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Imunidade Inata 1 Imunidade Inata Autor A Alana Zottis CLASS MODE LIVRO TEXTO OK TOPIC Capítulo 4 Abbas Caracterize brevemente Imunidade Inata: Primeira barreira contra os MO, faz bloqueio primário contra infecções, controla ou elimina as infecções e induz o funcionamento da resposta IA, além de realizar reparo tecidual. Faz reposta rápida e não específica (reconhece moléculas existentes em vários MO ao mesmo tempo ou padrões de resposta ao dano). Uma segunda resposta será igual à primeira (não forma memória). Quais os componentes da imunidade inata e quais as principais células? Barreiras epiteliais e mucosas, Células da II (fagócitos: monócitos e neutrófilos; células dendríticas; células linfoides inatas como células NK; mastócitos e células T e B com diversidade limitada de receptores), Sistema Complemento. O que é reconhecido pelas células da imunidade inata para iniciar resposta imune? PAMPs e DAMPs. PAMPs são comuns a vários MO e geralmente são estruturas necessárias para a sobrevivência dos MO (assim eles não podem sofrer processo evolutivo e deixar de expressar essas estruturas para 'fugir' do sistema imune). São PAMP's: RNA fita dupla virais, LPS e peptidioglicanos da PC bacteriana, oligossacarídeos com resíduos de manose terminal, DNA CpG não-metilado etc. Quais são os receptores de reconhecimento padrão associados a células da II? TLR, NLR, RLR e Sensores citosólicos de DNA CDS. Outros são CLR, Scavenger e FPR1. Quais são os TLR de MP e os endossomais? Imunidade Inata 2 MP tipos 1, 2, 4, 5, 6. Endossomais: 3, 7, 8, 9. O que cada receptor TLR reconhece? TLR 2 ácido lipotetoico TLR 4 LPS TLR 3 RNA TLR 9 CpG não metilado e DNA fitas simples e dupla TLR 7 e 8 RNA fita simples Quais os fatores de transcrição ativados pela ligação de um MO a um TLR? NF-kB e AP1, levando à produção de citocinas inflamatórias, quimiocinas e moléculas de adesão. IRF3 e IRF7, levando à produção de IFN tipo 1. Quais TLR levam à produção de quais fatores de transcrição e quais os adaptadores são usados? As exceções TLR que não levam a produção dos dois fatores de transcrição NF-kB e IRF3 são o TLR 3, que só produz IRF3, pelo adaptador MyD88, e TLR 7 e 9 que, apesar de produzirem ambos NF-kB e IRF3, o fazem apenas pelo adaptados MyD88. Outros TLR usam tanto adaptador MyD88, produzindo NF-kB, quanto TRIF, produzindo IRF3. Qual o mecanismo da inflamassoma e quais doenças ocorrem quando ela está desregulada? NLR do tipo NLRP3 responde a PAMPs e DAMPs citosólicos formando um oligômero, se juntando a uma proteína adaptador ASC e a uma caspase-1 inativa. No processo de ativação da caspase, ocorre a conversão de pró-IL1b em IL1b, assim como de pró-IL18 em IL18, ambas citocinas com funções inflamatórias/protetoras do hospedeiro. Doenças com falhas no mecanismo da inflamassoma incluem gota (deposição de cristais de ácido úrico nas articulações 'superativa' a inflamassoma, levando a inflamação e dor) e CAPS (por ativação desregulada da inflamassoma, levando à produção exacerbada de IL1b e ataques recorrentes de febre e inflamação localizada), chamadas também de síndromes autoinflamatórias. Como funcionam as funções protetoras das barreiras epiteliais? Imunidade Inata 3 As células são justapostas e formam uma barreira contínua contra os MO (barreira física). Além disso, produzem substâncias como queratina e muco, que auxiliam na não entrada de MO. Em adição, as células epiteliais também produzem substâncias microbicidas, como catelecidinas (produzida também por neutrófilos, é tóxica diretamente contra MO e ajuda na ativação de leucócitos) e defensinas (produzidas também por células NK, CLT e neutrófilos, nas células de Paneth limitam a quantidade de MO legais da luz intestinal e são tóxicas aos demais MO, também ativando células da resposta inflamatória). Na barreira epitelial também há células linfoides T intraepiteliais (pouca diversidade de receptores). Quais as funções da células dendríticas? Carregam MO e funcionam como APCs aos Linfócitos T. Produzem citocinas e coestimuladores (segundos sinais). Direcionam a diferenciação dos Linfócitos T de acordo com o MO capturado. Quais são as funções da células NK (linfócitos inatos tipo 1? Matam células infectadas exocitando grânulos de proteínas e produzem IFN-gama (que ativa macrófagos para que eles tenham maior poder fagocítico). Diferencie os receptores ativadores e inibitórios da células NK e o papel do MHC Classe I Células NK possuem receptores ativadores e inibitórios que controlam sua ação contra células infectadas e quando elas se deparam com células normais do hospedeiro. Receptores ativadores (do tipo KIRK, lectina tipo C NKGD2 ou lectina tipo C CD16 se ligam a células danificadas e infectadas (receptores IgG1 e IgG3, que tem seu MHC Classe I inibido, e realizam sua atividade citotóxica. Eles tem motivos estruturais ITAM. Receptores inibitórios KIR, lectinas CD94/NKG2A ou LIR reconhecem as moléculas MHC Classe I nas células normais do hospedeiro, o que bloqueia a atividade citotóxica das células NK. Eles possuem motivos estruturais ITIM. NK fazem, portando, atividade de reconhecimento de FALTA DO PRÓPRIO. Imunidade Inata 4 Quais citocinas estimulam células NK? IL12, produzido por macrófagos, e IL18, que também são fatores de crescimento. IL15 e IFN1. Quais são as funções dos mastócitos? Mastócitos fazem secreção de citocinas pró-inflamatórias como TNF e de mediadores lipídicos de resposta a infecções, como as prostaglandinas (que promovem febre). Secretam histamina, amina vasoativa da inflamação aguda, que promove vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar; e enzimas proteolíticas. Qual o papel geral das moléculas efetores da II? Agir como opsoninas, promover respostas que trazem mais fagócitos para os locais de infecção e, algumas vezes, matar o MO. Quais são as moléculas efetoras da II? Sistema complemento, pentraxinas, colectinas e ficolinas. Descreva as vias de ação das proteínas do complemento, citando quais as proteínas envolvidas em cada via: Na via clássica, a proteína plasmática C1q se liga à Fração Constante FC dos Ac ligados nos MO, promovendo cascata proteolítica por Cr1 e C1s ativas. Na via alternativa, a proteína plasmática C3 reconhece estruturas da superfície microbiana e desencadeia cascata. Lembrar que C3 também se liga a receptores de células normais do hospedeiro, mas estas possuem moléculas regulatórias na superfície que a bloqueia (distinção do próprio do não-próprio). Na via da lectina, MBL (lectina ligante) se liga a resíduos de manose terminal do MO, desencadeando cascata por MASP 1 e MASP 2, levando a proteólise da via clássica. Todas elas resultam no recrutamento sequencial e montagem de proteínas adicionais de complemento em complexos de proteases Ex.: a complexo protease C3 convertase). Imunidade Inata 5 Qual o produto final da via clássica das proteínas do complemento e como se chega nele? É o MAC, que gera lise celular. É gerado a partir da C3 convertase, que quebra C3 em C3b e C3a. A C3b forma a C5 convertase, que cliva a C5 em C5a e C5b, esta formando um complexo de ataque na membrana = MAC. Quais são as pentraxinas e como elas atuam? PCR (proteína C reativa) e SAP (amiloide P sérico) se ligam a várias espécias de bactérias e fungos e são reagentes de fase aguda: sua presença no exame de sangue indica resposta inflamatória aguda. PTX3 (pentraxina longa) é produzida em resposta a citocinas inflamatórias como o TNF, mas não é reagente de fase aguda. É importante no reconhecimento do vírus Influenza. Quais são os passos da resposta inflamatória? Recrutamento de leucócitos para os locais de infecção pela produção de citocinas pró-inflamatórias pelas células do tecido. Ingestão e morte de MO por fagócitos. Ocorrência de consequências sistêmicas e patológicas (desenvolvimento de sintomas/manifestação clínica associada a defesa do hospedeiro.Quais as principais citocinas pró-inflamatórias e suas funções? TNF alfa É crítica para respostas inflamatórias agudas e media tais repostas. É produzido por macrófagos residentes e células dendríticas, se liga a receptores de TNFR1 e R2, que fazem recrutamento de fatores associados ao receptor de TNF e ativam fatores de transcrição NF-kB e AP1. Importante no choque séptico (suas concentrações podem indicar prognóstico da infecção). IL1 É mediador de resposta inflamatória aguda, é produzido por fagócitos mononucleares ativados, neutrófilos, células endoteliais e células epiteliais, seu principal atuante é o IL1b, que é liberado principalmente Imunidade Inata 6 com a morte da célula produtora. O IL1b se liga a receptor para IL1 na MP das células endoteliais, epiteliais e de leucócitos e ativa os fatores de transcrição NF-kB e AP1. Pode ser produzido tanto pela ativadação de TLR ou NLR, por NF-kB; ou pela ativação de inflamassoma no citoplasma, medida por NLRP3. IL6 Produzido por fagócitos mononucleares ativados, fibroblastos e células endoteliais, ele promove a síntese de mediadores inflamatórios no fígado PCR, produção de neutrófilos na medula e diferenciação de Linfócitos T produtores de IL17. O receptor em ligação ativa via que gera a produção de STAT3. IL12 Produzido por macrófagos, aumenta a citotoxicidade e promove a produção de INF1 das células NK e T (nas quais também promove a diferenciação): via STAT4. É bloqueada por Ac específicos para p40 (uma de suas subunidades): isso é usado no tratamento de doenças inflamatórias como psoríase e doença do intestino irritável. Mecanismo também possível para IL23, já que ambas promovem diferenciação de linfócitos T em Th17. Como (e o que é) ocorre o choque séptico? Quando o LPS proteico ou o ácido lipotetoico é reconhecido por receptores do tipo Toll por células residentes nos tecidos, elas vão produzir citocinas pró-inflamatórias, como IFN1, IL12, IL6 e, principalmente nesse caso, TNF, que prediz o resultado das infecções bacterianas de acordo com sua concentração sanguínea. Essas citocinas levam a uma série de consequências no metabolismo do hospedeiro, como menor contratibilidade miocárdioca e tônus do músculo liso vascular, levando a diminuição da pressão arterial e choque (colapso vascular); trombose vascular por prejuízo de mecanismos anticoagulantes (o TNF impede diminui ação da trombomodulina no endotélio); caquexia, que é fadiga em células musculares e adiposas; e distúrbios metabólicos. Como ocorre a resposta metabólica e manifestação de sintomas clínicos contra as principais citocinas pró-inflamatórias? TNF e IL1 agem no hipotálamo produzindo febre pela maior síntese de prostaglandinas (molécula efetora da imunidade inata). Imunidade Inata 7 IL1 e IL6 agem no fígado, nos hepatócitos, promovendo a produção de reagentes de fase aguda PCR e SAP, com papel protetor, e fibrinogênio, que ajuda a promover homeostasia e reparo tecidual). Como é mediada a resposta antiviral? Estímulos de ácidos nucleicos virais ativam RLR, TLR 3,7,8 e 9 (endossomais) e sensores de DNA no citosol, que ativam fatores de transcrição IRF que levam a produção de IFN tipo I. O IFN tipo I bloqueia a replicação viral pois ativa fatores de transcrição STAT 1, 2 e 3, os quais promovem estado antiviral nas células (bloqueio de transcrição e degradação de RNA viral), sequestro de linfócitos nos linfonodos maximizando as chances de encontro de antígeno específico e aumentam a citotoxicidade de células NK e Linfóctios T CD8, além de regular a expressão de MHC Classe I. Proteínas virais acumuladas ativam a via da apoptose e células infectadas são mais suscetíveis a apoptose mediada por TNF (sensibilidade maior a fatores extrínsecos indutores de apoptose). Como a II estimula a IA e quais as funções dos primeiros e segundos sinais? A II produz segundos sinais necessários para ativar Linfócitos, junto dos primeiros sinais (antígeno, que garante a especificidade da resposta). A presença de segundos sinais garante que a reposta IA se dê contra microrganismos/infecções danosas. e não contra antígenos inofensivos ou próprios. São segundos sinais: citocinas IL15, IL12, IL1, IL6 e IL23, coestimuladores e produtos das proteínas do complemento. Quais são mecanismos que limitam a II? Produtos da própria II, por feedback negativo, como: IL10, produzido por macrófagos, inibe produção de IL1, TNF e IL12 pelo mesmo macrófago. IL 1RA, é um inibidor competitivo da IL1, é produzido por fagócitos mononucleares. Vias de sinalização regulatórias negativas bloqueiam sinais ativadores gerados pelos receptores de reconhecimento padrão e citocinas.
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