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Ficha catalográfica elaborada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca Central da Universidade Federal de Viçosa - Campus Viçosa W926a Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 2020 (2 : 2020 : Viçosa, MG) Anais do II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal [recurso eletrônico], 18 a 20 de setembro de 2020, Viçosa, Minas Gerais, Brasil / editores Marcelo Coutinho Picanço ... [et al.] -- Viçosa, MG : UFV, DDE, 2020. 1 livro eletrônico (pdf, 14,5 MB). Tema: Dispersão de pragas. Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader. Disponível em: http://www.mpdefesa.ufv.br/. ISBN 978-65-88874-01-1 1. Pragas agrícolas - Controle – Congressos. I. Picanço, Marcelo Coutinho, 1958-. II. Costa, Thiago Leandro, 1991-. III. Santos, Abraão Almeida, 1991-. IV. Borges, Cláudia Eduarda, 1994-. V. Barroso, Gabriela Madureira, 1992-. VI. Silva, Ricardo Siqueira da, 1986-. VII. Walerius, Adriana Helena, 1989-. VIII. Carmo, Daiane das Graças do, 1995-. IX. Neves, Daniel Victor Chaves, 1993-. X. Ferreira, Douglas da Silva,1995-. XI. Farias, Elizeu de Sá,1990-. XII. Paes, Jhersyka da Silva, 1991-. XIII. Arcanjo, Lucas de Paulo Arcanjo,1994-. XIV. Lopes, Mayara Cristina, 1989-. XV. Santana Júnior, Paulo Antônio, 1985-. XVI. Ramos, Rodrigo Soares,1987-. XVII. Universidade Federal de Viçosa. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. . Departamento de Entomologia. Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal. XVIII. Título. CDD 22. ed. 632.9 Bibliotecária responsável: Alice Regina Pinto Pires - CRB6 2523 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal ii Anais do II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal Universidade Federal de Viçosa Viçosa, Minas Gerais Brasil Setembro de 2020 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal iii Editores Marcelo Coutinho Picanço Thiago Leandro Costa Abraão Almeida Santos Cláudia Eduarda Borges Gabriela Madureira Barroso Ricardo Siqueira da Silva Adriana Helena Walerius Daiane das Graças do Carmo Daniel Victor Chaves Neves Douglas da Silva Ferreira Elizeu de Sá Farias Jhersyka da Silva Paes Lucas de Paulo Arcanjo Mayara Cristina Lopes Paulo Antônio Santana Júnior Rodrigo Soares Ramos II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal iv Comissão organizadora Presidente: Marcelo Coutinho Picanço Comissões Geral Bruno Val Braga Moreira Daniel Victor Chaves Neves Eugênio Eduardo de Oliveira Gabriel Araujo Gonçalves Gabriel Sousa Silva Jardel Lopes Pereira José Barbosa dos Santos Marcelo Coutinho Picanço Filho Marcus Alvarenga Soares Maria Laura Jesuino Pereira da Silva Mônica Carvalho de Sá Pablo da Costa Gontijo Ricardo Siqueira da Silva Divulgação Alice Candian Filgeuras Brenda Thaís Barbalho Alencar Douglas da Silva Ferreira Edmond Joseph Djibril Victor Barry Jéssica Letícia Abreu Martins Jhersyka da Silva Paes João Vítor Leitão de Campos José Carlos Barbosa dos Santos Luana Matos de Carvalho Renata Cordeiro dos Santos Sabrina Rodrigues Ferreira Thayna da Silva Raymundo Zaira Vieira Caldeira Captação de Recursos / Tesouraria Adriana Helena Walerius Alex Ramos Loyola Anderson Souza de Jesus Cristiane Campos Lopes Jose Jahir Morales Murillo Larissa Neves Santana Lucas de Paulo Arcanjo Santiago Souza lacerda Cursos Alex Dubena Guaraldi Alex Ramos Loyola Alice Candian Filgeuras Bruno Val Braga Moreira Cristiane Campos Lopes Fausto Henrique Vieira Araújo Gabriel Araujo Gonçalves Gabriel Sousa SIlva Jardel Lopes Pereira Jéssica Roberta Lacerda Alvim João Vítor Leitão de Campos Juliano Miari Corrêa José Carlos Barbosa dos Santos Larissa Neves Santana Luana Matos de Carvalho Maria Laura Jesuino Pereira da Silva Mônica Carvalho de Sá Santiago Souza lacerda Thiago Effgen Thiago Svacina II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal v Secretatia Adriana Helena Walerius Allana Grecco Guedes Damaris Rosa de Freitas Emílio de Souza Pimentel Júlia Borges Melo Letícia Caroline da Silva Sant'Ana Científica Abraão Almeida Santos André Mazochi Barroso Antônio Júlio Medina da Silva Brenda Thaís Barbalho Alencar Bruno Franklin Barbosa Cássia Michelle Cabral Cícero Teixeira da Silva Cláudia Eduarda Borges Daiane das Graças do Carmo Daniel Victor Chaves Neves Elizeu de Sá Farias Fausto Henrique Vieira Araújo Gabriela Madureira Barroso Isabel Moreira da SIlva Josiane Costa Maciel Kárenn Christiny Pereira Santos Luciana Monteiro Aguiar Marcus Alvarenga Soares Marinalva Martins dos Santos Mônica Carvalho de Sá Ricardo Siqueira da Silva Thiago Leandro Costa Thiago Svacina Tiago Garcia da Cunha Wilson Faustino Júnior Zaira Vieira Caldeira Inscrições Jéssica Roberta Lacerda Alvim Jhon Faber Marulanda Lopez Luana Matos de Carvalho Thiago Effgen Santos Thiago Leandro Costa Palestras e debates Allana Grecco Guedes Carolina Tavares Duarte Godoi Damaris Rosa de Freitas Daniel Victor Chaves Neves Emílio de Souza Pimentel Gabriel Araujo Gonçalves Jéssica Letícia Abreu Martins Jéssica Roberta Lacerda Alvim Letícia Caroline da Silva Sant'Ana Lorena Lisbetd Botina Jojoa Lucas de Paulo Arcanjo Júlia Borges Melo Marcelo Coutinho Picanço Filho Mayara Moledo Picanço Renata Cordeiro dos Santos Walysson Mendes Gomes Apresentações orais / vídeos Allana Grecco Guedes Damaris Rosa de Freitas Carlos Luis Neves Junior Elenir Aparecida Queiroz Emílio de Souza Pimentel Jhersyka da Silva Paes Jhulyana Sanches Ferreira Júlia Borges Melo Letícia Caroline da Silva Sant'Ana Renata Cordeiro dos Santos Vanessa Farias da Silva II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal vi Promoção e realização Patrocínio Apoio Diamante Ouro Prata II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal vii Programação do II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal Tema: Dispersão de Pragas Sexta – 18/09/2020 19:00 – 19:30 horas Abertura do Workshop 19:30 – 21:10 horas Mesa redonda: Dispersão de plantas daninhas Dr. Maxwel C. Oliveira (University of Wisconsin, Estados Unidos), Dr. Alexandre F. Silva (Embrapa), Dr. José B. Santos (UFVJM). Sábado (manhã) – 19/09/2020 8:00 – 8:10 horas Abertura da Seção do Workshop 8:10 – 9:10 horas Mesa redonda: Dispersão de fungos por abelhas Dra. Jorgiane B. Parish, Dra. Katja Hogendoorn (University of Adelaide, Austrália) e Dra. Maria A.L. Siqueira (UFV) 9:10 – 10:10 horas Mesa redonda: Dispersão de Spodoptera frugiperda no mundo Dra. Mayara C. Lopes (UFV), Dr. Eliseu J.G. Pereira (UFV), Dra. Simone M. Mendes (Embrapa), Dr. Antonio Chamuene (IIAM - Moçambique), Dr. Pedro Canga (Angola) 10:10 – 10:40 horas Mesa redonda: Pós-graduação Lato Sensu em Proteção de Plantas da UFV Jose C. Torres (UFV) 10:40 – 11:05 horas Palestra: Introdução e dispersão do bicudo do algodoeiro no Brasil Anderson S. de Jesus, Chantal B. Gabardo, Maike Pelicer, Queicianne P. Coleta da UFV 11:05 – 12:00 horas Debate: Dispersão do bicudo em cultivos de algodão no mundo Dra. Cristina S. Bastos (UnB), Dra. Madelaine Venzon (Epamig), Dr. Jorge B. Torres (UFRPE) Sábado (tarde) – 19/09/2020 13:50 – 14:00 horas Abertura da Seção do Workshop 14:00 – 15:15 horas Mesa redonda: Dispersão de fitopatógenos Dr. Eduardo S.G. Mizubuti (UFV), Dra. Thaís R. Santiago (UNB), Dr. Douglas F. Pereira (UFV), Dra. Wânia S. Neves (Epamig) 15:20 – 15:40 horas Mesa redonda: Mestrado Profissional em DefesaSanitária Vegetal da UFV Dr. Angelo Pallini (UFV) 15:40 – 16:05 horas Palestra: Introdução e dispersão do caramujo-gigante-africano no Brasil Caique D. Batista, Felipe F. Marincek, Melissa Rosler, Valeria F.A. Dorileo da UFV 16:05 – 16:30 horas Palestra: Dispersão e distribuição geográfica do psilídeo-de-concha do eucalipto no mundo Jéferson A. Pereira, Marlon M.A. Moreira Neto, Marta S. Nimet, Mateus V.B. Mielli da UFV 16:30 – 16:55 horas Palestra: Introdução e dispersão da mosca dos chifres no Brasil Evandro P. Melo, Gabriela O. Furini, Luciano C. França da UFV 16:55 – 18:00 horas Seção de apresentação oral de trabalhos Domingo – 20/09/2020 8:00 – 8:10 horas Abertura da Seção do Workshop 8:10 – 8:35 horas Palestra: Introdução e dispersão de Helicoverpa armigera no Brasil Alexandre H.A.S.B. Campos, Carlos D.L. Fernandes, Eva M. Santos, Rodrigo B. Santos da UFV 8:35 – 10:00 horas Mesa redonda: Mecanismos e impacto da dispersão de pragas Dra. Daniela S.M. Silva (UFV), Dr. Orlando M. Silva (UFV), Dr. Paulo A. Santana Jr. (UFV) 10:00 – 11:30 horas Seção de apresentação oral de trabalhos 11:30 – 12:00 horas Encerramento do Workshop II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal viii Apresentação Em sua segunda edição, o II Workshop International de Defesa Vegetal, promovido pelo Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da Universidade Federal de Viçosa, teve como tema a “Dispersão de pragas”. Esta edição, realizada integralmente de forma online, foi transmitida pelo YouTube no canal do Insectum – Grupo de Estudos em Entomologia. As transmissões podem ser acessadas diretamente pelo canal do Insectum no youtube ou através dos seguintes links: Dia 1 – 18/09/2020: https://www.youtube.com/watch?v=y1nKQbpHVjQ Dia 2 (manhã) – 19/09/2020: https://www.youtube.com/watch?v=NArZ1XufqQw Dia 2 (tarde) – 19/09/2020: https://www.youtube.com/watch?v=HM9XzI3KEVU Dia 3 – 20/09/2020: https://www.youtube.com/watch?v=c0ZKLwgeq5k O evento contou com a participação de 2552 pessoas, entre pesquisadores, professores, profissionais do agronegócio, consultores e estudantes de graduação e pós-graduação do Brasil e outros 13 países (Argentina, Austrália, Colômbia, Equador, Espanha, Honduras, Índia, Moçambique, Paraguai, Peru, Portugal, Senegal e Uruguai). A programação científica contou com cinco palestras, um debate, sete mesas-redondas, seis mini-cursos além de apresentações orais de trabalhos voltados para o principal tema deste evento, nas áreas de Defesa Sanitária Vegetal, Entomologia, Fitopatologia e Plantas Daninhas. Após análise da comissão, um total de 211 resumos foram aprovados e estão publicados neste documento. Um total de 62 trabalhos foram apresentados de forma oral. Os melhores trabalhos apresentados no evento foram premiados. Nós agradecemos a todos participantes, palestrantes, patrocinadores e comissão organizadora pelos esforços e dedicação para realização deste evento. Comissão Organizadora II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal ix Sumário O USO DE BIOESTIMULANTES EM CAFEEIRO INTERFERE NA COLONIZAÇÃO PELA Planococcus minor (MASKELL) (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE)? .............................................................................. 1 OCORRÊNCIA DE Xyleborus affinis EM CASTANHAIS NATIVOS E COMERCIAIS NO SUL DA AMAZÔNIA ......................................................................................................................................................... 2 IMPACTOS DA PRESENÇA DE HOSPEDEIRAS ALTERNATIVAS DE Meloidogyne incognita EM ÁREAS DE CULTIVO DE INHAME EM VERA CRUZ, RN ............................................................................................. 3 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE Meloidogyne incognita EM ÁREAS DE PRODUÇÃO DE BATATA DOCE EM VERA CRUZ, RN .............................................................................................................. 4 PRIMEIRO RELATO DE Trichothecium roseum INFECTANDO FOLHAS DE TOMATE CEREJA NO BRASIL ............................................................................................................................................................... 5 PRIMEIRO REGISTRO DE Argyrotenia sphaleropa (LEPIDOPTERA: TORTRICIDAE) NA CULTURA DA SOJA NO ESTADO DO MATO GROSSO ......................................................................................................... 6 CRESCIMENTO DE EUCALIPTO EM COMPETIÇÃO COM GRAMÍNEAS ..................................................... 7 COMPETIÇÃO ENTRE OS PARASITOIDES Palmistichus elaeisis E Trichospilus diatraeae (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) .................................................................................................................... 8 INTERAÇÕES COMPETITIVAS ENTRE Palmistichus elaeisis E Trichospilus diatraeae (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) .................................................................................................................... 9 CADASTRAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS NA CULTURA DO FEIJÃO- CAUPI NO MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO LAGO - AÇU – MA ................................................................. 10 BIOCARVÃO COMO ALTERNATIVA NA REMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS COM HERBICIDAS .................................................................................................................................................... 11 POTENCIAIS ESPÉCIES VEGETAIS BIOINDICADORAS DO S-METOLACHLOR NO SOLO .................... 12 TRIGO COMO BIOINDICADOR DE RESÍDUOS DE SULFENTRAZONE EM SOLOS CONTRASTANTES . 13 Triticum aestivum COMO BIOINDICADORA DE RESÍDUOS DO HERBICIDA DIMETHENAMID .............. 14 MONITORAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS FLORESTAIS COM RPAS ................................................ 15 O USO DE PLATAFORMAS RPAS E SENSORES NA IDENTICAÇÃO DA FITOSSANIDADE FLORESTAL .......................................................................................................................................................................... 16 MANCHA ARROXEADA EM HÍBRIDOS DE MILHO ...................................................................................... 17 USO DE IMAGENS MULTIESPECTRAIS OBTIDAS POR RPAS PARA IDENTIFICAÇÃO DA BRUSONE EM PLANTIOS DE ARROZ: PRIMEIRAS PERCEPÇÕES ............................................................................. 18 INTERFERÊNCIA E MÉTODOS DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA CENOURA .......................................................................................................................................................................... 19 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal x OCORRÊNCIA DE Drosophila suzukii (Matsumura, 1931) (Diptera, Drosophilidae) EM CULTIVARES DE VIDEIRA, NA SERRA GAÚCHA ...................................................................................................................... 20 EFEITO DO AUMENTO DA CARGA DE GEMAS NA OCORRÊNCIA DE PODRIDÃO CINZENTA (Botrytis cinerea) NA VIDEIRA ‘CABERNET FRANC’ .................................................................................................. 21 SUSCETIBILIDADE À ANTRACNOSE E PODRIDÃO DE FRUTOS EM NOVAS CULTIVARES DE MORANGO COM POTENCIAL DE CULTIVO NO PLANALTO NORTE CATARINENSE ............................. 22 IRIS YELLOW SPOT ORTHOTOSPOVIRUS: RESSURGIMENTO DE UMA AMEAÇA À CEBOLICULTURA NACIONAL ....................................................................................................................................................... 23 FORMULAÇÕES DE FERTILIZANTE ORGANOMINERAL LÍQUIDO NO CONTROLE DO NEMATOIDE Meloidogyne incognita NA CULTURA DO TOMATEIRO ............................................................................. 24 AS ESTAÇÕES DO ANO E O CLIMA AFETAM A MORTALIDADE CAUSADA POR FATORES NATURAIS SOBRE Ascia monuste orseis (LEPIDOPTERA: PIERIDAE) .......................................................................25 SUSCEPTIBILIDADE E HABILIDADES PREDATÓRIAS DE Belostoma anurum EXPOSTAS SUBLETALMENTE AO INSETICIDA IMIDACLOPRIDE ................................................................................. 26 PROPRIEDADES INSETICIDAS DE EXTRATOS DE Musa sp. (MUSACEAE) NO CONTROLE DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) ......................................................... 27 POTENCIALIDADE DE Eichhornia crassipes E Pistia stratiotes COMO REMEDIADORAS DE AMBIENTES AQUÁTICOS CONTAMINADOS COM DIURON ....................................................................... 28 FLUORESCÊNCIA DA CLOROFILA A DE MACRÓFITAS COMO REMEDIADORAS DE AMBIENTES AQUÁTICOS CONTAMINADOS COM DIURON ............................................................................................. 29 MONITORAMENTO DE VARIÁVEIS CLIMÁTICAS PARA O CONTROLE DA PINTA PRETA .................... 30 POTENCIAIS DE INSETICIDAS REGULADORES DO DESENVOLVIMENTO DE INSETOS PARA O CONTROLE DE PRAGAS DE LAVOURAS .................................................................................................... 31 UTILIZAÇÃO DE BIODEFENSIVOS NAS LAVOURAS .................................................................................. 32 HABILIDADES REPRODUTIVAS E SOBREVIVÊNCIA DE Euschistus heros RESISTENTES AO INSETICIDA LAMBDA CIALOTRINA .............................................................................................................. 33 PLANTAS DO CERRADO PODEM AJUDAR PEQUENOS AGRICULTORES NO CONTROLE DE PRAGAS .......................................................................................................................................................................... 34 SELEÇÃO DAS PRINCIPAIS MORFOESPÉCIES DE ARTRÓPODES COLETADAS POR MOERICKE TRAPS EM ÁREA DE BARU Diptery alata EM RIO VERDE – GO ............................................................... 35 ÍNDICES DE DIVERSIDADE DE ARTRÓPODES NÃO-ALVO DE SOLO EM ÁREA DE SOJA Bt EM ESTÁGIO VEGETATIVO .................................................................................................................................. 36 DESEMPENHO DO PULGÃO Rhodobium porosum (APHIDIDAE) SOBRE CULTIVARES DE ROSEIRA SUBMETIDAS A DIFERENTES SOLUÇÕES NUTRITIVAS EM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO SUBSUPERFICIAL ‘EBB AND FLOW’ ........................................................................................................... 37 FLUTUAÇÃO DE PERCEVEJOS NA SOJA SEMEADA EM DIFERENTES ÉPOCAS .................................. 38 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xi THE CONTRIBUTION OF Crotalaria juncea AND Fagopyrum esculentum FOR HERBIVOROUS MITE CONTROL IN COFFEE CROPS ...................................................................................................................... 39 DO DIFFERENT TYPES OF REFORESTATION ESTABLISHED IN THE AMAZONIA RAINFOREST DIFFER IN RECOVERING OF PREDATORY WASPS? ............................................................................................... 40 GENETICALLY MODIFIED CORN: AN ANALYSIS OF THE BEHAVIOR OF FALL ARMYWORM .............. 41 RESPONSE OF Trichogramma pretiosum FEMALES TO HERBIVORE-INDUCED BT MAIZE VOLATILES .......................................................................................................................................................................... 42 INCIDÊNCIA DE PSILÍDEO-DE-CONCHA EM CLONES DE EUCALIPTO .................................................... 43 INCIDÊNCIA POR PERCEVEJO BRONZEADO EM CLONES DE EUCALIPTO ........................................... 44 MÉTODOS RÁPIDOS E NÃO DESTRUTIVOS PARA DETECÇÃO DE INSETOS-PRAGA EM GRÃOS ARMAZENADOS E SEMENTES ..................................................................................................................... 45 PRODUÇÃO DE SOJA SUBMETIDA A TRATAMENTO DE SEMENTES COM TIAMETOXAM ................... 46 Bemisia tabaci SUBMETIDA A TIAMETOXAM VIA TRATAMENTO DE SEMENTES .................................. 47 PODRIDÃO BACTERIANA DE BULBOS DE CEBOLA: UMA COMPLEXA ETIOLOGIA A SER ELUCIDADA ..................................................................................................................................................... 48 A FITORREMEDIAÇÃO E HERBICIDAS NOS ÚLTIMOS 15 ANOS .............................................................. 49 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE SIRFÍDEOS (DIPTERA: SYRPHIDAE) NA CULTURA DO SORGO ........... 50 INTERRELAÇÕES ENTRE CARACTERÍSTICAS MORFOAGRONÔMICAS E INCIDÊNCIA DE BICHO MINEIRO EM CAFÉ ......................................................................................................................................... 51 EFEITOS DIRETOS E INDIRETOS DA INCIDÊNCIA DE BICHO MINEIRO EM CAFEEIROS, VIA ANÁLISE DE TRILHA ....................................................................................................................................................... 52 MODELO GEO FITOPATOLÓGICO DE RISCO DE ENTRADA, ESTABELECIMENTO E DISSEMINAÇÃO DE Candidatus Liberibacter spp. NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL ................................ 53 AÇÃO ALELOPÁTICA DE BRAQUIÁRIA SOBRE O CRESCIMENTO DE GIRASSOL ................................ 54 ÍNDICES DE CRESCIMENTO DE PLANTAS DE GIRASSOL SOB A AÇÃO DO EXTRATO DE BRAQUIÁRIA ................................................................................................................................................... 55 COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE DIVERSIDADE DE ARTRÓPODES COLETADOS POR ARMADILHAS DE BANDEJA EM ÁREA DE BARU EM DUAS ÉPÓCAS DO ANO EM RIO VERDE-GO ............................ 56 UMA REVISÃO SOBRE Solenopsis geminata Fabricius (1804), IMPACTOS DE SUA INTRODUÇÃO E NOVO REGISTRO NO ESTADO DE MATO GROSSO ................................................................................... 57 ESTUDO FAUNÍSTICO DA ENTOMOFAUNA COLETADA POR ARMADILHAS ADESIVAS AMARELAS EM ÁREA DE BARU NO PERÍODO DE VERÃO E OUTONO EM RIO VERDE-GO ...................................... 58 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xii AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS DE SORGO GRANÍFERO SOB INFESTAÇÃO DE Sitophilus zeamais .......................................................................................................................................... 59 O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS COMO ALTERNATIVA PARA A CULTURA DO MORANGO ....... 60 PERFORMANCE OF ENTOMOPATOGENIC NEMATOIDS IN Spodoptera eridania ................................... 61 PREDATE BEHAVIOR OF Podisus nigrispinus IN Spodoptera eridania ................................................... 62 SELETIVIDADE DE MOLÉCULAS INSETICIDAS EM PARASITOIDES TENDO COMO MODELO Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) ............................................................................. 63 PRINCIPAIS MORFOESPÉCIES DE ARTRÓPODES NÃO-ALVO DE SOLO EM ÁREAS DE SOJA Bt e NÃO Bt NOS ESTÁDIOS V2 E V5 ................................................................................................................... 64 AN ALTERNATIVE METHODOLOGY FOR EVALUATING FORMULATION TOXICITY TO WHITEFLIES .. 65 ANÁLISE SAZONAL DOS ÍNDICES DE DIVERSIDADE DA ENTOMOFAUNA ASSOCIADA A PLANTAS DE Dipteryx alata AMOSTRADA POR STICKY TRAP EM RIO VERDE-GO ................................................ 66 CARACTERIZACIÓN DE UN INHIBIDOR DE PROTEASA AISLADO DE LA HEMOLINFA DE Anticarsia gemmatalis (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) .................................................................................................. 67 BIOLOGIA DE Podisus sagitta (HEMIPTERA: ASOPINAE) SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DO INGREDIENTE ATIVO ISOXAFLUTOLE ......................................................................................................... 68 PERFORMANCE OF Podisus nigrispinus PREYING ON Spodoptera eridania ......................................... 69 EFICIÊNCIA DE FORMULADOS A BASE DE BACTÉRIA ENTOMOPATOGÊNICA Bacillus thuringiensisNO MANEJO DE Spodoptera eridania .......................................................................................................... 70 SUSCETIBILIDADE DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE SORGO GRANÍFERO AO CARUNCHO DO MILHO Sitophilus zeamais .......................................................................................................................................... 71 SPATIAL DISTRIBUTION OF Diabrotica speciosa IN A COMMECIAL SOYBEAN CROP ......................... 72 SURVIVAL OF Ceraeochrysa cubana LARVAE ON SPONTANEOUS PLANTS ......................................... 73 RESPOSTA COMPORTAMENTAL DO POLINIZADOR Trigona hyalinata (HYMENOPTERA: APIDAE) POR EXPOSIÇÃO A ÓLEOS ESSENCIAS ..................................................................................................... 74 SELETIVIDADE DE INSETICIDAS BOTÂNICOS AO POLINIZADOR Trigona hyalinata (HYMENOPTERA: APIDAE) ........................................................................................................................................................... 75 A ESTAÇÃO DO ANO AFETA A COMPOSIÇÃO DE ARTRÓPODES PREDADORES EM CULTIVOS DE BRÁSSICAS ..................................................................................................................................................... 76 IMPACTOS DO INSETICIDA DIMILIN® EM INSETOS AQUÁTICOS NÃO-ALVO E EM PEIXES ................ 77 IMPORTÂNCIA DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA NA DEFESA SANITÁRIA VEGETAL ..... 78 CRIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL À PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES RURAIS, ENFATIZANDO O CONTROLE BIOLÓGICO .................................................................................. 79 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xiii ALELOPATIA DE EXTRATOS AQUOSOS DE Ricinus communis NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE ESPÉCIES HORTÍCOLAS ................................................... 80 SEVERIDADE DA INFESTAÇÃO DE BICHO MINEIRO EM CAFÉ ARÁBICA .............................................. 81 CONTRABANDO DE AGROTÓXICOS ILEGAIS EM REGIÕES BRASILEIRAS ........................................... 82 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA GLOBAL DE Striga asiatica ....................................................................... 83 MODELO DE ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA PARA Striga asiatica NO BRASIL UTILIZANDO O CLIMEX .... 84 SENSIBILIDADE DE TRIGO AO HERBICIDA METRIBUZIN EM DIFERENTES SOLOS ............................. 85 EFEITO DO HERBICIDA INDAZIFLAM EM HÍBRIDO CLONAL DE EUCALIPTO ........................................ 86 APLICAÇÃO DE FERTILIZANTES FOLIARES ASSOCIADOS A HERBICIDAS EM MUDAS DE EUCALIPTO ..................................................................................................................................................... 87 ESTRATÉGIAS DE MANEJO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM SOJA .................................... 88 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS ............................................................................................................... 89 SELETIVIDADE E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE SULFENTRAZONE + DIURON E ASSOCIAÇÕES EM PRÉ E PÓS-EMERGÊNCIA DA CTC4 .................... 90 EFEITO DE TIAMETOXAM + LAMBDA-CIALOTRINA SOBRE A BIOLOGIA DE Euschistus heros (F.) (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE) ............................................................................................................. 91 MOSCA DOS CHIFRES NO BRASIL .............................................................................................................. 92 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA CANA-DE-AÇÚCAR CONTRA A HERBIVORIA POR Diatraea saccharalis ...................................................................................................................................................... 93 EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE OVOS DE Duponchelia fovealis ZELLER (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE) ................................................................................................................................................... 94 ATAQUE DE Tetranychus ludeni (ACARI: TETRANYCHIDAE) EM PLANTAS DE ALGODOEIRO GENETICAMENTE MODIFICADO ................................................................................................................... 95 TRANSGENERATIONAL SURVIVAL IMPACT OF IMIDACLOPRID ON Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) .................................................................................................................. 96 MULTIGENERATIONAL SURVIVAL IMPACT OF THIAMETHOXAM, ON Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) .................................................................................................................. 97 DETERRÊNCIA À OVIPOSIÇÃO DE TRAÇA-DAS-CRUCÍFERAS ATRAVÉS DO USO DE EXTRATO BOTÂNICO DE Simarouba versicolor (SIMAROUBACEAE) ....................................................................... 98 MAPEAMENTO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INSPEÇÃO E MONITORAMENTO DA SIGATOKA NEGRA (Mycosphaerella fijiensis Morelet) NO MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS - RJ .......................... 99 PRESENÇA DE PROTEÍNAS Cry1F E Cry2A EM VARIEDADES DE MILHO CRIOULO ........................... 100 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xiv AGROTÓXICOS APREENDIDOS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 8 ANOS .................................................... 101 FITOTOXICIDADE DE MUDAS DE EUCALIPTO SUBMETIDAS A HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS- EMERGÊNCIA ................................................................................................................................................ 102 DESEMPENHO DE CLONES DE Eucalyptus ATACADOS PELA INVASÃO RECENTE DE Leptocybe invasa (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) .................................................................................................... 103 USO DE ÁREA DE REFÚGIO EM MILHO BT NA REGIÃO DE ALFENAS – MG ........................................ 104 ACUTE AND CHRONIC EFFECT OF THE IMIDACLOPRID, THIAMETHOXAM AND DELTAMETHRIN ON Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) ........................................................................... 105 RESISTÊNCIA DE Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) A DETERMINADOS GRUPOS QUÍMICOS DE INSETICIDAS DURANTE A SAFRA 2019/2020 .................... 106 STRATEGIC PLANT DIVERSIFICATION IN COFFEE CROPS INCREASES ABUNDANCE OF Metarhizium spp. ................................................................................................................................................................. 107 RESPOSTA COMPORTAMENTAL DE Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) A EXPOSIÇÃO A ÓLEOS ESSENCIAIS .................................................................................................................................................. 108 SELETIVIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS AO POLINIZADOR Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) .. 109 A COMPOSIÇÃO DE ARTRÓPODES PREDADORES EM CULTIVOS DE BRÁSSICAS VARIA COM A PLANTA HOSPEDEIRA? .............................................................................................................................. 110 POTENCIAL ALELOPÁTICO DO CAPIM-CAMALOTE (Rottboellia cochinchinensis) SOB CONDIÇÕES DE LIMITAÇÃO HÍDRICA NO DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS TESTE .............................................. 111 EFEITOS DA DERIVA SIMULADA DE HERBICIDAS EM MUDAS DE EUCALIPTO COMBINADA COM A UTILIZAÇÃO DA ADUBAÇÃO FOLIAR ........................................................................................................ 112 RESISTÊNCIA DE (Euphorbia heterophylla L.) A DIFERENTES HERBICIDAS USADOS NA AGRICULTURA BRASILEIRA ....................................................................................................................... 113 CONTROLE PREVENTIVO DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISAL COM HIDROLATO DE Lippia alba (Mill.) N.E. Brown ..........................................................................................................................................114 ATIVIDADE ANTIFUNGICA DO HIDROLATO DE Lippia alba (Mill.) N.E. Brown SOB Aspergillus welwitschiae .................................................................................................................................................. 115 ÉPOCAS DE SEMEADURA E A SEVERIDADE DE HELMINTOSPORIOSE SOBRE HÍBRIDOS DE MILHO PIPOCA .......................................................................................................................................................... 116 POTENCIAL in vitro DO HIDROLATO DE Ocimum basilicum L. SOB Aspergillus welwitschiae .......... 117 TOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE ERVA-BALEEIRA AO NEMATOIDE DAS GALHAS ................ 118 PATÓGENOS NECROTRÓFICOS ................................................................................................................ 119 ANTRACNOSE DO ABACAXIZEIRO ............................................................................................................ 120 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xv MEDIDAS DE CONTROLE DA ANTRACNOSE EM BANANAS .................................................................. 121 CARACTERIZACIÓN DE LA REGIÓN QUE CONTIENE EL GEN MI-9 DE RESISTENCIA A Meloidogyne spp. EN EL GENOMA DE Solanum arcanum .............................................................................................. 122 BIOATIVIDADE (IN VITRO) DO ÓLEO ESSENCIAL DE Cymbopogon citratus (DC.) Stapf NO CONTROLE DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISAL .................................................................................. 123 ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO HIDROLATO DE Croton argyrophyllus Kunth (EUPHORBIACEAE) NO CONTROLE DO Colletotrichum gloeosporiodes (PENZ.) SACC .............................................................. 124 Alternaria sp. CAUSA MANCHA FOLIAR EM JAMBU (Acmella oleracea) NO BRASIL .......................... 125 APLICAÇÃO DE SÍLICIO NA VIDEIRA ‘BORDÔ’ E SEU EFEITO NAS VARIAVÉIS EPIDEMIOLÓGICAS DO MÍLDIO DA VIDEIRA (Plasmopora viticola) .......................................................................................... 126 DESFOLHA PRECOCE DA VIDEIRA ‘CHARDONNAY’ REDUZ A OCORRÊNCIA DE PODRIDÃO CINZENTA (Botrytis cinerea) ....................................................................................................................... 127 OCORRÊNCIA DE BWYV ASSOCIADO A SINTOMAS DE VERMELHÃO FOLIAR EM CULTIVO COMERCIAL DE MORANGO NO DISTRITO FEDERAL .............................................................................. 128 A AÇÃO DE RIZOBACTÉRIAS NA ABSORÇÃO DE NUTRIENTES ........................................................... 129 MICRORGANISMOS E SUA UTILIZAÇÃO NO CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS DE PLANTAS . 130 INCIDÊNCIA DE Pratylenchus brachyurus EM SOJA E SUA RELAÇÃO COM ATRIBUTOS DE FERTILIDADE DO SOLO ............................................................................................................................... 131 SINERGISMO DE CITRAL E UNDECAN-2-ONE NO CONTROLE DE Meloidogyne incognita ................. 132 RIZOBACTERIA ASOCIADAS A Solanum melongena L. Y SU EFECTO SOBRE EL CRECIMIENTO Y LA FISIOLOGÍA DEL CULTIVO DE BERENJENA ............................................................................................. 133 EFEITO FUNGITÓXICO in vitro DE DIFERENTES ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE O FUNGO Colletotrichum gloeosporioides DO MAMOEIRO ...................................................................................... 134 GROWTH OF EUCALYPTUS SEEDLINGS SUBMITTED TO HERBICIDES ............................................... 135 SPATIAL DISTRIBUTION OF SIRPHIDS (DIPTERA: SYRPHIDAE) IN MAIZE CROP ............................... 136 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO FITOSSANITÁRIA .................................................................................... 137 INTRODUÇÃO E DISPERSÃO DO CARAMUJO GIGANTE AFRICANO Achatina fulica NO BRASIL ..... 138 INFESTAÇÃO FORÇADA DE Ceratitis capitata EM LIMA ÁCIDA TAHITI E LARANJA DOCE ............... 139 ROTAS SENTINELAS, ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO DA INVASÃO DO HLB DOS CITROS NA BAHIA ............................................................................................................................................................. 140 ROOTED CUTTINGS OF EUCALYPTUS INOCULATED OF Trichoderma harzianum PRESENTED INDUCED DEFENSE RESPONSES AGAINST Leptocybe invasa .............................................................. 141 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xvi STATUS FITOSSANITÁRIO DO CANCRO CÍTRICO (Xanthomonas citri sub. citri) NO ESTADO DE SERGIPE ........................................................................................................................................................ 142 ÁREA REGIONAL DE MANEJO – ARMA: MAPEAMENTO DE CENÁRIOS PARA ENFRENTAR O HUANGLONGBING DOS CITROS ................................................................................................................ 143 ANO INTERNACIONAL DA SANIDADE VEGETAL: RELEVÂNCIA DA QUARENTENA À SAÚDE AMBIENTAL DAS PLANTAS BRASILEIRAS ............................................................................................... 144 PRINCIPAIS PRAGAS EM CULTIVOS DE PITAIA NO BRASIL .................................................................. 145 A POPULAÇÃO COMO AGENTE DISPERSOR DE PRAGAS ..................................................................... 146 INTRODUÇÃO E DISPERSÃO DO BICUDO DO ALGODOEIRO NO BRASIL ............................................ 147 CRIAÇÃO DE EMBALAGEM PARA TRANSPORTE DO BIOINSUMO A BASE DE OVOS PARASITADOS POR Trichograma pretiosum ....................................................................................................................... 148 DENSIDADE DE Spodoptera frugiperda E Dorus luteipes EM MILHO CRIOULO EM COUTO MAGALHÃES DE MINAS – MG .................................................................................................................... 149 EFFECTS OF MULTIGENERATIONAL DELTAMETHRIN EXPOSURE ON SURVIVAL OF Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) .................................................................................................. 150 PREDATION OF Leucoptera coffeella EGGS BY Ceraeochrysa cubana ................................................. 151 CONTROLE BIOLÓGICO NATURAL POR Dorus luteipes COMO COMPLEMENTO ÀS TECNOLOGIAS DE MILHO BT NO CONTROLE DE Spodoptera frugiperda ....................................................................... 152 SPATIAL DISTRIBUTION OF COMMON BLOSSOM THRIPS ON SOYBEAN ............................................ 153 INSETICIDAS BOTÂNICOS COMO UMA ALTERNATIVA EFETIVA DE CONTROLE ............................... 154 DISPERSÃO E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO PSILÍDEO-DE-CONCHA DO EUCALIPTO NO MUNDO ........................................................................................................................................................................ 155 ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DE PRAGAS DE GRÃOS ARMAZENADOS ................................. 156 DETERMINATION OF THE IDEAL SAMPLE UNIT FOR Dalbulus maidis IN MAIZE ................................. 157 DETERMINATION OF THE SPACE-TEMPORAL DYNAMICS OF Bemisia tabaci IN MAIZE CROPS ...... 158 IS Ceraeochrysa cubana A POTENTIAL COFFEE BERRY BORER PREDATOR? ................................... 159 DIVERSIDADE DE ARTRÓPODES NÃO-ALVO COLETADOS EM ARMADILHAS MOERICKE EM ESTÁDIOS VEGETATIVOS DE SOJA Bt E NÃO Bt .................................................................................... 160 ANÁLISE FAUNÍSTICA DE INSETOS NÃO-ALVO ASSOCIADOS AO DOSSEL DE PLANTAS DE SOJA Bt E NÃO-Bt EM ESTÁDIO VEGETATIVO ........................................................................................................ 161 VARIAÇÃO SAZONAL DE Leucoptera coffeella EM CAFEEIRO NO BIOMA DE CERRADO .................. 162 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetalxvii PLANTAS COMPANHEIRAS PROMOVEM O AUMENTO DE SIRFÍDEOS NO CULTIVO DE BRÁSSICAS ........................................................................................................................................................................ 163 EFEITO DO MANJERICÃO (Ocimum basilicum) ASSOCIADO A COUVE-CHINESA (Brassica pekinensis) SOBRE Microtheca sp. ............................................................................................................ 164 OLFACTORY RESPONSE OF Neoseiulus californicus FOR VOLATILES INDUCED OF CORN PLANTS INFESTED BY TWO-SPOTTED SPIDER MITE Tetranychus urticae .......................................................... 165 DISPERSÃO DE Diaphorina citri (Hemiptera: Liviidae) EM ÁREAS FONTE DE INÓCULO PRIMÁRIO DO HUANGLONGBING ....................................................................................................................................... 166 EFEITO DO MANJERICÃO (Ocimum basilicum) ASSOCIADO A COUVE-CHINESA (Brassica pekinensis) SOBRE PREDADORES ............................................................................................................ 167 MODELO PARA ESTIMATIVA DE PERDA DE MASSA ESPECÍFICA CAUSADA POR Sitophilus zeamais EM GRÃOS DE SORGO ARMAZENADOS ................................................................................................... 168 INFLUÊNCIA DE CONCENTRAÇÕES DE ÓLEO DE NIM SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE LAGARTAS DE Anticarsia gemmatalis HÜBNER (LEPIDOPTERA: EREBIDAE) .......................................................... 169 EFEITO DA DIVERSIFICAÇÃO DA VEGETAÇÃO SOBRE A FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE BROCA- DO-CAFÉ EM CAFÉ CONILON ..................................................................................................................... 170 INFLUÊNCIA DAS PLANTAS DE INGÁ SOBRE A INFESTAÇÃO DE COCHONILHA-DA-ROSETA EM CAFÉ CONILON ............................................................................................................................................. 171 EFEITO DETERRENTE DE EXTRATOS BOTÂNICOS SOBRE Liriomyza sativae BLANCHARD 1938 (DIPTERA: AGROMYZIDAE) ......................................................................................................................... 172 RESPOSTA DA BROCA-DO-COLMO E LAGARTA-MILITAR À HÍBRIDOS DE SORGO ENERGIA BMR 173 EXPOSIÇÃO in vitro AO INSETICIDA TIAMETOXAM VISANDO O CONTROLE DE Hypothenemus hampei ........................................................................................................................................................... 174 EFEITO DE SOJA INTACTA NA DIVERSIDADE DE ARTRÓPODES NÃO-ALVO: AVALIAÇÃO COM ARMADILHAS ADESIVAS EM RIO VERDE-GO .......................................................................................... 175 Leptocybe invasa FISCHER & LA SALLE (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) INVASION IN SOUTHERN TOCANTINS STATE WITHIN NORTH-CENTRAL BRAZIL .......................................................................... 176 MORTALIDADE DE LARVAS DE Plutella xylostella TRATADAS COM EXTRATO E FRAÇÕES DE Tithonia diversifolia ...................................................................................................................................... 177 CONTROLE BIOLÓGICO ARTIFICIAL POR Beauveria bassiana DA ESPÉCIE Altica oleracea NA CULTURA DO MORANGO ............................................................................................................................ 178 AVALIAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA e Annona muricata NA MORTALIDADE LARVAL DA TRAÇA-DAS CRUCÍFERAS .......................................................................................................................... 179 EFICÁCIA DO TRATAMENTO DE SEMENTES NO CONTROLE DA CIGARRINHA DO MILHO (Dalbulus maidis) ........................................................................................................................................................... 180 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xviii STATUS DE Anastrepha spp. NAS PAISAGENS FRUTÍCOLAS DA BAHIA E EXIGÊNCIAS FITOSSANITÁRIAS DA UNIÃO EUROPÉIA ................................................................................................. 181 BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS E MIP EM SORGO FORRAGEIRO ........................................................... 182 SOBREVIVÊNCIA DE Spodoptera frugiperda EM HÍBRIDO DE MILHO Bt EM HOMOZIGOSE .............. 183 GRAU DE INFESTAÇÃO DA TRAÇA-DA-CASTANHA EM FUNÇÃO DA FASE DE DESENVOLVIMENTO DO MATURI DO CAJUEIRO-ANÃO .............................................................................................................. 184 EXTRATOS AQUOSOS DE ALHO E PRIMAVERA PARA CONTROLE DE PRAGAS DE COUVE- MANTEIGA ..................................................................................................................................................... 185 LEPIDÓPTEROS-PRAGA ASSOCIADOS À CULTURA DA SOJA EM UM AGROECOSSISTEMA NO ESTADO DE MATO GROSSO ....................................................................................................................... 186 POTENTIAL OF NATIVE PHYTOSEIID MITES AGAINST THE RED PALM MITE Raoiella indica HIRST 187 A PREFERÊNCIA DE ABELHAS VISITANTES POR DIFERENTES COLORAÇÕES DA COROLA DE Tropaeolum majus L. (TROPAEOLACEAE) ................................................................................................ 188 A FLUORESCÊNCIA DA COROLA DE Tropaeolum majus L. (TROPAEOLACEAE) INFLUENCIA A PERCEPÇÃO DE CORES PELAS ABELHAS VISITANTES ........................................................................ 189 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONTROLE E ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS DE FORMIGAS CORTADEIRAS PELO DE FUNGO Penicillium spp. .................................................................................. 190 PLASTIC TRAPS WITH ATTRACTANTS TO CAPTURE Cosmopolites sordidus AND Metamasius hemipterus IN THE BANANA CROP ............................................................................................................ 191 INCIDÊNCIA NATURAL DE Beauveria bassiana NO CONTROLE DA BROCA DO CAFÉ, EM CAFEEIROS DE VIÇOSA, MG ............................................................................................................................................ 192 SURVEY OF DRYOPHTHORINAE SPECIES (COLEOPTERA) CAPTURED IN THE BANANA CROP (Musa acuminata) IN QUEVEDO, ECUADOR ......................................................................................................... 193 NÍVEIS DE DANO ECONÔMICO PARA O CONTROLE QUÍMICO DE Sphenophorus levis EM CULTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR DE SEQUEIRO ....................................................................................................... 194 EFEITO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE Metarhizium anisopliae NA EMERGÊNCIA DE ADULTOS DE Cotesia flavipes (HYMENOPTERA: BRACONIDAE) .......................................................... 195 EFEITOS DA BAIXA TEMPERATURA NO ARMAZENAMENTO DE PUPAS DE Cotesia flavipes (Cameron, 1991) (HYMENOPTERA: BRACONIDAE) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO) .................. 196 ARTROPODOFAUNA ASSOCIADA AO DOSSEL DE HORTALIÇAS EM SISTEMA DE PERMACULTURA E CULTIVO TRADICIONAL ........................................................................................................................... 197 PREFERENCE OF Coleomegilla maculata TO PREY UPON EGGS OF RESISTANT AND SUSCEPTIBLE Spodoptera frugiperda POPULATIONS ...................................................................................................... 198 DINÂMICA POPULACIONAL E DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DE NINFAS DE Bemisia tabaci EM CULTIVARES DE ALGODOEIRO CONSORCIADAS COM PLANTAS COMPANHEIRAS ......................... 199 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal xix SUSCETIBILIDADE DE ABELHAS, Apis mellifera, À EXTRATOS DE Annona acutiflora E Syderoxylon obtusifolium ..................................................................................................................................................200 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DO BICHO-MINEIRO-DO-CAFEEIRO NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS .......................................................................................................................................................... 201 FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS PARA O CONTROLE DE Ferrisia dasylirii NO CAFEEIRO ............ 202 IMPACTO DO CONTROLE DE INSETOS, DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS NO CUSTO DE PRODUÇÃO EM LAVOURAS DE TOMATE ................................................................................................. 203 PRODUTIVIDADE DE GENÓTIPOS DE Vigna unguiculata SOB ESTRESSE SALINO E ATAQUE DE Aphis craccivora KOCH (HEMIPTERA: APHIDIDAE) ................................................................................. 204 OCORRÊNCIA DE GALHA-DA-FOLHA-DE-AROEIRA, Calophya terebinthifolii (HEMIPTERA: CALOPHYIDAE) EM ÁREA EM RESTAURAÇÃO NA ESEC DE CAETÉS ................................................. 205 ADAPTAÇÃO E PERMANÊNCIA DE Glycaspis brimblecombei (HEMIPTERA: APHALARIDAE) NA REGIÃO MÉDIO-NORTE DE MATO GROSSO ............................................................................................. 206 INTRODUÇÃO E DISPERSÃO DE Helicoverpa armigera NO BRASIL ...................................................... 207 PRODUÇÃO DE MUDAS DE Lippia alba (MILL) N.E.BR COM DIFERENTES DOSES DE HIDROGEL, COM OU SEM INOCULAÇÃO DE TRICHODERMA .............................................................................................. 208 ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE EXTRATOS VEGETAIS FRENTE À BACTÉRIA Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens ............................................................................................................. 209 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DO PARASITOIDE Psyllaephagus bliteus (Hymenoptera: Encyrtidae) EM PLANTIOS DE EUCALIPTO NA REGIÃO MÉDIO-NORTE DE MATO GROSSO ................................. 210 EFFECT OF PREVIOUS INOCULATION OF Trichoderma longibrachiatum ON THE DEVELOPMENT OF GALLS INDUCED BY Leptocybe invasa IN ROOTED CUTTINGS OF Eucalyptus ................................... 211 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 1 O USO DE BIOESTIMULANTES EM CAFEEIRO INTERFERE NA COLONIZAÇÃO PELA Planococcus minor (MASKELL) (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE)? Lara Sales¹, Marvin M. Pec², Lenira V. C. Santa-Cecília³, Maria Fernanda G. V. Peñaflor¹ ¹ Universidade Federal de Lavras, Departamento de Entomologia, Lavras, MG, Brasil. Email: larasalesbio@gmail.com. ² Universidade de São Paulo, Departamento de Entomologia e Acarologia, Piracicaba, SP, Brasil. ³ Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Lavras, MG, Brasil. O cafeeiro Coffea spp. (Rubiaceae) é uma das culturas de maior importância para o agronegócio mundial, entretanto um dos obstáculos para os cafeicultores está no manejo de pragas de forma sustentável. Apesar dos danos ocasionados pelos herbívoros, as plantas possuem mecanismos de defesa para enfrentar seus ataques. Uma das alternativas que vem ganhando interesse na agricultura sustentável é a utilização de bioestimulantes, que interagem com a fisiologia da planta e muitas vezes ativam a resistência induzida sistêmica, o que faz com que ela responda mais rapidamente ao ataque dos herbívoros. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar se cafeeiros tratados com substâncias húmicas e um isolado de bactéria endofítica Enterobacter tabaci YIM Hb- 3T, combinadas e isoladas, reduzem a colonização pela cochonilha-branca Planococcus minor (Maskell) (Hemiptera: Pseudococcidae). Foi realizado o teste de preferência hospedeira, onde quatro plantas, uma de cada tratamento (substâncias húmicas, bactéria promotora de crescimento, substâncias húmicas + bactéria promotora de crescimento e controle) foram colocadas em uma gaiola e ligadas por uma plataforma de papel de coloração preta, onde liberamos no centro 60 ninfas de terceiro instar de P. minor. As avaliações foram realizadas 24, 48 e 72 horas após a liberação das ninfas, contabilizando as cochonilhas presentes em cada planta. Os dados foram submetidos ao modelo linear generalizado com binomial negativa, sendo o tratamento a variável fixa e o tempo a variável aleatória, totalizando 15 repetições por tratamento. Os resultados se mostraram altamente significativos (p<0,001), sendo que nos três horários avaliados, a cochonilha teve menor preferência por cafeeiro tratado com substâncias húmicas, seguido dos tratamentos de cafeeiro tratados com bactéria e o uso combinado dos dois bioestimulantes. Dessa forma, os bioestimulantes utilizados no bioensaio aumentam a resistência da planta contra à cochonilha P. minor, visto que foram menos preferidos pelo pseudococcídeo. Palavras-chave: Substâncias húmicas, Bactérias promotoras de crescimento de plantas, Defesa direta, Escolha hospedeira. Apoio: Capes, CNPq. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 2 OCORRÊNCIA DE Xyleborus affinis EM CASTANHAIS NATIVOS E COMERCIAIS NO SUL DA AMAZÔNIA Marcus Henrique Martins e Silva1, Juliana Garlet2 1 Instituto Federal de Mato Grosso, Campus Alta Floresta, Alta Floresta – MT, Brasil. e-mail:marcus.silva@alf.ifmt.edu.br 2 Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Alta Floresta, Alta Floresta – MT, Brasil. A Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa Bonpl.) é uma das principais espécies florestais de importância econômica na Amazônia. A exploração comercial ocorre a partir do extrativismo em castanhais nativos ou em sistemas de produção denominados castanhais comerciais. Xyleborus affinis Eichoff (1868) (Coleoptera:Curculionidae) é uma coleobroca de distribuição pantropical, que possui grande importância econômica para sistemas florestais em diversos países, devido a capacidade de promover danos diretos e indiretos como o broqueamento de troncos e ser vetor de doenças que comprometem a qualidade da madeira. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de Xyleborus affinis em castanhais nativos e comerciais no sul da Amazônia. O levantamento amostral foi realizado em dois castanhais nativos (antropizado e conservado) e em castanhal comercial, localizados no norte de Mato Grosso (municípios de Alta Floresta e Paranaíta). Para amostragem, foram utilizadas 12 armadilhas do modelo Pet-Santa Maria em cada área. As coletas ocorreram em quatro períodos entre os anos 2018-2019: na estação chuvosa e seca. O material coletado foi identificado em nível de espécie e realizada análise quantitativa. Foram coletados 1171 indivíduos da espécie Xyleborus affinis, dos quais 27,67% ocorreram na área do Castanhal Nativo Antropizado, 25,10% no Castanhal Nativo Conservado e 47,23% no Castanhal Comercial. Evidencia-se assim, que na área do Castanhal Comercial foram amostrados aproximadamente 50% do total de indivíduos, o que sugere que este ambiente propicia condições favoráveis à ocorrência destes insetos. Além disso, é possível apontar uma maior afinidade de ocorrência com a estação chuvosa, já que neste período foi verificada abundância expressiva de indivíduos, 74,72%. O monitoramento desta espécie em áreas de produção de castanha é fundamental para a construção de estratégias de manejo integrado sustentável, pois possui ampla distribuição nos países com floresta amazônica e pode causar assim significativos danos aos plantios florestais comerciais. Palavras-chave: Scolytinae, Coleobrocas, Castanheira. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 3 IMPACTOS DA PRESENÇA DE HOSPEDEIRAS ALTERNATIVAS DE Meloidogyne incognita EM ÁREAS DE CULTIVO DE INHAME EM VERA CRUZ, RN Francisco Jorge Carlos de Souza Junior1, Mayara Castro Assunção1, Jaime Corbiniano dos Santos Neto1, Arielena Augusta Rodrigues Mello1, Liany Regina Bezerra de Oliveira Silva1, Lilian Margarete Paes Guimarães1, Elvira Maria Régis Pedrosa2 1Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Agronomia, Recife, Pernambuco, Brasil. E- mail: jorgesouza@alu.ufc.br2Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Engenharia Agrícola, Recife, Pernambuco, Brasil. Na ausência do inhame, as populações de nematoides sobrevivem no solo ou em outras hospedeiras, tais como plantas invasoras, que servem como fonte de inóculo para disseminação do patógeno em novas áreas de cultivos, mantendo ou aumentando o nível populacional. Além disto, estas plantas podem proteger os nematoides da ação de defensivos agrícolas; favorecer o antagonismo, ocasionando a supressão dos fitonematoides; e exercem efeitos indiretos através da competição com a cultura. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento de Meloidogyne spp. em plantas daninhas coletados em áreas de produção de inhame em Vera Cruz, RN. Foram realizadas coletas de raízes de Alternanthera tenella, Bidens pilosa e Solanum paniculatum com sintomas de meloidoginose em área de produção localizada em Vera Cruz (6º2’6”S; 35º25’24”O), durante novembro de 2019. Após as coletas, os nematoides foram extraídos, obtendo 10 populações de Meloidogyne spp. Posteriormente, foi realizada a caracterização das espécies de Meloidogyne por meio de dados morfológicos, bioquímicos e moleculares. De acordo com os cortes perineais, perfil da esterase e as análises das sequências D2-D3 e 18S, foi identificada a espécie M. incognita em todas as amostras coletadas na área. Portanto, na ausência do inhame, M. incognita pode sobreviver em plantas invasoras, o que indica a importância dessas espécies como fonte de inóculo para a disseminação do patógeno em novas áreas de cultivos. Palavras-chave: plantas invasoras, nematoides das galhas, Dioscorea spp., meloidoginose, suscetibilidade. Apoio: CAPES, CNPq e FACEPE. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 4 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE Meloidogyne incognita EM ÁREAS DE PRODUÇÃO DE BATATA DOCE EM VERA CRUZ, RN Francisco Jorge Carlos de Souza Junior1, Mayara Castro Assunção1, Jaime Corbiniano dos Santos Neto1, Arielena Augusta Rodrigues Mello1, Liany Regina Bezerra de Oliveira Silva1, Lilian Margarete Paes Guimarães1, Elvira Maria Régis Pedrosa2 1Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Agronomia, Recife, Pernambuco, Brasil. E- mail: jorgesouza@alu.ufc.br 2Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Engenharia Agrícola, Recife, Pernambuco, Brasil. Ipomoea batatas é uma importante cultura para a região Nordeste do Brasil, sendo cultivada por pequenos produtores rurais. Dentre os problemas fitossanitários da cultura destacam-se os nematoides do gênero Meloidogyne, conhecidos como nematoides das galhas. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento de Meloidogyne spp. em áreas de produção de batata-doce localizadas em Vera Cruz, RN. Foram coletadas 10 amostras compostas, de raízes e solos, em sistema ziguezague, em campos de produção de batata-doce em Vera Cruz (6º2’12”S; 35º25’26”O), durante novembro de 2019. Após as coletas, os isolados de Meloidogyne foram extraídos e identificados por meio de análises morfológicas, bioquímicas e moleculares. De acordo com os cortes perineais, perfis de esterase e análises das sequências D2-D3 e 18S, foi identificada a espécie M. incognita em todas as amostras. A frequência absoluta da espécie M. incognita ratifica este patógeno como agente indutor de prejuízos em áreas de cultivo de batata doce no estado do Rio Grande do Norte, assim como a necessidade da adoção de medidas de manejo que reduzam as populações desse importante fitonematoide. Palavras-chave: nematoides das galhas, Ipomoea batatas, levantamento. Apoio: CAPES, CNPq e FACEPE. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 5 PRIMEIRO RELATO DE Trichothecium roseum INFECTANDO FOLHAS DE TOMATE CEREJA NO BRASIL Wânia dos Santos Neves1, Edvirges Conceição Rodrigues2, Douglas Ferreira Parreira3 1 EPAMIG Sudeste, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E-mail: waniaepamig@yahoo.com.br 2 EPAMIG Sudeste, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 UFV- Campus Rio Paranaíba, Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil. Em 2016, no município de Viçosa (MG), folhas de plantas de tomate do cultivar Sweet Grape apresentando lesões caracterizadas por manchas circulares, com centro pardo e halo clorótico foram coletadas e enviadas ao laboratório de fitopatologia da Epamig Sudeste para diagnose. A identificação foi feita com observações em microscópio estereoscópio e posterior confecção de lâminas para observação sob microscópio óptico. Ao se observar as lâminas, sob microscopia óptica, foram detectadas estruturas fúngicas, micélio hialino septado com conidióforos simples ou ramificados 95-290 x 2-4 µm, conídios com duas células, de ovais a piriformes de 12-25 x 6-9 µm produzidos em cadeias basípetas. Baseado na morfologia e nas características da cultura o agente causal foi identificado como Trichothecium roseum (Pers.). Para o teste de patogenicidade (postulados de Koch) o isolado foi semeado em placas com meio batata-dextrose-agar (BDA), mantidas a ± 25 ºC com fotoperíodo de 12 horas por sete dias para crescimento do fungo. Folhas sadias de tomate Sweet Grape, com e sem ferimento, foram submetidas a dois tratamentos: discos de BDA contendo micélio e esporos do fungo e discos de BDA sem a presença do patógeno, dispostos sobre as folhas na face adaxial. As plantas foram colocadas em câmara úmida cobertas por plástico preto durante 24 horas. Após a retirada do plástico, os vasos contendo as plantas foram levados à casa de vegetação onde permaneceram por oito dias. Quatro dias após a inoculação do patógeno, começaram a surgir sintomas semelhantes aos encontrados no campo em todas as folhas inoculadas com o fungo, com e sem ferimento. O fungo T. roseum tem ocorrência frequente em frutos, principalmente em pós colheita, já tendo sido relatado em frutos de tomate na Argentina, Brasil e Estados Unidos, sendo este o primeiro relato da ocorrência de T. roseum em folhas de tomateiro no Brasil. Palavras-chave: podridão rosa, identificação taxonômica, postulados de Koch. Apoio: CNPq. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 6 PRIMEIRO REGISTRO DE Argyrotenia sphaleropa (LEPIDOPTERA: TORTRICIDAE) NA CULTURA DA SOJA NO ESTADO DO MATO GROSSO Fernando Willian Neves1, Rosemeire Alves da Silva2 1 Grupo Webler, Eng°. Agrônomo, Sapezal, Mato Grosso, Brasil. fernando.neves@grupowebler.com.br 2 Agropecuária Maggi, Bióloga, Sapezal, Mato Grosso, Brasil. Argyrotaenia sphaleropa (Meyrick, 1909) (Lepidoptera: Tortricidae) é um inseto polífago, com hábito crepuscular e noturno, nativo da América do Sul, é encontrado danificando frutíferas. Neste trabalho, é relatada a primeira ocorrência de A. spharelopa no Mato Grosso (13°18’02.36”S, 58°45’23.05”O) em lavoura de soja comercial safra 2017/18 e 2018/19. Espécimes foram observadas no campo nas fases vegetativas e reprodutivas da cultura. As larvas foram coletadas e mantidas em laboratório sendo alimentadas com folhas de soja para acompanhamento do ciclo biológico. A mariposa possui 15 mm de envergadura e 8 mm de comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos. Possui cabeça com antenas e tórax com tufo de cor castanho, abdome marrom acinzentado e patas marrom, a parte caudal mais clara com pelos evidentes. Asas anteriores de cor variável que oscilam entre o castanho claro e castanho escuro, e as asas traseiras cinza claro, pouco transparentes. Ovipositam em massas sobrepostas, em média 160 ovos de coloração amarelada, vindo a emergir lagartas de coloração verde-clara, após 7 dias da postura. As lagartas possuem comprimento de até 12 mm em seu quinto e último estádio, permanecem nesta fase em média 15 dias. Empupam sob as próprias folhas que lhe serviram de abrigo e alimento. As pupas possuem comprimento de 6,5 mm e coloração verde e evolui a castanho-clara, cada segmento possui 2 fileiras de microespinhos e ficam protegidas sob teia durante 5 dias atéa emergência do adulto. Os possíveis danos em potencial começam pelas folhas jovens, no qual o estádio larval produz uma teia para se abrigar, causando assim o enrolamento do limbo foliar onde se alimenta levando a redução da área fotossintética ativa. A ampla adaptação do inseto a temperaturas mais amenas à clima quente e úmido, faz com que a praga se estabeleça em outras regiões podendo atacar grandes culturas. Palavras-chave: polífago, hospedeiros, dispersão, Glycines max. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 7 CRESCIMENTO DE EUCALIPTO EM COMPETIÇÃO COM GRAMÍNEAS Maria Sebastiana Carmindo da Silva1, Josiane Costa Maciel1, Priscila Gonçalves Monteiro1, Tayna Sousa Duque1, Carlos Rodrigues Gomes1, Juliano Miari Corrêa1, José Barbosa dos Santos1 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. mariacarmindo17@gmail.com O eucalipto é uma espécie de célere crescimento, com certa plasticidade quanto ao seu estabelecimento no campo, entretanto este não está isento da competição imposta pelas plantas daninhas. Assim, a compreensão da interferência da matocompetição é um dos fatores mais importantes na fase inicial de crescimento da cultura. Deste contexto, o objetivo foi avaliar os efeitos da competição das plantas daninhas Urochloa brizantha, Urochloa decumbens e Panicum maximum sobre o crescimento do clone comercial - I144 de eucalipto. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e dez repetições. Os tratamentos foram compostos de plantas de eucalipto em competição com U. brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf. cv. Marandu, U. decumbens Stapf. cv. Basilisk e P. maximum Jacq. cv. BRS Zuri e tratamento controle de plantas de eucalipto. Altura, diâmetro do caule, número de folhas, área foliar e matéria seca de folha e caule foram avaliados aos 110 dias após plantio. O clone comercial de eucalipto apresentou menor altura em competição com P. maximum e redução no número de folhas, área foliar e matéria seca de folha e caule em competição com U. decumbens. O menor número de folhas, área foliar e matéria seca de folha e caule das plantas de eucalipto em competição com U. decumbens é resultado da interferência imposta pela planta daninha. A competição ocorre quando o suprimento de um ou mais fatores essenciais ao crescimento da planta diminui, e como consequência, o número de folhas, área foliar e matéria seca da parte aérea é frequentemente reduzido com o estresse das plantas. Urochloa decumbens foi a espécie com maior habilidade competitiva, pois reduziu de forma considerável as variáveis de crescimento das plantas de eucalipto. Palavras-chave: Clone, Urochloa brizantha, Urochloa decumbens, Panicum maximum. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 8 COMPETIÇÃO ENTRE OS PARASITOIDES Palmistichus elaeisis E Trichospilus diatraeae (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) Wilson Faustino Júnior1, Diovana Kimberly Silva Oliveira2, Cleber Felipe de Oliveira2, Marinalva Martins dos Santos2, Elizangela Souza Pereira2, Isabel Moreira da Silva2, Marcus Alvarenga Soares2 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal - PPGCF, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: wilson.faustino@ufvjm.edu.br 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Interações competitivas ocorrem entre parasitoides adultos, em busca de hospedeiros, e imaturos no interior do hospedeiro compartilhado. O objetivo foi avaliar os efeitos das introduções múltiplas e sequenciais dos parasitoides Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle e Trichospilus diatraeae Cherian & Maragabandhu (Hymenoptera: Eulophidae) na emergência e progênie dessas espécies. O experimento foi conduzido no Laboratório de Entomologia Florestal - UFVJM, em sala climatizada com temperatura de 25 ± 1ºC, umidade relativa de 70 ± 10% e fotoperíodo de 12 horas. O delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (combinação de parasitoides) e oito repetições, com uma pupa de Spodoptera cosmioides Walker (Lepidoptera: Noctuidae) por repetição. Pupas de S. cosmioides foram pesadas, individualizadas em tubos de ensaio (14 × 2,2cm) fechados com algodão e expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis e/ou T. diatraeae, sem experiência prévia de oviposição, por 48 horas. As combinações utilizadas foram: Parasitismo de P. elaeisis; Parasitismo de T. diatraeae; Parasitismo de P. elaeisis e posterior parasitismo de T. diatraeae; Parasitismo de T. diatraeae e posterior parasitismo de P. elaeisis e Parasitismo simultâneo de P. elaeisis e T. diatraeae. Ao final do período de exposição ao parasitismo, os hospedeiros foram transferidos para potes plásticos (250 ml) até a emergência dos parasitoides. A porcentagem de emergência de P. elaeisis foi semelhante entre os tratamentos. Entretanto, a emergência de T. diatraeae foi maior quando estava isolado, com 87.5 ± 12.5%. A progênie de P. elaeisis apresentou diferenças entre os tratamentos, sendo superior quando estavam em sequência com T. diatraeae com 266.75 ± 20.92 indivíduos emergidos. Não ocorreram diferenças para T. diatraeae. Portanto, há indícios de que essas espécies sofram por competição larval no interior do hospedeiro, sendo recomendada a liberação única de P. elaeisis ou T. diatraeae. Palavras-chave: Controle biológico, Inimigo natural, Interação competitiva. Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 9 INTERAÇÕES COMPETITIVAS ENTRE Palmistichus elaeisis E Trichospilus diatraeae (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) Wilson Faustino Júnior1, Zaira Vieira Caldeira2, Maria Jéssica dos Santos Cabral2, Rodrigo Almeida Pinheiro2, Ronnie Von dos Santos Veloso2, Sebastião Lourenço de Assis Júnior1, Marcus Alvarenga Soares2 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal - PPGCF, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: wilson.faustino@ufvjm.edu.br 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Abordagens integradas de biocontrole baseadas na conservação de inimigos naturais e na introdução de espécies adicionais oferecem alternativas à aplicação de inseticidas no controle de pragas. O objetivo foi avaliar os efeitos das introduções múltiplas de Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle e Trichospilus diatraeae Cherian & Maragabandhu (Hymenoptera: Eulophidae) no período ovo-adulto, razão sexual e longevidade dessas espécies. O experimento foi conduzido no Laboratório de Entomologia Florestal - UFVJM, em sala climatizada com temperatura de 25 ± 1ºC, UR de 70 ± 10% e fotoperíodo de 12 horas. O delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (combinação de parasitoides) e oito repetições, com uma pupa de Spodoptera cosmioides Walker (Lepidoptera: Noctuidae) cada. As pupas foram pesadas, individualizadas em tubos de ensaio (14 × 2,2 cm) fechados com algodão e expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis e/ou T. diatraeae por 48 horas. Os tratamentos foram: Parasitismo de P. elaeisis; Parasitismo de T. diatraeae; Parasitismo de P. elaeisis e posterior parasitismo de T. diatraeae; Parasitismo de T. diatraeae e posterior parasitismo de P. elaeisis e Parasitismo simultâneo de P. elaeisis e T. diatraeae. Ao final do período de exposição ao parasitismo, os hospedeiros foram transferidos para potes plásticos de 250 ml. O período ovo-adulto de P. elaeisis e T. diatraeae foi semelhante entre os tratamentose menor que 25 dias. A razão sexual de ambas as espécies apresentou médias superiores a 0.77. A longevidade de P. elaeisis foi superior quando estava isolado ou combinado simultaneamente com T. diatraeae, sendo de 44.0 ± 2.67 e 43.5 ± 0.95 dias, respectivamente. Não ocorreram diferenças na longevidade de T. diatraeae. Os resultados demonstram que, em caso de liberações simultâneas desses parasitoides no campo, o estabelecimento e controle de pragas poderão ser elevados devido aos aspectos de coexistência entre P. elaeisis e T. diatraeae. Palavras-chave: Competição interespecífica ,Inimigo natural, Parasitoides. Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 10 CADASTRAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS NA CULTURA DO FEIJÃO- CAUPI NO MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO LAGO - AÇU – MA Jordanya Ferreira Pinheiro1, Maria Jose Pinheiro Corrêa2, Rayane Cristine Cunha Moreira3 1 Mestranda em (Produção Vegetal) Universidade Estadual do Oeste do Paraná, CCA, Marechal Cândido Rondon, Paraná, Brasil. Jordanyaf.p@gmail.com 2 Doutora em Agronomia (Produção Vegetal) Universidade Estadual do Maranhão, CECEN, São Luís, Maranhão, Brasil. 3Mestranda em (Agricultura e Ambiente) Universidade Estadual do Maranhão, CCA, Balsas, Maranhão, Brasil. O feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] apresenta grande importância econômica e social por ser geradora de empregos e renda, pois seu cultivo se dá principalmente por pequenos agricultores no interior do Maranhão. As plantas daninhas podem trazer prejuízos significativos para as culturas cultivadas. Portanto objetivou - se com este trabalho identificar e quantificar a composição florística de plantas espontâneas na cultura feijão-caupi no município de Conceição do Lago Açu – MA. A pesquisa foi realizada no ano agrícola 2016/2017 em área de produtor rural sendo o experimento conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições utilizando duas cultivares de feijão-caupi (BRS Guariba) e (BRS Arace), uma estirpe de Rhyzobium como inoculante, uma fonte de nitrogênio, uma fonte de fósforo (60 Kg de P ha -1), uma fonte de potássio e tratamento controle (isentos de inoculante e de adubação com N), constituindo seis tratamentos. O levantamento da comunidade de plantas espontâneas foi realizado nas fases vegetativa da cultura do feijão -caupi. Os índices fitossociológicos obtidos foram: densidade relativa, frequência absoluta e relativa, dominância relativa e o índice de valor de importância. A espécie Croton lundianus no tratamento (I+PK/aracê) obteve maior IVI de 172,11%, cuja densidade relativa foi de 60,71%, frequência de 53,57% e dominância de 57,835. Digitaria sp obteve maior IVI no tratamento T1 (NPK/guariba) com 98,39% cujo a densidade relativa foi de 36,88%, frequência de 33,33% e dominância de 28,21%. A espécie Turnera subulata obteve seu maior IVI no tratamento T6 (SISNPK/ARACE) com 44,38% de seu IVI, onde a densidade relativa foi 18,83%, frequência de 15,62%, e dominância de 10,60%. Conclui-se que na composição florística de plantas espontâneas na cultura feijão-caupi no município de Conceição do Lago Açu – MA, as espécies que mais se destacaram pelos seus índices fitossociológicos foram Croton lundianus, Digitaria sp., e Turnera subulata. Palavras-chave: Comunidade espontânea, Fitossociologia, Vigna unguiculata. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 11 BIOCARVÃO COMO ALTERNATIVA NA REMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS COM HERBICIDAS Kamila Cabral Mielke1, Kassio Ferreira Mendes1 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Agronomia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. kamila.mielke@ufv.br O biocarvão também chamado de “biochar”, é um material abundante em carbono, proveniente da carbonização parcial de resíduos vegetais, em condições controladas. Esse produto vem sendo utilizado para remediação de contaminantes orgânicos e inorgânicos do solo. Assim, o objetivo com essa revisão bibliográfica foi relatar os impactos da aplicação do biocarvão na remediação de solos contaminados com herbicidas. A influência do biocarvão nos processos de sorção, degradação e lixiviação dos herbicidas permite adotar um manejo mais apropriadas para remediação de áreas contaminadas, uma vez que, são processos-chave para compreender a persistência do herbicida e sua capacidade de contaminar corpos d'água subterrâneos. A temperatura de pirólise e a matéria-prima utilizada na produção influenciam no pH, capacidade de troca de cátions, área superficial, porosidade e densidade do biocarvão. A ação remediadora dos biocarvões está relacionada a interações das propriedades físico-químicas dos biocarvões com o herbicida, como: interação eletrofílica, difusão de poros, atração/repulsão eletrostática grupos funcionais de hidroxila, transformação química, mineralização e biodegradação microbiana. A alta porosidade e área superficial do biocarvão proporcionam a sorção do herbicida, e ao ligar-se aos nutrientes, diminui a lixiviação. Por outro lado, o aumento da sorção leva à diminuição da eficácia dos herbicidas aplicados no solo para o controle das plantas daninhas, diminuindo sua ação residual. O biocarvão estimula a atividade microbiana e seu metabolismo afetando processos microbianos associados à degradação do herbicida. As respostas a biodegradação também estão relacionadas ao processo de sorção, visto que, uma forte e rápida sorção do herbicida no biocarvão limita sua disponibilidade às comunidades microbianas e consequentemente, menos herbicida disponível para degradação. A eficiência da remediação de herbicidas em solos alterados com biocarvão depende das características físico-químicas do herbicida, dos biocarvões e do solo e a utilização dessa tecnologia deve ser avaliada para diferentes condições ambientais afim de obter resultados satisfatórios. Palavras-chave: Contaminação ambiental, material carbonáceo, plantas daninhas. Apoio: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES - 88887.479265/2020-00). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 12 POTENCIAIS ESPÉCIES VEGETAIS BIOINDICADORAS DO S-METOLACHLOR NO SOLO Mateus Soares Silva1, Kamila Cabral Mielke1, Mariana Damaceno Rodrigues1, Kassio Ferreira Mendes1 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Agronomia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. mateus.s.soares@ufv.br. Plantas bioindicadoras possibilitam a análise, de maneira prática e com custo reduzido, de herbicidas no solo. Pelo fato do S-metolachlor ser um herbicida aplicado em pré- emergência, são necessários estudos para elucidarem quais plantas são sensíveis ao herbicida para o uso na detecção deste no solo. Objetivou-se selecionar espécies bioindicadoras do S-metolachlor em solo a partir da curva dose-resposta. O estudo foi realizado em casa de vegetação localizada na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os tratamentos foram constituídos por seis doses do herbicida S-metolachlor (Dual Gold, 960 g i.a. L-1), 0 (controle); 180,5; 360; 720; 1440 e 2880 g ha-1 e por quatro espécies, Cucumis sativus, Raphanus sativus, Cucurbita pepo e Sorghum bicolor, consideradas sensíveis ao herbicida. A elaboração das curvas dose-resposta foram feitas com base nos dados coletados de níveis de injúrias da parte aérea. Foi encontrada a dose do herbicida que proporciona 50 (C50) e 80% (C80) de controle das plantas. O C. sativus atingiu a C50 e C80 com 12% (362,64 g ha-1) e 27% (788 g ha-1) da dose recomendada de S-metolachlor (2880 g ha-1), respectivamente. O S. bicolor atingiu a C50 com 14% (400 g ha-1) da dose e para a C80, seria necessária uma dose maior do que a recomendada. R. sativus obteve a C50 e C80 com dose superior à recomendada. Em C. pepo, a C50 foi alcançada com 59% (1713 g ha-1) da dose e para a C80,seria necessária uma dose maior do que a recomendada. As espécies R. sativus e C. pepo, não apresentaram potencial como plantas bioindicadoras apresentando tolerância ao herbicida. No entanto, o C. sativus e S. bicolor apresentaram potenciais como plantas bioindicadoras de resíduo de S-metolachlor, podendo ser utilizadas por produtores para testes rápidos com bioensaios analisando o efeito residual deste herbicida no solo. Palavras-chave: Dose-resposta, herbicida, residual. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 13 TRIGO COMO BIOINDICADOR DE RESÍDUOS DE SULFENTRAZONE EM SOLOS CONTRASTANTES Tayna Sousa Duque¹, Josiane Costa Maciel¹, Priscila Gonçalves Monteiro¹, Carlos Rodrigues Gomes¹, José Barbosa dos Santos¹ 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Campus JK - Diamantina/MG Rodovia MGT 367 - Km 583, nº 5.000, Alto da Jacuba CEP 39100-000, taynaduque24@gmail.com. O sulfentrazone é um herbicida pré-emergente registrado para a cultura da soja, que atua inibindo a enzima PROTOX. Esta enzima é responsável pela oxidação da protoporfirinogênio, que é utilizada na fabricação da protoporfirina IX, precursora da clorofila. O sulfentrazone tem grande persistência no solo, afetando culturas subsequentes. Portanto, é importante identificar seus resíduos no solo, e uma das técnicas utilizadas é o bioensaio. O objetivo do trabalho foi estudar o uso do trigo como bioindicador do sulfentrazone. O experimento foi conduzido em casa de vegetação climatizada e os solos utilizados foram classificados em franco-argilo-arenoso e argiloso. Ambos foram peneirados, corrigidos, adubados e acondicionados em potes plásticos. O herbicida foi aplicado em cinco doses (0, 25, 50, 75 e 100% i.a ha-1). As avaliações realizadas foram: altura e porcentagem de intoxicação, aos 7, 14, 21 e 28 dias após a emergência, e massa seca, após secagem das plantas em estufa. Os resíduos de sulfentrazone provocaram intoxicação leve no trigo, sendo necrose e clorose os principais sintomas apresentados. A dose necessária de sulfentrazone para a redução de 50% da altura e massa seca do trigo em solo franco-argilo-arenoso foram 164,3% e 59,9% respectivamente, e em solo argiloso 165,3% e 89,9%. A massa seca foi a variável mais discriminadora dos resíduos. As texturas dos solos não influenciaram no comportamento do sulfentrazone. Isso ocorreu porque além do teor de argila, outros fatores influenciam a sorção do herbicida. O sulfentrazone é considerado um ácido fraco, sua sorção é influenciada principalmente pelo pH do solo. Os solos apresentam pHs semelhantes (5,0 e 5,57), após a calagem, esses valores continuaram similares. Assim, a adsorção do herbicida ocorreu de forma equivalente em ambos os solos. A espécie Triticum aestivum não é eficaz para identificação de resíduos de sulfentrazone, pois reconhece o composto no solo apenas em altas dosagens. Palavras-chave: carryover, bioensaio, herbicida, plantas daninhas, soja. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 14 Triticum aestivum COMO BIOINDICADORA DE RESÍDUOS DO HERBICIDA DIMETHENAMID Tayna Sousa Duque¹, Josiane Costa Maciel¹, Priscila Gonçalves Monteiro¹, Carlos Rodrigues Gomes¹, José Barbosa dos Santos¹ 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Campus JK - Diamantina/MG Rodovia MGT 367 - Km 583, nº 5.000, Alto da Jacuba CEP 39100-000, taynaduque24@gmail.com A soja é uma cultura de ciclo curto, por muitas vezes plantada em regime de sucessão ou rotação de culturas. O uso de herbicidas residuais pode causar carryover. O herbicida dimethenamid é registrado para soja e está inserido no grupo químico das acetamidas. É um herbicida aplicado em pré-emergência ou pré-plantio incorporado, seletivo para a soja e considerado residual no solo. Detectar seus resíduos é indispensável para evitar impactos negativos em culturas em sucessão. Uma das técnicas utilizadas para o reconhecimento de resíduos no solo é o bioensaio. Assim, objetivou-se estudar o uso do trigo como bioindicadora do dimethenamid em solos contrastantes. O experimento foi conduzido em casa de vegetação climatizada e os solos utilizados foram classificados em franco-argilo-arenoso e argiloso. Ambos foram peneirados, corrigidos, adubados e acondicionados em potes plásticos. O herbicida foi aplicado em cinco doses (0, 25, 50, 75 e 100% i.a ha-1). Aos 7, 14, 21 e 28 dias após a emergência, avaliações de altura e porcentagem de intoxicação foram realizadas. As plantas que sobreviveram à dose do herbicida foram colhidas, separadas em parte aérea e raiz e secas em estufa. O herbicida dimethenamid causou altas taxas de intoxicação e redução de altura e massa seca no trigo. Plantas submetidas ao herbicida tiveram protrusão radicular seguida de morte e em doses superiores não houve germinação. As doses necessárias para a redução de 50% da altura e massa seca do trigo em solo franco-argilo-arenoso foram 16,8% e 18,29% respectivamente, e em solo argiloso 20,1% e 18,44%. Demonstrando que o trigo é capaz de identificar resíduos do herbicida em pequenas dosagens. Os solos não influenciaram no comportamento do dimethenamid. A espécie Triticum aestivum é considerada uma planta bioindicadora do dimethenamid. Palavras-chave: trigo, carryover, bioensaio, soja. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 15 MONITORAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS FLORESTAIS COM RPAS Sally Deborah Pereira da Silva1, Roberta Aparecida Fantinel1, Pábulo Diogo de Souza1, Bruno Moreira Felippe1, Cássimo Lacerda Romua1, Eduardo Matheus Elsenbach1, Fernando Coelho Eugenio2 1Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Ciências Rurais, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail. sallydeborah@outlook.com 2Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Coordenadoria Acadêmica, Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas significativas têm se concentrado no monitoramento e avaliação da saúde florestal usando dados de Sensoriamento Remoto com Sistemas de Aeronave Remotamente Pilotadas (Remotely Piloted Aircraft System - RPAS). Os RPAS possuem diversas ferramentas aplicáveis à fitossanidade da floresta, fornecendo dados com resoluções temporais, espectrais e espaciais muito altas. O objetivo do trabalho foi realizar o estado da arte sobre a utilização de RPAS no ambiente florestal, especificamente na identificação de pragas e doenças. Adotou-se como metodologia de pesquisa a análise sistemática e bibliométrica de artigos científicos (2000 a março de 2020) disponível nas plataformas Web of Science, Scopus e Periódicos Capes. A partir da aplicação dos descritores bibliométricos, retornaram 33 artigos referentes a temática abordada. Destes, 70% abrangeram pragas florestais, 21% doenças e 9% não foram informados nos periódicos. A espécie Ips typographus L. foi a praga mais representativa nos estudos (21,21%). Os impactos econômicos causados por essa espécie incluem a redução do valor comercial das árvores infestadas, aumento dos custos de manejo, além de grandes perdas econômicas. Pode-se ainda destacar que o Ips typographus afeta os ecossistemas florestais direta e indiretamente. Referente as demais pragas Thaumetopoea pityocampa (Den. & Schiff.) totalizou 12,12%, Agrilus biguttatus (Fabricius) e Polygraphus proximus (Blandford) ambos com 6,06% cada, quanto aos não informados totalizaram 12,12%. Uma das doenças mais graves que causa a murcha e morte dos pinheiros encontrada ao longo da pesquisa bibliométrica foi o Bursaphelenchus xylophilus (Steiner & Buhrer) destacando- se com 6,06%. Considerada uma praga mundial com alto impacto econômico. Contudo, nota-se que a maior parte dos periódicos estão relacionados com o uso de RPAS na identificação de pragas, no entanto, é possível observar uma crescente demanda de pesquisas envolvendo doenças no âmbito florestal. Palavras-chave: Fitossanidade, Identificação, Ips typographus, Bursaphelenchusxylophilus. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 16 O USO DE PLATAFORMAS RPAS E SENSORES NA IDENTICAÇÃO DA FITOSSANIDADE FLORESTAL Sally Deborah Pereira da Silva1, Roberta Aparecida Fantinel1, Pábulo Diogo de Souza1, Bruno Moreira Felippe1, Cássimo Lacerda Romua1, Eduardo Matheus Elsenbach1, Fernando Coelho Eugenio2 1Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Ciências Rurais, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail. sallydeborah@outlook.com 2Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Coordenadoria Acadêmica, Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. O Sensoriamento Remoto com Sistemas de Aeronave Remotamente Pilotadas (Remotely Piloted Aircraft System - RPAS), tem se mostrado de grande benefício no monitoramento e na visualização da fitossanidade em florestas. Os diversos tipos de sensores existentes são úteis para mapear, identificar e avaliar a gravidade das infestações. O objetivo do trabalho foi revisar os avanços recentes das pesquisas científicas quanto as plataformas RPAS e sensores utilizados na identificação de pragas e doenças em espécies florestais (PEDF’s). Metodologicamente o estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa de revisão sistemática e bibliométrica de publicações recentes (2000 a março de 2020). As buscas foram realizadas nas plataformas Web of Science, Scopus e Periódicos Capes com enfoque a PEDF’s. As buscas nas publicações demonstraram que o uso das plataformas RPAS e dos sensores na identificação PEDF’s iniciaram a partir de 2013. Dos 33 periódicos retornados referentes a temática, a plataforma RPAS mais utilizada foi o multirotor (66,67%). Asa fixa totalizaram 15,15% e 18,18% não informaram o tipo de plataforma. Referente aos sensores 35% dos trabalhos encontrados utilizam câmeras RGB (red, green, blue), em sua maioria acopladas a plataformas multirotor. As câmeras multiespectrais e hiperespectrais representaram cerca de 26% e 15% das publicações, onde 100% dos sensores hiperespectrais estavam embarcados em multirotores. Os sensores térmicos (4,44%) e LiDAR (2,22%) e 15,56% dos autores não informaram o tipo de plataforma utilizada. O número de estudos e os tópicos abordados são notáveis, a maioria das publicações demonstraram preferência por sensores RGB seguidos por multiespectrais e hiperspectral. Dessa forma, o uso de RPAs equipados com sensores de base tecnológica RGB, sensores multiespectrais, hiperspectral e LiDAR são excelentes opções tecnológicas para o desenvolvimento em aplicações florestais, no qual permitem obter informações rápidas e precisas, com baixos indícios de custos operacionais e com grande flexibilidade de levantamento. Palavras-chave: Monitoramento, multirotor, RGB. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 17 MANCHA ARROXEADA EM HÍBRIDOS DE MILHO Wesley Vinícius de Matos Aquino¹, Carlos Juliano Brant Albuquerque², Fernando da Silva Rocha² ¹Graduando em Agronomia, Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. E-mail: wdematosaquino@gmail.com ²Professor, Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Manchas são frequentemente associadas ao ataque de patógenos, visto que diversas doenças são identificadas através desse sintoma. No entanto, não é o caso da Purple Leaf Sheath Lesion ou Mancha Arroxeada em híbridos de milho, problema sobre o qual buscou- se relatar a ocorrência através de um estudo exploratório. Essas manchas arroxeadas são causadas por fungos e bactérias saprófitas que se desenvolvem no pólen, poeira e umidade que se acumulam atrás da bainha ou nas folhas de milho. Não há nada que indique que essa condição possa impactar negativamente o rendimento da cultura ou mesmo ser transmitida de uma planta para outra. As plantas que exibiram estes sintomas desenvolveram colmos, folhas, espigas e grãos normalmente e apresentaram estande dentro do esperado. Dessa forma, o impacto é apenas visual e não há necessidade de se realizar tratamento com fungicidas. Contudo, essa anomalia é frequentemente diagnosticada como Mancha Marrom de Physoderma, que é uma doença causada pelo fungo Physoderma maydis e que apresenta sintomas semelhantes aos da Mancha Arroxeada. Os relatos de ocorrência dessa doença no Brasil têm crescido nas últimas temporadas, especialmente na safrinha. Na mesma medida crescem os relatos de Mancha Arroxeada, mas isso quando o fenômeno é devidamente identificado. Dessa forma, dados sobre ocorrência tanto da Mancha Marrom de Physoderma (doença verdadeira), quanto da Mancha Arroxeada (falsa doença), podem estar sendo superestimados ou subestimados. Além disso, a diagnose imprecisa no campo pode gerar diversos problemas, como a não adoção de práticas de manejo da doença quando necessário, aumentando sua incidência, severidade e a fonte de inóculo. Por fim, é fundamental entender até que ponto o acúmulo de detritos e microrganismos em partes da planta pode ser preocupante, visto que estes locais podem abrigar também alguns patógenos que podem ser saprófitos facultativos, tanto do milho como de culturas subsequentes. Palavras-chave: falsa doença, diagnose, Physoderma maydis. Apoio: Bayer Crop Science. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 18 USO DE IMAGENS MULTIESPECTRAIS OBTIDAS POR RPAS PARA IDENTIFICAÇÃO DA BRUSONE EM PLANTIOS DE ARROZ: PRIMEIRAS PERCEPÇÕES Régis Ruoso1, Fernando Coelho Eugenio1, Jéssica Streck Baisch1, Filipe Rocha1 1 Coordenadoria Acadêmica do campus de Cachoeira do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, regisruoso@hotmail.com A brusone (Pyricularia grisea) é uma das mais importantes doenças na cultura do arroz (Oryza sativa L.), sendo que 70% da área cultivada na safra 2014/2015 teve incidência do patógeno. Uma das ferramentas mais inovadoras na área agrícola é a utilização dos Remotely Piloted Aircraft Systems (RPAS) para coleta de dados. Nos RPAS são embarcados diversos sensores; dentre eles, destacam-se as câmeras multiespectrais, as quais são utilizadas para monitorar a plantação. Diante do exposto, o presente estudo objetivou realizar o mapeamento da incidência da brusone em plantios de arroz. Coletou- se imagens de uma propriedade na cidade de Pantano Grande – RS, por meio da realização de um voo utilizando o equipamento Phantom 4 Pro®, embarcado com câmera multispectral (Sequoia®). Para a demarcação dos locais com incidência da brusone, realizou-se um caminhamento e coletou coordenadas geográficas com o auxílio de um aparelho GPS. Posteriormente as imagens foram processadas nos programas Pix4Dmapper® e ArcMap® e gerados os mapas de reflectância (Verde, Vermelho, Vermelho próximo e Infravermelho) e também nove índices de vegetação. Em uma análise inicial, observou-se que a utilização do índice Transformed Chlorophyll Absorption in Reflectance Index (TCARI) é promissora, pois, apresentou a maior diferença entre os dados analisados de aproximadamente 26% entre uma planta saudável e uma planta infectada. O TCARI é um índice de vegetação que tem como princípio a tentativa de mensuração das taxas de concentração de pigmentos de clorofila, minimizando interferências de reflectâncias de fundo e de Índices de Área Foliar. Outro ponto que merece destaque é o mapa de reflectância do Vermelho (RED) pois apresentou diferença de aproximadamente 15% entre uma planta saudável e uma planta infectada, pois esse índice analisa a reflectância no pico de absorção de clorofila a. Diante do exposto, espera- se que os resultados iniciais encontrados contribuam fornecendo um norte para continuidade da pesquisa. Palavras-chave: Pyricularia grisea, drone, sensoriamento remoto, Oryza sativa L. Apoio: FAPERGS-19/2551-0001272-1 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 19 INTERFERÊNCIA E MÉTODOS DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA CENOURA Maura Gabrielada Silva Brochado1, Kassio Ferreira Mendes1 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Agronomia, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: maura.brochado@ufv.com.br A competição exercida pelas plantas daninhas constitui um dos fatores que mais limitam a produtividade da cultura da cenoura, pois competem por recursos, como CO2 , água, luz e nutrientes. O objetivo dessa revisão foi identificar quais as principais plantas daninhas interferem na produção da cultura da cenoura e o principal método de controle utilizado. Além dos danos causados à produção, a interferência de plantas daninhas, também influencia nas operações de colheita, pois as sementes com presença de espinhos, como Amaranthus spinosus (caruru) e Cenchrus echinatus (capim-carrapicho) podem perfurar a pele dos colhedores de cenoura durante as atividades de desbaste/raleio e colheita manual. As plantas daninhas encontradas no Brasil, em predominância na cultura da cenoura são das famílias Asteraceae e Poaceae. As da família Asteraceae são muito vigorosas e possuem alta capacidade de reprodução, como a Conyza spp, Sonchus oleraceus e Bidens pilosa. As plantas daninhas da família Poaceae possuem sementes as quais são pequenas e leves, devido essas características possuem alta capacidade de dispersão pelo vento e água. As representantes dessa família que foram encontradas em maior quantidade interferindo na cultura da cenoura são: Urochloa plantaginea, Cenchrus echinatus, Digitaria sanguinalis, Digitaria insularis e Eleusine indica. Dos métodos de controle, o mais utilizado na cultura da cenoura é o controle cultural, principalmente a retirada das plantas daninhas de forma manual, pois devido o tamanho da linha de plantio ser pequena, acaba dificultando a passagem de maquinário agrícola. Deve-se salientar que práticas inadequadas de manejo tendem a aumentar o banco de sementes no solo agravando ainda mais o problema nos cultivos subsequentes. Sendo assim, para minimizar os efeitos da interferência, manejos diversificados com a integração dos métodos de controle são fundamentais, além da adoção de cultivares de cenoura mais adaptados às regiões e épocas de plantio ou que apresentem algumas vantagens competitivas, como crescimento e brotações rápidas. Palavras-chave: competição, manejo integrado, produção. Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq 131640/2020-8) pelo apoio financeiro e ao grupo de estudos em Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 20 OCORRÊNCIA DE Drosophila suzukii (Matsumura, 1931) (Diptera, Drosophilidae) EM CULTIVARES DE VIDEIRA, NA SERRA GAÚCHA Fabiane Foppa Campagnaro1, Regina da Silva Borba1, Júlia Zanella Bonadiman1, Karla Faccio2 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Bento Gonçalves, Bento Gonçalves, RS, Brasil. E-mail: fabi_foppa@hotmail.com 2 Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Escola Politécnica, São Leopoldo, RS, Brasil. No estado do Rio Grande do Sul a viticultura é uma atividade de grande importância sendo o maior estado produtor de uvas para processamento. A espécie Drosophila suzukii (Matsumura, 1931) (Diptera, Drosophilidae) é uma praga polífaga, de reduzido tamanho corporal, e que coloca seus ovos em frutos sadios e intactos. O objetivo do trabalho foi realizar o monitoramento de D. suzukii em diferentes cultivares de videira, e na área de recebimento de uvas em uma vinícola, verificar a infestação em bagas e o tamanho corporal da praga. O trabalho foi realizado em uma propriedade rural localizada em Farroupilha, RS. Em março de 2018, no momento da colheita das cultivares Malvasia, Merlot, Moscato Bailey, Rieling e Tannat, foram coletadas 400 bagas em cada área aleatoriamente. As bagas foram levadas ao Laboratório de Entomologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves (IFRS-BG) e acondicionadas em potes de plástico transparente descartável, com capacidade de 500mL. Cada pote foi coberto com tecido “voil” e fixado com o auxílio de látex, para evitar a fuga de adultos emergentes. Após 22 dias, todos os adultos que emergiram foram identificados com base na morfologia externa e análise da genitália. Foi estipulada a flutuação populacional e a razão sexual de D. suzukii. As fêmeas foram medidas utilizando um paquímetro digital. A cultivar Moscato Bailey apresentou maior número de adultos de D. suzukii emergidos, seguido da variedade Malvasia. As fêmeas oriundas das cultivares Moscato Bailey e Malvasia apresentaram maior tamanho corporal. Os resultados mostram que D. suzukii está presente na cultura da videira e disseminada em áreas de recebimento de uva e que seu desenvolvimento é diferenciado conforme a cultivar. Palavras-chave: monitoramento, mosca-da-asa-manchada, viticultura. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 21 EFEITO DO AUMENTO DA CARGA DE GEMAS NA OCORRÊNCIA DE PODRIDÃO CINZENTA (Botrytis cinerea) NA VIDEIRA ‘CABERNET FRANC’ Douglas André Wurz1, Leo Rufato2, Alberto Fontanella Brighenti 3, Betina Pereira de Bem2, Ricardo Allebrandt2, Adrielen Tamiris Canossa2 1 Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Canoinhas, Canoinhas, Santa Catarina, Brasil. douglas.wurz@ifsc.edu.br 2 Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias, Canoinhas, Santa Catarina, Brasil. 3 Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do aumento da carga de gemas, na incidência e severidade de Botrytis cinerea na videira ‘Cabernet Franc’ cultivada em região de altitude em Santa Catarina. Este experimento foi conduzido durante safra 2017, em um vinhedo no município de São Joaquim – Santa Catarina. Utilizaram-se plantas de videira 'Cabernet Franc' e os tratamentos consistiram em quatro níveis de cargas de gemas: 15 gemas planta-1, 30 gemas planta-1, 50 gemas planta-1 e 75 gemas planta-1. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro blocos e cinco plantas por repetição. As médias foram submetidas à análise de variância e a detecção de diferenças significativas entre os tratamentos foi obtida através do teste Tukey a 5% de significância. A incidência de B. cinerea foi obtida através de avaliação visual, sendo verificada a presença ou ausência de sintomas. Para a severidade de B. cinerea, foram demarcados aleatoriamente 20 cachos/parcela, e as avaliações foram realizadas através de escala diagramática. A incidência de podridão cinzenta nos cachos foi superior à medida que se aumentava a carga de gemas/planta. A carga de 15 gemas/planta apresentou incidência da podridão cinzenta de 73,4%, enquanto as cargas de 30 gemas planta-1, 50 gemas planta-1 e 75 gemas planta-1 apresentaram incidência de 85,9, 95,3 e 100,0%. A severidade B. cinerea foi superior na carga de 75 gemas/planta, enquanto a carga de 15 gemas/planta apresentou a menor severidade da doença com 1,9%. O aumento da carga de gemas resultou em aumento da incidência e severidade B. cinerea nos cachos da videira 'Cabernet Franc'. O manejo da carga de gemas das videiras 'Cabernet Franc' deve ser analisado dentro de um conjunto de variáveis, sendo necessário a realização de medidas preventivas para controle da doença ao trabalho com elevado número de gemas planta-1. Palavras-chave: Vitis vinífera L, produtividade, poda. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 22 SUSCETIBILIDADE À ANTRACNOSE E PODRIDÃO DE FRUTOS EM NOVAS CULTIVARES DE MORANGO COM POTENCIAL DE CULTIVO NO PLANALTO NORTE CATARINENSE Douglas André Wurz1, Antonio Fagherazzi2, Leo Rufato2, Daniele Moreira Ribeiro1, Mauro Nizer 1 Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Canoinhas, Canoinhas, Santa Catarina, Brasil. douglas.wurz@ifsc.edu.br 2 Universidadedo Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias, Canoinhas, Santa Catarina, Brasil. Tem-se como objetivo deste trabalho avaliar a suscetibilidade a ocorrência de antracnose e podridão de frutos de novas cultivares de morango com potencial de cultivo para o Planalto Norte Catarinense. O experimento foi realizado na área experimental do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus de Canoinhas/SC, no período de maio de 2019 a dezembro de 2019. O sistema adotado foi de cultivo convencional no solo em túnel alto. Foram utilizadas plantas de cultivares e seleções Italianas, produzidas em viveiro brasileiro, sendo estas Pircinque, Jonica, FRF LAM 269.18, FRF PA 109.2 e FRF 104.1 e cultivares já tradicionalmente cultivadas no Brasil (Albion e San Andreas). No momento da colheita avaliou-se os frutos em relação a incidência de antracnose e incidência de podridões nos frutos, através de avaliação visual, indicando ausência ou presença de sintomas da antracnose e de podridões de frutos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com 4 blocos e 15 plantas por bloco. Os dados das médias de incidência da doença foram transformados pelo arco seno da raiz quadrada para normalização da distribuição estatística, submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade de erro. Não se observou diferenças estatisticamente significativas para a incidência de antracnose e podridões de fruto, indicando não haver uma variedade mais suscetível a ocorrências destas doenças. Observou-se valor médio de 4,5% para a incidência de antracnose e de 10,2% para podridão de frutos. As doenças de frutos, apresentaram valores baixos, isso pode ser em decorrência do sistema de cultivo ser realizado em túnel alto, com mulching e irrigação por gotejamento. Portanto, as cultivares e genótipos apresentam nível similar de suscetibilidade a ocorrência da antracnose e podridões de frutos. Palavras-chave: Fragaria × ananassa, Pircinque, Jonica. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 23 IRIS YELLOW SPOT ORTHOTOSPOVIRUS: RESSURGIMENTO DE UMA AMEAÇA À CEBOLICULTURA NACIONAL Edivânio R. Araújo1, Renata S. Resende1 1Epagri – Estação Experimental de Ituporanga, Ituporanga, Santa Catarina, Brasil. E-mail: edivanioaraujo@epagri.sc.gov.br Iris yellow spot orthotospovirus (IYSV) pertence ao gênero Orthotospovirus, família Tospoviridae. O IYSV está relatado em todas as regiões do mundo onde se produz cebola (Allium cepa L.) e ocasiona a principal virose da cultura atualmente. O principal tripes vetor do IYSV é Thrips tabaci, que apresenta uma relação circulativa-propagativa com o vírus. A espécie Frankliniella fusca também transmite o IYSV, porém com menor eficiência que T. tabaci (≈ 75% menos eficiente). No Brasil, a ocorrência da virose, também denominada como “sapeca”, devido ao aspecto de queima foliar, foi relatada pela primeira vez na região Nordeste, em 1994. Desde então, não haviam relatos registrados de IYSV em cebola no país. Na safra 2017/18, no estado de Santa Catarina, após um surto epidêmico, foi constatada a presença do vírus causando perdas consideráveis na produtividade daquele ano agrícola. Nas safras seguintes, 2018/19 e 2019/20, IYSV foi novamente detectado, porém com ocorrência mais regionalizada. Concomitantemente, em 2018, na região produtora de cebola, que abrange os estados de Pernambuco e Bahia, foi constatada a presença de IYSV. E no mesmo ano, há relatos da ocorrência da virose em São Paulo. A doença tem por característica uma sazonalidade nas epidemias ainda não esclarecida, mas sua ocorrência pode ocasionar perdas na ordem de 100%. Diante do reaparecimento de uma doença com potencial tão destrutivo nas diferentes regiões produtoras de cebola do Brasil, faz-se necessário o direcionamento de esforços no sentido de compreender melhor sua epidemiologia para as condições brasileiras, bem como de aperfeiçoar seu manejo. Entre as possíveis estratégias de manejo, cita-se: seleção de cultivares com resistência/tolerância ao IYSV e ao tripes; utilização de potenciais indutores de resistência a doenças; e uso de segmentos de dsRNA aplicados de forma exógena. Este é um desafio que os fitopatologistas envolvidos com a cebolicultura devem enfrentar nos próximos anos. Palavras-chave: cebola, pesquisa, virose II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 24 FORMULAÇÕES DE FERTILIZANTE ORGANOMINERAL LÍQUIDO NO CONTROLE DO NEMATOIDE Meloidogyne incognita NA CULTURA DO TOMATEIRO Francisco Camargo de Oliverira1, Wânia dos Santos Neves2, Brena Luiza Mateus Niro3, Carlos Eduardo Rossi3 1Juma-Agro, Mogi Guaçu, São Paulo, francisco.agronomo.13@gmail.com; 2EPAMIG sudeste, Viçosa, Minas gerais; 3IAC, Centro de Fitossanidade, Campinas, São Paulo. O tomateiro (Solanum esculentum Mill.) é uma das hortaliças mais consumidas no Brasil, com grande importância econômica no setor hortícola. É uma cultura afetada por diferentes pragas, sendo os nematoides do gênero Meloidogyne, um dos patógenos mais importantes na redução de produtividade. Os controles mais utilizados são o químico, com o uso de agrotóxicos altamente tóxicos ao ser humano e ao ambiente e o genético, nem todos os cultivares tem o gene de resistência. Porém, existem métodos alternativos de controle, como a utilização de substâncias húmicas, carbono orgânico, extratos de nim e nutrição equilibrada, que tornam a planta mais vigorosa e sadia e tem efeito supressivo sobre o nematoide. Este trabalho teve o objetivo de determinar o efeito de formulações de fertilizante organomineral líquido contendo substâncias húmicas, nutrientes N, P, K, carboidratos, aminoácidos e extrato de nim no controle do nematoide Meloidogyne incognita na cultura do tomateiro. Foram conduzidos ensaios em casa de vegetação no Instituto Agronômico de Campinas (SP) utilizando mudas de tomate cultivar Santa Clara. O plantio foi feito em vasos de 2 L preenchidos com substrato (solo e substrato casca de Pinus 1:1) posteriormente infestado com 5000 ovos do parasito. Foram utilizados os seguintes tratamentos: Testemunha contendo apenas água; Formulado organomineral 1 (8,5% C orgânico, 9% N, 2% P, 1% K e 0,5% extrato de nim); Formulado organomineral 2 (10% C orgânico, 9% N, 1% P, 1% K, 1,0% extrato de nim); Abamectina (0,4%); Formulado organomineral 1 + Abamectina (0,4%): Formulado organomineral 2 + Abamectina (0,4%). Os fertilizantes foram avaliados em seis concentrações diferentes a 5%; 7,5%; 10%; 12,5%; 15% e 17,5%. O formulado organomineral 1 foi eficiente em controlar o nematoide na concentração de 15% e o formulado organomineral 2 foi eficiente na dosagem de 17,5% quando associados ou não a Abamectina na dosagem de 0,4%. Palavras-chave: Nematoide de galhas, Controle alternativo, Solanum esculentum. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 25 AS ESTAÇÕES DO ANO E O CLIMA AFETAM A MORTALIDADE CAUSADA POR FATORES NATURAIS SOBRE Ascia monuste orseis (LEPIDOPTERA: PIERIDAE) Abraão Almeida Santos1, Arthur Vieira Ribeiro2, Elizeu Sá Farias2, Daiane Graças Carmo2, Renata Cordeiro Santos2, Marcelo Coutinho Picanço1,2 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Agronomia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E-mail: abraaoufs@gmail.com 2 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Neste estudo nós avaliamos as causas de mortalidade de estágios imaturos de Ascia monuste orseis Godart (Lepidoptera: Pieridae) durante as quatro estações do ano por um período de dois anos utilizando tabelas de vida ecológica. Nós buscamos responder duas questões: (i) As taxas de mortalidade causadas por um fator variam em função da estação? (ii) Como o clima local contribui para essa variação? Nós identificamos cinco causas de mortalidade (falhas, patógenos, parasitismo, predação e chuvas) que juntas causaramuma mortalidade de 90% ao longo das estações. No entanto, essas causas e as taxas de mortalidade variaram conforme a estação do ano e o clima local. As falhas foram observadas em todos os estágios e tenderam a aumentar durante o período frio e seco (outono e inverno) apresentando uma relação negativa com a temperatura e a umidade relativa do ar. A predação de larvas e pupas aumentou durante as condições quentes (verão) e foi positivamente associada com a temperatura e a umidade relativa ar. Por outro lado, em estações de intensa precipitação (primavera e verão), a predação de pupas reduziu e teve uma relação negativa com este fator climático. As chuvas causaram mortalidade em ovos e larvas, principalmente durante eventos intensos, e a mortalidade de ovos também mostrou uma relação positiva com a precipitação. O parasitismo de larvas foi baixo enquanto que patógenos foram observados em larvas e pupas. Contudo, não encontramos uma relação entre esses fatores e as estações do ano. Nossos resultados indicam que a mortalidade causada por falhas, predação e chuvas sobre estágios imaturos de A. monuste orseis varia ao longo das estações e é afetada por fatores climáticos. Estes resultados indicam a importância de estudos locais para compreender a história natural de pragas neotropicais. Palavras-chave: Tabela de vida, controle biológico, ecologia de populações, história natural. Apoio: CNPq e CAPES. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 26 SUSCEPTIBILIDADE E HABILIDADES PREDATÓRIAS DE Belostoma anurum EXPOSTAS SUBLETALMENTE AO INSETICIDA IMIDACLOPRIDE Lorenzo Barcaro Ferrazza1, Viviana Lorena Bohórquez Zapata1, Luis Oswaldo Viteri Jumbo1, Sabrina Helena da Cruz Araujo1, Gustavo Ferreira Martins2, Lucimar G. Dias3, Eugênio Eduardo Oliveira1 ¹Departamento de Entomologia, Universidade Federal de Viçosa, 36570-900, Viçosa - MG, Brasil. E-mail: lorenzo.ferrazza@ufv.br 2Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, 36570-900, Viçosa - MG, Brasil. 3Departamento de Ciências Biológicas, Universidade de Caldas, Manizales- Caldas, Colômbia. Os ecossistemas aquáticos contém alta diversidade biológica e, nas últimas décadas, estes ecossistemas têm recebido volumes maiores de poluentes, o que inclui os inseticidas. Neste sentido, este trabalho foi realizado com o objetivo de determinar a suscetibilidade e as habilidades de predação de Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae) subletalmente expostos ao inseticida imidaclopride. Inicialmente, nós realizamos testes discriminatórios de susceptibilidade em ninfas de segundo ínstar destes predadores aquáticos e mediante a aplicação de diferentes concentrações (375, 125, 37,5, 18,75, 12,5; 0,375, 0,125 mg i.a /L) do produto. Nossa unidade experimental consistia de grupos de 10 ninfas, que eram expostos individualmente ao composto. Nós utilizamos três repetições para cada concentração de imidaclopride. Os indivíduos controle eram expostos somente a água destilada. A mortalidade foi verificada após 24h e 96h de exposição. O segundo set de experimentos foi feito com concentração subletal (CL10 = 0,14 mg i.a./L – 24h de exposição). Após a exposição, cada ninfa foi colocada individualmente em potes de vidro contendo 100mL de água destilada e que recebiam três larvas (L4) de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). O número de larvas predadas foi avaliado a cada 40 minutos durante seis horas consecutivas durante quatro dias seguidos. A densidade de larvas era restaurada ao final de cada avaliação. Cada tratamento foi repetido 15 vezes (i.e., ninfa de B. anurum). Nossos resultados revelaram valores de CL50 de 0,34 mg/L (para 24h) e de 0,005 mg/L (para 96h). Nos experimentos de predação, a exposição subletal ao imidaclopride reduziu significativamente (P < 0.05) as habilidades deste inseto em predar larvas de A. aegipty ao longo dos quatro dias de exposição, quando comparados com ninfas que não foram expostas ao inseticida. Com isso, concluímos que o imidaclopride pode acarretar em reduções dos serviços bioecológicos produzidos pelos predadores aquaticos B. anurum. Palavras-chave: Ecotoxicologia, entomologia aquática, barata d’água. Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 27 PROPRIEDADES INSETICIDAS DE EXTRATOS DE Musa sp. (MUSACEAE) NO CONTROLE DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) Simone de Bitencourt Oliveira1, Leonardo Vieira Militão2, Juliana Garlet3 1 Universidade do Estado de Mato grosso, Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil. simonedebitencourt@gmail.com 2 Universidade do estado de Mato Grosso, Departamento de Engenharia Florestal, Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil. 3 Universidade do Estado de Mato Grosso, Professora do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas amazônicos, Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil. Os prejuízos causados por insetos-praga, são um dos principais fatores limitantes na produção agrícola. A lagarta Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) é uma das principais espécies-praga agrícolas, e seu principal meio de controle é a utilização de produtos químicos. Como alternativa para diminuir a aplicação de produtos fitossanitários, pode-se utilizar os inseticidas de origem vegetal. Assim, o objetivo deste trabalho é verificar a eficiência de extratos hidroalcoólicos da variedade prata do gênero Musa sp. no controle de Spodoptera frugiperda em condições de laboratório. Neste estudo foram utilizados extratos hidroalcoólicos das folhas e pseudocaule de Musa sp. variedade prata nas concentrações 0%, 1,5%, 3,5% e 5,5%, aplicados por contato em lagartas de segundo instar de Spodoptera frugiperda. Foram utilizadas quatro repetições com seis indivíduos, totalizando 24 indivíduos por tratamento. Os insetos permaneceram individualizados em tubetes contendo dieta artificial, e posteriormente foram levados à câmara B.O.D. As avaliações foram realizadas a cada 24h nas primeiras 72h, e posteriormente a cada três dias até o final do ciclo do inseto. Os fatores avaliados foram: mortalidade em 72h; mortalidade até o final do período larval; viabilidade de lagartas e pupas; peso de lagartas e pupas; duração do ciclo de larva e pupas. Extratos hidroalcoólicos de folhas e pseudocaule apresentaram ação inseticida em lagartas de Spodoptera frugiperda, ocasionando mortalidade máxima de 95% até o final do ciclo larval. A viabilidade de lagartas e pupas foram de apenas 4,16% quando as lagartas foram expostas ao extrato hidroalcoólico das folhas. O Peso de lagartas e pupas reduziram significativamente quando receberam extrato hidroalcoólico das folhas e a duração do ciclo das lagartas e pupas reduziram em até dois dias quando foram submetidas ao extrato hidroalcoólico do pseudocaule. Assim pode-se verificar que extratos de Musa sp. apresentam efeito inseticida sobre Spodoptera frugiperda, com potencial para novos estudos sobre suas propriedades. Palavras-Chave: Inseticidas botânicos, Extratos aquosos, Extratos Hidroalcoólicos. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 28 POTENCIALIDADE DE Eichhornia crassipes E Pistia stratiotes COMO REMEDIADORAS DE AMBIENTES AQUÁTICOS CONTAMINADOS COM DIURON Priscila Gonçalves Monteiro1, Naiane Maria Corrêa1, Brenda Thais Barbalho1, Tayna Sousa Duque1, Maria Sebastiana Carmindo da Silva1, Josiane Costa Maciel1, Evander Alves Ferreira2, José Barbosa dos Santos 1 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Ciências Agrárias, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. priscila_engflorestal@hotmail.com. 2 Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. A busca por tecnologias eficazes na remoção de diuron de corpos hídricos representa um desafio diante dos impactos ocasionados por esse contaminante. Oobjetivo do trabalho foi avaliar o crescimento de Eichhornia crassipes e Pistia stratiotes, identificando sua potencialidade como fitorremediador de ambientes aquáticos contaminados com o diuron. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em Diamantina-MG e as macrófitas cultivadas em solução nutritiva diluída em água destilada. Os tratamentos, dispostos em delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições, corresponderam às concentrações 0; 0,1; 1 e 10 µg L-1 de diuron aplicadas em solução aquosa.Intoxicação visual e massa fresca foram avaliados aos 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação do herbicida (DAA). Os dados foram submetidos à ANOVA pelo teste F, por meio do software Sisvar. Modelos de regressão foram ajustados para avaliar a massa fresca em função das doses e tempo de exposição ao diuron. As médias, quando significativas, foram comparadas pelo teste de Tukey, a 95% de probabilidade. Foi utilizada uma escala de intoxicação visual dos sintomas variando de 0 a 100%, 0 para a toxicidade nula e 100 para a morte das plantas. Iguais percentuais foram constatados para E. crassipes sob efeito das três doses aplicadas, aos 7 e 14 DAA. Porém, as macrófitas submetidas à maior dose apresentaram percentuais superiores aos observados sob efeito da menor dose aos 21 e 28 dias de cultivo. Houve aumento da massa fresca para as duas espécies, independentemente da concentração de diuron avaliada. Contudo, a massa fresca de ambas foi maior para a testemunha, durante todo o período de cultivo, e sofreu reduções com aumento das doses de diuron aplicadas. O diuron reduziu sem interromper o crescimento das macrófitas. E. crassipes e P. stratiotes podem ser indicadas para fitorremediar ambientes aquáticos com concentração de até 10 µg L-1 de diuron. Palavras chave: Macrófitas aquáticas, Contaminação, Crescimento, Intoxicação visual. Apoio: Cnpq, Inovaherb II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 29 FLUORESCÊNCIA DA CLOROFILA A DE MACRÓFITAS COMO REMEDIADORAS DE AMBIENTES AQUÁTICOS CONTAMINADOS COM DIURON Priscila Gonçalves Monteiro1, Naiane Maria Corrêa1, Brenda Thaís Barbalho1, Evander Alves Ferreira2, Taina Sousa Duque1, Josiane Costa Maciel1, Maria Sebastiana Carmindo da Silva1, José Barbosa dos Santos1 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. priscila_engflorestal@hotmail.com. 2 Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Devido os efeitos nocivos do diuron aos corpos hídricos, tecnologias eficazes na sua remoção são relevantes. O objetivo do trabalho foi avaliar a fluorescência da clorofila a de Eichhornia crassipes e Pistia stratiotes expostas ao diuron, identificando seu potencial fitorremediador de ambientes aquáticos contaminados com este herbicida. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em Diamantina-MG e as macrófitas cultivadas em solução nutritiva. Os tratamentos, dispostos em delineamento inteiramente ao acaso, corresponderam às concentrações 0; 0,1; 1 e 10 µg L-1 de diuron aplicadas em solução aquosa. A avaliação da fluorescência da clorofila a foi realizada aos 7, 14 e 21 DAA (dias após aplicação) do diuron, em período noturno, após 30 minutos de adaptação das plantas ao escuro. Foi possível mensurar as variáveis fluorescência inicial (Fo) e máxima (Fm), rendimento quântico potencial do fotossistema II (Fv/Fm) e taxa aparente de transporte de elétrons (ETR) por meio de fluorômetro portátil MINI-PAM II. Os dados foram submetidos à ANOVA pelo teste F, por meio do software Sisvar. As médias, quando significativas, foram comparadas pelo teste de Tukey, a 95% de probabilidade. Valores de (Fo) superiores aos da testemunha foram constatados para E. crassipes, na maior dose a partir de 7 DAA do herbicida. P. stratiotes teve estes valores evidenciados aos 7 dias de cultivo, e aos 14 e 21 DAA do herbicida somente para a maior dose. A (Fm) não foi influenciada pelas concentrações do diuron para as duas espécies. Na maior dose foram constatadas reduções da razão Fv/Fm durante todo o período experimental. Os valores de ETR foram reduzidos, para todas as macrófitas, a partir de 7 DAA do diuron. Embora as doses testadas forem suficientes para causar estresse abiótico nas macrófitas, ambas podem ser indicadas para fitorremediar ambientes aquáticos com concentração de até 10 µg L-1 de diuron. Palavras-chave: Contaminação, Desenvolvimento, Plantas Aquáticas. Apoio: Cnpq, Inovaherb. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 30 MONITORAMENTO DE VARIÁVEIS CLIMÁTICAS PARA O CONTROLE DA PINTA PRETA Luis Eduardo Pontes Stefanelli1, Tarcísio Marcos Macedo Mota Filho2, Lucas Campos Ferreira3, Ramon de Marchi Garcia4, Caroline Cássia Gallo5, Eduardo dos Santos Rossi6 1,2 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil. luis.stefanelli@unesp.br 3 Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR – Departamento, Araras, São Paulo, Brasil. 4 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil. 5 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Cirurgia e Anestesiologia, Botucatu, São Paulo, Brasil. 6 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Reprodução Animal, Botucatu, São Paulo, Brasil. O gênero Alternaria é um táxon grande, diversificado, com distribuição cosmopolita e de grande importância econômica. O fungo A. solani pode sobreviver em restos de cultura, sobretudo devido à presença de clamidósporos. A penetração do patógeno no hospedeiro pode ser direta ou indireta através dos estômatos e ferimentos na planta, causando a doença popularmente conhecida como pinta preta, onde o patógeno é capaz de gerar lesões necróticas em folíolos, hastes, frutos ou tubérculos. O monitoramento das variáveis climáticas como temperatura, umidade relativa, luminosidade e molhamento foliar são parâmetros que influenciam as etapas do ciclo de vida de A. solani. Apesar da ocorrência generalizada da pinta preta, as condições climáticas durante o cultivo influenciam a intensidade da epidemia. Foi constatado que a severidade da doença é maior sob condições de precipitações pluviométricas frequentes e temperaturas entre 25 e 30 ºC. Deste modo, ao monitorar as condições ambientais que favorecem a doença é possível interferir no ciclo de vida do patógeno impedindo que este seja completado. Além disso, pode-se notar que fatores climáticos podem interferir na adaptação de patógenos. O tempo entre o início da infecção e o aparecimento de sintomas nas folhas é dependente das condições ambientais, idade da folha e a suscetibilidade do cultivar, desta forma, esses fatores também devem ser acompanhados para o melhor Manejo Integrado de Doenças nas áreas agrícolas, impedindo a grande severidade da doença e consequentemente a destruição das lavouras. Palavras-chave: Alternaria solani, condições ambientais, fungos Apoio: CAPES (Código de Financiamento 001) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 31 POTENCIAIS DE INSETICIDAS REGULADORES DO DESENVOLVIMENTO DE INSETOS PARA O CONTROLE DE PRAGAS DE LAVOURAS Raul Apolinário1, Denise Feder1 1 Universidade Federal Fluminense, Departamento de Biologia Geral, Laboratório de Biologia de Insetos, Niterói, RJ, Brasil. Email: apolinario_raul@yahoo.com A importância econômica representada por pragas de lavouras, juntamente à busca de alternativas ao controle químico de insetos permitiu um desenvolvimento da pesquisa de métodos mais seletivos, tendo como participação algumas substâncias que são consideradas inseticidas reguladores do desenvolvimento de insetos (Insect Growth Regulators – IGR). Ao se analisar o modo como as atividades de IGRs estão presentesno meio científico, poucas são as fontes que reúnem as informações existentes de maneira concisa. O objetivo da presente revisão foi a exploração dos potenciais existentes em IGR para o controle de insetos pragas de lavouras, havendo uma observação dos principais mecanismos de alterações neuroendócrinas, desenvolvimento e viabilidade das espécies utilizadas como modelos de estudo. A busca de dados em plataformas digitais, assim como a realização de uma triagem de informações sobre pragas agrícolas, resultou na aquisição de 74 referências sobre o potencial de IGRs. A análise das informações encontradas demonstrou uma maior utilização nos trabalhos de compostos pertencentes à classe dos inibidores de síntese de quitina; e ordens como Hemiptera, Lepidoptera, Coleoptera, Orthoptera, Thysanoptera e Diptera foram representadas nos estudos. Os principais tipos de atividades reunidas foram alterações morfológicas e anatômicas, alterações reprodutivas, alterações em estágios de desenvolvimento, alterações no período de desenvolvimento, atividade ovicida, atividade larvicida/ninficida e inibição de alimentação. O conhecimento reunido sobre as principais pragas utilizadas como modelos de estudo, e os principais compostos IGRs e seus potenciais biológicos permitem uma avaliação sobre o seu uso como fonte de informação para medidas de controle de pragas agrícolas. Palavras-chave: Ovicida, Larvicida, Alterações Morfológicas, Alterações Reprodutivas. Apoio: CAPES. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 32 UTILIZAÇÃO DE BIODEFENSIVOS NAS LAVOURAS Luis Eduardo Pontes Stefanelli1, Tarcísio Marcos Macedo Mota Filho2, Lucas Campos Ferreira3, Ramon de Marchi Garcia4, Caroline Cássia Gallo5, Eduardo dos Santos Rossi6 1,2 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil. Email: luis.stefanelli@unesp.br 3 Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR – Departamento, Araras, São Paulo, Brasil. 4 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil. 5 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Cirurgia e Anestesiologia, Botucatu, São Paulo, Brasil. 6 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Reprodução Animal, Botucatu, São Paulo, Brasil. A grande quantidade de pesticidas aplicados para o controle químico dos insetos-praga nos sistemas agrícolas e florestais pode resultar em relevantes impactos ambientais nos agroecossistemas. Para resolver esse problema é necessário mitigar a presença dessas substâncias no solo e nos recursos hídricos. Uma das alternativas para essa situação é a utilização do Manejo Integrado de Pragas (MIP), principalmente com um de seus pilares que é o controle biológico. Entre as ferramentas disponíveis nos programas de controle biológico está a utilização de biodefensivos. Os bioinseticidas (biodefensivos) podem ser vírus, fungos ou bactérias que causam patogenicidade ao inseto. No Brasil já existem muitos casos de sucesso de sua utilização, como é o caso do Baculovírus para o controle da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis). Muitos desses agentes biológicos ocorrem naturalmente nos ecossistemas, e dentre as vantagens de sua utilização pode-se citar o não favorecimento de resistência a pragas e doenças, sua biodegradação não deixa poluentes persistentes no solo (como é o caso das das moléculas químicas), sendo ambientalmente seguros. Além disso, estes produtos geram menor exposição de resíduos aos trabalhadores e consumidores. No entanto, é necessário realizar a aplicação na época correta para garantir a eficácia do produto,e além disso, os produtos biológicos são muito exigentes principalmente aos fatores abióticos (luz, temperatura e umidade) e bióticos (plantas, animais). A utilização de agentes biológicos também deve considerar a compatibilidade de aplicação com outros agroquímicos e a relação custo/benefício. Em síntese é importante conscientizar e capacitar o agricultor dos benefícios que que essa tecnologia pode oferecer, quebrando alguns paradigmas como a aplicação sistemática de agrotóxicos nas lavouras, promovendo desta forma uma agricultura mais sustentável. Palavras-chave: Bioinseticidas, Controle Biológico, Manejo Integrado de Pragas. Apoio: CAPES, Código de Financiamento 001 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 33 HABILIDADES REPRODUTIVAS E SOBREVIVÊNCIA DE Euschistus heros RESISTENTES AO INSETICIDA LAMBDA CIALOTRINA Lorenzo Barcaro Ferrazza1, Cecília Fátima Carlos Ferreira1, Javier Guillermo Mantilla Afanador1, Khalid Haddi1, Graziela Domingues de Almeida Lima1, Kamila Emmanuella Xavier De Azevedo1, Eugênio Eduardo Oliveira1 ¹Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa - MG, Brasil. E-mail: lorenzo.ferrazza@ufv.br Os inseticidas dos grupos neonicotinoides e piretroides são amplamente usados para controle do percevejo marrom da soja Euschistus heros. Estas moléculas (sozinhas ou em mistura) são praticamente as únicas ferramentas de controle desses insetos pragas. Entretanto, o uso indiscriminado destas moléculas ao longo de gerações tem ocasionado a seleção de indivíduos resistentes. Neste trabalho, determinamos a fecundidade, fertilidade e longevidade de uma população de E. heros previamente resistente a imidaclopride e selecionada em laboratório para resistência ao piretroide lambda cialotrina. Inicialmente, a população denominada de ImiRes resistia a exposição de resíduos secos de imidaclopride na concentração de 168.0 ìg/cm2, equivalendo a 40 vezes a concentração recomendada para aplicação a campo. Parte da progênie da ImiRes foi separada e submetida à seleção ao piretroide lambda cialotrina por nove gerações consecutivas, em concentrações crescentes até alcançar a concentração de 1,26 ìg/cm2, equivalendo a 1,5 vezes a concentração recomendada para a aplicação a campo. A progênie de ImiRes foi denominada de ImiRes-LambdaSel. Os resultados demonstram que embora a população tenha resistido a maiores concentrações de lambda-cialotrina, não existiu diferenças na longevidade de machos e fêmeas de ImiRes-LambdaSel quando comparados aos indivíduos de ImiRes. Entretanto, a oviposição média diária de fêmeas de ImiRes- LambdaSel foi significativamente maior quanto as observadas para as fêmeas de ImiRes. Estes achados ainda não nos permitem concluir se a ausência de seleção para o imidaclopride por nove gerações resultou nestas maiores taxas de fecundidades, ou se é decorrente da seleção para resistência ao inseticida lambda-cialotrina. No entanto, o manejo de populações resistentes ao imidaclopride necessita de utilização de novas alternativas aos piretróides, pois indivíduos resistentes a ambos os compostos podem apresentar melhores performances reprodutivas do que os indivíduos resistentes aos neonicotinóides. Palavras-chave: Ecotoxicologia, resistência a inseticida, percevejo-marrom. Apoio: FAPEMIG, CAPES,CNPq. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 34 PLANTAS DO CERRADO PODEM AJUDAR PEQUENOS AGRICULTORES NO CONTROLE DE PRAGAS Isabella Maria Pompeu Monteiro Padial¹, Silvana Aparecida de Souza², Rosilda Mara Mussury² 1Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Faculdade de Ciências Agrárias, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. Email: bellapadial@hotmail.com ²Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA), Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. Os inseticidas botânicos ganharam destaque nos últimos anos por apresentar compostos bioativos com efeitos nocivos aos insetos, porém, mais amigáveis ao ambiente. Nesse sentido, extratos aquosos são facilmente preparados por pequenos produtores, que, ao apresentarem o material vegetal em sua propriedade poderiamutilizá-lo para o controle de pragas sem maiores custos financeiros e físicos. Miconia albicans (Swartz) Triana (Melastomataceae) é uma planta medicinal presente no Cerrado brasileiro com propriedades medicinais, mas sem muitos estudos na área agrícola. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de extrato aquoso (10%) de M. albicans sobre a preferência de oviposição sem chance de escolha de Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae), a principal praga das crucíferas, causando de danos econômicos de até 5 bilhões de dólares ao redor do mundo. As larvas foram retiradas da criação estoque da Universidade Federal da Grande Dourados. Os extratos aquosos foram feitos a partir da maceração do pó de folhas higienizadas de M. albicans, que foram misturadas à uma concentração de 3g/30mL. A solução foi armazenada em ambiente refrigerado durante 24 horas e filtrada antes do uso. Durante o experimento, 20 casais de até 24h foram individualizados em gaiolas com um disco de papel filtro e um disco de couve tratada. Metade dos casais foi exposta ao extrato e a outra ao controle com água destilada. Os discos de couve foram trocados diariamente. A contagem de ovos foi feita durante 4 dias. As medianas foram comparadas através do teste de Mann-Whitney, resultando em uma diferença significativa entre os tratamentos. As mariposas expostas ao extrato botânico apresentaram uma redação de mais de 90% no número de ovos ovipositados, em relação as mariposas que não foram tratadas, mostrando seu potencial inseticida ao reduzir o número de indivíduos da próxima geração. Palavras-chave: canela-de-velho, traça-das-crucíferas, manejo integrado de pragas Apoio:FUNDECT, CAPES e UFGD II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 35 SELEÇÃO DAS PRINCIPAIS MORFOESPÉCIES DE ARTRÓPODES COLETADAS POR MOERICKE TRAPS EM ÁREA DE BARU Diptery alata EM RIO VERDE – GO Vitor Kazuo Miura1, Jéssica Lauanda Stirle1, Isabela Alves Luiz1, Ricardo Silva de Carvalho1, Fernando Higino de Lima e Silva2, Pablo Costa Gontijo1 1Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Entomologia, Rio Verde, Goiás, Brasil. 2Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Fruticultura, Rio Verde, Goiás, Brasil. vitorkazuo22@hotmail.com O Baru é uma árvore frutífera do cerrado e sua castanha vem adquirindo importância econômica na região pelo seu valor agregado. Porém, pouco se sabe sobre os artrópodes associadas a planta de Baru. Com isso, o objetivo do trabalho foi determinar as principais morfoespécies de artrópodes coletadas por armadilhas tipo Moericke traps em áreas de Baru nos períodos de verão e outono de 2020 em Rio Verde-GO. A pesquisa foi realizada na área do Banco de Germoplasma ex situ de Frutíferas do Cerrado do IF Goiano - Campus Rio Verde no período de 20/01 a 30/05. Foram realizadas de quatro a cinco coletas por período do ano, sendo utilizadas cinco armadilhas tipo Moericke trap por avaliação, por um período de 72h. Após este período os artrópodes coletados foram levados ao Laboratório de Entomologia, onde foram separados e classificados em morfoespécies. Dados de número e abundância das morfoespécies foram submetidos a análises de frequência, abundância, dominância e constância usando o programa ANAFAU. Foram selecionadas as principais morfoespécies associadas a cultura, as morfoespécies que foram classificadas pela ANAFAU como dominantes, muito abundantes, muito frequentes e constantes. No período do verão, foram coletados um total de 6.882 indivíduos de nove ordens de insetos. Dez morfoespécies, de 4 ordens foram selecionadas como as mais importantes pelos critérios da ANAFAU. Já no período do outono, foram coletados 7.289 indivíduos pertencentes a 10 ordens e 17 morfoespécies foram selecionadas. Em ambos períodos do ano as principais ordens de insetos coletados foram Diptera, Hymenoptera e Hemiptera. Das morfoespécies selecionadas as mais abundantes no verão e outono foram Dip3 e Dip12, respectivamente. Palavras chave: Entomofauna, coleta de insetos, plantas do cerrado, ANAFAU Apoio: IF Goiano, CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 36 ÍNDICES DE DIVERSIDADE DE ARTRÓPODES NÃO-ALVO DE SOLO EM ÁREA DE SOJA Bt EM ESTÁGIO VEGETATIVO Isabela Santos Martins de Paula1, Vitor Kazuo Miura1, Horácio Francisco Rodrigues Neto1, Jéssica Lauanda Stirle1, Valéria Fonseca Moscardini2, Pablo Costa Gontijo1 1Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Entomologia, Rio Verde, Goiás, Brasil. isabela.st.santos@gmail.com. 2Corteva Agriscience, Barueri, São Paulo, Brasil. A soja é uma das principais culturas agrícolas do mundo. Dada a sua importância e com o objetivo de diminuir os impactos causados por pragas, os sojicultores têm adotado o uso de plantas transgênicas, que expressam proteínas inseticidas (Cry) derivadas da bactéria Bacillus thruringiensis (Bt). No Brasil a área plantada com soja Bt vem crescendo a cada ano. Entretanto, ainda são poucos os estudos sobre o efeito da soja Bt sobre organismos não-alvo em condições de campo pós-comercialização. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto do cultivo de soja Bt sobre a diversidade de artrópodes não-alvo de solo. O ensaio foi realizado em campo em Rio Verde-GO com dois tratamentos, soja Bt e não Bt, ambos sem aplicação de inseticidas. No tratamento Bt foi utilizada soja Intacta que expressa a proteína Cry1Ac e no tratamento não Bt foi utilizada variedade que apresenta ciclo, hábito de crescimento e fenologia semelhante. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições e parcelas de 5 x 15 m. As amostragens dos artrópodes de superfície do solo foram realizadas nos estádios V2 e V5 de desenvolvimento da soja, utilizando armadilhas tipo Pitfall dispostas na área central de cada parcela. As armadilhas permaneceram no campo por 48h. Após esse período, os artrópodes coletados foram acondicionados em frascos e encaminhados para o Laboratório de Entomologia do IF Goiano, onde foram contados e separados em morfoespécies. Os índices de diversidade: abundância; riqueza; Shannon; Simpson e Pielou Evenness foram calculados usando o programa PAST. Posteriormente, os índices das áreas Bt e não Bt foram comparados pelo teste t-Pareado (α = 0,05). Analisando os resultados observou-se que não há diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos, indicando que a biotecnologia não causou efeitos significativos na diversidade dos artrópodes não-alvo de solo coletados nos estádios iniciais da cultura. Palavras-chave: Pitfall, insetos de solo, biodiversidade Apoio: IF Goiano, CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 37 DESEMPENHO DO PULGÃO Rhodobium porosum (APHIDIDAE) SOBRE CULTIVARES DE ROSEIRA SUBMETIDAS A DIFERENTES SOLUÇÕES NUTRITIVAS EM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO SUBSUPERFICIAL ‘EBB AND FLOW’ Guilherme Souza de Avellar1, Wellington Garcia Campos1, Lívia Mendes Carvalho2, Elka Fabiana Aparecida Almeida3 1Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), Departamento de Engenharia de Biosistemas, São João del Rei-MG, Brasil. guilherme_avellar@hotmail.com, wgcampos@ufsj.edu.br, 2Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), São João del-Rei-MG, Brasil. 3Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros-MG, Brasil. elkaflori@hotmail.com Dentre os afídeos da roseira, destaca-se Rhodobium porosum (Aphididae) que ataca os brotos, produz deformações e afeta o crescimento, além de ser vetor de vírus. O cultivo de roseira sem solo, em sistema semi-hidropônico por inundação subsuperficial “ebb and flow”, é uma alternativa para aperfeiçoar a produção de maneira sustentável e inovadora. A fertilização de plantas afeta indiretamente a população de herbívoros. Objetivou-se avaliar o desempenho do pulgão R. porosum sobre cultivares de roseiras submetidasa diferentes soluções nutritivas em sistema de irrigação subsuperficial ‘ebb and flow’. Foram cultivadas as roseiras ‘Carola’, ‘Greta’ e ‘Tineke’ utilizando dois tipos de solução nutritiva, totalizando 6 tratamentos e 24 parcelas experimentais. O desempenho do pulgão R. porosum foi avaliado diariamente até a fase adulta, bem como a produção de descendentes e mortalidade. Foram estimados a taxa líquida de reprodução (Ro), intervalo de tempo entre cada geração (T), capacidade inata de aumentar em número (rm), razão finita de aumento (λ) e o tempo necessário para a população duplicar em número de indivíduos (TD). A fertilização da roseira afetou o crescimento populacional do pulgão R. porosum. O período de desenvolvimento de R. porosum foi, em média, 9 dias. Os parâmetros de tabelas de vida e de fertilidade evidenciaram que a solução nutritiva indicada para a produção de hortaliças de fruto proporcionou condições desfavoráveis ao pulgão. R. porosum apresentou baixa capacidade de aumento populacional, com menor fecundidade, menor taxa de sobrevivência e menor taxa intrínseca de aumento (rm=-0,2940) sobre a cultivar ‘Tineke’ na solução nutritiva indicada para produção de hortaliças de frutos. Portanto, a solução indicada para hortaliças de fruto proporcionou condições menos adequadas ao pulgão R. porosum. Esses resultados podem auxiliar no programa de manejo para esse pulgão na roseira. Palavras-chave: Fertirrigação, Manejo de pragas, Rosa. Apoio: Fapemig. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 38 FLUTUAÇÃO DE PERCEVEJOS NA SOJA SEMEADA EM DIFERENTES ÉPOCAS Mateus Junior Rodrigues Sangiovo1, Claudir José Basso1, Fernanda Marcolan de Souza1 1 Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Ciências Agronômicas e Ambientais, Frederico Westphalen, RS, Brasil. mateus.sangiovo03@gmail.com A cultura da soja (Glycine max (L) Merrill) está entre as commodities agrícolas de maior importância econômica para o Brasil. Dentre os fatores que impactam fortemente no rendimento final de grãos da cultura da soja, a época de semeadura é um desses fatores. A produtividade de grãos da soja também pode ser impactada pela ocorrência de insetos- pragas no decorrer do seu cultivo. De grande importância destacam-se os percevejos, da família Pentatomidae (Subordem Heteroptera), que além de diminuírem a qualidade e o rendimento final de grãos, aumentam os custos e causam danos irreversíveis à cultura. Por isso, a hipótese que fundamenta esse trabalho, é que a soja semeada em diferentes épocas têm influência sobre a densidade populacional de percevejos. Neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo identificar as espécies de maior ocorrência dentro de cada estádio reprodutivo da soja e o percentual de percevejos nas diferentes épocas de semeadura. O estudo foi realizado durante a safra 2019/2020 na área experimental do Departamento de Ciências Agronômicas e Ambientais da Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Frederico Westphalen – RS. Foram estudadas as seguintes épocas de semeadura, 19/09/2019, 15/10/2019, 13/11/2019, 15/12/2019 e 15/01/2020, a cultivar de soja utilizada foi a DM 5958 IPRO. O monitoramento de percevejos iniciou-se quando as plantas atingiram estádio fenológico R1, até o final do estádio fenológico R7. Baseado no método de pano-de-batida branco, contendo dimensões de 1,0m de comprimento por 0,45m de largura efetuou-se 5 panos amostrais (amostragem) semanalmente em pontos diferentes para cada época de semeadura. As espécies de percevejos de maior ocorrência foram, Dichelops melacanthus, Euschistus heros e Piezodorus guildinii, onde os estádios reprodutivos (R5.3, R5.5 e R6) coincidem em maiores flutuações populacionais de percevejos. Existe uma alta pressão de percevejos na soja semeada precocemente em setembro e outubro. Palavras-chave: Glycine max (L) Merrill, Monitoramento, Insetos-Pragas. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 39 THE CONTRIBUTION OF Crotalaria juncea AND Fagopyrum esculentum FOR HERBIVOROUS MITE CONTROL IN COFFEE CROPS Gustavo Júnior de Araújo1, Maria da Consolação Rosado Martins1,2, Madelaine Venzon3, Angelo Pallini1 1Federal University of Viçosa, Department of Entomology, Viçosa, MG, Brazil. E-mail: gustavojraraujo@gmail.com 2 Technical Assistance Company and Rural Extension of the Minas Serais State (EMATER), Teixeiras, MG, Brazil. 3Agricultural and Livestock Research Enterprise of Minas Gerais (EPAMIG), Viçosa, MG, Brazil. Herbivorous mite attacks in coffee plants reduce their photosynthetic rate, resulting in decreased production and quality of the coffee fruits. Predatory mites, mainly from Phytoseiidae family, are the main natural enemies of these organisms. A strategy to decrease mite attacks in crops is increasing resources to these natural enemies, such as floral resources, via association with other plant species. We evaluated the efficiency of three different types of intercropping in attracting predatory mites and in reducting two herbivorous mite family populations (Tetranychidae and Tenuipalpidae) in coffee crops aiming to develop sustainable alternatives to control the herbivores. Our treatments were: monoculture of coffee, coffee crop intercropped with Crotalaria juncea, coffee crop intercropped with Fagopyrum esculentum and coffee crop intercropped with C. juncea and F. esculentum. For each treatment, we sampled four plots with seven replications. To evaluate the mite abundance, we randomly selected four leaves from 10 plants per plot. Using a stereomicroscope, we surveyed the number of Tetranychidae, Tenuipalpidae and Phytoseiidae. We did not find variations in the abundance of Tenuipalpidae between treatments. For Tetranychidae, we found less mites in coffee intercropped with C. juncea (z-value=-2.140, p=0.03). For Phytoseiidae, greater abundance was registered in coffee intercropped with C. juncea (z-valeu=2.448, p=0.01) and C. juncea and F. esculentum (z- value=2.511, p=0.01). Although the intercropped coffee crops had presented a low contribution to the reduction of herbivorous mites, they favoured the occurrence of predatory mites and consequently the biological control services provided by them also increased in these crops. Keywords: biological control, Coffee arabica, Phytoseiida, Tetranychidade, Tenuipalpidae. Support: CNPq, FAPEMIG, CAPES, CBP&D-Café. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 40 DO DIFFERENT TYPES OF REFORESTATION ESTABLISHED IN THE AMAZONIA RAINFOREST DIFFER IN RECOVERING OF PREDATORY WASPS? Gustavo Júnior de Araújo1, Madelaine Venzon2, Thiago Junqueira Izzo3 1Federal University of Viçosa, Department of Entomology, Viçosa, MG, Brazil. E-mail: gustavojraraujo@gmail.com 2Agricultural and Livestock Research Enterprise of Minas Gerais (EPAMIG), Viçosa, MG, Brazil. 3Federal University of Mato Grosso, Department of Ecology and Botany, Cuiabá, Mato Grosso, Brazil. The biological control services provided by predatory wasps are a sustainable alternative for the control of pest species in agricultural crops. However, the constant expansion of human activities on natural landscapes has caused reduction in the abundance of this group, affecting its service performances. To reduce the impact of landscape conversion on ecosystem services, reforestation of degraded areas is encouraged, but little is known about the efficiency of different types of reforestation in the recovery of biological communities, such as those of predatory wasps. Our aim here was to evaluate the effectiveness of different types of reforestation carried out on pastures in the Amazon in recovering abundance and richness of predatory wasps. Using 12,000 trap nests, we sampled wasps at 64 sites distributed in the following treatments: pasture (PA), Tectona grandis reforestation (TR), Ficus maxima reforestation (FR), mixed reforestation of native species(MR), natural regeneration (NR) and primary forest (PF). During the 12 months sampled, we recorded 3.278 individuals (PA=46, TR=697, FR=381, MR=533, NR=585, PF=1036) and 26 species (PA=5, TR=13, FR=12, MR=14, NR=15, PF=18) belonging to the families Crabronidae, Pompilidae, Sphecidae and Vespidae. In relation to PF, we found fewer abundance in PA (z-value=-9.461, p<0.0001), FR (z-value=-2.771, p=0.005) and MR (z-value=-2.076, p=0.03); and fewer richness in PA (z-value=-7.713, p<0.0001), FR (z- value=-2.526, p=0.01), MR (z-value=-1.957, p=0.05) and NR (z-value=-2.451, p=0.01). Even though all reforestation types contributed to increase the occurrence of predatory wasps, only TR reestablished abundance and richness similar to natural conditions. T. grandis is a deciduous species with strong structural variation over time, suggesting low stability in the maintenance of the reestablished community and constant need of adjacent environments that provide colonizing species. Our findings suggest that more stable environments, such as MR and NR, are the most suitable for restoring predatory wasps and their associated services. Keywords: Biological control, Ecosystem services, Predation, Pest crops. Support: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 41 GENETICALLY MODIFIED CORN: AN ANALYSIS OF THE BEHAVIOR OF FALL ARMYWORM Priscilla Tavares Nascimento1, Renzo Garcia Von Pinho1, Marcos Antonio Matiello Fadini2, Camila da Silva Fernandes Souza1, Fernando Hercos Valicente3 1 Universidade Federal de Lavras – Lavras, MG, Brasil. priscillatavares2@hotmail.com 2 Universidade Federal de São João del-Rei – Sete Lagoas, MG, Brasil 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, Brasil Abstract. Little is known about effects of genetically modified corn plants on the foraging of Spodoptera frugiperda (J.E. Smith). Therefore, this study examines whether singular herbicide-tolerant and insect-resistant plants and their stacked events interfere with food preference and oviposition of S. frugiperda. Two non-Bt corn hybrids and three Bt-hybrids, some of them with glyphosate tolerance (GT) were evaluated. Food preference of larvae and biological parameters were assessed. Oviposition preference bioassays involved choice and no choice condition in plants uninfested and previously infested by larvae in a greenhouse and in the field. The results indicate that there is no relationship between preference of larvae and adult moths. Adult females selected prefferentially transgenic hybrids, while larvae selected non-Bt hybrid. Fall armyworm larvae avoid Bt-toxin- expressing leaf tissues, survived only on the non-Bt leaf tissues and showed minor differences in other life-history traits reared on GT and non-transgenic corn leaf tissues. Female moths showed preference for transgenic plants to lay eggs, but with variable output between previously infested and uninfested plants with larvae. The fact that moths preferred Ag 3700RR2 and non-Bt hybrids for oviposition supports the refuge's strategy aiming at producing susceptible individuals. The use of this hybrid must be integrated with a program of control. The results showed also the importance of correct hybrid selection as part of insect resistance management to Bt-plants. The implications of these findings for understanding the impacts of plant-mediated cues on pest behavior in transgenic crop systems are discussed. Keywords: Transgenic crops, reproductive performance, fall armyworm, insect-plant interaction. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 42 RESPONSE OF Trichogramma pretiosum FEMALES TO HERBIVORE-INDUCED BT MAIZE VOLATILES Priscilla T. Nascimento1, Marcos A. Fadini2, Michele S. Rocha2, Camila S. F. Souza1, Beatriz A. Barros3, Júlio O. F. Melo2, Renzo G. Von Pinho , Fernando H. Valicente3 1Universidade Federal de Lavras – Lavras, MG, Brasil, priscillatavares2@hotmail.com 2 Universidade Federal de São João del-Rei – Sete Lagoas, MG, Brasil. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, Brasil. Parasitoids use herbivore-induced plant volatiles (HIPVs) to locate their hosts. However, little is known about variations in HIPVs production in genetically modified maize plants that are herbicide tolerant, insect resistant (Bt plants), or both herbicide tolerant and insect resistant. We investigated the olfactory behavioral responses of the egg parasitoid Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) to HIPVs produced in maize (Zea mays) singular herbicide-tolerant and insect-resistant plants and their stacked events in response to damage caused by Spodoptera frugiperda in nighttime and daytime infestations. Real-time reverse-transcription PCR was used to assess whether the presence of one or more Bacillus thuringiensis (Bt) proteins and the time of induction of HIPVs affected the expression of genes in plants under herbivore attack. The results showed that compounds were released during nocturnal and diurnal infestations. However, some HIPVs were released exclusively in infestations that started during the night by non-Bt plants and were highly attractive to parasitoids. HIPVs produced by non-Bt plants were more attractive to parasitoids than those released by Bt plants in infestations that started during the night. However, glyphosate-tolerant maize plants were more attractive to parasitoids than isogenic plants. The expression of the analyzed genes TPS10, TPS23, LOX10, and STC1 was higher in infestations that started during the night. In this study, we discuss the unresponsiveness of T. pretiosum females to HIPVs produced by Bt maize, in the context of the impacts of transgenic hybrids on parasitoid foraging and the implications for the biological control of S. frugiperda. Keywords: GMOs, qRT-PCR, multitrophic interactions, HIPVs, biological control. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 43 INCIDÊNCIA DE PSILÍDEO-DE-CONCHA EM CLONES DE EUCALIPTO Graciene Pereira de Sousa1, Paula Barbosa dos Santos1, Aluísio Costa Silva1, Helbecy Cristino Paraná de Sousa2, Jaqueline Zanon de Moura1, Sinevaldo Gonçalves de Moura3 1Universidade Federal do Piauí, Departamento de Engenharia Florestal, Bom Jesus, Piauí, Brasil. E-mail: gracienepereira1405@gmail.com 2Universidade de São Paulo, Departamento de Ciências agrárias, Piracicaba, São Paulo, Brasil. 3Universidade Federal do Piauí, Departamento de Zootecnia, Bom Jesus, Piauí, Brasil. Objetivou-se registrar a flutuação populacional do psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei) (Moore, 1964) e sua preferência por clones e quadrantes da copa em Eucalyptus. Realizou-se a pesquisa em área experimental de clones comerciais de híbridos, em Alvorada do Gurguéia-PI, Brasil, no período de maio/2017 a maio/2018. Selecionaram-se seis clones com melhor adaptação local. Coletou-se quinzenalmente os insetos no terço médio da copa. Os ramos foram protegidos com puçá, retirados com auxílio de podão, acondicionados temporariamente em sacos plásticos, para posterior identificação e contagem dos insetos. Elaborou-se a flutuação populacional por clone avaliado, correlacionou-se com as variáveis climáticas: temperatura média (°C), umidade relativa (%) e precipitação (mm) utilizando o teste de correlação linear de Pearson. A distribuição espacial horizontal de psilídeo-de-cocha foi verificada em relação aos pontos cardeais. Avaliou-se o efeito do quadrante na abundância das pragas por meio do teste S- N-K. Não houve correlação dos elementos climáticos com a incidência de G. brimblecombei. Contudo, observa-se tendência de a população da praga reduzir com a chegada do período chuvoso. O ataque do psilídeo-de-concha é heterogêneo entre clones e quadrantes. Observou-se maior abundância de insetos no clone oriundodo cruzamento E. tereticornis x E. urophylla. Os clones provenientes do cruzamento de E. grandis x E. camaldulensis e E. grandis x E. urophylla obtiveram menores abundâncias. Houve diferença significativa entre os quadrantes da copa. Observou-se maiores incidências nos quadrantes Norte e Oeste, diferindo do quadrante Sul que obteve a menor incidência. O quadrante Leste apresentou comportamento intermediário. A maior oscilação populacional ocorreu no período de maio a agosto/2017. A posição leste da copa é o ponto de amostragem mais representativo para adultos e ninfas; o clone mais atrativo é o E. tereticornis x E. urophylla e os menos atrativos são os E. grandis x E. camaldulensis e E. grandis x E. urophylla. Palavras-chave: Entomologia Florestal, Psyllidae, Flutuação populacional. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 44 INCIDÊNCIA POR PERCEVEJO BRONZEADO EM CLONES DE EUCALIPTO Graciene Pereira de Sousa1, Paula Barbosa dos Santos1, Aluísio Costa Silva1, Helbecy Cristino Paraná de Sousa2, Jaqueline Zanon de Moura1, Sinevaldo Gonçalves de Moura3 1Universidade Federal do Piauí, Departamento de Engenharia Florestal, Bom Jesus, Piauí, Brasil. E-mail: gracienepereira1405@gmail.com 2Universidade de São Paulo, Departamento de Ciências agrárias, Piracicaba, São Paulo, Brasil. 3Universidade Federal do Piauí, Departamento de Zootecnia, Bom Jesus, Piauí, Brasil. Objetivou-se registrar a flutuação populacional do percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus) e sua preferência por clones e quadrantes da copa em Eucalyptus. Realizou-se a pesquisa em área experimental de clones comerciais de híbridos, em Alvorada do Gurguéia-PI, Brasil, no período de maio/2017 a maio/2018. Selecionaram-se seis clones com melhor adaptação local. Coletou-se quinzenalmente os insetos no terço médio da copa. Os ramos foram protegidos com puçá, retirados com auxílio de podão, acondicionados temporariamente em sacos plásticos, para posterior identificação e contagem dos insetos. Elaborou-se a flutuação populacional por clone avaliado, correlacionou-se com as variáveis climáticas: temperatura média (°C), umidade relativa (%) e precipitação (mm) utilizando o teste de correlação linear de Pearson. A distribuição espacial horizontal de percevejo bronzeado foi verificada em relação aos pontos cardeais. Avaliou-se o efeito do quadrante na abundância das pragas por meio do teste S-N-K. Houve baixa incidência de indivíduos na maioria das coletas, com exceção das coletas feitas em janeiro, que atingiram o pico populacional de indivíduos coletados. Contudo, nesse estudo não houve correlação significativa com os elementos climáticos estudados. O ataque do percevejo bronzeado é heterogêneo entre clones e quadrantes. Observou-se maior abundância de insetos no clone oriundo do cruzamento E. grandis x E. camaldulensis e o que obteve menor incidência é proveniente do cruzamento de E. grandis x E. urophylla. Não houve diferença significativa entre os quadrantes da copa, isto é, o quadrante não influenciou na distribuição do inseto na copa, indicando que a amostragem poderá ser feita em qualquer ponto amostral. A maior incidência foi em janeiro. A posição cardeal do ramo coletado não influenciou na abundância de indivíduos coletados. O clone mais atrativo é oriundo do cruzamento entre E. grandis x E. camaldulensis e o menos atrativo é proveniente do cruzamento entre E. grandis x E. urophylla. Palavras-chave: Entomologia Florestal, Thaumastocoridae, Flutuação populacional. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 45 MÉTODOS RÁPIDOS E NÃO DESTRUTIVOS PARA DETECÇÃO DE INSETOS- PRAGA EM GRÃOS ARMAZENADOS E SEMENTES Marco Aurélio Guerra Pimentel1, Maria Lúcia Ferreira Simeone1, Alexandre Martins Abdão dos Passos1 1 Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil. marco.pimentel@embrapa.br Os grãos e sementes de cereais são hospedeiros de mais de uma dezena de espécies de insetos na pós-colheita. As fases imaturas são de difícil detecção devido ao desenvolvimento larval no interior do endosperma dificultando a visualização e detecção. Este aspecto da biologia destes insetos é um problema em relação à defesa sanitária vegetal, favorecendo dispersão dos insetos pelo comércio nacional e global de grãos e sementes e constituindo barreira não tarifária nas operações comerciais. As análises para identificar estas infestações são demoradas, imprecisas e dependem de mão-de-obra especializada, pois dependem de processos manuais de até 24 horas. Assim o objetivo do trabalho foi relacionar métodos rápidos e não destrutivos para detecção de insetos em grãos e sementes. Dentre os métodos empregados na rotina analítica destaca-se a inspeção visual, amostragem com sondas e cortes nos grãos e sementes para avaliação interna de larvas e galerias, além de métodos menos usuais como uso de armadilhas, iscas visuais e funil de Berlese. Atualmente, pesquisas com objetivo de tornar a análise de infestação em grãos mais rápida, precisa e menos dependente de avaliação humana tem desenvolvido métodos em estudos de detecção como uso de imagens térmicas, visão computacional associada a inteligência artificial (IA), detecção acústica via sensores e uso da espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) associada a métodos quimiométricos. Atualmente o método com uso do NIR apresenta resultados com ótima separação das classes infestadas e não infestadas por Sitophilus zeamais, com modelo desenvolvido com variância explicada acima de 98%, com 100% de acerto para amostras de validação acima de 4% de infestação. As técnicas com uso de imagens no visível utilizando visão computacional associada a IA tem sido desenvolvida para auxiliar o processo de classificação de grãos e sementes, e são técnicas que apresentam precisão, em testes preliminares, acima de 95% de precisão. Palavras-chave: Pós-colheita, infestação, Sitophilus zeamais, NIR, visão computacional. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 46 PRODUÇÃO DE SOJA SUBMETIDA A TRATAMENTO DE SEMENTES COM TIAMETOXAM Carolina Tavares Duarte Godoi1, Cláudio Pagotto Ronchi2, Antônio Alberto da Silva³, Raul Narciso Carvalho Guedes1 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. carolina.tavares@ufv.br 2 Universidade Federal de Viçosa – campus Florestal, Instituto de Ciências Agrárias, Florestal, Minas Gerais, Brasil. 3 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Fitotecnia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. A adoção do tratamento de sementes com inseticidas neonicotinóides tem aumentado substancialmente nas últimas décadas. Além da versatilidade de utilização e eficiência no controle de pragas, suspeita-se que estes inseticidas, em especial o tiametoxam, possam também estimular o desenvolvimento de plantas, favorecendo um aumento na produção. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses do inseticida aplicado em tratamento de sementes, em plantas de soja (Glycine max). Para tanto, sementes de soja do híbrido GMS 8365 COLUMBA foram tratadas com uma formulação comercial do inseticida Tiametoxam (Cruiser ® 350 FS, Syngenta) diluído em água (3mL de água/kg de sementes), em diferentes concentrações (0,00 mL kg-1, 0,6 mL kg-1, 1,5 mL kg-1, 2,0 mL kg-1, 3,0 mL kg-1, 6 mL kg-1, 15 mL kg-1e 30 mL kg-1), que correspondem ao tratamento sem inseticida (controle), à dose recomendada pelo fabricante (3,0 mL kg-1), e a doses abaixo e acima da recomendação. As plantas foram semeadas e conduzidas durante todo o ciclo em casa de vegetação, com delineamento em blocos casualizados e 8 repetições por tratamento. Ao final do cultivo, os grãos de cada planta foram contados e pesados, e foi determinado o peso de mil grãos para cada planta do experimento padronizado a 13% de umidade. Os dados foram submetidos análise de regressão a 0,05 de significância, utilizando o softwareR. Os resultados não apontaram diferença significativa no peso de mil grãos entre os tratamentos, o que sugere que não há efeito do produto quando se trata de mudança na produção de grãos de soja. No entanto, outros parâmetros fisiológicos podem alterar a produtividade da cultura em campo, o que indica a necessidade de novos estudos que verifiquem se há mudanças destes parâmetros quando há a presença do inseticida. Palavras-chave: Glycine max, controle químico, neonicotinoide. Apoio: CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 47 Bemisia tabaci SUBMETIDA A TIAMETOXAM VIA TRATAMENTO DE SEMENTES Carolina Tavares Duarte Godoi1, Cláudio Pagotto Ronchi2, Antônio Alberto da Silva³, Raul Narciso Carvalho Guedes1 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. carolina.tavares@ufv.br 2 Universidade Federal de Viçosa – campus Florestal, Instituto de Ciências Agrárias, Florestal, Minas Gerais, Brasil. 3 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Fitotecnia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. A classe de inseticidas mais registrada para o tratamento de sementes é a de neonicotinoides, e seu uso tem aumentado nas últimas décadas. No entanto, estes inseticidas atuam por vários dias na planta, e sua concentração tende a diminuir com o passar do tempo. Isto ocasiona uma preocupação acerca dos efeitos subletais destas moléculas em organismos que venham a se alimentar de tecidos vegetais, como o efeito hormético em organismos-alvo. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar o crescimento populacional do inseto-praga Bemisia tabaci quando submetido à alimentação em plantas de soja (Glycine max) tratadas com diferentes concentrações do neonicotinoide tiametoxam. Para tanto, as sementes foram tratadas com uma formulação comercial do inseticida Cruiser ® 350 FS (Syngenta) nas concentrações 0,00 mL kg-1, 0,6 mL kg-1, 1,5 mL kg-1, 2,0 mL kg-1, 3,0 mL kg-1, 6 mL kg-1, 15 mL kg-1e 30 mL kg-1, que correspondem ao tratamento sem inseticida, à dose recomendada pelo fabricante e às doses abaixo e acima da recomendação. Ao atingir os estádios V4 e V6, as plantas foram infestadas com três casais do inseto e cada uma foi coberta com uma rede de organza, que impedia a saída dos mesmos. Cinquenta dias após a primeira infestação, foram contados o número de insetos presentes na planta, e então foi calculada a taxa instantânea de crescimento populacional (ri). O experimento foi inteiramente casualizado, com três plantas por tratamento e os dados foram submetidos à análise de regressão a 5% de significância, através do software R. Os resultados mostram que houve um declínio linear da taxa de crescimento populacional da praga com o aumento da concentração de tiametoxam aplicado à soja. Assim, não foi observado efeito hormético de tiametoxam, via tratamento de sementes, em populações de Bemisia tabaci. Palavras-chave: mosca-branca, controle químico, hormese. Apoio: CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 48 PODRIDÃO BACTERIANA DE BULBOS DE CEBOLA: UMA COMPLEXA ETIOLOGIA A SER ELUCIDADA Renata Sousa Resende1, Edivânio Rodrigues de Araújo1 1Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), Estação Experimental de Ituporanga, Ituporanga, Santa Catarina, Brasil. renataresende@epagri.sc.gov.br A cebola (Allium cepa L.) é a mais importante dentre as espécies cultivadas da família Alliaceae, sendo a terceira hortaliça de maior valor econômico. A produção mundial de bulbos na safra 2019/2020 foi de 96,7 x 106 toneladas, das quais 1,5 x 106 foi produzida no Brasil. Cerca de 10 doenças bacterianas da cebola causadas por no mínimo 16 gêneros e espécies já foram relatadas na literatura. Os gêneros mais comumente encontrados causando podridões nos bulbos de cebola são Burkholderia, Enterobacter, Pantoea, Pseudomonas e Pectobacterium. Apesar dessas doenças serem causadas por um complexo de diferentes espécies de bactérias, os sintomas são semelhantes entre si, não sendo possível, na maioria das vezes, identificar o agente causal apenas por diagnose visual. Como estratégias de manejo eficientes não estão disponíveis, a infecção por esses patógenos resulta em perdas significativas nas diferentes regiões produtoras de cebola no mundo. No Brasil, poucas espécies causadoras de podridões foram descritas até o momento. Nos estados da Bahia e Pernambuco a podridão nos bulbos tem sido causada pelo complexo Burkholderia cepacia, Burkholderia gladioli e Pseudomonas aeruginosa. Em Santa Catarina, maior produtor de cebola do país, onde as perdas decorrentes das bacterioses acarretam prejuízos de aproximadamente R$ 100 milhões/ano na cadeia produtiva, a identidade e diversidade dessas bactérias estão começando a ser elucidadas pelos pesquisadores da Epagri. Nesse contexto, mais pesquisas no Brasil e no mundo são necessárias para identificar e determinar a ocorrência do complexo de bactérias patogênicas associadas aos bulbos de cebola, informações que serão importantes pré- requisitos para os estudos epidemiológicos e o desenvolvimento de estratégias de controle da doença. Palavras-chave: Allium cepa, perda pós-colheita, bacterioses Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 49 A FITORREMEDIAÇÃO E HERBICIDAS NOS ÚLTIMOS 15 ANOS Edmond Joseph Djibril Victor Barry, Fausto Henrique V. Araújo, José Carlos B. Santos, Sabrina Rodrigues Ferreira, Claudia Eduarda Borges, José Barbosa dos Santos, Ricardo Siqueira da Silva Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, MG, Brasil. Email: edimondbarry@gmail.com A fitorremediação é um processo que surgiu nas décadas de 1990, no qual as plantas são utilizadas para despoluir uma área. Neste caso as plantas podem ser consideradas como agentes de purificação do ambiente. A fitorremediação pode ser realizada por meio da fito- extração, fito-degradação, fito-volatilização, fito-estimulação ou da fito-estabilização. A fitorremediação pode ser realizada em solos ou ambientes aquáticos contaminados pelos agrotóxicos ou metais outros metais pesados. O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento de informações referente ao assunto de fitorremediação com herbicidas nos últimos 15 anos. Foi realizado uma revisão sistemática na literatura a respeito da fitorremediação com herbicidas em plataformas de pesquisas gerais, tanto online, quanto impresso, em sites de notícias agropecuárias e trabalhos científicos publicados, referente aos últimos 15 anos, tanto nas línguas francesa, inglesa e portuguesa. Foram encontrados sete vídeos em Francês, 12 vídeos em inglês e cinco vídeos em Português a respeito de fitorremediação. Além disso, foram encontrados dez artigos sobre fitorremediação, cinco foram considerados relevantes, com base na revista onde foram publicados, sendo, quatro a respeito de metais pesados e um a respeito de poluição agrícola. Ao observar os dados do levatamento é possível concluir que a fitorremediação é uma tecnologia muito importante para a preservação do meio ambiente, no entanto, ainda é necessário mais trabalhos a respeito da fitorremediação com herbicidas. Palavras-chave: Agrotóxicos, Despoluição, Fito-degradação, Poluição agrícola. Apoio: Agrime (Grupo de Estudos em Agricultura e Modelagem Ecológica- UFVJM) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 50 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE SIRFÍDEOS (DIPTERA: SYRPHIDAE) NA CULTURA DO SORGO Patrícia de Cássia Lopes, Sabrina Rodrigues Ferreira, Fanne Charlene Siqueira , Fausto Henrique Vieira Araújo, José Carlos Barbosa dos Santos, Ricardo Siqueira da Silva. Universidade Federal dosVales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, Brasil. Pattilopes2009@hotmail.com A família Syrphidae é um grupo de insetos da ordem Diptera, em que algumas espécies são importantes agentes de diminuição populacional de insetos fitófagos recorrentes em gramíneas. São elementos significativos de ecossistemas e do controle biológico de pragas, o que se torna relevante para estudos de distribuição espacial na cultura do sorgo. Objetivou-se nesse trabalho avaliar a distribuição espacial de sirfídeos (Díptera: Syrphidae) na cultura do sorgo no município de Couto de Magalhães de Minas – MG. Foi cultivado em campo experimental de 5 hectares, um híbrido de sorgo forrageiro. Foram realizadas duas coletas de dados, com avaliação de 5 plantas por ponto de amostragem a cada 20 metros de distância. Para obtenção da população total de insetos foram contados os adultos presentes em toda a planta. No presente trabalho, todas as análises realizadas sugerem uma distribuição agregada de sirfídeos na cultura do sorgo. Entretanto, a confirmação do tipo de dispersão ocorrerá em função da ocorrência de presas, que são comumente encontrados na bordadura da cultura. Os sirfídeos na cultura do sorgo apresentam modelo de distribuição agregada, predominante em bordaduras. Palavras-chave: Controle- biológico, Inimigos-naturais, forrageira. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 51 INTERRELAÇÕES ENTRE CARACTERÍSTICAS MORFOAGRONÔMICAS E INCIDÊNCIA DE BICHO MINEIRO EM CAFÉ Bruna Lopes Mariz1, Marco Antônio Peixoto2, Denise Pires de Almeida3, Alice Barbutti Barreto3, Danúbia Rodrigues Alves3, Isabel Samila L. Castro3, Antônio Carlos Baião de Oliveira4, Eveline Teixeira Caixeta4 1 UFV, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil, bruna.mariz@ufv.br. 2 UFV, Laboratório de Biometria, Viçosa, MG, Brasil. 3 UFV, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil. 4 Embrapa Café, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil. O bicho mineiro (Leucoptera coffeella), quando lagarta, causa graves danos no cafeeiro, devido a criação de galerias nas folhas por se alimentarem de parênquima paliçádico. Além de déficits fotossintéticos, a infestação influência outras características agronômicas do café. Baseado nisso, objetivou-se estimar, via valor genético predito, a relação entre incidência de bicho mineiro e características morfoagronômicas do cafeeiro. O estudo foi conduzido em 142 cafeeiros da geração F2 (Híbrido de Timor MG0357 x Tupi Ferrero) e duas testemunhas (Paraíso MGH419-1 e Catuaí Vermelho), nas safras 2018/2020. O plantio foi em 2016, em blocos aumentados (3,0x0,80 metros). Avaliou-se características de produção (produtividade, vigor, altura, diâmetro de copa, diâmetro de caule, número de ramos plagiotrópicos, comprimento de ramo plagiotrópico, número de nós no ramo plagiotrópico), qualidade (tamanho, ciclo e uniformidade de maturação de frutos) e sanidade (incidência de bicho mineiro, cercosporiose e ferrugem). O valor genético foi obtido via melhor predição linear não viesada e a correlação entre as características por rede de correlações. As análises foram realizadas nos softwares Selegen-REML/BLUP e Rbio. A incidência de bicho mineiro obteve correlações positivas e relativamente baixas com todas as características avaliadas, cujos maiores valores foram vigor (0,24) e diâmetro de copa (0,22). A correlação de bicho mineiro com ferrugem foi maior (0,20) do que com cercosporiose (0,08). Observou-se associação próxima de zero entre a incidência de bicho mineiro e tamanho de fruto, ciclo e uniformidade de maturação, apesar da incidência de pragas reduzir proporcionalmente a qualidade de bebida. As baixas correlações genéticas obtidas podem estar relacionadas ao fato de as plantas terem somente quatro anos de cultivo. Usar redes de correlações como ferramenta dimensionadora de características intrínsecas do café é uma estratégia eficaz para inferir sobre o controle de pragas como bicho mineiro. Palavras-chave: Coffea arabica, manejo de pragas, rede de correlações. Apoio: FAPEMIG, CNPq, Consórcio Pesquisa Café e INCT-Café. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 52 EFEITOS DIRETOS E INDIRETOS DA INCIDÊNCIA DE BICHO MINEIRO EM CAFEEIROS, VIA ANÁLISE DE TRILHA Bruna Lopes Mariz1, Marco Antônio Peixoto2, Denise Pires de Almeida3, Alice Barbutti Barreto3, Danúbia Rodrigues Alves3, Isabel Samila L. Castro3, Antônio Carlos Baião de Oliveira4, Eveline Teixeira Caixeta4 1 UFV, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil, bruna.mariz@ufv.br. 2 UFV, Laboratório de Biometria, Viçosa, MG, Brasil. 3 UFV, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil. 4 Embrapa Café, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil. Bicho mineiro (Leucoptera coffeella) é uma praga agressiva no café, com incidência relacionada à complexa rede de interações ambientais e genéticas. Estimar magnitude e sentido dessas relações mostra quanto alteração em um caráter afeta os demais. Assim, objetivou-se identificar efeitos diretos e indiretos de caracteres morfoagronômicos sobre incidência de bicho mineiro no cafeeiro, através da análise de trilha. O estudo foi realizado em 142 cafeeiros F2 (Híbrido de Timor MG0357 x Tupi Ferrero) e duas testemunhas (Paraíso MGH419-1 e Catuaí Vermelho), nas safras 2018/2020. O plantio foi em blocos aumentados, no ano de 2016. Avaliou-se incidência de bicho mineiro, de cercosporiose e de ferrugem, vigor, produção, tamanho de fruto, ciclo e uniformidade de maturação, altura, diâmetro de copa e caule, número e comprimento de ramos plagiotrópicos e número de nós no ramo plagiotrópico. A análise de trilha foi realizada com base na matriz de correlação genética estimada pelo valor genético predito (via melhor predição linear não viesada), usando os softwares Selegen-REML/BLUP e Rbio. Os maiores efeitos diretos na incidência de bicho mineiro foram vigor e ferrugem (0,18). Os únicos efeitos diretos negativos foram com comprimento de ramo plagiotrópico (-0,10) e uniformidade de maturação de frutos (-0,07). Os efeitos indiretos para incidência de bicho mineiro foram baixos, com maiores valores para vigor e número de ramos plagiotrópicos (0,14), diâmetro de copa (0,12), altura de planta (0,10) e comprimento de ramo plagiotrópico (0,10). Para produção, o efeito direto foi 0,07 e os indiretos variaram de 0,03 a -0,01. Em geral, efeitos diretos e indiretos altos indicaram a influência entre as características em estudo. Como a população analisada é jovem, os genes de maior expressão foram os responsáveis pelo crescimento vegetativo. Avaliações futuras podem elucidar melhor as relações morfoagronômicas e a incidência de bicho mineiro. Palavras-chave: Correlação genética, Leucoptera coffeella, modelos lineares mistos. Apoio: FAPEMIG, CNPq, Consórcio Pesquisa Café e INCT-Café. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 53 MODELO GEO FITOPATOLÓGICO DE RISCO DE ENTRADA, ESTABELECIMENTO E DISSEMINAÇÃO DE Candidatus Liberibacter spp. NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Ricardo Augusto Felicetti1, Roberto Lanna Filho2 1 Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Fitossanidade, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. rafelicetti@gmail.com. 2 Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Fitossanidade, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. O Huanglongbing é uma doença da cultura dos citros causada pelo grupo de fitobactérias Candidatus Liberibacter spp. (CaL spp.), ausentes no Rio Grande do Sul, cujo vetor é o inseto Diaphorina citri. Modelos geo fitopatológicos integram dados espaciais e de biologia das espécies, podendo ser utilizados como ferramentas em Análise de Risco de Praga (ARP) e possibilitando melhorentendimento dos processos envolvidos visando ações de exclusão ou erradicação de pragas. No trabalho proposto foi definido o risco entrada, estabelecimento e disseminação de CaL spp. no RS. No modelo de risco de entrada foram integrados, através de software GIS, dados de ingresso de material cítrico proveniente de estados de ocorrência da doença, área de hospedeiro por município e proximidade da fronteira com a Argentina, país com ocorrência do patógeno, com definição de índice resultante nas classes baixo, médio e alto risco de entrada de CaL.spp. no RS. No modelo de risco de estabelecimento de CaL spp. foram utilizados dados de 8 variáveis bioclimáticas em comparação do Rio Grande do Sul com Paraná, São Paulo e Minas Gerais, estados com ocorrência do patógeno no Brasil. Os dados foram aplicados em software de modelagem de nicho ecológico (MNE), definindo-se as áreas do estado com condições climáticas preferenciais para o estabelecimento de CaL spp. Da análise resultante atribuíram-se as classes baixo, médio e alto risco de estabelecimento da praga. No modelo de risco potencial de disseminação foram utilizados dados de área de hospedeiro, risco de estabelecimento e zoneamento do vetor D. citri, com a sobreposição dos dados e definição do potencial de disseminação, por município, em baixo, médio e alto risco. Os mapas e informações resultantes poderão ser utilizados pela cadeia produtiva, na extensão rural e junto aos órgãos de proteção fitossanitária, em ações de prevenção ao ingresso do patógeno. Palavras-chave: Huanglongbing, ARP, GIS, modelagem. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 54 AÇÃO ALELOPÁTICA DE BRAQUIÁRIA SOBRE O CRESCIMENTO DE GIRASSOL Ellen Rayssa Oliveira1, Jamile da Silva Oliveira1, Clovis Pereira Peixoto1, Ademir Trindade Almeida1, Viviane Guzzo de Carli Poelking2 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Cruz das Almas, Bahia, Brasil. ellen.rayoli@gmail.com 2 Universidade do Sudoeste da Bahia, Departamento de Ciências Biológicas, Jequié, Bahia, Brasil. A alelopatia pode ser entendida como um mecanismo químico de liberação de substâncias do metabolismo secundário por um organismo que afeta o crescimento de outro. Objetivou- se avaliar a ação alelopática do extrato de B. brizantha sobre o crescimento inicial de H. annuus. O experimento foi realizado no viveiro telado, onde utilizou-se sementes de Girassol – Hélio 250 (Grão Negro) híbrido simples e sementes de Braquiária - Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf. cv. Marandu, adquiridas de fornecedores comerciais. O extrato aquoso de B. brizantha foi obtido a partir da parte aérea das plantas, que foram cortadas em fragmentos de ±1 cm. Para a avaliação do crescimento das plantas de girassol foi instalado um experimento no delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos utilizados foram às concentrações: T1 = água destilada; T2 = extrato de braquiária 50 g L-1; e T3 = extrato de braquiária 100 g L-1; T4 = extrato de braquiária 150 g L-1; T5 = extrato de braquiária 200 g L-1. Os dados foram submetidos ao teste F e a comparação entre os tratamentos foi feita pela análise de regressão. A utilização do extrato de braquiária proporcionou um comprimento da parte área das plantas de girassol de 41,38 cm, representado assim, um aumento de 115,37% em relação ao tratamento controle (R2 = 97,09). Além disso, resultou em um aumento significativo da massa da matéria seca de folhas, sendo que a concentração do extrato de B. brizantha de 144,5 g L-1 estimada, a qual resultou numa massa da matéria seca de folhas máxima estimada de 2,77 g (R2 = 99,37). O extrato de B. brizantha aumenta o crescimento da parte aérea, a massa seca e a área foliar de H. annuus nas concentrações mais elevadas variando de 135 a 200 g L-1. Palavras-chave: Helianthus annuus L., Brachiaria brizantha, potencial alelopático. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 55 ÍNDICES DE CRESCIMENTO DE PLANTAS DE GIRASSOL SOB A AÇÃO DO EXTRATO DE BRAQUIÁRIA Ellen Rayssa Oliveira1, Jamile da Silva Oliveira1, Clovis Pereira Peixoto1, Ademir Trindade Almeida1, Carlos Alan Couto dos Santos2 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Cruz das Almas, Bahia, Brasil. ellen.rayoli@gmail.com 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Governador Mangabeira, Bahia, Brasil. A alelopatia pode ser definida como o processo de produção de biomoléculas no metabolismo secundário de um organismo que interfere, positiva ou negativamente o crescimento de outro. Dessa forma, objetivou-se avaliar a ação alelopática do extrato de Brachiaria brizantha sobre o crescimento inicial de Helianthus annuus. No experimento utilizou-se sementes de Girassol – Hélio 250 (Grão Negro) híbrido simples e sementes de Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf. cv. Marandu, adquiridas de fornecedores comerciais. O extrato aquoso de B. brizantha foi obtido a partir de fragmentos de ±1 cm da parte aérea das plantas. Para a análise de crescimento das plantas de girassol foi instalado um experimento no delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos utilizados foram às concentrações: T1 = água destilada; T2 = extrato de braquiária 50 g L-1; e T3 = extrato de braquiária 100 g L-1; T4 = extrato de braquiária 150 g L-1; T5 = extrato de braquiária 200 g L-1. Os dados foram submetidos ao teste F e a comparação entre os tratamentos foi feita pela análise de regressão. A utilização do extrato de braquiária proporcionou um comprimento da parte aérea das plantas de girassol de 41,38 cm, representando assim, um aumento de 115,37% em relação ao tratamento controle (R2 = 97,09). Além disso, resultou em um aumento significativo da massa da matéria seca de folhas, sendo que a concentração do extrato de B. brizantha de 144,5 g L-1 estimada, a qual resultou numa massa da matéria seca de folhas máxima estimada de 2,77 g (R2 = 99,37). O extrato de B. brizantha aumenta o crescimento da parte aérea, a massa da matéria seca e a área foliar de H. annuus nas concentrações mais elevadas variando de 135 a 200 g L-1. Palavras-chave: Helianthus annuus L., Brachiaria brizantha, potencial alelopático. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 56 COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE DIVERSIDADE DE ARTRÓPODES COLETADOS POR ARMADILHAS DE BANDEJA EM ÁREA DE BARU EM DUAS ÉPÓCAS DO ANO EM RIO VERDE-GO Ricardo Silva de Carvalho1, Isabela Alves Luiz1, Lília Cristina Alves da Silveira1, Vitor Kazuo Miura1, Fernando Higino de Lima e Silva2, Pablo Costa Gontijo1 1Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Entomologia, Rio Verde, Goiás, Brasil. Email: ricardo.silva@estudante.ifgoiano.edu.br 2Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Fruticultura, Rio Verde, Goiás, Brasil. O Bioma Cerrado representa significativa parcela do território nacional, abrigando grande diversidade de fauna e flora. Dentre as espécies da flora de destaque está o Baru (Dipteyx alata), planta frutífera nativa que possui grande potencial de exploração econômica. Entretanto, pouco se sabe sobre os artrópodes associados ao Baru e a influência das épocas do ano na diversidade destes organismos. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os índices de diversidade da entomofauna coletada por armadilhas de bandeja em área de Baru em duas épocas do ano, verão e outono. As avaliações foram conduzidas no Banco de Germoplasma ex situ de Frutíferas do Cerrado do IF Goiano - Campus Rio Verde, durante as épocas de verão e outono de 2020. Foram realizadas quatro ou cinco avaliações por época, utilizando armadilhas de bandeja com água. Em cada data de coleta cinco armadilhas foram dispostas no campo por 72h. O material coletado foisubmetido a identificação e classificação em morfoespécies no Laboratório de Entomologia. Com os dados das morfoespécies foram determinados índices de diversidade utilizando o programa PAST. Posteriormente as médias dos índices de diversidade das diferentes épocas do ano foram comparados pelo teste t (α =0,05). Foram observadas diferenças significativas entre as épocas do ano, apenas nos índices de riqueza e Shannon. Em ambos os índices, os maiores valores foram verificados no período do outono, indicando maior diversidade de morfoespécies nesta época do ano, comparada ao verão. O resultado representa um contrassenso da ideia de que a maior riqueza de espécies está diretamente relacionada a temperaturas mais elevadas. Palavras-chave: Biodiversidade, Dipteyx alata, moericke traps, insetos Apoio: IF Goiano, CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 57 UMA REVISÃO SOBRE Solenopsis geminata Fabricius (1804), IMPACTOS DE SUA INTRODUÇÃO E NOVO REGISTRO NO ESTADO DE MATO GROSSO Juliana Garlet1, Francis Junior Araújo Lopes2, Ricardo Eduardo Vicente 3 1Universidade do Estado de Mato Grosso-MT, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias, Alta Floresta, Mato Grosso Brasil. E-mail:julianagarlet@unemat.br 2Universidade do Estado de Mato Grosso-MT, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Alta Floresta, Mato Grosso Brasil. 3Universidade do Estado de Mato Grosso-MT, Centro de Pesquisas e Tecnologia da Amazônia Meridional, Alta Floresta, Mato Grosso Brasil. A espécie Solenopsis geminata Fabricius, 1804 é extremamente agressiva, originária do Neotrópico e introduzida em vários países. Assim, este estudo objetivou contextualizar a distribuição conhecida desta espécie em literatura, como nativa ou invasora, investigar possíveis ações danosas em locais em que foi introduzida e apresentar um novo registro desta espécie para o estado de Mato Grosso. Foi realizada pesquisa bibliográfica de informações sobre impactos e distribuição conhecida desta espécie e a partir dos resultados de amostragem realizada no município de Alta Floresta-MT foi verificado o novo registro para o estado. S geminata apresenta distribuição para todos os continentes, é nativa no Brasil (até o momento com nenhum registro no estado de Mato Grosso) e nos países da América do Sul onde foi registrada, com exceção das Ilhas Galápagos, território equatoriano. É nativa também, em países da América Central, com exceção das Ilhas Revillagigedo no México. Em alguns estados dos Estados Unidos da América são nativas e em outros introduzidas. Já nos continentes África, Europa, Ásia e Oceania, esta espécie é considerada exótica. Durante amostragem no município de Alta Floresta foi registrada e devidamente depositada na coleção do Laboratório de Mirmecologia do Centro de Pesquisas do Cacau e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura do Cacau em Ilhéus- BA. S geminata apresentou histórico de prejuízos em locais em que foi introduzida, destruindo projetos coloniais na América do Norte, sendo considerada ainda de alto risco fitossanitário devido a seu comportamento alimentar onívoro afetar a dispersão das sementes de algumas culturas comerciais como milho, repolho, sorgo e tomate. Assim, S. geminata é um novo registro para Mato Grosso e se constitui como uma espécie de interesse em estudos ecológicos e econômicos devido a seu histórico e relação com outros organismos. Palavras-chave: mirmecofauna, amazônia meridional, formigas de fogo. Apoio: Capes, e Dr. Jacques Hubert C. Delabie do Laboratório de Mirmecologia do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC) - CEPLAC, Ilhéus-BA. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 58 ESTUDO FAUNÍSTICO DA ENTOMOFAUNA COLETADA POR ARMADILHAS ADESIVAS AMARELAS EM ÁREA DE BARU NO PERÍODO DE VERÃO E OUTONO EM RIO VERDE-GO Jéssica Lauanda Stirle1, Isabela Alves Luiz1, Isabella Pereira Carrijo1, Horácio Francisco Rodrigues Neto1, Fernando Higino de Lima e Silva2, Pablo Costa Gontijo1 1Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Entomologia, Rio Verde, Goiás, Brasil. 2Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Fruticultura, Rio Verde, Goiás, Brasil. jessicastirle@gmail.com. O Baru (Dipteryx alata) é uma frutífera nativa do cerrado, que produz uma castanha de grande importância ecológica para a fauna regional e social para extrativistas. No entanto, pouco se conhece da entomofauna associada a essa planta. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi realizar análise faunística da entomofauna associada a plantas de Baru nos períodos de verão e outono. O trabalho foi conduzido no Banco de Germoplasma ex situ de Frutíferas do Cerrado do IF Goiano - Campus Rio Verde. Foram realizadas quatro avaliações da entomofauna por período do ano, utilizando armadilhas adesivas amarelas. As armadilhas foram distribuídas em cinco plantas na área, cada planta com uma armadilha, sendo que estas permaneceram no campo por 72 horas. Posteriormente as armadilhas foram conduzidas para o Laboratório de Entomologia do IF Goiano – Campus Rio Verde, onde o material foi triado e identificado. Os artrópodes coletados foram classificados como morfoespécies e os dados submetidos a análise faunística utilizando o programa ANAFAU. No período de verão (20/01/20 a 13/03/20) foram coletados 3.546 indivíduos, distribuídos em 119 morfoespécies pertencentes a sete ordens de insetos. Dez morfoespécies (Thy, Dip15, Dip12, Dip2, Hem1, Dip16, Dip9, Hym7, Dip8 e Hym2) foram classificadas pela análise faunística como dominantes, muito abundantes, muito frequentes e constantes. Nas coletas realizadas no período do outono (30/03/20 a 30/05/20), o total de indivíduos coletadas foi de 2.335, distribuídos em 118 morfoespécies pertencentes a sete ordens, com 17 morfoespécies predominantes (Dip3, Dip16, Dip12, Dip9, Hem2, Dip2, Hym2, Thy, Dip17, Hem7, Hem57, Hem5, Dip11, Hym1, Dip8, Dip7 e Hym4). Os resultados indicam que embora o período de verão tenha maior abundância de indivíduos, o número de morfoespécies dominantes é menor, indicando que a entomofauna associada ao Baru pode ser influenciada pelas épocas do ano, verão e outono. Palavras-chave: ANAFAU, Dipteryx alata, nativa, artrópodes, morfoespécies Apoio: IF Goiano, CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 59 AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS DE SORGO GRANÍFERO SOB INFESTAÇÃO DE Sitophilus zeamais Christiano Lima de Oliveira 1, Camila Alves Normando 1, Marco Aurélio Guerra Pimentel 2, Simone Martins Mendes 2, Cícero Beserra de Menezes 2 1 Universidade Federal de São João Del Rey – Campus Sete Lagoas, Sete Lagoas, MG, Brasil. christiano_oliveira@hotmail.com.br 2 Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil. marco.pimentel@embrapa.br No Brasil o sorgo granífero (Sorghum bicolor) tem sido uma boa opção aos produtores devido a sua boa adaptação aos riscos climáticos e como alternativa diante da elevação atual dos preços do milho. Porém no período de armazenamento sofre perdas significativas devido ao ataque de insetos, principalmente Sitophilus zeamais, que nas fases imaturas se aloja dentro dos grãos, causando danos, depreciando comercialmente e favorecendo a dispersão. O objetivo do trabalho foi avaliar a suscetibilidade de híbridos experimentais de sorgo granífero sob infestação de S. zeamais. Foram avaliados 22 híbridos experimentais e 3 comerciais, com os grãos (1,0 Kg) de cada material adicionados em frascos de vidro (1,7 L), com determinação do conteúdo de água e peso volumétrico dos grãos, e posterior infestação com 70 insetos adultos. Os frascos foram armazenados em condição ambiente, por 90 dias, entre setembro-dezembro de 2018, quando foram avaliados o número total de insetos vivos, peso volumétrico, conteúdo de água e estimada a perda de peso. O delineamentofoi inteiramente casualizado com 25 híbridos e 3 repetições, totalizando 75 unidades amostrais. Os dados de número de insetos vivos, perda de massa e peso volumétrico foram submetidos à análise de variância (P<0,05). O número de insetos, perda de peso e o peso volumétrico variaram significativamente entre os híbridos. O híbrido 1236043 teve maior perda de massa com média de 20,7%, enquanto o híbrido 1527039 teve menor perda com média de 4,7%, após 90 dias de armazenamento. O híbrido 1236043 apresentou o maior número médio de insetos (763,5) e o híbrido 1167048 apresentou menor número médio (68,3). O peso volumétrico médio inicial foi de 738,03 kg m-3, e após 90 dias a média foi de 665,97 kg m-3. Os híbridos diferenciam-se quanto à suscetibilidade a S. zeamais, podendo afetar a dispersão de insetos via comércio de grãos. Palavras-chave: Pós-colheita, grãos armazenados, perdas, qualidade de grãos. Apoio: Embrapa II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 60 O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS COMO ALTERNATIVA PARA A CULTURA DO MORANGO Priscila Kelly Barroso Farnezi1 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: priscilafarnezi13@gmail.com O morangueiro (Fragaria x ananassa Duch), pertencente à família Rosaceae e ao gênero Fragaria, surgiu da hibridação entre espécies silvestres, sendo, seu pseudofruto, muito apreciado pelos consumidores devido ao aroma, sabor e valor de mercado. Como a maior parte das olerícolas, o morangueiro requer elevada utilização de mão de obra devido aos tratos culturais e os problemas sanitários de difícil controle. Os ácaros fitófagos são os organismos mais prejudiciais, pois apresentam alto potencial reprodutivo, levando à grandes perdas de produção. Atualmente, o controle fitossanitário é feito utilizando-se grandes quantidades de produtos químicos, cerca de 45 pulverizações por ciclo cultural, o que eleva os custos de produção e riscos de contaminação ambiental. Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo discutir a utilização de outra forma de manejo dos ácaros no morangueiro. O controle químico é um desafio para os produtores, visto que são poucos os acaricidas registrados para a cultura. Assim, este método deve ser utilizado com cautela visando a qualidade do produto e a segurança alimentar dos consumidores. O manejo integrado de pragas (MIP) se mostra uma estratégia importante a ser adotada, pois quando bem aplicado, agrega valor ao produto em mercados mais exigentes. A estratégia é baseada em parâmetros econômicos, ecológicos e toxicológicos respeitando a tolerância das plantas ao ataque de pragas e evitando a aplicação precoce de agroquímicos. O controle biológico de ácaros no Brasil é pouco utilizado, porém, quando aliado a outros métodos de controle, como utilização de mudas sadias e variedades resistentes, monitoramento, manejo cultural e etc, sugerido pelos pilares do MIP se mostram muito eficiente. O MIP é uma estratégia fundamental para reduzir os impactos do uso de agroquímicos na cultura do morangueiro, e com essa prática é possível produzir frutos mais saudáveis para o consumidor, respeitando o ambiente e o trabalhador rural. Palavras-chave: Ácaro, Controle biológico, Fragaria. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 61 PERFORMANCE OF ENTOMOPATOGENIC NEMATOIDS IN Spodoptera eridania José Romário de Carvalho1, Alixelhe Pacheco Damascena2, Luiza Akemi Gonçalves Tamashiro2, Dirceu Pratissoli 2, Luis Moreira de Araújo Junior2, Isabella Faria Corrêa2, Pedro Henrique de Paula2, Aurélio Martins Costa2 1 State Secretariat of Education of the State of Espírito Santo (SEDU), Daniel Comboni Street, 200, Center, 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brazil. E-mail. jromario_carvalho@hotmail.com 2 Federal University of Espirito Santo, Center of Agrarian Sciences and Engineering, Department of Agronomy, Alto Universitário, s/n, Guararema, 29.500-000, Alegre, Espírito Santo, Brazil. Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera: Noctuidae) is a cosmopolitan and voracious pest that affects many crops of economic importance. This species upon reaching the last stage of larval development descends to the ground to transform into pupa, where it remains until the emergence of adults. This habit makes it possible for biological agents such as entomopathogenic nematodes (EPNs) to be used in their management. This study investigated the potential of 11 species/lineages of ENPs belonging to the families Heterorhabditidae (8) and Steinernematidae (3). Two bioassays were performed under laboratory conditions: pathogenicity with 20.38 infective juveniles cm-2 (IJs·cm-2) (equivalent to 2 x 109 IJs·ha-1); and virulence, with concentrations ranging from 0.04 to 20.38 IJs·cm-2. As the arena, plastic pots (116.89 cm2) were used, containing sterile, moistened sand, where sixth instar larvae of S. eridania were released. The suspensions (EPNs + distilled water) were pipetted. The pathogenicity bioassay showed that 9 species/strains were promising, with mortality above 87%. The virulence bioassay revealed lethal concentrations for 50% of the population ranging from 0.27 to 3.67 IJs·cm-2. Heterorhabditis mexicana Hmex (MX4) was the most aggressive species, with superior performance to H. bacteriophora HP88, H. baujardi LPP7, Steinernema glaseri GL, S. rarum SJH and S. carpocapsae SCN1, based on the confidence intervals. The results suggest that NEPs are an efficient alternative for the control of S. eridania, with H. mexicana Hmex (MX4) the most promising species. Keywords: Insecta, Biological control, Microbial control of insects, Heterorhabditis, Steinernema. Support: National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES) and Research Support and Innovation of the Espírito Santo (FAPES). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 62 PREDATE BEHAVIOR OF Podisus nigrispinus IN Spodoptera eridania José Romário de Carvalho1, Alixelhe Pacheco Damascena2, Luiza Akemi Gonçalves Tamashiro2, Dirceu Pratissoli 2, Luis Moreira de Araújo Junior2, Marcelly Ramos Santos2, Brenno Augusto Ribeiro de Andrade 2, Jéssica Terra Soares 2 1 State Secretariat of Education of the State of Espírito Santo (SEDU), Daniel Comboni Street, 200, Center, 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brazil. E-mail. jromario_carvalho@hotmail.com 2 Federal University of Espirito Santo, Center of Agrarian Sciences and Engineering, Department of Agronomy, Alto Universitário, s/n, Guararema, 29.500-000, Alegre, Espírito Santo, Brazil. The behavior and effective predation time can affect the prey death in pest biological control programs. This work studied the Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) behavior on Spodoptera eridania (Cramer, 1782) (Lepidoptera: Noctuidae) caterpillars, and its implications in case of prey escape. The preference bioassay (B1) aimed to verify the caterpillars body region (anterior: head and thorax; median and posterior) preferred by the predator and its implication in prey mortality. The predation duration bioassay considered the following effective predation times: 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64 and 128 minutes; the caterpillars were removed after each predation time, to simulate prey escape, and the dead were counted until the seventh day. This experiment was performed in two ways: with randomly selected and not repeated predators (B2); and with the same predators in successive times (B3). The predator preferred to attack the caterpillars anterior region. The caterpillars mortality increased with increasing effective predation time. The mortality was 90% after 64 minutes under B2. This value was estimated for 16 minutes under B3. The P. nigrispinus prefers to attack the caterpillars anterior region and mortality of S. eridaniacaterpillars was favored in predators that have suffered predation interruption. Keywords: Insecta, Biological control, Predation time, Predator, Prey escape. Support: National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES) and Research Support and Innovation of the Espírito Santo (FAPES). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 63 SELETIVIDADE DE MOLÉCULAS INSETICIDAS EM PARASITOIDES TENDO COMO MODELO Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) Cleber Felipe de Oliveira¹, Elizângela Souza Pereira, Zaira Vieira Caldeira², Diovana Kimberly Silva Oliveira¹, Ronnie Von dos Santos Veloso¹, Marcus Alvarenga Soares¹, Sebastião Lourenço de Assis Júnior¹ ¹Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí-UFVJM, Departamento de Agronomia-DAG, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: cleber-felipe@hotmail.com. ²Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí- UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal- PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Espécies de pragas nativas e exóticas representam grandes perdas econômicas na eucaliptocultura. Inseticidas neonicotinoides e piretroides são utilizados pela elevada eficiência no controle dessas pragas. No entanto, o uso indiscriminado pode ocasionar desequilíbrio ambiental, surgimento de pragas resistentes e diminuição de inimigos naturais. Por isso inseticidas seletivos a inimigos naturais devem ser preferidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade de um neonicotinoide e um piretroide sobre a biologia do parasitoide Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae). Os inseticidas utilizados foram o Evidence® 700 WG (imidacloprido), nas concentrações de 0.0010; 0.0025; 0.0050; 0.0100; 0.0150; 0.0250 e 0.0350 mg i.a /ml e o Decis 25 CE® (deltametrina) nas concentrações de 0.0024; 0.0036; 0.0049; 0.0073; 0.0098; 0.0123; 0.0147; 0.0172 0.0196 e 0.221 mg i.a /ml. O controle foi com água destilada. Alíquotas de 100 µl de solução, com as concentrações teste, foram espalhadas por todo interior de frascos de vidro tipo penicilina e vinte fêmeas de P. elaeisis foram introduzidas e permaneceu exposta por 48h. Os parasitoides mortos e vivos foram contados, após esse intervalo, para obter a relação dose-resposta e estimar a CL50. O estudo foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro repetições. O inseticida Deltramina apresentou maior mortalidade aguda aos parasitoides, a CL50 foi estimada na concentração de 0.087 % (P= 0.0006687). A CL50 do imidacloprido foi estimada na concentração de 0.0086 % (P= 8 1.198e-06). Em praticamente todas as concentrações, ambos ocasionaram alta mortalidade aguda em fêmeas. Em situação de campo, se os inseticidas fossem aplicados sobre os parasitoides, ocorreriam efeitos letais ao organismo não alvo, pois a concentração capaz de matar 50% da população (CL50) foi estimada em concentrações mais baixas das recomendadas. Assim, é necessário estudos sobre inseticidas seletivos aos inimigos naturais. Palavras-chave: Controle Biológico, Agroquímicos, Mortalidade. Apoio: CNPq. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 64 PRINCIPAIS MORFOESPÉCIES DE ARTRÓPODES NÃO-ALVO DE SOLO EM ÁREAS DE SOJA Bt e NÃO Bt NOS ESTÁDIOS V2 E V5 Lília Cristina Alves da Silveira1, Isabela Santos Martins de Paula1, Jéssica Lauanda Stirle1, Isabela Alves Luiz1, Valéria Fonseca Moscardini2, Pablo Costa Gontijo1 1Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Entomologia, Rio Verde, Goiás, Brasil. Email: liliasilveiraagro@gmail.com. 2Corteva Agriscience, Barueri, São Paulo, Brasil. A soja (Glycine max) é uma das principais culturas agrícolas produzidas no mundo, sendo o Brasil o segundo maior produtor e o principal exportador mundial desse grão. Fatores abióticos e bióticos podem interferir na produtividade da soja, tais fatores como o ataque de insetos-praga. Atualmente o uso de plantas Bt é umas das ferramentas de manejo de pragas mais utilizadas na cultura da soja no Brasil. Entretanto, ainda é pouco estudada a influência que esta tecnologia promove em organismos não-alvos de solo. Assim, o objetivo desta pesquisa foi identificar as principais morfoespécies de artrópodes não-alvo de solo em áreas de cultivo de soja Bt. O ensaio foi conduzido em campo no Centro de Pesquisa Agrícola (CPA) em Rio Verde, sendo composto por dois tratamentos, soja Bt (Intacta) e soja não Bt, ambos sem aplicação de inseticida. A comunidade de artrópodes não-alvo de superfície de solo foi avaliada por armadilhas Pitfall, com duas armadilhas dispostas na área central de cada parcela (dez linhas de 15 m). As coletas dos artrópodes não-alvo foram realizadas nos estágios fenológicos V2 e V5 de desenvolvimento da cultura. Os artrópodes coletados foram acondicionados em frascos com álcool (95%) e posteriormente separados em morfoespécies. Os dados de abundância dos artrópodes coletados foram submetidos a análise faunística usando o programa ANAFAU. Foram coletados um total de 3.726 indivíduos de 32 morfoéspecies nas parcelas de soja não Bt e 3.616 indivíduos de 31 morfoéspecies nas parcelas de soja Bt. Do total de indivíduos coletados 66,5% são da ordem Coleoptera, 21,9% Collembola, 10,3% Hymenoptera e 1,3 de outras ordens. A análise faunística selecionou como mais abundantes e frequentes nas áreas, de ambos os tratamentos, as morfoespécies de coleópteros Col04 e Col05, os himenópteros Hym09, Hym11 e Hym12 e o ortóptero Otr01. Palavras-chave: Pitfall, insetos de solo, análise faunística Apoio: IF Goiano, CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 65 AN ALTERNATIVE METHODOLOGY FOR EVALUATING FORMULATION TOXICITY TO WHITEFLIES João Paulo Lima Costa1, Gustavo Júnior de Araújo1, Madelaine Venzon2 1 Federal University of Viçosa, Departament of Entomology, Viçosa, Minas Gerais, Brazil. E-mail: joao.p.costa@ufv.br 2Agricultural and Livestock Research Enterprise of Minas Gerais (EPAMIG), Viçosa, MG, Brazil. For the commercialization of insecticidal formulations, it is necessary to perform tests that prove its effectiveness to the target pest. Typically, the leaf-disc methodology is used to evaluate these formulations. This method uses circular cut out of the cultivated plant leaf, which are sprayed with the formulation solution and inserted into Petri-dishes containing agar or a cotton water-soaked layer. After that, the individuals of the target pest are placed on the discs and the Petri dish is sealed. However, high control mortality using this protocol often makes the experiment unfeasible. We propose an alternative for evaluating insecticidal formulations using the whitefly (Bemisia tabaci), a cosmopolitan pest that causes damages in most of the cultivable species, as model. Our methodology consists of the use of leaflets of the cultivated plant sprayed with 1ml of the formulation solution each, enough volume to cover both surfaces of the leaflet. Thus, we introduced the petioles of the leaflets in 2cm diameter plastic bottles, containing 2ml of water and wrapped with parafilm. After, we place the leaflets inside clear plastic containers (200 mL) and then add five whiteflies per container. To test the efficiency of the proposed methodology against the leaf disc conventional one, we used, for each methodology, 36 different botanical formulations. We kept the samples in an acclimatized room with temperature between 25±2°C, RH 60±10% and 14h of photophase. We evaluated adult mortality after 24h and 48h spraying and oviposition of females after 48h. For the leaf disc methodology, after 24 hours, we verified that excess moisture into the Petri-dishes and dead flies adhered to the water droplets of the cover in all treatments, making results on the formulations impossible. We did not identify methodological problems for the investigatedsamples with the proposed methodology. Our methodology proved to be more efficient compared to conventional methods to assess the toxicity of insecticide formulations against whiteflies. Keywords: Pest control, Insecticide test, Whitefly mortality, Leaf-disc methodology. Support: FAPEMIG, CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 66 ANÁLISE SAZONAL DOS ÍNDICES DE DIVERSIDADE DA ENTOMOFAUNA ASSOCIADA A PLANTAS DE Dipteryx alata AMOSTRADA POR STICKY TRAP EM RIO VERDE-GO Isabela Alves Luiz1, Ricardo Silva de Carvalho1, Vitor Kazuo Miura1, Isabela Santos Martins de Paula1, Fernando Higino de Lima e Silva2, Pablo Costa Gontijo1 1Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Entomologia, Rio Verde, Goiás, Brasil. isabela.alvesluiz@gmail.com 2Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Laboratório de Fruticultura, Rio Verde, Goiás, Brasil. Dipteryx alata, conhecida popularmente como Baru, é uma das espécies frutíferas nativas do Cerrado que mais se destaca devido seu valor econômico agregado, tendo diversas formas de comercialização. Entretanto, informações sobre a entomofauna associada a plantas de Baru ainda são escassas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variação sazonal dos índices de diversidade da entomofauna associada a plantas de Baru em duas estações do ano (verão e outono) em Rio Verde-GO. As avaliações foram realizadas no Banco de Germoplasma ex situ de Frutíferas do Cerrado do IF Goiano - Campus Rio Verde, utilizando armadilhas do tipo Sticky trap. Foram realizadas quatro avaliações por estação do ano e em cada avaliação foram utilizadas cinco armadilhas, instaladas uma por planta de forma equidistante. As armadilhas permaneceram no campo por 72 horas, após este período elas foram encaminhadas ao Laboratório de Entomologia para triagem e identificação do material coletados. Com os dados das morfoespécies coletadas foram calculados os índices de diversidade: abundância, riqueza, Shannon, Simpson e Pierlou’s eveness para cada estação do ano utilizando o programa PAST 3.12, sendo posteriormente comparados pelo teste t (α =0,05). Como resultado, diferenças significativas entre as estações do ano verão e outono foram observadas nos índices de abundância, riqueza de morfoespécies e índice de Pielou’s evennes. Para abundância e riqueza de morfoespécies os maiores valores foram observados verão, já para o índice de Pielou’s evennes, o maior valor foi no período do outono. O índice de Pielou’s evennes tem como objetivo avaliar a homogeneidade da abundância de espécies da comunidade, sendo que valores altos indicam heterogeneidade na abundância de espécies. Sendo assim, podemos supor que a abundância das morfoespécies no verão é mais uniforme que no outono, ou seja, o verão possui maior riqueza e abundância de morfoespécies dominantes comparado ao período do outono. Palavras-chave: Baru, biodiversidade, coleta de insetos, artrópodes, plantas do cerrado Apoio: IF Goiano, CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 67 CARACTERIZACIÓN DE UN INHIBIDOR DE PROTEASA AISLADO DE LA HEMOLINFA DE Anticarsia gemmatalis (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) J.D. Ríos-Díez1, H.J. O. RAMOS2, S.L. Barbosa2, M.G.A. Oliveira2 1Universidad del Magdalena, Ingeniería agronómica, Santa Marta, Magdalena, Colombia. Email: jriosd@unimagdalena.edu.co 2Universidade Federal de Viçosa, Bioquímica, Viçosa, Minas Gerais Brasil. Los inhibidores de serino proteasas (SERPIN) están en los insectos en diferentes tejidos y en la hemolinfa. Regulan el sistema inmune controlando cascadas enzimáticas como la producción de péptidos antimicrobianos o la melanización. Este trabajo pretendió aislar, caracterizar e identificar un inhibidor de proteasa tipo SERPIN presente en la hemolinfa de Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidóptera: Noctuidae). Para esto, se colectó hemolinfa en el segundo día del quinto instar larval, se centrifugó, se sometió a tres cromatografías sucesivas; afinidad, intercambio iónico y desalinización. Fueron realizados ensayos de actividad inhibitoria sobre tres tipos diferentes de enzimas; proteasas intestinales del propio insecto, tripsina bovina y papaína comercial. Las fracciones que mostraron inhibición mayor de 30%, fueron sometidas a electroforesis en gel SDS-PAGE. Posteriormente las bandas fueron sometidas a digestión triptica, analizadas por LC/MS. Los datos obtenidos fueron procesados por el software PEAKS y comparados en la base de datos de EnsemlMetazoa. Durante los ensayos de inhibición se encontró un efecto diferenciado para los tres tipos de proteasas evaluadas; siendo inhibida más fuertemente las proteasas del intestino del insecto seguido por la tripsina bovina y por último la papaína. El extracto obtenido al final del proceso de purificación mostró tres bandas en torno de 181 ± 5 kDa, 90 ± 9 kDa y 38 ± 2 kDa, siendo la última identificada como serpin-4. Estos resultados abren la posibilidad de nuevas alternativas en el uso de inhibidores de proteasas para el control de insectos plaga. Palabras claves: Enzimología, SERPIN, Control de plagas. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 68 BIOLOGIA DE Podisus sagitta (HEMIPTERA: ASOPINAE) SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DO INGREDIENTE ATIVO ISOXAFLUTOLE Diovana Kimberly Silva Oliveira¹, Gilson Geraldo Soares de Oliveira Júnior², Wilson Faustino Júnior², Elizângela Souza Pereira¹, Cleber Felipe de Oliveira¹, Isabel Moreira da Silva¹, Sebastião Lourenço de Assis Júnior², Marcus Alvarenga Soares1 ¹Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal-PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: diovana.oliveira@ufvjm.edu.br ² Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal-PPGCF, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. As plantas daninhas competem por recursos importantes nas culturas agroflorestais e seu controle é feito por meio de herbicidas. Esses agroquímicos possuem na sua composição ingredientes ativos que podem assumir rotas metabólicas diferentes, causando estresses fisiológicos à organismos não alvo e afetar seu desenvolvimento. Por isso, programas de Manejo Integrado de Pragas buscam conciliar o uso de controle biológico com técnicas sustentáveis de controle químico. Sendo assim, o objetivo foi avaliar os efeitos letais e subletais do herbicida isoxaflutole (FORDOR®) no desenvolvimento e reprodução de Podisus sagitta (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae). Ninfas de terceiro estádio foram expostas a cinco concentrações do herbicida representada pela dose comercial (100%), três diluições (50%, 25% e 12,5% da dose comercial), além do controle (0% de ingrediente ativo - água destilada). Os tratamentos foram divididos em: T1 - 0,375 g.L-1; T2 - 0,1875 g.L-1; T3 - 0,09375 g.L-1; T4 - 0,046875 g.L-1 e T5 - 0 g.L-1. Um ml de cada concentração, correspondente aos tratamentos, foi borrifado, individualmente, sobre o dorso das ninfas, utilizando uma micro seringa. O experimento foi em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e dez repetições. O período de pré-oviposição, oviposição e pós oviposição, peso dos adultos, razão sexual, número de posturas, número de ovos por postura, viabilidade dos ovos, duração do período de incubação e longevidade dos adultos foram avaliados. Os dados foram submetidos à Análise de Variância e quando significativo ao Teste F ou Kruskal-Wallis conforme o caso. Posteriormente, verificados quanto à possibilidade de regressão, tendo as concentrações como variável independente. Nos casos de inadequabilidade da regressão os dados foram comparados somente pelas análises de variância O herbicida isoxaflutole não afetou os parâmetros de desenvolvimento e reprodutivos de P. sagitta, sendo, portanto, seletivo a este inimigo natural. Palavras-chave: Agroquímicos, Plantas Daninhas,Seletividade. Apoio: CNPq II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 69 PERFORMANCE OF Podisus nigrispinus PREYING ON Spodoptera eridania Alixelhe Pacheco Damascena1, José Romário de Carvalho2, Luiza Akemi Gonçalves Tamashiro1, Dirceu Pratissoli1, Heitor Miranda Horst1, Luis Moreira de Araújo Junior1 1 Federal University of Espirito Santo, Center of Agrarian Sciences and Engineering, Department of Agronomy, Alto Universitário, s/n, Guararema, 29.500-000, Alegre, Espírito Santo, Brazil. E-mail. xellydamascena@hotmail.com 2 State Secretariat of Education of the State of Espírito Santo (SEDU), Daniel Comboni Street, 200, Center, 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brazil. Reducing the diversification of agroecosystems has minimized the occurrence of natural enemies and favored that of pest insects. Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera: Noctuidae) is a cosmopolitan insect-pest that has a high range of economically important crops as hosts. In order to suppress the population, increase of this pest, the biological control becomes an interesting alternative. The objective of this study was to verify the predatory performance of Podisus nigrispinus (Dallas) (Hemiptera: Pentatomidae) on S. eridania caterpillars as a function of predator age, aiming to understand their potential for use in pest management programs. The performance bioassay was used the methodology of functional response with measures repeated in the time, seeking to understand the influence of the age of the predator on its potential. A survival analysis was performed to verify if the number of preys would affect the predator's longevity. The functional response of type II was observed, with the Holling model better fitted to the data. The parameters, search efficiency (a) and handling time (Th), were affected by the age of the predator, being longer Th when the insects are older. However, P. nigrispinus was estimated to consume 133 caterpillars up to the age of 17 days. Moreover, the predation habit occurs throughout the adult age of the predator. Keywords: Insecta, Predator, Functional response, Age of insect. Support: National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES) and Research Support and Innovation of the Espírito Santo (FAPES). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 70 EFICIÊNCIA DE FORMULADOS A BASE DE BACTÉRIA ENTOMOPATOGÊNICA Bacillus thuringiensis NO MANEJO DE Spodoptera eridania Daniele Nicácio Vicente1, Alixelhe Pacheco Damascena1, Luiza Akemi Gonçalves Tamashiro1, José Romário de Carvalho2, Luis Moreira de Araújo Junior1, Jéssica Barboza Pereira1, Isac da Cruz Louzada1, Dirceu Pratissoli1 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Alto Universitário, s/nº Guararema - 29500-000, Alegre, Espírito Santo, ES, Brasil. E-mail: danielenicacio@hotmail.com 2 Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (SEDU), Rua Daniel Comboni, 200, Centro - 29550- 000, Jerônimo Monteiro, ES, Brasil. Spodoptera eridania (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada uma das espécies mais generalistas dentre todos os insetos fitófagos, pois possui elevada voracidade e capacidade reprodutiva e de dispersão. Os surtos dessa espécie passaram a ser frequentes devido à intensificação do uso de agrotóxicos para o controle. Sendo assim, métodos alternativos são estudados visando o manejo de S. eridania. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de formulados a base da bactéria entomopatogênica Bacillus thuringiensis (Agree®, Xentari® e Dipel®) no manejo da praga. O experimento foi conduzido em câmara climatizada (25±1ºC, 70±10% UR e fotofase de 14 horas). O alimento (dieta artificial) foi imerso durante 5 segundos nos diferentes tratamentos compostos pelos formulados, separadamente. Cada formulado foi testado na concentração recomendada pelo fabricante (0,25g em 100 mL de água). Posteriormente, o alimento foi colocado sobre papel toalha para secar o excesso de umidade. As dietas foram acondicionados nas placas de Petri, sobre o papel filtro e inoculados 10 indivíduos de S. eridania por repetição. Cada tratamento foi composto por 10 repetições. O mesmo procedimento foi realizado para a testemunha, porém, o alimento foi imerso apenas em água destilada estéril. A mortalidade foi avaliada após 72h. A mortalidade corrigida foi calculada em relação à testemunha. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo a mortalidade corrigida submetida à análise de variância. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Somente o formulado Agree® apresentou mortalidade de 33,35±10,22%. Os demais formulados não proporcionaram mortalidade de S. eridania. Sendo assim, dentre os formulados testados, o produto Agree® foi o mais eficiente no manejo da praga. Palavras chave: Insetos-praga, Manejo, Métodos alternativos, Mortalidade. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 71 SUSCETIBILIDADE DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE SORGO GRANÍFERO AO CARUNCHO DO MILHO Sitophilus zeamais Camila Alves Normando1, Christiano Lima de Oliveira1, Marco Aurélio Guerra Pimentel2, Simone Martins Mendes2, Cícero Beserra de Menezes2 1 Universidade Federal de São João Del Rey – Campus Sete Lagoas, Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil. normandocamila@gmail.com. 2 Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil. marco.pimentel@embrapa.br O sorgo granífero (Sorghum bicolor) é considerado um bom substituto do milho, visando, em especial, a alimentação animal. Na pós-colheita a principal espécie praga é o Sitophilus zeamais, o qual se alimenta e se desenvolve no interior dos grãos, ocasionando perdas e propiciando a possibilidade de dispersão devido ao comércio global de grãos. O objetivo foi avaliar a suscetibilidade de híbridos comerciais de sorgo granífero quanto ao desenvolvimento e o potencial de perdas por S. zeamais. Foram avaliados 20 híbridos, 17 comerciais e 3 experimentais, utilizando cerca de 1,0 kg de grãos de cada material, acondicionados em frascos de vidro (1,7 L), quando determinou-se inicialmente o conteúdo de água e o peso volumétrico dos grãos e, posteriormente foram infestados com 70 insetos adultos. Os frascos foram armazenados em condição ambiente, por 75 dias, entre os meses de março e maio de 2019. Após o armazenamento os grãos foram avaliados, contando-se o número total de insetos vivos, o peso volumétrico, o conteúdo de água e estimada a perda de peso. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três repetições, totalizando 60 unidades amostrais. Os dados de número de insetos vivos, perda de massa e peso volumétrico foram submetidos à análise de variância e de correlação (P<0,05). O número de insetos vivos, a perda de massa e o peso volumétrico variaram significativamente entre os híbridos. O híbrido 50A70 apresentou maior número de insetos enquanto o híbrido BRS310 menor desenvolvimento de S. zeamais. O maior percentual de perda de massa observado foi de 8,8% no híbrido AS4639, apresentando correlação positiva e significativa com número de insetos vivos. O peso volumétrico médio variou de 754 kg m-3 (inicial) a 730 kg m-3 (final). Os híbridos se diferem quanto à suscetibilidade ao caruncho S. zeamais, podendo afetar a dispersão de insetos via comércio de grãos. Palavras-chave: Pós-colheita, grãos armazenados, perdas, qualidade de grãos. Apoio: Embrapa II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 72 SPATIAL DISTRIBUTION OF Diabrotica speciosa IN A COMMECIAL SOYBEAN CROP Juliana Lopes dos Santos1, Luciane Rodrigues Noleto1, Kayo Herbert de Brito Reis1, Warly dos Santos Pires1, Millena Barreira Lopes1, Hugo Daniel Dias de Souza1, Poliana Silvestre Pereira1, Renato de Almeida Sarmento1, Abraão Almeida Santos2, Lucas de Paulo Arcanjo2, Elizeu de Sá Farias2, Marcelo CoutinhoPicanço2 1 Federal University of Tocantins, Plant Health Laboratory, Gurupi, TO, Brazil. luciane.noleto@mail.uft.edu.br 2 Federal University of Viçosa, Department of Entomology, Viçosa, MG, Brazil. Among the major world soy producers, Brazil is the only one that has the potential for expansion in cultivated area, being able to multiply its production. Throughout its cycle, the crop is constantly attacked by pests that can reduce productivity. Among these pests is the D. speciosa, which in the soybean crop, feeds on the roots as larvae, and causes defoliation damage as adults. Therefore, it is necessary to study the space-time dynamics, and these studies drive the process of dispersing these pests. Providing important information to be added to integrated pest management. The objective of this work was to define the Spatio-temporal dynamics of Diabrotica speciosa, in a commercial soybean crop. The densities of D. speciosa adults were evaluated throughout the culture cycle. The evaluations were carried out on 216 georeferenced plants, distributed over the entire crop. The pest density was evaluated by counting, using the tray tapping method. To check the spatial distribution patterns of the pest, geostatistical analyzes were performed using the GS + software: Geostatistics for the Environmental Sciences, Version 9.0. From the generated maps, it was possible to conclude that the population peak of the cow was at the R6 phase, with a maximum density of 7 insects per plant. Taking into account the degree of strong spatial dependence, presenting an aggregate pattern of dispersion, it was possible to affirm that the colonization of the insect started from the border. Thus, generating essential information for the sampling plans to be adopted. In short, it was observed that the colonization of the insect is greater in the final stages of the soybean cycle and starts from the borders. Therefore, the producers should concentrate sampling efforts in those places. Keywords: Geostatistics, Commercial Crops, Soy Plague, Glycine max. Support: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PROCAD- AMAZÔNIA) and Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq Grant 306652/2018-8). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 73 SURVIVAL OF Ceraeochrysa cubana LARVAE ON SPONTANEOUS PLANTS Jéssica Letícia Abreu Martins1, Natalia Salgado Diaz1, Gustavo Júnior de Araújo1, Veridiana Junqueira de Melo2, Madelaine Venzon3 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. jessica.abreu@ufv.br 2UNIPLAN, Brasília, Distrito Federal, Brasil 3 Epamig Sudeste, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Ceraeochrysa cubana (Neuroptera: Chrysopidae) is a generalist predator that feeds on lepidopteran eggs, mites, aphids, whiteflies and other soft body insects during larval stage. Adults feed on pollen, nectar, plant exudates and honeydew. Although carnivore, larvae can complement their diet feeding on plant derived food. In this study, we investigated the contribution of floral and non-floral resources (leaves) from spontaneous plants on the survival of C. cubana larvae. In laboratory, we offered inflorescences and leaves Bidens pilosa, Ageratum conyzoides and Sonchus oleraceus to C. cubana second instar larvae. The following food provisions were evaluated: a) A. conyzoides inflorescences + water; (b) A. conyzoides leaves + water; (c) B. pilosa inflorescences + water; (d) B. pilosa leaves + water; (e) S. oleraceus inflorescences + water; (f) S. oleraceus leaves + water; (g) Anagasta kuehniella eggs + water (positive control); and (h) water (negative control). For each treatmet, 30 replicates were done. The food sources influenced the survival of C. cubana (X2=96.33, gl=7, p<0.001). Those that received A. kuehniella eggs + water diet presented the least probability of death (4%; z=7.68; p<0.001), followed by those that received A. conyzoides inflorescences + water (5%, z=5.32; p<0.001). The highest probability of C. cubana death was observed with the B. pilosa leaves + water diet (9%, z=7.12; p<0.001), which was the same as those who received only water (9%). Our results suggest that keeping A. conyzoides flowering associated to crops would contribute to the maintenance of C. cubana on fields favouring pest biological control. Keywords Chrysopidae, Bidens Pilosa, Ageratum conyzoides, Sonchus oleraceus. Support: FAPEMIG, CAPES, CNPq, CBP.Café II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 74 RESPOSTA COMPORTAMENTAL DO POLINIZADOR Trigona hyalinata (HYMENOPTERA: APIDAE) POR EXPOSIÇÃO A ÓLEOS ESSENCIAS Maria Jéssica dos Santos Cabral1, Isabel Moreira da Silva1, Marinalva Martins dos Santos1, Rodrigo Almeida Pinheiro1, Marcus Alvarenga Soares1, José Cola Zanuncio2. 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: jessicacabral810@gmail.com 2Universidade Federal de Viçosa (UFV), Departamento de Fitotecnia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Inseticidas botânicos, assim como os sintéticos químicos, podem afetar o forrageamento e causar irritabilidade e repelência em abelhas. Objetivou-se determinar os padrões de caminhamento deTrigona hyalinata (Hymenoptera: Apidae) por exposição em superfície tratada com óleos essenciais com propriedades inseticidas. Operárias de T. hyalinata foram obtidas de colônias do Apiário em campo e mantidas em B.O.D a 32 ± 1 °C durante as avaliações. Dois bioensaios foram realizados para avaliar o caminhamento de T. hyalinata primeiro abelhas tiveram contato total, sem chance de escolha, com arenas tratadas com subdoses dos óleos essenciais de gengibre (1.10), menta (1.62), orégano (7.52) e tomilho (3.18) e no segundo metade da arena, com chance de escolha, foi tratada. As concentrações foram estabelecidas em pré-teste para determinar a CL50 de cada óleo. Em ambos os bioensaios, as arenas foram levadas a um sistema de rastreamento com câmera de vídeo acoplada a um computador e uma abelha foi liberada no centro e sua movimentação avaliada por 10 minutos. O teste foi conduzido em DIC com 14 repetições, cada uma com uma abelha. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% para o bioensaio sem chance de escolha e com o de t a 5% com chance de escolha. No primeiro ensaio observou uma menor velocidade de caminhamento e distância percorrida e maior número de paradas com orégano e tomilho que com os de gengibre e menta e no controle. No segundo bioensaio, com chance de escolha, T. hyalinata permaneceu menor tempo em arenas tratadas com gengibre e tomilho, no entanto, estes óleos não causaram repelência a T. hyalinata. Os resultados demonstram alterações no comportamento de T. hyalinata, principalmente com o óleo orégano em arena totalmente tratada. Palavras- chave: Abelha, Efeito comportamental, Óleos essenciais. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 75 SELETIVIDADE DE INSETICIDAS BOTÂNICOS AO POLINIZADOR Trigona hyalinata (HYMENOPTERA: APIDAE) Maria Jéssica dos Santos Cabral1, Isabel Moreira da Silva1, Marinalva Martins dos Santos1, Rodrigo Almeida Pinheiro1, Zaira Vieira Caldeira1, Wilson Faustino Júnior2, Marcus Alvarenga Soares1, José Cola Zanuncio3 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: jessicacabral810@gmail.com; 2Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Departamento de Ciência Florestal, Diamantina, Minas Gerais, Brasil; 3Universidade Federal de Viçosa (UFV), Departamento de Fitotecnia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Inseticidas botânicos, assim como os químicos sintéticos utilizados no controle de pragas agrícolas, podem ser tóxicos a diversos artrópodes, assim é essencial avaliar a toxicidadedesses produtos também a agentes não alvos como os polinizadores. O objetivo foi determinar as concentrações letais, CL50 e CL90, dos óleos essenciais de gengibre, menta, orégano e tomilho para Trigona hyalinata (Lepeletier, 1836) (Hymenoptera: Apidae). O delineamento foi inteiramente casualizado e os tratamentos representados pelas concentrações dos óleos (0,5;10;15; 20; 25 e 30%) e o controle, com cinco repetições, cada parcela com 10 abelhas. Operárias forrageiras de T. hyalinata foram expostas por 24h a duas vias de contato, a primeira pelo contato em superfície contaminada com 500 µL das soluções e a segunda pela aplicação tópica de 1µL dos óleos no messonoto das abelhas. As curvas de concentração-mortalidade foram estimadas pela análise de Probit e as concentrações letais determinadas. O orégano apresentou maior toxicidade entre os óleos avaliados com as CL50 e CL90 respectivamente de 7,14 e 10,87% por superfície contaminada e 4,57 e 20,01% via tópica, seguido do óleo de tomilho com 8,29 e 18,15% por superfície contaminada e 6,53 e 30,40% via tópica. Os óleos de menta e gengibre apresentaram, respectivamente, as CL50 de 21,61 e 24,17% por superfície contaminada e 16,38 e 32,65% por aplicação tópica e CL90 de 30,74 e 38,01% por superfície contaminada; 35,97 e 77,22% por aplicação tópica. Apesar da maior toxicidade dos óleos de orégano e tomilhos, as concentrações letais foram superiores aos relatados na literatura para controle de pragas o que confere segurança no uso quando usado com cautela. Os óleos de menta e gengibre foram os mais seletivos para T. hyalinata e possuem potencial de uso no manejo integrado de pragas. Palavras- chave: Abelha, Concentrações Letais, Seletividade, Óleos essenciais. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 76 A ESTAÇÃO DO ANO AFETA A COMPOSIÇÃO DE ARTRÓPODES PREDADORES EM CULTIVOS DE BRÁSSICAS Emílio Pimentel1, Elizeu Farias1, Abraão Santos1, Jhersyka Paes1, Aline Farias1, Marcelo Picanço1 1Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Email: emilio.pimentelufv@gmail.com O cultivo de brássicas é importante fonte de alimento no mundo, além de ser fonte de renda para milhares de agricultores familiares. Contudo essas culturas sofrem ataques de pragas que podem ocasionar grandes perdas na produção. Nesse contexto os inimigos naturais são grandes aliados pois são reguladores naturais de populações de pragas. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da estação do ano na composição de artrópodes predadores em cultivos de brássicas. Os dados foram coletados quinzenalmente, de 2017 a 2019, sendo avaliados a densidade de predadores em cultivos de repolho, couve flor e brócolis situados em Coimbra, Minas Gerais. Observou-se a ocorrência dos seguintes grupos de predadores: Aranhas, Syrphidae, Dermaptera, Formicidae (Camponotus spp., Pheidole spp e Solenopsis saevissima), Staphylinidae, Cantharidae e Coccinellidae (Harmonia axyridis e Eriopis connexa). Os índices de dissimilaridade de Bray-Curtis e do índice de riqueza de Shannon foram usados nas análises. Os conjuntos de predadores nos pares inverno-outono e inverno-primavera foram os mais semelhantes e os mais dissimilares, respectivamente, pelo índice de Bray-Curtis. A maior riqueza de predadores ocorreu no verão e a menor no outono pelo índice de Shannon. A similaridade da composição de predadores no par inverno-outono se deve a maior semelhança entre os elementos climáticos nesses períodos. A maior riqueza de predadores no verão está possivelmente relacionada aos maiores valores de temperatura e umidade relativa dessa estação. Assim, a composição de artrópodes predadores em cultivos de brássicas varia com as estações do ano. Medidas (e.g., seletividade de inseticidas) devem ser tomadas, sobretudo no verão, visando preservar populações de predadores em cultivos de brássicas. Palavras-chave: Controle biológico, artrópodes predadores, riqueza. Apoio: CAPES, CNPq e FAPEMIG II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 77 IMPACTOS DO INSETICIDA DIMILIN® EM INSETOS AQUÁTICOS NÃO-ALVO E EM PEIXES Maria Júlia Maciel Corrêa1, Hemerson Lourenço Silva Freitas1, Sabrina Helena da Cruz Araújo1, Viviana Lorena Bohórquez Zapata1, Luis Gonzalo Salinas Jimenez1, Eugênio E. Oliveira1 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. mariajcorrea@ufv.br; hemerson.freitas123@gmail.com; sabrinahelena@alumni.usp.br; vivianabohorquezinv@gmail.com; luis.jimenez@ufv.br; eugenio@ufv.br Pesticidas, advindos de usos indiscriminados em agricultura e aquicultura, são carreados através de águas de chuvas até corpos d’água, contaminando ecossistemas. O uso indiscriminado de produtos químicos em pisciculturas contamina ambientes aquáticos e causa preocupação sobre os efeitos dessas substâncias em organismos não-alvo. Diflubenzuron (princípio ativo do Dimilin®) é um dos reguladores de crescimento usado de forma ilegal em pisciculturas, controlando ectoparasitas e invertebrados aquáticos que atrapalham a atividade econômica. Sua ação inibe síntese de quitina na epiderme, reduzindo mecanismos de resistência. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o potencial efeito do Dimilin® na sobrevivência de Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae), Buenoa sp. (Hemiptera: Notonectidae) e em peixes Pœcilia reticulata (Cyprinodontiformes: Poeciliidae). A partir da formulação comercial do inseticida Dimilin®, foram obtidas soluções com concentrações aplicadas na aquicultura brasileira (1 g de ingrediente ativo (i.a.) x 3000 L-1), e soluções correspondentes a 30% e 1% da destas concentrações. Indivíduos de Be. anurum, Bu. sp. e P. reticulata foram expostos a uma das três soluções ou a água destilada (controle). Indivíduos de Be. anurum foram individualizados, evitando predação, em potes contendo 100 mL de cada concentração. Foram realizadas 3 repetições, totalizando 30 ninfas por tratamento. A mortalidade foi avaliada diariamente durante 4 dias consecutivos. Indivíduos de Bu. sp. foram separados em grupos de 10 indivíduos e realizadas 5 repetições para cada tratamento. A mortalidade foi avaliada diariamente às 8h e às 17h por 10 dias consecutivos. Indivíduos de P. reticulata foram armazenados em aquários contendo 500 mL de cada concentração. Foram adicionados 20 peixes por aquário e realizados 3 repetições por tratamento. A mortalidade foi avaliada diariamente durante 4 dias consecutivos. Os resultados indicam que o Dimilin® não tem impacto na sobrevivência dos organismos analisados, o que sugere este composto como potencialmente seguro para uso na aquicultura. Palavras-chave: Entomologia aquática, interações peixes-insetos-poluentes, baratas d’água. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 78 IMPORTÂNCIA DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA NA DEFESA SANITÁRIA VEGETAL Rugislaine Dias Alves de Zoppa1, Juliana Kahlau2, Layanara Oliveira Faria3 1 Instituto Mineiro de Agropecuária, Departamento de Fiscalização e Centro Universitário Leonardo da Vinci, Graduação em Agronomia, Uberlândia-MG, Brasil. rugis5@yahoo.com.br 2 Secretaria de educação do Estado do Paraná, Departamento Financeiro e Patrimonial, Colombo-PR, Brasil. 3 Centro Universitário Leonardo da Vinci, Departamento de Ensino do curso de Agronomia, Uberlândia-MG, Brasil. O presente trabalho traz a relevância do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Até a década de 80 a Defesa Sanitária no estado de Minas Gerais era executada por dois órgãos distintos: Instituto Estadual de Saúde Animal (IESA), responsável pela Defesa Sanitária Animal, e a Superintendência Agropecuária (SUPAGRO), responsável pela Defesa Vegetal. Nos anos 90, a Secretaria de Estado da Agricultura decidiu pela fusão destes dois órgãos, criando assim a autarquia Instituto Mineiro de Agropecuária, um órgão público, responsávelpela Defesa Sanitária Animal e Vegetal no estado de Minas Gerais, que objetiva a efetiva fiscalização e conscientização de produtores rurais. Através da defesa sanitária vegetal é prevenida a entrada de doenças e pragas capazes de provocar danos econômicos nas lavouras e produtos dos municípios, principalmente culturas de importância socioeconômica. As instituições de cada estado brasileiro têm as suas próprias portarias, obedecendo sempre as informações contidas na Legislação Federal, sendo a portaria elaborada pelo IMA válida para todos municípios mineiros. Em Minas Gerais as pragas quarentenárias A1 (pragas ausentes no Brasil), A2 (pragas presentes em algumas regiões, porém sob controle oficial) e não quarentenárias regulamentadas, são objetos de certificação, monitoramento e fiscalização pelo IMA. A fiscalização é realizada mensalmente em propriedades rurais denominadas Unidades de Produção (UP) e em locais de armazenamento e comércio que são as Unidades de Consolidações (UC). Constata-se que esta é uma atividade privativa, realizada somente pelo IMA, não podendo ser delegada a terceiros, pois os fiscais agropecuários detêm o poder de polícia na execução da atividade, tendo autoridade para fiscalizar qualquer propriedade rural e/ou comércio, permitindo uma fiscalização efetiva e sem privilégios. Por fim, completa-se que a Defesa Sanitária Vegetal é de grande importância econômica no setor do agronegócio, tanto no comércio interno como externo, contribuindo, portanto, para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Palavras-chave: Pragas quarentenárias, Doenças, Fiscalização, IMA. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 79 CRIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL À PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES RURAIS, ENFATIZANDO O CONTROLE BIOLÓGICO Sônia Lúcia Modesto Zampieron1, Priscila Tamie Fernandes Barbosa1, Domício Pereira da Costa Júnior1 1Universidade do Estado de Minas Gerais- Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - UEMG/Passos MG Brasil. sonia.zampieron@uemg.br Divulgar, popularizar e disponibilizar o controle biológico a pequenos e médios produtores rurais tem se tornado cada vez mais indispensável, a fim de garantir a sua sensibilização para esta importante ferramenta de sustentabilidade, favorecendo uma produção mais saudável e um ambiente mais equilibrado. A proposta deste trabalho foi apresentar um caminho possível para a propagação deste método voltado ao combate de pragas, que comumente atingem o milho, a cana-de-açúcar, hortaliças, entre outras culturas, e que podem ser comprovadamente combatidas pelo Trichogramma pretiosum, parasitoide da ordem Hymenoptera. Para tanto elaborou-se um programa de educação ambiental, compreendendo a produção de um vídeo educativo apresentando as vantagens do controle biológico ao produtor rural desta região; a oferta de um curso de capacitação de 4 horas de duração, utilizando uma cartilha também produzida para este fim, visando a familiarização deste potencial usuário com a tecnologia, a linguagem e a operacionalização do controle biológico no campo; monitoramento das primeiras aplicações no campo, além da criação e manutenção de uma biofábrica “Biocompany” na Universidade do Estado de Minas Gerais - Unidade Acadêmica de Passos, onde o programa tem se desenvolvido. Toda a divulgação da proposta se deu através das rádios locais, festas de rodeios, feiras agrícolas, entre outros locais frequentados por este público. Até o momento, como resultado da proposta, vários agricultores já se inscreveram no programa, havendo alguns inclusive, que já se beneficiaram deste através do uso dos ovos de Anagasta kuehniela, o hospedeiro alternativo em criação massal, parasitados pelo T. pretiosum. O vídeo foi apresentado no lançamento da biofábrica, para um público aproximado de 200 pessoas; a cartilha foi testada em algumas comunidades rurais da região e a biofábrica se encontra em pleno funcionamento, inclusive como suporte para a realização de trabalhos de conclusão de curso (TCC) e iniciação cientifica, para alunos da universidade. Palavras chave: Insetos praga, Trichogramma pretiosum, Biofábrica, Parasitoides. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 80 ALELOPATIA DE EXTRATOS AQUOSOS DE Ricinus communis NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE ESPÉCIES HORTÍCOLAS Regilene Bento Barbosa1, Francisca Diana da Silva Araújo2 1 Universidade Federal do Piauí, Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, Bom Jesus, Piauí, Brasil. regilene.b.barbosa@gmail.com 2 Universidade Federal do Piauí, Curso de Ciências Biológicas, Bom Jesus, Piauí, Brasil. As espécies vegetais produzem e expelem no ambiente diversas substâncias químicas denominadas aleloquímicos, podendo exercer efeito direto e indireto, danoso ou benéfico, sobre plantas ou microrganismo. A mamona (Ricinus communis L.) é uma Euphorbiaceae de origem asiática amplamente distribuída nas regiões tropicais e subtropicais, sendo utilizada para diversos fins, como produção de biodiesel e fertilizantes, no entanto, sua semente é considerada tóxica em decorrência da presença da proteína ricina. Desta forma, objetivou-se com este trabalho avaliar possíveis efeitos alelopáticos do extrato de folhas secas de mamona sobre a germinação de sementes e o crescimento inicial de plântulas de alface e tomate. O trabalho foi realizado na Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas. Folhas de mamona foram coletadas, secas, trituradas e peneiradas até formação de extratos aquosos utilizando água destilada, nas concentrações de 0%, 10%, 30%, 50%, 70%, 90%, 100%. Foram utilizadas sementes de alface (Lactuca sativa) e tomate (Solanum Lycopersicum) e dispostas em placas de petri contendo 5 ml de cada tratamento, acondicionados em BOD durante 7 dias. Foi mensurado porcentagem e índice de velocidade de germinação (IVG) e crescimento de plântulas. Os extratos de mamona apresentaram efeito alelopático crescente com o aumento das concentrações, com completa inibição da germinação nas concentrações 90 e 100%, nas duas espécies hortícolas. Em sementes de alface, o IVG diferiu estatisticamente entre o controle (0%) e às concentrações de 30, 50 e 70% e em ambas as culturas, os maiores IVG (0% e 10%), coincidiu com os maiores comprimentos de radícula e hipocótilo. Portanto, à medida que aumentou a concentração dos extratos, ocorreu a inibição e redução na velocidade de germinação das sementes de alface e tomate, interferindo no seu desenvolvimento. Esse fato sugere que a mamona exerce influência direta no processo germinativo, por meio de aleloquímicos presentes nas folhas da planta. Palavras-chave: potencial alelopático, mamona, Lactuca sativa, Lycopersicum esculentum Apoio: UFPI, FAPEPI. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 81 SEVERIDADE DA INFESTAÇÃO DE BICHO MINEIRO EM CAFÉ ARÁBICA Alice Barbutti Barreto1, Bruna Lopes Matiz2, Antônio Carlos Baião de Oliveira3, Eveline Teixeira Caixeta3, Poliane Marcele Ribeiro Cardoso2 1 UFV, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil. alice.barbutti@ufv.br. 2 UFV, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil. 3 Embrapa Café, Laboratório de Biotecnologia do cafeeiro - Bioagro, Viçosa, MG, Brasil O bicho mineiro (Leucoptera coffeella) é uma das principais pragas do cafeeiro. As lagartas penetram nas folhas, minando-as para se alimentarem. A diminuição da capacidade fotossintética pode acarretar perdas de até 72% na produção. Nesse contexto, o presente trabalho mensurou a severidade da infestação do bicho mineiro em população F2 com 149 genótipos (Híbrido de Timor MG0357 x Tupi Ferrero) e duas testemunhas (Paraíso MGH419-1 e Catuaí Vermelho), nas safras 2018 e 2020. O plantio foi realizado em 2016, em delineamento de blocos aumentados, com espaçamento 3,00 x 0,80 metros.A severidade foi caracterizada por notas de 1 a 5, sendo 1: plantas com folhas imunes e sem lesão; 2: poucas lesões de forma afilada; 3: poucas e pequenas lesões; 4: moderada infestação e lesões com larvas vivas; 5: severas infestação e lesões com larvas vivas. A população se manteve estável ao bicho mineiro ao longo da safra em 2018, com 42,67% e 56,67% da população com notas 1 e 2, respectivamente. Em 2020, 2% das plantas apresentaram nota 1, 55,33% nota 2 e 42% nota 3. A testemunha Paraíso teve nota média de 1,60 em 2018 e 2,40 em 2020, e Catuaí 1,83 e 2,00 nos respectivos anos. Apesar do aumento da incidência do bicho mineiro entre as avaliações, as notas mantiveram nível próximo ao das testemunhas, não indicando perdas produtivas significativas. Esse resultado pode ser explicado pelo fato da população ser jovem e ainda não ter expressado todo seu potencial de resistência, cujo processo de interação genótipo x ambiente x praga oscila bastante. Entretanto, a avaliação precoce é uma ferramenta estratégica para monitorar a praga e auxiliar a tomada de decisões sobre o controle. Além disso, com dados dos próximos anos é possível identificar genótipos fontes de resistência. Palavras-chave: Leucoptera coffeella, melhoramento do cafeeiro, resistência. Apoio: FAPEMIG, CNPq, Consórcio Pesquisa Café e INCT-Café II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 82 CONTRABANDO DE AGROTÓXICOS ILEGAIS EM REGIÕES BRASILEIRAS Lucas Rabello Mourão Barroso¹, Laize Cristina Rossini1, Edmond Joseph Djibril Victor Barry1, Fausto Henrique Vieira Araújo1, Claudia Eduarda Borges1, Ricardo Siqueira da Silva1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, MG, Brasil. Email: lucasrabello1996@gmail.com A grande demanda de agrotóxicos nas lavouras do Brasil fez com que alguns países encontrassem no país um ótimo lugar para escoar produtos ilegais e falsificados, os quais por apresentarem um preço bem inferior aos produtos legais, conquistam os agricultores brasileiros. Diante deste fato, o objetivo do trabalho foi evidenciar os locais no Brasil onde os agrotóxicos foram contrabandeados e apreendidos nos últimos 10 anos. Foi realizado uma coleta de informações a respeito dos agrotóxicos contrabandeados dentro do Brasil nos últimos 10 anos por meio de pesquisa de dados online, em plataformas de pesquisas gerais e sites de notícias agropecuárias. Os locais encontrados foram mapeados utilizando ferramentas de mapeamento para evidenciar as regiões onde esses defensivos foram apreendidos. Foram encontradas entre os anos de 2010 até 2020, um total de 30 locais com evidências de agrotóxicos contrabandeados. Com base nas informações coletadas, pode-se constatar que a maior parte dos defensivos agrícolas ilegais entram no país pelas regiões brasileiras que fazem fronteira com o Paraguai, como os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul e posteriormente são distribuídos para os outros territórios nacionais. Além disso, os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul são os estados brasileiros que apresentaram maior quantidade de apreensões de defensivos agrícolas nos últimos 10 anos. Esses resultados podem ser uteis para medidas de maior fiscalização nessas regiões. Palavras-chave: Pesticidas, Defensivos agrícolas, Fiscalização. Apoio: Agrime (Grupo de Estudos em Agricultura e Modelagem Ecológica- UFVJM) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 83 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA GLOBAL DE Striga asiatica Fausto Henrique Vieira Araújo1, Cláudia Eduarda Borges1, Mônica Carvalho de Sá1, Sabrina Rodrigues Ferreira2, Jose Carlos Barbosa dos Santos2, Laize Cristina Rossini2, Ricardo Siqueira da Silva1 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: faustonura@gmail.com. 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de agronomia/Faculdade de Ciências Agrárias, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Striga asiatica, também conhecida como erva-bruxa-asiática, é nativa da África Subsaariana e países da Ásia tropical. Essa espécie está entre as principais plantas daninhas parasitas do continente africano que ocasionam prejuízos anuais em torno de US$ 7 bilhões. Por se tratar de uma espécie com capacidade de causar grandes perdas de produtividade, assume importância econômica a nível global. O objetivo desse estudo, foi determinar a distribuição geográfica global de S. asiatica. O registro global da ocorrência da espécie daninha, foi determinado a partir da coleta de dados no Global Biodiversity Information Facility (GBIF). Ao todo, analisamos 2253 registros de S. asiatica, com distribuição nas Américas do Norte e Central, Continentes Africano, Asiático e Oceania. Os registros de ocorrência foram usados para representar a distribuição geográfica global atual. S.asiatica é relatada em diversas localidades da África, como: Marrocos, Egito, Sudão, Etiópia, Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Somália, Quênia, Uganda, República Democrática do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Camarões, República Centro-Africana , Chade, Nigéria, Níger, Mali, Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Serra Leoa, Libéria, Côte D'ivoire, Gana, Burkina Faso, Togo, Benin, Angola, Zâmbia, Malawi, Tanzânia, Ruanda, Burundi, Moçambique, Zimbabwe, Botswana, Namíbia, África do Sul, Suazilândia e Madagascar. Na Ásia a planta daninha é relatada na Índia, Nepal, Paquistão, Butão, China, Vietnã, Laos, Tailândia, Filipinas, Indonésia, Timor-Leste e Papua Nova Guiné. Na Oceania e Europa a praga é registrada somente na Austrália e Turquia, respectivamente. No continente americano, os registros de ocorrências de S. asiatica se limitam apenas a Estados Unidos e México. A maior ocorrência de S. asiatica está no continente Africano e Asiático. Pode-se concluir que a distribuição global da espécie está atrelada aos locais de origem e a zona climática tropical. Palavras chave: Erva-bruxa-asiática, Planta daninha, Registros de ocorrência. Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e Grupo de Estudos em Agricultura e Modelagem Ecológica - AgriMe. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 84 MODELO DE ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA PARA Striga asiatica NO BRASIL UTILIZANDO O CLIMEX Fausto Henrique Vieira Araújo1, Laize Cristina Rossini2, Lucas Rabello Mourão Barroso2, Fernanda Costa de Oliveira2, Sabrina Rodrigues Ferreira2, Jose Carlos Barbosa dos Santos2, Ricardo Siqueira da Silva1 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: faustonura@gmail.com. 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de agronomia/Faculdade de Ciências Agrárias, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. A produtividade das culturas agrícolas é altamente afetada pela interferência de plantas daninhas ocasionando prejuízos econômicos. Espécies exóticas cuja introdução em um local fora de sua área de distribuição natural, ameaçam a biodiversidade ambiental e produção agropecuária. Striga asiatica é uma planta invasora amplamente disseminada em inúmeros países da África subsaariana e Ásia, sendo que no Brasil é considerada praga quarentenária ausente. Essa espécie apresenta alta produção de sementes e por serem muito pequenas, é facilmente dispersada entre países através da contaminação de lotes de grãos comercializados. Um dos principais fatores que afeta a sua ocorrência são as variáveis climáticas. Compreender a distribuição espaço-temporal das plantas daninhas permite determinar a distribuição geográfica de uma espécie, bem como, prever sua ocorrência em países sob risco de invasão. Nesse estudo, executamos modelo de distribuição espacial de S. asiatica usando o software de modelagem CLIMEX, para identificarregiões favoráveis a ocorrência da espécie no Brasil, em relação ao clima atual. O modelo demonstrou consistência na distribuição atual da planta daninha, e identificou áreas potenciais. Nossos resultados indicaram regiões com adequabilidade climática favorável à S. asiatica em grande parte da américa do sul e Brasil. O modelo proposto, sugere que condições ambientais quentes, típicas de zonas tropicais, sejam mais adequadas para a ocorrência de S. asiatica. O Brasil por apresentar tais características, possui adequabilidade climática favorável a distribuição potencial de S. asiatica. Palavras-chave: CLIMEX, Modelagem Ecológica, Planta daninha. Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e Grupo de Estudos em Agricultura e Modelagem Ecológica - AgriMe. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 85 SENSIBILIDADE DE TRIGO AO HERBICIDA METRIBUZIN EM DIFERENTES SOLOS Josiane Costa Maciel1, Tayna Sousa Duque1, Maria Sebastiana Carmindo da Silva1, Priscila Gonçalves Monteiro1, Evander Alves Ferreira2, José Barbosa dos Santos1 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. josi-agronomia@hotmail.com 2 Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. O herbicida metribuzin possui registro para a cultura do trigo (Triticum aestivum), porém a sensibilidade e tolerância desse cereal podem variar de acordo com a cultivar e doses aplicadas do produto. Técnicas como o bioensaio é empregado para avaliação da presença de moléculas de herbicidas no solo e sua fitotoxidade nos estágios iniciais da cultura. O objetivo do trabalho foi avaliar a fitotoxidade do herbicida Tricor DF ® (75% metribuzin) em plantas de trigo, quando aplicado em pré-emergência. O experimento foi conduzido em casa de vegetação. Os solos foram classificados como franco-argilo- arenoso e argiloso. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 2, com três repetições. O primeiro fator representa as quatro doses do herbicida (0; 117,23; 234,45 e 468,90 g i.a ha-1). O segundo fator corresponde aos dois tipos de solos. Vinte e quatro horas após a aplicação do herbicida foram semeadas oito sementes de trigo. Após a emergência das plântulas, o desbaste foi realizado, deixando três plântulas por vaso. Aos 7, 14 e 28 dias após a emergência foram realizadas as avaliações de porcentagem de intoxicação, com notas variando de 0 a 100%, em que zero implica ausência de sintomas e cem a morte das plantas. As doses que causaram a intoxicação de 50% das plantas para o solo franco-argilo-arenoso e argiloso são de 158,94 g i.a ha-1 e 94,50 g i.a ha-1 respectivamente. Pode-se concluir que em ambos os solos a intoxicação do trigo aumenta em função do aumento das doses de metribuzin. A fitotoxidade do trigo ao herbicida metribuzin difere em função da textura do solo, diferenciando-se também a dose que causa a intoxicação de 50% das plantas. O herbicida metribuzin causa maior fitotoxidade ao trigo quando aplicado em solo argiloso, considerando-se os estágios iniciais da cultura. Palavras-chave: Bioensaio, Doses, Fitotoxidade. Apoio: A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 86 EFEITO DO HERBICIDA INDAZIFLAM EM HÍBRIDO CLONAL DE EUCALIPTO Josiane Costa Maciel1, Aline Cristina Carvalho1, Tayna Sousa Duque1, Maria Sebastiana Carmindo da Silva1, Priscila Gonçalves Monteiro1, Brenda Thais Barbalho Alencar1, Gabriela Madureira Barroso1, Evander Alves Ferreira2, José Barbosa dos Santos1 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. josi-agronomia@hotmail.com 2 Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Os herbicidas pré-emergentes são recomendados para o controle de plantas daninhas em plantios de eucalipto. Embora os estudos relatem a eficiência desses herbicidas, pouco se sabe do efeito em plantas de eucalipto. O objetivo do trabalho foi avaliar as respostas fisiológicas do clone comercial - I144 de eucalipto em solo contaminado com indaziflam, bem como o potencial de lixiviação desse herbicida por meio de bioensaio. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, delineado em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos resultaram de fatorial 3 x 5. O primeiro fator correspondeu ao controle (solo sem herbicida) e solo com o herbicida indaziflam em duas doses correspondentes a 25% e 50% do produto comercial (150 g ha-1). O segundo fator foi composto pelas profundidades avaliadas no perfil do solo: 0-10, 10-20, 20-30, 30-40 e 40- 50 cm. Clorofila a e b, fluorescência da clorofila e o potencial de lixiviação do herbicida no perfil do solo foram avaliados. O herbicida indaziflam alterou as variáveis fisiológicas das plantas de eucalipto, reduzindo os teores de clorofila a e b e taxa de transporte de elétrons. A concentração de resíduo do herbicida foi maior nas primeiras camadas do solo. O indaziflam apresentou potencial de lixiviação até profundidade de 30 cm na dose de 37,5 e 75 g ha-1. A diminuição das variáveis fisiológicas pode estar relacionada à interferência indireta do herbicida, afetando a translocação de nutrientes envolvidos na fotossíntese (magnésio e manganês). As maiores concentrações de indaziflam nos 10 cm de profundidade se deve às características físico-químicas do solo. Solos argilosos podem garantir efeito tampão adsorvendo grandes quantidades do indaziflam, disponibilizando resíduos aos poucos, garantindo maior período de controle. No entanto, esses resíduos devem ser evitados próximos às plantas de eucalipto. Palavras-chave: Dose, Lixiviação, Perfil do solo. Apoio: A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 87 APLICAÇÃO DE FERTILIZANTES FOLIARES ASSOCIADOS A HERBICIDAS EM MUDAS DE EUCALIPTO Juliano Miari Corrêa1, Gabriela Madureira Barroso2, Priscila Gonçalves Monteiro2, Pedro Andrade Leão1, Maria Sebastiana Carmindo da Silva1, Ana Flávia Paulino1, Carlos Rodrigues Gomes1, Josiane Costa Maciel1, José Barbosa dos Santos1 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. 2Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Engenharia Florestal, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. gabi.m.b@hotmail.com Uso de herbicidas no cultivo do eucalipto pode causar intoxicação das mudas. Porém, uso de fertilizantes foliares pode proporcionar maior tolerância às plantas. Objetivou-se avaliar a fitotoxicidade das mudas submetidas a aplicação de herbicidas e fertilizantes foliares. O experimento foi montado em casa de vegetação em DBC, com seis repetições. As mudas (Eucalyptus urophylla) clone I144) foram transplantadas para vasos de 10 litros onde foram mantidas irrigadas por todo período. Os herbicidas sulfentrazone, diuron + sulfentrazone e clomazone nas doses de 1,2 L ha-1; 2,2 L ha-1 e 2,5 L ha -1, respectivamente, foram aplicados em pré e pós emergência para sulfentrazone e diuron + sulfentrazone e em pré emergência para clomazone. O fertilizante 1 era composto por Mg (12,3 g/L), S (35,7 g/L), Fe (22,1 g/L), Zn (24,6 g/L) e o fertilizante 2 C (78 g/L), N (13 g/L), S (40,3 g/L), B (1,17 g/L), Co (0,78 g/L), Fe (16,9 g/L), Cu (13 g/L), Mn (14,3 g/L), Mo (0,52 g/L) e Zn (29,9 g/L). As concentrações dos fertilizantes foram: fertilizante1: 250 ml ha-1 de solução aplicada nas mudas ou 100 mL aplicada no solo; fertilizante 2: aplicado sobre as mudas em duas vezes: 300 ml ha-1 no dia da aplicação dos herbicidas em pós e 100 ml ha-1, 15 dias depois. A intoxicação visual foi avaliada aos 30, 60, 90e 120 dias após aplicação dos herbicidas e os dados analisados por regressão linear a 5% de significância. Com aplicação do fertilizante 1 na muda, os herbicidas com menores valores de intoxicação foram sulfentrazone (pré) e (pós) e diuron + sulfentrazone (pré). A aplicação do fertilizante 1 no solo proporcionou decréscimo linear da intoxicação na maioria dos tratamentos, exceto para sulfentrazone (pós). Aplicação do fertilizante 2 atenuou as intoxicações pelos herbicidas clomazone e sulfentrazone (pré). Palavras-chave: Diuron, adubos foliares, safeners, silvicultura, sulfentrazone. Apoio: CAPES, FAPEMIG, CNPq, UFVJM. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 88 ESTRATÉGIAS DE MANEJO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM SOJA Fernando Rodrigo Soares Nogueira¹, José Eulário Lampi Dique², Vanessa de Queiroz¹, Tuneo Sedyama¹ ¹Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Fitotecnia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. fernandorsnogueira@yahoo.com.br. ²Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Geral, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. O controle inadequado de plantas daninhas é um dos principais fatores que diminuem a produtividade na cultura da soja (Glycine max). Estas espécies competem com a soja por recursos, principalmente nos estágios iniciais de desenvolvimento da cultura, causando danos diretos ou indiretos na produtividade, como perdas de rendimento ou, em casos extremos, comprometendo a colheita. O controle dessas plantas infestantes é caracterizado como uma das operações mais complexas e caras do sistema de produção e a cada ano que passa novos casos de resistência a herbicidas tem sido descritos na literatura. O objetivo deste trabalho é abordar algumas estratégias de manejo e controle de plantas daninhas presentes na cultura da soja. A buva (Conyza sumatrensis) e o capim- amargoso (Digitaria insularis) são plantas daninhas frequentemente observadas no plantio da soja. Algumas práticas culturais para a supressão dessas espécies envolvem associar o manejo da lavoura com a aplicação de herbicidas no momento correto. Em áreas bem manejadas, plantas daninhas, pragas e doenças dificilmente ocorrerão em níveis elevados. Práticas como rotação de culturas proporciona a diversificação do ambiente, reduzindo a seleção de espécies e diminuindo a ocorrência daquelas mais difíceis de controlar. Da mesma maneira, a rotação de princípios ativos de herbicidas diminui as chances do surgimento de um biótipo resistente ao principal herbicida utilizado no sistema de produção da soja. Outra prática relevante é a cobertura do solo durante a entressafra, que também contribui para suprimir diversas espécies daninhas. A utilização do milho safrinha consorciado com braquiária, é uma alternativa para que o solo não fique sem cobertura. O uso de algumas técnicas de manejo aliado à aplicação correta de defensivos são capazes de minimizar os níveis de infestação, permitindo que o produtor realize a colheita sem gerar prejuízos e perdas na produtividade. Palavras-chave: capim-amargoso, buva, Glycine max, plantas infestantes, rotação de culturas. Apoio: CAPES, CNPQ, FAPEMIG. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 89 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS Mauricio Mendes Silva1 1 Universidade Regional da Bahia, Departamento de Engenharia Agronômica, Alagoinhas - BA, Brasil. MauricioMendes2@outlook.com.br Plantas daninhas são classificadas como plantas indesejáveis ao homem, em determinado momento e local, interferindo em atividades agropecuárias, provocando efeitos indesejáveis e competindo com culturas cultivadas por espaço, nutrientes, luz e água, tornando necessária a interferência, aumento os custos de produção. Plantas espontâneas possuem a capacidade de germinar e emergir a grandes profundidades e possuem mecanismos alternativos de reprodução, podendo ser disseminadas por rizomas, caule, tubérculos, bulbos e estolão, dependendo da estratégia. Os danos causados por plantas invasoras acarretam grande prejuízo econômico, diminuindo a qualidade do produto agrícola, causa problemas com manejo, diminui a eficiência de uso da terra, reduz a produtividade e o valor da terra e beneficia a disseminação de pragas e doença, acarretando em maior custo de produção. Os métodos de controle são realizados de maneira integrada aumentando a possibilidade de sucesso, deve-se adotar a medida preventiva, o qual trata do uso de sementes certificadas, evitar o trânsito de animais de áreas infestadas para áreas livres de plantas daninhas para evitar a propagação de maneira zoocoria, limpar os equipamentos após trabalho em áreas infestadas e controlar espécies em canais, margens lavouras e caminhos. O controle cultural trata-se da rotação de culturas para impedir o aumento de determinada espécie em razão da monocultura, diminuição do espaçamento entrelinhas aumenta a cobertura do solo e diminuir o espaço para plantas espontâneas e o consórcio entre culturas compatíveis, podendo realizar a adubação verde. Controle biológico trata-se do uso de organismos vivos, podendo introduzir inimigos naturais, insetos, vírus, fungos ou bactérias, pode ser feito o uso de bio- herbicida ou uma estratégia inundativa. Controle químico realiza-se o uso de herbicidas seletivos ou não seletivos e o uso de produtos naturais recomendados por um especialista. Controle mecânico é realizado por dessecação, exaustão, corte e enterrio. A integração de estratégias é essencial para obter êxito. Palavras-chave: Controle, espontâneas, dano, preventiva, biológico. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 90 SELETIVIDADE E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE SULFENTRAZONE + DIURON E ASSOCIAÇÕES EM PRÉ E PÓS-EMERGÊNCIA DA CTC4 Fabricio Simone Zera1, Sandro Rogério de Souza1, Leticia Aparecida Rodrigues1, Isadora Fabiana dos Santos1, Leticia Serpa dos Santos2, Alice Deléo Rodrigues13 1 Faculdades ITES, Departamento de Agronomia, Taquaritinga, São Paulo, Brasil. fabriciozera@gmail.com. 2 EDUVALE, Departamento de Agronomia, jaciara, Mato Grosso do Sul, Brasil. 3 Faculdade de Tecnologia de São Paulo - Fatec, Taquaritinga, São Paulo Brasil. A presença de plantas daninhas em áreas de cana-de-açúcar implica em reduções na quantidade e qualidade da cultura. O objetivo foi verificar a eficácia de controle de plantas daninhas e a seletividade para a cultura da cana de açúcar em relação aos herbicidas sulfentrazone e diuron sozinho e em associações em diferentes doses, na condição de pré e pós-emergência tardia da cultivar CTC4. O experimento foi realizado em canavial com a CTC4, com delineamento experimental escolhido foi de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram: pré-emergentes os T1, T2 e T3 – diuron+sulfentrazone (Stone 4,0; 4,5 e 5,0L.ha-1, respectivamente); T4 e T5 – diuron+sulfentrazone (Stone 4,0 e 5,0 L.ha-1) e picloran+2,4D (Tractor 2,0 e 2,5L.ha-1); T6 – diuron+sulfentrazone (Stone 5,0L.ha-1) e metsulfuron (Accurate 0,03kg.ha-1); T7 – sulfentrazone (Boral 1,5L.ha-1) e clomazone (Reator 3,3L.ha-1), e os em pós-emergentes foram: T8, T9, T10, T11, T12, T13, T14 respectivamente iguais aos utilizados em pré; T15 – testemunha e T16 – testemunha capinada. As parcelas eram de três linhas de cana-de-açúcar com espaçamento de 1,5m e 5,0m de comprimento. As aplicações em pré e pós-emergência foram aos 21 e 39 dias após o plantio (DAP), respectivamente. Foi avaliado a porcentagem de controle aos 34/17, 52/35, 82/65 e 129/112 DAA (pré/pós) e a porcentagem de injúrias na CTC4 aos 34/17 e 52/35 DAA. Na área apresentavam Ipomoea nil, Ipomoea quamoclit, Sida rhombifolia e Ricinus communis. Não houve diferença estatística entre as aplicações em pré e pós- emergência no controle e nem na seletividade. Os tratamentos apresentaram média de 85% de controle e 0% de fitotoxicidade. Os herbicidas diuron+sulfetrazone e diuron+sulfentrazone com picloram+2,4-D;e com o metsulfurom, além da mistura de sulfentrazone+clomazone foram seletivos a CTC4 e eficientes no controle das I. nil, I. quamoclit, S. rhombifolia e R. communis. Palavras-chave: cana-de-açúcar, herbicidas, Saccharum spp., tolerância. Apoio: Agradecemos à Usina Santa Adélia pelo suporte para o desenvolvimento da pesquisa. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 91 EFEITO DE TIAMETOXAM + LAMBDA-CIALOTRINA SOBRE A BIOLOGIA DE Euschistus heros (F.) (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE) Maria Júlia Maciel Corrêa1, Fernando Willian Neves2, Higor S. Rodrigues1, Eugênio E. de Oliveira1 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. mariajcorrea@ufv.br, rodrigues.hs1@gmail.com, eugenio@ufv.br 2 Grupo Webler, Departamento de Produção Agrícola, Sapezal, Mato Grosso, Brasil. fernando.willian@gmail.com Soja, Glycine max, uma das mais importantes culturas brasileiras e sofre severas injúrias devido a insetos pragas, dentre os quais os percevejo-marrom-da-soja, Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae), seja o mais prevalente e danoso a esta cultura. O controle destes insetos mediante ao uso indiscriminado de inseticidas sintéticos tem sido dificultado devido a seleção de populações resistentes a estas moléculas e a ocorrência de resultados estimulatórios após a exposição subletal. Os inseticidas tiametoxam, um neonicotinóide, e lambda-cialotrina, um piretróide são as principais ferramentas de controle para o E. heros, mas ainda pouco se sabe sobre os efeitos subletais destes compostos (isolados ou em mistura). Portanto, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a toxicidade e potenciais efeitos subletais da mistura comercial de tiametoxam + lambda- cialotrina (Engeo Pleno™ S) sobre parâmetros reprodutivos de adultos de E. heros. Foram realizados dois experimentos: 1) Determinação de curva concentração-mortalidade; 2) Bioensaio de reprodução e sobrevivência após exposição subletal. Na análise de mortalidade, os insetos foram submetidos a oito concentrações da mistura. Foram realizadas quatro repetições em cada concentração. A mortalidade foi analisada após 48 h. Na análise de reprodução, indivíduos recém-emergidos foram expostos por 48 h ao resíduo seco do inseticida (i.e., 0,00316 + 0,00238 µg i.a./cm2 -, o equivalente a 1% da dose recomendada para aplicação a campo). Posteriormente, estes insetos foram individualizados até atingirem a maturidade sexual e depois agrupados para que ocorresse a cópula. Uma vez copulados, os insetos eram mantidos separadamente e tiveram sua longevidade e fecundidade/fertilidade contabilizada a cada 24h. Nossos resultados mostraram que a exposição subletal da mistura entre tiametoxam e lambda-cialotrina não afetou os parâmetros reprodutivos mas aumentou significativamente a longevidade de E. heros, o que pode acarretar em maiores desafios para o manejo integrado dessas pragas. Palavras-chave: Entomologia agrícola, habilidades reprodutivas, longevidade de insetos. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 92 MOSCA DOS CHIFRES NO BRASIL Evandro P. Melo1, Gabriela O. Furini1, Luciano C. França1, Elizeu S. Farias1, Marcelo C. Picanço1 1 Universidade Federal de Viçosa, Mestrado, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E-mail evandropuhlm@hotmail.com, gabriela.furini@hotmail.com, luciano.franca@corteva.com Os adultos da mosca dos chifres Haematobia irritans (L.) (Diptera: Muscidae) são hematófagos e a picada dessas moscas é dolorida fazendo com que os animais se escondam e diminuam sua alimentação. O adulto pode picar o animal de 15 a 40 vezes, e mais de 1.000 moscas podem atacar um animal. Há relatos de perdas potenciais de bilhões de dólares devido ao ataque desta praga. Em altas infestações há aumento de taxa respiratória, batimentos cardíacos e do estresse animal. Consequentemente, os animais de atacados têm redução de peso, produção de leite e reprodução. Durante seu ciclo de vida este inseto passa pelas fases de larva, pupa e adulto. As fases de ovo a pupa ocorrem nas fezes dos animais enquanto os adultos são hematófagos. A oviposição ocorre em fezes frescas com alto teor de umidade. A faixa ótima de temperatura para H. irritans é entre 18 e 23º C. Em alta precipitação há redução das populações desta praga devido à dispersão do bolo fecal onde se desenvolve suas fases imaturas. Os adultos da mosca dos chifres se movimentam voando ou pelo transporte de bovinos que possuem adultos desta mosca pousados sobre eles. O voo destas moscas ocorre sobretudo durante à noite e podem voar a distâncias superiores a 400 metros. H. irritans foi descrita em 1758 e em 1830 este inseto foi relatado como uma praga de bovinos na França. Em 1884 esta praga foi relatada nos Estados Unidos vindo com animais importados do Sul da Europa. A presença da mosca dos chifres foi constatada na Venezuela e Colômbia em 1930. Em 1976 esta praga foi relatada no estado de Roraima vinda da Guiana. Em 1984 ela cruzou o rio Amazonas e se dispersou rapidamente pelo país, sendo uma praga importante à pecuária e necessitando estudos visando o correto manejo. Palavras chave: Haematobia irritans, invasão biológica, distribuição espacial, bovinos. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 93 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA CANA-DE-AÇÚCAR CONTRA A HERBIVORIA POR Diatraea saccharalis Maria Luiza Said Marangon1, Maria Eduarda Jardim1, Edgard Picoli1, Marcio Henrique Pereira Barbosa1 1Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Agronomia, Viçosa, MG, Brasil. A broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) (Lepidoptera: Crambidae) é considerada como a principal praga da cana-de-açúcar no Brasil. As lagartas de Diatraea saccharalis podem gerar danos diretos e indiretos, causando perda de qualidade e diminuindo a produção. Entre os métodos de controle da praga, destaca-se a utilização de genótipos resistentes. O uso de genótipos resistentes é uma estratégia essencial para ser utilizada em conjunto com programas de manejo integrado de pragas. Dessa forma, estudos que visam à identificação das fontes de resistência nos genótipos de cana-de-açúcar são de suma importância. O objetivo desta revisão foi identificar características estruturais e anatômicas presentes na cana-de-açúcar e que podem estar relacionados à resistência a Diatraea saccharalis. A resistência morfológica de um genótipo a praga pode ser considerada como toda e qualquer característica que altere a estrutura da espécie de forma a preservá-la de danos causados pela herbivoria. Propriedades que conferem maior espessura de parede e dureza aos tecidos são frequentemente ligadas a fontes de resistência. As paredes das células epidérmicas das folhas podem apresentar substâncias, como lignina e silício, que constituem uma barreira contra a Diatraea saccharalis. Estudos mostram a relação entre a quantidade de lignina nas células em volta dos feixes vasculares à uma textura mais rígida da epiderme, resultando em uma forma de resistência mecânica. Algumas gramíneas, como a cana-de-açúcar, possuem sílica nas membranas celulares e no interior das células. Dessa forma, insetos tendem a ter dificuldade em ovopositar sobre as folhas com presença de silício, diminuindo assim o ataque inicial a planta. O conhecimento das estruturas morfoanatômicas que podem servir de barreira natural contra o ataque de herbívoros é de grande importância para a obtenção de genótipos resistentes. Desse modo, é possível reduzir o uso de defensivos, diminuir o custo de produção e garantir maior produtividade da cultura. Palavras-chave: Resistência, broca da cana-de-açúcar, genótipos. Apoio: CNPq, Capes e FAPEMIG. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 94 EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE OVOS DE Duponchelia fovealis ZELLER (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE) Jéssica Barboza Pereira1, Priscila Stinguel1, Alixelhe PachecoDamascena1, Luiza Akemi Gonçalves Tamashiro1, José Romário de Carvalho², Vanessa Cardoso1, Dirceu Pratissoli1 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Alto Universitário, s/nº Guararema - 29500-000, Alegre, Espírito Santo, ES, Brasil. E-mail: jessicabarbozaper@gmail.com 2 Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (SEDU), Rua Daniel Comboni, 200, Centro - 29550- 000, Jerônimo Monteiro, ES, Brasil. Duponchelia fovealis (Zeller, 1847) (Lepidoptera: Crambidae) é um lepidóptero originário da região Mediterrânea e Ilhas Canárias, com ampla distribuição em parte dos continentes, sendo considerada praga de difícil controle. Os óleos essenciais podem representar uma alternativa eficiente para manejo de D. fovealis. Sendo assim, objetivou-se avaliar o efeito dos óleos de gengibre, laranja doce e limão siciliano sobre D. fovealis. O arranjo experimental foi em delineamento inteiramente casualizado (DIC). Foi avaliado em esquema fatorial duplo (3 x 2), com três óleos essenciais (limão siciliano, laranja doce e gengibre) e duas formas de contato (na testemunha e óleos essenciais) em cinco repetições. Cada repetição foi constituída por 20 insetos. O experimento foi conduzido em câmara climatizada (25±1ºC, 70±10% UR e fotofase de 14 horas). Os óleos de limão siciliano e laranja doce foram adquirido em lojas e o óleo de gengibre extraído por meio da hidrodestilação da raiz in natura. Os óleos foram aplicados sobre ovos de D. fovealis e a mortalidade avaliada após 72h. Todos os óleos foram testados na concentração de 2%. Acetona (2%), Tween 80 (0,05%) e água destilada foram utilizados na diluição dos óleos e como testemunha. O óleo de gengibre apresentou mortalidade de 51,00±32,48%, diferindo-se estatisticamente dos demais óleos. O óleo de limão siciliano apresentou mortalidade de 17,00±8,37% e o óleo de laranja doce 21,00±18,51%. Verifica-se que dentre os óleos testados, o óleo de gengibre apresenta atividade ovicida sobre D. fovealis, sendo considerado promissor no manejo da praga. Palavras-chave: Atividade ovicida, Insetos-praga, Manejo, Mortalidade. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 95 ATAQUE DE Tetranychus ludeni (ACARI: TETRANYCHIDAE) EM PLANTAS DE ALGODOEIRO GENETICAMENTE MODIFICADO Zaira Vieira Caldeira1, Nermy Ribeiro Valadares1, Diovana Kimberly Silva Oliveira1, Marinalva Martins dos Santos1, Maria Jéssica dos Santos Cabral1, Rodrigo Almeida Pinheiro1, Marcus Alvarenga Soares1 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E- mail: zairacaldeira@gmail.com O uso de plantas geneticamente modificadas é uma das táticas utilizadas no manejo integrado de pragas - MIP. Observa-se grande preocupação com o impacto dessas plantas sobre organismos não alvos. Por outro lado, existe pouca informação na literatura sobre efeitos dos transgênicos (Bacillus thuringiensis) Bt em populações de ácaros fitófagos, e as respostas morfológicas que esse ataque promove nas plantas. O objetivo foi relatar o ataque do ácaro vermelho, Tetranychus ludeni (Acari: Tetranychidae) em plantas de algodoeiro geneticamente modificado (evento 281-24-236/3006-210-23 WideStrikeTM) cultivadas no município de Diamantina, Minas Gerais. As plantas foram cultivadas em vasos de 5L, em casa de vegetação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Amostragens foram realizadas, semanalmente, para detecção da ocorrência de pragas, observando-se toda a parte aérea das plantas. A presença de ácaros fitófagos foi detectada no ano de 2017, principalmente, no período seco do ano. Os ácaros utilizam seus estiletes para perfurar a parede celular do vegetal e se alimentarem do líquido citoplasmático, produzindo ainda teias para abrigar as colônias, que podem envolver toda a parte aérea da planta. Os algodoeiros atacados ficam com deformidades nas folhas, além de apresentarem aspecto clorótico e seco. Portanto, pode ocorrer o ácaro vermelho em plantas de algodoeiro transgênicos, e seu ataque pode afetar negativamente na produtividade, uma vez que a parte aérea da planta é comprometida, diminuindo a sua capacidade fotossintética. Palavras-chave: Ácaro vermelho, Proteínas Cry, Transgenia. Agradecimentos: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 96 TRANSGENERATIONAL SURVIVAL IMPACT OF IMIDACLOPRID ON Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) Ronnie Von dos Santos Veloso1, Elizangela Souza Pereira Costa1, Zaira Vieira Caldeira1, Cleber Felipe de Oliveira1, José Carlos Barbosa dos Santos1, Wilson Faustino Júnior2, Sebastião Lourenço de Assis Júnior2, Marcus Alvarenga Soares1. 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal - PPGCF, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: wilson.faustino@ufvjm.edu.br 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Palmistichus elaeisis (Delvare & LaSalle, 1993) (Hymenoptera: Eulophidae) is a valuable pupal endoparasitoid of many lepidopteran and coleopteran species. Chronic insecticide exposure can affect P. elaeisis biological traits and decrease their survival capacity. Transgenerational effect of the imidacloprid exposure on survival of P. elaeisis females was evaluated. Parental generation of P. elaeisis female was exposed to T. molitor pupa contaminated with different imidacloprid concentration, range from 0.035 to 5.25 mg/mL, for 48 hours. Briefly, 10 replicates of six females from each six insecticide treatments were evaluated during the 30 days. Risk of death during the three generations was performed by proportional hazards regression (Cox regression), with single‐generation parental exposure. Overall Cox regression model was statistically significant for insecticide treatments in all generations by Wald test (p < 0.001). Imidacloprid exposure increased the risk of death in all three generations. The model shows that parental generation exposed to imidacloprid increases the hazard ratio (HZ) by a factor range from 1.5 to 3.6 during the female adult stage. The HZ of subsequent generation offspring was F1 from 1.6 to 3.2 (p < 0.001), F2 from 1.2 to 1.5 (p < 0.05). The hazard ratio of F3 generation was lower than reference value (HZ = 1.0; p < 0.01). Transgenerational adverse effect on survival capacity was observed until the second generation of P.elaeisis, after only-parental insecticide exposure, according to Cox model. These results indicate that exposure to imidacloprid can affect P. elaeisis performance in agroecosystem because continuous insecticide exposure can lead to severe population reduction. Keywords: Cox regression, neonicotinoids, biological control, survival analysis. Acknowledgments: To Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) for financial support. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 97 MULTIGENERATIONAL SURVIVAL IMPACT OF THIAMETHOXAM, ON Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) Ronnie Von dos Santos Veloso1, Elizangela Souza Pereira Costa1, Zaira Vieira Caldeira1, Cleber Felipe de Oliveira1, José Carlos Barbosa dos Santos1, Wilson Faustino Júnior2, Sebastião Lourenço de Assis Júnior2, Marcus Alvarenga Soares1. 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal - PPGCF, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: wilson.faustino@ufvjm.edu.br 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em ProduçãoVegetal - PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Endoparasitoids such as Palmistichus elaeisis (Delvare & LaSalle, 1993) (Hymenoptera: Eulophidae) provide important ecosystem services, particularly, for sustainable pest management in agroecosystem. Thiamethoxam is a second generation of neonicotinoids commonly used for pest control in agricultural/forestry systems. Deliberate application of thiamethoxam for pest management strategy can lead to unintended adverse effects on natural enemies. Multigenerational impact of the thiamethoxam exposure on survival of P. elaeisis females was evaluated. Parental generation of P. elaeisis female was exposed to T. molitor pupa contaminated with different thiamethoxam concentrations, range from 0.015 to 0.75 mg/mL, for 48 hours. Summarily, 10 replicates of six females from each nine insecticide treatments were evaluated during the 30 days. Risk of death during the three generations was performed by proportional hazards regression (Cox regression), with single‐generation parental exposure. Overall Cox regression model was statistically significant for insecticide treatments in all generations by Wald test (p < 0.001). Thiamethoxam exposure increased the risk of death in all three generations. The model shows that parental generation exposed to thiamethoxam increases the hazard ratio (HZ) by a factor range from 1.4 to 7.3 (for highest concentration), during the female adult stage. The HZ of subsequent generation offspring was, F1 (first-generation) from 0.29 to 0.68 (p < 0.05), F2 (second-generation) from 2.4 to 6.2 (p < 0.05), F3 (third-generation) from 2.3 to 4.4 (p < 0.001). The hazard ratio for F2 generation was lower than reference value (HZ = 1.0; p < 0.001) indicating reduced risk of death after parental insecticide exposure. After only-parental insecticide exposure, multigenerational adverse impact on survival capacity affects parental generation and extends to F2 and F3, according to Cox model. These results indicate that exposure to thiamethoxam can affect P. elaeisis performance because unintended thiamethoxam exposure in agroecosystem can lead to serious population reduction. Keywords: Natural enemies, Cox regression, neonicotinoids, biological control, survival analysis. Acknowledgments: To Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) for financial support. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 98 DETERRÊNCIA À OVIPOSIÇÃO DE TRAÇA-DAS-CRUCÍFERAS ATRAVÉS DO USO DE EXTRATO BOTÂNICO DE Simarouba versicolor (SIMAROUBACEAE) Silvana Aparecida de Souza¹, Isabella Maria Pompeu Monteiro Padial², Alberto Domingues², Rosilda Mara Mussury³ 1 Universidade Federal da Grande Dourados, Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. silvanaadesouza@gmail.com. 2 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. 3 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. As Brássicas são hortaliças cosmopolitas fundamentais na saúde e alimentação humana e com grande relevância socioeconômica. Dentre os problemas fitossanitários que aumentam o custo da sua produção e causam perdas significativas nas culturas dessas hortaliças, a Plutella xylostella (L., 1758) (Lepidoptera: Plutellidae) se destaca pela sua resistência a inseticidas sintéticos devido seu ciclo de vida curto e sua elasticidade genética. Logo, se faz necessário novas alternativas mais eficazes de controle como o uso de inseticidas botânicos, que além reduzirem os riscos de contaminação ambiental, e a grande dependência dos pesticidas, são fontes de novas fitotoxinas. O presente trabalho avaliou o potencial inseticida do extrato aquoso de Simarouba versicolor St.-Hill na concentração de 20% sobre a oviposição da Plutella xylostella. Para isso, um casal com até 12 horas de idade foram individualizados nas gaiolas plásticas e mantidos por cinco dias para a oviposição, sendo alimentados com uma solução de mel diluído a 10%. Foi inserido dois discos foliares com 8 cm de diâmetro por tratamento, totalizando quatro discos por gaiola. Diariamente os discos foram substituídos e foram contabilizados o número de ovos. O experimento foi conduzido nas condições 25 ± 1°C, 65 ± 5% de UR e fotoperíodo de 12 horas, em delineamento inteiramente casualizado com 20 repetições. As medianas foram comparadas pelo teste de Mann-Whitney apresentando diferença significativa entre os tratamentos. O extrato botânico, através da antixenose, ocasionou uma redução de cerca de 84% no número de ovos, se mostrando uma alternativa efetiva de controle de P. xylostella, uma vez que, ao diminuir o número de ovos, consequentemente reduz a população antes mesmo de atingir a fase larval, fase na qual o inseto acarreta inúmeros prejuízos a cultura das Brássicas. Palavras-chave: Fitotoxinas, Plantas bioativas, Controle alternativo. Apoio: CAPES, Fundect e UFGD. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 99 MAPEAMENTO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INSPEÇÃO E MONITORAMENTO DA SIGATOKA NEGRA (Mycosphaerella fijiensis Morelet) NO MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS - RJ Leandro Maia Machado2, Thiago Andrade Bernini1, Juliana de Oliveira Tostes1, José Aparício de Aquino Salgado2, Ilso da Silva Lopes Junior2 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Pinheiral – Pinheiral, Rio de Janeiro, Brasil. 2 Superintendência de Defesa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, leandro.machado@agricultura.rj.gov,br. Dentre as enfermidades presentes no Brasil para a cultura da Banana, a Sigatoka Negra é considerada a doença mais destrutiva, sendo causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet e inicialmente registrada na região Amazônica em 1998. O objetivo desse trabalho foi mapear racionalmente as áreas prioritárias para a execução das ações de inspeção e monitoramento fitossanitário dos focos de Sigatoka Negra no município de Angra dos Reis, RJ. O trabalho se inicia com a identificação dos focos de Sigatoka Negra no município de Angra dos Reis e a partir destes pontos focais (confirmados por laudo oficial), foi gerado o perímetro de referência com raio de 10 km (Instrução Normativa MAPA nº17/2005), onde determinou-se o uso e cobertura do solo com base em 05 imagens dos satélites RapidEye. Empregou-se o QGIS Desktop, 3.04.11, na classificação supervisionada através do classificador MaxVer (Máxima Verossimilhança), agrupou-se as classes em: floresta, pastagem, construções e solo exposto e água. Foram obtidos dados vetoriais do estado do Rio de Janeiro e unidades de conservação para a determinação de áreas prioritárias para inspeção e monitoramento. A área perifocal exigida pela instrução normativa nº17/2005 para a inspeção fitossanitária cobria inicialmente 72.509 ha, sendo que, com a aplicação da classificação do uso e cobertura do solo e excluído as áreas que não há provável ocorrência de cultivo de bananeiras, essa área foi reduzida para 18.799 ha, ou seja, 25,9% da área inicial de inspeção. A metodologia proposta, com base no uso de análises espaciais, permitiu confrontar a localização geográfica dos focos da doença com as efetivas áreas possivelmente infestadas. Ao mesmo tempo, ainda contribuiu estrategicamente para a determinação da instalação de barreiras sanitárias e unidades de observação para variedades suscetíveis e resistentes. Tal ação resultou em um redirecionamento das inspeções de campo, oferecendo um ganho operacional e de inteligência na fiscalização. Palavras-chave: Banana, fitossanidade, geoprocessamento, defesa agropecuária. Agradecimentos: Ao Serviço Oficial de DefesaAgropecuária do Estado do Rio de Janeiro por ter oportunizado essa experiência de crescimento pessoal e profissional, oferecendo ainda, os dados, informações e condições para que fosse possível a elaboração deste trabalho. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 100 PRESENÇA DE PROTEÍNAS Cry1F E Cry2A EM VARIEDADES DE MILHO CRIOULO Laize Cristina Rossini, José Carlos Barbosa dos Santos, Marcus Alvarenga Soares, Josimar Rodrigues Oliveira, Lucas Rabello Mourão Barroso, Márcia Regina da Costa, Ricardo Siqueira da Silva. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. laize_rossini_@hotmail.com. No Brasil existem diversas variedades de milho crioulo, estas podem sofrer modificações genéticas ao decorrer dos anos devido a contaminação vinda do milho geneticamente modificado. Para testar se algumas variedades crioulas foram alteradas e apresentam a presença das proteínas Cry1F e Cry2A, foi realizado o teste de fluxo lateral. Para tal teste foram utilizadas 11 variedades de milho, com 6 repetições cada, sendo elas 9 crioulas (Rajado, Vicente Avermelhado, Roxo, Branco, Teossinto, Amendoim, Pipoca Preto e Amarelo Bateios), 1 variedade de milho híbrido e 1 uma variedade controle, que apresentou positivo para as duas proteínas. Para a realização do teste, foi coletado um disco foliar de cada repetição com o auxílio de tubos com tampa perfuradora, em seguida os discos foram macerados e adicionados a uma solução, posteriormente as tiras eram posicionadas dentro dos tubos para ter o resultado positivo ou negativo. Os resultados foram negativos em todas as variedades e repetições para as duas proteínas. Com isso concluiu-se que as variedades testadas até então não sofreram alteração genética em relação as proteínas Cry1F e Cry2A, o que é um resultado positivo, isso é um indicativo de que não teve fluxo gênico de plantas transgênicas com essas variedades. Palavras-chave: Transgenia, Bt, Fluxo gênico. Apoio: UFVJM: Universidade Federal dos Vales dos Jequitinhonha e Mucuri; AgriMe: Grupo de estudo em Agricultura e Modelagem Ecológica; CAPES; CNPQ e FAPEMIG. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 101 AGROTÓXICOS APREENDIDOS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 8 ANOS Laize Rossini, Lucas Barroso, Ana Luiza de Carvalho, Claudia Eduarda Borges, Fausto Henrique Vieira Araújo, Sabrina Rodrigues Ferreira, Ricardo Siqueira da Silva Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, MG, Brasil. Email: laize_rossini_@hotmail.com O Brasil é um dos maiores produtores de alimento do mundo e isso faz com que também seja um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Esse alto consumo de agrotóxico fez com que países vizinhos começassem a contrabandear e falsificar tais produtos para produtores rurais por valores bem baixo do mercado. Os defensivos agrícolas ocupam 17° lugar no ranking de principais produtos piratas apreendidos pela Receita Federal. Diante deste fato, o objetivo da pesquisa foi realizar um levantamento dos agrotóxicos mais contrabandeados e falsificados pelos países vizinhos do Brasil. Inicialmente foi realizada uma revisão sistemática de artigos publicados em plataformas digitais relacionados a agrotóxicos proibidos no país. Após a revisão bibliográfica, foi feita a identificação dos principais agrotóxicos pirateados no Brasil e quais são as principais portas de entrada desses produtos para o território nacional. Com base nas pesquisas constatou-se que os produtos mais contrabandeados são Imidacloprid (inseticida), Clethodim (herbicida), Carbendazin (fungicida), Metsulfuron Metil (herbicida), Tebuconazole (fungicida), e Clorimuron (herbicida). Tais produtos tem um valor alto no mercado nacional, sendo assim, são bastante adquiridos por produtores rurais, devido ao seu menor valor e mais fácil acesso, sem a necessidade de uma receita agronômica. Todos eles são originários da China, que os envia para o Paraguai e o Uruguai, assim os distribuindo para o Brasil pelos estados que fazem fronteira com tais países. Após a entrada em território nacional, os produtos são distribuídos por todo o país. Palavras-chave: Contrabando, Fungicida, Herbicida, Inseticida. Apoio: Agrime (Grupo de Estudos em Agricultura e Modelagem Ecológica- UFVJM) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 102 FITOTOXICIDADE DE MUDAS DE EUCALIPTO SUBMETIDAS A HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA Gabriela Madureira Barroso1, Juliano Corrêa Miari2, Priscila Gonçalves Monteiro1, Pedro Andrade Leão2, Maria Sebastiana Carmindo da Silva2, Ana Flávia Paulino2, Carlos Rodrigues Gomes2, Josiane Costa Maciel2, José Barbosa dos Santos2 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Engenharia Florestal, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. gabi.m.b@hotmail.com 2Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Os herbicidas pós-emergentes são utilizados na silvicultura para controle da matocompetição nas entrelinhas do eucalipto. Porém, como não são produtos seletivos, a deriva de moléculas pode causar desde pequenos sintomas de intoxicação até a morte das plantas. O objetivo foi avaliar a fitotoxicidade de mudas de eucalipto submetidas a herbicidas aplicados em pós emergência. O experimento foi montado no campo em blocos ao acaso, com cinco repetições. As mudas (Eucalyptus tricross clone AEC 2034), com aproximadamente três meses de idade, foram transplantadas para vasos de 20 litros preenchidos com substrato, onde foram mantidas irrigadas por todo período de tempo. Os herbicidas sulfentrazone, diuron + sulfentrazone, glyphosate + s-metolachlor e indaziflam foram aplicados nas doses 0; 0,25; 0,5 e 1 vezes a dose recomendada de cada produto, 15 dias após plantio das mudas. A intoxicação visual foi avaliada aos 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação dos produtos. Para análise dos dados foram confeccionados gráficos de superfície resposta feitos a partir de regressões múltiplas a 5% de significância. Todos os tratamentos obtiveram coeficientes de determinação maiores que 80%. As mudas tratadas com sulfentrazone e a mistura de diuron + sulfentrazone tiveram comportamentos semelhantes, apresentando aumento da intoxicação em função das doses, mas com decréscimo destes valores após 20 dias de avaliação. Os valores máximos de intoxicação foram de 25% para os dois tratamentos. Nos tratamentos contendo os herbicidas glyphosate + s-metolachlor e indaziflam não foram observadas tendências tão claras de diminuição da intoxicação ao longo do tempo. No caso do glyphosate + s-metolachlor, aproximadamente aos 25 dias após aplicação, o valor da intoxicação ainda era maior que 50% e o do indaziflam próximo aos 30%. A mistura de glyphosate + s-metolachlor foi a mais tóxica às mudas de eucalipto. Sulfentrazone e diuron + sulfentrazone foram menos tóxicos. Palavras-chave: Diuron, Glyphosate + S-metolachlor, Indaziflam, Silvicultura, Sulfentrazone. Apoio: CAPES, FAPEMIG, CNPq, UFVJM. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 103 DESEMPENHO DE CLONES DE Eucalyptus ATACADOS PELA INVASÃO RECENTE DE Leptocybe invasa (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) Claudia Eduarda Borges1, Renato de Almeida Sarmento2, Ismael de Oliveira Pinto3, Maira Ignacio Sarmento2, Jovielly Neves Rodrigues2, Ricardo Siqueira da Silva1 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Diamantina, MG, Brasil. Email: claudiaeduarda2013@hotmail.com 2Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi, Departamento de Engenharia Florestal, Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais, Produção Vegetal, Gurupi,TO, Brazil. 3Instituto Federal do Tocantins, Colinas do Tocantins Campus, Colinas do Tocantins, Brazil. A vespa-galha do Eucalyptus,Leptocybe invasa Fisher & La Salle, é uma das mais importantes pragas invasoras do Eucalyptus (Myrtaceae) e tem sido relatada em novas áreas de cultivo em todo o mundo. Essa praga causa graves danos às plantas susceptíveis do gênero Eucalyptus, onde induz galhas nas nervuras centrais e pecíolos das folhas jovens e nos entrenós dos ramos e ápices. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de clones de Eucalyptus submetidos ao ataque de L. invasa. Foram avaliados o número de galhas de plântulas de três clones de Eucalyptus (Urophylla: E. urophylla, Urocan: E. urophylla × E. camaldulensis e Urograndis: E. urophylla × E. grandis) expostos a um período de 20, 40, 60 e 80 dias a praga L. invasa, coletadas em áreas onde L. invasa foi relatada recentemente. Os resultados mostraram que os materiais de eucalipto cultivados nas áreas com exposição de L. invasa foram relatados como sensíveis aos ataques de L. invasa, sendo que o clone Urophylla, apresentou maior suceptibilidade em relação aos demais. No entanto, a vespa causa menos galhas no clone do Urocam. Assim, o clone Urocam pode ser preferido para uso para evitar o crescimento populacional e o estabelecimento de L. invasa em novas áreas. Palavras-chave: Urocan, Urograndis, Urophylla, Vespa-galha. Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e Grupo de Estudos em Agricultura e Modelagem Ecológica - AgriMe. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 104 USO DE ÁREA DE REFÚGIO EM MILHO BT NA REGIÃO DE ALFENAS – MG Tamara Machado da Silva¹, Melissa Vieira Leite¹ 1 Centro Superior de Ensino e Pesquisa de Machado, Departamento de Agronomia, MG, Brasil. E-mail: tamara_machado@live.com O aumento da produção de milho está relacionado ao avanço do melhoramento genético e melhoria do manejo pelos produtores. Apesar desse expressivo aumento da produção, alguns fatores podem comprometer o rendimento e qualidade, como por exemplo, a incidência de pragas. As plantas geneticamente modificadas têm sido uma das principais táticas de manejo de pragas, devido a sua eficácia no controle, porém, o uso incorreto delas pode acabar com a sua tecnologia. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de fazer o levantamento de dados de produtores de milho transgênico, milho convencional e a identificação de casos de quebra de resistência na região de Alfenas - Minas Gerais. A obtenção dos dados foi realizada através de um questionário descritivo contendo 10 questões objetivas atingindo cerca de 10% dos produtores da região. Para o tratamento estatístico dos dados foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for Social Science) for Windows®. Utilizou-se uma análise descritiva, frequência, tabelas de referências cruzadas e percentual para as variáveis para caracterizar a amostra. Ao serem questionados sobre a utilização de milho transgênico na última safra, 75,8% dos entrevistados responderam ter utilizado, 24,2% dizem não ter utilizado, dentre o uso e o não uso da área de refúgio, 63% dos entrevistados que realizaram o plantio do milho transgênico disseram não ter realizado a área de refúgio, 37% dizem ter utilizado. A resistência a insetos é o principal motivo pelo qual os produtores da região têm plantado milho transgênico. Entre os produtores entrevistados houve o relato da quebra de resistência do milho com o aparecimento de insetos atacando a lavoura. Conclui-se que a maioria dos produtores de milho na cidade de Alfenas - MG tem plantado milho transgênico e declara saber o que é a área de refúgio, porém não estão realizando o plantio da área como recomendado. Palavras-chave: Transgênicos, Zea mays, Entomologia Agrícola. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 105 ACUTE AND CHRONIC EFFECT OF THE IMIDACLOPRID, THIAMETHOXAM AND DELTAMETHRIN ON Palmistichus elaeisis (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) Cleber Felipe de Oliveira1, Ronnie Von dos Santos Veloso1, Elizangela Souza Pereira Costa1, Zaira Vieira Caldeira1, José Carlos Barbosa dos Santos1, Wilson Faustino Júnior2, Sebastião Lourenço de Assis Júnior2, Marcus Alvarenga Soares1 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal - PPGCF, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: wilson.faustino@ufvjm.edu.br 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV, Diamantina, Minas Gerais, Brasil Palmistichus elaeisis (Delvare & LaSalle, 1993) (Hymenoptera: Eulophidae) is a valuable pupal endoparasitoid of many lepidopteran and coleopteran species. P. elaeisis has great potential for use in biological control of insects, including many agricultural and forest insect pests. However, P. elaeisis parasitism capacity can be constrained by insecticide exposure in agroecosystem. The objective of this work was to evaluate the toxicity of imidacloprid, thiamethoxam and deltamethrin to P. elaeisis. For bioassay I (acute exposure), twenty females were exposed for 48 hours in a contaminated glass bottle (penicillin-type). Different concentrations of the three insecticides were used, with 4 independent replicates to obtain the dose-response curves and estimate the LC10 and LC50. For bioassay II (chronic exposure), 100 females were exposed in a glass bottle (penicillin) contaminated with the LC10 and LC50 of each insecticide for 24 hours after which live females were transferred to test tubes with T. molitor pupa exposed to parasitism for 48 hours (6 females / 1 pupa), with 10 repetitions. LC10 and LC50 for each insecticide were estimated by logistic regression. High level of acute toxicity was observed for all evaluated insecticides in Bioassay I. Parasitism capacity was not affected by insecticide exposure in bioassay II. Emergence and sex ratio were also not negatively affected by imidacloprid and thiamethoxam. However, biological control compatibility with Imidacloprid and thiamethoxam use requires special precaution because high acute toxicity was observed to P. elaeisis. There was no emergence of P. elaeisis with deltamethrin exposure. The parasitism, emergence and sex ratio of females contaminated with LC10 and LC50 for 24 hours of imidacloprid, thiamethoxam was not reduced. Deltamethrin did not reduce the parasitism of P. elaeisis, but there was no emergence in all tested concentrations. Keywords: Biological control, neonicotinoids, pyrethroid, toxicity. Acknowledgments: To the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) and Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) for financial support. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 106 RESISTÊNCIA DE Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) A DETERMINADOS GRUPOS QUÍMICOS DE INSETICIDAS DURANTE A SAFRA 2019/2020 Matheus Moreno Mareco da Silva1, Natalia Pereira de Melo1, Silvana Aparecida de Souza2, Anderson José da Silva Guimarães2, Rosilda Mara Mussury 3 1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. matheusmoreno1909@hotmail.com. 2Universidade Federal da Grande Dourados, Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da biodiversidade, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. 3 Universidade Federal da Grande Dourados. Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Dourados, Mato Grosso do sul, Brasil. O plantio de milho no país é distribuído em três safras, realizadas em todas as regiões produtoras do país favorecendo a ocorrência de pragas durante a safra, principalmente as de maior ocorrência, dado a disponibilidade constante de hospedeiros. Sendo assim, o objetivo desta revisão é discutir a realidade do controle químico da Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil.Popularmente conhecida como lagarta-do-cartucho, a espécie, caracteriza-se não só pelos danos causados, mas também pela dificuldade de controle. Atualmente, o controle químico é destacado como o principal método de controle para S. frugiperda, entretanto, já foram registrados casos de populações resistentes a determinados grupos químicos de inseticida, destacando-se os mais utilizados, como clorpirifós, lambdacialotrina, lufenuron e teflubenzuron. Com a introdução de milho Bt no Brasil em 2007, foi constatada uma redução significativa na aplicação de inseticidas para o controle de S. frugiperda, fato que contribuiu para o restabelecimento da susceptibilidade de populações de lagarta-do-cartucho a alguns inseticidas, como as spinosinas. Na safra 2019/2020, a frequência de resistência da lagarta-do-cartucho para carbamatos, spinosinas, avermectinas, pyrroles, diacilhidrazinas, oxadiazinas e semicarbazonas foi relativamente baixa, contudo, em algumas regiões do país foram registradas frequências de resistência maiores que 40% para piretróides e inibidores de síntese de quitina. Portanto, conclui-se que a fim de preservar a eficácia das moléculas inseticidas no campo, estratégias como a rotação de inseticidas de diferentes modos de ação e a adoção do Manejo Integrado de Pragas devem ser implementadas como regra em estratégias de controle da lagarta-do-cartucho-do-milho. Palavras-chave: Lagarta-do-cartucho, Agrotóxicos, Milho Bt. Apoio: FUNDECT II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 107 STRATEGIC PLANT DIVERSIFICATION IN COFFEE CROPS INCREASES ABUNDANCE OF Metarhizium spp. Mayara Loss Franzin1, Elem Fialho Martins1, Jéssica Mayara Coffler Botti1, Simon Luke Elliot1, Camila Costa Moreira2, Marcos Antonio Matiello Fadini3, Madelaine Venzon4 1 Federal University of Viçosa, Department of Entomology, Viçosa, MG, Brazil. E-mail: mayara.franzin@ufv.br 2 University of São Paulo “Luiz de Queiroz” College of Agriculture, Department of Entomology and Acarology, Piracicaba, SP, Brazil. 3 Federal University of São João Del-Rei, Department of Agriculture Science, Sete Lagoas, MG, Brazil. 4 Agriculture and Livestock Research Enterprise of Minas Gerais (EPAMIG), Viçosa, MG, Brazil Strategic plant diversification may reduce ecosystem disturbance and contribute to the maintenance of the viability and virulence of soil entomopathogenic fungi. We designed a diversified coffee system by associating Inga edulis (Fabaceae), Senna macranthera (Fabaceae) and Varronia curassavica (Cordiaceae) to coffee crop plots with non-crop plants between rows. We assessed the effect of such diversification on the abundance of Metarhizium spp. in soil. The experiment was arranged in the Cerrado of Minas Gerais with three blocks of two plots, conventional monoculture (with use of chemicals) and diversified coffee systems (without use of chemicals). Each plot measured 1,080 m2. One year after the experiment was installed, we collected 90 soil samples, 15 per plot, with a core soil sampler to 20 cm depth. For each soil sample, 5 g of soil was diluted in 45 mL of sterile distilled water solution of Tween 0.01% in a Falcon® tube. Tubes were rotated for one hour in a rotary shaker at 150 rpm. The suspensions were vortexed for 15 s and plating on to selective solid culture media. 100 µl from each suspension were plated in three Petri dishes (9 cm diameter), and spread with a Drigalski spatula. Plates were stored in the dark at 25°C for seven days until colony-forming units (CFU) counts could be done. CFU of Metarhizium spp. was higher in soil from diversified coffee system than in conventional. The CFU in the conventional was 3,385±756 per g soil, while the CFU in the diversified coffee system was 6,358±912 per g soil (t=2.482, p=0.015). This is the first study revealing that strategic plant diversification in coffee crops on Cerrado Mineiro increases abundance of Metarhizium spp. in soil. Our finding suggests that diversified coffee systems can be used as strategy to improve the action of Metarhizium spp. in soil. Keywords: Diversified coffee system, soil entomopathogenic fungi, ecosystem services, conservation biological control. Support: Capes, CNPq, CBP&D-Café, Fapemig II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 108 RESPOSTA COMPORTAMENTAL DE Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) A EXPOSIÇÃO A ÓLEOS ESSENCIAIS Rodrigo Almeida Pinheiro1, Marinalva Martins dos Santos1, Isabel Moreira da Silva1, Maria Jéssica dos Santos Cabral1, Wilson Faustino Júnior1, Marcus Alvarenga Soares1, José Cola Zanuncio2 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: rodrigoap375@gmail.com 2Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia/BIOAGRO, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Inseticidas botânicos são utilizados no manejo integrado de pragas e avaliar o efeito comportamental em organismos não alvos é importante para obter informações sobre a seletividade e toxicidade. Objetivou-se monitorar o caminhamento de Aphis mellifera (Hymenoptera: Apidae) em arenas total ou parcialmente tratadas com óleos essenciais de gengibre, menta, orégano e tomilho. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa, onde operárias de A. mellifera foram obtidas do apiário e mantidas em B.O.D a 32 ± 1 °C durante os testes. Foi realizado um bioensaio com chance de escolha, em que metade da arena estava tratada, e outro sem chance de escolha com as arenas totalmente tratadas com subdoses dos óleos de gengibre, menta, orégano e tomilho. As concentrações foram estabelecidas em pré-teste para determinar a CL50 de cada óleo. Em ambos os bioensaios, as arenas foram levadas ao sistema de rastreamento com câmera de vídeo acoplada a um computador, com uma abelha liberada no centro da arena, e sua movimentação monitorada por 10 minutos. O delineamento foi inteiramente casualizado com 14 repetições, em cada uma com uma abelha. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% para o bioensaio sem chance de escolha e com o de t a 5% com chance de escolha. A distância percorrida e a velocidade de caminhamento foram menores e o número de paradas maior para A. mellifera em arenas totalmente tratadas com óleo essencial de orégano. No bioensaio com chance de escolha, A. mellifera permaneceu menor tempo na parte da arena tratadas com os óleos de gengibre, menta e tomilho o que pode reduzir a toxicidade sobre esse polinizador. Não observou repelência para esses óleos. Desta forma, os óleos de gengibre, menta e tomilho foram mais seletivos para A. mellifera. Palavras-chave: Comportamento locomotor, Planta inseticida, Seletividade. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 109 SELETIVIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS AO POLINIZADOR Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) Rodrigo Almeida Pinheiro1, Marinalva Martins dos Santos1, Isabel Moreira da Silva1, Maria Jéssica dos Santos Cabral1, Marcus Alvarenga Soares1, José Cola Zanuncio2. 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. E-mail: rodrigoap375@gmail.com 2Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia/BIOAGRO, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. O declínio das colônias de abelhas, conhecido como Distúrbio do Colapso das Colônias ameaça a polinização e a produção de produtos apícolas como cera, geleia real, mel e própolis, assim, a vulnerabilidade de Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) a inseticidas químicos sintéticos ou naturais é investigada. O objetivo foi determinar as toxicidades letais (CL50) e (CL90) dos óleos essenciais de gengibre, menta, orégano e tomilho ao polinizador A. mellifera. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa, onde abelhas forrageiras A. mellifera foram obtidas do apiário local. Os testes foramrealizados em B.O.D. a 32 ± 1 °C e as concentrações dos óleos utilizados variaram entre 0,5 a 25%, utilizando como solvente a acetona. Duas vias de exposição foram utilizadas: tópica e superfície contaminada no qual as abelhas permaneceram expostas aos óleos por 24 h. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com cinco repetições com 10 abelhas cada. Os óleos de orégano e tomilho apresentaram maior toxicidade a A. mellifera. As CL50 e CL90 via superfície contaminada foram respectivamente para o orégano de 0.95 e 3.22% e por via tópica de 2.03 e 9.88%, já o tomilho obteve os valores de 2.61 e 6.39% via superfície contaminada e via tópica com 3.30 e 9.84%. As CL50 de menta e gengibre foram, respectivamente, de 13.35 e 22.01% por superfície contaminada e 12.58 e 17,98% por aplicação tópica e CL90 de 17.24 e 26.53% por superfície de contato, 25.50 e 27.41% por aplicação tópica. Os óleos de menta e gengibre foram os mais seletivos para A. mellifera e, portanto, têm potenciais de uso no manejo de pragas. Os óleos de orégano e tomilho devem ser aplicados com cautela para o controle de pragas devido a maior toxicidade a A. mellifera. Palavras-chave: Abelhas, Concentração Letal, Inseticidas naturais, Toxicidade. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 110 A COMPOSIÇÃO DE ARTRÓPODES PREDADORES EM CULTIVOS DE BRÁSSICAS VARIA COM A PLANTA HOSPEDEIRA? Letícia Caroline da Silva Sant’Ana1, Marcelo Coutinho Picanço1, Elizeu de Sá Farias1, Abraão Almeida Santos1, Daiane das Graças do Carmo1, Renata Cordeiro dos Santos1 1Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E-mail: leticia.ana@ufv.br O cultivo de brássicas é de extrema importância devido a produção de alimentos saudáveis, além da geração de empregos e renda para os pequenos produtores. No entanto, existem diversas pragas que atacam esses cultivos, causando danos significativos. Os inimigos naturais exercem uma grande importância no controle de pragas nos agroecossistemas, reduzindo suas populações e, consequentemente, os danos às plantas. No entanto, as plantas possuem características que podem afetar a abundância de inimigos naturais (e.g., arquitetura da planta, aleloquímicos, coloração e microclima). Esse estudo objetivou verificar se a composição de artrópodes predadores varia em função da variedade de Brassica oleracea (brócolis, couve flor e repolho). Esse trabalho foi conduzido em campo por dois anos em Coimbra (Minas Gerais). Nós monitoramos quinzenalmente, as densidades de predadores nas plantas. Os seguintes grupos foram quantificados: aranhas, Syrphidae (larva), Dermaptera, Formicidae (Camponotus spp, Pheidole spp, Solenopsis saevissima), Staphylinidae, Cantharidae e Coccinellidae (Harmonia axyridis e Eriopis connexa). O índice de dissimilaridade de Bray-Curtis e o índice de riqueza de Shannon foram usados nas análises. A composição de predadores no par couve flor-repolho foi a mais semelhante e a de brócolis-couve flor a mais dissimilar pelo índice de Bray-Curtis. Brócolis e repolho apresentaram a menor e a maior riqueza de espécies, respectivamente, pelo índice de Shannon. Portanto, a composição de predadores em cultivos de brássicas varia com a planta hospedeira, e características das plantas (e.g., microclima) podem estar relacionadas a esse contraste. Nossos resultados indicam ainda que medidas de preservação de predadores (e.g., seletividade de inseticidas) podem ser otimizadas considerando o hospedeiro. Por exemplo, mais cuidados deveriam ser tomados em repolho devido à maior riqueza de predadores. Palavras-chave: MIP, controle biológico conservativo, índice de Shannon, índice de Bray- Curtis Apoio: CAPES, CNPq e FAPEMIG II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 111 POTENCIAL ALELOPÁTICO DO CAPIM-CAMALOTE (Rottboellia cochinchinensis) SOB CONDIÇÕES DE LIMITAÇÃO HÍDRICA NO DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS TESTE Isadora Fabiana dos Santos¹, Vinicius Martins Sgarbi1, Fabricio Simone Zera1, Leticia Aparecida Rodrigues1, Leticia Serpa dos Santos2, Alice Deléo Rodrigues13 1 Faculdades ITES, Departamento de Agronomia, Taquaritinga, São Paulo, Brasil. fabriciozera@gmail.com. 2 EDUVALE, Departamento de Agronomia, jaciara, Mato Grosso do Sul, Brasil. 3 Faculdade de Tecnologia de São Paulo - Fatec, Taquaritinga, São Paulo Brasil. A alelopatia pode ser definida como um processo no qual produtos do metabolismo secundário de um determinado vegetal são liberados, impedindo, estimulando a germinação e/ou desenvolvimento de outras plantas relativamente próximas. Esses efeitos são mediados por substâncias que pertencem a diferentes categorias de compostos secundários, podendo ser por extração, isolamento, purificação e identificação, têm contribuído para um maior conhecimento desses compostos secundários. Considerando que podem ser limitantes para o desenvolvimento e produtividade de diversas plantas, este trabalho tem como objetivo determinar a influência alelopática do Rottboellia cochinchinensis (capim-camalote) sob condição de limitação hídrica no desenvolvimento de plântulas de Panicum maxinum cv. Colonião (capim-colonião) e Lactuca sativa (alface comum). O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Campo Experimental das Faculdades ITES, Taquaritinga-SP e no Laboratório de Agronomia II da mesma Instituição, com delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (3x5), com quatro repetições. O primeiro fator foi a condição de limitação hídrica (0 mm, 50 %, 100%) e o segundo fator, as concentrações de extrato aquoso de capim-camalote (0, 2,5; 5; 10 e 25 mg/mL). As plantas de capim-camalote foram produzidas em vasos plásticos com capacidade de seis litros, em competição com MPB de cana-de-açúcar, no campo experimental. No Laboratório, avaliaram-se os efeitos das concentrações dos extratos: sendo representada por caixas plásticas Gerbox® (11x11cm) totalizando 30 parcelas. Para o capim-colonião foram colocadas 30 sementes em cada Gerbox®, e para a alface, foram colocadas 20 sementes. As médias foram avaliadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Após sete dias foram avaliados os comprimentos da parte aérea e da raiz (R) das plântulas testes e também a massa seca total (parte aérea + raiz). Concluiu-se que as concentrações de extrato aquoso de capim camalote na condição de limitação hídrica inibiram significativamente desenvolvimento de plântulas capim-colonião e alface. Palavras-chave: alelopatia, extrato vegetal, planta daninha. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 112 EFEITOS DA DERIVA SIMULADA DE HERBICIDAS EM MUDAS DE EUCALIPTO COMBINADA COM A UTILIZAÇÃO DA ADUBAÇÃO FOLIAR Ana Flávia Paulino1, Carlos Rodrigues Gomes2, Tayna Sousa Duque2, Maria Sebastiana Carmindo da Silva2, Josiane Costa Maciel2, Gabriela Madureira Barroso3, Juliano Miari Corrêa2, Brenda Thais Barbalho Alencar3, Priscila Gonçalves Monteiro3, Isabela Goulart2, José Barbosa Santos2 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Zootecnia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. anaflaviap38@gmail.com 2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. 3 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Engenharia Florestal, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. A cultura de eucalipto está sujeita a fatores que influenciam seu desenvolvimento como o manejo de plantas daninhas e fertilidade do solo. O uso de herbicidas tem se tornado uma alternativa viável, mas muitos estão sujeitos à deriva e não são seletivos para a cultura, ocasionando danos. Em contra partida, a utilização de fertilizantes líquidos via foliar é pouco estudada nesta situação. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar efeitos da deriva de herbicidas sobre mudas de eucalipto e se a utilização da adubação via foliar reduzesses danos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação climatizada em esquema DBC, utilizando solo classificado como distrófico argiloso que foi corrigido, adubado e condicionado em vasos plásticos. Foram utilizadas mudas do híbrido Eucalyptus urophyla x Eucalyptus grandis clone I144. Dois meses após o plantio, metade dos tratamentos receberam o fertilizante via foliar com as seguintes características: C, N, S, B, Co, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn (%) 6,1; 1,0; 3,1; 0,09; 0,06; 1,0; 1,3; 1,1; 0,04 e 2,3, respectivamente. Os herbicidas clomazone, glyphosate + S-metolachlor, indaziflam, sulfentrazone e sulfentrazone + diuron foram aplicados nas doses de 50 e 100% de i.a. ha-1. Aos 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação (DAA), avaliações de altura, diâmetro e porcentagem de intoxicação foram realizadas. As plantas foram colhidas e secas para determinação de massa seca. Plantas de eucalipto submetidas aos herbicidas clomazone e sulfentrazone apresentaram maiores valores de altura e diâmetro. Tratamentos com os herbicidas indaziflam e sulfentrazone + diuron causaram maior intoxicação e redução de altura, diâmetro e massa seca aos 28 DAA. Todos os herbicidas estudados podem causar injúrias ao eucalipto, em caso de deriva. No período avaliado, o adubo foliar não influenciou nos efeitos dos herbicidas sobre as mudas, sendo necessário um maior período de avaliação. Palavras-chave: controle químico, fertilizantes líquidos, silvicultura. Apoio: CAPES, FAPEMIG, CNPq, UFVJM. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 113 RESISTÊNCIA DE (Euphorbia heterophylla L.) A DIFERENTES HERBICIDAS USADOS NA AGRICULTURA BRASILEIRA Carlos Rodrigues Gomes¹ ¹Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina/MG, Brasil. c.rodriguesgomes@outlook.com. A agricultura brasileira atualmente é considerada uma das mais modernas e produtivas do mundo. Para isso, faz-se necessário o uso de produtos fitossanitários para garantir altas produtividades. Dentre esses produtos o uso de herbicidas é um dos mais frequentes. Essa revisão tem como objetivo discutir a ocorrência da resistência de Euphorbia heterophylla a múltiplos herbicidas que são frequentemente utilizados nos campos brasileiros. O uso muitas vezes inadequado, de herbicidas no campo contribui para o aumento dos casos de plantas daninhas resistentes. Uma das plantas que ao longo do tempo foi muito estudada e tida como problemática em relação à apresentação de resistência a diferentes herbicidas na agricultura brasileira é a popularmente conhecida como leiteiro (Euphorbia heterophylla L). Atualmente populações desta planta apresentam resistência a herbicidas como o Fomesafen inibidor de (PPO) , Imazethapyr (ALS), e mais recentemente ao Glyphosate (EPSPS). Isso se deve principalmente ao que é conhecido como mutação genética que é favorecida ainda pelo comportamento tomado pelo agricultor de exercer a pressão de seleção dessas plantas mutantes resistentes em suas áreas de cultivo. Esse comportamento ocorre quando o agricultor passa a utilizar em suas áreas herbicidas com o mesmo mecanismo de ação consecutivamente, fazendo dessa forma o número de plantas resistentes aumentarem significativamente. Atualmente é notável que as populações de Euphorbia heterophylla resistentes conhecidas no Brasil se encontram no Sul do país. Essas plantas representam um grande problema em cultivos agrícolas como feijão (Phaseolus vulgaris) por necessitarem do uso de herbicidas inibidores de PPO. Com isso é importante informar aos produtores sobre o problema de resistência para que estes tomem as devidas medidas para evitar a ocorrência de pressão de seleção de plantas daninhas resistentes em suas áreas, já que a mutação ocorre de forma espontânea e a todo momento não sendo dessa forma possível de ser controlada. Palavras-chave: fomesafen, glyphosate, imazethapyr, leiteiro, planta daninha. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 114 CONTROLE PREVENTIVO DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISAL COM HIDROLATO DE Lippia alba (Mill.) N.E. Brown Renata de Lima1, Leonardo de Oliveira Barbosa2, Franceli da Silva1 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Cruz das Almas, Bahia, Brasil. renatynhalyma@hotmail.com 2 Faculdade São Francisco de Juazeiro, Juazeiro, Bahia, Brasil A podridão vermelha do sisal é uma doença necrótica causada pelo fungo Aspergillus welwitschiae que tem afetado as plantações de sisal no nordeste brasileiro. A falta de métodos de controle tem contribuído para que essa doença continue a causar prejuízos econômicos aos produtores de sisal. Hidrolatos de plantas aromáticas têm demonstrado potencial na aplicação como controle de diversos fungos fitopatogênicos. O objetivo do trabalho foi avaliar a ação do hidrolato de Lippia alba no controle da podridão vermelha do sisal. Os tratamentos avaliados foram constituídos pelas concentrações 70, 80, 90 e 100% do hidrolato. O controle foi formado pela inoculação apenas do patógeno sem aplicação do hidrolato. Em casa de vegetação, o caule das mudas de sisal com 20 cm de altura foram lesionados em dois locais. Em cada ferimento foi aplicado 100 µL dos tratamentos. Vinte e quatro horas após a aplicação, nos mesmos ferimentos foram inoculados 100 µL da suspensão de esporos de A. welwitschiae (1x107 conídios mL-1). Trinta dias após a inoculação a severidade da doença nas mudas foi avaliada. Os dados de severidade foram transformados em índice da doença. As mudas que não foram tratadas com os hidrolatos apresentaram índice da doença de 100%, ou seja, apresentaram caules totalmente apodrecido e morreram durante o período de avaliação. Nas mudas tratadas o índice foi reduzido em aproximadamente 94% nas concentrações acima de 70%, resultando em mudas apenas com sintomas iniciais da podridão vermelha (lesões iniciais avermelhadas no tecido do caule próximo ao tecido basal da folha) não houve morte das mudas. Conclui- se que o hidrolato de L. alba é eficaz e possui potencial no controle da podridão vermelha do sisal, podendo ser utilizado como tratamento preventivo no protocolo de produção de mudas de sisal. Palavras-chave: Plantas Medicinais, Agave sisalana, Aspergillus welwitschiae. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 115 ATIVIDADE ANTIFUNGICA DO HIDROLATO DE Lippia alba (Mill.) N.E. Brown SOB Aspergillus welwitschiae Renata de Lima1, Leonardo de Oliveira Barbosa2, Franceli da Silva1 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Cruz das Almas, Bahia, Brasil. renatynhalyma@hotmail.com 2 Faculdade São Francisco de Juazeiro, Juazeiro, Bahia, Brasil O hidrolato é subproduto obtido no processo de extração de óleo essencial de plantas aromáticas por hidrodestilação. Estudos têm demonstrado o potencial antifúngico dos hidrolatos na inibição de fungos fitopatogênicos. O objetivo neste trabalho foi avaliar a ação do hidrolato de Lippia alba sob o Aspergillus welwitschiae, agente etiológico da podridão vermelha do sisal. A concentração mínima inibitória (MIC) do hidrolato foi determinada pelo método de microdiluição. Foi adicionado 50 µL da suspensão de esporos de A. welwitschiae (concentração de 1x106 conídios.mL-1) em cada poço. Em seguida, adicionou-se 200 µL de cada tratamento, que foi constituída por meio de cultivo liquido (BD) e hidrolato na obtenção de concentrações entre 10 a 90%. O controle foi composto apenas pelo meio BD e A. welwitschiae. A atividade antifúngica foi detectada visualmente após 72h de incubação e comparou o crescimento com o tratamento controle e considerou-se como MIC a menor concentração capaz de impedir o crescimento fúngico. Nos poços que não houveram crescimento fúngico foi retirado 20 µL do conteúdo e transferiu para placa de Petri com meio Batata Dextrose Ágar (BDA) para confirmação daconcentração fungicida mínima (CFM). O hidrolato também foi avaliado sob a germinação de esporos de A. welwitschiae. Após 24hrs foi realizada a contagem aleatória de 100 esporos. A MIC do hidrolato de L. alba foi de 50%. Concentrações acima de 70% apresentaram ação fungicida e as concentrações de 50 e 60% apresentaram ação fungistática. O tratamento controle (sem hidrolato) houve a germinação de 100%. O hidrolato inibiu 100% da germinação nas concentrações de 80 e 90%. O hidrolato de L. alba apresenta ação antifúngica sob o A. welwitschiae e possui potencial para ser utilizado no controle da podridão vermelha do sisal. Palavras-chave: Erva cidreira, Plantas Medicinais, Podridão vermelha do sisal. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 116 ÉPOCAS DE SEMEADURA E A SEVERIDADE DE HELMINTOSPORIOSE SOBRE HÍBRIDOS DE MILHO PIPOCA Mateus Junior Rodrigues Sangiovo1, Claudir José Basso1, Álex Theodoro Noll Drews1, Gabriel Alencar Passinatto1 1 Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Ciências Agronômicas e Ambientais, Frederico Westphalen, RS, Brasil. mateus.sangiovo03@gmail.com A falta de conhecimento sobre a susceptibilidade de híbridos de milho pipoca à doenças foliares é um dos fatores que tem contribuído para o posicionamento errado de híbridos com relação ao seu ambiente de cultivo e talvez um dos fatores limitantes para expansão das áreas. A hipótese que fundamenta este estudo é que existe diferença entre híbridos de milho pipoca quanto a sua tolerância a helmintosporiose, visto que a escolha da melhor época de semeadura pode determinar uma maior ou menor exposição dos híbridos as doenças foliares durante seu ciclo. Assim o objetivo do estudo foi avaliar a severidade de helmintosporiose em diferentes épocas de semeadura e híbridos de milho pipoca. O estudo foi realizado durante a safra 2019/2020 na área experimental do Departamento de Ciências Agronômicas e Ambientais da Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Frederico Westphalen – RS. O experimento foi de blocos casualizados em esquema bifatorial (4 x 6), sendo quatro épocas de semeadura 21/08, 11/09, 30/09 e 19/10, com seis híbridos de milho pipoca (H1, H2, H3, H4, H5 e H6) e quatro repetições. Foram realizadas duas avaliações em cada época de semeadura. A 1º avaliação foi realizada entre os estádios fenológicos (V9 - VT) e a 2º avaliação entre os estádios (R2 -R3), onde a escala diagramática utilizada sugere sete níveis de severidade para a doença em percentual: 0,5; 1,0; 2,5; 6,5; 15,5; 30,0 e 54,0%. No comparativo aos demais, os híbridos H3 e H1 apresentam superioridade quanto a tolerância a helmintosporiose independente da época de semeadura. No presente estudo, fica claro que na semeadura realizada até 11/09 todos os híbridos tiveram baixa pressão em severidade de helmintosporiose, o que se sugere que a semeadura do milho pipoca nessa região deva ser realizada no intervalo entre 20 de agosto a 10 de setembro. Palavras-chave: Exserohilum turcicum, Zea mays L. everta, Posicionamento de semeadura. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 117 POTENCIAL in vitro DO HIDROLATO DE Ocimum basilicum L. SOB Aspergillus welwitschiae Maria Santos Conceição1, Renata de Lima1, Vanessa Ferreira de Jesus1, Leonardo de Oliveira Barbosa2, Sinara Miranda Lima1, Franceli da Silva1 ¹Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Rua Rui Barbosa,710, 44380-000, Cruz das Almas – BA, Brasil. Email: mariasantos.ufrb@gmail.com 2 Faculdade São Francisco de Juazeiro (FASJ), Juazeiro-BA, Brasil. O fungo Aspergillus welwitschiae é o agente causal da podridão vermelha na cultura do sisal. Tal doença é responsável por danos econômicos a região produtora de sisal. Hidrolatos, subprodutos da extração de óleo essencial de plantas medicinais aromáticas têm apresentado potencial no uso no controle de doenças de plantas. O objetivo do estudo foi avaliar o potencial antifúngico do hidrolato de plantas de manjericão tratadas sobre A. welwitschiae. As plantas de manjericão foram cultivadas em solo inoculado com Trichoderma asperellum (TCS87) e o hidrolato foi obtido por meio do processo de hidrodestilação. O hidrolato foi diluído em meio de cultura Batata Dextrose Ágar (BDA) para obter às concentrações de 40, 50, 60, 70 e 80%. O tratamento controle foi constituído apenas do meio de cultura. Após a solidificação do meio foi adicionado no centro das placas de Petri (7 cm), 5 µL da suspensão de esporos de A. welwitschiae (1x106 esporos mL-1). Posteriormente, as placas foram mantidas em BOD a 28°C por oito dias. Após o período de incubação, foi mensurado o diâmetro das colônias e comparados com o tratamento controle. O delineamento foi o inteiramente casualizado composto por cinco tratamentos e cinco repetições. Houve inibição do crescimento micelial de A. welwitschiae em todas as concentrações testadas. As colônias do tratamento controlem ocuparam toda a placa, apresentando diâmetro de 7 cm. A inibição do crescimento micelial estava diretamente relacionada com a concentração do hidrolato, obtendo inibição de 48% na concentração de 40% e inibindo totalmente o crescimento na concentração de 80%. O hidrolato de manjericão apresenta ação antifúngica sobre o A. welwitschiae e possui potencial no controle da podridão vermelha do sisal. Palavras-chave: Agave sisalana, Podridão vermelha do sisal, Manjericão, Plantas Medicinais. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 118 TOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE ERVA-BALEEIRA AO NEMATOIDE DAS GALHAS Fernanda P. Andrade1, Madelaine Venzon2, Wânia S. Neves2 1 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, M.G., Brasil. E-mail: fernanda.p.andrade@ufv.br 2 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais- EPAMIG, Viçosa, M.G., Brasil. O nematoide das galhas Meloidogyne javanica Chitwood provoca grandes perdas econômicas em diversas culturas em todo o mundo. O seu controle é muito complexo e a forma mais utilizada, os nematicidas sintéticos, apresentam eficácia temporária, alto custo de aquisição e causam sérios danos à saúde do homem e ao meio ambiente, principalmente devido sua persistência no solo. Esses fatores levaram a um aumento dos estudos sobre a utilização de extratos vegetais e óleos essenciais, principalmente de plantas medicinais como alternativa de controle. A erva-baleeira, Varronia curassavica Jacq., é uma planta com propriedades medicinais comprovadas, com potente ação fúngica e bactericida e possibilidade de uso na atratividade de insetos benéficos, indicando o potencial desta planta ser utilizada de forma alternativa ao uso de nematicidas sintéticos. Objetivou-se neste trabalho avaliar em laboratório a toxicidade do óleo essencial da erva- baleeira ao nematoide das galhas M. javanica. Foram utilizadas quatro concentrações do óleo essencial de V. curassavica (0,25%, 0,5%, 0,75% e 1,0%) para observar seus efeitos sobre a eclosão de juvenis de segundo estádio, a atividade nematostática e nematicida. Foi feita avaliação da eclosão de juvenis um dia após a montagem do experimento e a cada três dias até o décimo dia. A eclosão de juvenis variou ao longo do tempo de exposição ao óleo essencial nas diferentes concentrações, sendo que nos últimos dias da avaliação do experimento foi observado um efeito de estímulo à eclosão nas três menores concentrações. A concentração de 0,75% do óleo essencial reduziu em 88% a taxa de eclosão no 1º dia de avaliação, não diferindo da testemunha nas avaliações seguintes. Nenhuma das concentrações causou mortalidade ou imobilização dos juvenis de M. javanica. Conclui-se que o óleo essencial de erva-baleeira nas concentrações testadas não pode ser indicado para o controle do nematoide das galhas M. javanica. Palavras-chave: Varronia curassavica, Meloidogyne javanica, Controle alternativo. Apoio: CAPES, EPAMIG, FAPEMIG, CNPq. II Workshop Internacionalde Defesa Sanitária Vegetal 119 PATÓGENOS NECROTRÓFICOS Mauricio Mendes Silva Universidade Regional da Bahia UNIRB, Departamento de Engenharia Agronômica, Alagoinhas - BA, Brasil. MauricioMendes2@outlook.com.br Patógenos necrotróficos são pertencentes a um grupo de parasitas menos evoluídos, dos quais possuem como características a elevada agressividade, o baixo nível de especificidade e a característica geral, onde o patógeno mata o tecido do hospedeiro, utilizando toxinas para necrosar o tecido e invadi-lo, esse grupo remove nutrientes de tecidos vivos ou mortos, podendo viver saprofiticamente. Entre os patógenos necrotróficos, podem ser citados bactérias e fungos, as bactérias produzem pectinases, enzimas que realizam a quebra da pectina, um polissacarídeo encontrado na parede celular de plantas e são típicas de podridões moles. As doenças provocadas por fungos necrotróficos origina- se nas sementes ou em restos culturais infectados, afetando a planta de baixo para cima, devido ao microclima favorável. Os fungos por sua vez, possuem como hospedeiro, as sementes e restos culturais infectados, fungos como Aspergillus e Penicillium causam podridões em sementes e podem ser disseminados, caso cuidados necessários não sejam utilizados. Os fungos possuem estruturas de resistência, o esclerócio, o qual possibilita sobrevivência na entressafra e em ambientes extremos, aumentando a expectativa de vida e durabilidade no solo. As principais medidas de controle para fungos facultativos está baseada em medidas de prevenção, como a rotação de culturas, a eliminação de restos culturais e o tratamento de sementes com fungicidas recomendados e as principais doenças de final de ciclo são a antracnose, o mofo branco e mancha alvo. Palavras-chave: Bactérias, fungos, hospedeiro, necrosar, controle. Apoio: REDE UNIRB II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 120 ANTRACNOSE DO ABACAXIZEIRO Ramon de Marchi Garcia1, Luis Eduardo Pontes Stefanelli2, Lucas Campos Ferreira3, Tarcísio Marcos Macedo Mota Filho4, Joao Lucas Sauer5 1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil. ramonmarchigarcia@hotmail.com 2Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil. 3Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR – Departamento de Desenvolvimento Rural, Araras, São Paulo, Brasil. 4Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil. 5Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil. A importância da fruticultura e em especial da abacaxicultura no agronegócio brasileiro vem aumentando a cada ano. Entre os principais problemas que impedem a obtenção de altos rendimentos da fruta no Brasil está a fusariose, doença causada pelo fungo Fusarium subglutinans f.sp. ananas (Sin.: F. guttiforme), com perdas estimadas em 30 a 40% nos frutos e em até 20% nas mudas. Essa doença ocorre geralmente em períodos chuvosos e frios durante o período da inflorescência do abacaxizeiro. Insetos e ácaros podem contribuir pelo agravamento da doença. Os sintomas nos frutos se caracterizam pela exsudação de goma, amarelecimento precoce, perda da turgidez interna, deformação dos frutos e podridão da polpa. Consequentemente, há perda de valor nutricional e comercial em plantas e mudas, aparecimento de lesões no caule, progredindo até a base das folhas. Outros sintomas incluem a abertura do ‘olho’ da planta, curvatura do caule, redução do desenvolvimento da planta, aumento no número de folhas por espiral, clorose, alteração na arquitetura da planta (aparência de taça ou funil), e morte. Para combater essa doença, diferentes formas de controle foram criadas, como o uso de variedades resistentes (‘Vitoria’ e ‘Isabel’), monitoramento do plantio, queimada ou enterrio de plantas doentes, eliminação de restos culturais no campo, uso de fungicidas registrados e realização de indução floral sempre em períodos com climas mais quentes e com menos chuvas afim de desfavorecer a incidência da doença. A cultura do abacaxi no Brasil é de grande importância, tanto culturalmente como comercialmente. Portanto, é preciso que o produtor se conscientize sobre o aparecimento da fusariose, assim como as formas de controle da doença no campo. Palavras-chave: Planta, Folha, Fungo. Apoio: CAPES (Código de Financiamento 001) II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 121 MEDIDAS DE CONTROLE DA ANTRACNOSE EM BANANAS Ramon de Marchi Garcia1, Joao Lucas Sauer2, Luis Eduardo Pontes Stefanelli3, Lucas Campos Ferreira4, Tarcísio Marcos Macedo Mota Filho5 1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil. E-mail: ramonmarchigarcia@hotmail.com 2Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil 3Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil 4Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR – Departamento de Desenvolvimento Rural, Araras, São Paulo, Brasil. 5Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp – Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil A antracnose, o qual também é conhecida como podridão negra ou podridão das frutas maduras, está distribuída por todas as regiões produtoras de banana, sendo considerada a doença mais grave na pós-colheita, podendo infectar brácteas, ramos, folhas e flores. A doença é causada pelo fungo Colletotrichum musae, o qual é favorecido em climas de temperatura elevada, alta umidade e chuvas frequentes, outros fatores como ferimentos na planta, ventos e insetos podem contribuir para o agravamento da doença em campo. O fungo, ao entrar em contato com a banana, irá causar sintomas como lesões marrom- escuras e deprimidas, podendo surgir frutificações rosadas do fungo sob condições de alta umidade, com o agravamento da doença, há um aumento do tamanho das lesões, chegando a coalescer, os primeiros sintomas podem surgir tanto no campo, como depois na colheita, durante o transporte e armazenamento, gerando perda de produção. Diversas medidas de controle foram criadas para diminuir a incidência da antracnose sobre o bananal, como evitar danos ao fruto durante a colheita e armazenamento, utilização de sacos plásticos depois do surgimento dos cachos, eliminação das folhas velhas e senescentes, pulverizar ou emergir com fungicidas a base de tiobendazol, benomil ou tiofanato metílico e desinfetar os tanques de despencamento e lavagem após o uso. Medidas de controle do fungo precisam ser tomadas a fim de garantir uma maior produção com um produto de qualidade Palavras-chave: Planta, Podridão, Fungo. Apoio: CAPES, Código de Financiamento 001 II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 122 CARACTERIZACIÓN DE LA REGIÓN QUE CONTIENE EL GEN MI-9 DE RESISTENCIA A Meloidogyne spp. EN EL GENOMA DE Solanum arcanum Beatriz Elena Padilla H.1,4, Carlos Ernesto Maldonado L.2, Mauricio Soto S.3,Nelson Ceballos A.4 1Universidad Católica de Manizales, Facultad de Ciencias de la salud, Manizales, Caldas, Colombia. bpadilla@ucm.edu.co 2Centro Nacional de Investigaciones de Café-Cenicafé, Mejoramiento Genético, Chinchina, Caldas, Colombia. 3AGROSAVIA, C.I.Tibaitata, Mosquera, Cundinamarca, Colombia 4Universidad de Caldas, Ciencias Agropecuarias, Manizales, Caldas, Colombia La nodulación radical del tomate, causada por Meloidogynespp.es uno de los principales problemas sanitarios para de la producción del cultivo. La resistencia genética basada en la acción del gen de resistencia a enfermedades Mi-1,con motivos NBS-LRR, ha sido ampliamente utilizada en programas de mejoramiento. El gen actúa a temperatura del suelo inferior a 28 °Cy se han registrado biotipos virulentos a Mi-1. En la especie Solanum arcanum (LA2157), pariente silvestre del tomate cultivado, se encontró el gen de resistencia Mi-9, homólogo a Mi-1, con resistencia estable hasta 32 °C, el cual fue mapeado en un grupo de ligamiento con tamaño de 2,23 cM que contienen los marcadores CT119, REX-1 y C8B, separados por 1,74 cM y 0,49 cM, respectivamente, y ubicados en el cromosoma 6 del tomate. En el presente estudio, utilizando secuencias públicas de S. arcanum LA2157 se construyó el genoma de la especie guiado por la referencia de S. lycopersicumHEINZ-1706. Se integró el grupo de ligamiento a la secuencia genómica mediante PCR electrónica, ubicándolo en el brazo corto del cromosoma 6, con un tamaño de 9.803 Kb, donde la distancia física entre CT119 y REX-1fue de 323 Kb y entre REX-1 y C8Bde 9.479 Kb. Se predijeron 1.360 genes en la región genómica que contiene el gen Mi- 9. Entre los marcadores CT119 y REX-1 se encontraron mediante anotación por Gene Onthology tres genes con proceso biológico de respuestas de defensa, dos genes de resistencia a enfermedades y un factor de transcripción WRKY; entre REX-1 y C8B se encontraron 6 genes de respuesta de defensa, 3 de ellos de resistencia a enfermedades. Los resultados muestran un grupo de genes candidatos de gen Mi-9 que al ser probados en estudios de genómica funcional, puedan ser incorporados en programas de mejoramiento genético del tomate. Palabras Clave: Tomate, marcadores moleculares, genes de resistencia a enfermedades, análisis in sillico, anotación funcional de genes II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 123 BIOATIVIDADE (IN VITRO) DO ÓLEO ESSENCIAL DE Cymbopogon citratus (DC.) Stapf NO CONTROLE DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISAL Marcelino Santiago Barroso Neto1, Daiane Sampaio de Santana1, Daniele de Vasconcellos Santos Batista1, Sara Samanta da Silva Brito2, Franceli da Silva1 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas – BA. ² Universidade do Estado da Bahia, Juazeiro – BA. Email: marcelino-barroso@hotmail.com A podridão vermelha é uma doença causada pelo fungo Aspergillus welwitschiae (Bres.) Henn. que acomete diversas culturas, dentre elas, a do sisal (Agave sisalana Perrine ex Engelm.). Com intuito de reduzir os impactos causados ao ambiente por produtos químicos sintéticos, estão sendo estudados produtos de origem natural, dentre estes, o óleo essencial (OE) de plantas medicinais. Uma espécie bastante promissora na produção do OE é o Cymbopogon citratus (DC.) Stapf (capim-limão). O objetivo no presente trabalho, foi verificar a bioatividade do OE de C. citratus sobre o A. welwitschiae. Na obtenção do OE, as folhas secas de C. citratus foram submetidas ao processo de hidrodestilação à vapor no aparelho Clevenger por 2h. Após este processo, com auxílio do emulsificante Tween (5%), o OE foi homogeneizado ao meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) nas concentrações de 0,15; 0,45; 0,75 e 1,00 mL.L-1, além dos controles BDA e BDA + Tween. Cada tratamento dispôs de 5 repetições, sendo cada placa considerada uma repetição. Foi inoculado um disco de 5 mm do micélio fúngico no centro de cada placa. A avaliação do crescimento micelial foi realizada após 6 dias, bem como a produção de esporos, analisada com auxílio da câmara de Neubauer. O OE de C. citratus apresentou atividade antifúngica, inibindo na menor concentração 4,60 % do crescimento micelial e 49,01 % da produção de esporos. Na maior concentração, houve uma inibição de 84,20 % do crescimento micelial e a produção de esporos foi totalmente interrompida nas duas maiores concentrações. Com os resultados obtidos, observou-se atividade antifúngica do OE de C. citratus. Isso pode servir como um indicador para testes de dosagem e eficácia do OE em campo, visando o controle da podridão vermelha do sisal e minimizando a utilização de produtos sintéticos que podem causar impactos ao meio ambiente. Palavras-chave: Agroecossistemas, Manejo integrado, Plantas medicinais. Apoio: CAPES, CNPq, FAPESB, UFRB. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 124 ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO HIDROLATO DE Croton argyrophyllus Kunth (EUPHORBIACEAE) NO CONTROLE DO Colletotrichum gloeosporiodes (PENZ.) SACC Marcelino Santiago Barroso Neto1, Daiane Sampaio de Santana1, Daniele de Vasconcellos Santos Batista1, Sara Samanta da Silva Brito2, Franceli da Silva1 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas – BA. ² Universidade do Estado da Bahia, Juazeiro – BA. Email: marcelino-barroso@hotmail.com A antracnose é uma doença que acomete culturas de vegetais por todo o mundo, reduzindo drasticamente a produção. Essa problemática é contornada com a aplicação de produtos sintéticos para controle da doença. Entretanto, alternativas vêm sendo estudadas para que haja um manejo menos danoso ao ambiente. Uma forma bastante promissora de controle alternativo é a utilização de bioativos presentes em plantas medicinais, dentre estes o hidrolato (água + óleo essencial), um subproduto da hidrodestilação do óleo essencial que muitas vezes é descartado após a extração do óleo. Croton argyrophyllus Kunth é uma planta medicinal nativa do Brasil que apresenta algumas atividades biológicas comprovadas. O objetivo no presente trabalho foi verificar a atividade antifúngica do hidrolato de C. argyrophyllus no controle do Colletotrichum gloeosporiodes (Penz.) Sacc. Para obtenção do hidrolato, as folhas secas de C. argyrophyllus (Voucher: HURB 15401) foram submetidas ao processo de hidrodestilação utilizando o aparelho Clevenger por duas horas. Por meio da técnica de difusão em meio de cultura, o hidrolato foi homogeneizado ao meio BDA (batata-dextrose-ágar) nas concentrações de 20%, 40%, 60% e 80%, com o controle contendo apenas o meio BDA. Posteriormente, um disco de 5 mm com propágulos do fungo foi inoculado no centro das placas de todos os tratamentos. Cada tratamento foi composto por dez placas, sendo cada placa uma repetição. A avaliação do diâmetro micelial ocorreu 5 dias após a inoculação. Os resultados obtidos demonstram que o hidrolato de C. argyrophyllus inibiu o crescimento micelial do C. gloeosporiodes, proporcionando uma inibição do crescimento micelial de 9,8 % na concentração de 20% e inibição de 57,5 % na maior concentração testada (80%). Concluiu-se que o hidrolato mostrou ser uma opção de controle promissora do C. gloeosporiodes por apresentar atividade antifúngica in vitro. Palavras-chave: Antracnose, Bioativos, Plantas medicinais. Apoio: CAPES, CNPq, FAPESB, UFRB. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 125 Alternaria sp. CAUSA MANCHA FOLIAR EM JAMBU (Acmella oleracea) NO BRASIL Nívia Maria Pereira da Silva¹, Carlos Eduardo Aucique-Pérez², Sara Salcedo-Sarmiento², André Luís Silva², Robert Weingart Barreto² ¹ Universidade Federal de Sergipe, Núcleo de Graduação de Agronomia, Nossa Senhora da Glória, SE, Brasil. E-mail: nivia.alves1401@gmail.com ² Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Fitopatologia, Viçosa, MG, Brasil. O jambu - Acmella oleracea (Asteraceae) - é uma hortaliça de uso amplo e tradicional na Região Norte do Brasil. Para o restante do país, é considerada uma hortaliça não convencional, e nos últimos anos sua produção tem se expandido. Apesar do crescente interesse pelo jambu, ainda há poucos estudos sobre aspectos agronômicos desta cultura, principalmente no que se refere a doenças. Há apenas um registro de fungo fitopatogênico atacando essa espécie, o carvão Thecaphora spilanthis. Em novembro de 2019, plantas de A. oleracea mantidas no jardim didático do Departamento de Fitopatologia (Infectário) da Universidade Federal de Viçosa (MG), apresentavam-se com sintomas de manchas foliares, inicialmentepequenas, circulares a irregulares de marrom claro, passando a marrom escuro, coalescendo com a idade e levando a uma queima generalizada das folhas afetadas e desfolha de plantas. Amostras representativas de folhas doentes foram coletadas e examinadas sob microscópio estereoscópico (Olympus SZX7). Um fungo dematiáceo estava regularmente presente sobre o tecido necrosado. Uma subamostra foi separada, seca em uma prensa botânica e depositada no herbário da Universidade Federal de Viçosa (VIC). Culturas puras foram obtidas por transferência de conídios de folhas colonizadas para placas de Petri contendo meio batata dextrose-ágar (BDA). Colônias do fitopatógeno foram caracterizadas em meio BDA e V8-ágar. Estruturas fúngicas foram raspadas das folhas e montadas em lâminas com lactoglicerol para observação sob microscópio de luz (Olympus BX51) e posterior descrição morfológica. A morfologia do fungo foi reconhecida como típica dos membros do gênero Alternaria sp. Para corroborar, análises moleculares utilizando os primers Alt-for/Alt-ver foram feitas e estão sendo analisadas. Para confirmar a patogenicidade, foram cumpridos os passos dos postulados de Koch, demonstrando-se que a doença é causada por Alternaria sp. Este é o primeiro relato do fungo Alternaria sp. causando doença em jambu no Brasil e em todo o mundo. Palavras-chave: Asteraceae, fungos fitopatogênicos, PANC. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 126 APLICAÇÃO DE SÍLICIO NA VIDEIRA ‘BORDÔ’ E SEU EFEITO NAS VARIAVÉIS EPIDEMIOLÓGICAS DO MÍLDIO DA VIDEIRA (Plasmopora viticola) Alcemir Nabir Kowal1, Douglas André Wurz1, Thalia Aparecida Silva Maciel1, Simone de Oliveira1, Rabechlt Stange Almeida1, Daniele Moreira Ribeiro1 1 Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Canoinhas, Canoinhas, Santa Catarina, Brasil. alcemirkowal@gmail.com O silício tem sido utilizado na supressão de muitas doenças de plantas. O objetivo deste trabalho foi buscar alternativas viáveis e sustentáveis no manejo integrado de doenças fúngicas na cultura da videira, reduzindo o impacto causado pelo uso inadequado de agrotóxicos. O trabalho foi realizado em um vinhedo situado no município de Canoinhas, Planalto Norte Catarinense, onde foi avaliado o efeito de doses de silício no controle do míldio na variedade de videira Bordô. Os tratamentos consistiram na aplicação de quatro doses de silício. Os seguintes tratamentos foram aplicados: T1 – Testemunha (sem aplicação de silício); T2 – 150 g (i.a. silício)/100 L água; T3 – 300 g (i.a. silício)/100 L água; T4 – 450 g (i.a. silício)/100 L água. As aplicações foram realizadas a cada 14 dias, com pulverizador costal manual, iniciando-se as aplicações no estádio fenológico grão chumbinho (Nov/2018). A avaliação da incidência e da severidade do míldio da videira (Plasmopora viticola), ocorreu quando as uvas atingiram o ponto de maturação de colheita, em 02 de fevereiro de 2019. Com os dados obtidos comparou-se a epidemia em relação a: Área Abaixo da Curva de Progresso da Incidência (AACPID) e da Severidade (AACPSD) da doença. As variáveis foram submetidas à análise de variância (ANOVA) e quando detectadas efeitos de tratamento, o teste de Scott Knott foi aplicado para comparação de médias a 5% de probabilidade de erro. A aplicação de silício resultou em redução da AACPID e da AACPSD na videira Bordô. Observou-se comportamento similar para as duas variáveis avaliadas. A dose de 150 g (i.a. silício)/100 L resultou no menor valor de AACPID (52,6) e de AACPSD (2,4). Os maiores valores foram observados para o tratamento controle, sem aplicação de silício. Conclui-se que o silício aplicado na dosagem 150 g (i.a. silício)/100 L reduz a ocorrência de P. viticola na videira Bordô cultivada em Canoinhas, Planalto Norte Catarinense. Palavras-chave: Vitis labrusca L., Manejo Integrado de Doenças, Sustentabilidade. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 127 DESFOLHA PRECOCE DA VIDEIRA ‘CHARDONNAY’ REDUZ A OCORRÊNCIA DE PODRIDÃO CINZENTA (Botrytis cinerea) Alcemir Nabir Kowal1, Douglas André Wurz1, Leo Rufato2, Deivid Silva de Souza2, Juliana Reinher2, Adrielen Tamiris Canoss 2 1 Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Canoinhas, Canoinhas, Santa Catarina, Brasil. alcemirkowal@gmail.com. 2 Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias, Canoinhas, Santa A podridão cinzenta, causada por Botrytis cinerea, tem sido umas das doenças mais limitantes no cultivo da videira, no entanto, o manejo da desfolha pode ser uma estratégia de redução da sua intensidade. Tem-se como objetivo deste trabalho comparar diferentes épocas de desfolha no controle da doença na variedade Chardonnay cultivada em regiões de altitude de Santa Catarina. O presente trabalho foi conduzido em vinhedo comercial localizado no munícipio de São Joaquim – Santa Catarina durante as safras 2018 e 2019. Os tratamentos consistiram na realização da desfolha, em quatro diferentes estágios fenológicos: plena florada, grão chumbinho, grão ervilha e virada de cor. O tratamento controle consiste em plantas sem desfolha. A incidência da podridão cinzenta foi avaliada pelo número de cachos que apresentavam ao menos uma baga infectada pelo fungo e a severidade da doença foi avaliada através de escala diagramática. As variáveis foram submetidas à análise de variância (ANOVA) e quando detectadas efeitos de tratamento, procedeu-se o teste de Scott Knott para comparação de médias a 5% de probabilidade de erro. A época de realização do manejo da desfolha da videira influenciou o valor da severidade máxima de B. cinerea, mas não influenciou os valores de incidência máxima. As desfolhas realizadas precocemente, nos estádios fenológicas plena florada, baga chumbinho e baga ervilha resultaram nos menores valores de severidade máxima da doença, com valores observados de 9,2, 9,7, 8,6% e 3,8, 2,5, 4,1%, respectivamente, nas safras 2018 e 2019. Os resultados do presente trabalho evidenciam a importância da desfolha precoce da videira no manejo integrado da B. cinerea, na qual recomenda-se sua realização nos estádios fenológicos plena florada, baga chumbinho e baga ervilha, por proporcionar redução da severidade máxima da B. cinerea. Palavras-chave: Vitis vinífera L., Poda Verde, Viticultura. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 128 OCORRÊNCIA DE BWYV ASSOCIADO A SINTOMAS DE VERMELHÃO FOLIAR EM CULTIVO COMERCIAL DE MORANGO NO DISTRITO FEDERAL Tallyrand Moreira Jorcelino1, Giovana Curcio Guimarães2, Thainá Berbert Gelelete2, Marcio Martinello Sanches1, Rita de Cássia Pereira Carvalho3, Marilia Santos Silva1, Wânia dos Santos Neves4 1 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília,DF, Brasil. tallyrand.moreira@embrapa.br 2 Centro Universitário de Brasília, Brasília,DF, Brasil 3 Universidade de Brasília, Brasília,DF, Brasil 4 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Sudeste, Viçosa, MG, Brasil O cultivo de morangueiro (Fragaria spp.) é presente em áreas com vocação rural em várias localidades brasileiras, o que requer contínuos e dinâmicos estudos voltados às doenças e pragas agrícolas de importância econômica para a cultura. Nesse contexto, a hipótese do presente estudo foi de que sintomas foliares de vermelhão, faixa das nervuras, mosqueado, clorose marginal foliar e encrespamento em morangueiro estão associados com etiologia viral. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi levantar a ocorrência de viroses em morangueiros sintomáticos em cultivos comerciais no Núcleo Rural da Região Administrativa (RA IV) Brazlândia, Distrito Federal, Brasil. Para o levantamento de vírus candidatos em amostras de folhas sintomáticas em condições de campos de cultivo comercial da safra 2019, adotou-se a detecção por teste sorológico (ELISA) e inoculação mecânica em plantas hospedeiras. Os vírus candidatos avaliados por ELISAcom antissoros comercialmente disponíveis e relato de ocorrência em morangueiro no mundo foram: Arabis mosaic nepovirus (ArMV), Beet western yellows polerovirus (BWYV), Potato leafroll polerovirus (PLRV), Strawberry mild yellow edge potexvirus (SMYEV), Tomato bushy stunt tombusvirus (TBSV), Tobacco streak ilarvirus (TSV), Tomato ringspot nepovirus (ToRSV). Os resultados do estudo indicam que BWYV, presente em amostra de morangueiro com sintomas de vermelhão, pode estar envolvido na etiologia da referida doença. Ademais, dados apontam para a provável transmissão mecânica de BWYV para a planta hospedeira alternativa Datura stramonium, a qual apresentou sintomas de manchas necróticas típicas da presença de BWYV. Detecção inequívoca de BWYV nas amostras deve ser feita por amplificação por PCR e sequenciamento gênico. Palavras-chave: Fitovírus, Luteoviridae, Polerovirus, Vírus de planta, Vírus vegetais. Apoio: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Universidade Federal de Viçosa (UFV). II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 129 A AÇÃO DE RIZOBACTÉRIAS NA ABSORÇÃO DE NUTRIENTES Lucas Campos Ferreira1, Mariana Nunes Ferreira Cabral2, Luis Eduardo Pontes Stefanelli3, Tarcísio Marcos Mota Filho 4, Ramon de Marchi Garcia5 1 Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR, Programa de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural, Araras, São Paulo, Brasil. Lucascf92@hotmail.com. 2, 5 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil. 3, 4 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil. As rizobactérias promotoras de crescimento de plantas (RPCPs) vivem na rizosfera, ou seja, na região limítrofe entre o solo e as raízes, onde a ação dos exsudatos radiculares em associação com esses microrganismos e os nutrientes presentes no solo proporcionam o desenvolvimento e o crescimento das plantas. Essas bactérias ocupam aproximadamente cerca de 5 a 17% da superfície total dos sistemas radiculares. As interações entre as raízes das plantas com as populações microbianas do solo são significativamente importantes para a nutrição e o crescimento das plantas. Estudos apontam sobre os benefícios advindos das RPCPs na disponibilização de nutrientes para as plantas pode se dar através da síntese de fito-hormônios como auxinas e giberelinas, fixação de nitrogênio, solubilização de fosfato inorgânico e mineralização de fosfato orgânico, tornando o fósforo disponível para as plantas. O fósforo é um dos principais nutrientes limitantes para o crescimento das plantas influenciando vários processos metabólicos, tais como desenvolvimento e divisão celular, transporte de energia, biossíntese de macromoléculas, respiração e fotossíntese das plantas. Embora o solo apresente uma reserva de fósforo, uma grande parte não está disponível para as plantas, além disso, uma parte dos fertilizantes fosfatados, quando aplicado ao solo, se torna indisponível após a sua aplicação. Rizobactérias também assimilam as formas inorgânicas de N tornando-as constituintes orgânicos de suas células e tecidos. Os compostos sintetizados pelos micro-organismos podem então ser parcialmente mineralizados tornando-se disponível para as plantas. Dentre os gêneros mais estudados, destacam-se: Bacillus, Pseudomonas, Azospirillum e Rhizobium. Com a crescente pressão por uma agricultura mais sustentável em detrimento a utilização de agroquímicos, as rizobactérias promotoras de crescimento de plantas se apresentam como alternativa para um crescimento mais rápido das plantas cultiváveis e maior eficiência na absorção de nutrientes. Palavras-chave: Solubilização de fosfato, Fixação de nitrogênio, Rizosfera. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 130 MICRORGANISMOS E SUA UTILIZAÇÃO NO CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS DE PLANTAS Lucas Campos Ferreira1, Mariana Nunes Ferreira Cabral2, Luis Eduardo Pontes Stefanelli3, Tarcísio Marcos Mota Filho 3, Ramon de Marchi Garcia2 1 Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR, Programa de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural, Araras, São Paulo, Brasil. lucascf92@hotmail.com. 2 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Horticultura, Botucatu, São Paulo, Brasil. 3 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Proteção Vegetal, Botucatu, São Paulo, Brasil. A questão do uso dos defensivos agrícolas no Brasil tem se tornado cada vez mais preocupante. No período entre 1964 e 2004, o consumo de agrotóxicos no país aumentou 700%, sendo que nos últimos anos o Brasil vem ocupando lugar entre os maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. Com os problemas causados no ambiente pelos produtos químicos, a busca por tecnologias têm impulsionado o desenvolvimento de métodos alternativos de controle de doenças de plantas, considerados ambientalmente mais seguros. Assim, diversas pesquisas vêm avaliando produtos alternativos que reduzem os problemas fitossanitários. Uma das alternativas aos produtos químicos, é o controle biológico, que promove a redução da densidade populacional do inóculo ou das atividades determinantes da doença provocadas pelo patógeno no seu estado de atividade ou dormência. Diferente do controle químico, o biológico não apresenta efeito imediato ou total, algumas lacunas de conhecimento impedem um melhor entendimento entre patógeno e antagonista. A maior probabilidade de sucesso ocorre quando o controle biológico é aplicado em nichos ecológicos especiais, como o solo ou substrato recém desinfestados, onde a ocorrência de competitividade microbiana é baixa, baseado na bioprimeirização. A microbiolização de sementes também é considerada uma possível alternativa de controle biológico de fitopatógenos habitantes do solo. Dentre os gêneros de bactérias mais estudados, os Bacillus, Pseudomonas e Azospirillum tem se destacado. Os Bacillus spp., principalmente o B. subtilis, têm sido amplamente estudados devido ao seu potencial de controle de doenças. Os principais fatores que contribuem para esse controle são a habilidade de produzir vários compostos antimicrobianos, capacidade de competição por espaço e nutriente e eficiência na colonização da rizosfera por longos períodos. A utilização de microrganismos é considerada uma alternativa na busca da redução da utilização de agroquímicos que encarecem a produção e trazem danos ao meio ambiente. Palavras-chave: Rizosfera, Antagonistas, Bacillus spp. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 131 INCIDÊNCIA DE Pratylenchus brachyurus EM SOJA E SUA RELAÇÃO COM ATRIBUTOS DE FERTILIDADE DO SOLO Paulo Victor Alcântara Ferreira1; Leonardo de Castro Santos1; Alaerson Maia Geraldine1, Gabriel Castoldi1, Gustavo Castold1, Lucas de Freitas Soares1 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde - GO. pvictoraf@gmail.com A soja é uma cultura de grande importância econômica, que está sujeita a diversos tipos de patógenos, entre eles os fitonematoides, como o Pratylenchus brachyurus, que pode reduzir a produtividade de diversas culturas. O suprimento de nutrientes em cultivares de soja, pode diminuir a expressão do ataque do fitonematoide, mantendo a alta produtividade. Objetivou-se com este trabalho avaliar a existência de correlação entre os nutrientes essenciais do solo e a incidência de P. brachyurus na soja. A coleta das amostras de solo e raiz foi realizada aos 45 dias após a emergência da soja, em reboleiras naturalmente infestadas no município de Montividiu-GO. Foram identificadas 5 reboleiras onde a partir do centro de cada, 9 pontos foram coletados, seguindo duas retas perpendiculares de 90º, totalizando 45 amostras de solo e raiz. Para extração dos nematoides foramutilizados os métodos de Jenkins (1964) e Coolen e D´Herde (1972) e para os nutrientes foram determinados pela metodologia de Malavolta et al. (1997). Os dados obtidos foram submetidos a análise do coeficiente de correlação de Pearson entre a população de P. brachyurus e os nutrientes, e a análise de variância para a determinação do valor de P, com o auxílio do software estatístico RStudio. Os resultados demonstraram que não houve correlação significativa entre os atributos de fertilidade e a população do nematoide nas amostras de solo. Em relação as amostras de raiz, houve correlação negativa apenas entre a população e os teores de Ca e Mg. Conclui-se que os teores de Ca e Mg foram os que melhor se correlacionaram com a população de P. brachyurus presentes nas amostras de raiz. Palavras-chave: Nematoide das lesões radiculares, Soja, Nutrição mineral, Cálcio, Magnésio. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 132 SINERGISMO DE CITRAL E UNDECAN-2-ONE NO CONTROLE DE Meloidogyne incognita Maysa Siqueira Gonçalves da Silva1, Aline Ferreira Barros1, Letícia Lopes de Paula1, Denilson Ferreira de Oliveira2, Vicente Paulo Campos1 1 Universidade Federal de Lavras, Fitopatologia, Lavras, Minas Gerais, Brasil. maysasiqueira@gmail.com. 2 Universidade Federal de Lavras, Quimíca, Lavras, Minas Gerais, Brasil. Obter moléculas para controlar fitonematoides é um grande desafio para a indústria agroquímica. Objetivou-se avaliar o sinergismo do L-carvone, citral, menthone transanetol, Acetato de 2-metilbutila e undecan-2-one e citral com outras substâncias. Soluções mais suspensão contendo 200 J2 de Meloidogyne incognita (MI) foram adicionados em microtubos obtendo concentração final de 250 µg mL-1. A concentração final do trans- anethole, acetato de 2-metilbutyl e undecan-2-one foi de 125 µg mL-1 e a do citral foi de 250 µg mL-1. Tween 80® (0,01 g mL-1) foi utilizado como testemunha. Após 48 horas de incubação a 25 °C a mortalidade (%) dos nematoides foi avaliada. As atividades nematicidas foram comparadas pelo modelo E(d1,d2) = E(d1) + E(d2), onde E(d1,d2) é o efeito em (d1,d2), e E(di) é o efeito do composto sozinho na dose di (i = 1, 2). Para efeitos de maior, menor ou igual mortalidade à prevista pelo modelo de aditividade (adição de efeito), o efeito das doses combinadas foi classificado em sinérgico, antagônico ou aditivo, respectivamente,. Constatou-se efeito sinérgico apenas para citral (a 250 µg mL-1) com undecan-2-ona (a 125 µg mL-1). As mortalidades de J2 exposto a esta combinação foram 87,9% e 5,0%, respectivamente. Interações sinérgicas ativas contra fitonematoides já foram descritas para alguns produtos. A sinergia tem sido observada para as combinações: trans-anethole/geraniol, trans-anethole/eugenol, carvacrol/eugenol e geraniol/ carvacrol. A combinação de undecan-2-one com outras moléculas já foi testada anteriormente contra MI e M. javanica, mas o efeito sinérgico entre citral e undecan-2-one contra MI foi demonstrado pela primeira vez neste trabalho. O citral (600 µg ml-1) e undecan-2-one (300 µg ml-1) utilizados separadamente, não reduzem no número de galhas e ovos. No entanto sua combinação causou um aumento na mortalidade, confirmando o sinergismo. Existe sinergismo apenas na combinação citral (a 250 µg mL-1) com undecan-2-one (a 125 µg mL- 1) para o controle de MI. Palavras-chave: Prospecção de moléculas, Nematoide das galhas, fitonematoide. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 133 RIZOBACTERIA ASOCIADAS A Solanum melongena L. Y SU EFECTO SOBRE EL CRECIMIENTO Y LA FISIOLOGÍA DEL CULTIVO DE BERENJENA Lily Lorena Luna Castellanos1, Juan de Dios Jaraba Navas2 1Corporación Colombiana de Investigación Agropecuaria AGROSAVIA,Cerete, Córdoba, Colombia. E-mail. agrolily@gmail.com. 2 Universidad de Córdoba, Montería, Córdoba, Colombia. La agricultura es una actividad humana que contribuye a la contaminación, dado que su eficiencia y productividad esta relacionada al uso sistemático de fertilizante y pesticidas. Por su parte los cultivos deben tolerar condiciones adversas sin disminuir los rendimientos o aportes nutricionales. De esta forma la agricultura se encuentra en evolución constante, para suplir la demanda creciente de alimentos sin deteriorar del medio. Las rizobacterias nativas pueden promover el crecimiento vegetal y facilitar la transición a una agricultura más eficiente y sostenible. Por lo cual el objetivo de este trabajo fue caracterizar y determinar el efecto de cepas nativas de rizobacterias (PGRV) sobre el crecimiento y fisiología de plántulas de berenjena bajo condiciones semicontroladas. Microorganismos nativos fueron aislados a partir de muestras de suelo tomadas de 10 fincas al azar ubicadas en el Sinú medio, a través de dilución seriada en NaCl al 0,85%, cultivadas en medios Nfb, Cetrimide, Ashby y LB. El efecto de los aislados sobre plántulas de berenjena se analizó bajo condiciones semicontroladas con plántulas de la variedad C015 sumergidas en cultivo de rizobacterias (24 horas, 1x108 UFC.ml-1) durante 40 minutos, secadas y cultivadas en sustrato arena- tierra negra 3:1, durante 35 días, a las cuales seles midió parámetros de crecimiento a los días 7, 14, 22, 28 y 35 DDE y reinoculacion a los 15 DDE. De las muestras de suelo se identificaron 28 aislados de los géneros Azotobacter, Brevibacillus, Bacillus, Pseudomonas, Stenotrophomonas, Ochrobactrum y Camamonas previamente reportadas como antagónicos de fitopatógenos y PGRV, el 78% de los aislados mostro capacidad fijadora de Nitrógeno in-vitro y 21 de los 28 aislados presento actividad fosfatosolubilizadora. Efectos positivos sobre la fotosíntesis, conductancia, acumulación de materia seca en hoja y longitud de raíz, lo que sugiere actividad PGRV de los aislados sin adición de nutrientes. Palabras claves: Microorganismos PGRV, solubilizadoras de fosforo, AIA, Condiciones edafológicas. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 134 EFEITO FUNGITÓXICO in vitro DE DIFERENTES ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE O FUNGO Colletotrichum gloeosporioides DO MAMOEIRO Andreza Veronica de Souza Silva1, Alessandro Antônio Fortunato2, Rayra de Souza Ribeiro³ 1 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Fitopatologia, Recife, Pernambuco, Brasil. andrezaeagro2014@gmail.com 2 Universidade Federal de Roraima, Professor Adjunto do Departamento de Fitotecnia, Boa Vista, Roraima, Brasil. ³Universidade Federal de Roraima, Graduanda em Agronomia, Boa Vista, Roraima, Brasil. Dentre as doenças associadas à pós-colheita do mamoeiro, a antracnose é considerada a mais importante pelos danos causados. A principal forma de controle é o emprego de fungicidas, no entanto, estudos envolvendo compostos naturais de plantas vendo sendo realizados. Baseados nessas informações, objetivou-se estudar o efeito de diferentes óleos essenciais (capim-limão, citronela, menta-hortelã e cravo-da-Índia) nas concentrações (1,0; 1,5; 3,0; 5,0; 7,0; 10,0 µL mL-1 BDA) sobre o crescimento micelial do agente causal da antracnose (Colletotrichum gloeosporioides). As testemunhas negativas consistiram, em meio BDA e meio BDA com Tween 20 e, como testemunha positiva, o fungicida comercial (Trifloxistrobina + Tebuconazol) na dose recomendada. Para avaliar o efeito dos tratamentos sobre o fungo foram determinadas a Porcentagem de Inibição do Crescimento Micelial (%ICM) e o Índice de Velocidade do Crescimento Micelial (IVCM) às 120 h após repicagem e o Efeito Residual (ER) durante 5 dias após término da avaliação da %ICM. Os resultados obtidos demonstraram que os óleos essenciais apresentaram diferenças quanto à eficiência na %ICM em condições in vitro e apresentaram correlação negativa com o IVCM. O óleo essencial de cravo-da-Índia apresentou melhor resultado, apresentando %ICM semelhante ao do controle positivo em todas as doses avaliadas. O desempenhodo óleo essencial de menta-hortelã foi promissor em doses acima de 3,0 µL mL-1 BDA. Os demais tratamentos não surtiram o efeito esperado na redução do crescimento micelial do fungo. De acordo com a análise de EC50, os tratamentos que atingiram maior fungitoxicidade foram o cravo-da-Índia, seguido de hortelã-pimenta e citronela. O mesmo não foi observado para o capim-limão. O óleo essencial de cravo-da-Índia foi o único que apresentou efeito residual, promovendo a inibição total do crescimento fúngico, sendo superior ao fungicida comercial. O uso de substâncias naturais como os óleos essenciais mostram-se promissores no manejo da antracnose do mamoeiro. Palavras-chave: Antracnose, Controle Alternativo, Crescimento Micelial II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 135 GROWTH OF EUCALYPTUS SEEDLINGS SUBMITTED TO HERBICIDES José Carlos Barbosa dos Santos, Gabriela Madureira Barroso, Juliano Miari Corrêa, Sabrina Rodrigues Ferreira, José Barbosa dos Santos, Ricardo Siqueira Silva Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, MG, Brasil. agronojc@gmail.com The application of herbicides to control weeds in forest plantations are standard techniques. However, because they are not selective, some herbicides can negatively affect the growth of eucalyptus seedlings. Thus, the objective of the work was to evaluate the growth of eucalyptus seedlings submitted to treatments with herbicides. The experiment was carried out in a greenhouse in random blocks, with six replications. The seedlings (Eucalyptus urophylla) clone I144), with three months old, were transplanted into 10-liter pots filled with substrate, where they were kept under irrigation. The herbicides sulfentrazone, diuron + sulfentrazone, and clomazone at doses of 1.2 L ha-¹; 2.2 L ha-¹, and 2.5 L ha-¹, respectively, were applied in pre and post-emergence for sulfentrazone and diuron + sulfentrazone and in pre-emergence for clomazone. The height was evaluated at 30, 60, 90, and 120 days after the application of the herbicides and the diameter of the stem and total dry mass at the end of the experiment. Analysis of variance at 5% significance was performed using software R. The means of the variables height, diameter, and total dry mass were not significant. Thus, the herbicides analyzed, did not interfere with the growth of eucalyptus seedlings in the evaluated period. Keyword: weeds, efficiency, growth, control. Acknowledgements: UFVJM: Universidade Federal dos Vales dos Jequitinhonha e Mucuri; AgriMe: Grupo de estudo em Agricultura e Modelagem Ecológica; CAPES; CNPQ e FAPEMIG. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 136 SPATIAL DISTRIBUTION OF SIRPHIDS (DIPTERA: SYRPHIDAE) IN MAIZE CROP José Carlos Barbosa dos Santos, Patrícia de Cássia Lopes, Sabrina Rodrigues Ferreira, Laize Cristina Rossini, Fausto Henrique Vieira Araújo, Claudia Eduarda Borges, Ricardo Siqueira da Silva Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de Agronomia, Diamantina, MG, Brasil. agronojc@gmail.com The Syrphidae family is a group of insects of the order Diptera, in which some species are essential agents of population reduction of phytophagous insects recurring in grasses, and with that, they become essential in the biological control of pests. The larvae of flies of the Syrphidae family are predators of aphids commonly found in corn. Thus, studies on the spatial distribution of these species in integrated pest management become relevant. The objective of this work was to evaluate the spatial distribution of syrphids (Diptera: Syrphidae) in the corn cultivar SX8555 VIP3 in the city of Datas - MG. The research was carried out in an experimental field with an area of 2.7 hectares. A total of 132 points were installed, spaced 15 x 15 m apart, all aerial parts of the plant closest to the stake, and the adjacent ones (north, south, east, west) were evaluated, adding five plants per point. The evaluations were carried out weekly for three months in the summer. In the present work, all the analyzes performed suggest an aggregated distribution of syrphids in the corn crop. The syrphids in the culture presented an aggregated distribution model, predominant in the borders. Keyword: Natural enemies, Integrated Pest Management, pest. Acknowledgements: UFVJM: Universidade Federal dos Vales dos Jequitinhonha e Mucuri; AgriMe: Grupo de estudo em Agricultura e Modelagem Ecológica; CAPES; CNPQ e FAPEMIG. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 137 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO FITOSSANITÁRIA Matheus Correa de Mello1, Layanara Oliveira Faria2. 1Engenheiro Agrônomo, Fazenda Fênix, Figueirópolis Tocantins, Brasil. matheuscorrea_mello@hotmail.com. 2 Centro Universitário Leonardo da Vinci, Departamento de ensino do curso de Agronomia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Os avanços da tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários tem promovido grandes transformações no campo, proporcionando controle eficiente, economia de insumos, contribuindo positivamente com a sanidade e qualidade vegetal e ainda minimizando a contaminação do meio ambiente. O presente trabalho objetivou destacar fatores importantes da pulverização de defensivos na sanidade dos cultivos. A aplicação eficiente de defensivos agrícolas é de extrema importância, sendo necessário serem aplicados de maneira a atingir corretamente o alvo, para isso devem ser levados em consideração fatores climáticos, biológicos, defensivos aplicados e em particular as condições do equipamento de pulverização, tais como: regulagem, calibração e desgaste de seus componentes. A ponta de pulverização é um componente essencial e tem como função produzir gotas para atingir o alvo em quantidade (volume) e qualidade (tamanho), a regulagem e escolha deste influencia diretamente na vazão e no tamanho de gotas. As pontas são adequadas de acordo com o objetivo da aplicação, de maneira geral jatos tipo leque são utilizados em aplicações de herbicidas durante a dessecação e pós-emergência da cultura, já bicos cônicos dentre suas variações, são utilizados em aplicações de fungicidas e inseticidas, favorecendo a penetração das gotas no dossel da cultura. Atualmente se destaca a aplicação por modulação de pulsos, a qual proporciona o controle total da pressão de pulverização e logo permite extrair a máxima padronização da aplicação, inclusive em curvas, garantindo maior controle e economia. Ainda, a tecnologia proporciona maior gerenciamento do tamanho de gotas, impactando diretamente no volume e qualidade em que são depositadas no alvo. As tecnologias de aplicação de defensivos agrícolas de forma eficiente visam o controle correto de pragas, doenças e plantas invasoras, sendo que para efetiva aplicação é necessário conhecimento das tecnologias a fim de considerar os fatores influentes na aplicação fitossanitária. Palavras-chave: pulverização, sanidade vegetal, pragas, doenças. II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal 138 INTRODUÇÃO E DISPERSÃO DO CARAMUJO GIGANTE AFRICANO Achatina fulica NO BRASIL Caique D. Batista1, Valeria F. A. Dorileo2, Melissa Rosler3, Felipe F. Marincek4, Lucas P. Arcanjo5, Marcelo C. Picanço6 1Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Entomologia, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. duartecaiq@gmail.com O caramujo gigante africano Achatina fulica é uma das 100 espécies de pragas invasoras mais importantes no mundo. Ele possui alta capacidade reprodutiva e pode causar prejuízos em diversas culturas agrícolas e transmitir doenças como meningite e esquistossomose. A faixa ótima de temperatura para ele é entre 16 e 24.4°C. Esse caramujo é favorecido por ambientes úmidos e com baixa insolação. Seu período de atividade é noturno. Sua dispersão se dá principalmente pela ação do homem já que ele possui baixa capacidade de locomoção.