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Envelhecimento Cutâneo: Estrutura e Função da Pele

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NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
Coordenação Pedagógica – IBRA 
 
DISCIPLINA 
 
Envelhecimento Cutâneo 
 
 
Sumário 
 
Introdução ...............................................................................................03 
1- a Pele.....................................................................................................04 
 1.2- Estrutura e função da pele.................................................................05 
 1.3- Epiderme...........................................................................................05 
 1.4 Derme subjacente ...................................................... .........................07 
 
2-Envelhecimento cutâneo ......................................................................08 
2.1 Tipos de envelhecimento ....................................................................09 
2.2 envelhecimento intrínseco ..................................................................10 
2.3 Fatores que contribuem para o envelhecimento intrínseco ................11 
2.4 Fatores de envelhecimento extrínseco...................................................12 
 
3- Antioxidantes e a prevenção ao envelhecimento precoce .................18 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................28 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A pele é um órgão complexo onde interações celulares e moleculares reguladas de 
modo preciso governam muitas das agressões recebidas do meio ambiente. Constituída 
por diferentes tipos de células que são responsáveis pela manutenção da estrutura 
normal. 
Algumas alterações surgem com o envelhecimento cronológico cutâneo a modificação 
do material genético por meio de enzimas,alterações proteicas e a proliferação celular 
decresce. Consequentemente, o tecido perde a elasticidade, a capacidade de regular as 
trocas aquosas e a replicação do tecido se torna menos eficiente. Oxidações químicas e 
enzimáticas envolvendo a formação de radicais livres (RL) aceleram esse fenômeno de 
envelhecimento. 
O envelhecimento cutâneo pode ser intrínseco ou cronológico, devido a idade 
influenciado por fatores genéticos, ou extrínseco ou actínico aquele que surge 
influenciado por fatores externos tal como o tabaco, poluição, hábitos de vida e 
predominantemente, a radiação solar (fotoenvelhecimento). Surgem, com a idade, 
alterações bioquímicas que conduzem a manifestações clínicas ao nível cutâneo, como 
rugas, aumento de espessura, pigmentações, entre outras. Algumas dessas alterações 
encontram-se ao nível das funções do sistema imunitário, dos anexos cutâneos, da 
reparação do DNA e também do balanço de espécies oxidantes e antioxidantes surgindo 
geralmente stress oxidativo, estas por serem cumulativas agravam e antecipam o 
processo de envelhecimento. 
A Pele 
Há mais de 150 anos, a pele foi descrita como um envoltório com função de 
revestimento e proteção a órgãos mais complexos (1). Durante os últimos anos, no 
entanto, estudos têm demonstrado que a pele também é um órgão funcionalmente 
sofisticado. Suas interações celulares e moleculares são complexas e ocorre renovação e 
reparo de seus componentes a todo o momento. É um tecido altamente dinâmico, capaz 
de responder a alterações no ambiente externo e interno e isto permite que muitas das 
manifestações do organismo se expressem por alterações cutâneas. O controle 
hemodinâmico, o equilíbrio hidro-eletrolítico, a termorregulação, o metabolismo 
energético, o sistema sensorial e a defesa contra agressões externas dependem da sua 
viabilidade (1). 
 
https://pt.123rf.com/stock-photo/pele_humana.html 
Sofrendo continuamente renovação, a pele é o maior (com cerca de dois metros 
quadrados) e o mais pesado (tendo cerca de três a quatro quilogramas) órgão do 
organismo humano. 
https://pt.123rf.com/stock-photo/pele_humana.html
Estrutura e função 
A pele recobre a superfície de aproximadamente 2 m2 do corpo, sendo o maior órgão do 
corpo humano e a principal barreira física contra o meio externo. Embora a pele 
desempenhe diversas funções vitais de comunicação e controle que garantem a 
homeostase do organismo, por muitos anos este órgão foi considerado apenas uma 
barreira contra agentes externos. Estas funções foram resultados da evolução de uma 
estrutura complexa que envolve diversas camadas, cada uma com propriedades 
particulares. As principais camadas da pele incluem a epiderme, derme e a hipoderme (2). 
 
http://anjodeguarda.org/acidentes-domesticos-com-queimaduras/e 
Epiderme 
A epiderme é formada por camadas de células diferenciadas pela morfologia, grau de 
maturação e profundidade. As mais superficiais são justapostas umas as outras e 
cobertas por queratina. Daí segue a sua denominação histológica: tecido epitelial 
pavimentoso (ou escamoso) estratificado queratinizado. As células da camada mais 
profunda da epiderme, a camada basal, dividem-se continuamente. Durante um período 
de 60 dias estas células sofrem mitose e seu conteúdo é modificado na medida em que 
atravessam as camadas superiores até chegarem a mais superficial, onde morrem. A 
camada queratinizada de células mortas varia desde as regiões mais delicadas como as 
pálpebras, até as mais espessas como as plantas dos pés. (3). 
 
http://anjodeguarda.org/acidentes-domesticos-com-queimaduras/e
 
Principais funções da epiderme: 
-proteção- devido a grande presença de queratina. 
-Absorção de raios ultraviletas do sol- função desempenhada pelos melanócitos 
presentes na epiderme. 
- Combate micro-organismos que penetram na pele humana. Esta função é realizada 
pelas células de Langerhans,presentes na epiderme . 
- Possibilita a sensação do tato, através das células de Merkel. (4) 
Ela é formada por cinco sub-camadas de células chamadas queratinócitos. Estas células, 
produzidas na camada basal mais interna, migram em direção à superfície da 
pele, amadurecendo e experimentando uma série de mudanças. Este processo, 
conhecido como queratinização (ou cornificação), faz com que cada uma das sub-
camadas seja distinta. 
1. Camada basal (ou stratum basale): A camada mais interna, onde os 
queratinócitos são formados. 
2. Camada espinhosa (ou stratum spinosum): Os queratinócitos produzem 
queratina (fibras de proteína) e se tornam fusiformes. 
3. Camada granular (stratum granulosum): A queratinização começa - as células 
produzem grânulos duros e à medida que eles empurram para cima, estes 
grânulos se transformam em queratina e lipídios epidérmicos. 
4. Camada lúcida (stratum lucidium): As células são bem comprimidas, aplainadas 
e não se distinguem umas das outras. 
5. Camada córnea (ou stratum basale): A camada mais externa da epiderme, com 
uma média de 20 sub-camadas de células mortas aplainadas dependendo de onde 
seja a pele do corpo. Estas células mortas se desprendem regularmente num 
processo conhecido por descamação. A camada córnea também abriga os poros 
das glândulas sudoríparas e as aberturas das glândulas sebáceas. 
 
http://angelicabeauty.blogspot.com.br/2008/11/epiderme-e-suas-camadas.html 
Derme subjacente 
Entre a epiderme e a derme,há uma área de transição,denominada membrana basal,que 
as une firmemente.Os hemossideromas localizados inferiormente nos queratinócitos e 
melanócitos permitem que a membrana se fixe à epiderme,enquanto sua face inferior se 
fixa à derme através das fibrilas de ancoragem da derme papilar. 
A derme é constituída principalmente de tecido conjuntivo onde a epiderme se apoia e 
se une ao tecido celular cutâneo ou hipoderme. Apresenta espessura variável de acordo 
com a região onde se encontra e tem no máximo 3mm na planta dos pés. A superfície 
externa é irregular, observando-se saliências chamadas de papilas dérmicas. Essas 
papilas são mais freqüentes nas zonas sujeitas à pressão e atrito. A derme tem origem 
mesodérmica, e é constituída pela camada papilar superficialmentee pela camada 
reticular, mais densa e mais profunda. 
Camada Papilar: é a camada mais superficial, delgada, constituída por tecido 
conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas 
especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro 
penetram profundamente na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme na 
epiderme. O entrelaçamento entre a epiderme e a derme é chamado de rete apparatus. 
 Camada Reticular: é a camada mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso 
e contem estruturas derivadas da epiderme incluindo glândulas, folículos pilosos e 
glândulas sebáceas. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico 
http://angelicabeauty.blogspot.com.br/2008/11/epiderme-e-suas-camadas.html
responsável em parte, pela elasticidade da pele. Possuí vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos e nervos. 
A derme contém os anexos cutâneos, os vasos sanguíneos e linfáticos, os nervos e as 
terminações nervosas sensoriais, que podem ser livres ou encapsuladas. Terminações 
nervosas livres, arranjadas em cesto, circundam os folículos pilosos e funcionam como 
mecanorreceptores. Terminações nervosas livres, em forma de bulbo e com trajeto 
tortuoso, situam-se paralelamente à junção dermo-epidérmica. Elas devem servir como 
mecanorreceptores e nociceptores (receptores para dor). (5) 
Hipoderme 
De acordo com a definição da sociedade brasileira de dermatologia é a terceira e última 
camada da pele, formada basicamente por células de gordura. Sendo assim, sua espessura é 
bastante variável, conforme a constituição física de cada pessoa. Ela apoia e une a 
epiderme e a derme ao resto do seu corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura 
do seu corpo e acumula energia para o desempenho das funções biológicas. 
 
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO 
 
http://clinicawulkan.com.br/temas-de-dermato/envelhecimento-e-cancer-de-pele/ 
 
Os fatores do envelhecimento são causados por mudanças funcionais que ocorrem com 
o avanço da idade. Na pele ocorre por acúmulo de danos moleculares nas células 
epiteliais e existem dois processos que podem ocasioná-lo, o envelhecimento intrínseco 
http://clinicawulkan.com.br/temas-de-dermato/envelhecimento-e-cancer-de-pele/
como a fisiologia genética e o envelhecimento extrínseco que ocorre por acúmulos no 
DNA causados por exposições excessivas aos raios solares ultravioletas e fatores 
externos. 
O envelhecimento do organismo de forma geral se relaciona ao fato de as células 
somáticas do corpo começarem a morrer e não serem substituídas por novas, como 
acontece na juventude. Isso está ligado, entre outros fenômenos, ao envelhecimento 
celular. Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à perda de tecido fibroso, à 
taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular. A função de 
barreira que mantém a hidratação celular também fica prejudicada. Dependendo da 
genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas normais da pele podem diminuir em 
50% até a meia-idade. Como a pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do 
tempo, sua saúde e sua aparência estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares e 
ao estilo de vida escolhido. A radiação ultravioleta, o excesso de consumo de álcool, o 
abuso de tabaco e a poluição ambiental, entre outros, são fatores que “aceleram” o trabalho 
do relógio biológico provocando o envelhecimento precoce. Além disso, o aumento do 
peso corporal e dos níveis de açúcar no sangue também colabora para a pele envelhecer 
antes do tempo. 
 
 
 Tipos de envelhecimento 
 
Quando jovem, o processo de reparação tecidual acontece de forma rápida; com o 
passar dos anos, o processo torna-se mais lento, evidenciando então o envelhecimento. 
Comparando um indivíduo com 11 anos essa reparação celular, após os danos celulares, 
é quase perfeita; sendo que, aos 50 anos, esse processo de reparação diminui, acelerando 
o processo de envelhecimento. 
Há vários fatores que interferem no envelhecimento, como os defeitos genéticos, o 
surgimento de doenças e a expressão de genes do envelhecimento, que favorecem a 
longevidade ou reduzem a duração da viva. (6) 
As alterações do envelhecimento podem ocorrer na epiderme bem como na derme. Na 
epiderme ocorre diminuição do numero de queratinócitos,afinamento e diminuição da 
taxa de proliferação das células desta camada.sendo as alterações na derme as principais 
manifestações inestéticas ocorridas na pele com o envelhecimento: flacidez e rugas.A 
microcirculação também torna-se comprometida devido a alterações funcionais e 
morfológicas dos vasos sanguíneos presentes nesta região. (7) 
Com o envelhecimento a pele tende a se tornar delgada, enrugada, seca e escamosa. 
Embora a espessura real da camada córnea não seja muito alterada, ela se torna mais 
permeável, permitindo a passagem mais rápida de substancias através dela. Além disso, as 
fibras colágenas da derme tornam se mais grossas e as fibras elásticas perdem parte de sua 
elasticidade reduzindo desta forma a tonicidade da pele. (6) 
Observam-se dois tipos de envelhecimento: envelhecimento intrínseco caracterizado por 
alterações clínicas, histológicas e fisiológicas, as quais ocorrem na pele, não exposta ao 
sol, de indivíduos idosos, e envelhecimento extrínseco que é caracterizado pela 
exposição da pele à radiação solar, gerando fotoenvelhecimento. 
 
Envelhecimento intrínseco 
Envelhecimento cutâneo intrínseco ou cronológico: é aquele decorrente da passagem do 
tempo, determinado principalmente por fatores genéticos, estado hormonal e reações 
metabólicas, como estresse oxidativo. Nele estão presentes os efeitos naturais da gravidade 
ao longo dos anos, como as linhas de expressão, a diminuição da espessura da pele e o 
ressecamento cutâneo. 
 
 
http://fragrancias.blogs.sapo.pt/62027.html 
http://fragrancias.blogs.sapo.pt/62027.html
 
Os principais fatores que contribuem para o envelhecimento intrínseco 
 
- Fatores hormonais (diminuição dos níveis de estrógeno e progesterona): Equilíbrio é 
fundamental quando se fala de hormônios. Diminuindo os níveis hormonais com o 
envelhecimento, acelera-se a deterioração da pele. Em mulheres, a variação nos níveis de 
estrogênio durante a menopausa é responsável por mudanças cutâneas significativas: o seu 
declínio prejudica a renovação celular da pele, resultando em afinamento das camadas 
epidérmicas e dérmicas. A redução nos níveis dos hormônios pela menopausa altera as 
camadas da pele. A camada córnea da epiderme torna-se reduzida e frouxa. Sem o 
mesmo nível de estímulo hormonal, ocorre redução da síntese de colágeno e da 
quantidade de fibras elásticas. Ocorre redução da capacidade de retenção de água pelas 
células e desacelera a atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas. 
Nos primeiros cinco anos de climatério a mulher perde de 30% a 40% do colágeno total 
do organismo. Depois desse período a perda é mais lenta (2% de colágeno ao ano). 
A diminuição do estrógeno provoca, entre outras alterações: 
-Diminuição da atividade mitótica (capacidade de regeneração da pele); 
-Diminuição da síntese de colágeno (flacidez e rugas); 
-Diminuição de resistência a choques mecânicos (hematomas); 
-Concentração de queratina (espessamento de pés, joelho e cotovelo). 
 
Fatores genéticos: certas pessoas envelhecem mais rapidamente do que outras, 
sugerindo que exista uma predisposição genética que influencia o processo de 
envelhecimento. Indivíduos com pele branca tendem a apresentar sinais de 
envelhecimento mais cedo que os indivíduos negros. (8) 
 
Estresse oxidativo: desempenha papel central na iniciação e na condução de eventos que 
causam o envelhecimento da pele. Ele altera os ciclos de renovação celular, causa danos ao 
DNA que promovem a liberação de mediadores pró-inflamatórios, que, por sua vez, 
desencadeiam doenças inflamatórias ou reações alérgicas napele. Além disso, células do 
sistema imunológico, chamadas langerhans, diminuem com o envelhecimento. Isto afeta a 
capacidade da pele de afastar o estresse ou as infecções que podem prejudicar sua saúde. 
Com o avançar da idade, diminui-se a imunidade, aumentando a incidência de infecções, 
malignidades e deterioração estrutural. 
Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação: glicose é um combustível celular vital. 
No entanto, a exposição crônica à glicose pode afetar a idade do corpo por um processo 
chamado de glicação. Ela pode ocorrer pela exposição crônica ao açúcar exógeno, nos 
alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes. A consequência principal desse 
processo é o estresse oxidativo celular, tendo como consequência o envelhecimento 
precoce. (9) 
 
Fatores de envelhecimento extrínseco 
O envelhecimento extrínseco é um tipo de envelhecimento cutâneo em que os fatores 
influentes não são a idade, mas sim fatores externos ao organismo. Inicialmente, 
denominou-se de fotoenvelhecimento, pois se acredita, ainda hoje, que o principal 
agente causal é a radiação, nomeadamente, a radiação ultravioleta (UV) e infravermelha 
(IV). No entanto, existem inúmeros fatores hoje conhecidos e comprovados como 
influentes e geradores de alterações significativas ao nível cutâneo conduzindo a 
manifestações clínicas de envelhecimento, designadamente, fatores como o tabaco, a 
poluição ambiental, o estilo de vida (exercício físico, alimentação, consumo de álcool), 
o stress fisiológico e físico. 
 
http://www.tempoagora.com.br/dia-a-dia/radiacao-solar-esta-elevada-em-grande-parte-do-brasil-mesmo-
no-inverno/ 
A radiação ultravioleta (UV) é uma radiação emitida pelo sol, e constituinte do espetro 
eletromagnético, tendo a mesma velocidade que a radiação visível variando apenas em 
http://www.tempoagora.com.br/dia-a-dia/radiacao-solar-esta-elevada-em-grande-parte-do-brasil-mesmo-no-inverno/
http://www.tempoagora.com.br/dia-a-dia/radiacao-solar-esta-elevada-em-grande-parte-do-brasil-mesmo-no-inverno/
comprimento de onda, pois possui um comprimento de onda mais curto do que a 
radiação visível. A primeira, UVA é a que tem maior comprimento de onda, estando 
ligada principalmente ao bronzeamento. Incide com a mesma intensidade ao longo de 
todo o dia e de todo o ano. Subdivide-se em UVA-I e UVA-II, sendo que é a UVA-II 
que causa maior dano, pois possui um comprimento de onda mais curto (320-340 nm), 
tendo uma maior capacidade de penetração (menor comprimento de onda, maior 
profundidade de penetração cutânea). 
A radiação UVB é uma radiação menos penetrante, no entanto, pode ser mais 
carcinogénica, pois tem um comprimento de onda menor que a UVA. Ao contrário da 
radiação UVA, esta radiação tem intensidade variável ao longo do dia, com o pico entre 
as 10h e às 16h. (10) 
A radiação solar não apresenta apenas efeitos maléficos, uma vez que dependemos dela 
diariamente a fim de podermos garantir a homeostasia do nosso corpo. 
É necessária para a produção de melanina e de vitamina D, estimulação da circulação, 
ação bactericida, e também melhoria do humor (11). 
 
 
 
DIFERENÇA VISUAL DO ENVELHECIMENTO INTRÍNSECO E 
EXTRÍNSECO 
 
 
http://amigadapele.blogspot.com.br/2014_08_04_archive.html 
 
 
Tabaco 
http://amigadapele.blogspot.com.br/2014_08_04_archive.html
O tabaco possui uma composição complexa, conhecendo-se cerca de 3800 compostos, 
uma parte da sua totalidade. Acredita-se que o tabaco exerça alterações ao nível cutâneo 
por dois mecanismos principais: atuando diretamente ao nível epidérmico afetando a 
integridade da epiderme e indiretamente, através do contacto com a pele pela corrente 
sanguínea. Devido ao movimento constante de contração de músculos labiais exercido 
pela ação de fumar, há um agravamento das rugas em torno dos lábios (12). 
O calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o envelhecimento e a perda 
de elasticidade cutânea. Além disso, o fumo reduz o fluxo sanguíneo da pele, dificultando 
a oxigenação dos tecidos. A redução deste fluxo parece contribuir para o envelhecimento 
precoce da pele e para a formação de rugas, além de dar à pele uma coloração amarelada. 
 
http://envelhecimentocutaneoestetica.blogspot.com.br/ 
 
Álcool 
Altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres, que causam o 
envelhecimento. A exceção à regra é o vinho tinto que, se consumido moderadamente, tem 
ação antirradicais livres, pois é rico em flavonoides e em resveratrol, potente antioxidante. 
 
Movimentos musculares 
 Movimentos repetitivos e contínuos de alguns músculos da face aprofundam as rugas, 
causando as chamadas marcas de expressão, como as rugas ao redor dos olhos. 
http://envelhecimentocutaneoestetica.blogspot.com.br/
 
Radicais livres 
 São uns dos maiores causadores do envelhecimento cutâneo. Os radicais livres se formam 
dentro das células pela exposição aos raios ultravioleta, pela poluição, estresse, fumo etc. 
Acredita-se que os radicais livres provocam um estresse oxidativo celular, causando a 
degradação do colágeno (substância que dá sustentação à pele) e a acumulação de elastina, 
que é uma característica da pele fotoenvelhecida. Os radicais livres são cada vez mais 
reconhecidos como umas das principais causas do envelhecimento e doenças 
degenerativas associadas à idade. O radical livre é qualquer espécie química capaz de 
existência independente, que possui um ou mais elétrons desemparelhados, que por 
razoes quânticas, esta molécula tende a emparelhar este elétron com outro de alguma 
outra molécula e por isso os radicais livres tornam-se tão reativos (16). 
 
Bronzeamento artificial 
 A Sociedade Brasileira de Dermatologia condena formalmente o bronzeamento artificial 
que pode causar o envelhecimento precoce da pele (rugas e manchas) e a formação de 
câncer da pele. A realização desse procedimento por motivações estéticas é proibida no 
Brasil desde 2009. 
 
http://www.dermatologia.net/cat-a-pele/bronzeamento-artificial-o-arriscado-e-o-seguro/ 
Alimentação 
Uma dieta não balanceada contribui para o envelhecimento da pele. Existem elementos 
que são essenciais e devem ser ingeridos para repor perdas ou para suprir necessidades, 
http://www.dermatologia.net/cat-a-pele/bronzeamento-artificial-o-arriscado-e-o-seguro/
quando o organismo não produz a quantidade diária suficiente. O excesso de açúcar 
também “auxilia” a pele a envelhecer mais depressa. (9) 
 
 
Prevenção 
 
Com base nas evidências atualmente disponíveis, o envelhecimento da pele parece 
ocorrer em paralelo com o decréscimo da síntese de colágeno e/ou aumento da atividade 
da enzima colagenase. A Ciência tem evoluído de maneira a prevenir o envelhecimento 
precoce e, até mesmo, retardar o envelhecimento fisiológico, tanto pela utilização de 
produtos cosméticos com funções de umectação e regeneração celular, bem como pelo 
emprego da terapia ortomolecular e técnicas avançadas utilizando-se de tecnologias 
específicas como, por exemplo, o laser (13). Com a evolução da Ciência Cosmética, é 
preciso conhecer mais profundamente os fatores que podem potencializar os efeitos 
destes produtos. 
A preocupação primordial dos formuladores cosméticos tem sido com o tecido 
epidérmico, o fino enrugamento do estrato córneo e a transformação de ceratinócitos em 
células escamosas. Entretanto, as grandes mudanças histológicas associadas ao 
envelhecimento ocorrem na derme. Assim, são de particular importância a perda de 
vascularidade (ou suprimento de sangue) e a notável incapacidade de formar a matriz 
dérmica.(14). 
Como já mencionado, o sol tem um papel importante no envelhecimento prematuro da 
pele. Porém, além dele, outros fatores podem fazer com que a pele envelheça mais rápido 
do que deveria, por isso, é importante investir na prevenção. 
Conhecer fatores que contribuem para o envelhecimento precoce é essencial para a 
prevenção, algumas medidas preventivassão: 
Uso de protetor solar- Diariamente, mesmo em dias de frio ou chuva, aplicar um protetor 
solar com FPS 30 (ou superior) não apenas no rosto, mas em toda a pele que não esteja 
coberta por roupa: mão, pescoço, nuca, orelhas, pés e braços. No caso da prática de 
esportes, inclusive natação, o produto precisa ser resistente à água. Se houver muita 
exposição solar ou suor excessivo, o produto deve ser reaplicado regularmente, de 
preferência a cada 3 horas. 
Além do filtro solar outras medidas podem e devem ser adotadas,uso de chapéu,óculos e 
evitar se expor ao sol em horários em que o sol está mais forte auxilia a prevenção do 
envelhecimento. 
Hidratação-Ingerir no mínimo dois litros de água por dia, pois ela hidrata o organismo e 
facilita a eliminação de toxinas que contribuem para o envelhecimento da pele. 
 
http://corremulherada.com.br/a-importancia-da-hidratacao/ 
Manter a pele limpa-Limpar a pele duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. O acúmulo 
dos resíduos de suor, da poluição, da maquiagem e de outras substâncias provoca a 
obstrução dos poros e o surgimento de rugas. 
Usar produtos adequados-Usar sempre um demaquilante e jamais dormir sem remover a 
maquiagem. Demaquilantes são mais eficazes que os sabonetes para retirar a maquiagem. 
O hábito de dormir maquiada obstrui os poros e impede a pele de respirar, o que provoca 
oleosidade e envelhecimento precoce. ( 15) 
Um estilo de vida adequado pode beneficiar mesmo pessoas que já apresentam sinais de 
envelhecimento precoce, nunca é tarde para começar, uma boa alimentação, água, 
exercício físico, repouso e equilíbrio sempre vão trazer benefícios a nossa saúde e uma 
pele mais bonita e saudável. 
 
Antioxidantes e a prevenção ao envelhecimento precoce 
 
Os antioxidantes são agentes responsáveis pela inibição e redução das lesões causadas 
pelos radicais livres nas células. Uma ampla definição de antioxidante é: “qualquer 
substância que, presente em baixas concentrações quando comparada a do substrato 
oxidável, atrasa ou inibe a oxidação deste substrato de maneira eficaz”. 
Dois tipos de antioxidantes têm essa função. Os de prevenção impedem a formação de 
radicais livres e os de reparo favorecem a remoção de danos da molécula de DNA e a 
reconstituição das membranas celulares danificadas. O mecanismo de ação desses dois 
tipos de antioxidantes permite classificá-los em Antioxidantes de prevenção e 
Antioxidantes de reparo. 
A eficiência dos sistemas de proteção tende a decrescer com a idade, indicando que a 
geração de RL e o declínio das defesas antioxidantes devem ser considerados 
contribuidores potenciais importantes para o processo de envelhecimento. Desta forma, 
há necessidade de suprir o organismo com substancias anti-radicais livres,os 
antioxidantes,quando este não estiver conseguindo,por si só defender-se de quantidade 
de radicais livres formados. 
Para reforçar a proteção natural, faz-se uso de compostos exógenos como enzimas, 
antioxidantes (incluindo algumas vitaminas e metais) e compostos fenólicos, limitando-
se as reações oxidativas. 
 
 
Vitamina A e Retinóides 
A vitamina A é essencial no nosso organismo. Participa em muitas funções, 
assinaladamente, na diferenciação e manutenção de tecidos, visão (retinaldeído), 
reprodução (retinol) entre outras funções. 
Só por si e ao nível cutâneo, esta possui capacidade antioxidante, ação despigmentante, 
normaliza o processo de queratinização e promove um aumento da concentração de 
colágeno. No entanto, quando administrada na prática, esta não possui ação, pois é 
extremamente oxidável perdendo facilmente a sua eficácia terapêutica. Existem, 
contudo, compostos biologicamente ativos e derivados da vitamina A (forma natural) 
que possuem uma atividade forte, podendo ser usados na clínica – os retinóides. 
Existem ainda várias outras estruturas químicas denominadas de segunda geração, no 
entanto, não têm grande aplicabilidade no que respeita a aplicação tópica na pele. 
Contrariamente a outros ingredientes, os retinóides não funcionam como esfoliantes, 
que atuam à superfície da pele, estes atuam em zonas mais profundas como a derme. 
Atuando a nível dérmico proporcionam uma estimulação da atividade do “motor” do 
sistema tegumentar, estimulando a regeneração de células e de hormonas aí sintetizadas, 
aumentando a atividade e renovação da pele proporcionando melhores resultados. 
 
Vitamina E 
 
 
https://www.opas.org.br/vitamina-e-beneficios-e-alimentos-que-a-contem/ 
 
A vitamina E ou também denominada de tocoferol é o antioxidante lipídico existente 
em maior quantidade na pele, sendo amplamente usado em formulações tópicas. Atua 
por prevenção da peroxidação lipídica, funcionando como um humectante natural e anti-
inflamatório. 
A família é constituída por quatro formas de tocoferóis (α-tocoferol, β-tocoferol,γ-
tocoferol e δ-tocoferol) e quatro formas de tocotrienóis (α-tocotrienol, β-tocotrienol, γ-
tocotrienol e δ-tocotrienol). 
A forma mais concentrada a nível cutâneo é a forma de α-tocoferol, conseguindo 
encontrar-se em concentrações 5 a 10 vezes superiores à de γ-tocoferol. Sendo 
produzido ao nível das glândulas sebáceas, estas iniciam a sua atividade com a 
puberdade, havendo a sua produção até aos 50 a 60 anos na mulher e no homem até aos 
https://www.opas.org.br/vitamina-e-beneficios-e-alimentos-que-a-contem/
70 anos. Justifica-se que após esta idade seja viável uma suplementação alimentar com 
vitamina E. 
Quando administradas as formas ativas de vitamina E estas atuam, opostamente aos 
retinóides como antioxidantes, promovendo uma redução da oxidação da pele, que está 
na base de todo o processo de envelhecimento cutâneo. 
Estudos demonstraram que a aplicação tópica de formulações contendo Vitamina E, 
mais especificamente, D-α-tocoferol, apresentaram capacidade de proteção contra os 
raios UV, para além de terem a capacidade de reduzir a inflamação (que desenvolve 
eritema e rubor) após exposição solar, sendo já hoje usado em algumas formulações 
comerciais, como cremes hidratantes e calmantes. Para, além disso, formulações 
contendo DL-α-tocoferol com lecitina apresentam a capacidade de reduzir rugas e 
lentigos ou sinais provocados pelo sol. 
 
Vitamina C 
 
À semelhança da vitamina E, também a vitamina C ou ácido ascórbico é um potente 
antioxidante, diferenciando-se desta por ser hidrossolúvel. A vitamina C tem múltiplas 
funções ao nível cutâneo, estando amplamente distribuída em todas as camadas da pele, 
funcionando como antioxidante e cofator de múltiplas enzimas. Estudos indicam que a 
vitamina C está implícita na estimulação da renovação proteica da derme, incentivando 
a produção de colágeno por funcionar como o cofator enzimático, melhorando a 
cicatrização e firmeza da pele .Um estudo de 1997 indica que a vitamina C promove a 
produção de componentes lipídicos essenciais à renovação da epiderme .Para além de 
promover a regeneração da vitamina E uma vez que a vitamina C (no citoplasma), pode 
reduzir a forma oxidada da vitamina E (na membrana celular) regenerando a sua 
atividade, podem ainda ser usadas em formulações multivitamínicas pela sua ação 
sinérgica. 
 
 
http://www.saudedica.com.br/os-15-beneficios-da-vitamina-c-para-saude/ 
 
A descoberta do ácido ascórbico (Vitamina C, ácido Cevitâmico) foi originada dos 
estudos realizados para detectar a substância existente nas frutas e verduras, que 
impedia a proliferação do escorbuto. A denominação de ácido ascórbico foi atribuída 
para referir-se à sua função na prevenção do escorbuto. O termo vitamina C deve ser 
utilizado como descrição genérica para todos os compostos que exibem atividade 
biológica qualitativa de ácido ascórbico. A vitamina C é um antioxidante classificada 
como cosmecêuticos com o propósito de prevenir e tratar a pele danificada pelo sol. 
Isto, porém, será possível se a capacidade de penetração possa atingir camadas mais 
profundasda epiderme. O estrato córneo faz parte da epiderme e é a principal barreira 
para permeação de substâncias ativas na pele, devido ser uma região que contém muitos 
lipídios, organizados em camadas lamelares dificultando desta forma a difusão de 
ativos. A camada córnea é formada de queratinócitos cercados por camadas lipídicas, 
sendo uma camada que possui baixa permeabilidade, visto que a estrutura é altamente 
ordenada pelos queratinócitos e pelas suas camadas lipídicas. Os queratinócitos, 
chamados também de corneócitos quando se encontram na camada córnea, 
transformam-se em células sem núcleos, achatadas e mortas, que conferem a 
propriedade de barreira da pele. Portanto, é o estrato córneo que limita a entrada das 
drogas. Tendo em vista aspecto abordado entende-se que para obter eficácia um ativo 
aplicado por via tópica depende, não só das suas propriedades farmacológicas, mas 
também da sua disponibilidade no local de ação. A maioria dos fármacos que são 
utilizados no tratamento de problemas dermatológicos tem como local de ação os 
tecidos mais profundos da pele. Assim, o fármaco necessita permear o estrato córneo 
para chegar ao seu local de ação. (17) 
http://www.saudedica.com.br/os-15-beneficios-da-vitamina-c-para-saude/
Com relação às vias de permeação os apêndices da pele apenas constituem 0,1% da 
superfície pelo que se estima se a via transepidérmica a principal via de permeação de 
fármacos. Assim, a absorção percutânea via trans-epidérmica envolve a difusão através 
do estrato córneo, das células viáveis da epiderme e, finalmente, das camadas superiores 
da derme até a microcirculação. O passo determinante da absorção cutânea é a 
permeação através do estrato córneo. As proteínas desta camada constituem uma 
camada descontinua, enquanto que a fase lipídica é continua. Teoricamente, existem 
então duas vias potenciais de passagem: a transcelular e a intercelular. Contudo, em 
ambas as vias de permeação a estrutura do estrato córneo obriga o fármaco a se difundir 
através das bicamadas lipídicas intercelulares. Estudos experimentais indicam que a 
permeação da maioria dos compostos através da camada córnea está dependente, quer 
da sua lipoficidade quer do seu tamanho molecular. 
A vitamina C exerce uma ação anti-oxidante sobre a pele, protegendo-a da ação dos 
radicais livres, que favorecem o envelhecimento. Além disso, o uso tópico da vitamina 
C estimula por reações químicas no metabolismo a formação de colágeno e 
consequentemente a formação de novo tecido . O mecanismo de ação pelo qual a 
vitamina C atua na síntese de colágeno é complexa e ainda não está totalmente 
esclarecido. Recentemente ficou demonstrado que a vitamina C tópica aumenta nível de 
RNA dos colágenos I e III. A vitamina C para humanos (ácido ascórbico) pode ser 
somente obtida de alimentos, como o das frutas cítricas. A luz solar e a poluição 
ambiental podem depletar a vitamina C presente na epiderme (25) e, como a vitamina C é 
um potente antioxidante, parece razoável que se obtenha benefícios aumentando suas 
concentrações na pele. As preparações de vitamina C são instáveis, por isso devem ser 
mantidas em recipientes herméticos e em embalagens resistentes à luz para evitar 
exposição aos raios UV ou ao ar. (18) O uso da vitamina C tópica como um fotoprotetor 
foi estudado in vitro e in vivo, demonstrando seus efeitos na prevenção da queimadura 
solar em células e diminuindo o eritema pós-exposição tanto para as radiações UVA 
quanto UVB. A adição de vitamina C tópica para qualquer protetor solar anti-RUVA ou 
RUVB mostrou melhor proteção solar que quando comparado ao uso do protetor solar 
isolado. Além disso, o uso da vitamina C tópica nos produtos para uso “depois do sol” 
foi eficaz na remoção das espécies reativas induzidas pelo UV. 
 
 
 
Vitamina D 
 
http://www.vitalatman.com.br/blog/importancia-da-vitamina-d-nos-dias-de-hoje/ 
 
A vitamina D é sintetizada ao nível cutâneo na forma ativa de vitamina D3. Esta síntese 
inicia-se com o colesterol onde os queratinócitos sintetizam inicialmente o 7-
dihidrocolesterol, convertendo-o posteriormente em colecalciferol ou vitamina D3. Esta 
é uma reação mediada pela radiação UV. Esta vitamina está implícita em múltiplas 
funções, tais como a homeostasia do cálcio, efeitos imunorreguladores, participando 
também na regulação da apoptose, sendo também citoprotetora . 
Existem estudos que demonstram uma eficácia marcada no tratamento da psoríase, 
dermatite atópica e outras doenças, sendo em muitos países o tratamento primário da 
psoríase. Neste estudo comprovou-se que a vitamina D, devido à sua atividade 
antioxidante e estimuladora da produção de colágeno contribui para uma melhoria da 
rapidez do processo de cicatrização, melhorando igualmente situações de 
hiperpigmentação e também o aspeto de uma pele envelhecida (19). 
 
Outras vitaminas 
 
Existem outros compostos, como a vitamina F, H (ou biotina), vitaminas do complexo 
B, que revelam algum interesse de exploração ao nível cutâneo. Contudo, e devido à 
escassez de informação de estudos em humanos, é viável agrupá-las nesta mesma 
categoria. 
http://www.vitalatman.com.br/blog/importancia-da-vitamina-d-nos-dias-de-hoje/
A vitamina F, facilmente encontrada nos óleos alimentares (de trigo, soja ou milho, por 
exemplo) nos ácidos gordos insaturados, pode revelar vantagem da utilização na pele. 
Estes ácidos gordos insaturados existem normalmente como constituintes do cimento 
intercelular e na membrana, podendo a sua alteração devido à idade, estar implícita com 
a alteração da estrutura lipídica da pele. Daí podem ser fornecidos através da dieta 
normalizando a estrutura lipídica da pele contribuindo para uma manutenção da 
homeostasia da mesma. Quanto à vitamina H ou biotina, encontrada, por exemplo, na 
gema do ovo, é uma vitamina hidrossolúvel funcionando como coenzima de 
carboxilases, como por exemplo, a acetil-Coenzima A carboxilase. Em crianças ou 
adultos, a sua carência conduz a alopécia, dermatite eritematosa, levando também a uma 
alteração ao nível do processo de queratinização - a hiperqueratose. Indivíduos com 
deficiência nos níveis de biotina apresentam lesões cutâneas infetadas por Candida 
albicans .Um estudo comprova que defeitos no metabolismo da biotina conduzem a 
anormalidades neurológicas, acidose metabólica mas também rash cutâneo. Desta 
forma, acredita-se que uma compensação tópica com vitamina H possa contribuir de 
igual forma para a manutenção da homeostasia cutânea, uma vez que a sua falta conduz 
de alguma forma a distúrbios dérmicos. No que respeita às vitaminas do Complexo B 
estas são um conjunto de vitaminas que possuímos geralmente em déficit, implícitas no 
metabolismo de proteínas pelo que a nível cutâneo o seu déficit pode contribuir para a 
diminuição dos níveis de colágeno e elastina. Alguns exemplos são a tiamina ou 
vitamina B1, riboflavina ou vitamina B2, vitamina PP, B3 ou niacina, entre outras. Um 
outro composto é o DMAE ou dimetilaminoetanol, relativamente recente, este é um 
composto análogo da vitamina B e precursor da acetilcolina. Num estudo realizado, um 
gel contendo 3% desta molécula foi aplicado durante 16 semanas tendo sido 
demonstrado eficácia evidente contra o envelhecimento cutâneo, melhorando as rugas 
da testa e o contorno do lábio. Para, além disso, poderá possuir também propriedades 
anti-inflamatórias e capacidade de aumento da firmeza cutânea (20). 
 
Enzimas anti-oxidantes 
 
Há um interesse cada vez maior na possível aplicação de enzimas antiradicalares como 
a catalase, ou a superóxido dismutase nos cosméticos. Atualmente existem alguns 
estudos que pretendem relacionar a diminuição das espécies oxidantes da pele, com a 
melhoria significativa do envelhecimento cutâneo. 
Estas enzimas possuem a capacidade de neutralizar espécies oxidantes, recorrendo a 
diversos mecanismos (dependendo da enzima em questão), justificandoassim a possível 
aplicabilidade em nível de cosméticos, dado que, tal como referido anteriormente, uma 
das possíveis causas do envelhecimento possa ser o aumento do número de espécies 
oxidantes. 
Exemplo de um estudo de aplicabilidade, realizado em 2010 provou que reduzindo as 
espécies oxidantes denominadas neste de arNOX na pele, recorrendo a uma enzima 
artificial, semelhante à superóxido dismutase, é possível melhorar os níveis de 
colagénio melhorando desta forma o aspeto fisiológico da pele (21). Outra vertente é a 
procura destas enzimas antioxidantes em compostos de origem fitoterápica. Existem 
estudos que sugerem a oliveira (Olea europaea) como possível planta a ser aplicada 
dado a sua riqueza a nível de enzimas antioxidantes, de exemplo, a polifenoloxidase, 
ascorbato-peroxidase e guaiacol-peroxidase (22). 
 
Esfoliação 
 
 
http://www.cuidardapele.com/como-esfoliar-o-rosto/ 
 
Com o passar do tempo, mesmo que aplicado diariamente um produto de limpeza, é 
comum que a pele ganhe alguma espessura devendo por isso ocasionalmente utilizar um 
método de esfoliação. A pele aumenta a sua espessura, pois com a idade o processo de 
renovação celular que normalmente ocorre em 27 dias passa a decorrer durante 45 a 60 
dias, ou seja, há uma renovação mais lenta e menos eficaz (23). 
http://www.cuidardapele.com/como-esfoliar-o-rosto/
Surgem assim os AHA (α-hidroxiácidos) e os BHA (β-hidroxiácidos), compostos 
provenientes de frutos e plantas respectivamente, como o ácido glicólico ou láctico que 
possuem a capacidade de inibirem a hiperqueratinização, promovendo uma melhoria da 
microcirculação e uma renovação celular mais eficaz contribuindo clinicamente para 
uma pele mais suave, funcionando como um peeling natural. 
Os BHA, mais lipofílicos, originários de plantas, mostram ser um tratamento eficaz no 
fotoenvelhecimento, melhorando o aspeto visual da pele pela sua ação esfoliante e por 
penetrar lentamente na pele, assegura menos efeitos adversos. 
Quanto aos AHA, provenientes de frutos, são capazes de exfoliarem a superfície celular 
(usados em peeling’s) contribuindo para aumentar o teor de compostos hidratantes 
endógenos. Uma vez que não penetram os poros, podem ser usados numa pele com 
tendência ao desenvolvimento de acne. 
 Os AHA mais comuns são: 
 
Ácido láctico 
Extraído do leite, é usado predominantemente em formas sintéticas. Esfolia a superfície 
da pele, podendo causar irritação. 
Ácido glicólico 
 É a molécula menor do grupo dos AHA. Não possui cor ou cheiro, sendo hidrossolúvel. 
Ácido mandélico 
 É uma das exceções do grupo dos AHA possuindo atividade antibacteriana. 
 
Em concentrações abaixo de 5% atuam como hidratantes, emolientes não possuindo 
atividade anti-envelhecimento. Esta só é obtida quando usados em concentrações 
compreendidas entre 11 e 30 %, onde têm ação exfoliante promovendo a renovação da 
epiderme. 
Polifenóis 
Os flavonóides, inicialmente denominados de “polifenóis das plantas”, podem ser 
administrados na dieta através de vegetais, estando também presentes no vinho tinto. 
A sua ação anti-idade está associada à ação antioxidante, anti-inflamatória e cicatrizante 
que possui. Os flavonóides demonstram também efeitos protetores contra a radiação 
UV. 
Dentro do grupo dos polifenóis, destacam-se igualmente as procianidinas também 
denominadas de “taninos condensados”, que demonstraram função protetora do 
colágeno e elastina evitando a sua degradação e estimulam a proliferação dos folículos 
capilares. Pode ser encontrado em extratos de chá verde e de cacau. 
 
Fitoesteróis 
 
Provenientes da soja (Glicine max), os fitoesteróis têm sido frequentemente usados na 
menopausa devido aos efeitos semelhantes que possuem aos estrogénios. Tal como já 
referido a menopausa conduz a uma diminuição dos níveis de estrogénios (17β- 
estradiol) podendo assim, com estes compostos, fazer a compensação hormonal de uma 
forma natural. No entanto, este efeito cinge-se às isoflavonas de soja. 
Da soja é possível obter três produtos com objetivos distintos: o óleo de soja,com 
capacidade hidratante e emoliente, muitas vezes associado a cremes hidratantes, 
asisoflavonas ricas em fitoestrogénios que atuam de forma compensatória na menopausa 
e a proteína da soja, que tem ação inibidora da elastase e estimuladora da síntese de 
tropoelastina. Desta forma é possível inibindo a elastase, prevenir a destruição das fibras 
de elastina (processo associado ao envelhecimento cutâneo),podendo estas últimas ser 
aplicadas com efeito antienvelhecimento. 
Existem muitas classes de ativos antienvelhecimento que pode ser incorporados aos 
cosméticos,com a possibilidade de benefício clínico,tais como: 
vitaminas,minerais,botânicos,peptídeos e fatores de crescimento. No entanto, são 
pouquíssimos os estudos clínicos controlados e randomizados. 
De qualquer forma, esses produtos podem ser úteis e parece não causar efeitos adversos. 
Lamentavelmente, o papel do marketing,da mídia e até de profissionais mal 
intencionados tem sido colocado muito acima do valor da ciência e da 
pesquisa,demonstrando desinteresse da indústria de cosméticos e farmacêutica pela 
realização de estudos clínicos de boa qualidade. 
 
Não existe a melhor técnica ou a mais indicada para aquele grau de envelhecimento, e 
sim aquela que se enquadra ás necessidades do paciente, levando em consideração sua 
disponibilidade e seu estilo de vida. O ideal é a associação de procedimentos 
disponíveis antienvelhecimento respeitando as etapas conforme as complexidades das 
alterações de envelhecimento 
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