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GABARITO DA LISTA DE EXERĆICIOS 9 – CÁLCULO II B (Exerćıcios retirados das listas dos exerćıcios programados do curso Cálculo III do CEDERJ) Exerćıcio 1 Seja f(x, y) = ex arctg(y). (a) Calcule a taxa de variação de f no ponto P(0, 1), na direção e sentido do vetor −→ PQ, em que Q(3, 5). (b) Calcule a taxa de variação máxima de f em P . Solução: (a) A taxa de variação (derivada direcional) de f , no ponto (0, 1), na direção do vetor unitário ~u é dada por ∂f ∂~u (0, 1) = ∇f(0, 1) · ~u . Como ~u tem a direção e o sentido do vetor −→ PQ = Q− P = (3, 5)− (0, 1) = (3, 4). segue que ~u = −−→ PQ || −−→ PQ|| = 1√ 32 + 42 (3, 4) = ( 3 5 , 4 5 ) . Além disso, temos que ∇f(x, y) = ( ∂f ∂x (x, y) , ∂f ∂y (x, y) ) = ( ex arctg(y) , ex 1 + y2 ) =⇒ ∇f(0, 1) = ( π 4 , 1 2 ) . Portanto, ∂f ∂~u (0, 1) = ∇f(0, 1) · ~u = ( π 4 , 1 2 ) · ( 3 5 , 4 5 ) = π 4 ( 3 5 ) + 1 2 ( 4 5 ) = 3π 20 + 2 5 . (b) Pelo teorema 13.2 - Módulo 1 - pág. 151 - o valor máximo da derivada direcional, isto é, de ∂f ∂~u (a, b), ocorre na direção ~u = ∇f(a, b) ‖∇f(a, b)‖ . Assim, a derivada direcional, a partir do ponto (0, 1), é máxima na direção ~u = ∇f(0, 1) ||∇f(0, 1)|| e o valor desse máximo é dado por ∂f ∂~u (0, 1) = ∇f(0, 1) · ~u = ∇f(0, 1) · ∇f(0, 1) ||∇f(0, 1)|| = ||∇f(0, 1)|| = || ( π 4 , 1 2 ) || = √( π 4 )2 + ( 1 2 )2 = √ π2 16 + 1 4 . CÁLCULO II B GABARITO LISTA 9 2 Exerćıcio 2 Determine ∂g ∂~u (1, 0) em que g(x, y) = 4x2y+ y2 e ~u tem a direção e o sentido do vetor normal à curva x2 + y2 = 2 no ponto (1, 1).. Solução: A derivada direcional em (1, 0) de g(x, y) = 4x2y + y2 na direção ~u, que em nosso caso é a direção normal em (1, 1) à curva x2 + y2 = 2, é calculado por ∂g ∂~u (1, 0) = ∇g(1, 0) · ~u. Temos que ∇g(x, y) = ( ∂g ∂x (x, y) , ∂g ∂y (x, y) ) = ( 8xy, 4x2 + 2y ) =⇒ ∇g(1, 0) = ( 0, 4 ) . Vamos, agora, determinar ~u. Para isso, vamos definir uma nova função, que nomeamos f(x, y), que nos auxiliára nessa tarefa. Ou seja, definimos f(x, y) = x2 + y2. E consideramos a curva de ńıvel f(x, y) = 2 de f , ou seja, x2 + y2 = 2. Note que o ponto (1, 1) é um ponto que está sobre essa curva ńıvel. Nessas condições, aplicando o Corolário 10.2 - Módulo 1 - pág. 113, sabemos que ∇f(1, 1) é normal (perpendicular) à curva de ńıvel x2 + y2 = 2. Como ∇f(x, y) = (2x, 2y) =⇒ ∇f(1, 1) = (2, 2), segue que ~u = (2, 2) ||(2, 2)|| = 1 2 √ 2 (2, 2) = ( 1√ 2 , 1√ 2 ) . Portanto, ∂g ∂~u (1, 0) = ∇g(1, 0) · ~u = ( 0, 4 ) · ( 1√ 2 , 1√ 2 ) = 4√ 2 . Exerćıcio 3 A temperatura em um ponto (x, y, z) é dada por T (x, y, z) = 200 e−x 2−3y2−9z2 onde T é medida em 0C e x, y e z em metros. (a) Determine a taxa de variação da temperatura no ponto P (2,−1, 2) em direção ao ponto (3,−3, 3). (b) Qual é a direção e sentido de maior crescimento da temperatura em P? (c) Determine a taxa máxima de crescimento em P . Solução: (a) Pelo teorema 13.1, módulo 1, página 149, para funções de três variáveis, temos ∂T ∂~u (2,−1, 2) = ∇T (2,−1, 2) · ~u , onde ~u = (3,−3, 3)− (2,−1, 2) ||(3,−3, 3)− (2,−1, 2)|| = (1,−2, 1) ||(1,−2, 1)|| = 1√ 6 (1,−2, 1) . CÁLCULO II B GABARITO LISTA 9 3 Também ∇T (x, y, z) = ( ∂T ∂x , ∂T ∂y , ∂T ∂z ) = 200 ( − 2xe−x2−3y2−9z2 ,−6ye−x2−3y2−9z2 ,−18ze−x2−3y2−9z2 ) . Logo, ∇T (2,−1, 2) = 200(−4e−43, 6e−43,−36e−43). Assim, ∂T ∂~u (1,−1, 2) = 200(−4e−43, 6e−43,−36e−43)· 1√ 6 (1,−2, 1) = 200e −43 √ 6 (−4−12−36) = −10400e −43 √ 6 . (b) Pelo teorema 13.2, módulo 1, página 151, a direção e sentido de máximo crescimento em (a, b, c) é ∇T (a, b, c). Assim, a direção e sentido de máximo crescimento da temperatura é na direção e no sentido de ∇T (2,−1, 2). Ou seja, ∇T (2,−1, 2) = 200(−4e−43, 6e−43,−36e−43) = 400e−43(−2, 3,−18). (c) A taxa máxima de crescimento é: ∂T ∂~u (2,−1, 2) = ∇T (2,−1, 2) · ~u, onde ~u = ∇T (2,−1, 2) ||∇T (2,−1, 2)|| . Assim, ∂T ∂~u (2,−1, 2) = ∇T (2,−1, 2) · ( ∇T (2,−1, 2) ||∇T (2,−1, 2)|| ) = ||∇T (2,−1, 2)|| = ||400e−43(−2, 3,−18)|| = 400e−43((−2)2 + (3)2 + (−18)2)1/2 = 400e−43 √ 337 . Exerćıcio 4 Seja f(x, y) = x3 + y4 x2 + y2 se (x, y) 6= (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) e g(x, y) = x3y2 + x+ f(x, y) . Calcule ∂g ∂~u (0, 0), onde ~u = 1√ 2 (1,−1) . Solução: Seja h(x, y) = x3y2 + x. Temos que g(x, y) = h(x, y) + f(x, y). Logo, ∂g ∂~u (0, 0) = ∂h ∂~u (0, 0) + ∂f ∂~u (0, 0). Como h é diferenciável em R2, ∂h ∂~u (0, 0) = ∇h(0, 0) · ~u. CÁLCULO II B GABARITO LISTA 9 4 Sendo ∇h(x, y) = (3x2y2 + 1, 2x3y), segue que ∇h(0, 0) = (1, 0). Dessa forma, ∂h ∂~u (0, 0) = (1, 0) · 1√ 2 (1,−1) = 1√ 2 . Para calcular ∂f ∂~u (0, 0) usamos a definição de derivada direcional ∂f ∂~u (0, 0) = lim h→0 f ( (0, 0) + h 1√ 2 (1,−1) ) − f(0, 0) h = lim h→0 f ( h√ 2 ,− h√ 2 ) − f(0, 0) h = lim h→0 ( h√ 2 )3 + ( − h√ 2 )4 ( h√ 2 )2 + ( − h√ 2 )2 − 0 h = lim h→0 h3 2 √ 2h3 + h4 4h3 = 1 2 √ 2 . Logo, ∂g ∂~u (0, 0) = ∂h ∂~u (0, 0) + ∂f ∂~u (0, 0) = 1√ 2 + 1 2 √ 2 . Exerćıcio 5 Determine as direções e sentidos em que a derivada direcional de f(x, y) = x2+sen(xy) no ponto (1, 0) tem valor 1. Solução: Seja ~u = (a, b) um vetor unitário, isto é, a2 + b2 = 1. ∂f ∂~u (1, 0) = 1 =⇒ ∇f(1, 0) · ~u = 1. Como ∇f(x, y) = (2x+ y cos(xy), x cos(xy)), segue que ∇f(1, 0) = (2, 1). Assim, (2, 1) · (a, b) = 1 =⇒ 2a+ b = 1. Logo, temos de resolver o sistema{ 2a+ b = 1 =⇒ b = 1− 2a a2 + b2 = 1 =⇒ a2 + (1− 2a)2 = 1 =⇒ 5a2 − 4a = 0 =⇒ a = 0 ou a = 4 5 . Se a = 0, então b = 1− 2a = 1. Se a = 4 5 então b = −3 5 . Assim, (0, 1) e ( 4 5 ,−3 5 ) são os vetores unitários que tem as direções e sentidos em que ∂f ∂~u (1, 0) = 1. CÁLCULO II B GABARITO LISTA 9 5 Exerćıcio 6 Mostre que a esfera de equação x2 + y2 + z2 = a2, em que a é uma constante, e o cone x2 + y2 − z2 = 0 são ortogonais em todo ponto de intersecão, isto é, seus planos tangentes tem normais perpendiculares. Solução: Seja (x0, y0, z0) um ponto de intersecão da esfera x 2 + y2 + z2︸ ︷︷ ︸ F (x,y,z) = a2 com o cone x2 + y2 − z2︸ ︷︷ ︸ G(x,y,z) = 0. Logo, as normais aos planos tangentes da esfera e do cone, em (x0, y0, z0), são da- das, respectivamente, por ~n1 = ∇F (x0, y0, z0) e ~n2 = ∇G(x0, y0, z0). Ou seja, n1 = (2x0, 2y0, 2z0) e ~n2 = (2x0, 2y0,−2z0). Provemos que estas normais são perpendiculares, isto é, ~n1 · ~n2 = 0. Com efeito, ~n1 · ~n2 = (2x0, 2y0, 2z0) · (2x0, 2y0,−2z0) = 4x20 + 4y20 − 4z20 = 4(x20 + y20 − z20) = 0 pois (x0, y0, z0) esta na intersecão do cone com a esfera e, consequentemente satisfaz as equações do cone e da esfera.
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