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EM_V03_PORTUGUÊS LIVRO DE ATIVIDADES_PROFESSOR

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Prévia do material em texto

©Shutterstock/Jocic
Livro do Professor
Volume 3
Livro de 
atividades
Língua Portuguesa
Caibar P. Magalhães Jr.
©Editora Positivo Ltda., 2017 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) 
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
M188 Magalhães Jr., Caibar P.
 Língua portuguesa : livro de atividades / Caibar P. Magalhães Jr. – 
Curitiba : Positivo, 2017.
 v. 3 : il.
 ISBN 978-85-467-1933-4 (Livro do professor)
 ISBN 978-85-467-1934-1 (Livro do aluno)
 1. Ensino médio. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. I. Título.
CDD 373.33
Por dentro da notí
cia
05
Processo de formação de palavras
Composição
É o processo de formação de palavras que se dá pela associação de duas ou mais palavras ou de dois ou mais radicais.
Tipos de composição Descrição Exemplos
Justaposição
Junção de dois ou mais radicais ou 
palavras sem que haja alteração fonética 
ou gráfica. Pode haver hífen ou não.
paraquedas (para + quedas), 
malmequer (mal + me + quer), 
guarda-sol (guarda + sol)
Aglutinação
Junção de dois ou mais radicais ou 
palavras, com alteração de pelo menos 
um dos elementos formadores.
embora (em + boa + hora), 
planalto (plano + alto), 
pernalta (perna + alta)
Redução (ou abreviação)
É o processo de abreviação de palavras. Algumas apresentam tanto a forma plena quanto a reduzida. Ex.: moto (de motocicleta), pornô (de 
pornográfico), quilo (de quilograma), pneu (de pneumático).
Hibridismo
Ocorre em palavras que se formam com a junção de radicais de origem diferente. Ex.: monocultura (mono – grego + cultura – latim), automó-
vel (auto – grego + móvel – latim).
Onomatopeia
Nesse processo, sons e ruídos de seres animados ou inanimados são representados, na escrita, de modo aproximado. Ex.: miau! (gato), splash! 
(mergulho na água), triiim! (campainha).
Estrangeirismo
Consiste no emprego de palavras de outros idiomas introduzidas em determinada língua. Veja alguns exemplos para o português brasileiro:
 • estrangeirismos aportuguesados: bufê (do francês buffet), ateliê (do francês atelier), iate (do inglês yacht).
 • estrangeirismos não aportuguesados: shopping, glamour, fashion, e-mail, design, site.
2 Volume 3
Atividades
1. Relacione as colunas considerando o processo de formação das palavras.
( 1 ) vaivém
( 2 ) trânsito
( 3 ) (o) sim
( 4 ) engarrafar
( 5 ) constantemente
( 6 ) imperdoável
( 7 ) reler
( 8 ) extra
( 9 ) shopping
( 10 ) Florianópolis
( 11 ) hidrelétrica
a) ( 1 ) justaposição
b) (11) aglutinação
c) (10) hibridismo
d) ( 7 ) prefixação
e) ( 5 ) sufixação
f) ( 6 ) prefixação e sufixação
g) ( 4 ) parassíntese
h) ( 2 ) derivação regressiva
i) ( 3 ) derivação imprópria
j) ( 8 ) redução
k) ( 9 ) estrangeirismo
2. (AMAN – RJ) Que item contém somente palavras formadas por justaposição?
a) desagradável – complemente
X b) vaga-lume – pé-de-cabra 
c) encruzilhada – estremeceu
d) supersticiosa – valiosas
e) desatarraxou – estremeceu 
3. (UFAM) Assinale a opção que apresenta palavra(s) composta(s) por aglutinação:
a) Há quem considere a televisão um passatempo pouco instrutivo.
b) O biólogo cultivava girassóis e madressilvas em sua fazenda na rodovia Norte-Sul.
X c) Embora se dissesse fidalgo, costumava tomar aguardente nas tascas do cais do porto.
d) O representante do time bicampeão foi convidado a dar o pontapé inicial da partida.
e) O grão-mestre tinha o proveitoso hobby de ler e reler os autores greco-latinos.
4. (FAAP – SP) IMÓVEL (in + móvel), processo de formação de palavra a que chamamos:
a) composição por aglutinação.
b) composição por justaposição.
X c) derivação prefixal.
d) derivação sufixal.
e) parassintetismo. 
5. (FAAP – SP) Ao crítico deu ele o RONROM. O processo pelo qual se formou a palavra grifada:
a) derivação prefixial.
b) derivação parassintética.
c) regressiva.
d) composição por aglutinação.
X e) onomatopeia.
Língua Portuguesa 3
6. Leia, a seguir, o excerto de um poema de Manoel de Barros.
Agora só espero a despalavra: a palavra nascida
para o canto – desde os pássaros.
A palavra sem pronúncia, ágrafa.
[...]
O antesmente verbal: a despalavra mesmo.
BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010. p. 358.
 Classifique o processo de formação das palavras a seguir, retiradas do fragmento do poema.
 a) despalavra: prefixação – prefixo des- + a palavra palavra 
 b) canto: derivação regressiva – cantar > o canto 
 c) ágrafa: prefixação – prefixo a (indicando negação) + grafa (escrita) 
 d) antesmente: neologismo formado por sufixação – ao advérbio antes se adicionou o sufixo -mente, indicando modo. 
7. (INSPER – SP)
O atropelamento de ciclistas em Porto Alegre na semana 
passada acirrou os ânimos desse grupo, que reagiu com 
“bicicletadas” de protesto. 
O paulistano Renato Zerbinato, 34, se envolveu com o 
cicloativismo há dois anos, após se mudar para Brasília, 
cidade que define como “extremamente hostil” aos ciclistas 
devido às vias rápidas. 
Ele vê uma “guerra velada” entre ciclistas e motoris-
tas, que, reclama, não costumam respeitar a distância de 
1,5 m do ciclista e o direito de bicicletas e carros dividirem 
a pista, previstos no Código Brasileiro de Trânsito. 
Folha de São Paulo, 9 mar. 2011.
 Considere as afirmações:
 I. Por associação a outras palavras que também empregam o sufixo “-ada”, um leitor incauto poderia imaginar que 
“bicicletada” significa “usar a bicicleta como arma para golpear alguém”.
 II. Se optasse pelo mesmo processo de formação de “monstroristas” e “mautoristas” para relatar um atropelamento 
provocado por um condutor embriagado, o jornalista poderia usar o neologismo “alcooltecimento”.
 III. O substantivo “cicloativismo”, no contexto em que ocorre, sugere ideia de “intervalo”, “período”, indicando que 
movimentos engajados, como o mencionado na notícia, são esporádicos.
 Está(ão) correta(s): 
a) I, II e III. 
X b) Apenas I e II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) Apenas II.
8. (UFT – Copese – TO) Leia o excerto a seguir e responda à questão.
Webcelebridade 
Maurício Cid não consegue dar uma volta no shopping em paz. Ele é reconhecido na rua, fãs pedem 
que conte piadas ou tuítam que o viram passando. As tietes, conhecidas entre os blogueiros como “ma-
rias page ranks”, chegam a dizer que o amam, o chamam para sair e até mandam mensagens maldosas 
para a namorada dele. [...] Formado em ciência da computação, ele sempre foi fã da internet: chegou 
 “Monstroristas”, “mautoristas”, “frustrados que 
compraram carro para respirar fumaça”, “covardes”. 
É assim que ciclistas engajados na defesa do uso 
de bicicleta como meio de transporte urbano 
chamam motoristas de carros, ônibus e afins. 
4 Volume 3
a comandar 1.024 comunidades de humor do orkut, só por hobby – e, por causa delas, 5 milhões de 
pessoas já conheciam Cid quando ele resolveu lançar o blog. [...] Cid faz posts e tweets patrocinados e 
trabalhos eventuais para agências de mídias sociais. [...] 
Revista Gol. Abril/2011 
 Observe as palavras e expressões em negrito e assinale a alternativa correta. 
X a) Tuítam é um neologismo formado a partir de um estrangeirismo, já adaptado à estrutura da língua portuguesa 
enquanto verbo. 
b) Posts e tweets são neologismos formados por estrangeirismos já adaptados à estrutura da língua portuguesa, 
como a exemplo de blogueiros e tuítam. 
c) Blogueiros é um neologismo, mas ainda não está adaptado à língua portuguesa. 
d) Mídias sociais é uma expressão nova que se refere a patrocínios e trabalhos eventuais na internet. 
e) Maria page ranks é uma expressão nova que significa, no texto, comunidades de tietes.
9. Leia, a seguir, um trecho de uma entrevista dada pelo linguista José Luiz Fiorin. 
FR – O que o sr. acha da presença de estrangeirismos na língua portuguesa no Brasil? É preciso evitar?
Fiorin – O deputado federal Aldo Rebelo, líder do PC do B na Câmara,apresentou um projeto que 
se chama “Promoção, Defesa e Proteção do Idioma”. Nesse projeto, o deputado pretende que a publi-
cidade deixe de usar palavras de língua estrangeira. Ora, o léxico de uma língua é formado de palavras 
vindas de todas as procedências. Hoje, dizem que temos uma invasão do inglês. No começo do século, 
diziam que era do francês. Na época, os puristas propuseram uma porção de vernáculos para subs-
tituir as palavras de línguas estrangeiras, que não pegaram, como chamar futebol de ludopédio. Con-
traria a natureza da língua essa regulamentação por lei. É o uso que faz a língua. É claro que do estrito 
ponto de vista comunicacional, não é admissível colocar “delivery” ao invés de “entrega em domicílio”. 
Agora, do ponto de vista da conotação da modernidade, o uso do inglês tem um sentido ligeiramente 
diferente. “Entrega em domicílio” conota todas as tradições brasileiras, enquanto “delivery” conota a 
modernidade, a eficiência. E a gente não pode ignorar essas coisas, fazendo uma lei que determine o 
que as pessoas vão falar, assim ou assado.
FIORIN, José Luiz. Língua solta. Folha da Região. Araçatuba, 27 fev. 2000. Entrevista. Disponível em: <www.folhadaregiao.com.br/
jornal/2000/02/27/dia2.php>. Acesso em: 28 jun. 2015. 
 Levando em conta as palavras do entrevistado, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso.
 I. ( V ) Fiorin chama as pessoas que condenam a inserção de estrangeirismos em nossa língua de “puristas”.
 II. ( F ) Fiorin considera natural chamar “futebol” de “ludopédio”.
 III. ( V ) Segundo Fiorin, a lei proposta por Rebelo vai contra a natureza da língua.
 IV. ( V ) Seguindo o mesmo raciocínio de Fiorin, é possível afirmar que as pessoas adaptam as palavras às suas ne-
cessidades de uso.
 V. ( V ) Empregar a palavra inglesa delivery em vez de “entrega em domicílio” se justifica em função da adaptação da 
língua à modernidade.
 A sequência correta é:
a) V – F – V – F – V
X b) V – F – V – V – V
c) F – V – F – V – F
d) V – V – F – V – V
e) V – F – F – V – F
vernáculo: nome dado à língua nativa de um 
determinado país. No contexto, refere-se a termos 
próprios da língua portuguesa.
Língua Portuguesa 5
10. Considere a capa de revista para responder às questões.
Engov: remédio, bastante conhecido, indicado para ressaca, enjoo e mal-estar.
DICAS INFO EXAME, ed. 
73. Disponível em: <www.
tramaweb.com.br/upload/midia/
gde/jan_2010211135114.09_
DicasInfo_Capa.jpg.> Acesso 
em: 29 jun. 2015.
11. Leia os textos a seguir e responda às questões propostas.
 Texto 1
[...]
Mas fica ligada no link
Que eu vou confessar my love
Depois do décimo drink
Só um bom e velho Engov
[...]
BALEIRO, Zeca. Samba do approach. Intérprete: Zeca Baleiro. In: ______. Vô imbolá. [S.l.]: MZA Music/Universal, 1999. 1 CD. Faixa 13.
 Texto 2
Zeca Baleiro – A ideia era fazer uma canção que ironizasse o nosso deslumbramento provinciano com 
outras línguas, especialmente o inglês. No passado, sofremos grande influência do francês e atualmente 
vivemos sob o domínio da língua inglesa. Essa influência, em certa medida, pode ser saudável e charmo-
sa, e já nos legou belas palavras, como abajur, futebol, vanguarda e faroeste, plenamente incorporadas 
à nossa fala. 
BALEIRO, Zeca. English is everywhere, até no samba. CEL LEP team, n. 32, fev. 2004. Entrevista. Disponível em: <http://cellepteam.cellep.
com/edicao_32/interview.htm>. Acesso em: 29 jun. 2015.
 Sabendo-se que o texto 2 é parte de uma entrevista em que Zeca Baleiro comenta a criação da música Samba do 
approach, responda às questões.
a) Como se chama o processo que introduz palavras e expressões de outros idiomas em nossa língua, como “link”, 
“my love” e “drink”, utilizadas por Zeca Baleiro no texto 1?
Estrangeirismo.
b) Com que objetivo Zeca Baleiro escolheu essas palavras, segundo a entrevista?
Ele ironiza o deslumbramento dos brasileiros com palavras de outros idiomas, especialmente do inglês.
a) Classifique o processo de formação da palavra “Pen 
drive-se” e justifique sua resposta. 
b) Levando em conta o texto que se encontra logo 
abaixo do título de capa, explique o significado do 
título.
6 Volume 3
c) O que Zeca Baleiro pensa sobre o uso de termos ingleses pelos brasileiros?
Apesar de criticar o deslumbramento, especialmente com o inglês, compreende que muitas palavras estrangeiras 
estão perfeitamente adaptadas ao nosso vocabulário, além de considerar a influência "saudável" e "charmosa".
12. Leia abaixo o trecho de uma outra canção de autoria de Zeca Baleiro.
drumembêis, drumembêis, drumembêis
todo mundo mundo tá entrando
na onda do drumembêis
BALEIRO, Zeca. Drumembêis. Intérprete: Zeca Baleiro. In: ______. Petshop Mundo cão. [S.l.]: MZA Music/Abril Music, 2002. 1 CD. Faixa 7.
 Classifique a palavra “drumembêis”, tendo em vista os processos de formação de palavras que você estudou.
Trata-se de um neologismo, criado com base em um estrangeirismo. Nessa palavra houve também o processo de composição, pois se
originou de duas palavras do inglês que foram adaptadas à língua portuguesa: drum e bass.
13. (FUNRIO) 
Fonte: http://www.eeeitacoisa.com.br/tag/placas-engracadas/page/9/
 Eis uma interpretação possível para a placa: “É a frase de um brasileiro que diz não saber bem a língua , 
mas expõe sua dificuldade com a língua .” 
 Assinale a única alternativa que contém as duas palavras que devem ser usadas para completar coerentemente as 
lacunas. 
X a) estrangeira & vernácula. 
b) vernácula & lusitana. 
c) portuguesa & materna. 
d) materna & estrangeira. 
e) lusitana & portuguesa. 
14. Na placa, a forma “distróio” foi empregada segundo a língua-padrão?
Não, por dois motivos: primeiro, porque a 1ª. pessoa do presente do indicativo do verbo destruir é destruo, e não “distróio”; segundo, 
porque, se essa palavra fizesse parte do nosso léxico, não deveria ser acentuada, uma vez que se trata de uma paroxítona cuja sílaba 
tônica é formada pelo ditongo aberto oi.
15. O que provoca o efeito de humor nesse texto?
O efeito de humor é produzido pela contradição entre o que o enunciador pretende dizer (que não sabe inglês, mas que sabe bem 
o português) e a forma equivocada com que usa uma forma verbal da língua portuguesa. O efeito se amplia ainda mais pelo ato de 
ele ter escolhido o verbo destruir para dizer que é muito bom em português, e, ao fazer isso, ele não usa a norma-padrão.
drumembêis: palavra proveniente do inglês, drum and bass, que é um tipo de música eletrônica.
Língua Portuguesa 7
16. (UFJF – MG) Observe o gráfico abaixo, modificado no formato, com base nos dados publicados no site.
www.fflch.usp.br/dlcv/neo/Dados_quantitativos.htm
 Utilizando os dados do gráfico acima, comente a presença dos estrangeirismos no Português do Brasil. 
Primeiramente, é importante reconhecer que o português é influenciado em sua formação por 
diversas línguas, ou seja, não há um português “puro”. Além disso, o que mais chama a atenção no gráfico é a massiva presença da 
influência de palavras inglesas em nosso léxico (quase 80% dos estrangeirismos em nossa língua). 
17. (ESPM) O processo de formação de palavra do neologismo “malufar” consiste em acrescentar ao substantivo próprio 
“Maluf” uma desinência verbal. O mesmo ocorre em:
a) “Voltamos a claudicar na finalização, mas está tudo em aberto para os jogos seguintes.” (www.futsalportugal. 
com.pt).
X b) “A fúria desse front / Virá lapidar o sonho / Até gerar o som / Como querer caetanear / O que há de bom” (“Sina”, 
Djavan).
c) “Aos tantos, não parava, andorinhava, espiava agora.” (“Partida do audaz navegante”, Guimarães Rosa).
d) “Não vá, vem cá / Me amar cantarolar / Menina / No embalo dessa dança sambareguear / Sambareguear, samba-
reguear...” (“Sambaguerrear”, Rapazolla).
e) “Nesse momento um mulato da maior mulataria trepou numa estátua e principiou um discurso entusiasmado 
explicando pra Macunaíma que era o dia do Cruzeiro.”(Macunaíma, Mário de Andrade).
18. (UFSC) 
Estrangeirismos: “skate” ou “esqueite”?
Um dos fatores relevantes de variedade linguística são os empréstimos vocabulares em consequência do 
intercâmbio cultural, político e econômico entre as nações. Em geral, os países mais poderosos acabam 
“exportando” para os países menos poderosos palavras que definem novos objetos e necessidades em 
novas áreas de conhecimento. 
Em princípio, não há nada de mau nesse intercâmbio vocabular, a importação de vocabulário está na 
essência mesmo do crescimento das línguas modernas. Por exemplo, praticamente 50% das palavras da 
língua inglesa são de origem latina, em decorrência da dominação do Império Romano e, mais tarde, 
da dominação dos normandos, embora o inglês seja uma língua não latina. [...] 
8 Volume 3
Modernamente, temos um exemplo fortíssimo no Brasil: o crescimento da informática entre nós aca-
bou importando uma grande quantidade de palavras de origem inglesa para designar objetos e funções 
antes inexistentes. Nesse processo histórico, algumas palavras importadas “pegam” e se incorporam à 
língua, adaptando-se foneticamente, isto é, aos sons do português [...], e outras são substituídas. Du-
rante um tempo, a palavra estrangeira transita “entre aspas”, até se adaptar ou ser substituída por outra. 
Exemplos: football adaptou-se para futebol, mas corner, de largo uso antigamente, acabou sendo subs-
tituída por escanteio. No caso da informática, já se usa salvar no lugar do inglês save (quando poderia 
ser usado simplesmente gravar), mas software ainda está à solta, à procura de uma solução... A palavra 
mouse (= camundongo), para designar o popular utensílio de amplíssimo uso nos computadores, ainda 
continua grafada em inglês, mas não é impossível que em pouco tempo ela esteja nos dicionários como 
mause, definitivamente incorporada ao nosso léxico (como o Aurélio, por exemplo, já oficializou a pa-
lavra máuser, designando um tipo de arma de origem alemã). [...] 
É bom lembrar que o empréstimo vocabular não é sinal de “decadência da língua”, mas justamente 
de vitalidade de sua cultura, em confluência com outras culturas e outras linguagens. E esse é, de fato, 
um terreno em que pouco se pode fazer oficialmente – o uso cotidiano da língua, multiplicado na di-
versificação de atividades dos seus milhões de usuários, pela fala e pela escrita, acaba separando o joio 
do trigo, consagrando formas novas e fazendo desaparecer outras. O fato é: não precisamos ter medo, 
porque a língua não corre perigo! Na verdade, os que correm perigo muitas vezes são os seus falantes, 
mas por outras razões! 
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 37-38. [Adaptado] 
 Considerando o texto, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) A pergunta formulada no título é respondida no texto: os autores defendem a grafia “skate”, pois se trata de um 
empréstimo vocabular. 
X (02) Uma das razões pelas quais as línguas variam e mudam são os empréstimos linguísticos. 
(04) Os exemplos apresentados no terceiro parágrafo evidenciam a exportação e a importação de palavras feitas pelo 
Brasil, isto é, um intercâmbio vocabular.
X (08) A importação de palavras em uma língua pode se resolver de duas maneiras: ou as palavras estrangeiras são 
incorporadas à língua, ou são substituídas por outras. 
(16) O uso de estrangeirismos não passa de um modismo elitista alimentado pela mídia nas áreas do esporte e da 
informática. 
X (32) Quem soluciona a questão dos estrangeirismos são os próprios falantes no uso diário da língua. 
(64) O estrangeirismo deve ser oficialmente combatido, pois coloca em risco a autonomia da língua portuguesa. 
 Somatório: 42 (02 + 08 + 32).
19. (FUVEST – SP) Examine a tirinha e responda ao que se pede.
 QUINO. Mafalda 2. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Língua Portuguesa 9
a) O sentido do texto se faz com base na polissemia de uma palavra. Identifique essa palavra e explique por que a 
indicou.
Trata-se da palavra “veículo”, que, no primeiro e no segundo quadrinhos, tem o sentido de “meio de comunicação” e, no último 
quadrinho, o sentido de “carro”, atribuído por Mafalda.
b) A tirinha visa produzir não só efeito humorístico mas também efeito crítico. Você concorda com essa afirmação? 
Justifique sua resposta.
Tanto o efeito humorístico quanto o crítico estão presentes na tirinha. O primeiro se dá por meio do sentido que Mafalda atribui ao 
termo “veículo”. O segundo, pela sugestão de que a televisão transmite muita violência, o que é enfatizado e evidenciado no terceiro 
quadrinho pelas palavras que representam tiros e de gemido, e também pelo comentário final de Mafalda.
20. No primeiro quadrinho há a palavra "TV". Identifique o processo de formação que deu origem a esssa palavra. 
A palavra "TV" é uma redução da palavra "televisão".
21. No terceiro quadrinho, aparecem as palavras “bang!” e “augh!”. Como se chama o processo de formação de palavras 
que deu origem a essas palavras?
Onomatopeia, pois se trata da representação escrita de ruídos de tiros e gemido.
22. (FUVEST – SP) Um dos recursos expressivos de Guimarães Rosa consiste em deslocar palavras da classe gramatical 
a que elas pertencem.
 Destas frases de “Sorôco, sua mãe, sua filha”, a única em que isso NÃO ocorre é:
a) “... os mais detrás quase que corriam. Foi o de não sair mais da memória”.
b) “... não queria dar-se em espetáculo, mas representava de outroras grandezas”.
X c) “... mas depois puxando pela voz ela pegou a cantar”.
d) “... sem jurisprudência, de motivo nem lugar, nenhum, mas pelo antes, pelo depois”.
e) “... ela batia com a cabeça, nos docementes”.
polissemia: capacidade que a palavra tem de apresentar múltiplos sentidos conforme o contexto.
10 Volume 3
Crônicas: um olha
r 
sobre o cotidiano
06
Classes de palavras
Na língua portuguesa, há dez classes de palavras ou classes gramaticais. No quadro abaixo, as seis primeiras são variáveis e as demais são 
invariáveis.
Classes de palavras Caracterização Exemplos
VA
RI
ÁV
EI
S
Substantivo Designa seres, lugares, ações, sentimentos, estados, sensações, etc.
casa, combate, José, Curitiba, canto, 
amor, gravidez, frio 
Adjetivo Atribui características aos substantivos.
bolo gostoso/ livro inédito/ vestido 
deslumbrante
Artigo
a) Definido Antecede o substantivo para individualizá-lo. o livro/ a moça 
b) Indefinido Antecede o substantivo para generalizá-lo. um livro/ uma moça
Pronome
Pode substituir um substantivo. Ela saiu. / Eu a vi. 
Pode acompanhar um substantivo. O meu livro. / Este caderno.
Verbo Exprime ações, estados ou fenômenos naturais.
Vim ontem. / Estou cansado. / 
Choveu muito.
Numeral
a) Cardinal Indica quantidade. um, dois, três, etc.
b) Ordinal Indica posição em uma sequência. primeiro, segundo, terceiro, etc.
c) Multiplicativo Indica aumento proporcional de quantidade. dobro, triplo, quádruplo, etc.
d) Fracionário Indica diminuição proporcional de quantidade. um terço, um quarto, um quinto, etc.
e) Coletivo Indica uma quantidade determinada de elementos dezena, centena, dúzia, etc.
IN
VA
RI
ÁV
EI
S
Preposição Conecta palavras, criando uma relação entre elas.
Carro de José. / Estava sem cami-
sa. / Ele foi para São Paulo. / O gato 
estava sob a mesa.
Advérbio Pode modificar
verbo Ela não saiu.
adjetivo Ele estava muito distraído. 
advérbio O paciente está muito bem. 
Conjunção Conecta orações ou termos de uma oração.
Saiu porque estava cansado.
Saiu, mas estava triste.
Interjeição Exprime emoção ou sensação súbita. Oba!, nossa!, ui!, ai!, oh!, puxa!
Língua Portuguesa 11
Substantivos
Os substantivos flexionam-se em gênero, número e grau.
Variação de gênero Características Exemplos
Substantivo biforme
Cada gênero (masculino e feminino) apresenta uma forma espe-
cífica.
homem, mulher; professor, profes-
sora; gato, gata.
Substantivo uniforme
Apresenta a mesma forma 
tanto para o masculino quanto 
para o feminino.
comum de doisgêneros 
Apresenta apenas uma forma 
tanto para o masculino quanto 
para o feminino. Apenas o ar-
tigo muda.
o dentista, a dentista;
o estudante, a estudante.
sobrecomum 
Tem apenas uma forma tanto 
para o masculino quanto para o 
feminino. Normalmente usado 
para indicar pessoas.
A criança, a testemunha, o cônjuge.
epiceno 
Tem apenas uma forma para o 
masculino e feminino, mas só 
se aplica a animais e plantas.
a cobra (macho ou fêmea), a aranha 
(macho ou fêmea), a baleia (macho 
ou fêmea).
Variação de número: singular ou plural.
Variação de grau Processo de formação Exemplos
Diminutivo
sintético garotinho, mulherzinha
analítico garoto pequeno, mulher pequena
Aumentativo
sintético garotão, mulherão
analítico garoto grande, mulher grande
12 Volume 3
Atividades
1. Leia o excerto a seguir, que se refere à classe gramatical dos adjetivos.
A anteposição ou posposição de adjetivos aos substantivos implica mudança de significado. É conhe-
cida nas escolas a frase: 
“Rui Barbosa foi um grande homem, mas não um homem grande”. 
A anteposição do adjetivo “grande” expressa o significado de escritor famoso, erudito; a posposição 
dele indica a estatura do homem, pois ele media um metro e meio.
A significação é alterada, como com o adjetivo bom/boa, em “bom professor” (competente) x “pro-
fessor bom” (bondoso) e “boa mulher” (bondosa) x “mulher boa” (atraente) − esta se tornou bordão no 
humorístico Zorra Total, com Maria Clara Gueiros: “Ô mulher boa!”.
WAGNER, Luiz Roberto; CUNHA, Djenane Sichieri Wagner. Um adjetivo para Fina Estampa. Língua Portuguesa, mar. 2012. Disponível em: 
<http://revistalingua.com.br/textos/77/um-adjetivo-para-fina-estampa-252522-1.asp>. Acesso em: 7 jul. 2015.
a) Qual a diferença de sentido entre as expressões a seguir?
• budista japonês e japonês budista: na primeira expressão, trata-se de um budista que é de nacionalidade japonesa; na 
 segunda, de um japonês que é adepto do budismo. 
• senhor artista e artista senhor: na primeira expressão, trata-se de um artista admirável, ótimo profissional; na segunda, 
 de um artista idoso. 
b) A expressão "velho amigo" pode ser ambígua se não levarmos em conta o contexto. Justifique.
A ambiguidade se dá porque é possível considerar a palavra “velho” tanto como substantivo quanto como adjetivo, o mesmo 
ocorrendo com a palavra “amigo”. Isso significa que a referência pode ser a um velho que é uma pessoa amiga ou a um amigo 
antigo, conhecido de muito tempo.
c) Em qual dos pares a seguir a mudança de ordem altera mais significativamente o sentido?
 I maçã deliciosa, deliciosa maçã
 II piratas perversos, perversos piratas
 III fria manhã, manhã fria
X IV novas mulheres, mulheres novas
2. (INSPER – SP) Utilize o excerto abaixo para responder à questão. 
[...] 
O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma peça publicitária que, para enaltecer 
as qualidades de um carro, compara dois atores, um considerado um grande ator e o outro, um 
ator grande. Nesse comercial, é um brasileiro que se presta a ocupar o lugar de ator grande (com 
atuação considerada muito ruim em sua profissão). Foi dessa maneira que ele saiu do ostracis-
mo e voltou a ser “famoso”. 
Muitos jovens enalteceram a coragem do moço, sua beleza e o dinheiro que ele ganhou para 
fazer parte dessa campanha. [...] 
SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, 13/09/2011
 No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos 
de sentido. A alteração da ordem das palavras só NÃO produz mudanças de sentido em: 
a) pobre homem. 
b) estrela esportista.
c) poesia simples. 
X d) novo modelo. 
e) homem algum.
Língua Portuguesa 13
3. (INSPER – SP) Utilize o texto publicitário abaixo para responder ao teste a seguir.
 
Época, 06/06/2011.
 No anúncio publicitário, a relação estabelecida entre texto verbal e não verbal ocorre, respectivamente, por meio da 
associação entre 
X a) a apresentação da necessidade de buscar “respostas sustentáveis” e a referência à produção de energia eólica.
b) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação de uma alternativa para a preservação da água.
c) a alusão ao futuro próspero do Brasil e a imagem do mar com fartura de peixes. 
d) a referência às “respostas sustentáveis” e a sugestão de uma alternativa para impedir a pesca predatória. 
e) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação do país submerso no mar.
4. Classifique, de acordo com o contexto do anúncio, as palavras a seguir.
a) Amanhã: substantivo. No anúncio, a palavra está antecedida por um artigo. 
 
b) Hoje: advérbio (modificando a forma verbal construindo). 
 
5. Leia o texto a seguir.
Como dizia Gilberto Gil, “o melhor lugar do mundo é aqui [1] e agora [2]”. Todo mundo sabe 
exatamente o que isso significa, “aqui” [3] e “agora” [4]. Mas se paramos para pensar sobre o 
assunto, descobrimos que nenhum dos dois existe, ao menos de forma concreta. O que existe 
é uma representação do aqui [5] e do agora [6] em nossas mentes, criada a partir de um truque 
cognitivo. No final das contas, o aqui [7] e o agora [8] são invenções do nosso cérebro, e não 
entidades que existem, como você ou a cadeira em que você se senta.
GLEISER, Marcelo. Sobre o presente. Folha de S. Paulo, 25 maio 2014. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/
marcelogleiser/2014/05/1459361-sobre-o-presente.shtml>. Acesso em: 15 mar. 2016.
14 Volume 3
 No trecho que você acabou de ler, as palavras “aqui” e “agora” são empregadas diversas vezes. Tendo em vista a nu-
meração colocada ao lado dessas palavras, complete as alternativas indicando a classe gramatical a que pertencem.
( A ) Advérbio ( S ) Substantivo
1. ( A )
2. ( A )
3. ( A )
4. ( A )
5. ( S )
6. ( S )
7. ( S )
8. ( S )
6. (INSPER – SP) Utilize o excerto abaixo para responder à questão.
O consumo e, consequentemente, a publicidade, intensificaram-se muito nas últimas déca-
das. Anos atrás, a publicidade veiculada nas mídias era bem diferente.
O núcleo principal de quase todas elas eram as características dos produtos anunciados, que 
eram bem enaltecidas. As peças publicitárias tentavam convencer o consumidor de que o pro-
duto que vendiam era especial e, por isso, deveria ser o escolhido entre tantos produtos simila-
res. Outro foco era a marca, que funcionava mais ou menos como um indicador de qualidade. 
Além disso, o público-alvo dos anúncios eram os adultos. Eles eram considerados os consu-
midores por excelência porque detinham o poder de decisão de compra.
Hoje, muitas vezes assistimos a um comercial e ao final dele não lembramos bem qual foi o 
produto anunciado. É que o foco das peças atuais não é o produto, e sim o estilo de vida pro-
metido a quem o comprar.
SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 9 abr. 2013.
 Relacione os slogans dos anúncios publicitários a seguir ao conteúdo do excerto de Rosely Sayão.
 Anúncio 1 – Comparando bem, é incomparável
 Anúncio 2 – Dia útil é aquele que você curte
Língua Portuguesa 15
 Anúncio 3 – Sinistro é não ter seguro com a corretora certa
 Para ilustrar os novos conceitos abordados na publicidade de que trata a autora, deve(m) ser selecionado(s) apenas 
o(s) anúncio(s)
a) apenas 1.
X b) apenas 2.
c) apenas 3.
d) apenas 1 e 2.
e) apenas 2 e 3.
7. No slogan do anúncio 3, há um jogo de palavras. Explique.
A palavra “sinistro”, no mercado de seguros, refere-se a um acidente ou prejuízo material. Em outros contextos, pode ter o significado 
de algo assustador, negativo, entre outros. No anúncio, foi usada nesses dois sentidos para dar a entender ao consumidor que não 
fazer um seguro com a corretora certa (no caso, a que está sendo anunciada) pode ser bem ruim para o segurado.
8. A palavra “sinistro”, no slogan do anúncio 3, é usada como adjetivo ou substantivo?
No slogan, foi empregada com o sentido de tenebroso, ruim, negativo, portanto é classificada como adjetivo. 
9. Leia o texto a seguirpara responder às questões.
O uso dos diminutivos no cotidiano da Língua Portuguesa
Os diminutivos nem sempre indicam diminuição de tamanho. Dependendo de como os diminutivos 
são colocados no contexto, eles podem assumir as mais diversas significações e não apenas diminuição 
de tamanho.
O principal morfema da Língua Portuguesa para denotar o diminutivo é “inho”(a). Os outros sufixos 
são: acho, culo, ebre, eco, ejo, ela, ete, eto, iço, im, isco, ito, ote, ucho, ulo, únculo, usco.
Na linguagem coloquial, as formas sintéticas dos diminutivos, tanto nos substantivos, quanto nos 
advérbios e adjetivos, são, na maioria das vezes, utilizadas não só como diminutivos, mas também para 
indicar as várias manifestações da emoção e das intenções do falante.
A significação dos diminutivos depende do contexto e só existe em relação a ele.
COSTA, Fernanda de Oliveira Marconi da. O uso dos diminutivos no cotidiano da Língua Portuguesa. Filologia.org. Disponível em: <http://
www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno10-13.html>. Acesso em: 7 jul. 2015.
16 Volume 3
 Tendo em vista o que é exposto no texto, explique o sentido dos diminutivos nos exemplos a seguir.
a) Esse doutorzinho nunca acerta o diagnóstico!
Diminutivo depreciativo de acordo com o contexto (ele não acerta nenhum diagnóstico). 
b) Era uma areia branquinha!
Diminutivo com função superlativa, pois comunica a ideia de uma areia muito branca.
c) “Eu tava triste, tristinho” (verso da música “Telegrama”, de Zeca Baleiro).
Tal como no item b, o sentido do diminutivo é superlativo, significando muito triste.
d) Diante da mansão do amigo, ele disse: “Que ‘casinha’ linda!”.
O diminutivo revela ironia, pois, se a casa é uma mansão, não é pequena. 
10. (Sustente – Pref. Lajedo)
Sempre pensei que ninguém batia o brasileiro no uso do diminutivo, essa nossa mania de reduzir à 
mesma dimensão seja um cafezinho, um cineminha ou numa vidinha. Só o que varia é a inflexão da voz. 
Se alguém diz, por exemplo, “ó vidinha!” você sabe que ele está se referindo a uma vida com todas as 
mordomias. Nem é uma vida, é um comercial de cigarro com longa metragem. Um vidão. Mas se disser 
“ah vidinha...” o coitado está se queixando dela e com toda a razão. Há anos que o seu único divertimen-
to é tirar os sapatos. Mas nos dois casos o diminutivo é usado com o mesmo carinho.
Luis Fernando Veríssimo, “Diminutivos”.
 Nesse trecho, o autor mostra uma situação onde o diminutivo tem o mesmo valor do aumentativo, quando diz: “ó 
vidinha... Um vidão”. Marque a alternativa abaixo em que não existe a mesma equivalência (diminutivo = aumen-
tativo):
X a) Deixe-me dar uma apenas uma olhadinha para ver se ela já chegou.
b) Meu caro, um jogadorzinho daquele interessa ao meu time.
c) Meu irmão é o geniozinho da família.
d) Naquele negócio de que te falei levei uma vantagenzinha.
e) A garota que eu conheci ontem era uma belezinha.
Língua Portuguesa 17
11. (UNIFESP – SP)
 Observe com atenção a tirinha, na qual também há referências à “Canção do exílio”. 
(Estúdio Maurício de Sousa. Bidu Especial. São Paulo: Abril, 1973)
 Caso os balõezinhos dessa tirinha não estivessem com todas as falas dos personagens escritas em letras maiúsculas, 
a palavra palmeiras, que aparece em uma frase entre aspas, no segundo quadrinho, deveria ser escrita 
a) com inicial maiúscula, por se tratar de um substantivo próprio, nome do famoso time brasileiro de futebol.
X b) com inicial minúscula, por se tratar de um substantivo comum, nome da planta referida, por Gonçalves Dias, na 
“Canção do exílio”.
c) com inicial maiúscula, por se tratar de um substantivo comum, nome da planta referida por Gonçalves Dias.
d) com inicial minúscula, por se tratar de um substantivo com valor de adjetivo, a designar um time brasileiro de 
futebol.
12. (UFF – RJ) Assinale a única frase em que há erro no que diz respeito ao gênero das palavras.
a) O gerente deverá depor como testemunha única do crime. 
b) A personagem principal do conto é o Seu Rodrigues. 
X c) Ele foi apontado como a cabeça do motim. 
d) O telefonema deixou a anfitriã perplexa. 
e) A parte superior da traqueia é o laringe. 
13. (ITA – SP) Leia os dois enunciados abaixo:
‘‘A Sadia descobriu o jeitinho italiano’’.
(Propaganda da Sadia, fabricante de alimentos, para as massas prontas congeladas.)
‘‘Queremos mostrar que o Brasil tem jeito’’.
(Pronunciamento de um político em propaganda televisiva levada ao ar em julho/1999.)
 Por que não é possível a substituição de jeitinho por jeito e vice-versa nos enunciados?
18 Volume 3
14. (PUC – SP) Assinale a alternativa incorreta: 
a) Borboleta é substantivo epiceno.
b) Rival é comum de dois gêneros.
X c) Omoplata é substantivo masculino.
d) Vítima é substantivo sobrecomum.
e) n. d. a.
15. (FAAP – SP) Indique a alternativa em que só aparecem substantivos abstratos:
a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, imagem
b) angústia, choro, sol, presença, esperança, amizade
c) amigo, dor, claridade, esperança, luz, tempo
X d) angústia, saudade, presença, esperança, amizade
e) espaço, mãos, claridade, rosto, ausência, esperança
16. (UFJF – MG) Assinale a alternativa em que aparecem substantivos simples, respectivamente, concreto e abstrato.
a) água, vinho
b) Pedro, Jesus
X c) Pilatos, verdade
d) Jesus, abaixo-assinado
e) Nova Iorque, Deus
17. (UNIMEP – SP) Classificam-se como substantivos as palavras destacadas, exceto em:
a) “... o idiota com quem os moleques mexem...”
b) “visava a me acostumas à morna tirania...”
X c) Adeus, volto para meus caminhos"
c) “Conheço até alguns automóveis...”
d) “... todas essas coisas se apagarão em lembranças...”
18. (UM – SP) Relacione as duas colunas, de acordo com a classificação dos substantivos, e assinale a alternativa correta.
 1) padre ( ) próprio
 2) seminário ( ) coletivo
 3) Dias ( ) derivado
 4) Ano ( ) comum
X a) 3, 4, 2, 1
b) 1,2, 4, 3
c) 1, 3, 4, 2
d) 3, 2, 1, 4
e) 2, 4, 3, 1
Língua Portuguesa 19
19. Utilize o texto abaixo para responder à questão.
Demorou, já é
Do Rio de Janeiro gosto de muitas coisas: da malabarística eficiência das casas de suco, do orgu-
lho aristocrático dos garçons, das árvores alienígenas do Aterro, dos luminosos dos armarinhos em 
Copacabana, da língua: essa língua tão parecida com a falada pelos paulistanos e, ao mesmo tempo, 
tão diferente. 
Veja o “demorou!”, por exemplo. Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar 
a expressão, anos atrás. Acabávamos de nos sentar num bar, numa rua pacata do Leblon, ajeitei 
minha cadeira e propus: “Vamos pedir umas empadas?”. “Demorou!”. “Como? A gente acabou de 
chegar!”. “Então, pede aí, demorou!”. “Ué, se tá achando que eu demorei, porque cê não pediu antes 
da gente sentar?”. A conversa seguiu truncada por mais algum tempo, até que este obtuso paulista 
compreendesse, admirado, que o “demorou!” não era uma reclamação, mas uma manifestação de 
júbilo. 
O “demorou!” é um sim turbinado. Mais do que isso, é uma proposta de parceria. Eu digo que 
quero empadas: meu amigo, ao responder “demorou!”, indica não só que também as quer como 
que já as queria antes, de modo que estamos atrasados. As empadas, agora, são uma confirmação 
de nossas afinidades e um urgente (mini) projeto coletivo, que me enche de uma alegria infantil. 
É como se ele se juntasse a mim no gira-gira, dando impulso, como se corrêssemos para saltar de 
bombinha na piscina – o último que chegar é mulher do padre.
 Por anos, acreditei que o “demorou!” fosse o apogeu do “sim”; até que surgiu o “já é!”. Incrível, 
mas, diante do “já é!”, o “demorou!” parece até blasé. O “já é!” leva a concordância à beira da es-
quizofrenia. “Vamos pedir umas empadas?”, “Já é!” – e não estamos mais atrasados na satisfação, 
estamos em pleno gozo, já comemos as empadas assim que manifestamos nosso desejo de pedi-las, 
caímos na piscina no mesmo momento em que pulamos. Se o “demorou!” é um acelerador apertado 
no caminho da satisfação, o “já é!” é como a barrinhana gaiola do rato, que, acionada, faz serem 
despejadas no sangue algumas gotas de serotonina − ou empadas de camarão −, é o seio descendo 
dos céus em direção à boca do bebê, é o Nirvana se apoderando da mesa do bar. Se um é a super-
concordância, o outro é o superpresente: não só “é” como “já é!”. É como se o desejo fosse capaz, 
tal qual a luz, de dobrar o tempo, criando o “mais do que agora”, esta estreita faixa entre o mar e as 
montanhas onde nossas vontades são realizadas no instante em que surgem. 
O paulistano ranzinza verá no “demorou!” e no “já é!” traços de nossa eterna cordialidade, som-
bras de uma hipocrisia mui brasileira que, se nos abriga no frescor do acolhimento, também nos im-
pede de instituir a seca racionalidade, necessária para o pleno desenvolvimento da civilização. Pode 
ser, mas vejo agora o outro lado, esta incontrolável propensão para o prazer, esta alegria infinita nas 
parcerias, mesmo (ou, talvez, principalmente) nas mais desimportantes. Sei lá, minha modesta pena 
de cronista não é capaz de desdar o nó. Quem sabe um dia desses o grande José Miguel Wisnik, 
estudioso da linha tênue e tenaz que amarra nossas glórias e fracassos, não se anima e escreve algo 
a respeito? Demorou! Já é! 
PRATA, Antonio. Demorou, já é. Cotidiano. Folha de S. Paulo, 22 ago. 2012. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
cotidiano/62213-demorou-ja-e.shtml>. Acesso em: 15 mar. 2016.
 No contexto em que foram utilizadas, é correto afirmar que as expressões “demorou” e “já é” têm valor de 
a) conjunções. 
X b) advérbios. 
c) substantivos. 
d) verbos. 
e) preposições.
20 Volume 3

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