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TRIBUTOS COBRADO PELOS MUNICÍPIOS Jeferson Joaquim Prof. Camila Paola Morais Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Gestão Financeira (FLX1272) – Seminário Interdisciplinar: Prática Financeira (GFI100) 28/06/20 RESUMO Os tributos são de grande relevância para a economia, foi abordado em específico os tributos municipais. O objetivo do trabalho é demonstrar quais são os tributos e como eles são cobrados nos municípios. Quais são os impostos cobrados, as taxas e as contribuições de melhorias, e o que são esses tributos. Palavras-chave: Tributos. Código Tributário Nacional. Constituição Federal. 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho abordaremos os tributos de competência municipal, e os de competência comum, que também que grande relevância para os municípios. São eles os impostos, taxas e contribuições, e assim identificar quais são os impostos municipais, as taxas municipais, e as contribuições municipais. Os tributos vão além dos impostos mais conhecidos, como o IPTU, ISS e o ITBI, que são os impostos recolhidos pelos municípios. O objetivo é esclarecer o que são os tributos, como eles se classificam, o que é cada um, qual a função deles. Entender quem define esses tributos, e como eles são criados e fiscalizados. 2 TRIBUTOS O tributo é uma obrigação de pagar, criada por lei, impondo aos indivíduos o dever de entregar parte de suas rendas e patrimônio para a manutenção e desenvolvimento do Estado, afinal vivemos em sociedade e o Estado deve representá-la se fazendo presente nas áreas de interesse desta, sobretudo saúde, educação, segurança, política econômica, entre outras. O tributo deve ser pago em dinheiro, não sendo possível que a dívida seja liquidada com outros bens, tais como móveis, veículos, sacos de cereais, etc. Havendo autorização legal, todavia, é possível o pagamento de tributo com imóveis. Giannini (1956, pág. 58) aponta como características fundamentais dos tributos: “[...]serem devidos a um ente público, encontrarem fundamento jurídico no poder de império do Estado e serem exigidos com o fim de conseguir os meios necessários para atender às necessidades financeiras do Estado.” Nesse sentido temos o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN) dispondo o assunto nos seguintes termos: Art. 3° Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 2.1 CLASSIFICAÇÃO Os tributos são classificados quanto à destinação específica da sua arrecadação e dividem em vinculados e não vinculados Vinculados são aqueles arrecadados, tendo por condição uma contrapartida do Estado. Isso significa dizer que o tributo é cobrado do contribuinte e, em retorno, o Estado deve prestar um serviço ou fazer outro tipo da retribuição. Nas palavras de Alexandrino e Paulo (2007, p. 12): Os tributos vinculados são aqueles cujo fato gerador é alguma atividade específica do Estado relativa ao contribuinte. O fato gerador do tributo é vinculado a uma atividade específica do Estado. O contribuinte pagará o tributo em razão da existência de uma atividade estatal específica (descrita na lei como hipótese de incidência) a ele direcionada. São exemplos as taxas, as contribuições de melhoria e algumas contribuições. Não vinculados ao contrário, não estão atrelados a nenhuma contraprestação estatal específica para o contribuinte. Alexandrino e Paulo (2007, p. 12-13) afirma que: Os tributos não vinculados são aqueles cujo fato gerador não é nenhuma atividade específica do Estado direcionada ao contribuinte. A hipótese de incidência dos tributos não vinculados descreve algum fato econômico pertinente ao sujeito passivo: a propriedade de um bem, uma operação que ele tenha realizado, uma renda que ele tenha auferido. A cobrança do tributo baseia-se na manifestação de capacidade econômica do contribuinte, não na realização ou disponibilização de uma atividade estatal específica e direcionada. É o caso dos impostos. O contribuinte dá surgimento à obrigação de pagar o IPVA e o IR simplesmente em razão da demonstração de uma capacidade econômica (ser proprietário de um veículo e auferir renda, respectivamente), independentemente de quaisquer outras considerações. 2.2 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS A Constituição Federal possui as seguintes espécies tributárias, previstas no Art. 3 da CTN a) Impostos b)Taxas c)Contribuição de melhoria d)Empréstimo compulsória e)Contribuições parafiscais. Impostos: incidem, por exemplo, sobre a propriedade de imóvel urbano (IPTU), a disponibilidade de renda (Imposto sobre a Renda), a propriedade de veículo automotor (IPVA), entre outros. Nos ensinamentos de Amaro (2006) Os impostos são gerados pela situação (como aquisição de imoveis, veículo, prestação de serviços etc) a qual não tem relação com atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte. Então quem adquiri imóveis e veículos assumem o dever jurídico de pagar o imposto ao Estado. Taxas: as taxas decorrem de atividades estatais, tais como os serviços públicos ou do exercício do poder de polícia. Exemplos: custas judiciais e a taxa de licenciamento de veículos. Contribuições de Melhoria: as contribuições de melhoria se originam da realização de obra pública que implique valorização de imóvel do contribuinte. Por exemplo: benfeitorias no entorno do imóvel residencial. Empréstimos compulsórios: têm por finalidade buscar receitas para o Estado a fim de promover o financiamento de despesas extraordinárias ou urgentes, quando o interesse nacional esteja presente e; Contribuições Parafiscais: são tributos instituídos para promover o financiamento de atividades públicas. São, portanto, tributos finalísticos, ou seja, a sua essência pode ser encontrada no destino dado, pela lei, ao que foi arrecadado. 2.3 FUNÇÃO DOS TRIBUTOS Os tributos não se destinam apenas à função arrecadatória. Eles também são utilizados para manutenção da estabilidade econômico-financeira do País, bem como para subvencionar entidades que atuam em cooperação com o Estado. Nesse contexto, se diz que um tributo tem função fiscal quando seu objetivo preponderante é gerar receita ao erário. Doutro lado, se o objetivo preponderante do tributo não é arrecadatório, mas interventivo, conclui-se que ele possui função extrafiscal. Os impostos extrafiscais são também conhecidos como impostos estratégicos, porque influenciam a estabilidade econômico-financeira do Estado. Diante da relevância que assumem, podem ter suas alíquotas alteradas mediante Decreto Executivo (ou Presidencial), como já se teve a oportunidade de analisar. Por fim, um tributo pode ainda não ter como objetivo preponderante gerar receita para o Estado, nem intervir no domínio econômico, mas sim viabilizar o exercício de atividades paralelas às desenvolvidas pelo Estado, como as contribuições destinadas ao SESI, SENAI, etc. Nesse caso, se diz que ele possui função parafiscal. 2.4 TRIBUTOS DIRETOS E INDIRETOS 2.4.1 DIRETOS Incidem sobre o “Contribuinte de Direito”, o qual não tem, pelo menos teoricamente, a possibilidade de repassar para outrem o ônus tributário. No Imposto de Renda da pessoa física assalariada, por exemplo, é o empregado quem suporta a obrigação, não havendo condições de ocorrer a repercussão (transferência do ônus tributário para outrem). 2.4.2 INDIRETOS A carga tributária cai sobre o “Contribuinte de Direito” que o transfere para outrem, O “Contribuinte de Direito” é figura diferente do “Contribuinte de Fato”. Nem sempre o contribuinte que paga é, efetivamente, quem suporta em definitivo a carga tributária. Assim temos: Contribuinte de direito: pessoa designada pela lei parapagar o imposto. Contribuinte de fato: pessoa que de fato suporta o ônus fiscal. Esse aspecto é de importância fundamental na solução dos problemas de restituição do indébito tributário. O IPI e o ICMS são impostos indiretos, uma vez que o consumidor final é que, de fato, acaba por suportar a carga tributária, embora não seja designado pela lei como contribuinte desses impostos. 2.5 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Competência tributaria é o poder concedido pela Constituição Federal para criar tributos. Somente as pessoas políticas podem criar tributos, de acordo com a Constituição. A CF em si não cria os tributos mas dá o poder de criá-los. Competência tributária é classificada em competência privativa, aquela concedida a apenas uma pessoa política, ex: IPI (competência da união). Competência comum, é compartilhada entre mais de um ente da federação, ex: Taxa de contribuição de melhoria. Competência residual, é exclusiva da união, e é o poder dado pela Constituição para que ela crie tributo sobre os fatos geradores que não estejam no âmbito da competência dos demais entes federados, ex: Autorização para criar contribuições para-fiscais, que não aquelas previstas no art. 195 da CF/88). 2.5.1 CAPACIDADE TRIBUTÁRIA A capacidade tributária é o poder que o ente tributante tem para arrecadar cobrar e fiscalizar um tributo, e é uma decorrência da competência da tributária. Ao contrário da competência, a capacidade tributária pode ser delegada a outra pessoa, desde que seja pública. FIGURA 01 – Competência Tributária x Capacidade Tributária Ativa FONTE: Beatriz Biancato. Extraido do site JUSBRASIL, Disponível em: <https://biabiancato.jusbrasil.com.br/artigos/665148123/competencia-tributaria-x-capacidade-tributaria-ativa> Acesso em 27 de jun. 2020 2.6 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Obrigação tributária é o dever de fazer de um contribuinte, responsável ou terceiro em função da lei. De acordo com o artigo 113 do CTN — Código Tributário Nacional a obrigação tributária divide-se em: 1) Principal. 2) Acessória. A obrigação principal é sempre uma obrigação de dar, ou seja, de entregar determinada quantia. Neste caso, é a obrigação do contribuinte em pagar o tributo. A obrigação acessória é uma obrigação de fazer ou de não fazer. São todas as obrigações impostas pelo Fisco ao contribuinte, com o intuito de verificar se a obrigação principal foi cumprida. 2.6.1 ASPECTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA A obrigação tributária tem cinco aspectos essências, que caracterizam, e identificam o seu nascimento. São eles, aspecto material (qual é o fator gerador?), aspecto quantitativo (Base de cálculo + alíquota = valor do imposto), aspecto espacial (Qual o território físico do ente tributante?), aspecto temporal (qual era a regra vigente quando ocorreu o fato gerador?) e aspecto pessoal (quem vai figurar nos polos ativo e passivo da relação obrigacional tributária). 2.7 CRÉDITO TRIBUTÁRIO Uma vez nascida a obrigação tributária, surge com ela o direito do Estado de cobrar o tributo do contribuinte. E esse direito se traduz no crédito tributário. Dispõe o art. 139, do CTN: O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. O crédito tributário decorre diretamente do nascimento da obrigação tributária, e é o direito diretamente do nascimento da obrigação tributária, e é o direito de crédito que o Fisco tem contra o contribuinte, Seu nascimento não é automático e é resultante de um procedimento administrativo chamado lançamento tributário. Lançamento tributária é o procedimento administrativo que declarará existente a obrigação tributária, e assim o fazendo, constituirá o crédito tributário. O CTN prevê três tipos de lançamento tributário, previstos nos artigos 147, 149 e 150 do CTN. Lançamento de ofício, por declaração e por homologação. 2.7.1 LANÇAMENTO DE OFÍCIO O Lançamento de Ofício, por sua vez, é realizado pela autoridade administrativa sem a participação do contribuinte, na medida que aquela possui todos os elementos necessários para a sua efetuação. Tal modalidade de lançamento está prevista no artigo149 do CTN, importando destacar, ainda, que o mesmo dispositivo prevê hipóteses taxativas em que a revisão será realizada de ofício. Pode-se citar como exemplo de tributos que são lançados de ofício o IPTU e IPVA. 2.7.2 LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO OU MISTO No Lançamento por Declaração ou Misto, previsto no artigo 147 do CTN, o sujeito passivo ou o terceiro fornece dados ao Fisco sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66 Aqui, o contribuinte entrega ao Fisco um formulário preenchido com as informações necessárias, oportunidade em que este analisa os dados e apura o valor do tributo devido, ato contínuo, notificando aquele para que o mesmo realize o pagamento. A título de exemplo de tributos lançados por declaração, pode-se mencionar o ITCMD e ITBI. 2.7.3 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO O Lançamento por Homologação, previsto no artigo 150 do CTN, é aquele em que o contribuinte realiza os cálculos do valor do tributo a ser pago, efetuando o pagamento antes mesmo do exame da autoridade administrativa. Nos termos do artigo 150, § 1º do CTN, o pagamento antecipado extinguirá o crédito sob condição resolutória da ulterior aprovação pela autoridade administrativa. Por fim, vale apontar, que se a lei não prever prazo para a homologação, será ele de cinco anos contados da ocorrência do fato gerador. Transcorrido este prazo, caso a Fazenda Pública tenha se mantido silente, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, exceto se restar comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. A título de exemplo de tributos lançados por homologação, pode-se mencionar o ICMS, ISS, IPI. 2.8 ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Devido à alta complexidade que envolve a gestão dos tributos, a Administração Pública criou um órgão específico para esta tarefa, denominado pelo CTN como Administração Tributária. A Administração Tributária – também chamada de Fisco ou Fazenda – é o órgão público encarregado de fiscalizar e arrecadar os tributos. Nas palavras de Harada (2006, p. 534): Administração Tributária é a atividade do poder público voltada para a fiscalização e arrecadação tributária. É um procedimento que objetiva verificar o cumprimento das obrigações tributárias, praticando, quando for o caso, os atos tendentes a deflagrar a cobrança coativa e expedir as certidões comprobatórias da situação fiscal do sujeito passivo. A Administração Tributária corresponde a uma parcela da Administração Pública, na parte ligada a atividade financeira do Estado, ao tratar da receita tributária. É o Estado administrador que, agindo sob o império da lei criada pelo Estado legislador, exerce essa função administrativa, através das diversas pessoas jurídicas de direito público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como suas autarquias), cada qual com sua competência, seus órgãos, suas repartições e seus agentes (servidores públicos). Assim, o Estado, através da Administração Tributária, acompanha, https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571726/artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66 controla e fiscaliza o cumprimento das normas tributárias, adotando, sempre que necessário, medidas coercitivas à sua observância, tudo no interesse da arrecadação e gestão das receitas tributárias. A Administração Tributária é, assim, o conjunto de atos administrativos voltadospara o controle da receita tributária; é o procedimento destinado: à verificação do cumprimento das obrigações tributárias à adoção de medidas necessárias (em geral, pela aplicação de penalidades) para obrigar os respectivos sujeitos passivos (devedores) a esse cumprimento; e, por fim, à homologação (quitação) dos correspondentes créditos tributários. 2.9 TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA COMUM Tributos de competência comum da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. São três ao todo: as taxas, a contribuição de melhoria e a contribuição para o custeio da seguridade social. 2.9.1 TAXAS De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço público específico e divisível”. O texto constitucional dá duas autorizações para a instituição de uma taxa: o exercício do poder de polícia, ou a utilização de serviço públicas postos à disposição do contribuinte. O poder de polícia pode ser conceituado como sendo o poder-dever que Administração Pública tem para agir preventivamente ou coercitivamente para regular e, se for o caso, punir atividades ilícitas. Essa ação pode ser através das seguintes maneiras: Limitação, ou disciplinamento de direito, interesse ou liberdade; Regulamentação da prática de ato ou a abstenção (proibição) de fato; O respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Assim o poder de polícia é exercido em nome da prevalência do interesse público sobre o interesse privado. Nas palavras de Hely Lopes Meirelles (Apud ALEXANDRE;PAULO, 2007, p.177), “poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou o próprio Estado”. A taxa em função da prestação de um serviço somente pode ser cobrada se este serviço for específico e divisível. Ou seja, é necessário identificar quem são os contribuintes e qual o valor que cada um deve pagar, e que não é necessariamente igual para todos. Um exemplo é a taxa cobrada pela coleta do lixo. 2.9.1.1 ALGUNS TIPOS DE TAXAS Algumas das taxas cobradas pelo município são: 1. Taxa de Expediente e Serviços Diversos; 2. Taxa de Licença para Funcionamento (TLF); 3. Taxa de Localização para Funcionamento; 4. Taxa de Fiscalização Sanitária; 5. Taxa de Publicidade; A taxa é um tributo peculiar, e vinculado, cuja função é fiscal. A receita arrecadada tem de remunerar a prestação de um serviço estatal (usufruído ou posto à disposição) 2.9.2 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA É um tributo específico, pois, além de todos os entes tributantes terem competência para instituí-lo, ele pressupõe a execução de uma obra pública para que se permita sua cobrança. O espírito da instituição da contribuição de melhoria é evitar que os particulares ganhem um acréscimo patrimonial em decorrência de uma obra pública, feita às custas de toda a sociedade, sem que haja qualquer contraprestação. Além disso, cada vez que uma contribuição de melhoria é criada, tem de ser promulgada uma lei própria, contendo todos os aspectos legais necessários para sua cobrança. Contribuição para o custeio da seguridade social. Essa é uma contribuição para seguridade social cujo objetivo é formar o fundo previdenciário dos servidores de todas as instâncias dos governos: federal, estaduais, distrital e municipais. Sua função é para-fiscal e, como as demais contribuições, sua receita é vinculada. Nesse caso, a vinculação é a formação de um fundo previdenciário para os servidores públicos. 2.9.3 CONTRIBUIÇÕES PARA O CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL Essa é uma contribuição para seguridade social cujo objetivo é formar o fundo previdenciário dos servidores de todas as instâncias dos governos: federal, estaduais, distrital e municipais. Sua função é para-fiscal e, como as demais contribuições, sua receita é vinculada. Nesse caso, a vinculação é a formação de um fundo previdenciário para os servidores públicos. 2.10 IMPOSTOS MUNICIPAIS Os impostos municipais, são recolhidos pelos municípios/cidades brasileiras, são os seguintes: 2.10.1 ITBI O ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos – é um tributo municipal de competência do Distrito Federal e dos Municípios. Em algumas cidades ele também pode ser conhecido pela sigla SISA. Esse tipo de imposto incide sobre a transferência da propriedade de casas, prédios e imóveis de modo geral. Sendo assim, o processo de compra e venda de uma residência, por exemplo, só é oficializado após o pagamento deste tributo. Na grande maioria dos casos o ITBI é pago pelo próprio comprador do imóvel. Porém, tudo vai depender do tipo de negociação. A alíquota do ITBI varia de cidade para cidade, porém, é de em média 2% sob o valor de mercado do imóvel. Essa é uma média das capitais e cidades maiores de todo o Brasil. Sendo assim, no caso de um imóvel no valor de R$200.000 com aplicação de alíquota de 2%, a taxa de ITBI será de R$4 mil. 2.10.2 ISS O ISS – Imposto sobre Serviços – é um tributo que incide sobre empresas de todos os portes e segmentos instalados na cidade em questão. O ISS foi criado em substituição do ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). Basicamente o ISS é um tributo de competência do Distrito Federal e dos municípios regido pela Lei Complementar de número 116, implementada em agosto de 2003. De acordo com a Constituição Federal, a alíquota mínima de cobrança é de 2% com base nos rendimentos brutos da empresa. Não só as empresas de todos os portes prestadores de serviços devem pagar esse imposto, como também, profissionais autônomos deste segmento. Geralmente, a alíquota é de 5% em cima do valor da nota fiscal de cada serviço prestado. Em alguns municípios brasileiros a alíquota é de apenas 2% (alíquota mínima, de acordo com a a emenda constitucional) para estimular a prestação de determinados serviços, como é o caso de serviços na área de informática, por exemplo. Todos os profissionais com ensino superior completo – como é o caso de médicos, advogados, administradores, engenheiros, cientistas políticos, arquitetos, comunicadores e outros – que atuam sem vínculo empregatício (ou seja, sem carteira assinada) também devem contribuir com o pagamento do ISS. 2.10.3 IPTU O IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) é o imposto que incide sobre a propriedade de qualquer tipo de imóvel, o que inclui: residências, galpões industriais, prédios comerciais ou residenciais, chácaras de recreio, terrenos e quaisquer outros espaços. A base de cálculo deste imposto depende do valor venal do imóvel (ou seja, valor de mercado pelo qual ele deve ser comercializado). Para cálculo do valor venal do imóvel, por sua vez, levam-se em consideração os seguintes fatores: tamanho do terreno, total de área construída e não construída, localização do terreno na planta da cidade e qualificação (o que dependerá do acabamento da obra). Após calculado o valor venal do imóvel, multiplica-se este valor pela alíquota de seu município. Geralmente, a alíquota é de 1,0% para casas e comércios ou de até 3% para prédios e terrenos. E, por fim, avaliaremos a polêmica Contribuição para o custeio da Iluminação Pública (COSIP), criada para solucionar o grande défict dos municípios com a iluminação pública, mas que tem gerado muita controvérsia entre os juristas devido à sua natureza É um tributo criado na esteira de diversas decisões jurisprudenciais, culminadas pela Súmula n° 670, do STF, que proibiram a cobrança de taxa para custear os serviços de iluminação pública. Ainda hoje há uma série de questionamentos doutrinários acerca da constitucionalidade dessacobrança, já que ela foi criada unicamente para substituir a taxa de iluminação pública. 2.11 DEMONSTRATIVO Nesta tabela retirada do site do município, podemos ver como é feito o relatório resumido da execução orçamentaria, aonde é feito uma previsão inicial, previsão atualizada e as receitas realizadas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_a_propriedade_predial_e_territorial_urbana TABELA 1 – Balanço orçamentário das RECEITAS. Município de URUBICI - SC – 1 bimestre 2017 FONTE: https://www.urubici.sc.gov.br/relatorio-contas-publicas. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Vimos a importância dos tributos para o Estado, sãos os tributos cobrados, Impostos, Taxas e Contribuições. Por mais que esses tributos afetem a sociedade, o Estado precisa da arrecadação desses tributos. Os impostos são pagos para manter o funcionamento, são exemplos, IR, IPTU, ICMS, ISS e todos esses impostos mantêm a administração do estado, a Saúde pública, a Educação pública, Segurança pública etc. As taxas pagamos em contrapartida de prestações de serviço do estado, são exemplos, a taxa de iluminação pública, taxa de fiscalização da vigilância sanitária, taxa de coleta de lixo etc. As contribuições de melhoria, assim como as taxas estão vinculadas as contrapartidas de prestação de serviço, com por exemplo, o estado faz uma grande obra em frente ao imóvel, então ele calcula com base no valor adregado do imóvel o valor da contribuição. 4 REFERÊNCIAS ALEXANRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo descomplicado. Niterói.: Impetus, 2007. BIANCATO, Beatriz. Competência Tributária x Capacidade Tributária Ativa. JUSBRASIL, 2019. Disponível em: <https://biabiancato.jusbrasil.com.br/artigos/665148123/competencia- tributaria-x-capacidade-tributaria-ativa> Acesso em 27 de jun. 2020. CAPARROTI, Bruno. Modalidades de lançamentos tributários. 2019. Artigo. Jusbrasil. Disponivel em: <https://brunocaparroti.jusbrasil.com.br/artigos/688818405/modalidades-de- lancamento-tributario?ref=topic_feed>. Acesso 28 jun 2020. GIANNINI, Achili Donato. I concetti fondamentali del diritto tributario. Imprenta: Torino, Torinese, 1956. 347 p. HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 15° ed. São Paulo: Atlas, 2006. PORTAL EDUCAÇÃO. Funções dos tributos. Artigo. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/funcoes-dos-tributos/60585>. Acesso em 28 jun 2020. PORTAL TRIBUTÁRIO. Classificação dos tributos no Brasil. Disponível em : <http://www.portaltributario.com.br/tributos/classificacao.html>. Acesso em 28 jun 2020. PORTAL TRIBUTÁRIO. Administração tributária. Disponível em : <http://www.portaltributario.com.br/tributario/adminstracaotributaria.html>. Acesso em 28 jun 2020. PREFEITURA DE SÃO CARLOS. Taxas municipais. Disponivel em: <http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/fazenda-financas/154381-orientacao-fiscal-taxas- municipais.html>. Acesso em: 28 jun 2020. PREFEITURA DE URUBICI. Relatório de contas públicas. Disponível em: <https://www.urubici.sc.gov.br/relatorio-contas-publicas>. Acesso em 28 jun 2020. ROVERI, Claudia. REITER Giovana. Lesgislação e planejamento tributário. Indaial: UNIASSELVI, 2011. http://www.portaltributario.com.br/tributos/classificacao.html https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/funcoes-dos-tributos/60585 TRIBUTOS COBRADO PELOS MUNICÍPIOS Jeferson Joaquim Prof. Camila Paola Morais 2.10 IMPOSTOS MUNICIPAIS 2.10.1 ITBI 2.10.2 ISS 2.10.3 IPTU TABELA 1 – Balanço orçamentário das RECEITAS. Município de URUBICI - SC – 1 bimestre 2017
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