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Planejamento Tributário Avançado Prof. Leonardo Lima Quartas-feiras, das 20:40 às 22:40 ESPÉCIES DE TRIBUTO O Brasil possui em sua estrutura normativa cinco espécies tributárias distintas, que são apresentadas a seguir: Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria (competência comum a União, estados e municípios). Contribuições Sociais, Econômicas e Especiais (competência da União). Empréstimos Compulsórios (competência da União). ESPÉCIES DE TRIBUTO Cientificamente, os tributos podem ser divididos em duas espécies: vinculados e não vinculados. VINCULADOS são os tributos que têm relação entre a arrecadação e o serviço prestado ou a prestar pelo ESTADO. Exemplo: Taxas e Contribuições Especiais. A taxa de fiscalização sanitária, por exemplo, tem vínculo com o serviço prestado pelo ente estatal, não necessariamente com o carimbo do dinheiro arrecadado com ela. A COFINS tem vínculo com a destinação do dinheiro arrecadado, que deve ser direcionado à seguridade social. ESPÉCIES DE TRIBUTO Cientificamente, os tributos podem ser divididos em duas espécies: vinculados e não vinculados. NÃO VINCULADOS não possuem vínculo entre a arrecadação e a destinação, sendo que os tributos são devidos independentemente de qualquer atividade estatal relacionada ao contribuinte. Exemplo: os impostos em geral. Incidência Em relação a sua incidência, os tributos podem ser divididos da seguinte forma: RENDA – Tributos cobrados sobre o produto do capital, do trabalho e da combinação de ambos. Incluem a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda (IR). PATRIMÔNIO – Tributos cobrados sobre o patrimônio das pessoas físicas e jurídicas. Os principais são IPTU, IPVA e ITBI. Incidência Em relação a sua incidência, os tributos podem ser divididos da seguinte forma: CONSUMO – Tributos que incidem sobre a cadeia produtiva: IPI, ICMS, ISS, II, IE, PIS, COFINS, CIDE e IOF. ENCARGOS SOCIAIS – Contribuições cobradas sobre a folha de pagamento: INSS, SESC, SENAC, Salário-Educação, FGTS, SEBRAE, entre outras. Classificação A classificação mais tradicional de tributos é sua divisão em: Impostos, Taxas e Contribuições, sejam sociais, de melhoria ou econômicas. Classificação IMPOSTO Diz o art. 16 do CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa aos contribuintes.” É de competência privativa, atribuída pela Constituição Federal, ou seja, é de competência exclusiva da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O imposto nasce por um ATO DO CONTRIBUINTE. Classificação EXEMPLO O IPTU pago por um morador de um edifício de luxo localizado no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, não será destinado, necessariamente, para obras no mesmo bairro, podendo ser direcionado para diversos outros fins. Classificação TAXA Art. 77 do CTN: “As taxas [...] têm como fato gerador o exercício do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte, ou posto à sua disposição.” Seu parágrafo único completa: “A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntico ao imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas.” A taxa nasce por um ATO DO ESTADO. Exemplo: Taxa de Licença de Funcionamento (TLF) Classificação CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA A contribuição de melhoria, cobrada pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, pode ser instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária para o contribuinte. Classificação CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS As contribuições sociais são de dois tipos: as destinadas especificamente para atender à seguridade social, instituídas na Constituição Federal, em seu art. 195 e modificadas na Emenda Constitucional no 20/98; e as outras contribuições sociais. Classificação CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS . As contribuições sociais direcionadas para a seguridade social incidem sobre: a.Folha de Salários e de Terceiros – INSS; b.Faturamento ou Receita – PIS e COFINS; c.Lucro – CSLL Classificação CONTRIBUIÇÕES ECONÔMICAS E ESPECIAIS As contribuições econômicas estão representadas basicamente pela CIDE (explicada em capítulo próprio), além daquelas autorizadas em lei para representação de sindicatos e profissões regulamentadas. Por exemplo, a anuidade desembolsada pelos contadores para o Conselho Federal de Contabilidade (representado pelo CRC regional) é considerada uma contribuição econômica, com característica de contribuição parafiscal, pois os recursos são administrados por entes definidos pelo Estado em benefício da categoria profissional. Classificação EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS Além dos impostos, taxas e contribuições, existe a previsão da instituição de empréstimos compulsórios, por parte da união. O EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO só pode ser instituído: 1.para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ou 2.no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Relação de Tributos existentes no Brasil Lista de tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria) existentes no Brasil: A Lista é composta por 93 diferentes tipos de tributos. O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO LAUDÊMIO Laudêmio representa o valor pago pelo proprietário do domínio útil ao proprietário do domínio direto (ou pleno) sempre que se realizar uma transação onerosa do imóvel. Na venda de imóveis que originariamente pertencem à União, como todos os que se localizam na orla marítima, ocorre o pagamento do laudêmio. Conforme o novo Código Civil (Lei no 10.406/02, art. 686), quem paga o laudêmio é o vendedor. O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO SERVIÇOS PRESTADOS O Estado aufere algumas receitas pela prestação de serviços oferecidos ao público de forma não gratuita. Um exemplo desse tipo de serviço é o estacionamento em vias públicas, que pode ser cobrado dos proprietários de automóveis pelo uso de espaço público. O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO MULTAS As multas cobradas pelo Poder Público não compõem a carga tributária nacional, pelo fato de a própria definição de tributo apresentar o termo que não constitua sanção por ato ilícito. Este dispositivo define que as multas representam uma punição pelo não cumprimento de determinada obrigação. O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO MULTAS Multas cobradas pelo atraso no pagamento de tributos, seja por autuação fiscal, seja espontânea. Multas de trânsito. Multas pelo atraso no envio de documentos, cobradas pelos órgãos oficiais, como Banco Central, ANATEL, ANEEL, ANP e demais órgãos reguladores. Multas ambientais. O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO TARIFAS As tarifas são cobradas pelas empresas associadas, concessionárias ou permissionárias de serviços públicos federais estaduais e municipais, para permitir a justa remuneração do capital, o melhoramento e a expansão dos serviços e assegurar o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. Na tarifa, o serviço é facultativo, e o pagamento, voluntário, somente havendo pagamento se existir a utilização do serviço. Exemplo: a conta de água e esgoto que pagamos mensalmente; O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO PEDÁGIO Representa o valor cobrado sob a forma de taxa ou tarifa pela utilização de qualquer via de transporte por pessoa, veículo ou animal, com ou sem carga, levando-se em consideração seu peso, unidade e capacidade de carga, destinada à construção, conservação e melhoramentos das mesmas vias. Elementos Fundamentais dos Tributos Os elementos fundamentais de qualquer tributo são: contribuinte, fato gerador, base de cálculo alíquota. Elementos Fundamentais dos Tributos Fato Gerador É o que faz nascer a obrigação tributária, podendo esta obrigação ser principal ou acessória. Pode fazer nascer uma obrigação principal, que sempre será de natureza pecuniária, ou seja, pagar um tributo; ou obrigações acessórias, que representam dever administrativo para o contribuinte, como, por exemplo, escrituração de livros fiscais e envio de declarações. Elementos Fundamentais dos Tributos CONTRIBUINTE DE FATO E CONTRIBUINTE RESPONSÁVEL Existem dois tipos de contribuintes: o contribuinte de fato, que efetivamente suporta o ônus tributário; e o contribuinte responsável, o qual a lei determina para responder pela obrigação tributária. Em alguns casos, o contribuinte de fato é também o responsável, enquanto em outros o contribuinte de fato é um e o contribuinte responsável é outro. Elementos Fundamentais dos Tributos Elementos Fundamentais dos Tributos Base de Cálculo É o valor sobre o qual será aplicada a alíquota para apuração do valor do tributo a pagar, devendo ser definida através de lei complementar. ALÍQUOTA É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o valor do tributo que deve ser pago. Tributos estaduais e municipais Estaduais: ICMS, IPVA, ITCMD Municipais: ISS, ITBI, IPTU Referências Básicas Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. • REIS, Arnaldo. Demonstrações contábeis: Estrutura e análise. 3ª. Edição. São Paulo: Saraiva 2009. Slide Number 1 ESPÉCIES DE TRIBUTO ESPÉCIES DE TRIBUTO ESPÉCIES DE TRIBUTO Incidência Incidência Classificação Classificação Classificação Classificação Classificação Classificação Classificação Classificação Classificação Relação de Tributos existentes no Brasil O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO O QUE NÃO É CONSIDERADO TRIBUTO Elementos Fundamentais dos Tributos Elementos Fundamentais dos Tributos Elementos Fundamentais dos Tributos Elementos Fundamentais dos Tributos Elementos Fundamentais dos Tributos Tributos estaduais e municipais Referências