontamentos podemos começar a aula. Iniciando o assunto, falamos agora de algo que você já sabe, das
fáscias e dos compartimentos musculares por elas formados.
As fáscias musculares são aquelas lâminas de tecido conjuntivo que envolvem cada músculo. Você se lembra de nosso estudo
dos músculos do MMSS? A espessura das fáscias depende de sua localização e especialmente de sua função.
As fáscias atuam como uma espécie de bainha elástica, comprimindo suavemente os músculos, mas também auxiliando no
desempenho da contração muscular, gerando energia potencial elástica que se soma à força gerada pelos músculos (maquinário
contrátil). Mas isso você vai estudar em Biomecânica.
As fáscias formam os septos musculares e consequentemente geram compartimentos musculares. Os compartimentos dos
MMII são:
Após o joelho em sentido caudal temos a perna e mais compartimentos. O compartimento anterior da perna, compartimento
posterior da perna (parte super�cial e parte profunda) e compartimento lateral da perna e não medial, diferente da coxa.
Veja nas �guras 1 e 2 a distribuição dos compartimentos tanto da coxa quanto da perna:
Anterior da coxa
Posterior da coxa
Medial da coxa
 Figura 1: Coxa 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
 Figura 2: Perna 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Os músculos dos MMII precisam de inervação adequada a todas as demandas desta região corpórea. A inervação dos MMII é
feita por nervos periféricos, nervos espinhais. Esses nervos são ramos terminais do plexo lombossacral, que você pode ver na
Figura 3:
 Figura 3: Plexo lombossacral 
Fonte: NETTER, 2004.
Na altura lombar a medula espinal sofre um alargamento, chamado intumescência lombar (há outra intumescência, a cervical).
A intumescência lombar é responsável por fornecer nervos que dão sensibilidade à pele e
aos músculos, e movimento aos músculos dessa região. Nessa região se localiza o plexo
lombossacro. Suas raízes emergem desde L2 até S4.
Na Figura 4, você observa o compartimento posterior da coxa e perna, e pode ver grandes nervos, como é o caso do nervo
isquiático (ciático), nervo femoral e dos nervos glúteos, entre outros:
Agora que já de�nimos alguns pré-requisitos para nosso estudo, vamos aos músculos!
Como vimos, certos músculos estão na cavidade pélvica. Vamos relembrar dos músculos que têm origem nas regiões lombar e
pélvica, mas têm sua inserção e consequentemente exercem suas ações nos MMII, é o caso do músculo ílio psoas, já estudando
anteriormente.
 Figura 4: Membro inferior 
Fonte: DRAKE, VOGL e MITCHELL, 2016.
Músculos do Quadril
Vamos estudar os músculos da região glútea, que como você sabe se localiza posteriormente à cintura pélvica, na parte superior
do fêmur, ou, epí�se proximal.
O primeiro que veremos é o músculo glúteo máximo. Este é o maior e mais externo músculo dessa região, por suas dimensões dá
forma às nádegas. Sua origem ocorre na linha glútea posterior, na face posterior do sacro e no ligamento sacrotuberal, seus
robustos feixes musculares se direcionam para a região lateral e inferior, inserindo-se na tuberosidade glútea.
Sua ação é extensão do quadril e rotação lateral. É inervado pelo nervo glúteo inferior. Logo abaixo do músculo glúteo máximo
encontramos o músculo glúteo médio, tem formato de leque, e possui origem entre a linha glútea anterior e linha glútea posterior,
inserção no trocânter maior do fêmur. Realiza a rotação medial e abdução do quadril, sendo também inervado pelo nervo glúteo
inferior. Observe os Músculos do glúteo na �gura 5:
Logo abaixo do músculo glúteo médio encontramos o músculo glúteo mínimo. Este músculo tem sua origem entre as linhas
glúteas anterior e posterior, com inserção na face anterior do trocânter maior do fêmur. Ação: glúteo mínimo em conjunto com o
glúteo médio realiza rotação medial e abdução do quadril. É inervado pelo nervo glúteo superior.
Se aprofundarmos ainda mais, encontramos o músculo piriforme. Este pequeno músculo, em geral, localiza-se superiormente ao
nervo isquiático, tem origem na face anterior do sacro e ligamento sacrotuberal, inserção na margem superior do trocânter maior
do fêmur. Suas ações são: abdução e rotação lateral do quadril, além disso funciona como estabilizador da articulação. É
inervado por ramos do tronco lombossacral (S2).
 Figura 4: Membro inferior 
Fonte: DRAKE, VOGL e MITCHELL, 2016.
Atenção
Acaso o músculo piriforme �que encurtado ele pode “pinçar” o nervo isquiático, causando uma dor com irradiação para todo o
membro. O termo síndrome da carteira também se refere à síndrome do piriforme, entretanto, este nome se deve pela posição da
carteira guardada no bolso de trás da calça. Essa carteira pode gerar compressão sobre o músculo piriforme e a longo prazo,
levar ao aparecimento da dor característica do piriforme “pinçando” o nervo isquiático.
Você pode observar a grande relação de proximidade entre o músculo piriforme e o nervo isquiático na Figura 6:
Veja que abaixo do piriforme há três músculos muito próximos. De cima para baixo são eles:
Os músculos gêmeos têm origens na espinha isquiática (gêmeo superior) e no túber isquiático (gêmeo inferior), inserção na
fossa trocantérica.
 Figura 6: Região glútea profunda 
Removido parcialmente: músculo glúteo máximo 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Músculo gêmeo superior
Músculo obturador interno
Músculo gêmeo inferior
Ambos músculos gêmeos (superior e inferior) têm ação de rotação lateral do fêmur, bem como sua estabilização. São inervados
pelo nervo para o músculo gêmeo superior (L5 – S2) e para o músculo gêmeo inferior e quadrado femoral (L4 – S1).
O músculo obturador interno possui origem na face pélvica da membrana obturatora e inserção comum aos músculos gêmeos
(fossa trocantérica). Sua ação é rotação lateral e abdução do fêmur, sendo inervado pelo nervo obturatório interno (L5–S2).
Seguindo caudalmente você encontra o músculo quadrado femoral, com origem no túber isquiático e insere-se no tubérculo
quadrado da crista intertrocantérica. Sua ação é auxiliar na adução e rotação lateral do quadril, é inervado pelo nervo para o
músculo gêmeo inferior e quadrado femoral (L4 – S1), um ramo do tronco lombossacral. Veja Figura 7:
Vimos os músculos envolvidos com os movimentos de quadril, lembrando que em aulas anteriores vimos músculos da parede
interna do abdome, músculos como quadrado lombar (que não exerce ação sobre o quadril) e íliopsoas (função de �exão do
quadril).
Dando sequência, vamos ao compartimento anterior da coxa, seguimento localizado entre a articulação do quadril e a
articulação do joelho.
 Figura 7: Músculos diversos 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Começando nosso estudo dos músculos da coxa, vamos ao músculo sartório:
O músculo sartório é o mais super�cial e mais longo do corpo humano.
Sua origem é na espinha ilíaco anterossuperior e descendo de forma oblíqua chega à sua inserção na parte superior da face
medial da tíbia. Essa regiãoé conhecida como “pata de ganso”, “pé de ganso”, “pé anserino” ou “pata anserina” (inserção comum
dos músculos sartório, grácil e semitendíneo. Você pode conhecê-lo na Figura 8a:
É um músculo biarticular, atua tanto na articulação do quadril, onde promove movimentos de �exão, abdução e rotação lateral,
quanto na articulação do joelho onde realiza: �exão e rotação medial. É inervado pelo nervo femoral (L2 – L3). Veja o músculo
sartório na Figura 8b:
 Figura 8a: Músculo sartório 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
O próximo é o músculo tensor da fáscia lata, localizado na face lateral da coxa, têm cerca de 15cm de comprimento, sua origem
na espinha ilíaca anterossuperior e parte anterior da crista ilíaca, sua inserção acontece no trato iliotibial.
 Figura 8b: Músculo sartório 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
O trato iliotibial é uma parte mais espessa e lateral da fáscia lata que se insere no côndilo lateral da tíbia. Este músculo também é
biarticular (graças ao trato íliotibial) e realiza ações de abdução, �exão e rotação medial do quadril, bem como a rotação lateral do
joelho. É inervado pelo nervo do glúteo superior (L4 – S1).
Logo abaixo do sartório temos o quadríceps femoral, que é um dos maiores e mais poderosos conjuntos de músculos do corpo
humano. O quadríceps é composto por quatro músculos, logo veremos suas origens, inserções, ações e inervação em separado,
não tão separado assim, pois suas inserções e inervação são as mesmas, mas vamos a eles.
Músculo reto femoral, que você pode observar na Figura 8b, tem origem na espinha ilíaca anterossuperior, este é o único músculo
desse grupo que é biarticular, logo atua no quadril, onde auxilia na �exão, e no joelho, realizando extensão. Se for rebatido
(dissecado/retirado) observa-se o músculo vasto intermédio, que você viu na Figura 8a, que tem origem na face anterior e lateral
do corpo do fêmur.
Veja mais ao lado (medialmente) o músculo vasto medial (Figura 8b), com origem na linha intertrocantérica e lábio medial da linha
áspera do fêmur; por �m, lateralmente vemos o músculo vasto lateral (Figura 8b), com origem no trocânter maior e lábio lateral da
linha áspera.
Em conjunto, todos estes músculos formam o quadríceps femoral. Sua inserção ocorre também em conjunto no tendão do
quadríceps, na base da patela e por sobre ela, via ligamento da patela, inserção �nal na tuberosidade da tíbia. Esse conjunto é
inervado pelo nervo femoral (L2 – L4), sua ação conjunta é extensão do joelho. Veja Figura 9:
 Figura 9: Quadríceps 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Após estudarmos os músculos do compartimento anterior vamos ao compartimento posterior da coxa, chamados de
ísquiotibiais, ou jarrete, ou ainda três do jarrete.
Observando a parte posteromedial da coxa vemos o músculo semitendíneo; sua origem no túber isquiático; sua inserção na parte
superior da face medial da tíbia, junto aos músculos sartório e grácil, formando a pata anserina, como visto na Figura 8a.
Sua ação é realizar movimentos de extensão do quadril, e �exão e rotação medial do joelho. É inervado pelos ramos do nervo
isquiático (ramos de L5 a S2). O músculo semimembranáceo, encontrado abaixo do músculo semitendíneo, na parte
posteromedial da coxa.
Tem origem também no túber isquiático. Insere-se no côndilo medial da tíbia. Suas ações também são extensão do quadril e
�exão e rotação medial do joelho. Sua inervação também ocorre por ramos do nervo isquiático (L5 – S2).
Bíceps femoral (músculo com duas cabeças) sua cabeça longa tem origem também no túber isquiático, e sua cabeça curta (mais
profunda) tem origem na linha áspera e linha supracondilar lateral do fêmur.
Sua inserção ocorre na cabeça da fíbula (lateralmente o oposto dos dois músculos anteriores). Suas ações são rotação lateral do
joelho, além da extensão do quadril e �exão do joelho. É inervado pelo nervo isquiático (ramos entre L5 – S2). Observe as �guras
10a e 10b:
 Figura 10a: Músculos da coxa 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Após estudarmos os compartimentos anterior e posterior da coxa, chegamos ao compartimento medial, onde os músculos que
o compõem são comumente chamados de adutores.
Iniciamos o estudo desses músculos com o "caçula" ou o menor, o músculo pectíneo. Músculo de formato quadrangular. Origem:
ramo superior do púbis, inserção na linha pectínea do fêmur. Ações: adução, �exão e rotação medial do quadril. Inervado pelo
nervo femoral (L2 – L4).
Músculo adutor longo, localizado de forma lateral ao músculo pectíneo. Origem no corpo do púbis, inserção no terço médio da
linha áspera do fêmur. Ação: adução do quadril, inervado pelo ramo anterior do nervo obturatório (L2 – L4).
Ao se retirar o músculo adutor longo, encontramos o músculo adutor curto, músculo pequeno em relação ao seu par (adutor
longo). Origem no corpo e ramo inferior do púbis; inserção na linha pectínea e parte proximal da linha áspera do fêmur. Por ação
esse músculo realiza: adução de quadril e coadjuvante no movimento de �exão do quadril. É inervado pelo ramo anterior do nervo
obturatório (L2 – L4), tal qual o adutor longo.
O músculo adutor magno é o maior de todos os músculos adutores da coxa. Após, retirada dos músculos adutor longo e do
adutor curto, podemos vê-lo. Origem no túber isquiático, nos ramos do púbis e do ísquio, insere-se na linha áspera e tubérculo do
adutor. Em sua parte distal, ocorre o hiato safeno, que nada mais é que um espaço onde se abre uma espécie de arco, gerando
espaço para a passagem de vasos femorais da região anterior e medial da coxa para a região posterior.
O adutor magno tem por ação movimentos de adução, extensão do quadril. É inervado tanto pelo ramo posterior do nervo
obturatório (L2 – L4) quanto pela porção tibial do nervo isquiático (L4 – S1).
O músculo mais medial e super�cial desse compartimento é o grácil; origem no corpo e ramo inferior do púbis; inserção na parte
superior da face medial da tíbia (pata de ganso). Suas ações são: a adução do quadril, além de �exão e rotação medial do joelho.
É inervado pelo nervo obturatório (L2 – L3). Veja a Figura 11a, e no detalhe, a Figura 11b:
 Figura 10b: Músculos da coxa 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
 Figura 11a: Músculos adutores da coxa 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Chegamos aos músculos da perna, que são divididos em:
 Figura 11b: Músculos adutores da coxa 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
1
Compartimento anterior
Onde os músculos são extensores (produzem dorsi�exão do
tornozelo).
2
Compartimento posterior
Onde os músculos são �exores (produzem �exão plantar).
3
Compartimento lateral
Onde os músculos são os �bulares.
A grande massa de músculos da parte posterior da perna tem importância capital na
propulsão plantar na ação de caminhar e correr.
Para iniciar nosso estudo vamos ao compartimento anterior, observando o músculo tibial anterior, localizado lateralmente à tíbia,
origem no côndilo lateral da tíbia e face superomedial da tíbia. Inserção no osso cuneiforme medial e base do I metatarso. Ação:
dorsi�exão do tornozelo, inversão do pé, sendo inervado pelo nervo �bular profundo (ramos de L4 – S1).
Mais lateralmente ao músculo tibial anterior, encontramos o músculo extensor longo dos dedos, origem no côndilo lateral da tíbia
e parte superior da face medial da fíbula, inserção nas falanges média e distal do II, III, IV e V dedos do pé. Ação é extensão das
articulações que ele transpassa (metatarsofalângicas, interfalângicas proximais e distais dos dedos II – V), além de agir como
coadjuvante na dorsi�exão do tornozelo. É inervado pelo nervo �bular profundo (L4 – S1).
Entre os músculos tibial anterior e extensor longo dos dedos, encontramos o extensor longo do hálux, origem na parte média da
face medial da fíbula, inserção na face dorsal da falange distal do hálux. Ação: a extensão do hálux e ação auxiliar na dorsi�exão
do tornozelo, sendo inervado pelo nervo �bular profundo (L4 – S1).
Músculo �bular terceiro, origem no terço inferior da face medial da fíbula. Esse músculo nem sempreé encontrado ou
considerado, muitas vezes, ele é tido como uma parte distinta do músculo extensor longo dos dedos, uma vez que ambos os
músculos se fundem na origem, todavia, suas inserções são separadas na base do V metatarso. O �bular terceiro realiza
dorsi�exão do tornozelo, eversão do pé. É inervado pelo nervo �bular profundo (L5 – S1).
No compartimento lateral da perna, encontramos o músculo �bular longo, bem super�cial, localizado súpero-lateralmente na
perna. Origem na cabeça e na parte superior da face lateral da fíbula, inserção na base do I metatarso e cuneiforme medial. Ação
é a eversão do pé e �exão plantar do tornozelo, inervado pelo nervo �bular super�cial (L4 – S1).
Ainda no compartimento lateral da perna, vemos o músculo �bular curto, inferior e profundo se comparado ao �bular longo. Sua
forma é fusiforme, origem na parte inferior da face lateral da fíbula, inserção na face lateral da base do V metatarso. Sua ação é
conjunta ao �bular longo, ou seja, atua na eversão do pé e �exão plantar do tornozelo, inervado pelo nervo �bular super�cial (L4 –
S1).
Veja as �guras 12a, 12b e 12c:
 Figura 12a: Músculos da perna 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
 Figura 12b: Músculos da perna 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
No compartimento posterior da perna, que é o maior dos compartimentos deste segmento, encontramos os músculos da
panturrilha, os grandes responsáveis pela �exão plantar do tornozelo. No caso desse compartimento podemos dividi-lo em duas
camadas, uma super�cial e outra profunda. Na camada super�cial, encontramos o músculo gastrocnêmio (duas cabeças).
O gastrocnêmio tem origem medial no côndilo medial do fêmur, e origem lateral no côndilo lateral do fêmur. Inserção ocorre no
osso calcâneo via tendão calcâneo (tendão de Aquiles). É inervado pelo nervo tibial (S1 – S2).
Logo abaixo do gastrocnêmio, se encontra o músculo plantar. Este músculo pequeno tem origem na linha supracondilar do fêmur
e inserção na margem medial do tendão do calcâneo, com um ventre bastante curto e um longo tendão. Acredita-se que o plantar
atue mais como um componente de propriocepção devido à grande quantidade de fusos musculares existentes em seu ventre.
Além disso, pode participar da �exão do joelho e �exão plantar do tornozelo.
Sua inervação se dá pelo nervo tibial (L4 – S1). Por �m, chegamos ao músculo sóleo, localizado de forma profunda ao
gastrocnêmio, ventre largo, volumoso e achatado. Origem na linha do músculo sóleo, parte posterior da cabeça da fíbula e na
margem medial da tíbia, inserção na tuberosidade do calcâneo por meio do tendão do calcâneo. O sóleo é um potente �exor
plantar do tornozelo, tendo sua inervação suprida pelo nervo tibial (L5 – S1).
Na camada profunda dos músculos posteriores da perna, vemos o músculo poplíteo muito próximo à região da fossa poplítea. O
poplíteo é um músculo �no, de formato triangular, com origem na face lateral do côndilo lateral do fêmur e no menisco lateral. Sua
inserção ocorre na face posterior da tíbia, superiormente à linha para o músculo sóleo.
O músculo poplíteo realiza a �exão do joelho e participa ativamente na ação de “destravá-lo”, ao executar a rotação medial do
joelho. É inervado pelo nervo tibial (L4 – S1). Inferiormente ao músculo poplíteo encontram-se três músculos verticais e paralelos:
1.
O �exor longo do hálux tem origem nos dois terços inferiores da face posterior da fíbula, inserção na base da falange distal do
hálux, ação de �etir a falange distal do hálux. Contribui para a inversão do pé e �exão plantar do tornozelo. É inervado pelo nervo
tibial (L5 – S2).
Medialmente na região posterior da perna, encontramos o músculo �exor longo dos dedos, tem origem na parte medial da face
superior da tíbia e inserção na base do II ao V dedos. Ação: �exão das falanges distais dos quatro dedos laterais e do tornozelo.
Inervado pelo nervo tibial (L5 – S1).
 Figura 12c: Músculos da perna 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
E, �nalmente, vemos o músculo tibial posterior, localizado entre os dois músculos �exores dessa camada. Tem origem na
membrana interóssea da perna e face posterior da tíbia e fíbula, inserção nos ossos navicular, cuneiforme, cuboide e nas bases do
II ao IV metatarsos. Ação: �exão plantar do tornozelo e inversão do pé, sendo inervado pelo nervo tibial (L5 – S1).
Veja a Figura 13:
Agora, chegamos ao segmento �nal do MMII, o pé! Veja que os músculos da perna, realizam os movimentos de dorsi�exão, �exão
plantar, inversão e inversão do pé, sendo estes os músculos extrínsecos do pé, uma vez que seus ventres se encontram na perna
e apenas seus tendões percorrem e se inserem nos ossos do pé.
Os músculos intrínsecos do pé são os músculos próprios do pé. O pé sustenta o peso do corpo e ainda realiza importante papel
na locomoção, seja absorvendo impacto da carga ou gerando propulsão para a marcha.
O pé possui diversas camadas musculares que conferem estabilidade em solo irregular. Nos estudos de Anatomia o pé é dividido
em três partes:
 Figura 12c: Músculos da perna 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Margem medial
Marguem lateral
Parte Intermédia
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dis084/aula10.html
A parte superior do pé se chama dorso do pé. Na margem medial do pé, encontramos o músculo abdutor do hálux, sendo esse
músculo plano e triangular. Tem origem no processo medial da tuberosidade calcânea, se insere na base da falange proximal do I
dedo. Ação: abdução e �exão do hálux, sendo inervado pelo nervo plantar medial (L5 – S1).
Seguindo de forma lateral encontramos o músculo �exor curto do hálux, sendo este um músculo curto e fusiforme, com dois
ventres visíveis. Origem na face plantar do osso cuboide e cuneiforme lateral, e inserção na base da falange proximal do hálux,
tendo ação na �exão de sua falange proximal. É inervado pelo nervo plantar medial e lateral (L5 – S1). Veja a �gura 14a:
 Figura 14a: Músculos do pé 
De forma um pouco mais profunda encontramos o músculo adutor do hálux, composto por duas cabeças, sendo uma oblíqua,
com origem na base dos metatarsos (II a IV); e outra transversa, com origem nos ligamentos plantares das articulações
metatarsofalângicas. Ambas as cabeças se inserem na base da falange proximal do V dedo e sua ação é adução do hálux.
Inervado pelo nervo plantar lateral (S2 – S3). Na margem lateral do pé se localizam os músculos que exercem ação sobre o dedo
mínimo.
Vejamos o músculo abdutor do dedo mínimo, é cilíndrico, encontrado na lateral do pé, coberto somente pela aponeurose plantar.
Origem no tubérculo do calcâneo; inserção na base da falange proximal do V dedo. Por ação ele realiza a abdução e �exão do
dedo mínimo, sendo inervado pelo nervo plantar lateral (S2 – S3).
O músculo �exor curto do dedo mínimo encontra-se de forma medial ao abdutor do dedo mínimo, tendo ele formato largo
semelhante aos músculos interósseos. Origem na base do V metatarso; inserção na base da falange proximal do dedo mínimo.
Realiza a �exão do dedo mínimo; inervado pelo nervo plantar lateral (S2 – S3).
Quando observamos a margem lateral do pé ainda, vemos o músculo oponente do dedo mínimo; origem no osso cuboide e
inserção no V metatarso; sua ação é aduzir o dedo mínimo, sendo inervado pelo nervo plantar lateral (S2 – S3).
Na parte intermédia visualizamos o músculo �exor curto dos dedos, sendo este o mais super�cial dessa região. Músculo largo,
plano e estreito; origem na tuberosidade do calcâneo; inserção em ambos os lados das falanges médias do II ao V dedos; ação de
�exão das articulações interfalângicas do II ao V dedos; inervação, nervo plantar medial (L5 – S1). Observe os músculos do pé na
�gura 14b e aponeurose plantar na �gura 15:
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
 Figura 14b: Músculos do pé 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Logo abaixo do músculo �exor curto dos dedos, vemos o músculo quadrado plantar; origem na face plantar do calcâneo; inserção
na margem posterolateral do tendão do músculo �exor longo dos dedos; ação de �etir as articulações metatarsofalângicase as
interfalângicas dos dedos II – V; inervado pelo nervo plantar lateral (S2 – S3).
Há outros pequenos músculos profundos, como os lumbricais e outros pequenos músculos interósseos, sendo esses muito
profundos com ações coadjuvantes aos demais músculos estudados.
Vamos fazer alguns exercícios para testar nossos conhecimentos?
 Figura 14b: Músculos do pé 
Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017.
Atividade
1. Algumas pessoas sofrem de dores na região glútea e irradiam de forma caudal até a região posterior do pé ou região próxima
ao joelho. Certos especialistas chamam essa condição de “síndrome do priforme”. Explique.
2. Quais são os músculos que compõem o quadríceps femoral?
3. O compartimento medial da coxa abriga que tipo de músculo e qual a função principal desses músculos?
Notas
Parte intermédia
Composta pelas regiões calcânea, tarsal, metatarsal, dedos do pé.Referências
ABREU, B. J. G. A et al. Guia ilustrado de anatomia humana para o aparelho locomotor. Natal: EDUFRN, 2018. 190 p.: il., PDF; 14.8
Mb. Modo de acesso: <http://repositorio.ufrn.br/>
DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Membro inferior. In: ______. Gray’s anatomia clínica para estudantes. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2016. cap. 6.
GILROY, A. M.; MacPHERSON, B. R. Atlas de anatomia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
MOORE, K. Anatomia: orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2014.
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