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101390186 EF 09 INFI 02 1B LV 03 Aluno

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www.coc .com.br
Volume
3
Ensino Fundamental - Anos Finais
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DA
DO
S
ESCOLA:
NOME:
TURMA: NÚMERO:
HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
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Ensino Fundamental - Anos Finais
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EDITORIAL
Todos os direitos desta publicação são reservados à 
Pearson Education do Brasil S.A.
Fone: (16) 3238.6300
Av. Dr. Celso Charuri, 6391
Jardim São José – Ribeirão Preto - SP
CEP 14098-510
www.coc.com.br
Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa
Gerência editorial de portfólio de Educação Básica e Ensino Superior Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Diogo Mecabô
Autoria Amir Abdala, Anayra G. Lamas Alcantara, André R. de O. Fabri , 
 Ariane Pelegrin Fabossi Resende, Fábia Alvim, Fábio Henrique Romano, 
 Gustavo Barros Alcantara, Paula Adriana Arraya Aviles, 
 Tatiana Adas Gallo, Wagner Fonzi
Editoria responsável Erika Akime Tawada Boldrin, Marcela Pelizaro S. da Silva, 
Maria Cecília R. Dal Bem Ribeiro, Mariana Prudenciatto, 
Natália H. P. Coelho, Paula Garbellini de Barros Rodrigues
Editoria pedagógica Anita Adas
Editoria de conteúdo Antônio Sérgio M. Castro, Breno Carlos da Silva, Daniela Paula de Melo 
Longo, Emanuella Kalil, Gilson Caires Marçola, Jennifer Zsürger, 
Marco Aurélio Caetano Oliveira, Mariana Bortoletto Grizante, 
Matheus Silva Norberto, Péricles Macedo Polegatto, Rafael dos Santos 
Ferreira, Renato Bortollato Nunes, Thiago Ferreira Luz, 
Vanessa Navarro Roma, Winnie Damas
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Assistência de editoria Camila Rocha, Eloá Thaís Matielo de Campos,Fabiana Carla Cosenza 
Oliveira, Jurema Aprile, Mariana Paulino Silva, Mariane de Mello Genaro 
Feitosa, Marília de Oliveira, Paula Garbellini de Barros Rodrigues
Preparação e revisão gramatical Ana Lúcia Alves Vidal, Fabiana Carla Cosenza Oliveira, 
Fernanda Regina Braga Simon, Ivone Teixeira, Jurema Aprile, 
Leandro Requena Pereira, Milena Contador Lotto, Miriam M. Grisolia, 
Roseli Deienno Braff, Stella de Mello
Organização de originais Marisa Aparecida dos Santos e Silva, Luzia Lopez
Editoria de arte Natália Gaio Lopes
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Jr., 
Maricy Queiroz, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini, Sandra Sebastião
Editoria de Ilustração Carol Plumari
Ilustração Leopoldo Anjo & Estúdio Pastelaria
Capa e projeto gráfico APIS design
Diagramação e arte final Diagrama Soluções Editoriais
PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr.
SISTEMA COC DE ENSINO
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3
GRUPO
“A consciência não consente em se identificar com o corpo, que 
é para ela um companheiro cego e indócil, nem com o espírito, 
diante do qual é ora aquiescente, ora rebelde. O eu consiste preci-
samente nesse movimento de vaivém que alternadamente torna 
minha convivência mais estreita ora com um, ora com outro.
A consciência nos incita a agir para sair da imobilidade, mas tam-
bém a só agir por uma finalidade capaz de nos satisfazer plena-
mente. A liberdade se exerce no intervalo entre essas duas aspi-
rações, uma que nos impele, outra que nos retém, e oscila entre 
todas as aparências que a seduzem.
Assim, na consciência existe, a um só tempo, perfeição – visto que 
ela acresce o que somos, nos permite brilhar no mundo para além 
dos limites do corpo e nos dá uma espécie de posse espiritual do 
Universo – e imperfeição – visto que, ao mesmo tempo, ela é feita 
de idgnorância, de erro e de desejo. A consciência é uma transição 
entre a vida do corpo e a vida do espírito. É um perigo, visto que 
pode ser ultrapassado por ela. É uma interrogação perpétua, uma 
hesitação que não para de nos dar insegurança em nossa vida 
cotidiana; e, no entanto, é uma luz que nos guia para a segurança 
de uma vida sobrenatural.”
Louis Lavelle
Macaco-da-neve bebendo água. O teste do autorreconhecimento no espelho 
(MSR) é usado como evidência de autoconhecimento nos animais, ou seja, é um 
indicativo de que têm consciência de si mesmo. O macaco-da-neve não “passa” 
nesse teste, ao contrário do chimpanzé, do golfinho, do elefante asiático e de 
uma espécie de corvo (pega-rabuda).
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OPOSIÇÃO
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SUMÁRIO
LÍNGUA 
PORTUGUESA
PÁG. 11
MATEMÁTICA
PÁG. 65
FÍSICA
PÁG. 137
QUÍMICA
PÁG. 159
BIOLOGIA
PÁG. 175
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HISTÓRIA
PÁG. 191
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
PÁG. 303
GEOGRAFIA
PÁG. 223
CIÊNCIAS 
SOCIAIS
PÁG. 263
ARTE
PÁG. 287
CONHEÇA SEU LIVRO
MAPA INTERDISCIPLINAR
REDAÇÃO: PRODUÇÃO DE TEXTO
PÁG. 006 
PÁG. 010
PÁG. 301
CONHEÇA SEU LIVRO
MAPA INTERDISCIPLINAR
ENCARTE
REDAÇÃO: PRODUÇÃO DE TEXTO
PÁG. 006 
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PÁG. 325
PÁG. 327
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6
CONHEÇA SEU LIVRO
ABERTURA DE CAPÍTULO
Traz elementos que 
dialogam com o texto 
introdutório, buscando 
contextualização e 
estimulando a reflexão 
sobre o assunto em estudo.
MÓDULOS
Reunido em capítulos, 
sistematiza a teoria que 
será trabalhada no grupo. 
Os exercícios referentes aos 
módulos são organizados após 
a teoria para facilitar a rotina 
de estudos.
OBJETIVOS DO GRUPO
Relação dos objetivos de 
aprendizagem a serem 
desenvolvidos no grupo.
EXERCÍCIOS
Agrupados para facilitar o 
estudo e a revisão de conteúdos, 
são divididos em exercícios 
de aplicação, trabalhados em 
sala, e exercícios propostos, 
realizados em casa ou em 
outros momentos.
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ORGANIZADOR VISUAL
Propõe uma revisão dos 
conceitos e estabelece conexões 
entre eles, proporcionando 
uma articulação entre os 
conteúdos do capítulo.
7
PRODUÇÃO DE TEXTO
As folhas de redação são 
destacáveis, facilitando 
o uso pelo aluno e a 
correção pelo professor.
ENCARTES E ADESIVOS
Apresentam recursos 
complementares 
que enriquecem o 
desenvolvimento 
dos módulos.
PARA CONFERIR
Momento indicado para 
conferir a aprendizagem de 
conteúdos. Pode ser aplicado 
ao final do capítulo ou durante 
seu desenvolvimento.
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EXPLORE MAIS
São dicas de sites, textos 
e links, em ambiente 
digital, relacionados 
ao conteúdoestudado, 
possibilitando ampliação 
e aprofundamento.
NOTA
Traz informações 
históricas ou sobre 
estudiosos que se 
destacaram no contexto 
do conteúdo em estudo.
Pouco a pouco,
Sem que qualquer coisa me falte,
Sem que qualquer coisa me sobre,
Sem que qualquer coisa esteja
 [exatamente na mesma posição,
Vou andando parado,
Vou vivendo morrendo,
Vou sendo eu através de uma
[quantidade de gente sem ser.
Vou sendo tudo menos eu.
Acabei.
Álvaro de Campos
QUADRO DE TEXTO
Com referência direta 
ao que está sendo 
trabalhado, permite 
o contato com 
diversos autores.
VOCABULÁRIO
Explica, de maneira 
mais acessível e dentro 
do contexto, termos e 
conceitos, favorecendo sua 
assimilação, compreensão 
e apropriação.
CONHEÇA SEU LIVRO
As miniaturas são um 
recurso discursivo que 
facilitam a contextualização 
dos quadros com o texto 
principal, indicando nele 
em que ponto a informação 
adicional está relacionada.
MINIATURAS DOS ÍCONES
 
BOXES E ÍCONES
Mais-valia: excedente 
obtido pela diferença en-
tre o custo de produção 
de um produto e o valor 
de sua venda. O custo de 
produção é obtido pela 
soma do valor da matéria-
-prima, os gastos com a 
produção e o salário pago 
ao operário produtor.
VOCABULÁRIO
NOTA
Anaxágoras (500-430 a.C.)
A palavra “física” tem origem 
no termo grego, physis, cujo 
significado é natureza. Um 
dos primeiros físicos foi pro-
vavelmente Anaxágoras, que 
viveu na costa oeste da atual 
Turquia. Professor de Filoso-
fia em Atenas, sua principal 
contribuição foi o Nous, que 
ele considerava o princípio de 
todas as coisas, ou seja, um 
simples objeto que conteria 
todos os elementos do uni-
verso. Com esse pensamento, 
Anaxágoras tornou-se um dos 
primeiros estudiosos a des-
vincular a ciência da religião 
e foi, por isso, condenado à 
morte, embora tenha fugido. 
Ser ou não-ser
Para entender melhor 
a filosofia de Heráclito, 
acesse o vídeo apresen-
tado por Viviane Mosé, 
“Ser ou não-ser – Heráclito 
– devir e a luta dos con-
trários”. Disponível em:
<coc.pear.sn/tCxWrnc>.
EXPLORE MAISW
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SELOS
 pág. Encarte 399 pág. Redação 399
Colaborativo
9
GRUPO TEMÁTICO
Momento em que 
o grupo temático é 
trabalhado, por meio 
do qual as ligações 
entre as disciplinas são 
evidenciadas. 
PARA IR ALÉM
Oportunidade de 
aprofundar o conteúdo 
e desenvolver uma 
postura investigativa, 
estimulando a reflexão 
ao despertar a 
curiosidade e o interesse.
Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados 
materiais complementares ao desenvolvimento do módulo. 
E também em partes da página:
O selo colaborativo indica exercícios que exploram 
estratégias diferenciadas de aprendizagem:
pág. 399Redação pág. 399Encarte Adesivo
Eles podem aparecer no texto:
GRUPO 
TEMÁTICO
Porcentagem nos preços
A porcentagem é usada para 
muitas finalidades, sendo 
a observação das variações 
de valores, como preços de 
produtos, uma das aplica-
ções mais comuns. Como 
exemplo, temos a variação de 
preço de produtos da nossa 
alimentação ou a variação 
de preços de moedas estran-
geiras. Sempre que um valor 
aumenta, ou diminui, temos 
de tomar como referência o 
valor anterior. Por exemplo, 
se um produto custa 2 reais, 
e seu valor aumenta 1 real, 
um economista dirá que o au-
mento foi de 50%, pois 1 real 
é 50% de 2 reais, ou seja, a 
metade do preço. Em contra-
partida, se um produto custa 
100 reais e tem o mesmo au-
mento de 1 real, o economis-
ta dirá que o aumento foi de 
1%, pois 1 real corresponde 
a 1% de 100 reais.
O quarto estado: plasma
Já são conhecidos três es-
tados físicos da matéria: 
sólido, líquido e gasoso. No 
entanto, ainda existe outro 
estado, o plasmático. Se 
considerarmos todo o Uni-
verso, o estado plasmático 
é o mais encontrado, apesar 
de não o ser no planeta Ter-
ra. O próprio Sol é constituí-
do por plasma, que, assim 
como os outros estados físi-
cos, ocorre pelo aumento de 
pressão e temperatura. Se 
adicionarmos alta pressão e 
alta temperatura a um gás, 
atingiremos o plasma. 
PARA IR ALÉM
Representação do plasma, o 
quarto estado da matéria.
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NA PRÁTICA
Apresenta conceitos da 
disciplina aplicados em 
situações do cotidiano ou em 
outras áreas do conhecimento, 
servindo também à 
divulgação científica.
NA PRÁTICA
Não confunda 
peso com massa!
É comum confundirmos es-
sas duas grandezas físicas, 
principalmente quando 
utilizamos, erroneamente, 
no nosso cotidiano, o termo 
“peso” como sinônimo de 
“massa”. Essas duas gran-
dezas têm conceitos e defi-
nições distintos.
Peso é a quantidade de força 
com que a gravidade terrestre 
atrai os corpos para o centro 
do planeta. Por exemplo, o 
peso de um astronauta na 
Lua é aproximadamente seis 
vezes menor do que o peso 
dele na Terra, porém sua 
massa que é a quantidade 
de matéria de determinado 
corpo, continua a mesma, in-
dependentemente da quan-
tidade de força gravitacional 
exercida nela. 
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MAPA INTERDISCIPLINAR
10
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos 
das disciplinas, sendo ponto de partida para 
um trabalho interdisciplinar.
ARTE
Arte moderna e 
contemporânea no Brasil
CS HI MA
QUÍMICA
Modelos atômicos e 
distribuição eletrônica
GEOGRAFIA
Europa: economia, 
industrialização e 
desenvolvimento 
tecnológico 
CS LP
CIÊNCIAS 
SOCIAIS
Racionalismo e 
empirismo
AR
FÍSICA
Vetores e leis de Newton
MA QI HI
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
Condicionamento físico
BIHI
LÍNGUA
PORTUGUESA 
Variação linguística, 
crase, regência nominal, 
complemento nominal, 
gênero palestra e 
produção de texto
HI
HISTÓRIA
Crise do capitalismo, 
entreguerras e regimes 
totalitários
LP AR GE
MATEMÁTICA
Segmentos 
proporcionais, 
semelhança de 
triângulos e 
teorema de Tales
LP CS HICS
GRUPO
3
Oposição
LP MA HIBI
BIOLOGIA
Evolução biológica
LP GE HI
HI
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LÍNGUA
CAPÍTULO 5
A língua é de todos
CAPÍTULO 6
Exposição oral
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CAPÍTULOCAPÍTULO
A LÍNGUA É DE TODOS5
OBJETIVOS DO GRUPO
• Reconhecer as variedades 
da língua falada, o 
conceito de norma-
-padrão e o de 
preconceito linguístico.
• Identificar o fenômeno 
da crase e sua indicação, 
na escrita, por meio do 
uso do acento grave nos 
complementos verbal e 
nominal.
• Comparar o uso das 
regências verbal e 
nominal na norma-padrão 
com o uso no português 
brasileiro coloquial oral.
• Identificar o complemento 
nominal e diferenciar 
essa função sintática 
da desempenhada pelo 
adjunto adnominal.
• Tomar nota em palestras, 
como forma de 
documentar o evento e 
apoiar a própria fala.
• Planejar textos de 
divulgação científica, 
como relatórios, tendo em 
vista seus contextos de 
produção.
• Analisar os elementos 
paralinguísticos para 
melhor performar 
apresentações orais no 
campo da divulgação do 
conhecimento.
• Usar adequadamente 
as ferramentas de 
apoio a apresentações 
orais.
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O Brasil é um país de contrastes. Sua diversidade pode ser observada em diversos 
aspectos, como na natureza, no clima, na cultura, na população, entre outros. Nossa 
língua também é diversificada em relação à maneira que a utilizamos. Esses di-
ferentes modos de falar carregam riquezas, heranças culturais e representam a 
identidade do povo brasileiro.
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Módulos 37 e 38
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Você já reparou que o falar de uma pessoa que nasceu no Rio de Janeiro é 
diferente do falar de alguém que nasceu no Rio Grande do Sul? Assim como 
é diferente do de alguém nascido em Sergipe ou até mesmo em Portugal? 
Você sabe por que o mesmo idioma pode ser falado de diferentes modos? 
Isso decorre de um fenômeno denominado variação linguística. 
Cada idioma constitui um sistema linguístico. Em razão das diferentes 
necessidades de comunicação de seus falantes, esse sistema é constante-
mente modificado por fatores históricos, geográficos, sociais e culturais.
No texto a seguir, de Sergio da Motta e Albuquerque, são discutidos alguns 
aspectos da variação linguística existente na língua portuguesa.
Acento: sotaque.
Lema: sentença curta que 
resume um ideal.
Mote: o mesmo que lema.
Paradoxo: contradição.
Película: filme.
RTP: Rádio e Televisão de 
Portugal.
Subtítulo: legenda.
Timorense: quem nasce 
no Timor Leste.
VOCABULÁRIO
Diversidade e unidade da língua portuguesa
O Canal Brasil, presente na grade de programação de quase todas as operadoras de 
TV por assinatura, tem um lema: “Vários sotaques, uma só língua”. Pois no dia 9 de 
julho (00h15min), no programa Mostra do Cinema Português, a emissora não seguiu 
seu justo mote. O apresentador Ricardo Pereira, português de nascimento, anunciou 
o filme da noite: A outra margem, do realizador Luís Felipe Rocha (2007, Portugal), 
em português do Brasil. Com o acento dos cariocas. O ator já conhece o Brasil há um 
bom tempo e, agora, vive no Brasil.
Enquanto Ricardo apresentava a película aos telespectadores, um pensamento 
cruzou minha mente: “Depois dessa introdução feita por um lusitano em perfeito 
português brasileiro, só falta agora exibirem uma fita com legendas e gente brasi-
leira no elenco”. Dito e feito: mal começou a conversação, e lá estavam os subtítulos 
e os brasileiros na tela. Se o Canal Brasil tem “vários sotaques e uma só língua”, para 
que as legendas? Nossos falares tornaram-se tão diferentes que agora precisamos 
de tradução e legendas para manter a conversação? Enquanto isso, na fita, portu-
gueses e brasileiros conversavam naturalmente. Entendiam-se perfeitamente. Mas 
havia legenda na tela. O paradoxo foi constrangedor e não guardava relação com o 
que acontecia na fita e na vida.
Acaso não podemos dialogar entre nós, brasileiros, portugueses, angolanos, timo-
renses e todos os povos de fala portuguesa, sem necessidade de tradutores? Há di-
ficuldades em entender o que falam os portugueses, mesmo quando eles conversam 
com brasileiros em um filme? Os diálogos não fluem naturalmente na cena em tela e 
fora dela também? Acaso alguém esqueceu a memorável cobertura que a RTP fez da 
Primeira Guerra do Iraque em 2003? Alguém, por acaso, teve dificuldade de entender 
o que falava lá de Bagdá o excelente Carlos Fino? Não podem os portugueses assistir 
à programação brasileira sem necessidade de legendas? Não compramos e vende-
mos, brigamos e festejamos sem precisar de tradução? Por que legendar os filmes?
[…]
Ancestral comum
Essa é uma questão que estava a incomodar-me há anos. Em 2010 (09/11), abor-
recido com um tradutor francês que acredita que Brasil e Portugal falam línguas 
diferentes, decidi fazer minha própria pesquisa, para argumentar com o sujeito. En-
trei em contato com o professor da Universidade de Vigo, Carlos Garrido, à época 
presidente da Comissão Linguística da Associação Galega da Língua (CL-AGAL), por
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No texto apresentado, Sérgio da Motta e Albuquerque questiona a ne-
cessidade do uso de legendas em um filme português exibido na televi-
são brasileira. O autor defende que as variações linguísticas presentes no 
Brasil, em Portugal ou em qualquer outro país lusófono são variedades da 
mesma língua – a língua portuguesa –, ou seja, que as variações linguísti-
cas existem, mas fazem todas parte do mesmo idioma. Sendo assim, para 
o autor, é desnecessária a utilização de legendas para um filme no qual 
todas as personagens comunicam-se fazendo uso da língua portuguesa, 
independentemente da variação linguística utilizada. 
meio do Portal Galego da Língua. Garrido pertence a um movimento cultural cha-
mado de “reintegracionismo linguístico galego-português”. Sua resposta trouxe 
contribuições fundamentais para o debate:
“O galego, o português e o brasileiro são variedades ou normas da mesma língua, 
língua que nasceu como diferenciação de latim no canto nor-ocidental da Penín-
sula Ibérica no território da antiga Gallaecia. Essa língua é conhecida internacio-
nalmente sob o nome de 'português' e, na Galícia, habitualmente, sob os nomes de 
‘galego-português’ ou, simplesmente, de ‘galego’.
O caso da língua portuguesa (ou galego-portuguesa) é similar ao de outras gran-
des línguas de difusão pluricontinental: são sistemas pluricêntricos, articulados 
em várias normas ou variedades, as quais, por cima de legítimas peculiaridades 
(fonéticas, lexicais, sintáticas), apresentam-se como sistemas coesos.”
A coisa agora ficou mais clara: o português do Brasil e o de Portugal têm um an-
cestral comum. Os dois descendem do “galego-português” e são criações originais 
que surgiram do galego. Não há uma “língua comum unitária”, mas, sim, antes, três 
derivações originais de uma mesma matriz, compartilhada por Brasil, Portugal e 
Galícia. Cada uma delas seguiu seu próprio caminho na História.
Diante da argumentação sólida do professor Garrido, fica mais fácil entender que 
não importa o nome da língua que falamos aqui no Brasil, seja ela português, portu-
guês do Brasil ou brasileiro. O importante é entendermos que a nossa língua passou 
por um processo de difusão policêntrico, que originou singularidades e variações 
locais, mas manteve a coerência ancestral que permite a brasileiros, portugueses e 
galegos reintegracionistas comunicarem-se sem nenhum problema. Falamos uma 
língua comum que apresenta grande “diversidade interna”, de acordo com Garrido, 
graças à sua evolução diferenciada em diferentes partes do globo.
Hoje, podemos afirmar que vivemos, em termos linguísticos, num universo lusó-
fono, que permite uma variedade linguística ampla dentro de uma matriz ancestral 
comum. Assim, poderemos entender melhor o lema do Canal Brasil (“Vários sota-
ques, uma só língua”). Realmente, a língua é uma só, com variações locais que não 
deveriam separar os que a falam. A ideia de um português unitário ignora a história 
da língua em suas várias expressões em diferentes continentes. 
[…]
Mas e as legendas? São mesmo necessárias? Se forem para resolver problemas de 
áudio, que seja: legendaremos os filmes por imposição técnica. Em outros casos, 
quando não há problema com a transmissão do som, os subtítulos só atrapalham. 
Não levam as audiências de outros países lusófonos ao hábito de ouvir o falar dis-
tinto das variações da nossa língua comum em outros continentes e, ao fazê-lo, 
ajudam a reforçar a ideia equivocada de que falamos línguas diferentes.
ALBUQUERQUE, Sérgio da Motta e. Diversidade e unidade da língua portuguesa. São Paulo: Observa-
tório de Imprensa. 17 set. 2013. Disponível em: <https://coc.pear.sn/9uJBcq6>.Acesso em: jul. 2019. Adaptado.
Lusófono: que fala portu-
guês.
Nor-ocidental: norte-
-ocidental.
Pluricêntrico: que tem 
mais de um centro.
Policêntrico: o mesmo 
que pluricêntrico.
VOCABULÁRIO
Países lusófonos
São aqueles nos quais o 
português é a língua oficial 
ou dominante. Além de ter 
colonizado o Brasil, Por-
tugal teve outras colônias 
pelo mundo, que, atual-
mente, também são países 
onde o português é uma 
das línguas oficiais. São 
nove países, dispersos em 
quatro continentes: Brasil 
(América); Angola, Cabo 
Verde, Guiné-Bissau, Guiné 
Equatorial, Moçambique, 
São Tomé e Príncipe (África); 
Timor-Leste (Ásia); Portugal 
(Europa).
PARA IR ALÉM
Comunidade dos Países 
de Língua Portuguesa
Conjuntamente, os paí-
ses lusófonos criaram, 
em 1996, uma entidade 
internacional de coopera-
ção entre seus membros: 
a Comunidade dos Países 
de Língua Portuguesa 
(CPLP). A organização tem 
como objetivos principais 
a valorização e a difusão da 
Língua Portuguesa.
Você pode conhecer um 
pouco mais sobre a história 
dessa importante institui-
ção acessando o link: <coc.
pear.sn/oh2kQ8H>.
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Esta fruta tem diferentes 
nomes, dependendo da 
região do Brasil onde 
é encontrada.
A variação linguística entre os países lusófonos é ocasionada pela diferen-
ça existente em relação ao espaço geográfico. Esse tipo de variação não se 
dá apenas na relação entre diferentes países que falam o mesmo idioma, 
mas ocorre também em diferentes regiões de um único território – assim 
como foi dito no início do texto sobre os variados falares presentes dentro 
do Brasil. Além dos sotaques, outro exemplo de variação geográfica é o uso 
de palavras diferentes para designar objetos iguais. Observe o exemplo. 
Qual é o nome da fruta ao lado? 
É uma mexerica, uma tangerina, uma bergamota ou uma mimosa? Todos 
esses nomes são utilizados, no Brasil, para designar a mesma fruta. No Su-
deste e no Nordeste do país, ela é mais comumente conhecida como mexe-
rica ou tangerina. Já no Rio Grande Sul e em Santa Catarina, ela é chamada 
de bergamota. Em Curitiba, ela pode ser encontrada como mimosa.
Além da variação linguística geográfica, outro tipo é a variação situacional, 
relacionada – como o próprio nome sugere – à situação em que acontece a co-
municação. O contexto em que ocorre o ato comunicativo acaba determinan-
do a escolha da variante que será utilizada para se comunicar, podendo ser 
ela formal ou informal. Uma pessoa que está em um ambiente entre amigos 
provavelmente se comunicará com uma linguagem informal; já alguém que 
está apresentando um trabalho de conclusão de curso em uma universidade 
precisará fazer uso de uma linguagem mais formal. 
Outra variação linguística possível é a social, estabelecida levando-se em 
conta a convivência entre os grupos sociais, que, por compartilharem ativi-
dades e conhecimentos, acabam por adotar uma linguagem particular. Isso 
acontece em diferentes grupos, como surfistas, pessoas que trabalham com 
informática, médicos, advogados, que utilizam jargões e gírias que reme-
tem a seu universo de convívio ou trabalho. 
Outro tipo de variação linguística é a histórica. Ela está relacionada às 
alterações ocorridas na língua com o passar dos anos. Leia os textos a se-
guir e preste atenção nos termos sublinhados. 
Dar nas ancas do prome-
ter: cumprir o que foi pro-
metido, sem falhas.
Largueza tem por divisa: 
valorizar a generosidade.
Mister: necessário.
Singular: único.
VOCABULÁRIO
A um fidalgo que lhe tardará com uma camisa 
que lhe prometera
Quem no mundo quisera ser
Havido por singular,
Para mais se engrandecer,
Há-de trazer sempre o dar
Nas ancas do prometer.
E já que Vossa Mercê
Largueza tem por divisa,
Como todo mundo vê,
Há mister que tanto dê,
Que venha a dar a camisa.
CAMÕES, Luís Vaz. A um fidalgo que lhe tardará com uma camisa que 
lhe prometera. Disponível em: <https://coc.pear.sn/zNNZl3n>. Acesso 
em: set. 2019.
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Sotaques
Em comemoração ao dia 
da Língua Portuguesa e 
da Cultura do CPLP, foi di-
vulgado o vídeo Sotaques, 
que apresenta diferentes 
pessoas lendo O Paraíso 
são os outros, do escritor 
português Valter Hugo 
Mãe, mostrando a diversi-
dade linguística existente 
na língua portuguesa. 
Para assistir ao vídeo, 
acesse o link: <coc.pear.sn/
cVEKwYu>.
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[…] — Vamos, tome o remédio, deixe-se disso, vosmecê
agora é meu filho... […]
ASSIS, Machado de. Anedota pecuniária. In: ASSIS, Machado de. 
Volume de contos. Rio de Janeiro: Garnier, 1884. Disponível em: 
<https://coc.pear.sn/REOD4z3>. Acesso em: jul. 2019.
Leia, a seguir, um trecho do poema de Álvaro de Campos, heterônimo de 
Fernando Pessoa. 
Cá estamos no píncaro – nós dois
Cá estamos no píncaro – nós dois.
Nós dois e Homero? Não sabemos. Esse está mais abaixo.
Estendemos a mão e cada qual ainda que cego chega a 
Deus (ele não)
O quê – você não chega? Então você desaparece? – ou 
não chegou.
[…]
CAMPOS, Álvaro de. Cá estamos no píncaro – nós dois. In: PESSOA, 
Fernando. Livro de versos. Disponível em: <https://coc.pear.sn/
VxMFEoQ>. Acesso em: set. 2019.
Nos textos, os termos sublinhados indicam uma variação histórica da 
expressão de tratamento utilizada para se referir a alguém a quem não 
é possível chamar de “tu”: vossa mercê – vosmecê – você. É possível per-
ceber por meio dos textos de representantes de diferentes períodos da 
literatura em língua portuguesa, que, ao longo do tempo, a expressão foi 
se modificando, passando de “vossa mercê” para “vosmecê”, até se consoli-
dar na expressão “você” – que, atualmente, tem sido usada, muitas vezes, 
apenas como “cê”.
Heterônimo: refere-se a 
um autor fictício que apre-
senta personalidade, ou 
seja, que tem característi-
cas e tendências próprias, 
as quais são distintas das 
do autor que o criou. 
Píncaro: auge.
VOCABULÁRIO
NOTA
Fernando Pessoa 
(1888-1935)
Fernando Antônio Nogueira 
Pessoa nasceu em Lisboa 
(Portugal). Exerceu várias 
atividades, mas se destacou 
como escritor, principalmen-
te como poeta. Criou perso-
nalidades próprias, os hete-
rônimos, como Ricardo Reis, 
Álvaro de Campos e Alberto 
Caeiro. Cada um deles tem 
uma biografia e traços di-
ferentes de personalidade, 
pois são indivíduos distintos.
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PARA IR ALÉM
As variações variam
As variações linguísticas geográficas também são conhecidas como variações diatópicas ou regio-
nais. São exemplos desse tipo de variação, os diferentes sotaques, dialetos e falares e as reduções 
das palavras ou perdas fonéticas, além do uso de diferentes palavras para designar um mesmo 
objeto, como no caso da palavra “mandioca” que, dependendo da região, é conhecida como “ma-
caxeira” ou “aipim”.
Já as variações situacionais são chamadas também de diafásicas ou estilísticas. São exemplos 
desse tipo de variação o uso das linguagens informal e formal dependendo do contexto, conforme 
já foi mencionado.
As variações linguísticas sociais também recebem o nome variações diastráticas. Elas são identi-
ficadas por dois fatores: pelo uso de gírias, que conforme vimos, geralmente são próprias de um 
grupo de interesse em comum, como os dos skatistas que usam a palavra “basudo” para falar que 
o skatista é ruim, e pelo uso de jargões, que costumam ser usados por um grupo profissional, como 
os dos jornalistas quando usam a palavra “furo”, isto é, informações publicadas antes de todos os 
demais veículos de comunicação.
E, por último, as variações históricas também denominadas como diacrônicas. Esse tipo devariação 
é geralmente percebido por meio do uso de palavras, expressões e grafias que caíram em desuso 
no decorrer do tempo, como pharmácia (com ph).
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Módulos 39 e 40
PRECONCEITO LINGUÍSTICO
Anteriormente, você estudou que a língua pode variar, dependendo de 
quem, de onde e com quem se fala. A variação linguística mostra que a ade-
quação da língua a diversas situações permite que a comunicação continue 
fluida e que a língua não deixe de existir. Muitas vezes, a oposição entre 
diferentes maneiras de falar gera situações preconceituosas, simplesmen-
te porque certas pessoas desconhecem o que outras dizem e acham que 
existe somente um padrão da língua. 
A norma-padrão refere-se ao uso da língua que segue não somente pres-
crições gramaticais, mas também orientações de determinado momento 
da história e de uma sociedade específica. O emprego da língua é flexível, 
de modo que nem sempre seguimos a norma-padrão – o que não significa 
que estejamos falando de maneira errada. A adequação ou a inadequação 
de determinado modo de falar dependem da situação em que cada pessoa 
se encontra e de seus possíveis interlocutores. 
Existem inúmeras possibilidades de se utilizar a língua. O preconceito 
linguístico ocorre quando não se compreendem essas possibilidades. O 
texto a seguir trata de uma variação da língua portuguesa.
Norma-padrão, norma 
gramatical e norma culta
Norma-padrão: refere-se a 
uma língua modelo. Segue 
regras indicadas na gramá-
tica, mas se altera de acordo 
com o momento histórico 
ou com a sociedade na qual 
é utilizada. A língua está em 
constante transformação. 
Portanto, com o tempo, dife-
rentes formas de linguagem 
que não são consideradas 
atualmente pela norma-
-padrão, podem vir a se le-
gitimar. 
Norma gramatical: segue 
a gramática normativa, ou 
seja, aquela que prescreve 
as regras.Diferentemente 
da norma-padrão, nem sem-
pre ela se altera em razão de 
momentos históricos ou so-
ciais; por isso, muitas de suas 
regras podem não estar em 
uso no cotidiano.
Norma culta: segue a prática 
da língua em meios conside-
rados cultos, habitualmente 
utilizada na camada mais 
escolarizada da população.
PARA IR ALÉM
Li geiro e nasalado, sotaque paulista teve influência de índios e 
migrantes
Língua portuguesa em SP ganhou traços indígenas e italianos no modo de falar e nas 
expressões
Avenida Paulista, um dos símbolos da cidade de São Paulo.
Lige iro e nasalado, o português paulista tem pressa. Atropela os plurais das frases 
e suprime o “lh” das palavras.
Em São Paulo se toma dois café com dois pão na chapa por quinze real. E filha, 
milho, velho e mulher são reduzidos a fia, mio, véio e muié.
Ainda que incomodem os ouvidos mais sensíveis, esses usos da língua têm origem 
na mistura do português dos colonizadores com algumas das 350 línguas indígenas 
que existiam no território brasileiro à época do descobrimento – hoje são cerca de 180.
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Variação linguística e 
gramática normativa
Leia mais sobre o assunto 
no artigo disponível em: 
<coc.pear.sn/w2NPZYk>.
EXPLORE MAIS
Fluido: relativo a um mo-
vimento fluente.
VOCABULÁRIO
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Abranger: circunscrever; 
ter ou conter em seus li-
mites; avistar.
Ignoto: ignorado; obscuro.
Longínquo: que se encon-
tra distante, longe.
Oriundo: originário.
Retroflexo: dobrado para 
trás.
VOCABULÁRIO
“Quem se debruça sobre as origens de São Paulo vai se deparar com a enorme in-
fluência indígena nesse começo de cultura e civilização que se estava estabelecen-
do neste pedacinho ignoto e longínquo da colônia portuguesa”, explica o jornalista 
Roberto Pompeu de Toledo, autor de A capital da solidão (Editora Objetiva), sobre a 
formação daquela que viria a ser a maior cidade da América do Sul.
O cruzamento do idioma de Portugal com o tupi deu origem à chamada língua 
geral, utilizada no cotidiano da nova colônia até a segunda metade do século XVIII. 
Uma de suas marcas, que hoje caracteriza o português paulista, era o “r” retroflexo, 
também conhecido como “r” caipira. Ele substituiu o “r” chiado dos portugueses, que 
os índios não conseguiam pronunciar. Na sintaxe indígena, o plural não redunda ao 
longo da sentença, o que poderia explicar o hábito paulista.
“A língua tupi não tinha ainda sons de f, l nem r e, por isso, colonizadores referiam-se 
a esses índios como sem fé nem lei nem rei”, conta a professora da USP Patrícia 
Carvalhinhos, especialista em toponímia, que investiga a origem dos nomes dos lugares. 
“Basta prestar atenção nos nomes com que batizamos pontos-chave da cidade 
para entendermos a enorme influência dos índios”, destaca. Ibirapuera e Anhanga-
baú não deixam dúvidas disso.
“Em São Paulo falava-se português com fonética tupi. E isso foi tratado, por sé-
culos, como uma maneira errada de falar”, aponta Ivan Vilela, professor da USP e 
pesquisador de cultura caipira.
Com a expansão dos bandeirantes pelo interior do país, essa língua geral de so-
taque paulista, que se confunde com o idioma caipira, passa a abranger um vasto 
território: do Mato Grosso a Minas Gerais, de Goiás à parte do Rio Grande do Sul. 
Tamanha abrangência, no entanto, não impactou seu status.
“Na Constituinte de 1823, durante o debate sobre onde seria instalada a primeira 
universidade do país, que veio a ser a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, 
a candidatura de São Paulo encontrou forte oposição, e um de seus argumentos 
era a pronúncia local da língua”, conta Pompeu de Toledo, sobre documentos que 
encontrou em sua pesquisa sobre a cidade.
Numa ata, está registrado o discurso do deputado baiano José da Silva Lisboa 
(1753-1835) de que se “nas províncias há dialetos com seus particulares defeitos, 
é reconhecido que o de São Paulo é o mais notável”. Nos defeitos, que fique claro. 
E segue: “A mocidade do Brasil, fazendo aí seus estudos, contrairia sotaque mui 
desagradável”.
Para além da fonte indígena, o português paulista bebeu das imigrações que se 
concentraram no estado, sendo a dos oriundos da Itália a mais notória. Há quem 
credite aos italianos a diferenciação que o sotaque da capital ganhou em relação ao 
do estado, desenvolvendo um “r” vibrante, que treme atrás dos dentes.
A esses imigrantes também se atribui a incorporação de outras expressões carica-
turais dos paulistanos – como “meu” – hoje tão típicos quanto o mano e a fita, gírias 
típicas da cultura hip hop e periférica.
Foi nas periferias e na Grande São Paulo que ressurgiu o “r” caipira, cercando o “r” 
vibrante do centro expandido, que, segundo a professora da USP e pesquisadora Ma-
ria Célia Lima-Hernandez, vem perdendo terreno, numa espécie de volta às origens. 
Ela questiona: “Podemos colocar os dois erres num ringue de luta. O povo da terra 
ganha em massa porque produz mais filhos, portanto uma herança mais numerosa 
do que a das elites. Qual será o ‘r’ que vence?”
MENA, Fernando. “Ligeiro e nasalado, sotaque paulista teve influência de índios e migrantes”. 
Folha de S.Paulo, 23 abr. 2018. Disponível em: <https://coc.pear.sn/6q61q3B>. 
Acesso em: set. 2019. Adaptado.
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Módulo 41
CRASE (II)
No capítulo anterior, você estudou que a crase é o nome dado à fusão de duas vo-
gais “a”. Ela é indicada pelo acento grave quando a preposição “a” funde-se com 
artigo feminino, pronome demonstrativoou expressão pronominal. Relembre.
a) Preposição “a” + artigo definido “a/as” = à/às
b) Preposição “a” + pronome demonstrativo “a/aquela(s)/aquele(s)/aquilo” = 
à/àquela(s)/àquele(s)/àquilo
c) Preposição “a” + expressão pronominal “a qual” = à qual
Leia o texto a seguir sobre a variação do significado da palavra “tarde” e 
observe o uso da crase.
Memórias da Rua do Ouvidor
Era uma tarde... 
Convém não esquecer os costumes do tempo. 
No século décimo sexto e ainda até quase o fim do décimo oitavo, os antigos colo-
nos portugueses não tinham no Brasil café para tomá-lo com a aurora; mas almoça-
vam com o sol às seis ou sete horas da manhã, e jantavam com ele em pino ao meio-
-dia, salvo o direito de merendar (hoje se diz fazer lunch) às dez horas da manhã. 
Atualmente a sociedade civilizada almoça à hora em que os velhos portugueses janta-
vam, e jantam de luzes à mesa à hora em que se levantavam da ceia aqueles nossos avós. 
História de progresso e de civilização, que levam e estendem o sol de seus dias até 
depois da meia-noite com a iluminação a gás, e, ainda preguiçosos, saúdam o rom-
pimento de suas auroras às 9 horas da manhã, quando abrem as cortinas dos seus 
macios leitos, e tomam, ainda bocejantes, o seu café madrugador. 
Portanto, a tarde tem hoje horas novas, que se confundem com a noite, e eu come-
çava este capítulo, indicando a tarde do outro tempo, que atualmente é a hora em 
que almoçam a começar o dia o progresso e a civilização. 
Estamos entendidos.
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MACEDO, Joaquim Manuel de. Memórias da Rua do Ouvidor. Domínio Público. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/OmRbiY3>. Acesso em: set. 2019.
NOTA
Joaquim Manuel de Macedo 
(1820-1882) 
Foi um escritor brasileiro 
do Romantismo. Uma de 
suas obras mais conhecida é 
A Moreninha (1844), que tra-
ta da história de amor entre 
Augusto e D. Carolina (a mo-
reninha). Ele também foi um 
memorialista, sendo a obra 
Memórias da Rua do Ouvidor 
um exemplo que representa 
essa característica literária.
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Repare que, no texto, a crase é empregada sempre antes de se falar das horas. 
[…] mas almoçavam com o sol às seis ou sete horas da ma-
nhã e jantavam com ele em pino ao meio-dia, salvo o direito 
de merendar (hoje se diz fazer lunch) às dez horas da manhã.
Isso ocorre porque há a determinação exata das horas, existindo, portan-
to, a fusão da preposição “a” com o artigo definido “as”. Esse é um dos casos 
que você já viu em que sempre ocorre a crase.
Ocorre o uso de crase também antes de expressões adverbiais, prepositi-
vas e conjuntivas: à noite, à parte, às escondidas, à vista de, à maneira de, 
à exceção de, à medida que, à proporção que etc.
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Veja o seguinte trecho do texto.
Atualmente a sociedade civilizada almoça à hora em que 
os velhos portugueses jantavam [...]
Observe que, mesmo sem a indicação exata do número de horas, há o uso 
de crase antes da palavra "hora", isso ocorre porque a expressão formada 
por ela tem o sentido da locução adverbial "na hora".
Há casos, no entanto, em que o uso da crase é facultativo. Veja-os a 
seguir.
• Antes de pronomes possessivos femininos
Exemplo: Enviei um e-mail a minha amiga./Enviei um e-mail à minha 
amiga.
• Antes de nomes próprios femininos
Exemplo: O apresentador não fez referência a Maria./O apresentador 
não fez referência à Maria.
Esses casos são opcionais porque o artigo definido antes de pronomes 
possessivos e de nomes próprios é opcional.
Em se tratando dos casos em que nunca se usa a crase, você já viu que ela 
não ocorre antes de nomes masculinos, de verbos e em expressões forma-
das por palavras repetidas. Há também alguns outros casos de não ocor-
rência da crase, como os descritos a seguir.
• Antes de artigo indefinido
Exemplo: Fui a uma mercearia comprar frutas.
• Antes de pronomes pessoais, de tratamento (exceto para senhora, se-
nhorita e dona) e indefinidos
Exemplo: Informei a todos minha decisão.
• Antes de numeral que não esteja acompanhado de substantivo suben-
tendido ou determinado.
 Exemplo: Ela respondeu às questões de 1 a 10.
• Antes das palavras “casa”, “terra” e “distância” quando não estiverem 
determinadas.
Exemplo: Chegamos a casa exaustos. 
Evitando a ambiguidade com a crase
PARA IR ALÉM
O uso da crase evita a ambiguidade quando se 
tem a preposição “a” seguida de um substantivo 
feminino que indica circunstância. Observe os 
dois exemplos a seguir.
I. Chegou a noite.
II. Chegou à noite.
Enquanto na primeira oração “a noite” é o 
sujeito da oração, na segunda oração o su-
jeito é oculto (ele), e “à noite” é um adjunto 
adverbial. Por conta disso, a primeira oração 
significa “anoiteceu”, e a segunda, “chegou 
no período da noite”.
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Módulos 42 e 43
REGÊNCIA NOMINAL
Ao estudar a crase, você viu que, para que ela ocorra, deve haver um termo 
determinante e um termo determinado. Essas denominações podem também 
ser chamadas de termo regente e termo regido. Na gramática, existe uma rela-
ção entre termos de uma oração que é semelhante à condução que um maes-
tro faz de sua orquestra, em que ele é o regente e a orquestra é regida por ele.
O termo regente necessita do termo regido para ter um sentido completo. 
Quando o termo regente é um verbo, temos a regência verbal. Nesse caso, 
ele rege objetos direto e/ou indireto. Quando o termo regente é um nome 
(substantivo, adjetivo ou advérbio), temos a regência nominal. Nesse 
caso, ele rege o complemento nominal. A ligação entre o termo regente e o 
termo regido, na regência nominal, é sempre feita por preposição.
Leia a crônica a seguir, em que Carlos Drummond de Andrade discorre 
sobre como a língua muda com o tempo. 
Alteia: denominação de 
plantas herbáceas do gê-
nero Althea.
Artioso: arteiro.
Balaio: cesto grande de 
cipó, palha ou taquara.
Cumbuca: tipo de recipien-
te feito com a casca do fruto 
da cuieira.
Escarradeira: vaso em que 
se escarra.
Mimoso: gracioso; mimado.
Perder a tramontana: ficar 
sem rumo; descontrolar-se.
Vila-diogo: fugir, debandar.
VOCABULÁRIO
Antigamente
ANTIGAMENTE, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e 
muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os 
janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, 
mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era 
tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, 
antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas 
jogavam verde para colher maduro e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. 
O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa 
furada. Encontravam alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às de vila-
-diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar fresca; e 
também tomavam cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao ani-
matógrafo e, mais tarde, ao cinematógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam 
em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas, 
e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água. 
HAVIA OS QUE tomaram chá em criança e, ao visitarem família da maior considera-
ção, sabiam cuspir dentro da escarradeira. Se mandavam seus respeitos a alguém, 
o portador garantia-lhes: “Farei presente.” Outros, ao cruzarem com um sacerdote, 
tiravam o chapéu, exclamando: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”, ao que o 
Reverendíssimo correspondia:“Para sempre seja louvado.” E os eruditos, se alguém 
espirrava – sinal de defluxo – eram impelidos a exortar: Dominus tecum. Embora sem 
saber da missa a metade, os presunçosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário e, 
com isso, metiam a mão em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tra-
montana. A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe faziam, 
quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso. 
[…]
ACONTECIA o indivíduo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o 
próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou 
pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtysica, feia era o gálico. Antigamente, os sobra-
dos tinham assombrações, os meninos lombrigas, asthma os gatos, os homens portavam
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leiros. Acesse: <coc.pear.
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NOTA
Carlos Drummond de 
Andrade (1902-1987)
Foi um escritor da segunda 
geração do Modernismo do 
Brasil. Considerado um dos 
maiores poetas brasileiros, 
ele fazia uso frequente de ver-
so livre, ou seja, sem padrão 
métrico, e de linguagem colo-
quial, com uma sensibilidade 
poética única.
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Observe as frases seguintes, retiradas do texto.
I. “Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo […].”
II. “A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita […].”
Em ambas as frases, ocorre regência nominal nos termos destacados. Na 
primeira frase, em “depois da janta”, o advérbio “depois” é o termo regente 
de “janta” – termo regido. Já, na segunda frase, em “cheia de melindres”, o 
adjetivo “cheia” é o termo regente de “melindres”, que é o termo regido.
Para estabelecer a regência nominal, além da preposição “de”, outras pre-
posições mais utilizadas são: “a”, “com”, “em”, “para” e “por”.
Veja a regência de alguns substantivos, adjetivos e advérbios comumente 
utilizados em nossa língua.
ceroulas, botinas e capa-de-goma, a casimira tinha de ser superior e mesmo X.P.T.O. Lon-
don, não havia fotógrafos, mas retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam. 
MAS TUDO ISSO era antigamente, isto é, outrora.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antigamente, In: Quadrante (1962), obra coletiva reproduzida 
em Caminhos de João Brandão. São Paulo: José Olympio, 1970.
Admiração a, por
Afeto a, para, para com, por
Afinidade com, de, entre, para, por
Aflito com, por
Alheio a, de
Amigo de
Apto a, para
Bacharel em, por
Bastante a, para
Benéfico a 
Bloqueio a, contra, de
Compaixão de, para com, por
Compatível com
Conforme a, com
Contente com, de, em, por
Curioso de, por
Desprezo a, de, por
Dúvida acerca de, de, em, sobre
Empenho de, em, por 
Equivalente a
Fácil a, de, para
Favorável a
Hostil a, para com, contra
Habituado a
Imune a, de 
Impróprio para
Junto a, de
Lento em, de
Longe de
Maior de
Peculiar a
Propenso a, para
Próximo a, de
Respeito a, com, de, para com, por
Satisfeito com, de, em, por
Simpatia a, para com, por
Situado a, em, entre
Sonho de
Último a, de, em
União a, com, entre
Vazio de
Vizinho a, com, de
Asthma: asma.
X.P.T.O: o que é de qualida-
de, sofisticado.
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Módulos 44 e 45
COMPLEMENTO NOMINAL
Anteriormente, você viu que a regência nominal relaciona um termo re-
gente a um termo regido. Este termo regido é o complemento nominal, 
que é um termo integrante da oração, ou seja, é utilizado para completar o 
sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), por meio de uma 
preposição. Ele pode ser representado por substantivo, pronome, nume-
ral ou oração com valor de substantivo (denominada oração subordinada 
substantiva completiva nominal).
Veja outros exemplos de complemento nominal.
Marcos tem orgulho do sotaque dele.
 Substantivo Complemento nominal
Você é atento à fala dos outros?
 Adjetivo Complemento nominal
Ela escutou atentamente a fala de todos.
 Advérbio Complemento nominal
Adjunto adnominal ≠ complemento nominal 
Quando o adjunto adnominal, que é um termo acessório (aquele que 
pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática, pois não 
é indispensável), é uma locução adjetiva, pode ser confundido com o 
complemento nominal, pois ambos são regidos por uma preposição. 
Há, no entanto, algumas características que os diferenciam. O com-
plemento nominal refere-se a substantivos abstratos, adjetivos e ad-
vérbios, enquanto o adjunto adnominal indica somente substantivos 
abstratos ou concretos. Assim, só haverá dúvida se é complemento no-
minal ou adjunto adnominal quando a referência for um substantivo 
abstrato. 
Veja os exemplos a seguir.
I. Amor de mãe
II. Amor à/pela mãe
No primeiro exemplo, quem ama é a mãe, ou seja, ela é agente da ação ver-
bal, enquanto, no segundo exemplo, a mãe é amada por alguém, isto é, ela é 
paciente do amor. Isso significa que, em caso de um substantivo abstrato que 
indica ação, o termo referente a ele será adjunto adnominal se for agente 
da ação verbal, e será complemento nominal se for paciente/alvo da ação 
verbal. Outra diferença entre esses dois termos é que somente o adjunto ad-
nominal indica uma relação de posse.
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Os pronomes oblíquos podem ter função tanto de complemento nominal 
quanto de adjunto adnominal. Observe os exemplos a seguir.
I. A lição será útil a mim. Neste caso, “a mim” é complemento nominal.
II. Não lhe seguirei os passos. Neste caso, “lhe” é adjunto adnominal. 
O pronome oblíquo tem valor de possessivo (Não seguirei seus passos.). 
Agora, leia o texto a seguir, que trata de gírias. 
Fulano: indivíduo indeter-
minado.
Gatuno: aquele que furta, 
ladrão.
Incógnito: não conhecido. 
Lograr: enganar.
Pernóstico: pretensioso, 
afetado.
VOCABULÁRIO
Emília no País da Gramática
[…]
— Que molecada é esta? — perguntou a menina.
— São palavras da Gíria, criadas e empregadas por malandros ou gatu-
nos, ou então por homens dum mesmo ofício. A especialidade delas é que 
só os malandros ou tais homens dum mesmo ofício as entendem. Para o 
resto do povo nada significam. 
Narizinho chamou uma que parecia bastante pernóstica. 
— Conte-me a sua história, menina.
A moleca pôs as mãos na cintura e, com ar malandríssimo, foi dizendo: 
— Sou a palavra Bamba, nascida não sei onde e filha de pais incógnitos, 
como dizem os jornais. Só a gente baixa, a molecada e a malandragem 
das cidades é que se lembram de mim. Gente fina, a tal que anda de 
automóveis e vai ao teatro, essa tem vergonha de utilizar-se dos meus 
serviços. 
— E que serviço presta você, palavrinha? — perguntou Emília. 
— Ajudo os homens a exprimirem suas ideias, exatamente como fazem 
todas as palavras desta cidade. Sem nós, palavras, os homens seriam 
mudos como peixes e incapazes de dizer o que pensam. Eu sirvo para 
exprimir valentia. [...] “Fulano é um bamba!”, dizem. Mas como a gente 
educada não me emprega, tenho de viver nesses subúrbios, sem me atre-
ver a pôr o pé lá em cima. 
— Onde é lá em cima? 
— Nós chamamos “lá em cima” à parte boa da cidade; [...] 
— Vejo que você tem muitas companhias — observou Narizinho, cor-
rendo os olhos pela molecada que formigava em redor. 
— Tenho, sim. Toda esta rapaziada é gentinha da Gíria, como eu. Preste 
atenção naquela de olho arregalado. É a palavra Otário, que os gatunosusam para significar um “trouxa” ou pessoa que se deixa lograr pelos 
espertalhões. Com a palavra Otário está conversando outra do mesmo 
tipo, Bobo. 
[…]
LOBATO, Monteiro. Emília no país da gramática. 
São Paulo: Círculo do livro. Adaptado.
Diferença entre adjunto 
adnominal e comple-
mento nominal
Saiba mais sobre como dis-
tinguir adjunto adnominal 
de complemento nominal 
no artigo disponível em: 
<coc.pear.sn/GBeUr1e>.
EXPLORE MAIS
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Módulos 46 e 47
USO DAS REGÊNCIAS NA LINGUAGEM COLOQUIAL
As diversas regras de regências nominal e verbal nem sempre são empre-
gadas no dia a dia. Isso ocorre porque a fala cotidiana, muitas vezes, não 
segue a norma-padrão, sendo utilizada de forma diferente da escrita. Para 
saber mais sobre esse tema, leia o texto a seguir. 
Registro linguístico pode variar de acordo com a situação e o assunto
Ideia de que há a língua “certa” de um lado e as variedades de outro vai na con-
tramão dos estudos científicos
“Me avisaram do meu gabinete que eu ‘tava com uma marca de batom, um beijo, 
no rosto. É o único problema que eu não preciso nessa altura da minha vida.”
A frase foi dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal 
Federal), durante a votação do pedido de habeas corpus para o ex-presidente 
Lula no último dia 4 de abril.
Antes de retomar a leitura de seu voto, depois de aparte do ministro Dias 
Toffoli, Barroso permitiu-se um momento de descontração.
Não paira dúvida acerca da formalidade do ambiente nem se questiona o 
grau de conhecimento da língua portuguesa do magistrado, mas o fato é que 
ele não disse “Avisaram-me”, “estava” ou “problema de que eu não preciso nes-
ta altura”. Será que o ministro errou?
Segundo o sociolinguista Carlos Alberto Faraco, professor titular aposentado 
e ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, não há cortes rígidos entre for-
mal e informal, entre oral e escrito, entre “certo” e “errado”.
“A mudança estilística do ministro está ligada ao assunto; as pessoas mo-
dulam a língua de acordo com interlocutores, ambiente, assunto, gênero do 
discurso etc. O mais importante é fugir sempre das dicotomias. Dicotomizar 
a realidade linguística é falseá-la; a língua varia muito seja na fala, seja na 
escrita”, afirma.
Além disso, segundo o professor, esse registro linguístico já pertence à nor-
ma culta, embora não corresponda por inteiro à norma-padrão. “São muito 
frequentes as orações relativas cortadoras (do tipo de “O livro que eu gosto”, 
com apagamento da preposição “de”) nos debates do STF. Os falantes, mesmo 
os altamente escolarizados, nem se dão conta de quanto a língua que falam 
está mudando”, diz Faraco.
Segundo o professor, é preciso distinguir “norma culta” (o registro efetiva-
mente usado pelo segmento social letrado) de “norma-padrão” (modelo con-
vencional de correção estipulado por gramáticos). 
A ideia de que há a língua “certa” de um lado e as variedades de outro, ainda 
presente no senso comum, vai na contramão dos estudos científicos.
É com base nos corpora (conjuntos de dados linguísticos sistematicamente 
coletados e representativos dos usos) que se pode afirmar que a norma culta 
já não se identifica plenamente com a norma-padrão, nem mesmo nas situa-
ções de formalidade.
Em suma, a norma culta de hoje já não é a língua de Rui Barbosa (1849-1923), 
embora a gramática normativa nos remeta com frequência a modelos da época 
do célebre orador, escritor e jurista baiano.
Dicotomia: divisão de um 
conceito cujas partes, ge-
ralmente, são opostas.
Habeas corpus: recurso 
judicial que garante o 
direito de liberdade de 
locomoção.
Suma: resumo.
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Observe que o texto faz uso de um exemplo de fala de um juiz da mais 
alta posição da Justiça brasileira para demonstrar que mesmo uma pes-
soa bastante letrada não utiliza o português normativo na oralidade. Um 
aspecto presente em seu discurso é o uso de oração relativa cortadora. 
Observe.
É o único problema que eu não preciso nessa altura da minha vida.
Com o sentido de “ter necessidade de algo”, o verbo “precisar” pede a pre-
posição “de”. Assim, antes do pronome relativo “que”, deveria haver a pre-
posição “de” referente ao verbo “preciso”: “É o único problema de que eu 
não preciso…”.
A oração relativa cortadora, portanto, ocorre quando há omissão da pre-
posição (exigida pelo verbo) antes do pronome relativo. Observe outro 
exemplo.
O filme que assistimos ontem era ruim.
O verbo “assistir”, no sentido de “estar presente vendo algo”, pede a 
preposição “a”. Com isso, na norma-padrão do português, a frase ade-
quada seria:
O filme a que assistimos ontem era rui..
Transformações da 
língua portuguesa
Veja o vídeo Quando se 
trata de português falado, 
não existe certo e errado, 
disponível em: <coc.pear.
sn/hiB62y9>.
EXPLORE MAISEsse desencontro ocorre porque a língua está em constante mudança, en-
quanto o padrão tradicional de correção tende a se manter estático desde 
suas origens, no século XIX, quando se pautou pelos usos de Portugal.
A norma-padrão é, segundo Faraco, um modelo idealizado. “O resultado do abismo 
que se cria entre as práticas correntes e as regras postuladas como padrão é esta 
espécie de anomia linguística em que vivemos no Brasil. O ensino não tem 
norte e o uso não tem norte. Há uma grande insegurança linguística entre os 
falantes porque muitas regras não fazem sentido em confronto com as práti-
cas concretas”, afirma. 
Faraco lembra que o gramático Celso Cunha (1917-1989) já apontava o pro-
blema brasileiro da “dualidade de normas”, ou seja, há uma realidade pratica-
da e uma prescrita. “Isso não é um problema só brasileiro. Criou-se, na tradição 
histórica da América Latina, a ideia de que a língua como se fala nas colônias 
é incorreta, descuidada, portanto a língua modelar (a que devemos usar na 
escrita etc.) mora em outro lugar. O espanhol mora em Madri e o português 
mora em Lisboa”, conclui.
[…]
CAMARGO, Thaís Nicoleti de. “Registro linguístico pode variar de acordo com a situação e o assunto”. 
Folha de S.Paulo, 24 abr. 2018. Disponível em: <https://coc.pear.sn/DAJIkmi>. Acesso em: set. 2019. 
Anomia: ausência de lei 
ou de regra, desvio das 
leis naturais; anarquia, 
desorganização.
VOCABULÁRIO
Verbos e variedade 
coloquial
Veja alguns verbos em que 
ocorre a variedade colo-
quial.
• Assistir – Os amigos assis-
tiram o jogo de futebol. A 
regência é “assistir a”.
• Chegar – O chefe chegou 
no escritório atrasado. A 
regência é “chegar ao”.
• Ir – Nas férias, fomos na 
praia. A regência é “ir a”.
• Preferir – Antônio prefere 
comida doce do que sal-
gada. A regência é “preferir 
(alguma coisa) a (outra)”.
• Visar – O estudante visou 
a vaga de Medicina. A re-
gência é “visar a (alguma 
coisa)” quando este verbo 
é usado no sentido de “ob-
jetivar, ter como meta”. 
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CAPÍTULO 5
A LÍNGUA É DE TODOS
Módulos 37 e 38 | Variação linguística
Responda às questões de 1 a 5 com base no texto “Diversidade e unidade da língua portuguesa”.
1. O que incomodou o autor do texto em um programa do Canal Brasil?
2. No terceiro parágrafo do texto, o autor faz diversas perguntas. Ele espera que elas sejam respondidas?
3. Qual é a origem do galego, do português de Portugal e do português do Brasil?
4. O texto dá quais exemplos de países quesão falantes do português?
5. Considerando o que você leu no texto, pode-se dizer que a variação linguística
a. impede a comunicação entre as pessoas.
b. cria a necessidade do uso de legendas.
c. representa a riqueza de uma língua.
d. desestrutura a unidade de uma língua.
e. desconsidera a diversidade dos falantes.
6. Enem
Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Gabriel, o pensador. Até quando? In: Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). 
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001. Fragmento.
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
a. caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b. cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c. tom formal, pela recorrência de gírias.
d. espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e. originalidade, pela concisão da linguagem.
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Leia novamente o texto “Diversidade e unidade da língua portuguesa” e responda às questões 7 e 8.
7. Por que Sergio da Motta e Albuquerque resolveu pesquisar sobre a língua portuguesa?
8. Para Sergio da Mota e Albuquerque, deveria haver o uso de legendas em filmes em português e 
destinados ao público de falantes do português de variados países? Justifique sua resposta.
9. Observe a imagem ao lado.
a. Como você chama esse legume?
b. A ocorrência de diferentes denominações desse legume é exemplo de que 
tipo de variação linguística? Explique.
10. Quais são os tipos de variação linguística? Dê um exemplo de cada uma delas. Se necessário, faça 
uma pesquisa.
11. Enem
A utilização de determinadas variedades linguísticas em campanhas educativas tem a função de 
atingir o público-alvo de forma mais direta e eficaz. No caso do texto a seguir, identifica-se essa 
estratégia pelo(a)
Seu organismo já está acostumado com o açúcar e está difícil largar?
O ideal é ir se acostumando aos poucos com cada vez menos açúcar.
Ministério da Saúde.
a. discurso formal da língua portuguesa.
b. registro padrão próprio da língua escrita.
c. seleção lexical restrita à esfera da medicina.
d. fidelidade ao jargão da linguagem publicitária.
e. uso de marcas linguísticas típicas da oralidade.
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CAPÍTULO 5
12. Enem
Em bom português 
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que 
a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do 
plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e, a cada dia, uma 
parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou 
minha atenção para os que falam assim: 
— Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com 
um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa 
de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um au-
tomóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão 
andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão 
sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. 
SABINO, F. Folha de S.Paulo, 13 abr. 1984. Adaptado.
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa 
característica da língua, evidenciando que
a. o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.
b. a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações.
c. o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza a diversidade geográfica.
d. a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante.
e. o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões.
Módulos 39 e 40 | Preconceito linguístico
Exercícios de aplicação
Responda às questões de 1 a 5 com base no texto “Ligeiro e nasalado, sotaque paulista teve influência 
de índios e migrantes”.
Ligeiro e nasalado, o português paulista tem pressa. Atropela os plurais das frases e supri-
me o “lh” das palavras.
Em São Paulo se toma dois café com dois pão na chapa por quinze real. E filha, milho, 
velho e mulher são reduzidos a fia, mio, véio e muié.
1. Pode-se identificar qual é o tipo de variação linguística presente no texto?
2. Onde você mora há variações iguais às de São Paulo ou você identifica outros tipos? Quais são 
eles?
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3. No texto, há três variações do modo de falar o “r”: “r” caipira, “r” chiado e “r” vibrante. Você reconhece 
seu modo de falar o “r” em alguma dessas variantes? Ou você o pronuncia de outra forma? 
4. De acordo com o texto, o português paulista recebeu influências de que povos? Exemplifique.
5. O trecho “Na sintaxe indígena, o plural não redunda ao longo da sentença, o que poderia explicar 
o hábito paulista.” afirma que existe um plural redundante ao longo de uma sentença. Por que ele 
seria redundante? Use a frase “Em São Paulo se toma dois café com dois pão na chapa por quinze 
real.” para explicar.
6. Enem 
Palavras jogadas fora
Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o 
ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa por-
caria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras 
que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às 
pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”. 
Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir 
tão logo essa geração antiga morrer.
As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá an-
tes de nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de 
transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equiva-
le à sua extinção. A gramática normativa, muitas vezes, colabora criando preconceitos, mas 
o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, 
influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser 
o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento 
citadino, está fadado à extinção?
É louvável que nos preocupemos com a extinção das ararinhas-azuis ou dos micos-leão-
-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos 
comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos extremamente belos. Pelo contrário, 
muitas vezes, a extinção das palavras é incentivada.
VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012. Adaptado.
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar” nos traz uma reflexão sobre a lingua-
gem e seus usos, com a qual compreende-se que
Pronúncias do 
“r” pelo Brasil
Ouça as diversas 
pronúncias do “r” 
pelo Brasil e conhe-
ça outros sotaquesnos vídeos disponí-
veis em: <coc.pear.
sn/2xoLQdh>.
EXPLORE MAIS
VOCABULÁRIO
Citadino: que faz 
referência à cidade, 
que ou aquele que é 
natural ou habitante 
de cidade.
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CAPÍTULO 5
a. as palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos dicionários, conforme sugere o 
título.
b. o cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preservação de palavras.
c. o abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socioculturais.
d. as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua.
e. o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.
7. Explique o preconceito linguístico retratado no texto “Ligeiro e nasalado, sotaque paulista teve 
influência de índios e migrantes”.
8. De acordo com o texto “Ligeiro e nasalado, sotaque paulista teve influência de índios e migrantes”, 
responda às questões a seguir.
a. Qual é a expressão caricatural dos paulistanos? 
b. Cite expressões caricaturais de outros lugares que você conheça.
9. Enem
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da 
língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de lín-
gua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! 
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas 
um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o 
mesmo do dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos corde-
listas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos 
jornais. Ou do de seus colunistas.
POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011. Adaptado. 
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domí-
nio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
a. descartar as marcas de informalidade do texto. 
b. reservar o emprego da norma-padrão aos textos de circulação ampla.
c. moldar a norma-padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.
d. adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
e. desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.
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Módulo 41 | Crase (II)
1. Leia o seguinte trecho do texto Memórias da Rua Ouvidor.
...e jantam de luzes à mesa ...
Por que ocorre a crase neste caso?
2. Cesgranrio-RJ
Assinale a frase em que “à” ou “às” está empregado de maneira incorreta, de acordo com a norma-
-padrão da língua portuguesa.
a. Amores à vista.
b. Referi-me às sem-razões do amor.
c. Desobedeci às limitações sentimentais.
d. Estava meu coração à mercê das paixões.
e. Submeteram o amor à provações difíceis.
3. Assinale as frases em que o emprego da crase é facultativo.
 Dei à minha mãe um grande abraço quando cheguei de viagem.
 Assistimos a alguns filmes no fim de semana.
 Não me referia a Joaquina na carta.
 Fomos à casa de Mariana ontem.
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Exercícios de aplicação
4. No trecho “[…] jantavam com ele em pino ao meio-dia […]”, se o termo em destaque fosse substi-
tuído por “doze horas”, como ficaria a reescritura desse trecho?
5. Insper-SP
Talvez espante ao leitor franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocri-
dade; advirto que franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da 
opinião, o contraste dos interesses, luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos 
velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que 
faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, força de embaçar os outros, 
embaça-se um homem a si mesmo. 
Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis.
As lacunas desse excerto de Machado de Assis estão corretamente preenchidas em 
a. à, a, a, à. 
b. a, a, a, à. 
c. a, à, à, à. 
d. a, a, a, a. 
e. à, a, à, à.
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CAPÍTULO 5
6. Observe as duas frases a seguir.
I. Desenhei a caneta.
II. Desenhei à caneta.
Qual é a diferença de sentido entre elas?
Módulos 42 e 43 | Regência nominal
Responda às questões de 1 a 3 com base no texto “Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade.
1. O texto discorre sobre que tipo de variação linguística? Dê um exemplo.
2. No trecho “[…] mas ficavam longos meses debaixo do balaio […]”, indique os termos regente e 
regido da expressão destacada.
3. No trecho “[…] sonhavam em andar de aeroplano […]”, caso o verbo “sonhavam” fosse trocado por 
“tinham sonho”, como ficaria a reescrita da frase?
4. Cescea-SP
As palavras “ansioso”, “contemporâneo” e “misericordioso” regem, respectivamente, as preposições
a. a – em – de – para.
b. de – a – de.
c. por – de – com.
d. de – com – para com.
e. com – a – a.
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5. Agora, você e os colegas vão construir frases que contenham um caso de regência nominal. pág. 325Encarte
Material necessário
• Folha de encarte
Como fazer
a. Em grupo, destaque todas as partes do encarte que está no final do livro. Nele há diferentes 
palavras e expressões. 
b. Embaralhe essas partes e reorganize-as de modo coerente. Combine as palavras ou expressões 
montando frases que contenham um caso de regência nominal. Faça o maior número de combi-
nações possíveis. Dica: é possível formar mais de uma frase com os mesmos sujeitos e/ou com os 
mesmos verbos.
c. Registre, no caderno, as frases que vocês criaram.
6. Considerando o contexto da palavra destacada em “[…] mandava o próprio chamar o doutor e, 
depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas.”, qual seria o termo atual-
mente utilizado para “botica”?
7. Considere a frase “Estavam todos escondidos atrás da igreja.”. Sobre a expressão destacada é pos-
sível dizer que
a. “atrás” é o termo regido.
b. há uma regência nominal.
c. “igreja” é o termo regente.
d. “atrás” é um substantivo.
e. “igreja” é um advérbio.
8. Complete as lacunas com as preposições adequadas: a, com, de, por e sobre.
a. A união Mariana Pedro foi desastrosa.
b. O desprezo ele resultou em sua destruição.
c. O estudante esclareceu suas dúvidas a lição de casa.
d. Fernanda estava alheia problemas políticos.
9. Na frase “João respeita o pai”, caso o verbo “respeita” fosse substituído por “tem respeito”, como 
ficaria a reescrita da frase?
Módulos 44 e 45 | Complemento nominal
Exercícios propostos
1. Destaque o complemento nominal das orações a seguir.
a. Você sabe qual é a origem daquele grupo?
b. Ela estava certa de que iríamos conhecê-lo.
c. A língua dos portugueses é um pouco diferente da nossa.
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CAPÍTULO 5
2. De acordo com o texto Emília no país da gramática, o que significa gíria?
3. Assinale a alternativa em que a oração apresenta um complemento nominal.
a. Os

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