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Micologia Veterinária: Aspergilose e seus efeitos

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Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
 
Micologia Veterinária: Aspergillus, Penincillium e Fusarium: 
Trata-se de fungos que parecem uma ‘’arvore’’, sendo cada bolinha um 
conídeo, elas se soltam facilmente e ficam em suspenção no ar. Logo, se 
imagina que qualquer animal que inale essa estrutura, ela pode dentro do 
organismo se transformar em hifa e gerar um infecção, quanto menor o 
animal , mais grave o problema, pois menor é o pulmão e maior o conídeo 
comparado ao pulmão, por isso as aves são as mais afetadas. 
São saprófitos e oportunistas por excelência, podem estar no animal e 
partir que este tem uma queda na sua resistência, uma infecção pode ser 
instalada. Possui ocorrência mundo com fácil dispersão. 
Características coloniais e estruturais: 
 
 Conídeos 2 m; 
 Hifas septadas hialinas, ramificadas, 
medindo de 2 a 5 micrômetros de diâmetro. 
 As típicas vesículas com fialídes 
raramente serão observadas, são 
observadas em materiais coletados de áreas 
teciduais em contato com o ar atmosférico 
 As colônias geralmente são de 
crescimento rápido, de cores variadas e 
apresentam uma camada de conidióforos 
em sua superfície. 
 
 
Efeitos da Aspergilose: 
Otite : A aspergilose pode adentrar no ouvido médio, ele funciona como 
uma estufa por ser úmido e escuro, com temperatura agradável. O fungo 
começa a metabolizar o serume e se desenvolver no meio. 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
 Ceratite : Principalmente em aves, ocorre a ceratite, que é 
desenvolvimento desse fungo no cristalino do globo ocular, geralmente 
ocorre crescimento na ração e quando a ave pica para se alimentar sobe 
uma ‘’nuvem’’ de conídeo e como o globo ocular é úmido, ao entrar em 
contato com os olhos esses conídios se desenvolvem. 
Aborto micótico: 
-Por via cópula; 
-Por inalação do fungo; 
-Por ingestão do fungo; 
-Por ingestão de micotoxinas: 
O Aspergillus pode produzir o aborto, se o touro estiver no prepúcio 
contaminação pelo fungo, na ora da monta (ejaculação)o fungo vai junto 
com o sêmen e quando feto começa a se desenvolver ele contamina o feto, 
levando a um problema pulmonar desse neonato ou a fêmea tem um aborto 
aproximadamente no sexto mês. 
No caso da inalação, atráves da alimentação a vaca pode ingerir e inalar o 
fungo, o fungo pode ir ate o pulmão produzir um foco primário, cair nos 
vasos sanguíneos, pois as hifas possuem afinidade pelos vasos, elas soltam 
fragmentos que vão até a placenta. Gerando uma placentite, levando a um 
aborto. Se o animal possuir úlceras estomagais, o fungo pode colonizar 
essas ulceras, ir até a corrente sanguínea, fazendo o mesmo caminho até a 
placenta; 
Quando o fungo produz micotoxinas, esta são imunossupressoras, uma 
fêmea gestante já é imunossuprimida por conta da sua condição, quando 
está na hora dela dar a luz, o sistema imune reconhece o feto como um 
corpo estranho e ocorre o parto. As micotoxinas elas adiantam esse 
processo, levando ao aborto. 
 
Granuloma e problemas pulmonares: Grande quantidade de macrófogos, 
tentando combater o fungo. O grande problema da aspergioloso são os 
problemas pulmonares, os fungos causam broncopneumonia purulenta 
aguda. 
Principais Espécies: 
• Aspergillus fumigatus ( isolado em 90 % das patologias) é o + 
importante 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
• Aspergillus flavus (produz afatoxina) 
• Aspergillus niger (pode produzir toxina e infecção direta) 
• Aspergillus terreus (também produz micotoxina) 
• Aspergillus clavatus (infecção direta) 
 
Aspergilose aviária: 
É a mais importante em medicina veterinária. O fato das fezes serem 
condensadas com a urina e esses animais geralmente ficaram em 
solo vegetal (casca de maravalha, amendoim, arroz). As fezes por 
serem úmidas, umedecem esse solo que já possui os fungos 
naturalmente, favorecendo seu desenvolvimento, a ave ao andar e 
bicar no chão, leva a suspenção do conídeo, levando a contaminação; 
O diagnóstico, pode ocorrer já na granja ou no serviço de inspeção, 
nas carcaças de frango podem se encontrar no pulmão e nos sacos 
aéreos nódulos pequenos, se faz uma biopsia, formal a 10% para 
histopatologia e refrigeramento para a microscopia. Diagnóstico 
diferencial – tuberculose; 
 
 O profissional deve procurar o 
local de contaminação podendo 
ser: no ninho (substrato + 
vezes), manipulação, caixa de 
transporte e câmara de eclosão. 
Devendo fazer a 
descontaminação desses locais. 
 
 
 
 
 
 
 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
Aspergilose em mamíferos: 
 
É difícil ver nesses animais, 
pois o pulmão é maior, sendo 
menos acometidos pela 
aspergilose pulmonar. Já otite 
e ceratite é mais comum. Nos 
grandes animais a aspergilose 
ocorre em confinamento, pois 
geralmente o animal é 
confinado junto com o 
alimento, que com úmida 
pode levar a infecção pelo 
fungo; A via de contaminação 
é a inalação, da mesma forma 
que avicultura o cocho deve ter sua higienização feita de forma correta. 
 
Diagnóstico Laboratorial: 
- Coleta de material enviado sob refrigeração: secreção, necropsia, tecido 
biopsiado, ovo etc. 
- Exame direto: se faz uma lamina com hidróxido de sódio (clarificante) , 
se observa: 
- Hifas septadas; - Estruturas de reprodução ( na aspergilose pulmonar 
pode ser ver pois é raro ver essas estruturas em exame direto.) 
Histopatologia: Material coletado mantido em formol a 10%. Coloração 
com Gomori e PAS, Prata etc. 
Observação de hifas septadas e 
hialinas. Estípede, vesícula, fiálide, 
conídios 
 
 
 
 
 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
Isolamento: 
 Agar Sabouroud com cloranfenicol (não usar cicloheximida); 
 Agar Dicloran-Rosa de Bengala Cloranfenicol (DRBC); 
 
 
Identificação: 
Colônia: Verificar o tamanho, cor superfície, borda, reverso, pigmentos, 
exudatos etc. O primeiro passo para identificar os gêneros é olhando pelas 
cores: 
Microscopia: Observar se é Monosseriado ou Bisseriado 
Aspergillus fumigatos: colônia verde aveludada podendo ficar cinza com o 
tempo e na microscopia ele tem: estípede, vesícula e uma camada de fiálide 
produzindo conídeos. Não possui metula. 
A. Niger: colônia pulverulenta negra; Microscopia: Tem que usar 
clarificante. Estipe, vesícula globosa, metula grande e fiálide (com 
duas camadas) produzindo conídeo, é bisseriado. 
A.flavus: colônia começa algodonosa fica pulverulenta, ficando verde 
-amarelada. Microscopia: estipula, vesícula semi-globosa, metula e 
fialíde, sendo bisseriado. Pode ou não formar metula. 
A. terreus: Possui cor meio rosada, aveludada. Microscopia: 
A. clavatus: Colônia algodonosa pode passar o centro a pulverulenta, 
branco a esverdeada podendo chegar à cinza. Vesícula alongada, 
metula e fialídes bem curta, bisseriado. 
 
• Tem esse nome pois lembra um pincel, foi 
o primeiro fungo importante na 
farmacologia. Causa infecção chamada 
peniciiliose, quando existe o 
desenvolvimento do pulmão é chamada 
de: 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
• BRONCO-PULMONARES - Inalação de conídios e estruturas do 
Penincillium. Encontra-se ( no raio-x )massas desenvolvidas dentro 
do pulmão com confirmação pela biopsia (isolamento e microscopia), 
• Pulmonar: corrimentos nasais, podendo colher amostra dentro do 
plano nasal, não coletar perto da área externa para não contaminar a 
amostra. 
• Granuloma: Se faz biopsia, lâmina com clarificante, mas o mais 
indicado é a histopatologia, onde ira encontrar na área de necrosa 
hifas de fungos, depois no meio de cultura de faz o crescimento para 
a devida 
• Otite: Se faz a colete de cerume com algodão estéril, introduz no 
ouvido médio para inoculação do meio de cultura. ( Ágar Sabouroud 
com cloranfenicol); 
• Endocardite: O fungo ao ir pelo sangue, pode chegar até as valvas 
do coração aderir nas mesmas causando a patologia; 
• Ceratite: Aderência do fungo no globo ocular, germinandoe 
penetrando no cristalino, pode acometer cães e gatos. Existem 
colírios antifúngicos que podem ser utilizados. 
• Abortos: Estruturas do fungo via correndo sanguínea; esse fungo 
também pode produzir toxinas, sendo estas imunossupressoras 
poderiam acelerar a expulsão do feto. 
 
Queijos: 
P. camemberti e P. roqueforti são inoculados no leite para produzir 
determinados queijos. Porém estes não podem produzir micotoxinas, na 
inspeção e na produção deve-se isolar esses fungos e analisar se a cepa não 
é produtora de toxina, caso seja, não pode ser comercializada; 
 
Identificação: 
Colônia: de cor ver ou branca dependendo da espécie, mas sempre de 
aspecto aveludado. 
Para os fungos com muita ramificação realizar cultivo em lâmina (lamina 
de vidro + cubo de ágar + lamínula de vidro em uma placa com algosão 
molhada durante 7 dias, desenvolvimento do fungo no meio de cultura.) 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
Quando se faz a lâmina se encontra a partir de uma hifa septada, estípede, 
ramo, metula e fialide produzindo conídeo, podendo ser simétrico ou 
assimétrico. 
Existem Penincillium com muita estrutura e outras com poucas, alguns 
possuem variações em suas fialídes. 
Produção de micotoxinas: 
P. citrinun: colônia aveludada, produzindo pigmento amarelo-limão, 
produz a toxina citrina levando a nefrose. 
P. expansum: produz patulina, encontrada em maçã e sucos de frutas, leva a 
imunossupressão teratogenicidade, é assimétrico; 
P. verrucosum: Ocratoxina A, colônia aveludada verde, assimétrico também 
pode levar a nefrose. 
 
Talaromyces marneffei: 
Ele mudou de nome, porém ainda é abordado dentro desse grupo. Só é 
encontrado na África, o rato é um importante vetor. Ele geralmente roe o 
bambu em que o fungo se encontra, e ao entrar dentro das residências 
podem contaminas as pessoas através da inalação. O problema pulmonar é 
semelhante a Histoplasmose, sendo necessário um diagnóstico diferencial. 
É UM FUNGO DIMORFICO, TENDO A FORMA 
LEVEDURIFORME E FILAMENTOSA. 
Essa forma muda de acordo com a temperatura, por isso ele mudou o nome 
Inocula esse fungo em 2 meios de cultura, BHI ( 37 C -fungo tem aspecto 
para levedura ) e sabouroud (25 graus – colônia aveludada e na lamina 
característica no Penincillium) 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
Se desenvolvem em climas tropicais e 
subtropicais. Causa enfermidades em 
glande quantidade de vegetais 
(‘’secando os mesmos’’), é patogênico 
para o homem e animais por infecção 
direta ou produzindo toxinas. 
Poder ser endofítico (encontrado dentro da semente e do vegetal) e 
sapróbio ( geralmente encontrado no ambiente sem causa muito 
problema). Existem 65 espécies, 55 variedades, 22 formas especiais. Divido 
em 16 seções, cada seção tem uma colônia com estruturas diferentes (Ex: 
Seção liseola, elegans etc.) 
Isolamento: Agar peptona pentacloronitrobenzeno (não pode usar um 
meio comum.) 
Se colocado em um meio comum à sua colônia pode ser serosa, sem 
estrutura de reprodução agora no meio de colônia dito (Agar peptona) ele 
cresce muito bem. É necessário ter muita quantidade de conídeo para 
que ele seja identificação; 
 Repique: Por conta dessa necessidade, de se ter muitos conídios, se faz o 
repique. É necessário preparar o cultivo em Agar Batata Dextrose a 25c 
com luz branca por 12h e 12h com luz negra. Isso deve ser feito pois 
estimula o fungo a produzir mais conídios. 
Cultivo monospórico: 
Deveria ser chamado monoconídeo, pois o ciclo de reprodução é anamorfo 
produzindo conídeo não esporo. Se trabalha um conídeo do Fusarium para 
ter uma colônia pura. * No cultivo monospórico, um único esporo do fungo é coletado 
com o auxílio da alça e são transferidos para o meio de cultura. Dessa forma, assegura-se a 
pureza do cultivo. 
Inocula-se o Fusarium no meio de cultura (12/12 h) 
Quando há o desenvolvimento de colônia, se cobre a esta com água 
destilada e agita-se o tubo para soltar os conídios. Em seguida, prepara-se 
um meio de cultura chamado Agar-água, e deve-se então jogar o liquido 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ- 
 
 
 
(perto do bico de Bunsen) que fora colocado sobre a colônia, sobre o meio 
de cultura, desprezar o excesso do líquido em desinfetante. Inclina-se a 
placa e a deixa fechada por 16h. 
Em 16h os conídios ali presentes vão começar a germinar, com ajuda de 
uma lupa focaliza-se a superfície do meio com alça de platina se pega 1 
conídeo e inocula ele em um ágar a base de folha de chá ou folha de 
banana então ele se desenvolve e ai sim de faz identificação. 
Características Coloniais: 
 
 
Na lâmina: 
 Estruturas a serem observadas: 
 Clamidoconídeo ; 
 Macroconídeo (forma e tamanho), 
 Microconídeo (forma, tamanho e formação) 
Mirian Cardinot da Silva – Med. Veterinária 
 -UFRRJ-

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