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Dissecação Face Lateral do Membro Pélvico -Dá-se prioridade nessa aula para a dissecação da região lateral do osso coxal e fêmur, além da patela. -Também sendo referida como articulação do quadril. -Há músculos grandes na região glútea, os quais são extremamente importantes na extensão da articulação coxofemoral. -Músculos fortes localizados cranialmente ao fêmur, que fazem a extensão do joelho, além de músculos que fazem a flexão do joelho caudalmente ao fêmur. -FÁSCIA LATA (3’): grande fáscia que envolve toda a coxa do animal. -Na face mais cranial à articulação do quadril, há a inserção de vários músculos, dentre eles está o GLÚTEO MÉDIO (2’) e o GLÚTEO SUPERFICIAL (4) -> figura 24-2 A. -Glúteo médio. -Glúteo superficial. -O glúteo sempre tem origem no osso coxal ou nas vértebras (o superficial, por exemplo) e inserção no trocânter maior. Ao contrair, esses músculos estendem o quadril. -A porção mais cranial da articulação do quadril é preenchida por um grande músculo chamado TENSOR DA FÁSCIA LATA (3), que tem origem na tuberosidade coxal e termina em ampla aponeurose (na fáscia lata), ou seja, uma membrana achatada de constituição semelhante aos tendões. A margem cranial da parte carnosa está relacionada com os linfonodos subilíacos. O tensor é um flexor do quadril que contribui para avançar o membro durante a fase oscilante do passo largo. É inervado pelo nervo glúteo cranial. -MÚSCULO SARTÓRIO: é o músculo destacado acima. Nos carnívoros, ele é tão grande que se projeta na face lateral. Nas outras espécies, ele é menos proeminente, ficando mais escondido na face medial. Esse músculo é separado dos demais músculos mediais por sua inervação advinda do ramo safeno do nervo femoral. Em cães, esse músculo é composto de dois ventres paralelos e um deles forma o contorno cranial da coxa. À exceção de equinos (nos quais se origina na fáscia ilíaca do teto do abdome), surge na crista ilíaca e se insere em estruturas mediais da região do joelho. -O sartório também ajuda na flexão do quadril e na adução do membro torácico como um todo. -BÍCEPS FEMORAL: a terminologia bíceps é porque ele possui duas cabeças e uma única cauda. Embora sua origem seja bem proximal na região da articulação do quadril (principalmente no túber isquiático e na região sacral, mais dorsal da coluna vertebral), a sua inserção é bem longa, cobrindo a fáscia lata. -É um músculo que faz tanto a abdução do membro torácico quanto a flexão do joelho. -Ao remover o bíceps femoral, nota-se o trocânter maior do fêmur: -É no trocânter maior que se encontra a inserção dos músculos glúteos. É importante observar que, em grandes animais, o glúteo superficial se funde ao músculo bíceps femoral, formando um único músculo denominado MÚSCULO GLUTEOBÍCEPS. -Caudalmente em relação ao trocânter maior, encontra-se o NERVO CIÁTICO ou ISQUIÁTICO. Esse nervo é o maior do corpo, é a continuação do plexo isquiático dentro do membro pélvico. Em seu trajeto, deixa a pelve através do forame isquiático maior e passa sobre a face lateral do ligamento sacrotuberal amplo em animais de grande porte. Ele cruza o músculo glúteo profundo e a articulação coxofemoral até alcançar a face caudal do fêmur, onde fica sujeito a lesões após trauma e cirurgia da articulação coxofemoral. O nervo isquiático (ou ciático) proporciona inervação motora para os músculos glúteo profundo, obturatório interno, quadríceps femoral e gêmeos. -Ele fornece fibras sensoriais para a cápsula da articulação coxofemoral. No terço proximal do fêmur, ele termina ao dividir-se nos NERVOS TIBIAL e FIBULAR COMUM. -O nervo fibular segue para os músculos flexores do tarso e o tibial para os músculos extensores do tarso Obs.: o músculo bíceps femoral é bem fino, possui uma espessura delgada e imediatamente profundo a ele está passando o nervo ciático/isquiático. Ao aplicar injeção intramuscular, caso ela seja aplicada no sentido perpendicular (90o) com o bíceps femoral, há o risco de atingir o nervo ciático, causando um enorme prejuízo de sensibilidade e movimentação (por ser um nervo misto). -MÚSCULO ABDUTOR CRURAL CAUDAL: em formato de fita, localiza-se na face profunda do bíceps femoral. É uma exclusividade dos carnívoros e um músculo que tem a característica vestigial. -É nessa região onde se faz o acesso cirúrgico em cirurgias envolvendo o fêmur: corta-se a fáscia lata, afastando o bíceps femoral e expor o fêmur -MÚSCULO QUADRÍCEPS FEMORAL: teria então quatro cabeças, possui uma região intermediária, lateral, medial e profunda (as duas últimas vistas na vista medial). Esse músculo tem quatro ventres que se unem para inserir-se na patela -> é uma característica muito própria porque é como se fossem quatro músculos separados. -Ou seja, eles têm a origem em pontos separados: no caso do lateral é no trocânter maior, o do intermediário é no corpo do ílio. Porém, eles têm a mesma inserção. -As cabeças do músculo quadríceps também têm nomes diferentes: músculo vasto medial, vasto intermédio, vasto acessório e o vasto lateral. Em conjunto, todos os músculos denominados “vasto” formam essa única unidade chamada de quadríceps e o que os mantém como unidade é uma única inserção na patela. -Esse músculo é muito bem desenvolvido em atletas (jogadores de futebol, por exemplo), já que ele é o principal extensor do joelho. -ARTÉRIA E VEIA FEMORAL PROFUNDA: a artéria está representada pelo número 12 e é mais profunda que a veia correspondente. A veia é bem exposta, emergindo na face lateral e tendo um acesso a um segmento da veia que, nesse ponto, passa a se chamar VEIA SAFENA LATERAL (vai ter uma medial), a qual vai trazendo sangue das regiões mais distais do membro, que vão se juntando com os ramos vindos dos músculos da região até formar a VEIA FEMORAL PROFUNDA. Essa veia, na face medial, passa a se chamar simplesmente de veia femoral e segue em direção à pelve. -Artéria femoral profunda; -Veia femoral. -Há uma característica bem distinta do membro torácico: um afastamento de um segmento muscular que passa pelo calcâneo. Isso torna possível um sistema de alavancamento que é extremamente eficiente. É uma característica de um membro trator. -Essa articulação é possibilitada por um grupo muscular: -MÚSCULO GASTROCNÊMIO: é inervado pelo nervo tibial, tem duas cabeças -> então tem o lateral e o medial, os quais sanduicham o MÚSCULO FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS. Esse último segue em direção à face plantar e vai se fixar nessa região plantar dos dedos, fazendo o movimento de flexão dos dedos. -TENDÃO CALCANEAR COMUM: é o famoso tendão de Aquiles, é formado por dois grandes músculos: o gastrocnêmio (cabeça lateral e medial) e o flexor superficial dos dedos. -O flexor superficial dos dedos passa direto pelo calcâneo, enquanto as duas cabeças do gastrocnêmio se fixam no osso calcâneo. -Há um conjunto de músculos localizados mais caudalmente à tíbia que vão formar um único tendão, chamado de TENDÃO DO MÚSCULO FLEXOR PROFUNDO DOS DEDOS. Então tem-se o flexor superficial e flexor profundo dos dedos. -Em carnívoros, o músculo flexor profundo dos dedos emerge na tuberosidade supracondilar lateral do fêmur firmemente unido à cabeça lateral do músculo gastrocnêmio. Ele passa pela face medial e vai para os dedos de uma forma mais profunda. -Ou seja, cada dedo vai ter um flexor superficial e um flexor profundo para fazer a sua flexão. -Os músculos cranialmente à tíbia e à fíbula realizam são flexores do tarso e extensores dos dedos, enquanto os localizados mais caudalmente são extensores do tarso e flexores dos dedos.
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