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- 1 - 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 
EMPRESARIAL 
E 
ANÁLISE DE BALANÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
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- 2 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MMÓÓDDUULLOO II 
CONTABILIDADE EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 3 - 
INTRODUÇÃO 
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE 
 
Em um país fortemente industrializado, todos, desde o cidadão comum até os 
organismos de dimensão nacional e internacional, estão envolvidos de diversas 
maneiras e de modo cada vez mais acentuado nas atividades empresariais. É 
grande, portanto, o número de agentes que desejam ser informados a respeito do 
andamento da vida das empresas. 
 
Mas são poucos aqueles que conhecem de modo claro o papel dos levantamentos 
contábeis em relação aos fatos empresariais. Ainda hoje se ouve de 
personalidades de destaque, que a contabilidade das empresas não lhes diz 
respeito e que deve ser tratada por contabilistas. 
 
Tal atitude não é aceitável nem produtiva, pois são cada vez mais importantes as 
relações entre a empresa e organizações externas, bem como ficam cada vez 
mais estreitas as ligações entre as diversas funções empresariais (técnica, 
comercial, administrativa etc). 
 
Falar de contabilidade significa, portanto, vir ao encontro das exigências de um 
número cada vez maior de indivíduos desejosos de aumentar seus conhecimentos 
a respeito dos "fatos empresariais". 
 
DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE 
 
Trata-se de uma metodologia que estuda e organiza os registros dos fatos que 
afetam a situação patrimonial, financeira e econômica da empresa. 
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- 4 - 
PATRIMÔNIO 
É o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, registrados no 
Balanço Patrimonial. 
 
 BENS 
Tudo aquilo que a empresa possui está em seu domínio. Ex. Dinheiro em Caixa, 
Estoques, Veículos, Máquinas, Imóveis etc. 
 
 DIREITOS 
Tudo aquilo que a empresa possui e está temporariamente sob domínio de 
terceiros. Ex. Duplicatas a Receber, Impostos a Restituir, Aplicações Financeiras 
etc. 
 
 OBRIGAÇÕES 
Tudo o que a empresa deve a terceiros. Ex. Salários e Impostos a Pagar, 
Financiamento, Fornecedores etc. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Trata-se de uma demonstração estática, porque mostra a situação econômica, 
financeira e patrimonial da empresa em um determinado momento. 
O termo “Balanço” origina-se de balança, nos dá a idéia de equilíbrio entre os 
dois lados (origem = aplicação). 
O corpo do Balanço é constituído por 2 colunas. A da direita (Passivo e Patrimônio 
Líquido) nos mostra a origem, ou seja, a fonte de recursos da empresa. 
A coluna da esquerda (Ativo) nos mostra onde os recursos da empresa estão 
sendo investidos. 
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- 5 - 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - OBRIGAÇÕES 
Em resumo, Balanço Patrimonial significa demonstração de forma equilibrada dos 
bens, direitos e obrigações em um único relatório, em que estão claramente 
evidenciados o ativo, o passivo e o patrimônio líquido da entidade. 
 
 ATIVO 
Compreende os bens e os direitos de uma empresa. São discriminados no lado 
esquerdo do balanço. 
 
 PASSIVO 
São as obrigações a pagar, isto é, as dívidas para com terceiros. Compõem o lado 
direito do balanço. 
 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
É formado pelos recursos dos sócios e lucros obtidos por meio da atividade da 
empresa, sendo considerado capital próprio. A representação quantitativa do 
patrimônio líquido é dada pela equação: 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO - APLICAÇÃO DOS RECURSOS PASSIVO - FONTE DOS RECURSOS 
Bens: 
- Caixa 
- Estoques 
- Imóveis 
- Veículos 
- Máquinas 
- Equipamentos 
- Etc. 
 
Direitos: 
- Títulos a Receber 
- Aplicações Financeiras 
- Impostos a Restituir 
- Empréstimos a Acionistas 
- Etc. 
 
Obrigações (Capital de Terceiros): 
- Títulos a Pagar 
- Contas a Pagar 
- Financiamentos 
- Fornecedores 
- Impostos a Pagar 
- Salários a Pagar 
- Etc. 
 
Patrimônio Líquido (Capital Próprio): 
- Capital Social 
- Lucro/Prejuízo 
- Reservas 
 
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- 6 - 
RAZÃO 
 
São registros dos lançamentos a débito ou crédito das contas do ativo, do passivo 
e do patrimônio líquido. 
 
Na prática não é possível preparar um balanço após cada operação, porque elas 
se sucedem a cada instante, ocasionando aumentos e diminuições no ativo, no 
passivo e no patrimônio líquido. Esses aumentos e diminuições são registrados 
em contas. 
 
Graficamente, pode ser representado por "razonete em T": 
 
TÍTULO DA CONTA 
débito crédito 
 
 
No lado esquerdo do "T" serão relacionados os lançamentos a débito, e do lado 
direito, os lançamentos a crédito. 
 
A diferença entre o total de débito e o total de crédito feitos em uma conta, será 
chamada de saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos créditos, a 
conta terá um saldo devedor. Se acontecer o contrário, a conta terá um saldo 
credor. 
 
 
 
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- 7 - 
MECANISMOS DO DÉBITO E CRÉDITO 
 
 
CONTAS DO ATIVO 
Entrada de Valor - débito 
Saída de Valor - crédito 
 
 
CONTAS DO PASSIVO 
Entrada de Valor - crédito 
Saída de Valor - débito 
 
 
1) Para aumentar o saldo das contas no Ativo, temos de fazer lançamentos a 
débito. Isso, porque, as contas do Ativo apresentam saldo devedor. 
 
Perceba que “saldo devedor”, em termos contábeis, significa que o saldo 
remanescente está do lado do débito e não do crédito. Não podemos confundir 
com saldo devedor em conta-corrente. 
 
Por outro lado, para diminuir o saldo das contas do Ativo, faremos lançamentos a 
crédito. 
 
2) As contas do Passivo e do Patrimônio Líquido, apresentam saldo credor. Isso 
quer dizer que, para aumentá-las, faremos lançamentos a crédito e para diminuí-
las, a débito. 
PARTIDAS DOBRADAS 
 
É o método de escrituração contábil usado universalmente, apresentado no 
século XII pelo Frade Luca Paccioli. 
 
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- 8 - 
O princípio do método é que não há débito sem crédito e vice-versa. Os 
lançamentos contábeis podem ser efetuados em uma ou mais contas, contanto 
que a soma dos débitos seja igual a soma dos créditos. 
APRESENTAÇÃO DO BALANÇO 
 
Se o Balanço Patrimonial fosse demostrado como um “amontoado de contas”, 
teríamos dificuldade em ler, interpretar e analisá-lo. Por isso, é importante 
apresentar o Balanço agrupando-se as contas de mesma característica. 
 
A Lei das Sociedades Anônimas (6404/76), dispõe de uma estrutura de contas 
nacionalmente aceita, inclusive por outros tipos de sociedades. 
 
 No Ativo, as contas são agrupadas de acordo com a rapidez de conversão 
em dinheiro, em ordem decrescente de liquidez (capacidade de se 
transformar em dinheiro mais rapidamente). 
 
 No Passivo e no Patrimônio Líquido estarão as contas representativas das 
obrigações e capital próprio respectivamente, sendo que as contas deverão 
ser agrupadas em ordem decrescente de exigibilidade. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
PERMANENTE 
 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Diferido 
 
TOTAL 
CIRCULANTE 
 
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital social 
 Lucros ou prejuízos acumulados 
 
TOTAL 
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- 9 - 
* ATIVO CIRCULANTE 
Agrupam-se as contas que já são dinheiro (caixa, bancos) com aquelas que se 
converterão em dinheiro no curto prazo* (duplicatas a receber, estoques etc). 
É um grupo com elevado grau de liquidez.*Curto Prazo: As contas cujo prazo, para conversão em dinheiro, seja de até 
um ano, a contar da data de encerramento do Balanço Patrimonial. 
 
* REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
Agrupam-se as contas que se transformarão em dinheiro no longo prazo*. São 
ativos com menor grau de liquidez (títulos a receber no longo prazo etc.). 
*Longo Prazo: As contas cujo prazo, para conversão em dinheiro, seja acima 
de um ano, a contar da data de encerramento do Balanço Patrimonial. 
 
* ATIVO PERMANENTE 
Agrupam-se as contas que dificilmente serão transformadas em dinheiro; 
normalmente não são vendidos, são utilizados como meio de consecução dos 
objetivos operacionais da empresa. Aqui estão os itens com caráter de 
permanência da empresa. 
 
Divide-se em três subgrupos: 
 
Investimentos 
São contas financeiras de caráter permanente que geram rendimentos e não 
são necessárias à manutenção da atividade fundamental da empresa. Ex.: 
Ações de outras empresas, imóveis a título de investimento, obras de arte etc. 
 
 
 
 
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- 10 - 
Imobilizado 
São itens de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção da 
atividade básica da empresa. Ex.: Edifícios, imóveis, máquinas, equipamentos, 
veículos etc. 
 
Diferido 
São gastos com serviços que beneficiarão resultados de exercícios futuros. 
Ex.: Projetos, pesquisas, divulgação etc. 
 
* PASSIVO CIRCULANTE 
Representam as dívidas com terceiros. Em primeiro lugar agrupam-se as 
contas que serão pagas mais rapidamente. Ex.: salários a pagar, impostos a 
recolher, empréstimos e financiamentos que vencem no curto prazo, 
fornecedores de mercadorias etc. 
 
* EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
Representam as dívidas com terceiros, que vencem no longo prazo. Ex.: 
financiamentos e empréstimos que vencem no longo prazo etc. 
 
* RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
Tratam-se de receitas já recebidas, que devem ser reconhecidas em 
exercícios futuros. 
 
* PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
São os recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos 
significam o capital social mais o seu rendimento - lucros ou prejuízos 
acumulados e reservas. 
 
 
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- 11 - 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
A demonstração do resultado do exercício é a apresentação resumida, das 
operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, de forma a 
destacar o resultado líquido do período (lucro ou prejuízo), subtraindo as 
despesas das receitas. 
 
 R$ 
Receita Operacional Bruta 
( - ) Deduções (abatimentos, devoluções, impostos etc) 
( = ) Receita Operacional Líquida 
( - ) Custo Produtos Vendidos (matéria-prima, mão-de-obra) 
( = ) Resultado Bruto 
( - ) Despesas Operacionais 
(+/-)Encargos Financeiros Líquidos(receita financ-desp.finac.) 
( = ) Resultado Operacional 
( + ) Receitas não Operacionais 
( - ) Despesas não Operacionais 
( = ) Resultado Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 12 - 
* RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
São as vendas ou faturamento bruto. 
 
É o valor recebido pelas vendas de produtos (empresa industrial), 
mercadorias (empresa comercial) ou de serviços (empresa de prestação de 
serviços). 
 
* DEDUÇÕES 
São impostos que incidem sobre o faturamento bruto (IPI, ISS, ICMS etc); 
abatimentos concedidos, vendas canceladas ou devoluções de mercadorias, 
cujos valores são deduzidos da Receita Operacional Bruta. 
 
* RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
É o resultado da Receita Operacional Bruta menos as deduções. Considerada 
a receita efetiva da empresa, já que está livre das vendas canceladas e dos 
impostos. 
 
* CUSTO DOS PRODUTOS/MERCADORIAS VENDIDAS (CPV OU CMV) 
Para a empresa comercial, custo representa o valor de aquisição dos 
estoques, já na indústria custo compreende todo gasto para a transformação 
da matéria-prima em produto acabado. 
 
Exemplo: 
Matéria-prima, mão-de-obra, material de embalagem, energia elétrica etc. 
 
* RESULTADO BRUTO 
É o resultado da Receita Operacional Líquida menos o C.P.V. 
 
 
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- 13 - 
* DESPESAS OPERACIONAIS 
São despesas decorrentes da atividade principal da empresa, podendo ser 
classificadas em: 
 Despesas com vendas: 
Representam os gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos, como: 
 propaganda e publicidade; 
 salários e comissões dos vendedores; 
 distribuição dos produtos etc. 
 
 
 Despesas Administrativas: 
Representam os gastos com a direção ou administração da empresa, como: 
 honorários da administração; 
 salários e encargos do pessoal; 
 material de escritório; 
 impostos e taxas etc. 
 
 
 
 
* ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS (RECEITA/DESPESA 
FINANCEIRA) 
Representam a diferença entre juros e atualização monetária pagos e 
recebidos de instituições financeiras. 
 
* RESULTADO OPERACIONAL 
É o resultado (lucro ou prejuízo) obtido por meio da atividade principal da 
empresa. 
 
 
 
 
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- 14 - 
* RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
São receitas não provenientes da atividade principal da empresa. Ex.: aluguéis 
recebidos, venda de itens do imobilizado por valor superior ao que está 
contabilizado etc. 
 
* DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
São despesas não provenientes da atividade principal da empresa. Ex.: venda 
de bens do imobilizado por valor inferior ao que está contabilizado, multa de 
trânsito, doações feitas pela empresa etc. 
 
* RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
É o resultado contábil (lucro ou prejuízo) do exercício. 
 
Se o resultado for lucro, deste valor saem, o imposto de renda, as reservas e 
os dividendos, a sobra é transportada para a conta de resultados acumulados 
no balanço. 
 
* RESULTADO 
Será lucro quando as receitas forem maiores que as despesas. 
Será prejuízo quando as despesas forem maiores que as receitas. 
MECANISMO DO DÉBITO E CRÉDITO 
 
Até aqui, vimos lançamentos com contas do Balanço. A partir de agora, 
trabalharemos, também, com contas da Demonstração do Resultado do Exercício, 
também chamadas “Contas de Resultado”. 
DRE 
Receita – Crédito 
Despesa – Débito 
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- 15 - 
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 
 
 
* COMPRA DE MERCADORIAS 
 
 Débito 
Conta estoques. 
 
 Crédito 
Conta caixa ou fornecedores. 
 
 
ESTOQUES 
débito 
FORNECEDORES OU CAIXA 
crédito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 16 - 
* VENDA DE MERCADORIAS 
 
 Crédito 
Conta de receita operacional pelo valor total da venda. 
 Débito 
Conta caixa ou duplicatas a receber pelo valor total da venda. 
 Crédito 
Conta estoques pelo custo dos produtos vendidos. 
 Débito 
Conta custo dos produtos vendidos. 
 
 
CAIXA OU DUPLICATAS A RECEBER
débito 
RECEITA OPERACIONAL 
crédito 
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 
débito 
ESTOQUES 
crédito 
 
 
 
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- 17 - 
DESPESAS COM DEPRECIAÇÃO 
 
Depreciação é a perda da capacidade produtiva dos bens. Como a maior parte 
dos elementos do ativo imobilizado tem a sua vida útil limitada no tempo, o custo 
correspondente deve ser rateado e distribuído pelos períodos de sua vida útil 
estimada. Esse procedimento é conhecido como: 
 
 Depreciação 
Quando se referir à amortização de bens tangíveis como edifícios, 
máquinas e equipamentos, veículos etc. 
 
A tendência de um grande número de empresas é simplesmente adotar as taxas 
admitidas pela Legislação Fiscal, cujos critérios básicos de depreciação estão 
consolidados no Regulamento do Imposto de Renda. Abaixo relacionamos 
algumas taxas anuaisde depreciação, constantes de publicações da Secretaria da 
Receita Federal: 
 
 
BENS TAXA ANUAL VIDA ÚTIL 
Edifícios 4% 25 anos 
Máquinas e Equipamentos 10% 10 anos 
Instalações 10% 10 anos 
Móveis e Utensílios 10% 10 anos 
Veículos 20% 5 anos 
Sist.Processamento de Dados 20% 5 anos 
 
 
 
 
 
 
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- 18 - 
 
 Procedimento Contábil 
 Débito 
Despesas operacionais ou custo dos produtos. 
 Crédito 
Conta de depreciação acumulada no ativo imobilizado. 
 
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 
débito 
DESPESAS OPERACIONAIS 
crédito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 19 - 
DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 
 
Beneficiam mais do que um exercício contábil e que portanto não podem ser 
encerradas ao final do exercício, devendo constar do ativo. Ex.: Assinatura de 
Jornais e Revistas, Seguros etc. 
 
Figuram no ativo circulante ou realizável a longo prazo, e poderão ser 
encontrados com as seguintes denominações: Despesas do Exercício Seguinte, 
Despesas Diferidas, Despesas Antecipadas ou Despesas Pagas Antecipadamente. 
* PROCEDIMENTO CONTÁBIL 
 Débito 
Despesas do exercício seguinte pelo valor total gasto. 
 Crédito 
Conta caixa. 
No final de cada período beneficiado pelo gasto: 
 Débito 
Despesas operacionais (pelo valor proporcional). 
 Crédito 
Despesas do exercício seguinte. 
 
DESP. EXERC. SEGTE. 
1) Débito 
CAIXA 
Crédito 1) 
DESP. OPERACIONAIS 
2) Débito 
Crédito 2) 
 
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- 20 - 
RECEITAS ANTECIPADAS 
 
São recebimentos adiantados que vão gerar um passivo para uma prestação de 
serviço futura ou a entrega posterior de bens. Integram o grupo Resultado de 
Exercícios Futuros, cuja denominação de conta mais comum é Receitas 
Antecipadas. 
 
* PROCEDIMENTO CONTÁBIL 
 
 Débito 
Caixa (pelo valor total recebido). 
 Crédito 
Receitas antecipadas. 
No final de cada período efetivo para apropriação da receita: 
 Débito 
Receitas antecipadas. 
 Crédito 
Receitas operacionais. 
 
 
 
CAIXA 
1) Débito Crédito 1) 
RECEITAS OPERACIONAIS 
Crédito 2) 
2) Débito 
RECEITAS ANTECIPADAS 
 
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- 21 - 
RESERVAS 
 
São constituídas para complementar o capital na formação do patrimônio líquido 
das empresas. Podem ser: 
 
 Reservas de capital 
São constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam 
pelo resultado como receitas, por se referirem a valores destinados a reforço 
de capital. Como exemplo temos o ágio na emissão de ações, as doações 
recebidas e a correção monetária do capital realizado. 
 
 Reservas de reavaliação 
Constituídas pelas reavaliações dos ativos a preços de mercado. 
 
 Reservas de lucros 
Constituídas após a apuração do resultado com o objetivo de dar proteção aos 
acionistas. As principais são a reserva legal, a estatutária, a de contingências 
etc. 
 
PROVISÕES 
 
Elementos de redução do ativo ou verdadeiro passivo. Representam despesas já 
incorridas, com total, muitas vezes, apenas estimado e, portanto, deverão ter 
como contrapartida um débito em conta de despesa. 
 
Exemplos: 
Provisões para devedores duvidosos de duplicatas a receber e provisão para 
imposto de renda. 
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- 22 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MMÓÓDDUULLOO IIII 
ANÁLISE DE BALANÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 23 - 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Um dos objetivos da análise das demonstrações contábeis é o de reduzir o risco 
de concessão de crédito às empresas. 
Sabemos que há necessidade de equilíbrio e ponderação no processo de 
concessão de crédito, sendo fundamental o uso de instrumentos eficazes para 
avaliação da saúde financeira das empresas. É indispensável, portanto, conhecer 
seu mercado, sua estratégia e seu comando. 
Vários aspectos devem ser considerados ao se analisar demonstrações 
financeiras, tais como: 
 
™ Aspectos Econômico-Financeiros dos Últimos Exercícios; 
™ Participação de Capitais de Terceiros; 
™ Dependência de Recursos Bancários; 
™ Composição das Exigibilidades; 
™ Grau de Liquidez a Curto e Longo Prazo; 
™ Ciclo Financeiro/Operacional; 
™ Evolução das Vendas; 
™ Índice de Retorno do Patrimônio Líquido; 
™ Necessidade de Capital de Giro; 
™ Condições do Ramo de Atividade; 
 
A análise não pára nos itens elencados acima. Após a apuração desses índices, 
teremos à mão uma gama de informações que poderão ser confirmadas por meio 
de visitas, informações cadastrais e gerenciais, que aliadas ao seu conhecimento 
a respeito da empresa, lhe darão condições mais confiáveis para operar com as 
mesmas. 
 
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- 24 - 
ANÁLISE VERTICAL 
 
A Análise Vertical é importante para todas as demonstrações contábeis, 
principalmente para o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados do 
Exercício. 
 
Tem por objetivo fornecer a representatividade em porcentagem de cada conta 
em relação à Demonstração Contábil a que pertence e, por meio da comparação 
com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos 
anteriores, observar se há itens fora das proporções normais. 
 
Observe que os percentuais a Análise Vertical, nos permite ter uma visão 
interpretativa, que é extremamente difícil nos valores absolutos. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
Fórmula 
 
AV =
Conta
Total Ativo / Passivo
 x 100 
 
Exemplo: 
 
Estoque = R$ 22.520,00 
Total do Ativo = R$ 248.730,00 
 
 
AV x  
22 520 00
248 730 00
100 9%
. ,
. ,
 
 
 
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- 25 - 
O resultado acima mostra que do total de Ativos que a empresa possui, 9% estão 
investidos em estoques. 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO 
(Conta de lucros e perdas) 
 
Fórmula: 
 
 
 Conta 
AV = x 100 
 Receita Operacional Líquida 
 (Vendas / Faturamento) 
 
 
Exemplo: 
 
C.P.V. = R$ 102.740,00 
R.O.L. = R$ 291.630,00 
 
AV x  
102 740 00
291630 00
100 35%
. ,
. ,
 
 
O resultado mostra que o Custo dos Produtos Vendidos é de 35% em relação às 
Vendas, portanto conclui-se que a Margem Bruta (Lucro Bruto) é de 65%. 
 
Ao se efetuar a análise das Contas de Resultados, deve-se atentar aos seguintes 
itens: Margem Bruta, Margem Operacional e Margem Líquida, que são 
termômetros para análise dos demais itens. Assim, por exemplo, se a Margem 
Operacional de uma empresa for de 28% e a Margem Líquida de 2%, conclui-se 
que houveram contas (Despesas não operacionais) que afetaram o resultado 
significativamente. 
 
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- 26 - 
Fórmulas: 
 
 
Resultado Bruto 
Margem Bruta = x 100 
 Receita Operacional Líquida 
 
 
 
 
 
 Resultado Operacional 
Margem Operacional = x 100 
 Receita Operacional Líquida 
 
 
 
 
 
 Resultado Líquido 
Margem Líquida = x 100 
 Receita Operacional Líquida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPITAL DE GIRO = ATIVO CIRCULANTE 
CAPITAL DE GIRO OU CAPITAL CIRCULANTE 
 
É o montante ou conjunto de recursos que não está imobilizado. Estes recursos 
estão em constante movimentação no dia-a-dia da empresa para compra de 
matéria-prima, pagamento de impostos, salários e outras despesas. Para 
realização destes compromissos é necessário ter Capital de Giro, que não se 
limita somente ao numerário “em Caixa”, mas também são considerados os 
valores que serão transformados em numerário dentro de certo espaço de tempo 
(um exercício social). 
 
 
 
 
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE{
Capital de Giro
ou
Circulante
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
 
 
 
 
 
 
 
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- 28 - 
CCL = ATIVO CIRCULANTE - PASSIVO CIRCULANTE 
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO OU CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 
 
O Capital Circulante Líquido (CCL) representa a folga financeira a curto prazo, ou 
seja, são recursos que a empresa dispõe para o seu giro e que não serão 
exigíveis naquele exercício. 
 
 
Sendo uma equação aritmética, seu resultado pode ser positivo ou negativo, 
indicando se a empresa está numa situação favorável ou não. Porém, é 
necessário considerar o perfil setorial e a natureza do negócio, por exemplo, há 
setores que têm como característica vender à vista e comprar a prazo. Outros, 
fazem o contrário por imposição de seu mercado. Outros ainda, devem pedir 
adiantamento a seus clientes, ou devem fazer adiantamento a seus fornecedores. 
Tudo, enfim, acaba por delinear o Capital de Giro e o Capital de Giro Líquido da 
empresa. 
ATIVO 
CIRCULANTE
{CCL>0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
ATIVO 
CIRCULANTE
} CCL<0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
 
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- 29 - 
 CGP = PATRIMÔNIO LÍQUIDO – ATIVO PERMANENTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 
 
O Capital de Giro Próprio (CGP) é a parcela do Capital de Giro (Ativo Circulante) 
que é financiada por recursos próprios da empresa. Em outras palavras, é a parte 
do Patrimônio Líquido que não está investida no Ativo Permanente ou no 
Realizável a Longo Prazo. Partindo deste entendimento, temos a seguinte 
equação aritmética. 
 
 
Portanto, o resultado pode ser positivo ou negativo, sendo que para sua análise 
deve ser sempre lembrado o ramo de atividade que a empresa está inserida. 
 
ATIVO 
CIRCULANTE
{CGP>0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDOATIVO
PERMANENTE
Realizável a Longo Prazo
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE
{CGP<0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
 
 
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- 30 - 
ANÁLISE HORIZONTAL 
 
Tem por objetivo avaliar a evolução ou involução das contas do Balanço 
Patrimonial e da Demonstração de Resultados, de um exercício para outro ou de 
vários exercícios seguidos. Esta comparação permite perceber o “comportamento” 
da empresa no mercado e as tendências para o futuro. 
Quando há a comparação de índices ou de contas de uma série de exercícios, 
ocorre o problema da inflação, por estar comparando valores cujo poder 
aquisitivo da moeda é diferente em cada período. Portanto, para efetuar o cálculo 
da variação percentual dos itens a serem analisados, o primeiro passo é converter 
os valores em moeda do último ano (mesmo poder aquisitivo) corrigindo 
monetariamente as contas a serem analisadas. Esta técnica de inflacionar é a 
mais recomendada, porém pode-se também trazer os valores do ano atual para o 
ano anterior fazendo o deflacionamento. 
 
Fórmula do Cálculo da Variação Percentual 
AH
Conta do Atual
Conta do Anterior
1 x 100 






 Exercício 
Exercício 
 
Exemplo: 
Valores 
 Estoque (ano atual) = R$ 22.520,00 
 Estoque (ano anterior) = R$ 4.350,00 
 Inflação anual = 350% 
Estoque Corrigido = 4.350,00 (1+3,5) = 19.575,00 
 AH
22.520,00
19.575,00
1 x 100 15% 






 
O resultado indica que houve crescimento real de estoque, do ano anterior para o 
atual em 15%. 
Todavia, freqüentemente a Análise Horizontal ganha sentido apenas quando 
aliada à vertical. Por exemplo, o disponível pode ter crescido em valores 
absolutos, mas sua participação percentual sobre o Ativo Circulante ou Total do 
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- 31 - 
Ativo pode ter-se mantido constante ou até ter diminuído por causa do aumento 
do giro ou das dimensões da empresa. 
ANÁLISE POR ÍNDICES 
 
Índice é a relação entre contas ou grupos de contas de Demonstrações Contábeis, 
que visa evidenciar determinados aspectos da situação econômica e financeira de 
uma empresa, permitindo ao analista extrair tendências e comparar índices com 
padrões pré-estabelecidos. A finalidade da análise não é somente retratar o que 
aconteceu no passado, mas sim, também fornecer bases para deduzir o que 
poderá ocorrer no futuro. 
 
O cálculo e a avaliação do significado de cada índice, é um dos pontos mais 
importantes da Análise de Balanços, pois os mesmos relacionam grupos e itens 
do Balanço e da Demonstração do Resultado. 
 
A avaliação do número encontrado, dependerá de um exame de consistência e do 
confronto com índices apresentados por empresas do mesmo ramo de atividade, 
e de como o setor vem se desenvolvendo. 
 
O importante não é o cálculo do grande número de índices, mas de um conjunto 
de índices que permita conhecer a situação da empresa segundo o grau de 
profundidade desejada da análise, que normalmente, varia de usuário para 
usuário. 
 
 
 
 
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- 32 - 
PRINCIPAIS ASPECTOS REVELADOS PELOS ÍNDICES FINANCEIROS 
 
 
Situação Financeira
Liquidez
Estrutura 
 
Situação Econômica Rentabilidade 
 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
 
Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. Os 
índices de liquidez não são índices extraídos de fluxo de caixa que comparam as 
entradas e saídas de dinheiro. São índices que, a partir do confronto dos Ativos 
Circulantes com as Dívidas, procuram medir quão sólida é a base financeira da 
empresa. 
 
Bons índices de liquidez significam que a empresa tem condições de ter boa 
capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará obrigatoriamente, pagando 
suas dívidas em dia em função de outras variáveis. 
 
Para que estes índices sejam considerados adequadamente convém 
observar dois aspectos limitativos: 
 
 Primeiro, os índices não revelam a qualidade dos Ativos. 
 Segundo, os índices não revelam a sincronização entre recebimentos e 
pagamentos, ou seja, não possibilitam identificar se os recebimentos 
ocorrerão em tempo para pagar dívidas vincendas. 
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- 33 - 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE 
 
 Fórmula 
 
 
 
Este índice relaciona os recursos em reais disponíveis e os que serão convertidos 
dentro de um prazo de até 360 dias, em relação as dívidas dentro do mesmo 
prazo. 
 
O resultado revela até que ponto os investimentos do Ativo Circulante são 
suficientes ou não para cobrir as dívidas do Passivo Circulante. 
 
Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de 
Passivo Circulante. 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
Valores: 
 AC = R$ 110.500,00 
PC = R$ 80.600,00 
 
 Conclusão: O índice 1,37 indica que os investimentos no Ativo Circulante são 
suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permite uma folga de 
0,37 centavos para cada R$ 1,00 de dívida.LC
Ativo Circulante
Passivo Circulante
 
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- 34 - 
LIQUIDEZ GERAL 
 
Fórmula 
 
 
 
 
 
Este índice detecta a saúde financeira da empresa, no que se refere a liquidez, 
considerando a curto e longo prazo. 
 
Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 
para cada R$ 1,00 de dívida total. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
Exemplo: 
Valores: 
AC = R$ 110.500,00 
 RLP = R$ 55.600,00 
 PC = R$ 80.600,00 
 ELP = R$ 20.450,00 
 
O resultado 1,64 indica que, para cada R$ 1,00 de dívida total, a empresa tem R$ 
1,64 de investimentos realizáveis, ou seja, consegue pagar suas dívidas e ainda 
dispõe de uma folga ou margem de R$ 0,64 (64%). 
LIQUIDEZ SECA 
 
O Ativo Circulante da empresa compreende investimentos de risco, enquanto o 
Passivo Circulante é líquido e certo: deve ser pago no dia e na quantia 
combinada. 
 
 Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
 LG = 
 
 
 Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 
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- 35 - 
LS
Ativo Circulante Estoque
Passivo Circulante


 
Daí a idéia de excluir do Ativo Circulante, o item de maior risco, o Estoque. 
 
Fórmula: 
 
 
 
 
A finalidade deste índice é medir o grau de excelência da situação financeira da 
empresa. Se o índice encontrado for abaixo do limite, segundo os padrões do 
ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, porém, se ocorrer o contrário, 
conjugado com o índice de liquidez corrente é um reforço à conclusão de que a 
empresa é um “atleta de liquidez”. 
 
Indica: quanto a empresa possui do Ativo Circulante, para cada R$ 1,00 de 
dívida de curto prazo, independente dos estoques. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
Exemplo: 
Valores: 
AC = R$ 110.500,00 
Estoque = R$ 56.300,00 
PC = R$ 80.600,00 
 
 LS
110.500,00 56.300,00
80.600,00
0,67

 
 
O índice 0,67 indica que a empresa somente conseguiria pagar 67% de suas 
dívidas de curto prazo, sem depender dos Estoques. 
 
Obs.: Na liquidez seca, deve-se sempre levar em conta o ramo de atividade da 
empresa, pois existem ramos em que não há estoques e outros que vivem 
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- 36 - 
basicamente de estoques, que é o caso dos supermercados, onde o cálculo deste 
índice não leva a conclusão nenhuma. 
GRAU DE SOLVÊNCIA 
 
Este grau relaciona o total de investimentos (Total do Ativo) com o total de 
Capital de Terceiros (Passivo Circulante mais o Exigível a Longo Prazo). 
 
Fórmula: 
 
 
 
 
Indica: A capacidade da empresa em saldar suas dívidas, considerando o total de 
seu Patrimônio. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
Valores 
 
Total do Ativo: R$ 240.150,00 
Exigível Total : R$ 92.850,00 
 
 240.150,00 
GS = x 100 = 258,64% 
 92.850,00 
 
Conclusão: O seu patrimônio total representa 258,64% do valor total de suas 
dívidas. Portanto, o total dos seus Ativos, é suficiente para cobrir 2,5 vezes suas 
dívidas. 
 
 Ativo Total 
 GS = 
 
 x 100 
 Exigível Total 
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- 37 - 
ÍNDICES DE ESTRUTURA 
 
Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em 
termos de obtenção e aplicação de recursos. 
GRAU DE ENDIVIDAMENTO 
 
 Exigível Total 
GE = x 100 
 Patrimônio Líquido 
O grau de endividamento demonstra qual a proporção entre Capitais de Terceiros 
(Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo) e Patrimônio Líquido utilizado pela 
empresa, que são as duas fontes de recursos. É um indicador de riscos ou de 
dependência de terceiros, por parte da empresa. 
Também pode ser chamado de Índice de Participação de Capitais de Terceiros. 
 
Indica: quanto a empresa tomou de Capitais de Terceiros para cada R$ 100,00 
de capital próprio investido. 
Interpretação: quanto menor, melhor. 
Exemplo: 
Valores: 
PC = R$ 80.600,00 
ELP = R$ 12.250,00 
PL = R$ 147.300,00 
 
GE
80.600,00 12.250,00
147.300,00
x100 63%

 
O resultado mostra que em cada R$ 100,00 de Capital Próprio (Patrimônio 
Líquido), a empresa tomou R$ 63,00 de Terceiros. 
 
Obs.: A cada apreciação sobre o grau de endividamento é preciso comparar os 
seus índices com padrão, isto é, verificar se o nível de endividamento da 
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- 38 - 
empresa, está dentro ou fora de certos padrões de normalidade, obtidos por meio 
de resultados de outras empresas do mesmo ramo. 
GRAU DE DEPENDÊNCA BANCÁRIA 
 
Fórmula: 
 
 
 
 
Indica: Proporção de endividamento bancário em relação ao Patrimônio Líquido. 
 
Interpretação: quanto menor melhor. 
 
Exemplo: 
Valores: 
 Bancos = R$ 37.140,00 
PL = R$ 147.300,00 
 
DB
37.140,00
147.300,00
x100 25%  
 
Conclusão: O resultado indica que em cada R$ 100,00 de Capital Próprio (P.L.) a 
empresa tomou R$ 25,00 em Instituições Financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 Instituições Financeiras 
 DB = 
 
 x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
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- 39 - 
GRAU DE IMOBILIZAÇÃO 
 
 Ativo Permanente 
GI = x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
O grau de imobilização indica qual a parcela de recursos próprios (Patrimônio 
Líquido) investida no Ativo Permanente. 
 
Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos próprios 
sobrarão para o Ativo Circulante e, maior será a dependência de capitais de 
terceiros para o financiamento do giro da empresa. 
 
O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente 
para cobrir o Ativo Permanente, o Realizável a longo prazo e ainda sobrar uma 
parcela para giro da empresa. 
 
Indica: quantos reais a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada R$ 
100,00 de Patrimônio Líquido. 
Interpretação: quanto menor, melhor. 
Exemplo: 
Valores: 
 AP = R$ 108.980,00 
PL = R$ 147.300,00 
 
GI
108.980,00
147.300,00
x100 74%  
 
Isto significa, que a empresa imobilizou 74% do seu Patrimônio Líquido. 
 
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- 40 - 
Obs.: Para dizer se imobilizou muito ou pouco, necessita-se de padrões de 
comparação, isto é, comparar com índices estabelecidos por empresas do mesmo 
ramo. 
GIRO DO ATIVO 
 
 
 Vendas Líquidas 
GA = 
 Ativo Total 
 
Indica: quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
Valores: 
 ROL (Vendas Líquidas) = R$ 291.630,00 
Ativo Total = R$ 240.150,00 
 
 
 291.630,00 
GA = = 1,21 
 240.150,00 
 
 
 
Conclusão: Cada R$ 1,00 de investimento total gerou um volume de vendas de 
R$ 1,21. 
 
O sucesso de uma empresa depende em primeiro lugar de um volume de vendas 
adequado. 
 
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- 41 - 
O volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos. Não se 
pode dizer se uma empresa está vendendo pouco ou muito olhando-se apenas 
para o valor absoluto de suas vendas. Uma empresa que vende R$ 100.000,00 
por mês tem vendas elevadas se o seu ativo for de R$ 40.000,00. Certamente 
suas vendas serão baixas se o ativo for de R$ 2.000.000,00. 
ÍNDICE DE RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Fórmula: 
 Lucro Líquido 
IR = x 100 
 Patrimônio LíquidoIndica: quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 100,00 de Capital 
Próprio investido. 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
Exemplo: 
Valores: 
 Lucro Líquido do Exercício = 29.530,00 
Patrimônio Líquido = 147.300,00 
 
 IR
29.530,00
147.300,00
x100 20%  
 
Conclusão: Para cada R$ 100,00 de Capital Próprio investido, a empresa 
conseguiu R$ 20,00 de lucro. 
 
Este índice revela a situação econômica da empresa, se está ou não, por meio da 
estrutura, gerando lucros. 
 
O objetivo desta análise, como parte da Análise de Crédito, é a de avaliar a Taxa 
de Retorno sobre o Patrimônio Líquido, isto é, qual foi o retorno sobre os recursos 
próprios investidos no negócio por uma empresa. 
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- 42 - 
Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no 
mercado, como Caderneta de Poupança, CDB, Ações etc, para avaliar se a 
empresa oferece rentabilidade superior ou inferior. 
 
O Lucro Líquido se acha expurgado da inflação, a Taxa de Retorno do Patrimônio 
Líquido é real. 
ÍNDICES DE ATIVIDADE OU PRAZOS MÉDIOS 
 
Basicamente são três os Índices de Prazos Médios que podem ser encontrados a 
partir das Demonstrações Financeiras. 
 
- Prazo Médio de Renovação de Estoque 
 Estoque Médio 
PMRE = x 360 
 CPV 
 
- Prazo Médio de Recebimento de Duplicatas 
 Duplicata a Receber Médio 
PMRD = x 360 
 Receita Oper. Líquida 
 
Obs.: Do valor da Receita Operacional Bruta devem ser excluídas as devoluções e 
vendas canceladas. 
 
- Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor 
 Fornecedor Médio 
PMPF = x 360 
 Compras 
 
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- 43 - 
Os índices de Prazos Médios não devem ser analisados individualmente, mas 
sempre em conjunto, assim permitem avaliar se as políticas utilizadas pela 
empresa vem sendo adequadas. 
 
A precisão dos índices de prazos médios está diretamente ligada à uniformidade 
das vendas e compras. Se a empresa tem vendas e compras aproximadamente 
uniformes durante o ano, os índices de Prazos Médios calculados a partir dos 
dados do Balanço e da Demonstração de Resultado refletirão satisfatoriamente a 
realidade. Agora, se as vendas e/ou compras flutuantes tiverem picos e vales ou 
concentração em determinadas épocas do ano, os índices poderão estar 
completamente distorcidos. 
 
Exemplo: 
Valores: 
 Dupl. a receber, ano anterior (corrigida) = R$ 20.480,00 
Dupl. a receber, ano atual = R$ 27.110,00 
Estoque, ano anterior (corrigido) = R$ 19.575,00 
Estoque, ano atual = R$ 22.520,00 
Fornecedor, ano anterior (corrigido) = R$ 18.020,00 
Fornecedor, ano atual = R$ 11.900,00 
C.P.V. (Custo Prod. Vendido) = R$ 102.740,00 
R.O.L. (Receita Oper. Líquida) = R$ 292.630,00 
Compras = R$ 105.685,00 
 
 
 
 
EI = Estoque Inicial (ano anterior) 
EF= Estoque final (ano atual) 
C = 102.740,00 - 19.575,00 + 22.520,00 
C = 105.685,00 
 
 
Compras = CPV - EI + EF 
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- 44 - 
 
 
 
 19.575,00 + 22.520,00 
 
PMRE = 2 x 360 = 74 dias 
 102.740,00 
 
 
 
 20.480,00 + 27.110,00 
 
PMRD = 2 x 360 = 29 dias 
 292.630,00 
 
 
 
 18.020,00 + 11.900,00 
 
PMPF = 2 x 360 = 51 dias 
 105.685,00 
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- 45 - 
CICLO OPERACIONAL DE UMA INDÚSTRIA 
6
1
2
5
4
3
CAIXA




São adquiridas "Matérias-primas"
e contraídas dívidas com 
"Fornecedores"
"Produtos em Elaboração":
valor é acrescido às matérias-primas
são geradas "Despesas Provisionadas"
(salários, energia etc.)
"Produtos Acabados: completam-se
os produtos; são geradas mais 
"Despesas Provisionadas"
"Duplicatas a Receber"
são cobradas
"Produtos Acabados"
são vendidos; são geradas 
Despesas Administrativas, 
de Vendas e Tributárias; 
são geradas
"Duplicatas a Receber"
 
Obs.: Nota-se, na figura, acima a ausência de financiamentos bancários, porque 
estes são fontes complementares de recursos e não fontes primárias que devem 
sempre estar presentes no conjunto de eventos que compõem o ciclo operacional. 
Os empréstimos só ocorrem quando o “CAIXA”, não é suficiente para pagamento 
de fornecedores, encargos, despesas etc, em tempo necessário para completar 
cada etapa do ciclo. 
 
A soma dos prazos PMRE + PMRD representa o que se chama Ciclo Operacional, 
ou seja, o tempo decorrido entre compra e o recebimento da venda da 
mercadoria. 
 
Graficamente tem-se: 
Ciclo Operacional
compra venda
PMRE PMRD
recebimento
 
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- 46 - 
CICLO FINANCEIRO 
 
Ciclo Operacional
compra venda
PMRE PMRD
recebimento
Pagamento
PMPF
Ciclo Financeiro 
 
Ciclo Operacional = PMRE + PMRD 
Ciclo Financeiro = PMRE + PMRD - PMPF 
 
O Ciclo Operacional mostra o prazo de investimento. Paralelamente ao Ciclo 
Operacional ocorre o financiamento concedido pelos fornecedores, a partir do 
momento da compra. Até o momento do pagamento aos fornecedores, a empresa 
não precisa preocupar-se com financiamento, o qual é automático. 
 
 Se o PMPF (Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor) for superior ao PMRE 
(Prazo Médio de Renovação de Estoque) então os fornecedores financiarão 
também uma parte das vendas. O tempo decorrido entre o momento em 
que a empresa paga ao fornecedor e o momento em que recebe as vendas 
é o período em que a empresa precisa de financiamento. É o chamado Ciclo 
Financeiro. 
 
 No gráfico acima observa-se que os fornecedores financiam totalmente os 
estoques e uma parte das vendas. 
 
 
 
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- 47 - 
Ciclo Operacional e Financeiro, representado pelos prazos médios anteriormente. 
 
PMRE = 74 dias 
PMRD = 29 dias 
PMPF = 51 dias 
 
Ciclo Operacional
compra venda recebimento
Pagamento
Ciclo Financeiro
103
74 29
PMRE PMRD
PMPF
51 
 
 
 
Conclusão: O Ciclo Operacional é de 103 dias, isto é, o período entre a compra 
da matéria-prima e o recebimento das vendas, enquanto o Ciclo Financeiro é de 
52 dias, pois os fornecedores estão financiando apenas 51 dias. O ciclo financeiro 
é a parcela do Ciclo Operacional que não é financiada pelos fornecedores, no qual 
a empresa precisa buscar capital de giro de outras fontes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 48 - 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 
 
Capital de Giro sob uma nova ótica é o recurso investido nas contas do balanço 
(Ativo¬) ligadas diretamente ao processo produtivo da empresa. Ex.: Estoque, 
Duplicatas a Receber, etc (Ativo Circulante Operacional). 
 
Considera-se que esse capital de giro origina-se em parte ou integralmente por 
aquelas contas também ligadas ao processo produtivo da empresa, localizadas no 
passivo. 
Ex.: Fornecedores, Salários a pagar (Passivo Circulante Operacional). 
 
* Quando o Capital de Giro necessário para manter o Ativo Circulante 
Operacional for maior que o valor originado pelo Passivo Circulante 
Operacional, diz-se que a empresa tem Necessidade de Capital de 
Giro (NCG). 
 
Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
 
Para encontrar a necessidade de Capital de Giro de uma empresa, é preciso em 
primeiro lugar reclassificar as contasdo balanço, conforme abaixo: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante 
Financeiro 
Passivo Circulante 
Financeiro 
Ativo Circulante 
Operacional 
Passivo Circulante 
Operacional 
Ativo 
Não 
Circulante 
Passivo 
Não 
Circulante 
 
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- 49 - 
Ativo (Aplicação dos recursos) 
 
Ativo Circulante Financeiro 
É basicamente representado pelas Disponibilidades, Aplicações Financeiras e 
outras contas Realizáveis a Curto Prazo ligadas diretamente à área financeira da 
empresa. 
Ativo Circulante Operacional 
É o grupo de contas que se renova de acordo com a produção da empresa, 
portanto estão diretamente ligadas à área operacional, normalmente 
representadas pelas contas Duplicatas a Receber, Estoques etc. 
Ativo não Circulante 
É o grupo de contas de caráter permanente (fixas) da empresa, ou seja, aquelas 
que não são movimentadas e substituídas com freqüência. São contas localizadas 
no Realizável a Longo Prazo e Permanente. 
 
Passivo (Origem dos recursos) 
 
Passivo Circulante Financeiro 
É constituído por financiamentos de curto prazo que representam fontes de 
recursos ocasionais Ex.: Empréstimos/Financiamentos, Duplicatas Descontadas e 
outras contas que não figuram com freqüência no Passivo Circulante. 
Passivo Circulante Operacional 
A exemplo do ativo, também são contas ligadas a produção e que se 
movimentam em função da produção da empresa. Essas contas são 
constantemente renovadas Ex.: Fornecedores, Salários a Pagar, etc. 
Passivo não Circulante 
São as contas consideradas permanentes, pois seus valores são mantidos com 
freqüência no balanço, ou pelo menos por um longo prazo. Incluem-se nesse 
grupo: Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido. 
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- 50 - 
Resumo das Contas Reclassificadas 
 
Grupos 
 
ATIVO 
(Aplicações) 
PASSIVO 
(Origens) 
 
Circulante 
Financeiro 
 
 
Caixa e Banco 
 
Financiamentos a 
Curto Prazo 
 
Circulante 
Operacional 
 
 
Clientes e Estoque 
 
Fornecedores 
 
Não Circulante 
R.L.P. 
e 
Permanente 
 
E.L.P. e P.L. 
 
Logo NCG é a diferença entre os valores do Ativo Circulante Operacional e Passivo 
Circulante Operacional. 
 
 
 - - = 
 
 
Os recursos necessários para financiar a NCG deveriam ser oriundos de fontes 
permanentes, ou seja, a diferença entre o Passivo não Circulante e o Ativo não 
Circulante. 
 
 - = 
 
 
Quando a empresa necessitar de Capital de Giro e o saldo de Fundos 
Permanentes for inexistente ou insuficiente para suprir essa necessidade, ela terá 
que recorrer a empréstimos de curto prazo, representados pela diferença entre os 
 
Ativo Circulante 
Operacional 
 
Passivo Circulante 
Operacional 
 
N.C.G. 
Passivo Não 
Circulante 
Ativo Não 
Circulante 
 
Fundo Permanente 
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- 51 - 
valores do Ativo Circulante Financeiro e do Passivo Circulante Financeiro. (Saldo 
de Tesouraria) 
 
 
 - = 
 
 
As contas do Ativo Circulante Operacional são freqüentes nos balanços, pois uma 
empresa em atividade terá sempre saldo em estoque e duplicatas a receber, 
portanto quando essas contas estão sendo financiadas com empréstimos de Curto 
Prazo (Saldo de Tesouraria), a situação torna-se desconfortável para a empresa, 
tendo em vista a pouca confiabilidade desse tipo de empréstimo como fonte de 
recursos renováveis, além do alto custo financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ativo Circulante 
Financeiro 
 
Passivo Circulante 
Financeiro 
 
Saldo de 
Tesouraria 
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- 52 - 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
 Análise Financeira de Balanço 
Autor: Dante C. Matarazzo 
Editora Atlas - ano 1988 - 2ª edição 
 
 Análise da Correção das Demonstrações Financeiras 
Autor: Eliseu Martins 
Editora Atlas - ano 1987 - 2ª edição 
 
 Planejamento de Pequenas e Médias Empresas 
Autor: Haroldo Vinagre Brasil 
 
 Contabilidade Introdutória 
Autor: Equipe de professores da FEA/USP 
Editora Atlas - ano 1990 - 7ª edição 
 
 Administração Financeira 
Autor: Eliseu Martins e Alexandre Assaf Neto 
Editora Atlas - ano 1985 - 1ª edição 
 
 Manual de Contabilidade para não Contadores 
Autor: Sérgio de Indícibus e José Carlos Marion 
Editora Atlas - ano 1992 - 1ª edição 
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