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Anatomia Patológica - pigmentos

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Mirian Cardinot – Med. Veterinária
UFRRJ. 
Anatomia Patológica
Distúrbio das pigmentações:
Pigmentos são substâncias endógenas ou exógenas que ocorrem em alguns tecidos e têm cor própria, são substâncias sinalizadoras de enfermidade. Esses possuem cor própria dependendo da natureza desse pigmento.
Pigmentos exógenos: 
Tatuagens, marcas por tinta, aspirações alimentares ou medicamentosas (tetraciclina), pode originar esse pigmento. O pigmento exógeno pode ou não ter importância patológica. 
Pneumoconioses: São determinadas substancias que são inaladas e normalmente se depositam nos pulmões ou em linfonodos que os drenam; 
- Pigmentações patológicas pulmonares ocupacionais: Grupo de enfermidades pulmonares (Pneumoconioses) restrita a um grupo de indivíduos por conta do trabalho que exercem (os que trabalham em mineradoras) São importantes no homem em função da industrialização como a mão de obra animal foi substituída por tecnologia nesses lugares a importância veterinária não é grande. 
A produção da doença depende: da concentração inalada, do tamanho da partícula, da forma desta, natureza química do composto e da duração de exposição.
A poluição em grandes cidades pode levar a quadros como este.
Entre os compostos que podem ser inalados temos: 
Baritose - bário inalado; 
Silicose - sílica inalada (predispõe o pulmão à tuberculose) ;
Antracose - carvão inalado; 
Siderose - ferro inalado ;
Calcinose - cálcio inalado (mármore);
Asbestose - asbesto inalado (amianto);
Aluminose - alumínio inalado (argila).
Algumas dessas substâncias: 
#Induzem inflamação crônico-destrutiva no tecido pulmonar;
# Alteram a cor do pulmão;
 # Conduzem à insuficiência respiratória e até ao câncer (humanos). 
# Lesam ou matam os macrófagos durante a fagocitose, liberando compostos que induzem a fibrose.
Antracose: É a única pigmentação exógena de interesse em animais, ocorre como resultado da inalação de compostos de carvão, geralmente ocorre em animais utilizados em mineradoras de carvão.
Macroscopicamente temos: 
- Pulmão de cor escurecida, geralmente ‘’pontilhados’’, oriundos das partículas de carvão depositadas na parede dos vasos e parênquima pulmonar;
– Linfonodos: brônquicos e mediastinos escuros e firmes principalmente em macrófagos dos seios medulares;
Microscopicamente:
Linfodos: grânulos pretos chegam a estes através da drenagem linfática;
Pigmentos Endógenos:
Melanina: A função desta é a proteção contra raios UV, são produzidos nos melanócitos (foto) oriundos dos melanoblastos (cél sem especialização), eles são armazenados em malanosomos e estes migram da base do epitélio até a sua superfície, oriundo da escamação da pele. *o cobre é substrato para a produção de melanina, sendo essencial também a presença da tirosina.
Nos animais temos aglomerados de manchas escuras em algumas localizações, denomina-se melanose maculosa, é uma característica individual do organismo. Ex: Sardas;
Distúrbios relacionados à melanina:
- Melanose maculosa: Trata-se de uma melanina em local anormal, não há hiperplasia, mas sim um aumento da produção de melanina nos melanócitos já existentes, pode haver reabsorção e apesar de não ter comprometimento clínico, mas há comprometimento comercial na linha do abate por questões estéticas. Essas manchas ocorrem em serosas (pleura, peritônio, meninges, pericárdio, endocárdio, cápsula do fígado), íntima da aorta, mucosas (traqueal, uterina, intestinal). *Essa mancha é superficial ela não se projeta até o interior do parênquima., são achados incidentais. Microscopicamente se vê a pigmentação de forma superficial também.
- Melanomas: Trata-se de uma proliferação celular dos melanócitos, podendo ser maligna ou benigna, geralmente o prognóstico é desfavorável. Ocorrem em muitos tecidos como: pele, boca e olhas ( cães, equinos e suínos), ao redor do ânus de cavalos (frequentemente em tordilhos e o animal ainda vive muito pois cresce lentamente), dígito (cão); É 
bastante agressivo. Podem ser amelanóticos (muito perigoso – destrói osso e pode se confundir com outros por ser claro, é a proliferação de melanoblastos) e com pouco ou nenhuma melanina pela falta de diferenciação;* É um tumor sem tratamento, elas não regridem cirurgicamente, pode até se fazer no inicio da patologia. Cerca de 70% de cavalos tordilhos vou ter, ou ainda terão melanomas. Sinal de alerta: são machas que surgem do nada, coçam , ulceram a pele etc.*
- Calos pigmentados: São calos criados pelo esforço, pressão de determinada área, não tem importância clínica, podem ser pigmentados;
- Acromias cicatriciais: É quando se tem manchas brancas, pela falta de pigmento por quanta de cirurgias, lesões que cicatrizaram, pela destruição de melanócitos e a deposição de fibrina.
- Albinismo: O animal não produz o pigmento, mas possui os melanócitos, só que estes são afuncionais por déficit genético. *negros não possuem mais melanócitos que os brancos, o que ocorre é que essas células são mais funcionais;
- Vitiligo: Ocorre à destruição dos melanócitos, geralmente é autoimune, ocorrem manchas irregulares e agressivas;
- Leucoderma: Ocorre em búfalos, aonde estes apresentam áreas despigmentadas da pele: (rosto, pelo, glândula mamária), porém contrario do vitiligo, ela regride, e em alguns animais ela responde ao cobre (então acredita-se que possa ser uma deficiência desse)*a deficiência de cobre causa a falta de cor ao redor dos olhos , se este não for suplementado na alimentação, pode levar a essa anomalia , uma despigmentação periocular- nelores ficam com uma cor escurecida)
Hemossiderina: Trata-se de um pigmento de origem férrica, oriundo da destruição da hemácia no sistema mononuclear fagocitário. Quando a hemácia é destruída, ela libera 4 partículas de ferro que são capturadas por uma proteína carreadora de ferro a transferrina , quando ela se liga a proteína , ela se torna lábil, ou seja disponível no sangue. Quando se tem muita hemácia sendo destruída ocorre uma alta concentração de ferro, consequentemente essa transferrina fica saturada e há a deposição do ferro (ferritina) em baços, linfonodos, medula óssea, levando a lesões, com cor marrom granular, chamamos isso de: hemossiderose. Exemplos de doenças onde normalmente se encontra esse quadro: Anemia infecciosa equina, helmintoses, deficiência (anemia) ou intoxicação por Cobre, Fígado de cavalos idosos, Fígado de cavalos doadores de soro, hemorragia em vários tecidos, ICC direta e esquerda, Em cães idosos pode-se encontrar placas siderofibróticas .
Icterícia: Trata-se de uma síndrome sistêmica, ocorre quando a bilirrubina encontra-se em excesso no plasma, onde todos os tecidos se coram de amarelo-acastanhado.
Macroscopia – Tecidos pigmentados de amarelo ( menos no músculo); A icterícia é reconhecida primeiramente na esclera do globo ocular, no gato é reconhecida primeiro no palato. Mais visível em: tecidos despigmentados, mucosas, válvulas cardíacas, íntima dos vasos; 
Diagnóstico Diferencial das Icterícias: Para saber se é mesmo icterícia devem-se abrir as articulações, a íntimas dos grandes vasos, e observar a coloração atípica nesses locais (caso seja icterícia), pois alguns animais idosos e determinadas raças, possuem gordura amarelada que pode confundir com esse quadro de excesso de bilirrubina. Icterícia pode ser: pré-hepática (geralmente há hemoglobinúria- há uma hiperfunção hemolítica-pode ser causada por agentes parasitários como babesiose, leptospirose), hepática (retenção de bile por icterícia neonatal pela imaturidade dos canalíticos biliares, geralmente se dá banho de luz nos recém-nascidos), pos-hepaticas ( ocorre por reabsorção, estase obstrutiva ou mecânica pelo bloqueio na passagem da bile, as fezes ficam sem cor, pode ser ocasionada por tumores etc.) *Pode-se ter icterícia por intoxicação cobre; em humanos cirrose e hepatite são as causas mais comuns.

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