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NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO Coordenação Pedagógica – IBRA DISCIPLINA Envelhecimento Cutâneo Sumário Introdução ...............................................................................................03 1- a Pele.....................................................................................................04 1.2- Estrutura e função da pele.................................................................05 1.3- Epiderme...........................................................................................05 1.4 Derme subjacente ...................................................... .........................07 2-Envelhecimento cutâneo ......................................................................08 2.1 Tipos de envelhecimento ....................................................................09 2.2 envelhecimento intrínseco ..................................................................10 2.3 Fatores que contribuem para o envelhecimento intrínseco ................11 2.4 Fatores de envelhecimento extrínseco...................................................12 3- Antioxidantes e a prevenção ao envelhecimento precoce .................18 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................28 INTRODUÇÃO A pele é um órgão complexo onde interações celulares e moleculares reguladas de modo preciso governam muitas das agressões recebidas do meio ambiente. Constituída por diferentes tipos de células que são responsáveis pela manutenção da estrutura normal. Algumas alterações surgem com o envelhecimento cronológico cutâneo a modificação do material genético por meio de enzimas,alterações proteicas e a proliferação celular decresce. Consequentemente, o tecido perde a elasticidade, a capacidade de regular as trocas aquosas e a replicação do tecido se torna menos eficiente. Oxidações químicas e enzimáticas envolvendo a formação de radicais livres (RL) aceleram esse fenômeno de envelhecimento. O envelhecimento cutâneo pode ser intrínseco ou cronológico, devido a idade influenciado por fatores genéticos, ou extrínseco ou actínico aquele que surge influenciado por fatores externos tal como o tabaco, poluição, hábitos de vida e predominantemente, a radiação solar (fotoenvelhecimento). Surgem, com a idade, alterações bioquímicas que conduzem a manifestações clínicas ao nível cutâneo, como rugas, aumento de espessura, pigmentações, entre outras. Algumas dessas alterações encontram-se ao nível das funções do sistema imunitário, dos anexos cutâneos, da reparação do DNA e também do balanço de espécies oxidantes e antioxidantes surgindo geralmente stress oxidativo, estas por serem cumulativas agravam e antecipam o processo de envelhecimento. A Pele Há mais de 150 anos, a pele foi descrita como um envoltório com função de revestimento e proteção a órgãos mais complexos (1). Durante os últimos anos, no entanto, estudos têm demonstrado que a pele também é um órgão funcionalmente sofisticado. Suas interações celulares e moleculares são complexas e ocorre renovação e reparo de seus componentes a todo o momento. É um tecido altamente dinâmico, capaz de responder a alterações no ambiente externo e interno e isto permite que muitas das manifestações do organismo se expressem por alterações cutâneas. O controle hemodinâmico, o equilíbrio hidro-eletrolítico, a termorregulação, o metabolismo energético, o sistema sensorial e a defesa contra agressões externas dependem da sua viabilidade (1). https://pt.123rf.com/stock-photo/pele_humana.html Sofrendo continuamente renovação, a pele é o maior (com cerca de dois metros quadrados) e o mais pesado (tendo cerca de três a quatro quilogramas) órgão do organismo humano. https://pt.123rf.com/stock-photo/pele_humana.html Estrutura e função A pele recobre a superfície de aproximadamente 2 m2 do corpo, sendo o maior órgão do corpo humano e a principal barreira física contra o meio externo. Embora a pele desempenhe diversas funções vitais de comunicação e controle que garantem a homeostase do organismo, por muitos anos este órgão foi considerado apenas uma barreira contra agentes externos. Estas funções foram resultados da evolução de uma estrutura complexa que envolve diversas camadas, cada uma com propriedades particulares. As principais camadas da pele incluem a epiderme, derme e a hipoderme (2). http://anjodeguarda.org/acidentes-domesticos-com-queimaduras/e Epiderme A epiderme é formada por camadas de células diferenciadas pela morfologia, grau de maturação e profundidade. As mais superficiais são justapostas umas as outras e cobertas por queratina. Daí segue a sua denominação histológica: tecido epitelial pavimentoso (ou escamoso) estratificado queratinizado. As células da camada mais profunda da epiderme, a camada basal, dividem-se continuamente. Durante um período de 60 dias estas células sofrem mitose e seu conteúdo é modificado na medida em que atravessam as camadas superiores até chegarem a mais superficial, onde morrem. A camada queratinizada de células mortas varia desde as regiões mais delicadas como as pálpebras, até as mais espessas como as plantas dos pés. (3). http://anjodeguarda.org/acidentes-domesticos-com-queimaduras/e Principais funções da epiderme: -proteção- devido a grande presença de queratina. -Absorção de raios ultraviletas do sol- função desempenhada pelos melanócitos presentes na epiderme. - Combate micro-organismos que penetram na pele humana. Esta função é realizada pelas células de Langerhans,presentes na epiderme . - Possibilita a sensação do tato, através das células de Merkel. (4) Ela é formada por cinco sub-camadas de células chamadas queratinócitos. Estas células, produzidas na camada basal mais interna, migram em direção à superfície da pele, amadurecendo e experimentando uma série de mudanças. Este processo, conhecido como queratinização (ou cornificação), faz com que cada uma das sub- camadas seja distinta. 1. Camada basal (ou stratum basale): A camada mais interna, onde os queratinócitos são formados. 2. Camada espinhosa (ou stratum spinosum): Os queratinócitos produzem queratina (fibras de proteína) e se tornam fusiformes. 3. Camada granular (stratum granulosum): A queratinização começa - as células produzem grânulos duros e à medida que eles empurram para cima, estes grânulos se transformam em queratina e lipídios epidérmicos. 4. Camada lúcida (stratum lucidium): As células são bem comprimidas, aplainadas e não se distinguem umas das outras. 5. Camada córnea (ou stratum basale): A camada mais externa da epiderme, com uma média de 20 sub-camadas de células mortas aplainadas dependendo de onde seja a pele do corpo. Estas células mortas se desprendem regularmente num processo conhecido por descamação. A camada córnea também abriga os poros das glândulas sudoríparas e as aberturas das glândulas sebáceas. http://angelicabeauty.blogspot.com.br/2008/11/epiderme-e-suas-camadas.html Derme subjacente Entre a epiderme e a derme,há uma área de transição,denominada membrana basal,que as une firmemente.Os hemossideromas localizados inferiormente nos queratinócitos e melanócitos permitem que a membrana se fixe à epiderme,enquanto sua face inferior se fixa à derme através das fibrilas de ancoragem da derme papilar. A derme é constituída principalmente de tecido conjuntivo onde a epiderme se apoia e se une ao tecido celular cutâneo ou hipoderme. Apresenta espessura variável de acordo com a região onde se encontra e tem no máximo 3mm na planta dos pés. A superfície externa é irregular, observando-se saliências chamadas de papilas dérmicas. Essas papilas são mais freqüentes nas zonas sujeitas à pressão e atrito. A derme tem origem mesodérmica, e é constituída pela camada papilar superficialmentee pela camada reticular, mais densa e mais profunda. Camada Papilar: é a camada mais superficial, delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme na epiderme. O entrelaçamento entre a epiderme e a derme é chamado de rete apparatus. Camada Reticular: é a camada mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso e contem estruturas derivadas da epiderme incluindo glândulas, folículos pilosos e glândulas sebáceas. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico http://angelicabeauty.blogspot.com.br/2008/11/epiderme-e-suas-camadas.html responsável em parte, pela elasticidade da pele. Possuí vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. A derme contém os anexos cutâneos, os vasos sanguíneos e linfáticos, os nervos e as terminações nervosas sensoriais, que podem ser livres ou encapsuladas. Terminações nervosas livres, arranjadas em cesto, circundam os folículos pilosos e funcionam como mecanorreceptores. Terminações nervosas livres, em forma de bulbo e com trajeto tortuoso, situam-se paralelamente à junção dermo-epidérmica. Elas devem servir como mecanorreceptores e nociceptores (receptores para dor). (5) Hipoderme De acordo com a definição da sociedade brasileira de dermatologia é a terceira e última camada da pele, formada basicamente por células de gordura. Sendo assim, sua espessura é bastante variável, conforme a constituição física de cada pessoa. Ela apoia e une a epiderme e a derme ao resto do seu corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do seu corpo e acumula energia para o desempenho das funções biológicas. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO http://clinicawulkan.com.br/temas-de-dermato/envelhecimento-e-cancer-de-pele/ Os fatores do envelhecimento são causados por mudanças funcionais que ocorrem com o avanço da idade. Na pele ocorre por acúmulo de danos moleculares nas células epiteliais e existem dois processos que podem ocasioná-lo, o envelhecimento intrínseco http://clinicawulkan.com.br/temas-de-dermato/envelhecimento-e-cancer-de-pele/ como a fisiologia genética e o envelhecimento extrínseco que ocorre por acúmulos no DNA causados por exposições excessivas aos raios solares ultravioletas e fatores externos. O envelhecimento do organismo de forma geral se relaciona ao fato de as células somáticas do corpo começarem a morrer e não serem substituídas por novas, como acontece na juventude. Isso está ligado, entre outros fenômenos, ao envelhecimento celular. Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à perda de tecido fibroso, à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular. A função de barreira que mantém a hidratação celular também fica prejudicada. Dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas normais da pele podem diminuir em 50% até a meia-idade. Como a pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do tempo, sua saúde e sua aparência estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares e ao estilo de vida escolhido. A radiação ultravioleta, o excesso de consumo de álcool, o abuso de tabaco e a poluição ambiental, entre outros, são fatores que “aceleram” o trabalho do relógio biológico provocando o envelhecimento precoce. Além disso, o aumento do peso corporal e dos níveis de açúcar no sangue também colabora para a pele envelhecer antes do tempo. Tipos de envelhecimento Quando jovem, o processo de reparação tecidual acontece de forma rápida; com o passar dos anos, o processo torna-se mais lento, evidenciando então o envelhecimento. Comparando um indivíduo com 11 anos essa reparação celular, após os danos celulares, é quase perfeita; sendo que, aos 50 anos, esse processo de reparação diminui, acelerando o processo de envelhecimento. Há vários fatores que interferem no envelhecimento, como os defeitos genéticos, o surgimento de doenças e a expressão de genes do envelhecimento, que favorecem a longevidade ou reduzem a duração da viva. (6) As alterações do envelhecimento podem ocorrer na epiderme bem como na derme. Na epiderme ocorre diminuição do numero de queratinócitos,afinamento e diminuição da taxa de proliferação das células desta camada.sendo as alterações na derme as principais manifestações inestéticas ocorridas na pele com o envelhecimento: flacidez e rugas.A microcirculação também torna-se comprometida devido a alterações funcionais e morfológicas dos vasos sanguíneos presentes nesta região. (7) Com o envelhecimento a pele tende a se tornar delgada, enrugada, seca e escamosa. Embora a espessura real da camada córnea não seja muito alterada, ela se torna mais permeável, permitindo a passagem mais rápida de substancias através dela. Além disso, as fibras colágenas da derme tornam se mais grossas e as fibras elásticas perdem parte de sua elasticidade reduzindo desta forma a tonicidade da pele. (6) Observam-se dois tipos de envelhecimento: envelhecimento intrínseco caracterizado por alterações clínicas, histológicas e fisiológicas, as quais ocorrem na pele, não exposta ao sol, de indivíduos idosos, e envelhecimento extrínseco que é caracterizado pela exposição da pele à radiação solar, gerando fotoenvelhecimento. Envelhecimento intrínseco Envelhecimento cutâneo intrínseco ou cronológico: é aquele decorrente da passagem do tempo, determinado principalmente por fatores genéticos, estado hormonal e reações metabólicas, como estresse oxidativo. Nele estão presentes os efeitos naturais da gravidade ao longo dos anos, como as linhas de expressão, a diminuição da espessura da pele e o ressecamento cutâneo. http://fragrancias.blogs.sapo.pt/62027.html http://fragrancias.blogs.sapo.pt/62027.html Os principais fatores que contribuem para o envelhecimento intrínseco - Fatores hormonais (diminuição dos níveis de estrógeno e progesterona): Equilíbrio é fundamental quando se fala de hormônios. Diminuindo os níveis hormonais com o envelhecimento, acelera-se a deterioração da pele. Em mulheres, a variação nos níveis de estrogênio durante a menopausa é responsável por mudanças cutâneas significativas: o seu declínio prejudica a renovação celular da pele, resultando em afinamento das camadas epidérmicas e dérmicas. A redução nos níveis dos hormônios pela menopausa altera as camadas da pele. A camada córnea da epiderme torna-se reduzida e frouxa. Sem o mesmo nível de estímulo hormonal, ocorre redução da síntese de colágeno e da quantidade de fibras elásticas. Ocorre redução da capacidade de retenção de água pelas células e desacelera a atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas. Nos primeiros cinco anos de climatério a mulher perde de 30% a 40% do colágeno total do organismo. Depois desse período a perda é mais lenta (2% de colágeno ao ano). A diminuição do estrógeno provoca, entre outras alterações: -Diminuição da atividade mitótica (capacidade de regeneração da pele); -Diminuição da síntese de colágeno (flacidez e rugas); -Diminuição de resistência a choques mecânicos (hematomas); -Concentração de queratina (espessamento de pés, joelho e cotovelo). Fatores genéticos: certas pessoas envelhecem mais rapidamente do que outras, sugerindo que exista uma predisposição genética que influencia o processo de envelhecimento. Indivíduos com pele branca tendem a apresentar sinais de envelhecimento mais cedo que os indivíduos negros. (8) Estresse oxidativo: desempenha papel central na iniciação e na condução de eventos que causam o envelhecimento da pele. Ele altera os ciclos de renovação celular, causa danos ao DNA que promovem a liberação de mediadores pró-inflamatórios, que, por sua vez, desencadeiam doenças inflamatórias ou reações alérgicas napele. Além disso, células do sistema imunológico, chamadas langerhans, diminuem com o envelhecimento. Isto afeta a capacidade da pele de afastar o estresse ou as infecções que podem prejudicar sua saúde. Com o avançar da idade, diminui-se a imunidade, aumentando a incidência de infecções, malignidades e deterioração estrutural. Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação: glicose é um combustível celular vital. No entanto, a exposição crônica à glicose pode afetar a idade do corpo por um processo chamado de glicação. Ela pode ocorrer pela exposição crônica ao açúcar exógeno, nos alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes. A consequência principal desse processo é o estresse oxidativo celular, tendo como consequência o envelhecimento precoce. (9) Fatores de envelhecimento extrínseco O envelhecimento extrínseco é um tipo de envelhecimento cutâneo em que os fatores influentes não são a idade, mas sim fatores externos ao organismo. Inicialmente, denominou-se de fotoenvelhecimento, pois se acredita, ainda hoje, que o principal agente causal é a radiação, nomeadamente, a radiação ultravioleta (UV) e infravermelha (IV). No entanto, existem inúmeros fatores hoje conhecidos e comprovados como influentes e geradores de alterações significativas ao nível cutâneo conduzindo a manifestações clínicas de envelhecimento, designadamente, fatores como o tabaco, a poluição ambiental, o estilo de vida (exercício físico, alimentação, consumo de álcool), o stress fisiológico e físico. http://www.tempoagora.com.br/dia-a-dia/radiacao-solar-esta-elevada-em-grande-parte-do-brasil-mesmo- no-inverno/ A radiação ultravioleta (UV) é uma radiação emitida pelo sol, e constituinte do espetro eletromagnético, tendo a mesma velocidade que a radiação visível variando apenas em http://www.tempoagora.com.br/dia-a-dia/radiacao-solar-esta-elevada-em-grande-parte-do-brasil-mesmo-no-inverno/ http://www.tempoagora.com.br/dia-a-dia/radiacao-solar-esta-elevada-em-grande-parte-do-brasil-mesmo-no-inverno/ comprimento de onda, pois possui um comprimento de onda mais curto do que a radiação visível. A primeira, UVA é a que tem maior comprimento de onda, estando ligada principalmente ao bronzeamento. Incide com a mesma intensidade ao longo de todo o dia e de todo o ano. Subdivide-se em UVA-I e UVA-II, sendo que é a UVA-II que causa maior dano, pois possui um comprimento de onda mais curto (320-340 nm), tendo uma maior capacidade de penetração (menor comprimento de onda, maior profundidade de penetração cutânea). A radiação UVB é uma radiação menos penetrante, no entanto, pode ser mais carcinogénica, pois tem um comprimento de onda menor que a UVA. Ao contrário da radiação UVA, esta radiação tem intensidade variável ao longo do dia, com o pico entre as 10h e às 16h. (10) A radiação solar não apresenta apenas efeitos maléficos, uma vez que dependemos dela diariamente a fim de podermos garantir a homeostasia do nosso corpo. É necessária para a produção de melanina e de vitamina D, estimulação da circulação, ação bactericida, e também melhoria do humor (11). DIFERENÇA VISUAL DO ENVELHECIMENTO INTRÍNSECO E EXTRÍNSECO http://amigadapele.blogspot.com.br/2014_08_04_archive.html Tabaco http://amigadapele.blogspot.com.br/2014_08_04_archive.html O tabaco possui uma composição complexa, conhecendo-se cerca de 3800 compostos, uma parte da sua totalidade. Acredita-se que o tabaco exerça alterações ao nível cutâneo por dois mecanismos principais: atuando diretamente ao nível epidérmico afetando a integridade da epiderme e indiretamente, através do contacto com a pele pela corrente sanguínea. Devido ao movimento constante de contração de músculos labiais exercido pela ação de fumar, há um agravamento das rugas em torno dos lábios (12). O calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o envelhecimento e a perda de elasticidade cutânea. Além disso, o fumo reduz o fluxo sanguíneo da pele, dificultando a oxigenação dos tecidos. A redução deste fluxo parece contribuir para o envelhecimento precoce da pele e para a formação de rugas, além de dar à pele uma coloração amarelada. http://envelhecimentocutaneoestetica.blogspot.com.br/ Álcool Altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres, que causam o envelhecimento. A exceção à regra é o vinho tinto que, se consumido moderadamente, tem ação antirradicais livres, pois é rico em flavonoides e em resveratrol, potente antioxidante. Movimentos musculares Movimentos repetitivos e contínuos de alguns músculos da face aprofundam as rugas, causando as chamadas marcas de expressão, como as rugas ao redor dos olhos. http://envelhecimentocutaneoestetica.blogspot.com.br/ Radicais livres São uns dos maiores causadores do envelhecimento cutâneo. Os radicais livres se formam dentro das células pela exposição aos raios ultravioleta, pela poluição, estresse, fumo etc. Acredita-se que os radicais livres provocam um estresse oxidativo celular, causando a degradação do colágeno (substância que dá sustentação à pele) e a acumulação de elastina, que é uma característica da pele fotoenvelhecida. Os radicais livres são cada vez mais reconhecidos como umas das principais causas do envelhecimento e doenças degenerativas associadas à idade. O radical livre é qualquer espécie química capaz de existência independente, que possui um ou mais elétrons desemparelhados, que por razoes quânticas, esta molécula tende a emparelhar este elétron com outro de alguma outra molécula e por isso os radicais livres tornam-se tão reativos (16). Bronzeamento artificial A Sociedade Brasileira de Dermatologia condena formalmente o bronzeamento artificial que pode causar o envelhecimento precoce da pele (rugas e manchas) e a formação de câncer da pele. A realização desse procedimento por motivações estéticas é proibida no Brasil desde 2009. http://www.dermatologia.net/cat-a-pele/bronzeamento-artificial-o-arriscado-e-o-seguro/ Alimentação Uma dieta não balanceada contribui para o envelhecimento da pele. Existem elementos que são essenciais e devem ser ingeridos para repor perdas ou para suprir necessidades, http://www.dermatologia.net/cat-a-pele/bronzeamento-artificial-o-arriscado-e-o-seguro/ quando o organismo não produz a quantidade diária suficiente. O excesso de açúcar também “auxilia” a pele a envelhecer mais depressa. (9) Prevenção Com base nas evidências atualmente disponíveis, o envelhecimento da pele parece ocorrer em paralelo com o decréscimo da síntese de colágeno e/ou aumento da atividade da enzima colagenase. A Ciência tem evoluído de maneira a prevenir o envelhecimento precoce e, até mesmo, retardar o envelhecimento fisiológico, tanto pela utilização de produtos cosméticos com funções de umectação e regeneração celular, bem como pelo emprego da terapia ortomolecular e técnicas avançadas utilizando-se de tecnologias específicas como, por exemplo, o laser (13). Com a evolução da Ciência Cosmética, é preciso conhecer mais profundamente os fatores que podem potencializar os efeitos destes produtos. A preocupação primordial dos formuladores cosméticos tem sido com o tecido epidérmico, o fino enrugamento do estrato córneo e a transformação de ceratinócitos em células escamosas. Entretanto, as grandes mudanças histológicas associadas ao envelhecimento ocorrem na derme. Assim, são de particular importância a perda de vascularidade (ou suprimento de sangue) e a notável incapacidade de formar a matriz dérmica.(14). Como já mencionado, o sol tem um papel importante no envelhecimento prematuro da pele. Porém, além dele, outros fatores podem fazer com que a pele envelheça mais rápido do que deveria, por isso, é importante investir na prevenção. Conhecer fatores que contribuem para o envelhecimento precoce é essencial para a prevenção, algumas medidas preventivassão: Uso de protetor solar- Diariamente, mesmo em dias de frio ou chuva, aplicar um protetor solar com FPS 30 (ou superior) não apenas no rosto, mas em toda a pele que não esteja coberta por roupa: mão, pescoço, nuca, orelhas, pés e braços. No caso da prática de esportes, inclusive natação, o produto precisa ser resistente à água. Se houver muita exposição solar ou suor excessivo, o produto deve ser reaplicado regularmente, de preferência a cada 3 horas. Além do filtro solar outras medidas podem e devem ser adotadas,uso de chapéu,óculos e evitar se expor ao sol em horários em que o sol está mais forte auxilia a prevenção do envelhecimento. Hidratação-Ingerir no mínimo dois litros de água por dia, pois ela hidrata o organismo e facilita a eliminação de toxinas que contribuem para o envelhecimento da pele. http://corremulherada.com.br/a-importancia-da-hidratacao/ Manter a pele limpa-Limpar a pele duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. O acúmulo dos resíduos de suor, da poluição, da maquiagem e de outras substâncias provoca a obstrução dos poros e o surgimento de rugas. Usar produtos adequados-Usar sempre um demaquilante e jamais dormir sem remover a maquiagem. Demaquilantes são mais eficazes que os sabonetes para retirar a maquiagem. O hábito de dormir maquiada obstrui os poros e impede a pele de respirar, o que provoca oleosidade e envelhecimento precoce. ( 15) Um estilo de vida adequado pode beneficiar mesmo pessoas que já apresentam sinais de envelhecimento precoce, nunca é tarde para começar, uma boa alimentação, água, exercício físico, repouso e equilíbrio sempre vão trazer benefícios a nossa saúde e uma pele mais bonita e saudável. Antioxidantes e a prevenção ao envelhecimento precoce Os antioxidantes são agentes responsáveis pela inibição e redução das lesões causadas pelos radicais livres nas células. Uma ampla definição de antioxidante é: “qualquer substância que, presente em baixas concentrações quando comparada a do substrato oxidável, atrasa ou inibe a oxidação deste substrato de maneira eficaz”. Dois tipos de antioxidantes têm essa função. Os de prevenção impedem a formação de radicais livres e os de reparo favorecem a remoção de danos da molécula de DNA e a reconstituição das membranas celulares danificadas. O mecanismo de ação desses dois tipos de antioxidantes permite classificá-los em Antioxidantes de prevenção e Antioxidantes de reparo. A eficiência dos sistemas de proteção tende a decrescer com a idade, indicando que a geração de RL e o declínio das defesas antioxidantes devem ser considerados contribuidores potenciais importantes para o processo de envelhecimento. Desta forma, há necessidade de suprir o organismo com substancias anti-radicais livres,os antioxidantes,quando este não estiver conseguindo,por si só defender-se de quantidade de radicais livres formados. Para reforçar a proteção natural, faz-se uso de compostos exógenos como enzimas, antioxidantes (incluindo algumas vitaminas e metais) e compostos fenólicos, limitando- se as reações oxidativas. Vitamina A e Retinóides A vitamina A é essencial no nosso organismo. Participa em muitas funções, assinaladamente, na diferenciação e manutenção de tecidos, visão (retinaldeído), reprodução (retinol) entre outras funções. Só por si e ao nível cutâneo, esta possui capacidade antioxidante, ação despigmentante, normaliza o processo de queratinização e promove um aumento da concentração de colágeno. No entanto, quando administrada na prática, esta não possui ação, pois é extremamente oxidável perdendo facilmente a sua eficácia terapêutica. Existem, contudo, compostos biologicamente ativos e derivados da vitamina A (forma natural) que possuem uma atividade forte, podendo ser usados na clínica – os retinóides. Existem ainda várias outras estruturas químicas denominadas de segunda geração, no entanto, não têm grande aplicabilidade no que respeita a aplicação tópica na pele. Contrariamente a outros ingredientes, os retinóides não funcionam como esfoliantes, que atuam à superfície da pele, estes atuam em zonas mais profundas como a derme. Atuando a nível dérmico proporcionam uma estimulação da atividade do “motor” do sistema tegumentar, estimulando a regeneração de células e de hormonas aí sintetizadas, aumentando a atividade e renovação da pele proporcionando melhores resultados. Vitamina E https://www.opas.org.br/vitamina-e-beneficios-e-alimentos-que-a-contem/ A vitamina E ou também denominada de tocoferol é o antioxidante lipídico existente em maior quantidade na pele, sendo amplamente usado em formulações tópicas. Atua por prevenção da peroxidação lipídica, funcionando como um humectante natural e anti- inflamatório. A família é constituída por quatro formas de tocoferóis (α-tocoferol, β-tocoferol,γ- tocoferol e δ-tocoferol) e quatro formas de tocotrienóis (α-tocotrienol, β-tocotrienol, γ- tocotrienol e δ-tocotrienol). A forma mais concentrada a nível cutâneo é a forma de α-tocoferol, conseguindo encontrar-se em concentrações 5 a 10 vezes superiores à de γ-tocoferol. Sendo produzido ao nível das glândulas sebáceas, estas iniciam a sua atividade com a puberdade, havendo a sua produção até aos 50 a 60 anos na mulher e no homem até aos https://www.opas.org.br/vitamina-e-beneficios-e-alimentos-que-a-contem/ 70 anos. Justifica-se que após esta idade seja viável uma suplementação alimentar com vitamina E. Quando administradas as formas ativas de vitamina E estas atuam, opostamente aos retinóides como antioxidantes, promovendo uma redução da oxidação da pele, que está na base de todo o processo de envelhecimento cutâneo. Estudos demonstraram que a aplicação tópica de formulações contendo Vitamina E, mais especificamente, D-α-tocoferol, apresentaram capacidade de proteção contra os raios UV, para além de terem a capacidade de reduzir a inflamação (que desenvolve eritema e rubor) após exposição solar, sendo já hoje usado em algumas formulações comerciais, como cremes hidratantes e calmantes. Para, além disso, formulações contendo DL-α-tocoferol com lecitina apresentam a capacidade de reduzir rugas e lentigos ou sinais provocados pelo sol. Vitamina C À semelhança da vitamina E, também a vitamina C ou ácido ascórbico é um potente antioxidante, diferenciando-se desta por ser hidrossolúvel. A vitamina C tem múltiplas funções ao nível cutâneo, estando amplamente distribuída em todas as camadas da pele, funcionando como antioxidante e cofator de múltiplas enzimas. Estudos indicam que a vitamina C está implícita na estimulação da renovação proteica da derme, incentivando a produção de colágeno por funcionar como o cofator enzimático, melhorando a cicatrização e firmeza da pele .Um estudo de 1997 indica que a vitamina C promove a produção de componentes lipídicos essenciais à renovação da epiderme .Para além de promover a regeneração da vitamina E uma vez que a vitamina C (no citoplasma), pode reduzir a forma oxidada da vitamina E (na membrana celular) regenerando a sua atividade, podem ainda ser usadas em formulações multivitamínicas pela sua ação sinérgica. http://www.saudedica.com.br/os-15-beneficios-da-vitamina-c-para-saude/ A descoberta do ácido ascórbico (Vitamina C, ácido Cevitâmico) foi originada dos estudos realizados para detectar a substância existente nas frutas e verduras, que impedia a proliferação do escorbuto. A denominação de ácido ascórbico foi atribuída para referir-se à sua função na prevenção do escorbuto. O termo vitamina C deve ser utilizado como descrição genérica para todos os compostos que exibem atividade biológica qualitativa de ácido ascórbico. A vitamina C é um antioxidante classificada como cosmecêuticos com o propósito de prevenir e tratar a pele danificada pelo sol. Isto, porém, será possível se a capacidade de penetração possa atingir camadas mais profundasda epiderme. O estrato córneo faz parte da epiderme e é a principal barreira para permeação de substâncias ativas na pele, devido ser uma região que contém muitos lipídios, organizados em camadas lamelares dificultando desta forma a difusão de ativos. A camada córnea é formada de queratinócitos cercados por camadas lipídicas, sendo uma camada que possui baixa permeabilidade, visto que a estrutura é altamente ordenada pelos queratinócitos e pelas suas camadas lipídicas. Os queratinócitos, chamados também de corneócitos quando se encontram na camada córnea, transformam-se em células sem núcleos, achatadas e mortas, que conferem a propriedade de barreira da pele. Portanto, é o estrato córneo que limita a entrada das drogas. Tendo em vista aspecto abordado entende-se que para obter eficácia um ativo aplicado por via tópica depende, não só das suas propriedades farmacológicas, mas também da sua disponibilidade no local de ação. A maioria dos fármacos que são utilizados no tratamento de problemas dermatológicos tem como local de ação os tecidos mais profundos da pele. Assim, o fármaco necessita permear o estrato córneo para chegar ao seu local de ação. (17) http://www.saudedica.com.br/os-15-beneficios-da-vitamina-c-para-saude/ Com relação às vias de permeação os apêndices da pele apenas constituem 0,1% da superfície pelo que se estima se a via transepidérmica a principal via de permeação de fármacos. Assim, a absorção percutânea via trans-epidérmica envolve a difusão através do estrato córneo, das células viáveis da epiderme e, finalmente, das camadas superiores da derme até a microcirculação. O passo determinante da absorção cutânea é a permeação através do estrato córneo. As proteínas desta camada constituem uma camada descontinua, enquanto que a fase lipídica é continua. Teoricamente, existem então duas vias potenciais de passagem: a transcelular e a intercelular. Contudo, em ambas as vias de permeação a estrutura do estrato córneo obriga o fármaco a se difundir através das bicamadas lipídicas intercelulares. Estudos experimentais indicam que a permeação da maioria dos compostos através da camada córnea está dependente, quer da sua lipoficidade quer do seu tamanho molecular. A vitamina C exerce uma ação anti-oxidante sobre a pele, protegendo-a da ação dos radicais livres, que favorecem o envelhecimento. Além disso, o uso tópico da vitamina C estimula por reações químicas no metabolismo a formação de colágeno e consequentemente a formação de novo tecido . O mecanismo de ação pelo qual a vitamina C atua na síntese de colágeno é complexa e ainda não está totalmente esclarecido. Recentemente ficou demonstrado que a vitamina C tópica aumenta nível de RNA dos colágenos I e III. A vitamina C para humanos (ácido ascórbico) pode ser somente obtida de alimentos, como o das frutas cítricas. A luz solar e a poluição ambiental podem depletar a vitamina C presente na epiderme (25) e, como a vitamina C é um potente antioxidante, parece razoável que se obtenha benefícios aumentando suas concentrações na pele. As preparações de vitamina C são instáveis, por isso devem ser mantidas em recipientes herméticos e em embalagens resistentes à luz para evitar exposição aos raios UV ou ao ar. (18) O uso da vitamina C tópica como um fotoprotetor foi estudado in vitro e in vivo, demonstrando seus efeitos na prevenção da queimadura solar em células e diminuindo o eritema pós-exposição tanto para as radiações UVA quanto UVB. A adição de vitamina C tópica para qualquer protetor solar anti-RUVA ou RUVB mostrou melhor proteção solar que quando comparado ao uso do protetor solar isolado. Além disso, o uso da vitamina C tópica nos produtos para uso “depois do sol” foi eficaz na remoção das espécies reativas induzidas pelo UV. Vitamina D http://www.vitalatman.com.br/blog/importancia-da-vitamina-d-nos-dias-de-hoje/ A vitamina D é sintetizada ao nível cutâneo na forma ativa de vitamina D3. Esta síntese inicia-se com o colesterol onde os queratinócitos sintetizam inicialmente o 7- dihidrocolesterol, convertendo-o posteriormente em colecalciferol ou vitamina D3. Esta é uma reação mediada pela radiação UV. Esta vitamina está implícita em múltiplas funções, tais como a homeostasia do cálcio, efeitos imunorreguladores, participando também na regulação da apoptose, sendo também citoprotetora . Existem estudos que demonstram uma eficácia marcada no tratamento da psoríase, dermatite atópica e outras doenças, sendo em muitos países o tratamento primário da psoríase. Neste estudo comprovou-se que a vitamina D, devido à sua atividade antioxidante e estimuladora da produção de colágeno contribui para uma melhoria da rapidez do processo de cicatrização, melhorando igualmente situações de hiperpigmentação e também o aspeto de uma pele envelhecida (19). Outras vitaminas Existem outros compostos, como a vitamina F, H (ou biotina), vitaminas do complexo B, que revelam algum interesse de exploração ao nível cutâneo. Contudo, e devido à escassez de informação de estudos em humanos, é viável agrupá-las nesta mesma categoria. http://www.vitalatman.com.br/blog/importancia-da-vitamina-d-nos-dias-de-hoje/ A vitamina F, facilmente encontrada nos óleos alimentares (de trigo, soja ou milho, por exemplo) nos ácidos gordos insaturados, pode revelar vantagem da utilização na pele. Estes ácidos gordos insaturados existem normalmente como constituintes do cimento intercelular e na membrana, podendo a sua alteração devido à idade, estar implícita com a alteração da estrutura lipídica da pele. Daí podem ser fornecidos através da dieta normalizando a estrutura lipídica da pele contribuindo para uma manutenção da homeostasia da mesma. Quanto à vitamina H ou biotina, encontrada, por exemplo, na gema do ovo, é uma vitamina hidrossolúvel funcionando como coenzima de carboxilases, como por exemplo, a acetil-Coenzima A carboxilase. Em crianças ou adultos, a sua carência conduz a alopécia, dermatite eritematosa, levando também a uma alteração ao nível do processo de queratinização - a hiperqueratose. Indivíduos com deficiência nos níveis de biotina apresentam lesões cutâneas infetadas por Candida albicans .Um estudo comprova que defeitos no metabolismo da biotina conduzem a anormalidades neurológicas, acidose metabólica mas também rash cutâneo. Desta forma, acredita-se que uma compensação tópica com vitamina H possa contribuir de igual forma para a manutenção da homeostasia cutânea, uma vez que a sua falta conduz de alguma forma a distúrbios dérmicos. No que respeita às vitaminas do Complexo B estas são um conjunto de vitaminas que possuímos geralmente em déficit, implícitas no metabolismo de proteínas pelo que a nível cutâneo o seu déficit pode contribuir para a diminuição dos níveis de colágeno e elastina. Alguns exemplos são a tiamina ou vitamina B1, riboflavina ou vitamina B2, vitamina PP, B3 ou niacina, entre outras. Um outro composto é o DMAE ou dimetilaminoetanol, relativamente recente, este é um composto análogo da vitamina B e precursor da acetilcolina. Num estudo realizado, um gel contendo 3% desta molécula foi aplicado durante 16 semanas tendo sido demonstrado eficácia evidente contra o envelhecimento cutâneo, melhorando as rugas da testa e o contorno do lábio. Para, além disso, poderá possuir também propriedades anti-inflamatórias e capacidade de aumento da firmeza cutânea (20). Enzimas anti-oxidantes Há um interesse cada vez maior na possível aplicação de enzimas antiradicalares como a catalase, ou a superóxido dismutase nos cosméticos. Atualmente existem alguns estudos que pretendem relacionar a diminuição das espécies oxidantes da pele, com a melhoria significativa do envelhecimento cutâneo. Estas enzimas possuem a capacidade de neutralizar espécies oxidantes, recorrendo a diversos mecanismos (dependendo da enzima em questão), justificandoassim a possível aplicabilidade em nível de cosméticos, dado que, tal como referido anteriormente, uma das possíveis causas do envelhecimento possa ser o aumento do número de espécies oxidantes. Exemplo de um estudo de aplicabilidade, realizado em 2010 provou que reduzindo as espécies oxidantes denominadas neste de arNOX na pele, recorrendo a uma enzima artificial, semelhante à superóxido dismutase, é possível melhorar os níveis de colagénio melhorando desta forma o aspeto fisiológico da pele (21). Outra vertente é a procura destas enzimas antioxidantes em compostos de origem fitoterápica. Existem estudos que sugerem a oliveira (Olea europaea) como possível planta a ser aplicada dado a sua riqueza a nível de enzimas antioxidantes, de exemplo, a polifenoloxidase, ascorbato-peroxidase e guaiacol-peroxidase (22). Esfoliação http://www.cuidardapele.com/como-esfoliar-o-rosto/ Com o passar do tempo, mesmo que aplicado diariamente um produto de limpeza, é comum que a pele ganhe alguma espessura devendo por isso ocasionalmente utilizar um método de esfoliação. A pele aumenta a sua espessura, pois com a idade o processo de renovação celular que normalmente ocorre em 27 dias passa a decorrer durante 45 a 60 dias, ou seja, há uma renovação mais lenta e menos eficaz (23). http://www.cuidardapele.com/como-esfoliar-o-rosto/ Surgem assim os AHA (α-hidroxiácidos) e os BHA (β-hidroxiácidos), compostos provenientes de frutos e plantas respectivamente, como o ácido glicólico ou láctico que possuem a capacidade de inibirem a hiperqueratinização, promovendo uma melhoria da microcirculação e uma renovação celular mais eficaz contribuindo clinicamente para uma pele mais suave, funcionando como um peeling natural. Os BHA, mais lipofílicos, originários de plantas, mostram ser um tratamento eficaz no fotoenvelhecimento, melhorando o aspeto visual da pele pela sua ação esfoliante e por penetrar lentamente na pele, assegura menos efeitos adversos. Quanto aos AHA, provenientes de frutos, são capazes de exfoliarem a superfície celular (usados em peeling’s) contribuindo para aumentar o teor de compostos hidratantes endógenos. Uma vez que não penetram os poros, podem ser usados numa pele com tendência ao desenvolvimento de acne. Os AHA mais comuns são: Ácido láctico Extraído do leite, é usado predominantemente em formas sintéticas. Esfolia a superfície da pele, podendo causar irritação. Ácido glicólico É a molécula menor do grupo dos AHA. Não possui cor ou cheiro, sendo hidrossolúvel. Ácido mandélico É uma das exceções do grupo dos AHA possuindo atividade antibacteriana. Em concentrações abaixo de 5% atuam como hidratantes, emolientes não possuindo atividade anti-envelhecimento. Esta só é obtida quando usados em concentrações compreendidas entre 11 e 30 %, onde têm ação exfoliante promovendo a renovação da epiderme. Polifenóis Os flavonóides, inicialmente denominados de “polifenóis das plantas”, podem ser administrados na dieta através de vegetais, estando também presentes no vinho tinto. A sua ação anti-idade está associada à ação antioxidante, anti-inflamatória e cicatrizante que possui. Os flavonóides demonstram também efeitos protetores contra a radiação UV. Dentro do grupo dos polifenóis, destacam-se igualmente as procianidinas também denominadas de “taninos condensados”, que demonstraram função protetora do colágeno e elastina evitando a sua degradação e estimulam a proliferação dos folículos capilares. Pode ser encontrado em extratos de chá verde e de cacau. Fitoesteróis Provenientes da soja (Glicine max), os fitoesteróis têm sido frequentemente usados na menopausa devido aos efeitos semelhantes que possuem aos estrogénios. Tal como já referido a menopausa conduz a uma diminuição dos níveis de estrogénios (17β- estradiol) podendo assim, com estes compostos, fazer a compensação hormonal de uma forma natural. No entanto, este efeito cinge-se às isoflavonas de soja. Da soja é possível obter três produtos com objetivos distintos: o óleo de soja,com capacidade hidratante e emoliente, muitas vezes associado a cremes hidratantes, asisoflavonas ricas em fitoestrogénios que atuam de forma compensatória na menopausa e a proteína da soja, que tem ação inibidora da elastase e estimuladora da síntese de tropoelastina. Desta forma é possível inibindo a elastase, prevenir a destruição das fibras de elastina (processo associado ao envelhecimento cutâneo),podendo estas últimas ser aplicadas com efeito antienvelhecimento. Existem muitas classes de ativos antienvelhecimento que pode ser incorporados aos cosméticos,com a possibilidade de benefício clínico,tais como: vitaminas,minerais,botânicos,peptídeos e fatores de crescimento. No entanto, são pouquíssimos os estudos clínicos controlados e randomizados. De qualquer forma, esses produtos podem ser úteis e parece não causar efeitos adversos. Lamentavelmente, o papel do marketing,da mídia e até de profissionais mal intencionados tem sido colocado muito acima do valor da ciência e da pesquisa,demonstrando desinteresse da indústria de cosméticos e farmacêutica pela realização de estudos clínicos de boa qualidade. Não existe a melhor técnica ou a mais indicada para aquele grau de envelhecimento, e sim aquela que se enquadra ás necessidades do paciente, levando em consideração sua disponibilidade e seu estilo de vida. O ideal é a associação de procedimentos disponíveis antienvelhecimento respeitando as etapas conforme as complexidades das alterações de envelhecimento REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. VIRCHOW, R. L. K., 1860, Cellular Pathology: As Based Upon Physiological and Pathological Histology, 2 ed., London, John Churchill. 2. Williams, I.R., Kupper, T.S. Immunity at the surface: homeostatic mechanisms of the skin immune system. Life Sci., 58: 1485-1507, 1996. 3. http://www.peb.ufrj.br/teses/Tese0140_2011_06_29.pdf 4. http://www.todabiologia.com/anatomia/epiderme_humana.htm 5. Texto na Integra http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/11Tegumen.pdf 6. BORELLI,Shirlei Schanaider. As idades da pele: orientação e prevenção. 2. Ed. São Paulo: SENAC,2004. 7. RIEGER,M. O envelhecimento intrínseco. Cosmet. Toiletr.,v,8,n.4np.34- 50,1996. 8. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/envelhecimento- intrinseco-ou-cronologico/35407 9. http://www.sbd.org.br/doenca/envelhecimento/ 10. RUIVO, A. 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