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Resumo NP1 e NP1 - HTP e CAT-A

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RESUMO – TÉCNICAS PROJETIVAS
SLIDE 1 – TÉCNICAS PROJETIVAS – TP
Ementa 
Conceitos do processo de projeção: percepção e apercepção. Técnicas de investigação da personalidade. Uso adequado e ético dos testes projetivos no contexto da Avaliação Psicológica e do Psicodiagnóstico Infantil.
Objetivos 
· Favorecer o domínio de instrumentos e processos de investigação científica em Psicologia;
· Desenvolver a competência para selecionar, avaliar e adequar esses instrumentos a problemas e contextos específicos: 
· Serão estudados os procedimentos e instrumentos de avaliação da personalidade, utilizados no diagnóstico, intervenção psicológica e psicossocial.
· Ao término da disciplina, o aluno deverá ser capaz de:
· Identificar os fundamentos teóricos das técnicas de investigação da personalidade;
· Conhecer a técnica de aplicação e de interpretação dos instrumentos projetivos: - H.T.P. (House-Tree-Person); - CAT-A (Childrens Apercepction Test)
· Teste de Apercepção Infantil com Figuras de Animais.
Competências
· Compreensão de que os testes projetivos são utilizados como instrumentos auxiliares na investigação diagnóstica da personalidade no contexto da Avaliação Psicológica e como subsídio importante para o Psicodiagnóstico Infantil.
· Identificação, seleção e adequação do uso dos instrumentos de avaliação da personalidade a problemas e contextos específicos, baseados em evidências científicas.
· Utilização de técnicas projetivas de acordo com os princípios da ética profissional.
SLIDE 2 – HTP HISTÓRICO E PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS – CONCEITOS DE PROJEÇÃO
HTP = CASA – ÁRVORE – PESSOA 
· John N. Buck estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o estabelecimento de comunicação terapêutica efetiva;
Duas fases:
· Não verbal, criativa e quase completamente não estruturada;
· Inquérito posterior ao desenho com perguntas sobre aspectos de cada desenho.
Pode-se prosseguir com 3ª e 4ª fases:
· Na 3ª pede-se para desenhar novamente uma casa, uma árvore e uma pessoa, com lápis de cor;
· Para a 4ª fase, faz-se perguntas adicionais sobre os desenhos coloridos;
Avaliação: 
· Sinais de psicopatologia existente ou potencial;
· Tamanho do desenho;
· Localização;
· Presença ou ausência de determinadas partes;
· Respostas do indivíduo durante o inquérito.
O HTP
· É Indicado para indivíduos acima de 8 anos;
· É adequado para situações onde a comunicação verbal direta de materiais conflitivos é improvável por causa de obstáculos nas capacidades verbal e motivacional;
· Torna-se fundamental que os usuários do H-T-P tenham sido treinados e supervisionados;
· Geralmente é aplicado em uma situação face a face, como parte de uma avaliação inicial ou de uma intervenção terapêutica em andamento;
· Aplicação requer de 30 a 90 minutos, dependendo do nº de desenhos solicitados;
· No mínimo, são pedidos 3 desenhos e conduzido um inquérito sobre cada desenho; 
· Será necessário um protocolo de interpretação para cada conjunto (acromático e cromático);
· Lápis preto, borracha macia e um conjunto de lápis de cores (mínimo 8 cores); 
· Relógio ou cronômetro para anotar a latência e o tempo total dos desenhos.
Anotar (na folha de protocolo de aplicação): 
· A latência inicial; 
· Ordem dos detalhes desenhados
· Duração das pausas e detalhes desenhados quando a pausa ocorrer
· Qualquer verbalização espontânea ou demonstração de emoção e o detalhe que estiver sendo desenhado quando essas ocorrerem;
· Tempo total utilizado para completar o desenho.
Inquérito posterior ao desenho
· É essencial dar ao indivíduo uma oportunidade de definir, descrever e interpretar cada desenho e para expressar pensamentos, ideias, sentimentos ou memórias associados;
· O inquérito sugere algumas perguntas para facilitar esse processo e fornece espaço para anotar respostas do indivíduo;
· O principal objetivo é compreender o cliente extraindo o maior número possível de informações sobre o conteúdo e o contexto de cada desenho;
· Deve-se seguir qualquer linha de investigação que parecer proveitosa a esse respeito e que o tempo e o rapport com o indivíduo permitam;
· Todas as posições, detalhes ou relações incomuns devem ser anotados e investigados;
· Qualquer detalhe implícito, como componentes básicos escondidos atrás da figura ou que se estendem para além da margem da página, devem ser investigados, bem como qualquer aspecto do desenho que não estiver claro;
· Detalhes que forem adicionados durante o inquérito também devem ser identificados.
TÉCNICAS PROJETIVAS E CONCEITO DE PROJEÇÃO
Projeção: 
· Associado a diversas áreas do conhecimento: física, fisiologia, neurologia e psicologia; 
· Ponto em comum: deslocamento de algo que no trajeto passa por alterações que resultam em algo “novo” e remete ao objeto original;
· Sua origem está vinculada aos estudos da neurofisiologia: respostas do organismo às sensações e percepções neurológicas que lhe forem provocadas. Estímulos do ambiente → SNC → respostas comportamentais.
Sob o foco da neurologia:
· Investigação às questões relativas ao nervo ótico;
· Buscou-se compreender como ocorre o processamento da imagem captada pelo olho, o registro da retina e a decodificação das informações;
· Quando há algum comprometimento neurológico ou cognitivo (em qualquer etapa), a projeção da imagem no cérebro é alterada;
· Portanto, pensou-se na relação entre os aspectos da transposição ou decodificação de imagens.
· Os conhecimentos da neuro-oftalmologia serviram para a psicologia tentar explicar alguns comportamentos diante de estímulos do ambiente;
· PSICOLOGIA → passou a utilizar o conceito de projeção como “resposta comportamental que ocorre em consequência a relação sujeitoobjeto”;
· Todas as relações de objeto (humanos ou materiais) ocorrem através de uma operação projetiva;
· PRODUÇÕES HUMANAS → desde a mais involuntária até a mais autônoma, manifestam alguma relação entre passado e presente e reflete no comportamento.
· Século XIX: Fechener → relação direta entre: quantidade de estímulo X resposta comportamental;
· Outra referência: Laplanche e Pontalis destacam as relações interpessoais: 
· Percebe o ambiente e responde de acordo com interesses, aptidões, expectativas, desejos... (pares são escolhidos por proximidade territorial, político, profissional);
· Mostra que assimila determinada pessoa a outra (transferência);
· Assimila-se a pessoas estranhas ou inversamente, ou seja, assimila-se a si mesmo pessoas (personagens); 
· Atribui a outrem as tendências, os desejos, etc que desconhece em si (conteúdos ICs que são deslocados como estratégia de satisfação).
· PSICANÁLISE é a teoria que mais utiliza a projeção no arcabouço teórico: Operação na qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro, pessoa ou coisa, as qualidades, desejos, afetos, sentimentos e até mesmo os “objetos” que estão internalizados e dele desdenha e/ou recusa aceitar e/ou admitir que lhe são pertencentes.
Mecanismo da projeção: 
· Indivíduo desloca eventos por ele produzidos, para alguém ou alguma coisa que esteja fora, realizando uma AÇÃO PROJETIVA.
· Freud utilizou o termo de várias formas, e no sentido amplo: “... tendência a buscar uma causa externa, antes que interna ...”;
· Trata-se de um mecanismo de defesa de origem arcaica, comumente encontrado na paranoia;
· Freud vincula a projeção também a outras manifestações psíquicas e em manifestações grupais (religião, preconceito, cultura);
· Consiste em procurar no exterior, a origem de um desprazer, defendendo o sujeito daqueles sentimentos, que não suportaria percebê-los como próprios;
· A ação da projeção tem relação direta com o funcionamento da estrutura psíquica e seus componentes: ID, EGO e SUPEREGO;
· A relação entre estas três estruturas não é harmoniosa:
· ID Se manifesta espontaneamente e produz sentimentos e desejos.
· EGO Estabelece uma relação de dependência com as necessidades do ID e imposições do SUPEREGO.
· SUPEREGOEstabelece a relação entre o indivíduo e o meio social.
Superego:
· Responsável pela filtragem dos conteúdos provenientes do ID, mas não consegue barrar alguns conteúdos que acabam por chegar ao EGO;
· Porém, estes conteúdos sofrem alterações para se adaptarem e se manifestarem no EGO sob a forma de diferentes sintomas;
· Sintomas → são diversos conteúdos recalcados do IC que necessitam realizar-se, mas necessitam igualmente de uma forma de proteção do psiquismo (mecanismos de defesa): ATOS FALHOS, SONHOS, PROJEÇÕES.
Teoria psicanalítica 
· Em todas as expressões humanas há a denuncia de conteúdos ICs, mesmo que de modo distorcido;
· Dentro deste pressuposto, alguns estudiosos montaram instrumentos que facilitassem o acesso aos conteúdos internos: TÉCNICAS PROJETIVAS;
· São técnicas que levam a uma investigação dinâmica e holística da personalidade; 
· Seu material é ambíguo e permite que os indivíduos se expressem com liberdade, sem relação com acertos ou erros.
· Vários sentidos do termo projeção utilizado na psicologia: 
1. Sujeito descarrega no material, tudo o que recusa ser;
2. O teste leva o sujeito a produzir um protocolo de respostas com uma estruturação correspondente à estrutura de sua personalidade, onde ficarão conservadas todas as suas características; 
3. Tem o sentido da ótica da projeção luminosa onde há a projeção dos dados afetivos que são interiores e se exteriorizam através dos relatos ou desenhos realizados pelo sujeito.
· Teoria psicanalítica utiliza o termo em dois momentos, embora de maneira continuada: se manifesta por intermédio dos sintomas, aquilo que foi reprimido se manifestando na personalidade do sujeito de forma projetiva;
· Projeção como percepção interna que é reprimida e substituída por outras formas de manifestação, onde o conteúdo após sofrer certas deformações, chega à consciência sob a forma de uma percepção provinda do exterior.
Testes projetivos
Cunha (2000) refere que o teste projetivo tem bases semelhantes e diferentes em relação à psicanálise:
PSICANÁLISE
· Sujeito fala livremente sem um tema desencadeante.
· Tem liberdade para verbalizar o que desejar.
· Não há limite no nº de sessões.
DIFERENÇAS
· O inquérito direciona a fala do sujeito.
· Tem um material que o sujeito deve estar conectado.
· O nº de sessões é determinado pelo teste aplicado.
Testes projetivos são passíveis de interpretação psicolinguística composta de 2 eixos: 
· Função paradigmática (código);
· Função sintagmática (mensagem). 
· Os primeiros trabalhos a utilizar as técnicas projetivas datam de 1855;
· Muitos autores se inspiraram no estudo de obras clássicas com a finalidade de conhecer a personalidade das pessoas;
· Os testes projetivos têm a proposta de registrar conteúdos inconscientes que têm dificuldades de manifestação à consciência.
HTP (HOUSE, TREE, PERSON)
· Testes gráficos utilizados com crianças, adolescentes e adultos. É solicitado do sujeito que desenho uma casa, uma árvore, uma pessoa, a família de origem e a família ideal.
· A interpretação é baseada nos protocolos elaborados por estudiosos que têm como referência o conjunto dos aspectos dos desenhos separadamente e em conjunto.
CAT (Teste de Apercepção Temática)
· Para crianças na faixa de 3 a 10 anos. 
· Deve ser apresentado como um jogo e não como um teste.
· A criança é solicitada a observar uma imagem e a partir daí dizer o que está acontecendo na figura, o que vai acontecer depois e como termina e também deverá ser registrada integralmente pelo psicólogo.
· O CAT está mais capacitado para revelar a dinâmica das relações interpessoais e da constelação de impulsos, e a natureza das defesas adotadas contra isso.
· Os testes projetivos por estarem referendados em uma interpretação psicanalítica, que preconiza a existência do IC, não poderiam cumprir os preceitos da ciência pura;
· De qualquer modo, representam algo peculiar do sujeito da aplicação, emitindo o caráter próprio do conteúdo IC de cada indivíduo.
SLIDE 3 – VALIDAÇÃO E LINHAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO
Técnicas projetivas gráficas
Grafismo → forma de comunicação
· Tão essencial com as crianças quanto o jogo ou o brinquedo;
· Como expressão do desenvolvimento geral:
· Focaliza a maturação gráfica da cça;
· Estabelece fases do desenvolvimento;
· Avalia a evolução dos aspectos do objeto ou tema do desenho;
· Noção de espaço, perspectiva e transparência; percepção visual e psicomotricidade;
· Análise do traçado e uso preferencial da mão.
· O grafismo também pode ser usado como expressão de psicopatologia;
· Usado no contexto psicoterápico como meio de contato, investigação e tratamento;
· Usado como terapia em si (Terapia pela Arte);
· Tem destaque no diagnóstico psicológico, pois é usado em e como teste de desenvolvimento mental e de aptidões, e avaliação da personalidade;
· Revela aspectos da personalidade que o sujeito não tem conhecimento, não quer ou não pode revelar (ICs);
· Além da projeção, mecanismos como identificação e introjeção, podem se manifestar; Adaptação, expressão e projeção estão presentes juntos no ato de desenhar;
· Sob o ângulo adaptativo, será considerado em termos de adequação à tarefa solicitada, bem como a correspondência com a idade, sexo e eventualmente patologia;
· No expressivo, irá se analisar o estilo peculiar da resposta do sujeito, que se revela através de qualidades quanto a forma;
· No projetivo irá se verificar a atribuição de qualidades às situações e objetos que se denotam no conteúdo e na maneira de tratar o tema;
· As três abordagens se interpenetram e se completam, e cada uma vai ser mais importante dependendo da situação que foi colhido ou executado, bem como a motivação que o determinou;
· Outro aspecto a ser considerado é a origem do desenho: é espontâneo ou foi solicitado?
Ideias gerais de interpretações
· Em quaisquer situações, a interpretação deve ser ajustada a cada caso;
· Os desenhos solicitados constituem um vasto conjunto de princípios de análise e interpretação e têm tido grande destaque;
· São variadas técnicas projetivas gráficas que variam em níveis de elaboração e padronização como cópias, completamento, desenho temático sem modelo e desenho atemático;
Guia de interpretação
· Requer experiência clínica;
· Também é necessário embasamento teórico;
· Análise deve ser feita através dos 3 processos: o adaptativo, o expressivo e o projetivo.
1. Adaptativo: - Adaptação ao tema → se o produto está de acordo com o solicitado ou proposto;
· Adaptação gráfica → se está de acordo com a evolução geral do grafismo: sexo, nível sócioeconômico-cultural e determinantes patológicos.
2. Expressivo: - qualidades que dão o estilo, a organização e a economia do desenho.
3. Projetivo: - conteúdo e maneira de tratar o tema.
· Estes dois aspectos são tão inter-relacionados que não se aconselha uma abordagem em separado.
· Van Kolck sugere tomar como referência Aspectos Gerais do Desenho e Aspectos Estruturais ou Formais.
Linhas básicas de interpretação
Princípio básico:
Desenho individuo 
Papel ambiente 
· De acordo com o tema proposto para o desenho, pode-se levar em conta o significado funcional das várias partes envolvidas, partindo-se de uma análise fenomenológica para uma abordagem simbólica em maior ou menor grau; 
· Para compreender o significado individual é necessário saber se não se trata de característica comum ao grupo etário, sexual, étnico-cultural ou sócio-patológico;
· Atenção! → traço gráfico isolado nada significa;
· Cada traço deve ser considerado em conexão com os demais e no contexto geral do desenho;
· Observar qual a impressão global que o produto gráfico pode provocar;
· Esta condição está diretamente relacionada ao preparo geral e especializado do psicólogo; 
· É esta impressão que dará as coordenadas para a integração dos aspectos mais significativos na síntese final.
Significados dos aspectos gerais
1. Posição da Folha
· Geral: folha representa o ambiente delimitado pelas bordas e “imposto” ao sujeito;
· Uso na posição apresentada: nada a observar;
· Modificação radical na posição emque foi apresentado: liberdade em relação à ordem dada, e portanto, espírito curioso e com iniciativa e possível oposição e negativismo.
2. Localização da Página
· Geral: revela muito de sua orientação geral no ambiente e consigo próprio;
· Centro: segurança, autovalorização, emotividade, comportamento emocional e adaptativo, equilíbrio; pessoa centrada em si mesma e autodirigida;
· 1º quadrante: contato ativo com a realidade, rebelião e ataque, projetos para o futuro;
· 2º quadrante: força dos desejos, impulsos e instintos; obstinação e teimosia;
· 3º quadrante: conflitos, egoísmo, regressão, fixação em estágio primitivo;
· 4º quadrante: passividade, atitude de expectativa diante da vida, inibição, reserva, nostalgia; desejo de retornar ao passado e/ou permanecer absorto em fantasia;
· Metade superior: espiritualidade, misticismo, energia, objetivos muito altos, satisfação na fantasia, “está no ar”;
· Metade inferior: materialismo, fixação à terra e ao inconsciente, orientação para o concreto, insegurança e inadequação, com depressão;
· Metade direita: extroversão, altruísmo, atividade, socialização, relação com o futuro, progresso;
· Metade esquerda: introversão, egoísmo, predomínio da afetividade, do passado e do esquecido, comportamento compulsivo;
· Em diagonal na página: projeção da perda de equilíbrio.
3. Tamanho em relação à folha
· Geral: exprime a relação dinâmica do sujeito com seu ambiente; como está reagindo às pressões do mesmo (inferioridade ou supervalorização); quanto maior o desenho, maior a valorização de si e quanto mais exagerado for, mais compensatória será a valorização;
· Muito grande: agressividade e descarga motora; quando exagerado sugere fantasia compensatória;
· Médio: nada a interpretar;
· Pequeno: inferioridade, inibição, constrição e depressão; comportamento emocionalmente dependente e ansioso;
· Muito pequeno: sentimento de inadequação e mesmo rejeição pelo ambiente; tendências ao isolamento. 
· O tamanho do desenho revela uma dimensão complexa e muito sensível às diferenças de sexo, classe social e inteligência.
4. Qualidades do grafismo
· Geral: o tipo de linha e a consistência do traçado indicam a manifestação de energia, vitalidade, decisão, iniciativa, em um extremo e de emotividade, insegurança, falta de confiança em si, ansiedade em outro;
· Linha grossa: energia, vitalidade, iniciativa, decisão, constância, confiança em si, possivelmente agressão e hostilidade para com o ambiente, esforço para manter o equilíbrio da personalidade, falta de adaptação;
· Linha média: nada a interpretar;
· Linha fina: insegurança, timidez, sentimento de incapacidade, falta de energia e de confiança em si, mas também personalidade hipersensível e artística;
· Traço contínuo: decisão, rapidez, energia, esforço dirigido, autoafirmação, mas também falta de sensibilidade e de vida, medo de iniciativas (se muito contínuo);
· Traços de avanços e recuos: emotividade, ansiedade, timidez, insegurança, e também sentido artístico, intuição, sensibilidade;
· Traço interrompido: incerteza, temor, angústia e possivelmente, tendências psicóticas;
· Traço trêmulo: medo, insegurança, sensibilidade; e se presente em todo o desenho, intoxicação por alcoolismo ou fadiga extrema. 
· Lembrar: a) a técnica do desenho leva à utilização do traço de avanços e recuos; b) crianças, de modo geral, apresentam com mais frequência o traço contínuo, com linha firme, grossa e pesada.
5. Resistências
· São casos de rejeição em graus diferentes de intensidade, a partir da negação a desenhar até o não completamento do desenho feito;
· São atitudes negativistas e de oposição;
· A negação pode assumir outros significados como “intensa inferioridade” da pessoa que se sente muito inadequada para arriscar-se ao julgamento;
· No caso do não completamento do desenho, a omissão de partes determinadas pode ser analisada em conexão com o significado próprio da área em que aparece;
· Sempre com o sentido de resistência para desenhar, a omissão de uma parte constitui indício de problemas e conflitos em relação a essa parte e ao que ela significa;
· Será considerada de maior ou menor gravidade segundo a extensão e a área em que se apresenta e o fato de estar ou não associada a outros aspectos característicos; 
· Pode ser indício de perturbações graves, como deficiência mental, esquizofrenia, histeria, depressão.
SLIDE 4 – ASPECTOS EXPRESSIVOS E ASPECTOS DE CONTEÚDOS (CASA-ÁRVORE-PESSOA)
Observações durante a testagem
· Deve-se registrar as reações dos sujeitos às instruções, pois podem envolver indícios de ansiedade, resistência, desconfiança, ou pelo contrário, de cooperação ou de aceitação passiva da tarefa;
· Deve-se também anotar o tempo de reação e os comportamentos verbais e não verbais; 
· Caso o sujeito manifeste ansiedade, resistência ou desconforto, recomenda-se dizer que não se preocupe em chegar a uma produção artística;
· A ênfase é na maneira como se desenha.
Interpretação
Casa
· O lar e suas implicações, subentendendo o clima da vida doméstica e as inter-relações familiares.
Árvore e Pessoa
· Permitem investigar o que se costuma chamar de autoimagem e autoconceito, ou diferentes aspectos do “self”.
Interpretação casa
· Há uma tendência para as crianças expressarem suas relações com pais e familiares;
· Pessoas casadas tendem a refletir no desenho, aspectos de suas relações adultas;
· Quanto mais comprometido estiver, maior a probabilidade de projeções das relações mais regressivas;
· Portanto, a casa envolve a percepção de família, seja pela ótica atual, passada ou de um futuro idealizado.
· O desenho da casa dá uma indicação da capacidade do indivíduo agir sob estresse e tensões nos relacionamentos íntimos;
· Áreas de interpretação referem o nível de contato com a realidade e o grau de rigidez do indivíduo;
· É essencial identificar a impressão geral que causa (ex: vazio, harmonia, inquietude, nudez, etc.)
· Alguns autores recomendam o exame de uma série de itens sem referência aos desenhos individuais (posição, tamanho, traçado, simetria, etc.);
· Para desenhos de casas ou árvores adicionais, considera-se a hipótese de haver mais de uma imagem de uma das figuras ou ambas;
· Posição e tamanho podem indicar tanto características específicas da constelação familiar, quanto aspectos dinâmicos da interação;
Proporção: 
· Quanto maior o telhado, maior é a satisfação na fantasia;
· Dimensão horizontal da parede maior que a vertical vulnerabilidade a pressões ambientais;
Perspectiva:
· Indivíduos mentalmente deficientes desenham casas com perspectiva dupla; 
· Crianças pequenas também desenham assim; 
· Indivíduos esquizóides perdem a perspectiva em seus desenhos da casa;
· Margens da página; relação com o observador; posição; transparências; movimento.
São considerados seus elementos essenciais (telhado, paredes, porta, janelas) e acessórios (chaminé, perspectiva, linha de solo, etc.); 
Ausência de qualquer dos elementos essenciais, suscita a hipótese da presença de transtornos mentais graves; 
· estruturada adequadas funções do ego; 
· indícios bizarros probabilidade de problemas psicopatológicos;
· Paredes força do ego; 
· Transparências problemas com a realidade
· Tamanho do telhado relaciona-se com a medida em que a fantasia distorce ou invade o funcionamento mental;
· Telhado representando a casa toda mais frequente em esquizofrênicos;
· Ausência de telhado sujeitos incapazes de regressão a serviço do ego; 
· Reforço do telhado defesa contra impulsos que buscam expressão na fantasia;
· Portas e janelas canais de comunicação ou vias de acesso ao mundo externo;
· Ausência inacessibilidade e isolamento;
· Acréscimos de cortinas, persianas ou a janela parcialmente aberta interações controladas com o ambiente;
· Presença ou não de chaminé motivos socioculturais, mas comumente representada por calor psicológico;
· Linha de solo indícios sobre o contato com a realidade associado à firmeza do traço;
· Caminhos devem ser observados com cuidado: pode ser tanto via de acesso e comunicação,quanto usados como barreiras ou meios de proteção que dificulta a interação;
· Demais acessórios (cercas, arbustos, flores, etc.) devem ser considerados em termos de sua finalidade de facilitar o intercâmbio com o meio, ou estabelecer meios de defesa ou proteção;
· Nuvens indicam ansiedade generalizada.
Interpretação – Árvore
Parece estimular menos associações conscientes e mais associações subconscientes e inconscientes do que os outros dois desenhos;
Representa o crescimento, e pode revelar sentimentos do sujeito em várias fases do seu desenvolvimento, simbolizado pela progressão da raiz até a copa;
· Tronco sentimentos de poder e a força do ego;
· Estrutura dos galhos indícios sobre como o sujeito percebe sua capacidade de encontrar satisfação no ambiente e a organização total teria que ver com seus sentimentos sobre o próprio equilíbrio emocional. 
· A qualidade do desenho da árvore parece refletir uma capacidade do indivíduo para avaliar criticamente suas relações com o ambiente;
· Determinada pela colocação no papel e pelo tipo de árvore;
· Bem centrada relaciona-se com equilíbrio e bom relacionamento com ambos os sexos;
· Colocação para a esquerda forte influência materna;
· Colocação para a direita identificação com a figura paterna;
· Parte superior fuga na fantasia;
· Parte inferior inibição da fantasia e sentimentos depressivos.
· O tipo de árvore resulta da forma com o tronco e os galhos são desenhados;
· Tronco representa a força do ego, a autoestima;
· Com linhas reforçadas defesas para proteger a integridade do ego;
· Delineado com linhas fracas fragilidade das defesas e consequente vulnerabilidade;
· Irregularidades no tronco sentimentos de inadequação;
· Cicatrizes costumam ser experiências traumáticas;
· Copa representa a organização da personalidade e a maneira desta de interagir com o ambiente;
· Galhos sugerem sentimentos que podem ser bastante diversificados:
· Abundantes busca excessiva de satisfação;
· Diminutos incapacidade de obter satisfação; 
· Voltados para dentro egocentrismo; - quebrados sentimentos de impotência castração e trauma;
· Mortos desesperança, depressão; 
· Ausentes falha de contato.
· Ausência de folhas vulnerabilidade ou eventualmente, insatisfação (precisa ser corroborado com outros dados);
· Presença de frutos em adultos sentimentos de satisfação e criatividade;
· Presença de frutos em desenhos infantis: - com maçãs pendentes necessidade de dependência; - com maçãs caídas no chão sentimentos de rejeição.
Interpretação – Pessoa
· Estimula mais associações conscientes do que a casa ou a árvore, incluindo a expressão direta da imagem corporal;
· A qualidade do desenho reflete a capacidade do indivíduo para atuar em relacionamentos e para submeter o “self” e as relações interpessoais à avaliação crítica objetiva;
· Este desenho desperta sentimentos tão intensos que indivíduos paranoicos ou psicopatas podem se recusar a fazê-los.
· O desenho pode conter elementos do auto retrato ou de um “self” ideal, embora possa resultar da percepção de outras pessoas significativas;
· Frequentemente há representação das características pessoais, físicas ou psicológicas como são na realidade, como são percebidas, sentidas, imaginadas ou projetada nos demais;
· É extremamente importante verificar o tipo de pessoa desenhada, definindo-o melhor pelo confronto com os comentários e respostas ao inquérito.
· Cabeça aspectos intelectuais – reflete a necessidade de controle de impulsos e/ou fantasia;
· Observar detalhes associados com a comunicação e interação com o ambiente (traços faciais, braços e mãos) e com a atitude do sujeito frente aos impulsos (tronco);
· Qualquer ênfase ou elaboração específica de alguma parte do corpo conotação real ou simbólica de problema ou conflito merece análise especial.
Considerações especiais na interpretação – HTP
· É importante que o psicólogo esteja familiarizado com os efeitos do nível intelectual sobre as representações das figuras, para que não faça interpretações indevidas sobre a pobreza das proporções gráficas;
· Isto para não atribuir a aspectos emocionais, quando outros fatores estão em jogo.
Indicadores de traços psicóticos
· São frequentes as produções bizarras, com distorções importantes, que resultam no aparecimento de figuras ilógicas e irrealísticas;
· Esquizofrênicos são os que apresentam o HTP mais comprometido;
· No desenho da casa: - ausência de partes essenciais; - presença de transparências; - telhado substitui a casa total; - problemas de perspectiva; - paredes com extremidades fendidas.
· São frequentes as produções bizarras, com distorções importantes, que resultam no aparecimento de figuras ilógicas e irrealísticas;
· Esquizofrênicos são os que apresentam o HTP mais comprometido;
· No desenho da casa: - ausência de partes essenciais; - presença de transparências; - telhado substitui a casa total; - problemas de perspectiva; - paredes com extremidades fendidas.
· No desenho da pessoa: (cont.) - superacentuação de olhos ou orelhas; - perfil sem cabelo, rosto parecido com máscara e um físico magro, rígido e desvirilizado.
Traços depressivos
· Casa simples, vazia, pobre, portas abertas; 
· Árvore desprotegida, tênue, desvitalizada, podendo apresentar nódulos, sombreamentos, ramos frágeis e copa pequena; 
· Figura humana frágil, mas organizada, sugerindo impotência, ênfase na cabeça e no tronco; semblante triste; figura simétrica relacionada com controle obsessivo.
· De modo geral, são desenhos pequenos, sem sugestão de movimento e traçado inibido.
Traços hipomaníacos
· Casa em perspectiva, grande, ênfase nas portas e com presença de flores; 
· Árvore com grande dimensão, ultrapassando os limites da folha, ramos para fora e para o alto;
· Figura humana grande, com braços para fora e para o alto, fisionomia com expressão de triunfo. 
· Observam-se movimentos de expansão, linhas grossas e o traçado é forte.
SLIDE 5 – TÉCNICAS PROJETIVAS GRÁFICAS E DESENHO INFANTIL
Desenho na prática clínica 
· Amplamente reconhecido;
· Na investigação da personalidade;
· Na prática terapêutica. 
· Ato de desenhar é terapêutico
· No Psicodiagnóstico: - muito utilizado em diversas áreas; - fornecem dados menos suscetíveis à distorções e restrições da comunicação verbal; - independem de fatores conscientes; - também é mais difícil de se compreender.
· A quantidade de informações obtidas com os desenhos → depende da compreensão, experiência e conjunto de habilidades do psicólogo; 
· Ocampo (1994) → recomenda iniciar uma investigação clínica pelas técnicas projetivas gráficas:
· Provocam menos ansiedade;
· Tarefa simples e familiar à maioria;
· De baixo custo;
· Exigem pouco tempo
· De caráter não ameaçador e facilita o rapport.
· Sugestão:
· Começar com desenho livre;
· Aos poucos propor HTP;
· Aplicar sucessivamente instrumentos gráficos;
· Analisar a produção como um todo:
· Tendência à organização crescente? 
· Tendência à desorganização progressiva?
· Possibilidade de avaliar a presença de tentativas de controle intelectual e consciente sobre a produção;
· Destacam com maior precisão os níveis mais profundos de integração e dissociação da personalidade;
· Bom desempenho nas técnicas gráficas → bom prognóstico.
· Treinamento artístico não disfarça aspectos caracterológicos;
· Obras de grandes mestres não contradizem a hipótese projetiva;
· Produto final nas projeções → resultante de inúmeras variáveis: percepção, processamento de informações, memória, recursos intelectuais, tônus muscular, outras...
· Importante → história do indivíduo com um todo.
· Instrumento pouco adequado para estudos de validação psicométrica;
· Objetivo da técnica → captar o padrão que é peculiar àquele sujeito;
· Sua produção deve ser avaliada qualitativamente, considerando o máximo de informações;
· Proposta → investigar e não medir;
· Pode surgir “sinais” de conflitos ou patologias;
· Necessário → psicólogo indentificá-los e interpretá-los adequadamente;
· A análise deve ser integrada de vários aspectos e de diferentes fontes→ dependem então, da habilidade de quem usa o instrumento;
A formação profissional
· É preciso se ater às qualidades da mente e ao preparo clínico do psicólogo;
· Nenhum sistema deve ser encarado como indiscutível;
· Deve-se extrair o que houver de mais interessante para cada caso;
· Quanto aos atributos do profissional → para compreender a dinâmica emocional IC de outra pessoa, é necessário usar a própria sensibilidade e intuição;
· Atitude sem preconceitos permite o aparecimento espontâneo das significações;
· Importante que o profissional tenha aprendido usar canais de comunicação que permitam alcançar a subjetividade e que melhor se adaptem às peculiaridades de cada sujeito;
· Não perder de vista a compreensão psicológica globalizada do indivíduo e a subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico;
· Necessário → repertório de conhecimentos e experiências diversificadas, que não dependem do mero aprendizado de regras de interpretação;
· Setting → que favoreça o sujeito se conhecer.
A criança e o desenho
· Criança → sente prazer em desenhar, rabiscar, pintar;
· Na atividade → todo o corpo participa: sorri, faz caretas, se deita sobre o papel, se agita, pensa;
· Expressão gráfica: - tem origem no gesto; - inicia casualmente; - as experiências propiciam o início de um período de intercâmbio entre a repetição do gesto e a experimentação de novas possibilidades de registro;
· Ainda não se tem intenção de representar algo no mundo, apenas observar os efeitos deste;
· Aos poucos, passa a utilizar instrumentos que diferenciam e ampliam essas possibilidades de registro: tinta, lápis, giz de cera... 
· Relação física e sensorial com o desenho → possibilita a experiência de novas realidades;
· Com o desenvolvimento motor → ela observa seus registros e os modifica ou combina;
· Aos poucos associa com o que vê ou reconhece;
· Passa a estabelecer analogias e correspondências (com a memória);
· Desenho → instrumento de conhecimento, pois desenha o que sabe e não o que vê do objeto;
· E o intercâmbio entre percepção e representação permanece;
· Memória, percepção, conceituação → se entrelaçam, gerando conhecimento;
· No jardim da infância → já dispõem de um repertório amplo para desenhar vários objetos;
· Entre 6 e 7 anos → a expressão livre e mágica começa a ser domesticada (regras); 
· Mais consciente de si, assume uma postura crítica em relação à sua produção;
· Entre 9 e 10 anos → está atenta aos detalhes e procura fazer desenhos realistas;
· Aos 11 – 12 anos → reluta em mostrar o que fez, pois acha seus desenhos feios;
· Diminuem experimentações com o desenho;
· O desejo de uma produção realista, favorece que se conclua que não sabe desenhar; 
· A dificuldade é porque os conceitos não mais se ligam às impressões sensoriais como antes → portanto, não se renovam;
· Sistema educacional não estimula atividades ligadas ao sensorial → apresenta dados prontos, e pouco favorece que se apreenda o mundo por si mesma;
· Além da escola, existe o sistema social com uma visão de mundo própria da civilização ocidental;
· A suposta incapacidade do adulto em desenhar se deve à subordinação do dado sensorial desvinculado da experiência imediata;
· Criança está integralmente em tudo o que faz;
· Portanto, os desenhos refletem sua personalidade (envolve aspectos tanto cognitivos quanto afetivos);
· Proposta para interpretar uma produção gráfica: - adotar a metodologia analítica e a intuitiva;
· Importante analisar o desenho como um todo;
· Significado dos detalhes → aparecerão mais na adolescência e idade adulta;
· Atenção aos detalhes → quando muitos deles apontam na mesma direção;
· Com detalhes conflitantes → pede-se mais desenhos;
· Desenho da figura humana → além do entendimento que representa a autoimagem, também costuma ser um adulto importante para a criança;
· Analisar a produção como um todo, como as partes importantes para um relacionamento;
· Para conhecer a criança através do desenho:
· Interpretá-los individualmente;
· O que tem de singular na atmosfera do desenho
· A harmonia dos elementos; 
· O tom emocional da produção e das personagens representadas.
· Implica a subjevidade:
· Obter informações de várias fontes;
· Dados de observação;
· Qual o mundo da criança (ambiente / experiências).
SLIDE 8 – CAT-A
Apresentação
· CAT Teste de Apercepção Infantil
· Autores: Leopold Bellak e Sonia S. Bellak (1949);
· Método projetivo temático;
· Objetivo revelar a estrutura da personalidade da criança e sua maneira de reagir a, e lidar com, as questões do crescimento;
· São estímulos padronizados de questões comuns da infância;
· Há também uma versão com figuras humanas (CAT – H); 
· Compreende 10 gravuras em várias situações;
· Visa investigar: 
· Aspectos do relacionamento da criança com figuras importantes em sua vida;
· A dinâmica das relações interpessoais;
· A natureza e a força dos impulsos;
· As defesas mobilizadas;
· O estudo do desenvolvimento infantil;
· A compreensão da dinâmica familiar.
· Trata-se de um instrumento imprescindível no exame psicológico de crianças, principalmente aquelas com problemas emocionais ou vítimas de violência de qualquer natureza;
· Resolução 02/2003 (CFP) restringiu seu uso;
· É um desafio integrar ciência com a prática;
· CAT tem sido considerado mais como “experimentos” do que “testes psicológicos”;
Sistema de avaliação
· Cabe ao pesquisador demonstrar as associações entre características das histórias e características do indivíduo;
· O sistema estruturado de avaliação permite aproximar clínico e pesquisador, pois se baseia em dados coerentes com a visão científica qualitativa respondendo a questões clínicas delimitadas e relevante.
· Têm-se utilizado vários tipos de sistemas de avaliação: natureza perceptivo-cognitiva, psicodinâmica, socioambiental e centrada nas necessidades;
· Versão Brasileira atualizada ficha de sistematização que possibilita análises passíveis de tratamento estatístico, sem desrespeitar a proposta original e nem cair na simplificação excessiva;
· O esquema proposto é de natureza psicodinâmica, apoiando-se nos conceitos da Psicanálise e priorizando análise de conteúdo das narrativas;
· Estudos foram realizados para a validação no Brasil que incluiu a concordância entre os avaliadores;
· Um requisito é que as descrições sejam claras e detalhadas de modo que a maioria dos profissionais com treinamento adequado, dadas as mesmas regras de observação, vejam as mesmas coisas nos mesmos lugares;
· Concordância entre os avaliadores atende ao critério da objetividade (acordo quanto ao fenômeno);
· Também foi feito levantamento dos temas mais frequentemente evocados, indicadores da demanda específica de cada estímulo;
· Verificaram-se ainda questões referentes a dificuldades perceptuais decorrentes do desenvolvimento infantil, apontados pela literatura;
· Destaca-se que para o uso adequado do CAT é necessário ter conhecimento da visão psicodinâmica da personalidade.
Natureza e fundamentos teóricos do CTA-A
· O CAT é uma técnica projetiva;
· “Métodos projetivos” cunhada por Frank (1939) para designar um conjunto de técnicas voltadas para investigação do indivíduo em sua singularidade;
· Técnicas projetivas consideram os aspectos qualitativos da resposta do examinando, em oposição à psicometria que qualifica o indivíduo a partir de dados quantitativos;
· Conceito de Projeção processo natural de apreensão dinâmica dos objetos do mundo externo em sua interação com o mundo interno da pessoa;
· Bellak atribui a esse processo a denominação de apercepção, a fim de evitar confusão com o mecanismo de defesa identificado por Freud; 
· Técnicas projetivas procuram favorecer ao máximo a manifestação do mundo interno do examinando, usando material ambíguo, ou seja, que dê margem a diferentes interpretações;
· Também as instruções devem dar liberdade quanto ao uso dos estímulos na elaboração das respostas;
· Procura-se assim, fornecer um mínimo de elementos externos, suficientes apenas para eliciar a resposta e permitir uma avaliação do contato coma realidade;
· As técnicas projetivas têm sua origem no Teste de Apercepção Temática (TAT) de Murray (1943);
· Temático decorre de solicitar ao sujeito que ele desenvolva uma história ou tema.
· O propósito dos autores foi oferecer um conjunto de cenas mais próximas do universo infantil; 
· Quando se apresenta uma situação com certo grau de liberdade, a pessoa dá a informação destinada a satisfazer o que lhe é pedido; 
· Também ao tentar dar conta da tarefa, oferece informações a partir das quais se pode fazer deduções relativas a sua organização singular de personalidade, incluindo aspectos adaptativos e defensivos;
· Portanto, as deduções dependem, em grande parte, do tipo de teoria de personalidade que o psicólogo usa como instrumento;
· A seleção dos cartões deriva do referencial teórico dos autores Psicanálise;
· As cenas foram escolhidas considerando problemas, situações e papéis importantes no desenvolvimento e na vida da criança, a partir do referencial psicanalítico;
· O uso de animais favorece a identificação da criança com as personagens;
· O uso de figuras de animais tem como vantagem adicional, maior ambiguidade, dado que o sexo e a idade das personagens são indefinidos;
· Há autores que defendem o uso da forma humana, mas no nível consciente, os animais são considerados amigos das crianças nas histórias e na realidade;
· Destaca-se ainda o caráter primitivo dos impulsos animais, que confere maior proximidade simbólica destes com as crianças.
Atributos psicométicos – CAT-A
· O CAT compartilha com os demais instrumentos projetivos, as dificuldades para uma validação estritamente psicométrica, dada a complexidade inerente à sua interpretação; 
· Também, por se tratar de uma técnica aplicada a crianças, está sujeita à influência do desenvolvimento;
· Ainda é preciso considerar a grande amplitude de variáveis implicadas na personalidade do examinando e inter-relacionadas de modo complexo, o que dificulta a elaboração de indicadores bem definidos como exige a tradição psicométrica;
· No Brasil, temos poucas pesquisas que investigaram a fidedignidade e a validade do CAT; 
· Em alguns estudos realizados, foi possível encontrar indicadores de autoestima;
· Com base nos resultados encontrados, é possível afirmar que os indicadores relacionados à autoestima elevada convergem com a teoria que fundamenta o CAT;
· Revelam também: 
· O nível geral do funcionamento do ego do indivíduo;
· Verificando em que medida a criança é capaz de conciliar os impulsos e as exigências da realidade; 
· Como ela é capaz de solucionar de forma adequada e realista os conflitos internos e externos; 
· E também avalia a qualidade de suas relações objetais e como percebe e interage com o ambiente.
· Houve correlação positiva entre os avaliadores em vários itens, significando índice de fidedignidade do instrumento;
· Também foi possível reconhecer que o CAT conseguiu detectar situações de abuso sexual;
· Outra pesquisa diz respeito a idade a ser aplicada e concluiu-se que não é recomendado aplicar em crianças com idades inferiores aos 5 anos e meio;
Temas frequentes em cada estímulo
· Outro estudo (Tardivo, 1992; 1998) levantou os temas mais frequentes para cada estímulo;
· A análise deste estudo indicou mais diferenças no desempenho das crianças por idade do que por sexo.
Administração do CAT-A
· É necessário iniciar a aplicação do CAT somente após estabelecer um bom rapport com o examinando;
· Ocampo, Arzeno e Piccolo (1981) em psicodiagnóstico é viável iniciar o exame psicológico com técnicas gráficas ou a observação lúdica; 
· Sugestão aplicar o CAT após a criança estar familiarizada com o aplicador;
· Recomendável explicar para a criança que não há histórias certas ou erradas e o mais importante, é inventar uma história;
· As instruções podem ser retomadas sempre que necessário de forma sucinta e adaptada à idade e aos recursos da criança;
· É importante que o psicólogo mantenha uma atitude de interesse diante do que a criança narra;
· Frequentemente é preciso encorajá-la a narrar histórias, mas deve-se ter cuidado para não induzir sua resposta ao incentivá-la;
· Diante de um examinando que apenas descreva a figura ou pareça ter dificuldade em inventar uma sequência de ações pode-se perguntar, por exemplo: “o que aconteceu antes disso?” ou “o que aconteceu depois disso?”;
· É preciso assegurar-se de que a criança entenda o que seja “inventar uma história”; 
· Os cartões devem ser apresentados um por vez, na sequência determinada pela numeração de 1 a 10, enquanto os demais permanecem ocultos;
· Todos os comentários e comportamentos da criança observados durante a aplicação devem ser anotados e usados como informação auxiliar para a interpretação da história específica em que ocorreram;
· Também observar atividade física, os gestos, as expressões faciais e as postura que acompanham as respostas; 
· Ex modo como a criança segura o cartão (com atenção ou mantendo-o longe de si) e como devolve para o aplicador (cuidado ou raiva);
· Narrativas incompletas ou confusas podem ser esclarecidas com a realização de um rápido inquérito, imediatamente após a verbalização da história;
· É importante que as perguntas do inquérito sejam abertas e não possam ser respondidas com “sim” ou “não”, para assegurar que elas próprias da criança não sejam induzidas;
· Caso haja interesse na elaboração de pontos específicos do relato, pode-se repassar as histórias após o término da aplicação ou em sessão próxima dessa data;
· De modo geral, as dez histórias narradas espontaneamente ou com o incentivo do aplicador, são suficientes, desde que seja possível identificar uma sequência de ações para a maioria das categorias de interpretação, particularmente as mais complexas, como Mecanismos de defesa e Integração.
SLIDE 9 -

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