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Monografia_Educação_Matemática_e_Tecnologia

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
POLO TABOÃO DA SERRA 
 
MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
Adriano da Silva Gomes 
RA: 0555415 
 
Tatiele Batista dos Santos 
RA: 1825480 
 
 
Adriano da Silva Gomes 
Tatiele Batista dos Santos 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIA 
 
 
Trabalho Monográfico - Curso de Graduação 
 
 
Licenciatura em Matemática, apresentado à comissão julgadora da UNIP Polo 
Taboão, sob a orientação do professor Reginaldo B. Ferreira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIP - SP 
2020 
Banca Examinadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_________________________________________ 
 
 
_________________________________________ 
 
 
_________________________________________ 
SUMÁRIO 
 
RESUMO ................................................................................................................... 5 
ABSTRACT ................................................................................................................ 6 
1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO .................................................. 7 
2. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 8 
3. OBJETIVOS ........................................................................................................... 8 
3.1 Geral ................................................................................................................................. 8 
3.2 Específicos ........................................................................................................................ 8 
4. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 9 
4.1 A importância das novas tecnologias ............................................................................... 9 
4.2 O surgimento das novas tecnologias na educação matemática ...................................... 11 
4.3 A matemática e as novas tecnologias ............................................................................. 12 
4.4 Aspectos da História da Matemática aliado as tecnologias ............................................ 13 
4.5 Peculiaridades do uso das tecnologias no ensino de Matemática ................................... 14 
4.6 Os computadores como nova ferramenta ....................................................................... 15 
4.7 As redes digitais como novos espaços de aprendizagem na educação básica ................ 17 
4.8 As TICS como ferramentas nos ambientes de aprendizagem ........................................ 21 
4.9 Tecnologias móveis e ensino de matemática .................................................................. 25 
4.10 Tecnologia e Educação ................................................................................................. 29 
4.11 Tecnologia e Educação Matemática ............................................................................. 30 
4.12 Ferramentas tecnológicas nas aulas de Matemática Calculadora e planilhas eletrônicas 
auxiliam a turma na resolução de problemas........................................................................ 32 
4.13 A importância da tecnologia no processo de aprendizagem ......................................... 33 
4.14 A relação tecnologia e professor .................................................................................. 34 
4.15 Como usar a tecnologia no processo de aprendizagem? .............................................. 35 
4.16 Tornar o processo mais interativo e divertido .............................................................. 35 
4.17 Possibilitar novas experiências ..................................................................................... 36 
4.18 Contextualizar o conteúdo ............................................................................................ 36 
4.19 Facilitar a comunicação ................................................................................................ 36 
4.20 Tecnologia na educação infantil: como as escolas devem lidar? ................................. 37 
4.21 Por que usar a tecnologia na educação infantil? ........................................................... 37 
4.22 Como inserir a tecnologia na educação infantil? .......................................................... 38 
4.22.1 Usar as redes sociais .............................................................................................. 38 
4.22.2 Tirar fotos “pedagógicas” ...................................................................................... 38 
4.22.3 Ensinar a usar a tecnologia .................................................................................... 39 
4.22.4 Proporcionar leituras online................................................................................... 39 
4.22.5 Trabalhar com vídeos ............................................................................................ 39 
4.22.6 Fazer uso da gamificação ...................................................................................... 40 
4.22.7 Auxiliar a avaliação e a comunicação ................................................................... 40 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 41 
6. METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................... 43 
7. CRONOGRAMA................................................................................................... 44 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 45 
5 
 
RESUMO 
 
Contextualizando a Educação Matemática e Tecnologia verificamos que é preciso mudar a 
forma de ensinar e adequá-la ao nosso tempo. Em pleno século XXI a inserção da tecnologia no 
sistema educacional ainda é um desafio para todo o corpo docente e discente, apesar de vivermos 
em um tempo bem avançado continuamos com aulas arcaicas e muitas vezes monótonas. A falta de 
investimento e valorização na educação é um fator que contribui bastante para que o sistema não se 
desenvolva por completo. Hoje com a pandemia da COVID-19 o sistema de ensino teve que passar 
por uma mudança abrupta e repentina, pois todos foram pegos de surpresa e a escola teve que se 
reinventar para que as aulas não parassem de acontecer e que o ano letivo não fosse perdido. Está 
claro que o sistema de ensino precisa mudar e inserir novas tecnologias na sala de aula; e na 
matemática não é diferente tendo em vista que é uma disciplina que a grande maioria dos alunos 
apresentam dificuldades de aprendizagem nesta disciplina. A Educação Matemática e Tecnologia 
deve ser muito mais explorada mostrando aos alunos a importância desta ferramenta no ambiente 
escolar e como a tecnologia pode deixar a aula atrativa e que a matemática está presenta em quase 
tudo que nos rodeia. Segundo Perrenoud, as instituições escolares precisam evoluir e acompanhar o 
desenvolvimento social do país, onde as novas tecnologias da informação estão cada vez mais 
presentes e transformando espetacularmente a comunicação, o trabalho, a decisão e modo de 
pensar das pessoas. Borba, Scucuglia e Gadanidis destacam que “[...] é fundamental explorarmos 
não somente os recursos inovadores de uma tecnologia educacional, mas a forma de uso de suas 
potencialidades com base em uma perspectiva educacional”. 
 
 
Palavras chave: Educação; Matemática; Tecnologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ABSTRACT 
 
Contextualizing Mathematics Education and Technology, we verify that it is necessary to 
change the way of teaching and adapt it to our time. In the midst of the 21st century, the insertion of 
technology in the educational system is still a challenge for the entire faculty and students,although 
we live in a very advanced time, we continue with archaic and often monotonous classes. The lack of 
investment and valuation in education is a factor that contributes a lot to the system not being fully 
developed. Today with the COVID-19 pandemic, the education system had to undergo an abrupt and 
sudden change, as everyone was taken by surprise and the school had to reinvent itself so that 
classes would not stop happening and the school year would not be over. lost. It is clear that the 
education system needs to change and introduce new technologies in the classroom; and in 
mathematics it is no different considering that it is a discipline that the vast majority of students have 
learning difficulties in this discipline. Mathematical Education and Technology should be explored 
much more, showing students the importance of this tool in the school environment and how 
technology can make the classroom attractive and that mathematics is present in almost everything 
around us. According to Perrenoud, school institutions need to evolve and follow the country's social 
development, where new information technologies are increasingly present and spectacularly 
transforming people's communication, work, decision and way of thinking. Borba, Scucuglia and 
Gadanidis point out that "[...] it is essential that we explore not only the innovative resources of an 
educational technology, but the way to use its potentialities based on an educational perspective". 
 
Keywords: Education; Mathematics; Technology. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO 
 
A educação matemática é um dos maiores desafios da educação básica. 
Sabemos que os desafios na educação matemática acontecem em todas as regiões 
e, por isso, precisamos pensar em soluções do tamanho do Brasil. Um sistema 
educacional aberto à inovação e com foco na aprendizagem precisa ser pensado 
como um ecossistema. Este ecossistema envolve desde o desenvolvimento de 
soluções inovadoras, apoio a professores e infraestrutura até uma política efetiva de 
conectividade. 
É fundamental garantir que as tecnologias educacionais sejam realmente 
inclusivas. Por exemplo: se contarmos com excelentes soluções online, mas nossas 
escolas não tiverem acesso ou se este acesso depender do nível socioeconômico 
das famílias, as tecnologias podem gerar mais desigualdade e exclusão do que 
inclusão. 
Hoje com a pandemia do COVID-19 fica ainda mais evidente que a tecnologia 
deve ser inserida dentro do sistema educacional, tendo em vista que muitas escolas 
continuam as aulas de forma remota, possibilitando aos alunos que terminem o ano 
letivo. 
O trabalho burocrático, demorado, manuscrito, cedeu lugar ao digital, bem 
mais rápido com as máquinas fotocopiadoras, com o computador ligado à internet. 
Vê-se quanto importante são estas tecnologias de informação e de comunicação no 
âmbito da instituição escolar. Se o trabalho escolar burocrático foi contemplado com 
as tecnologias digitais, vale perguntar: as tecnologias foram inseridas como 
ferramenta no trabalho pedagógico das salas de aulas de ensino fundamental das 
escolas? 
A utilização dos computadores nas aulas de Matemática das séries do Ensino 
Fundamental pode ter várias finalidades, tais como: fonte de informação; auxílio no 
processo de construção de conhecimento; um meio para desenvolver autonomia 
pelo uso de softwares que possibilitem pensar, refletir e criar soluções. O 
computador também pode ser considerado um grande aliado do desenvolvimento 
cognitivo dos alunos, principalmente na medida em que possibilita o 
desenvolvimento de um trabalho que se adapta a distintos ritmos de aprendizagem e 
favorece que o aluno aprenda com seus erros. 
8 
 
As tecnologias têm contribuído muito para o ensino da Matemática. Deve-se 
levar em conta que toda novidade traz certa resistência, como houve na década de 
1970. Surgiram as calculadoras, contudo, o uso delas demorou a ser inserido nas 
escolas. 
Estamos vivendo a era dos computadores, da internet, do celular, os quais 
afetam todos os setores da sociedade. Assim, se a escola, em curto prazo, não 
passar ao uso das tecnologias digitais, distanciará da realidade vivida pelos alunos. 
 
2. JUSTIFICATIVA 
 
É fundamental a inserção da tecnologia na educação uma vez que esta 
ferramenta torna as aulas mais atrativas, e oferecem ferramentas que geram 
maneiras diferentes de ensinar. Além da importância desta ferramenta, um exemplo 
significativo são dois alunos de polos e estados diferentes terem a possibilidade de 
fazerem um trabalho junto. 
 
3. OBJETIVOS 
 
3.1 Geral 
 
Mostrar a importância da inserção da tecnologia na educação matemática, 
tornando a aula mais atrativa. 
 
3.2 Específicos 
 
Através de pesquisas e questionários demonstrar a importância da tecnologia 
na educação matemática. Tendo em vista que a tecnologia está cada dia mais 
avançada e que a educação deve modernizar-se a cada dia que passa. 
 
 
9 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
4.1 A importância das novas tecnologias 
 
Nossas salas de aula atualmente possuem um modelo pedagógico estático e 
restrito, onde alunos e professores vivem numa realidade presa a livros didáticos e 
aulas puramente expositivas. Esse modelo de aprendizagem comprovadamente está 
Ultrapassado, pois nossa sociedade precisa estar preparada para um futuro 
tecnológico e digital. Portanto, deve-se reconhecer a importância das mudanças na 
Educação, em especial, na Matemática, pois as tecnologias serão capazes de 
divulgar as informações, as novas descobertas científicas, diminuir as distâncias, 
enfim ter a certeza que o mundo virtual pode proporcionar melhor qualidade na 
educação. A importância da tecnologia na educação hoje é inegável, visto que as 
novas ferramentas técnicas auxiliam todos os atores envolvidos na cadeia escolar, 
seja facilitando o trabalho do professor e do coordenador com a otimização de 
processos, ou contribuindo para a aprendizagem do aluno com a resolução de 
exercícios. 
 
[...] a presença isolada e desarticulada dos computadores na escola não é, jamais, 
sinal de qualidade de ensino; mal comparando, a existência de alguns aparelhos 
ultramodernos de tomografia e ressonância magnética em determinado hospital ou 
rede de saúde não expressa, por si só, a qualidade geral do serviço prestado à 
população. É necessário estarmos muito alertas para o risco da transformação dos 
computadores no bezerro de ouro â ser adorado em Educação. (CORTELLA, 
1995, p. 34). 
 
 Antigamente, o principal método de avaliação de desempenho eram as 
provas. O professor explicava os conteúdos, fazia exercícios, tirava-se a prova, por 
um bom tempo esse método era quase que padrão. Hoje em dia sabemos que pode 
até ser um método eficaz, porém, é ineficiente. Cada vez mais estamos entendendo 
que os alunos da geração digital precisam ser estimulados e avaliados de formas 
diferentes. 
 Quando as escolas implementam os dispositivos tecnológicos que os jovens 
utilizam para acessar redes sociais, por exemplo, o aumento dos níveis de 
10 
 
motivação e engajamento é notado no ambiente escolar. Assim, o uso da tecnologia 
é um grande avanço para as instituições que procuram se adaptar as novas 
realidades e metodologia de ensino, o uso de tecnologias educacionais que 
possuem uma interação digital e dinâmico com os alunos são formas de trazer a 
realidade tecnológica para sala de aula. 
 
A informática começou a disseminar-se no sistema educacional brasileiro nos 
anos de nos anos 80 e início de 90, do século XX, com uma iniciativa do Ministério 
da Educação. Inicialmente o MEC patrocinou um projeto, denominado EDUCOM, 
destinado ao desenvolvimento de pesquisasse metodologias sobre o uso do 
computador como recurso pedagógico, do qual participavam cinco universidades 
públicas, nas quais foram implantados centros-pilotopara desenvolver 
investigações voltadas ao uso do computador na aprendizagem (Almeida, 2004, p. 
711-712). 
 
Diante do poder e fascínio que as Novas Tecnologias podem promover no 
ensino da Matemática, levando o aluno a um conhecimento rápido, fácil, interativo e 
acompanhado de um raciocínio - lógico, é que tanto o professor como o aluno têm a 
obrigação de acompanhar essa evolução tecnológica e, assim, inserir-se nesse 
mundo cada vez mais digitalizado, sobre pena de ser evadido do sistema social. 
A educação Matemática tem o objetivo de transformar o ensino em um saber 
lógico por meio do exercício do raciocínio. Portanto, precisa oferecer uma 
aprendizagem centrada nas evoluções tecnológicas e na interdisciplinaridade, 
formando seres capazes e preparados para viver e agir nesse mundo cada vez mais 
complexo, onde as coisas evoluem e modificam rapidamente. 
Pesquisadores como Silva (2000) e Bairral (2009) concordam que a interação 
em ambientes virtuais de aprendizagem oferece nuances cognitivas diversificadas. 
Silva (2000) por exemplo, enfatiza a comunicação hipertextual como fundamental 
para uma educação online de qualidade: 
 
[...] investir em multiplicidade de nós e conexões – no sentido mesmo do 
hipertexto, do rizoma, utilizando textos, fragmentos de programação da tv, filmes 
inteiros ou fragmentos, gravuras, jornais, música, falas, performance, etc. Nesse 
ambiente o professor disponibiliza roteiros em rede e oferece ocasião de 
exploração, de permutas e potenciações (dos temas e dos suportes). Ai ele 
estimula a co-autoria e a fala livre e plural. E se não há multimídia ou internet, 
11 
 
bastaria um fragmento em vídeo para detonar intricada rede de múltiplas conexões 
com alunos e professores interagindo e construindo conhecimento (Silva, 2000, p. 
78 grifo do autor). 
 
4.2 O surgimento das novas tecnologias na educação matemática 
 
O surgimento das Novas Tecnologias na Educação Matemática teve início no 
ano de 1970 por meio de programas implantados pelo Ministério da Educação e 
Cultura com o intuito que promover inovação e evolução no ensino. 
O Programa Nacional de Informática na educação (PROINFO) foi criado e 
lançado no país por volta de 1997, pela secretária de Educação à distância do 
Ministério da educação. Esse programa é responsável em implantar dentro das 
escolas o serviço de informática, desencadeando a verdadeira inclusão das Novas 
Tecnologias na sala de aula (BRASIL, 2000). 
Embora os governos Federais e Estaduais tivessem a responsabilidade em 
oferecer toda a estrutura física e legal para que as instituições escolares pudessem 
desenvolver um trabalho voltado para a informatização escolar, tal iniciativa não foi 
suficiente para que a qualidade do ensino fosse atingida nas instituições escolares 
(estaduais e municipais), pois as falhas e os prejuízos foram pontuando problemas e 
Preocupações. 
A principal questão consiste em: Será que as escolas, os gestores e, 
principalmente os professores estão preparados para desempenhar essa nova 
função dentro da educação atual? Será que os professores possuem formação para 
utilizarem as Novas Tecnologias na educação matemática no Ensino Médio? 
Que a educação tem passado por momentos revolucionários que nos fazem 
pensar, organizar e traçar um plano de ação sobre todas essas tecnologias que 
estão batendo em nossas portas e que os professores reconhecem a importância de 
um ensino informatizado, isso é fato. Agora, será que esses profissionais possuem o 
amparo e o apoio para assumir essa nova responsabilidade? 
Acredita-se que uma das barreiras mais difíceis nessa situação escolar 
consiste no fato de que nossa sociedade precisa mudar de pensamento, na forma 
de agir, conscientizar-se de que essa realidade ter que ser assumida, que não pode 
12 
 
ser mais adiada ou ignorada pelos educadores, pelos governantes e, também, pela 
sociedade em geral. 
Dessa forma, o espaço escolar deve ser reestruturado não só fisicamente. 
Professores e gestores devem planejar e desenvolver ações a fim de qualificar 
profissionais que possam atender a essa demanda educativa, incorporando a 
realidade virtual no ensino e na aprendizagem, no currículo escolar, nas 
metodologias inovadoras. Como? Promovendo formação adequada aos profissionais 
de Matemática, fazendo alianças e parcerias e, assim adequando o espaço escolar 
às necessidades dos educandos. 
 
4.3 A matemática e as novas tecnologias 
 
As instituições escolares precisam evoluir e acompanhar o desenvolvimento 
social do país, onde as novas tecnologias da informação estão cada vez mais 
presentes e transformando espetacularmente a comunicação, o trabalho, a decisão 
e modo de pensar das pessoas (PERRENOUD, 2000). 
Não podemos mais negar a importância do ensino da Matemática na 
atualidade e na vida de cada ser humano. Porém, a disciplina de matemática sempre 
foi o bicho de sete cabeças para muitos alunos ao longo da sua formação. E essa 
perspectiva está atrelada à má formação por parte de alguns professores de 
matemática que atuam no ensino da matemática oferecendo as respostas prontas, 
não oportunizando que o aluno construa seus próprios conceitos. 
De acordo com Valente (1999, p.34-35), ensinar Matemática dentro das 
nossas escolas hoje, é promover o desenvolvimento disciplinado do raciocínio 
lógico-dedutivo, ou seja, o ensino tradicional de Matemática está ultrapassado e fora 
de uso. 
É preciso que as inovações tecnológicas devam ser encaradas de forma a 
contribuir no espaço escolar. Não podem ser vistas com olhos de reprovação ou 
desdém. Mudanças devem ser vistas com otimismo e principalmente aceitas e 
introduzidas no âmbito escolar a fim de promover a verdadeira educação a serviço 
do bem comum na busca de construir um futuro melhor, uma sociedade mais 
humana e igualitária. 
13 
 
Nosso dever como cidadão é contribuir para que nosso País se modernize de 
forma geral na educação e, principalmente que estejamos preparados para aceitar 
essa evolução que se consiste em uma ação irreversível em franca execução e 
expansão. 
Valente (1999) ressalta que o computador já faz parte do cenário da escola e 
que ele consiste na oportunidade de organizar e desenvolver novas metodologias no 
ensino a fim de melhorar os resultados do aprendizado da disciplina de matemática. 
O computador abre o espaço para a construção de novas e necessárias 
mudanças no ensino, mas ele não é o único responsável e mentor para a resolução 
de todos os problemas educacionais de nosso país. 
Moran (2002), um dos maiores especialistas brasileiros no uso das 
tecnologias em sala de aula, faz duas afirmações preciosas que a tecnologia 
sozinha não garante a comunicação de duas vias, a participação real. O importante 
é mudar o modelo de educação porque aí, sim, as tecnologias podem servir-nos 
como apoio para um maior intercâmbio. “A tecnologia é tão somente um ‘grande 
apoio’, uma âncora, indispensável à embarcação, mas não é ela que a faz flutuar ou 
evitar o naufrágio”. 
Ao que tudo indica, nosso grande desafio é, não somente defender as novas 
tecnologias como alternativa de aprendizagem no mundo contemporâneo, mas, 
socializar o acesso a esses recursos, garantindo aos professores da zona rural a 
formação necessária para uma intervenção eficaz, e aos alunos as mesma 
condições oferecidas aos centros urbanos. 
4.4 Aspectos da História da Matemática aliado as tecnologias 
 
 Compreende-se que a aprendizagem é cumulativa, e as experiências atuais 
são influenciadas por experiências passadas. Esse processo possibilita a 
constituição de novos padrões de conhecimento que são incorporados na resolução 
de problemas pelos alunos. 
 Na educação matemática, o surgimento de softwares de Geometria Dinâmica 
facilita a compreensão da matemática, pois dinamiza a plotagem em ambientes de 
duas e três dimensões, assim como exibe diversas representações de um objetomatemático. 
14 
 
 Ao estabelecer-se conexões entre áreas do conhecimento distintas como a 
História da Matemática e as tecnologias, propicia-se ao aluno diversos olhares sobre 
um objeto matemático, possibilitando a percepção de suas diversas representações, 
assim como, a ampliação de sua consciência acerca da origem dos conceitos 
matemáticos. 
 Swetz (1989) apud (Miguel e Miorin, 2011) corroboram com esta, salientando 
que o uso da História da Matemática pode proporcionar ao aluno o esclarecimento e 
o reforço de conceitos, métodos e propriedades matemáticas, aumentando a 
compreensão da realidade cultural e sociológica da evolução da matemática. As 
inquietações teóricas de várias sociedades e culturas em momentos históricos 
diferentes faz com que o estudante perceba o movimento constante do 
desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos. 
 
4.5 Peculiaridades do uso das tecnologias no ensino de Matemática 
 
 Borba e Penteado (2010, p. 45) salientam que “Entendemos que uma nove 
mídia como dentro do próprio conhecimento é que é possível haver uma ressonância 
entre uma dada pedagógica, uma mídia e uma visão de conhecimento”. Vive-se em 
uma sociedade em que a escola está cada vez mais inserida em um mundo digital, 
neste sentido, considera-se que alunos estão conectados. 
Vozes – Seriam as grandes descobertas da humanidade, como a teoria da 
relatividade de Newton, a teoria da queda dos corpos de Galileu, demonstrações 
matemáticas etc. 
Quando tais Vozes são apropriadas e ressignificadas por pessoas de outras 
épocas e de outros contextos, diz-se que produzem Ecos. Um eco é, portanto, uma 
conexão remota estabelecida entre pessoas de diferentes épocas e culturas com 
base em seus diferentes propósitos, experiências, concepção e sentidos. (MIGUEL e 
MIORIN, 2011, p. 141). 
 Os softwares e ambientes voltados para a educação são uma alternativa para 
tornar o ensino mais lúdico e prazeroso. Desse modo, atividades que incentivem a 
criatividade e que forneçam desafios podem ser uma alternativa. 
 Borba, Scucuglia e Gadanidis (2014) destacam que a tecnologia permite a 
exploração e o surgimento de novos cenários na educação, especialmente no 
15 
 
aprendizado de matemática. O envolvimento dos alunos com as tecnologias torna-os 
ativos nos seus processos de aprendizagem. 
 Borba, Scucuglia e Gadanidis (2014, p. 49) destacam que “[...] é fundamental 
explorarmos não somente os recursos inovadores de uma tecnologia educacional, 
mas a forma de uso de suas potencialidades com base em uma perspectiva 
educacional”. Ao fazer uso de um software de geometria dinâmica, os objetivos 
matemáticos ganham dinamicidade e dependência entre as representações, 
permitindo que o aluno desenvolva um novo olhar sobre seu processo de 
aprendizagem. Borba e Penteado (2010, p.100) presentam também que “[...] a 
presenta dos ambientes de aprendizagem baseados nas tecnologias educacionais 
educativas na escola, podem mudar a forma pela qual os estudantes se relacionam 
com a matemática, pois esses ambientes fornecem novas perspectivas ao uso da 
linguagem matemática”. 
 O estabelecimento de conexões entre áreas do conhecimento distintas como 
as tecnologias e a matemática, propicia ao aluno um ambiente adequado para a 
pesquisa, no qual este levanta e testa suas próprias hipóteses. 
 
4.6 Os computadores como nova ferramenta 
 
 Recentemente, a atenção dada aos kits’s tecnológicos cedeu espaço à 
expectativa de uma outra ferramenta ainda mais fascinante: o computador. Mesmo 
assim, apenas uma escola da rede municipal em Escada tem um “laboratório” de 
informática e está situa-se no centro urbano. 
 A popularização dos computadores no mundo contemporâneo tem gerado 
uma certa euforia de alguns dos seus usuários. A informática, presente nos bancos, 
supermercados, indústrias, casas lotéricas, em jogos de “videogames” e agências de 
governo, anuncia sua presença nas escolas públicas das cidades. Esse advento é 
seguido pela justificativa de incluir digitalmente aqueles que não têm acesso. 
 Apesar do sentimento que tenta reproduzir no computador a solução 
contemporânea para os males do fracasso escolar sob a bandeira da inclusão 
digital, é preciso afirmar que a simples “inclusão digital” por si só não significará a 
emancipação social nem a construção de cidadania, moldes de uma sociedade 
verdadeiramente moderna. 
16 
 
 Schwartz (2001) [19] enfoca justamente essa preocupação com o uso de 
computadores em sala de aula quando não utilizados a serviço da transformação 
social, da humanidade e da ética. Segundo ele, 
(...) os computadores, a internet, a televisão digital e outras potentes 
ferramentas tecnológicas podem até mesmo facilitar essa transformação, mas estão 
longe de garantir que ela ocorra”. 
“Se ela não ocorrer, os indivíduos que usam essas máquinas serão apenas 
escravos delas, dados numa planilha de marketing estratégico, usuários de um 
sistema controlado com finalidades usuários de um sistema controlado com 
finalidades duvidosas e pouco transparentes (...)”. 
 Desde o início da década de 1980 a informática começou a se firmar como 
um importante elemento presente nas políticas educacionais de MEC. Segundo 
Moraes (2000), em 1982 um documento apresentado pelo Brasil, na Oficina 
Intergovernamental para a Informática, que aconteceu na Itália, expressava 
claramente essa postura: “A informática representa uma das poucas esperanças 
para superar o atraso Norte-Sul” (p. 60). A partir de então, segundo o mesmo autor, 
foram desencadeadas outras ações com o objetivo de tornar factíveis as diretrizes 
na área de informática educacional. 
 As discussões têm gerado importantes contribuições literárias, mas as 
dúvidas estão longe do esgotamento. Pelo contrário, há inúmeras variáveis ainda 
sem respostas e que desafiam o entendimento sobre a eficiência dos computadores 
na aprendizagem dos alunos. 
 Um desses aspectos que tem pautados esse debate refere-se ao perfil de 
competências dos professores para se adaptarem a essa nova perspectiva de 
ensino. Não há como exigir melhor qualidade de aprendizagem sem discutir 
profundamente a qualidade da prática pedagógica dos professores, a didática no 
ensino da disciplina e o avanço no conhecimento de todos os atores que compõem a 
educação, sobretudo os profissionais do magistério. 
 Questionário recente, proposto a 131 professores de várias cidades do 
Estado de Pernambuco, indica que para 99,2% destes professores, o quadro ainda é 
a ferramenta mais frequente em suas aulas, enquanto apenas 6,9% usam o 
computador. O acesso à internet é ainda mais difícil: apenas 2,3% dos professores 
respondentes usam a internet como instrumento de trabalho em sala de aula. 
17 
 
 Este problema, entretanto, não é exclusivo do Estado de Pernambuco. Artigo 
publicado por Gomes e Lins (2002) indicam que, segundo The National Center for 
Education Statistics, metade dos professores dos Estados Unidos da América que 
têm acesso a computadores e a web não usam em sala de aula. E não se trata 
apenas do uso da máquina. Os softwares educacionais específicos para o ensino da 
matemática também são pouco utilizados. 
 Há que se reconhecer, dessa forma, que a simples introdução de laboratórios 
equipados com os computadores e outros periféricos não garantirá, por si só, a tão 
propalada inclusão digital, nem tampouco a melhoria na qualidade do ensino. Pode, 
inclusive, gerar dificuldades, se a atitude de incluir tais ferramentas não estiver 
responsavelmente vinculada a uma política séria de formação docente, que 
contemple uma discussão profunda entre os agentes envolvidos nesse processo de 
construção do conhecimento. 
 
Hoje, os computadores, cada vez mais avançados, possibilitam cálculos em fração 
de segundos e, desta, feita, vemos que a lógica matemática está para a evolução 
da história dos computadores, como a evolução histórica da informática estápara 
o aperfeiçoamento e desenvolvimento do ensino da matemática (MARQUEZE, 
2005, p. 12). 
 
4.7 As redes digitais como novos espaços de aprendizagem na educação básica 
 
 As discussões acerca do conceito de espaços de aprendizagem vêm 
crescendo, com uma nítida tendência para utilização do espaço virtual em rede, 
como novos cenários de aprendizagem, que podem ter um impacto direto no 
processo de ensino, contribuindo com a aprendizagem significativa dos estudantes 
da era digital. A partir das reflexões apresentadas sobre esses novos cenários, 
discutimos possibilidades de novos designs e estratégias pedagógicas para 
Educação Básica, contribuindo assim para a transformação efetiva da prática 
docente e para a aprendizagem significativa no contexto educacional da era digital, 
considerando os EA como preferências individuais e intransferíveis no processo, 
assim como a sua importância no contexto educacional atual com o uso das 
tecnologias. 
18 
 
Percebemos que apesar do surgimento de novas abordagens pedagógicas e 
metodológicas na educação, o desenho dos espaços das salas de aula pouco 
mudou e tendem a enfraquecer o poder que essas novas práticas exercem sobre o 
currículo e os EA dos estudantes. Com o passar do tempo e com as novas 
modalidades de educação não presenciais, o conceito de aula e o de sala de aula 
também sofreram alterações em conformidade com essas transformações, da 
mesma forma que a aprendizagem, que hoje não está mais restrita à instituição 
educacional e muito menos à sala de aula. A aprendizagem pode ocorrer em 
qualquer lugar e esse lugar, físico ou virtual, pode ser transformado num espaço de 
aprendizagem. 
As redes virtuais se configuram um espaço propício para essas novas formas 
de aprendizagens. O principal desafio é desenvolver competências e habilidades 
específicas para promover práticas de mediação efetivas para facilitar estas formas 
de aprendizagens. Os alunos de hoje, os ditos nativos/residentes digitais, 
consideram a Internet seu universo de informações mais importante. E, ao invés de 
tentar saber tudo, estudantes e professores confiam em redes de pares e bases de 
dados de informação. 
Mas a aprendizagem continua sendo a atividade central das instituições de 
ensino. O espaço - seja físico ou virtual - pode ter um impacto na aprendizagem. 
Pode servir para integrar as pessoas, pode incentivar a exploração, a colaboração e 
o diálogo, mas, também, pode transportar uma mensagem de silêncio e desconexão 
(OBLINGER, 2006). De acordo com Oblinger (2006), os espaços têm que refletir as 
pessoas dentro do seu tempo atual; entretanto os espaços de aprendizagem, 
principalmente as salas de aula, não condizem com os estudantes da atualidade. Os 
estudantes da nossa era são mais ativos, interativos, participativos, colaborativos e 
altamente motivados e conectados em redes. Assim, o comportamento do estudante 
deve corresponder aos seus estilos e às preferências de aprendizagem. 
O conceito de Aprendizagem que adotamos está relacionado com o conceito 
de desenvolvimento integral do ser humano, em suas diferentes esferas: cognitiva, 
sensitiva, de competências e de atitudes ou valores. Em um processo de 
aprendizagem, o aluno assume um papel ativo e participante (não mais passivo e 
repetidor), protagonista de ações que o levam a aprender e a mudar seu 
comportamento. “Essas ações, ele as realiza sozinho (autoaprendizagem), com o 
professor e com os seus colegas (interaprendizagem). (...). Estas interações (aluno-
19 
 
professor-alunos) conferem um pleno sentido à co-responsabilidade no processo de 
aprendizagem” (MASETTO, 2000, p. 141). 
Quanto mais entendermos a respeito de como nossos estudantes aprendem e 
sobre seus EA, mais mudaremos nossas concepções e perspectivas de espaços de 
aprendizagem. Para atender às demandas de aprendizagem desses estudantes da 
era digital, estes espaços de aprendizagem devem ser cada vez mais flexíveis e 
interconectados em rede, que possibilitem reunir atividades formais e informais, que 
reconheçam que a aprendizagem pode ocorrer em qualquer lugar, a qualquer 
momento, em espaços físicos ou virtuais. 
As redes interferem diretamente na forma como processamos e damos 
significados às informações que recebemos, pois os modos como as informações 
circulam e chegam até nós representam um novo ambiente cognitivo, característico 
da era digital, em que o pensamento é elaborado, processado e experimentado a 
uma velocidade muito diferente da que seria possível antes dessa era (MARTINO, 
2015). O maior desafio continua sendo transformar a mera informação em 
conhecimento através de uma postura crítica e reflexiva. 
Pensando sobre as diferentes formas de aprender em rede a partir dos EUEV, 
entendemos que o conhecimento se constrói através de uma rede de conexões, 
tendo em vista que a experiência de aprendizagem, ela mesma, pode definir-se 
como o momento em que adquirimos, de forma ativa, o conhecimento que nos 
faltava para completarmos uma tarefa necessária ou resolvermos um problema. 
Assim, na cultura digital, o conhecimento está disponível através de redes e o ato de 
aprender constitui-se a capacidade de construir uma ampla rede de conexões, ou 
seja, aprender é criar redes e navegar por redes (SILVA, 2020). 
O uso das redes sociais no desenvolvimento de projetos pedagógicos vem 
crescendo cada vez mais. Aos poucos, as redes começam a ser exploradas como 
meio para auxiliar professores e alunos nos processos de ensino e aprendizagem. 
Podem ser utilizadas como ferramentas pedagógicas para o ensino e aprendizagem 
em grupo, permitindo ao estudante e ao professor a flexibilidade do tempo e do 
espaço para ensinar e aprender, extrapolando os limites da sala de aula (VALENTE, 
2011). 
O conceito que adotamos para rede digital de aprendizagem corresponde a 
um ambiente virtual, composto por uma comunidade de estudantes e professores 
que aprendem juntos de forma aberta e compartilhada, trocando experiências e 
20 
 
conhecimentos, de maneira interativa e colaborativa, ou seja, a base da rede de 
aprendizagem é a colaboração, envolvendo a articulação complexa, dialógica, 
criativa, reflexiva e democrática, em que a mobilidade do conhecimento é a maior 
riqueza para as redes de aprendizagens colaborativas, a partir de redes de relações 
com intencionalidade educativa (OLIVEIRA, 2018). 
As redes digitais de aprendizagem se caracterizam como um espaço fértil 
para a aprendizagem colaborativa e para a coaprendizagem. No ambiente de rede, 
os professores podem orientar os estudantes de forma que eles passem a ser 
colaboradores do seu próprio processo de aprendizagem, considerando seus estilos 
de aprendizagem e seus Estilos de Uso do Espaço Virtual predominantes. As redes 
de aprendizagens também se oferecem como espaço propício para trabalharmos um 
currículo mais inovador, em que os estudantes possam buscar nas redes 
informações e conteúdos para construção coletiva de novos saberes, de maneira 
participativa, onde todos sejam parceiros nesse processo colaborativo de aprender, 
compreender e construir significados (SILVA; OLIVEIRA; ABRANCHES, 2019). 
Já a aprendizagem em rede é uma forma específica de aprender, apoiada 
pelo suporte contínuo do ambiente de rede de aprendizagem, de forma a oportunizar 
aos estudantes a possibilidade de combinar as vantagens do ensino online e 
presencial. A aprendizagem em rede oportuniza maior autonomia de aprendizagem 
e maior liberdade ao estudante para organizar os conteúdos de aprendizagem e seu 
progresso de acordo com suas competências, habilidades e tempo. Isso requer do 
aluno autodisciplina para planejar e organizar o aprendizado, os conteúdos e a 
prática, tendo efeito significativo na melhoria do processo de ensino e 
aprendizagem. 
Pensar nas redes digitais como novos espaços de aprendizagem para a 
Educação Básica implica pensarmos o desenvolvimento de um ambientevirtual que 
contemple os diversos cenários, elaborados pedagogicamente por uma equipe 
multidisciplinar que contemple as dimensões técnicas e pedagógicas necessárias ao 
processo de ensino e aprendizagem, onde estudantes e professores troquem 
informações e conhecimentos e aprendam com seus pares, em rede, de forma 
aberta, participativa e colaborativa. 
As redes digitais vêm se destacando como uma nova modalidade de 
comunicação e interação na internet e isso implica nas formas de veiculação de 
informação na web. O poder de uso da web para autoria e download de conteúdos 
21 
 
tem favorecido a cultura do conhecimento e a aprendizagem em rede. Nas redes, é 
possível pesquisar informações nos mais diferentes sites de busca, portais 
educacionais, blogs, cursos, exames e simulados on-line, entre outros. A partir da 
busca online, os usuários da rede também podem compartilhar as informações 
encontradas e os conhecimentos adquiridos (SILVA, 2020). 
A partir dessa compreensão de rede e de rede de aprendizagem, analisamos 
os EUEV e as competências digitais para o desenvolvimento da coaprendizagem em 
rede, compreendendo que as redes de aprendizagem funcionam como espaços para 
novas aprendizagens e formas de aprender. Assim, indicamos possibilidades para o 
uso dessas redes, como um espaço que se converte em um leque de complexidades 
e que está intrinsecamente relacionado aos EUEV dos estudantes. 
 
4.8 As TICS como ferramentas nos ambientes de aprendizagem 
 
 As principais TICs provocaram mudanças por seu impacto significativo sobre 
a cultura e reorientaram as perspectivas sociais, econômicas, científicas e políticas. 
Em 1873, James Clerk Maxwell (1831 - 1879) publicou o tratado sobre eletricidade e 
magnetismo que constituiu um importante avanço e abriu espaço para muitos 
equipamentos de comunicação e informação, partindo dos primeiros equipamentos 
como a impressão tipográfica de Johannes Gutenberg (1394 - 1468), aparelho de 
telégrafo, telefone, TV, computadores até chegar na rede mundial de computadores. 
A sociedade evolui desde os primórdios com essas tecnologias e, hoje, cada dia 
mais a sociedade depende delas. 
Para Musacchio (2014, p.1), “a sociedade atual é conhecida como Sociedade 
da Informação ou do Conhecimento, na qual se tem o acesso democratizado, 
universal, global e total à informação através dos meios de comunicação e 
equipamentos eletrônicos com acesso à internet”. Porém, para gerar conhecimento, 
as pessoas precisam interagir em rede e colaborar umas com as outras de forma 
que as diversas informações se inter-relacionem mutuamente, criando uma rede de 
significados que se interiorizam. Nessa sociedade da informação, as TIC foram 
disseminadas no nosso dia a dia, no trabalho, na escola, na faculdade, em todos os 
lugares. Assim, a forma de ensinar e aprender mudou, pois a informação está 
disponível a qualquer hora e em qualquer lugar. 
22 
 
 O fato de todas as áreas da sociedade terem passado a utilizar as TIC faz 
com que as Instituições de Ensino Superior (IES) acompanhem essa mudança, visto 
que, no desenvolvimento das diversas profissões e na busca pelo conhecimento, as 
tecnologias são consideradas elementares e essenciais (COSTA, 2005). Portanto, 
não adianta apenas ter acesso a elas, e não saber usá-las de forma dinâmica, por 
isso o professor tem um papel fundamental nesse processo, fazendo com que o 
aluno seja questionador, pesquisador e construa seu conhecimento. Moran (2012, p. 
33) afirma: 
 
[...] a aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor. As 
tecnologias podem trazer hoje dados, imagens, resumos de forma rápida e 
atraente. O papel do professor – papel principal – é ajudar o aluno a interpretar 
esses dados, a relacioná-los e a contextualizá-los. O papel do educador é 
mobilizar o desejo de aprender, para que o aluno se sinta sempre com vontade de 
conhecer mais (grifo nosso). 
 
A afirmação acima tem relação com a teoria de Siemens segundo a qual o 
professor apoia as interações dos alunos para que possam fazer conexões com as 
existentes e os ajuda nos novos caminhos, utilizando novos recursos de 
aprendizagem. 
Ensinar e aprender, hoje, não se limita ao trabalho dentro da sala de aula. 
Implica modificar o que se faz dentro e fora dela, nos ambientes presencial e virtual, 
organizando ações de pesquisa e de comunicação que possibilitem continuar 
aprendendo em ambientes virtuais. Muitas ações podem ser feitas como: pesquisar 
textos e artigos na internet, trocar mensagens, discutir questões em fóruns ou em 
salas de aula virtuais, divulgar pesquisas e projetos. Um dos grandes desafios para 
o educador de hoje é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as 
informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a 
compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-las parte 
do nosso referencial. 
A incorporação das TIC dentro do ensino e aprendizagem é um fenômeno 
relevante que influenciou a evolução recente da educação superior. Segundo a 
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, 2015, p. 
43), “o e-learning está a tornar-se cada vez mais relevante no domínio do ensino 
superior”. Pode-se dizer que o e-learning foi baseado na educação a distância (EaD) 
23 
 
que foi a primeira forma de educação além dos muros da sala de aula. A educação a 
distância foi iniciada no século XIX com o ensino por correspondência cujo material 
era enviado para o aluno. A geração que utilizou ferramentas tecnológicas foi a do 
rádio e da TV. A segunda geração incorporou as fitas cassetes e os vídeos para a 
transmissão do material. A terceira geração se solidificou com o uso dos 
computadores e, finalmente, com o advento da internet, criaram-se novas 
possibilidades de ensino e aprendizagem. Segundo OECD (2015, p. 41), “um dos 
mais importantes desenvolvimentos na educação superior mais recente foi o 
chamado “open education movement” que, impulsionado pela incorporação de TIC 
no ensino superior, levou ao surgimento de recursos educacionais abertos (REA)”. 
Os Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem (AVEA) têm promovido 
mudanças significativas na forma de ensinar e aprender, afetando a relação aluno-
professor, sejam eles utilizados na modalidade presencial ou a distância. Segundo 
Hew e Cheung (2014), o ambiente virtual de aprendizagem tem o objetivo de facilitar 
a interação aluno-professor, fazendo uso de ferramentas capazes de enriquecer 
esse processo, como chats, fóruns e tarefas. A utilização dessas “interfaces”, com o 
intuito de aumentar a eficácia e eficiência da aprendizagem por parte dos 
professores e utilizadores das mesmas, tornou-se uma realidade no século XXI. 
Uma das prioridades dos AVEA é a troca de informações entre os participantes, de 
modo que isso melhore a interação entre eles. 
A forma de aprendizagem que embasa as necessidades do nosso tempo se 
fundamenta em um modelo dinâmico, no qual o aluno é levado em conta com todo o 
seu arsenal de conhecimento. A verdadeira aprendizagem se dá quando o aluno 
(re)constrói o conhecimento e forma conceitos sólidos sobre o mundo, o que vai lhe 
proporcionar meio de agir e reagir diante da realidade. Esse aluno precisa ser 
autônomo, no sentido de gerir sua aprendizagem, ser capaz de organizar sozinho o 
seu estudo, sem total dependência do professor, administrando eficazmente o seu 
tempo de dedicação ao aprendizado e escolhendo de forma eficiente as fontes de 
informação disponíveis. Quando se fala em Ensino e-learning ou EaD, pretende-se 
que o aluno aplique o conceito de autonomia na educação. Para Moore e Kearsley 
(2008, p. 301), “o conceito de autonomia do aluno significa que os alunos têm 
capacidades diferentes para tomar decisões a respeito do seu próprio aprendizado”. 
Hoje, na sociedade do conhecimento, faz-se necessário, então, construir e 
talvez reconstruir os novos rumosdessa educação cidadã, dinâmica, libertadora, 
24 
 
autônoma, consciente e popular, respaldando o aprendizado para a vida, procurando 
orientar o aluno para uma via de produção coletiva, mas, ao mesmo tempo, 
desenvolvendo a autonomia em cada um. 
Em seus estudos, Wissmann (2006), apud Serafini (2012, p.73), afirma que 
“... a autonomia do aprendiz requer não só a aprendizagem, mas aprender a 
aprender”. Segundo o autor, a concepção de autonomia pode ser entendida como 
produto de um processo interativo definido pela essência interdependente de cada 
indivíduo como ser social que é. Assim, os aprendizes em EaD também podem ser 
ajudados a adquirir autonomia por meio de um processo de interação semelhante à 
aprendizagem prensencial. Com isso, a figura do professor/mediador é de extrema 
importância nesse processo. 
 
Segundo Guimarães (2012, p. 128): 
 
A aprendizagem em tempos de convergência digital é um processo 
fundamentalmente colaborativo, em que as redes sociais se destacam ao redor de 
interesses comuns, facilitando e orientando a construção do conhecimento; O 
aprendente assume um papel central no processo de aprendizagem e não pode 
ser tratado como um receptor passivo da informação, devendo necessariamente 
ser incluído como um autor, cocriador, avaliador e comentador crítico [...]. 
 
Percebe-se na educação que a questão da autonomia envolve outros fatores 
e não somente a vontade do aluno. Algumas variáveis influenciam no processo para 
se atingir a autonomia nos diversos ambientes de aprendizagem, são elas: a 
vontade e organização do aluno, o currículo nacional (presencial e a distância, os 
quais não têm flexibilidade), a estrutura física da faculdade, as TIC disponíveis, a 
metodologia, a forma de avaliação. Na modalidade a distância, o aluno tem a 
liberdade de aprender por meio da mediação pela tecnologia, interagindo através 
das diversas ferramentas com colegas e professores. O papel do professor deve ser 
de mediador nessa aprendizagem, como também o aluno deve ter habilidade 
técnica, saber tomar decisões em relação ao que quer aprender, desenvolver seu 
plano pessoal de aprendizagem e saber buscar recursos para sua aprendizagem. 
Nos dias de hoje, fala-se muito das metodologias ativas, sendo uma das mais 
conhecidas a Sala de Aula Invertida, cujo próprio nome já diz: é o contrário do que 
acontece na educação tradicional. Para Bergmann e Sams (2016, p.11), 
25 
 
“basicamente o conceito de sala de aula invertida é o seguinte: o que é 
tradicionalmente feito em sala de aula, agora é executado em casa, e o que é 
tradicionalmente feito como trabalho de casa, agora é realizado em sala de aula”. O 
aluno estuda em casa (vê os vídeos, pesquisa, faz leituras de textos), e o espaço da 
sala de aula é para tirar dúvidas, dialogar com os professores e colegas, fazer 
atividades e resolver problemas. Dessa forma, a aprendizagem é centrada nos 
alunos, eles são mais ativos, aproveitam melhor o tempo no presencial, e têm mais 
autonomia no seu processo de aprendizagem. 
Outra metodologia ativa, a Aprendizagem baseada em problemas (ABP) ou 
Problem-Based Learning (PBL), originou-se nas Faculdades de Medicina da 
Universidade de Mcmaster, entre as décadas de 60 e 70. Ela tem como princípio o 
uso de problemas da vida real para estimular o desenvolvimento de pensamento 
crítico e habilidades de solução de problemas e a aprendizagem de conceitos 
fundamentais da área de conhecimento estudada. Ribeiro (2005, p. 32), “embora 
concebida para o ensino da Medicina, seus princípios têm se mostrado 
suficientemente robustos para fundamentar implementações no ensino de outras 
áreas de conhecimento (BOUD; FELETTI, 1999) e em outros níveis educacionais, 
isto é, nos ensinos fundamental (e.g., GLASGOW, 1997) e médio (e.g., FOGARTY, 
1998) ”. 
 
4.9 Tecnologias móveis e ensino de matemática 
 
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são ferramentas 
habituais no século XXI, que instigam transformações na sociedade trazendo 
benefícios ao desenvolvimento humano, social, intelectual, mas também provocando 
adversidades. A geração dos nativos digitais, aqueles que já nasceram numa época 
em que explorar o mundo digital é tão comum quanto explorar o mundo real, utilizam 
as mídias digitais de forma indissociável do cotidiano (PRENSKY, 2001). Esse 
hábito, de uso constante das tecnologias, tem acarretado diversos problemas como: 
obesidade, dificuldade de concentração, lesões por esforços repetitivos, vício, 
redução da criatividade, prejuízos à leitura, problemas emocionais, isolamento, entre 
outros (SETZER, 2014). 
26 
 
Por outro lado, as tecnologias quando bem utilizadas viabilizam a autonomia e 
possibilitam a aproximação entre pessoas, otimizando processos e ações de 
interesse geral o que torna relevante sua utilização no âmbito escolar. Segundo 
Dias: “pode-se afirmar que, na atualidade, embora com alguns impasses, a presença 
das tecnologias é uma realidade nas escolas.” (2016, p.40). E por sua vez, a escola 
precisa estar em alinhamento com as várias realidades sociais nas quais os alunos 
estão inseridos, o que implica reescrever a dinâmica da sala de aula, onde os 
conteúdos passam a ser abordados de maneira inovadora, interativa e dinâmica 
(KENSKI, 2007). Somente inserir as TIC de maneira displicente nos ambientes 
educacionais, não possibilita melhorias no processo de ensino-aprendizagem, pois 
como pontua Castro: 
 
Contudo, vale salientar que não basta introduzir tecnologias digitais da informação 
e comunicação nas escolas por modismos, sem objetivos claros e planejamento 
adequado. Faz-se necessária uma ampla discussão acerca das possibilidades 
dessas tecnologias para os processos de ensino e de aprendizagem (2018, p. 18). 
 
Dessa forma, de acordo com os pressupostos de Dias (2016) a discussão a 
respeito das estratégias pedagógicas adotadas pelos professores ao fazer uso de 
recursos tecnológicos em suas aulas, em especial nas aulas de matemática, 
também é um assunto que precisa de discussão imediata, haja vista que: 
 
Nessa perspectiva, subentende-se que o uso de recursos didáticos tecnológicos 
pode favorecer a elaboração de problemas e de questões investigativas, nas quais 
as respostas matemáticas podem ser exploradas de forma menos cristalizada e 
sem a ênfase apenas em cálculos, os quais são facilitados por essas ferramentas 
(DIAS, 2016, p.41). 
 
Por sua vez, os dispositivos móveis possibilitam um acesso rápido às 
informações, pois não necessitam de um ambiente específico de interação como são 
as salas de informática, apresentando-se com uma alternativa tecnológica por não 
exigirem um alto custo para inserção e manutenção e estão cada vez mais 
populares e acessíveis à população. De acordo com Castro (2018, p. 27) na 
“aquisição dos dispositivos móveis, em especial dos smartphones, dentre outras 
27 
 
facilidades atuais, a internet está acessível para pessoas de quase todos os poderes 
aquisitivos”. 
Entretanto, Moran (2013) pondera que na sala de aula poderá haver tensões, 
desafios e novas possibilidades com a chegada das tecnologias móveis. De acordo 
com o autor: 
 
As tecnologias digitais móveis desafiam as instituições a sair do tradicional, em 
que o professor é o centro, para uma aprendizagem mais participativa e integrada, 
com momentos presenciais e outros com atividades à distância, mantendo 
vínculos pessoais e afetivos, estando juntos virtualmente. Podemos utilizar uma 
parte do tempo de aprendizagem com outras formas de aulas, mais de orientação 
à distância. Não precisamos resolver tudo dentro da sala de aula (2013, p.30). 
 
Desse modo, quando o ambiente de ensino parece ser desestabilizado pelo 
novo, “a tecnologia”, e este ciclo tradicional tem sua constância finalizada, o 
professor é motivado a se reformular. Para Moran o professor deixa de ser o centro 
da atividade educacional, indicando a emersão do papelde mediador, ou seja, o 
professor como agente que conduz ao conhecimento, estimula, e não mais como o 
único provedor do conhecimento. Função esta que o professor muitas faz sozinho, 
construindo e reconstruindo seus saberes e prática docente. 
 
Para Vieira (1998, p. 23) 
 
Na sociedade atual, em constante evolução, cada vez mais heterogênea sob 
todos os pontos de vista, onde a capacidade de refletir criticamente, de resolver 
problemas, de efetuar escolhas e tomar decisões é quase condição de 
sobrevivência, a autonomia assume um lugar imprescindível na vida de cada um, 
e a escola não pode alhear-se desse fato. 
 
Em pesquisa realizada com estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental, 
abordando conceitos de retas paralelas e transversais com o uso de um aplicativo 
móvel de geometria dinâmica, Henrique e Bairral (2019) ressaltam que muitas 
descobertas feitas pelos alunos através do aplicativo não seriam possíveis se 
estivessem utilizando, como ferramentas, somente papel e lápis. Ressalvam ainda, 
28 
 
que além dos conceitos abordados, foi possível articular outros conceitos como: 
quadriláteros inscritos ou ângulos inscritos. 
 Todavia, salientam alguns pontos desafiadores ao utilizar os aplicativos 
móveis, que podem ocorrer pela dificuldade no manuseio do software e de 
realização das construções geométricas, como também na visualização de 
propriedades, uma vez que a tela dos smartphones é pequena. 
 Ao discutir o uso de dispositivos móveis, em especial os tablets, Oliveira 
(2014) aponta que estas ferramentas têm potencial nas atividades colaborativas, 
viabilizando a aprendizagem mesmo fora da sala de aula. Esclarece que é comum 
que na implantação de uma nova tecnologia os professores tentem utilizá-la do 
mesmo modo como utilizavam as tecnologias anteriores, sem se dar conta que há 
novos recursos. Dessa forma, o desenvolvimento de pesquisas que fundamentem e 
explorem o potencial destes recursos é importante na atualidade, principalmente 
quanto a melhoria de desempenho acadêmico. 
As tecnologias móveis têm potencial para: “[...] aumentar a autonomia do 
aluno na busca de informações e na construção de seu conhecimento.” (OLIVEIRA, 
2014, p. 125). Entretanto, para que as tecnologias móveis propiciem a autonomia do 
aluno, a intervenção do professor é fundamental, pois “[...] os estudantes possuem 
facilidade quanto ao manuseio de recursos, como tablets e ambientes virtuais, 
característica comum dos nativos digitais.” (PRADO, 2017, p.120), mas diante de 
situações-problema ou em atividades propostas em sala de aula, em que surgem 
dúvidas, o papel do professor torna-se fundamental para a promoção da 
aprendizagem. 
 Numa análise do uso de dispositivos móveis no contexto da educação 
financeira, Fernandes (2018), afirma que ainda não são salientes as contribuições 
positivas do uso destas tecnologias no contexto escolar, mas evidencia que embora 
existam desafios significativos, “[...] os dispositivos móveis podem contribuir de 
diversas maneiras em tarefas que envolvam a tomada de decisão sobre assuntos 
financeiros.” (FERNANDES, 2018, p. 62). Destaca ainda que estes dispositivos 
possuem grande potencial para auxiliar as atividades, tanto nos espaços 
presenciais, quanto em não presenciais, o que corrobora com os achados de 
Oliveira (2014). 
 Ao explorar a abordagem de sistemas lineares 3x3, por meio uma sequência 
didática, utilizando um software de plotagem gráfica, com uma turma de alunos do 
29 
 
segundo ano do Ensino Médio, Jordão e Bianchini (2012) destacam que o software 
permitiu ao aluno: visualizar, compreender e interpretar os conceitos de sistema 
linear. Conforme Jordão e Bianchini, durante uma aula tradicional "os alunos 
resolvem os sistemas lineares de forma mecânica, sem dar sentido a eles." (2012, p. 
14), por sua vez o software é ferramenta relevante que propicia uma melhor 
compreensão e a aprendizagem destes conceitos. Os resultados da pesquisa 
ressaltam ainda que mesmo com o uso do software os alunos tiveram dificuldades 
de visualização dos planos, fato que indica que a presença do professor continua 
sendo importante nos ambientes de aprendizado, e suas ações promovem a 
interação não apenas do aluno com a máquina, mas também entre os atores do 
cenário escolar, pois como afirma Kenski “Os alunos, isolados, em interação 
exclusiva com o computador e o conteúdo, logo desanimam.” (2007, p.88). 
 
4.10 Tecnologia e Educação 
 
As tecnologias nos últimos anos se desenvolveram rapidamente, e isto inclui 
também a disseminação dos computadores e do acesso à internet. Uma pesquisa 
realizada pelo Pew Institute Research, dos Estados Unidos mostra que o número de 
pessoas que utilizavam computador em 2002 era 22% e este percentual duplicou em 
2007. 
Com esta perspectiva, a sociedade impõe o uso da tecnologia na educação e 
é um belo instrumento que pode ajudar a melhorar a qualidade do ensino. O uso do 
computador vem para desestabilizar a relação professor-aluno, pois existem muitas 
informações na internet e os jovens estão conectados neste meio, então eles têm 
acesso à muita informação. 
O docente pode utilizar este recurso para aprofundar conhecimentos em sala 
de aula, para refletir sobre um conteúdo, para testar hipóteses, entre outras 
finalidades. Este é o lado positivo da tecnologia na educação, mas ela também tem 
o lado negativo. A internet possui várias matérias de fácil acesso, isso acaba 
deixando muitas vezes os alunos acomodados, por exemplo, na realização de um 
trabalho existem dois tipos de trabalho: o com aprendizagem e o copia-cola que 
muitas vezes nem é lido pelo jovem. Segue abaixo uma reportagem que fala sobre a 
tecnologia na escola. 
30 
 
O professor deve estar atento a esta tecnologia e desenvolver junto com a 
criança esta capacidade de pesquisar inteligentemente para não tornar o ensino 
mecanizado, como era na pedagogia empírica. A tecnologia pode ser usada para o 
bem ou para o mal, tudo depende do docente que encaminha o uso deste 
instrumento. 
Esta tecnologia faz com que os professores se adaptem nesta nova forma de 
ensinar, e com isto as licenciaturas têm que mudar um pouco o seu currículo para 
desenvolver esta capacidade. No curso de Matemática na UCS, os professores 
estimulam a pesquisa e já possui algumas disciplinas semipresenciais para estimular 
o uso de ambientes virtuais, por exemplo, este blog desenvolvido surgiu através de 
uma disciplina do currículo da Matemática. 
Estas disciplinas trazem uma reflexão e uma aprendizagem imensa, pois ao 
postar no fórum uma dúvida você tem que ser tão claro como aquela pessoa que vai 
responder. Além disto, o docente geralmente não dá a resposta, e sim indica alguma 
bibliografia ou faz algum questionamento fazendo com que o acadêmico pense 
sobre o assunto e vá atrás do conteúdo. Ao questionar, vemos que a pedagogia 
relacional está presente até mesmo no ambiente virtual, nesta pedagogia existe a 
relação professor-aluno e aluno-aluno, ela preenche as lacunas deixadas pelas 
aulas presenciais. 
 
4.11 Tecnologia e Educação Matemática 
 
Em todas as áreas houve uma resistência dos professores adorarem os 
meios tecnológicos, pois tudo que é novo muitas vezes e visto como algo diferente e 
que não vai ajudar em nada. Na matemática não foi diferente. O que muda do 
ensino em sala de aula para num laboratório? Bom, o pensar matemático deve ser 
mantido, a interdisciplinaridade está mais próxima e também tem a facilidade 
propiciada por softwares gratuitos. Segundo Zorzan, com a tecnologia, a educação 
matemática tem o “objetivo de estimular a curiosidade, a imaginação, a 
comunicação, a construção de diferentes caminhos para a resolução de problemas e 
o desenvolvimento das capacidades: cognitiva, afetiva, moral e social” (p. 88). 
Existem vários softwares que ajudam o professor de matemática a 
desenvolver atividades interessantes, como: Cabri-Geometry,Régua e compasso, 
31 
 
Graphequation, Winplot, Tangram e Winmat. Estes softwares ou até mesmos sites 
possibilitam que a criança pesquise, faça simulações, manipulações de cálculos 
numéricos, visualizações de objeto em 2D e 3D, teste de hipóteses e reorganizar 
seu pensamento. Quem sabe com a tecnologia, a matemática deixe de ser algo 
somente para gênios e permita que todos encarem a matemática como 
conhecimento natural. 
Com os softwares, existe uma mudança no enfoque dos conteúdos, por 
exemplo, ao trabalhar o conteúdo de representação geométrica de funções, o aluno 
perde um tempo considerável para construir o gráfico. O computador constrói o 
gráfico em segundos, e o restante do tempo o docente pode aproveitar para fazer 
uma análise gráfica. 
Claro que é importante o jovem saber desenhar um gráfico e este trabalho 
deve ser feito, mas quando eles já sabem, fica um exercício de repetição. Esta 
repetição acaba deixando a aula desinteressante e neste momento pode entrar a 
tecnologia para deixar a aula mais atraente, sem esquecer o enfoque principal do 
software que é auxiliar a desenvolver a aprendizagem. 
Com esta tecnologia, “o saber matemático passa a constituir-se pelo mundo 
imaginário, pelo uso da criatividade, pela experimentação e pela possibilidade de 
ensaios, hipóteses e erros, deixando de ser uma ciência pronta, acabada e um saber 
dogmatizado” (ZORZAN, p. 91). Abaixo tem um anexo em slides que apresenta uma 
síntese deste texto. 
Portanto, este é um ótimo meio que pode melhor a qualidade do ensino, cabe 
a cada docente aprender a lidar com esta ferramenta e fazer seu uso correto em 
algumas de suas aulas. A tecnologia não precisa estar presente em todas as aulas, 
isto poderia se tornar chato, ela é um recurso para ser usado durante o ano letivo, 
podendo fazer uma mescla entre a pedagogia construtivista e os meios tecnológicos. 
As tecnologias vêm para auxiliar o professor a atingir seus objetivos pedagógicos. O 
docente se torna um mediador fazendo com que o grupo reflita, desenvolvendo um 
pensamento lógico e tornando o jovem um ser crítico. 
 
Para Moran (2015, p. 16), 
 
O que a tecnologia traz hoje é a integração de todos os espaços e tempos. 
O ensinar e o aprender acontecem numa interligação simbiótica, profunda, 
32 
 
constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois 
mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que 
se mescla, hibridiza constantemente. Por isso a educação formal é cada vez mais 
blended, misturada, híbrida, porque não acontece só no espaço físico da sala de 
aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais. 
 
4.12 Ferramentas tecnológicas nas aulas de Matemática Calculadora e planilhas 
eletrônicas auxiliam a turma na resolução de problemas 
 
Nenhuma das inovações tecnológicas substitui o trabalho clássico na 
disciplina, centrado na resolução de problemas. Estratégias como cálculo mental, 
contas com algoritmos e criação de gráficos e de figuras geométricas com lápis, 
borracha, papel, régua, esquadro e compasso seguem sendo essencias para o 
desenvolvimento do raciocínio matemático. 
Entretanto, saber usar calculadoras e conhecer os princípios básicos de 
planilhas eletrônicas do tipo Excel são hoje demandas sociais. Você deve introduzir 
esses recursos nas aulas - mas com o cuidado de pontuar que eles não fazem 
mágica alguma. Ao contrário, sua utilidade se aplica apenas a situações específicas. 
"O professor deve mostrar que eles são importantes para poupar tempo de 
operações demoradas, como cálculos e construções de gráficos, quando o que 
importa é levantar as ideias mais relevantes sobre como resolver a questão", 
defende Ivone Domingues, coordenadora pedagógica da Escola da Vila. 
Enquanto as propostas com calculadora parecem estar mais disseminadas (é 
comum em várias escolas, por exemplo, utilizá-las para conhecer propriedades do 
sistema de numeração ou validar contas), o trabalho com planilhas eletrônicas ainda 
ensaia os primeiros passos. Vale a pena considerar o uso desses aplicativos, já que 
eles permitem aliar vários conteúdos: coleta de dados, inserção de fórmulas 
algébricas para cálculos, elaboração de tabelas e tratamento da informação (leia a 
sequência didática no quadro ao lado). 
É importante que as atividades incluam desafios que questionem e ampliem o 
conhecimento da turma: o que acontece com os resultados da tabela se 
modificarmos um dos dados da fórmula? E com o gráfico, caso troquemos os valores 
da tabela? Para mostrar dados cuja soma chega a 100%, qual o tipo mais adequado 
de gráfico: o de colunas, o de linhas ou o de pizza? "Nessas explorações, o aluno 
33 
 
aprende a controlar melhor as alternativas de resolução que a ferramenta oferece", 
argumenta Ivone. 
Por fim, na área de Espaço e Forma, a mesma economia de tempo - dessa 
vez, na construção de figuras - é possibilitada por programas como o GeoGebra 
(disponível gratuitamente em www.geogebra.org) e o Cabri Gèométre (pago), que 
deixam a garotada analisar as propriedades de sólidos e planos, movimentando-os, 
marcando pontos ou traçando linhas sem a necessidade de redesenhar. 
 
4.13 A importância da tecnologia no processo de aprendizagem 
 
A tecnologia no processo de aprendizagem é indiscutivelmente necessária 
para preparar as pessoas a nova realidade e, ainda, transformar a educação em 
uma experiência completamente diferente da qual estávamos acostumados a 
presenciar. 
Apesar de o ensino-aprendizagem mudar de acordo com a evolução da 
sociedade, nunca houve tantas alterações como nas duas últimas décadas. E essas 
transformações só ocorreram por conta da Revolução Digital. 
A Revolução Digital trouxe smartphones, computadores, notebooks e tablets, 
que facilitaram, e muito, o acesso a conteúdos, agora disponibilizados em diversos 
formatos, outra consequência dessa evolução. 
Neste artigo, vamos entender sobre a importância da tecnologia no processo 
de aprendizagem e como a tecnologia influencia uma drástica mudança nesse 
processo, contribuindo para que ele se torne mais democrático. 
A evolução do mundo transforma as relações e o modo com que elas 
acontecem. E não é diferente quando se trata de ensino-aprendizagem. Foi-se o 
tempo em que o processo de aprendizagem era realizado apenas na forma 
mecânica, com quadro negro, giz, mediador à frente, alunos quietos. Este não é o 
modelo que a sociedade atual requer e necessita. 
Novas relações, novo mercado de trabalho, antigas profissões sendo 
exterminadas e novas profissões sendo criadas. Este é o cenário que a revolução 
digital criou e que irá perpetuar às demais gerações que estão por vir. 
Isso significa que o processo de aprendizado também precisou mudar, para 
garantir que mais competências e habilidades fossem desenvolvidas, e que o 
34 
 
profissional atual seja independente, tenha a capacidade de lidar e resolver os 
problemas, seja autodidata para executar suas tarefas e adquira conhecimentos 
que, antes da tecnologia, não eram requeridos. 
Pode-se então afirmar que a tecnologia no processo de aprendizagem é 
crucial para preparar as pessoas para a nova realidade presente. 
Para constatar essa afirmação, é preciso entender mais acerca do cenário em 
que vivemos, qual o papel de um aluno e de um professor nesse ambiente. 
A Primeira Revolução Industrial trouxe diversas mudanças, mas a maior foi a 
implementação de máquinas no processo de trabalho. Depois desse marco, novos 
níveis de industrialização foram surgindo, na Segunda Revolução Industrial, por 
exemplo, surgiu a produção em massa, trabalhos foram automatizados, novos 
processos criados e a eletricidade implementada. 
A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução 
Informacional, aconteceu após a Segunda Guerra Mundial (1930-1945) e ocorre até 
osdias de hoje. Essa revolução simboliza um grande período de desenvolvimento 
tecnológico, que apresentou as modernidades as quais conhecemos e nos 
relacionamos atualmente. 
Foi na Terceira Revolução Industrial que a tecnologia começou a ser 
importante no processo de aprendizagem. O mundo passou a requerer pessoas com 
habilidades e competências para lidar com as novas máquinas, que ainda 
começaram a ser ferramenta para aquisição dessas e de outras aptidões. Portanto, 
no ambiente educacional, a tecnologia se tornou um conector. 
 
4.14 A relação tecnologia e professor 
 
Ao pensar que a tecnologia possibilita o acesso a qualquer conteúdo através 
da internet, é normal pensar na situação do professor nesse ambiente. Será que a 
tecnologia substituirá esse profissional? 
Bem, antes da Revolução Informacional, o professor era visto como aquele 
que detinha todo o conhecimento e os alunos frequentavam as instituições de ensino 
para aprender com ele. Como a tecnologia possibilitou que novas fontes de 
conhecimentos fossem acessadas, o professor precisou repensar em qual seria seu 
35 
 
papel nesse cenário. Mas não, essa não é uma profissão que será extinta com a 
tecnologia. 
Atualmente, o docente em sala de aula deve instigar a busca por novos 
conhecimentos, colocar o estudante em posição de questionador, de modo que ele 
expresse suas perspectivas, emoções e sentimentos. 
Dessa forma, ele se torna o mediador nesse processo de descoberta. A 
tecnologia passa a ser um recurso facilitador desse conhecimento, que possibilita o 
desenvolvimento de aulas contextuais, dinâmicas, diferentes e práticas, que vão ao 
encontro das necessidades do novo público e mercado. 
 
4.15 Como usar a tecnologia no processo de aprendizagem? 
 
A tecnologia no âmbito da aprendizagem é utilizada de diversas formas. É 
possível, por exemplo, perceber que este recurso funciona como ferramenta de 
apoio e extensão da sala de aula. Isso porque ela pode entregar desde o acesso a 
referências, o que intensifica o conteúdo original, até esclarecer dúvidas em 
potenciais no momento de estudo. 
 
4.16 Tornar o processo mais interativo e divertido 
 
Qualquer conteúdo pode ser ensinado de forma mais interativa e divertida, 
mesmo os mais técnicos e densos. Na verdade, essa é até mesmo uma 
necessidade do mercado atual, onde o público prefere conteúdos mais dinâmicos, e 
a tecnologia é um recurso fundamental para essa nova realidade. 
Alguns exemplos que podemos citar, e que agregam tecnologia ao processo 
de aprendizagem de forma mais lúdica é o uso de jogos ou gamificação. Essas 
alternativas são possibilidades para qualquer tipo de ambiente de aprendizado, 
desde salas de aula à treinamentos corporativos. 
 
36 
 
 
4.17 Possibilitar novas experiências 
 
A tecnologia no processo de aprendizagem também pode ser utilizada para 
possibilitar novas experiências. Plataformas de chamadas de voz e vídeo via 
internet, por exemplo, proporcionam contato com pessoas do mundo inteiro. 
Essa alternativa se torna interessante quando há um especialista de interesse 
para contribuir com o assunto que será abordado, visto que ele pode ser chamado 
para tornar a aula mais interessante. 
 
4.18 Contextualizar o conteúdo 
 
Por muito tempo o aprendizado se dava através das palavras, poucas 
imagens inseridas no livro didático e, às vezes, por meio de música. Hoje, são 
inúmeras as formas que um único conteúdo pode ter. 
Imagens, vídeos, palestras, artigos, filmes, jornais, blogs e até mesmo os 
famosos “memes” são algumas das alternativas que a tecnologia apresentou ou 
facilitou o acesso. E, por serem ferramentas utilizadas no mundo todo, trazer esses 
recursos para o ambiente de aprendizado é torná-lo mais contextual e os estudantes 
mais suscetíveis a absorvê-lo. 
 
4.19 Facilitar a comunicação 
 
A última Revolução Industrial mudou, principalmente, a forma com que nos 
comunicamos. Foi nesse ambiente que surgiram as redes sociais, os aplicativos de 
compartilhamento de informação e outros. 
Com esse recurso, os estudantes podem desenvolver um ambiente de 
contato só deles, para compartilhar outros materiais que possam auxiliar no 
processo de aprendizagem: criar trabalhos em conjunto e em tempo real, realizar 
encontros on-line para discussão de projetos e mais. 
 
37 
 
4.20 Tecnologia na educação infantil: como as escolas devem lidar? 
 
É inegável que nossas crianças já estão nascendo imersas em um universo 
digital. Nesse sentido, o uso da tecnologia na educação infantil deve ser um aliado 
para despertar a sua curiosidade e estimular seu desenvolvimento motor e sua 
linguagem 
Seu uso deve ser intencional e planejado, e o seu foco deve ser sempre a 
melhoria da qualidade do aprendizado. Você sabia que o uso da tecnologia é um 
dos fatores que os pais consideram na hora de escolher uma escola? 
Neste post, você descobrirá a razão pela qual ela se torna tão necessária na 
educação desde cedo e conhecerá várias formas interessantes de incluí-la no dia a 
dia da rotina escolar. 
 
4.21 Por que usar a tecnologia na educação infantil? 
 
Essa é considerada a fase mais importante no desenvolvimento e no 
aprendizado do ser humano, por isso é necessário dar a ela uma atenção especial. 
Os alunos nessa idade têm sido conhecidos por serem a geração de nativos digitais. 
A tecnologia faz parte da vida das crianças desde muito cedo. Mesmo antes 
de saberem ler ou escrever, elas já têm domínio sobre muitas tecnologias. Essas 
habilidades e competências são adquiridas fora do ambiente escolar. Não incentivar 
o seu uso nas escolas é negar sua presença na vida dos alunos, o que é um grande 
erro. 
Seu uso no processo de ensino e aprendizagem tem o objetivo de atuar como 
parceiro na educação, deixando-a mais moderna, tornando os materiais didáticos 
mais atraentes para os alunos e estimulando o aprendizado. 
Ele deve ser parte do PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola e ser 
orientado de forma a estar apropriado à idade da criança e ao seu desenvolvimento. 
Além disso, deve-se levar em consideração seu contexto cultural e social. Ocorrer de 
modo positivo, seguro, responsável e inclusivo é essencial para ter um bom 
resultado. 
38 
 
Os educadores devem estar abertos a novas experiências. As escolas têm a 
responsabilidade de proporcionar a capacitação necessária para que eles utilizem 
de maneira correta as tecnologias educacionais. 
 
4.22 Como inserir a tecnologia na educação infantil? 
 
São várias as possibilidades de uso da tecnologia na educação infantil. 
Apresentaremos agora algumas dicas de como inseri-la no aprendizado das 
crianças. 
 
4.22.1 Usar as redes sociais 
 
É muito importante conscientizar os alunos sobre os perigos da exposição 
excessiva nas redes sociais. O risco de fazer publicações públicas e de aceitar 
amizades de pessoas desconhecidas deve ser reforçado para a segurança da 
criança. 
Entretanto, é possível usar as redes sociais de forma educativa. O professor 
pode criar perfis para o grupo ou para um projeto e usá-los para informar outras 
pessoas sobre o que seus alunos estão aprendendo. Eles gostarão de publicar suas 
pesquisas e descobertas e se empenharão em seu trabalho. 
 
4.22.2 Tirar fotos “pedagógicas” 
 
Tirar selfies só para agradar ao próprio ego não pode ser o objetivo das fotos. 
Pode-se estimular os alunos a fazerem fotos que tenham o propósito de demonstrar 
conteúdos que foram estudados em sala de aula. 
Essas fotos podem ser colocadas em painéis na escola ou nos perfis 
apropriadamente criados para essa finalidade. O importante é que haja sempre uma 
reflexão por trás das imagens. Essa reflexão ajudará as crianças a desenvolverem 
seu senso crítico e sua autonomia. 
 
 
 
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4.22.3 Ensinar a usar a tecnologia 
 
Muitos pais e professores ainda acham melhor proibir o uso da tecnologia nas 
escolas, afinal é mais fácil proibir do

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