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Resumo TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO DA PERSONALIDADE 4°/5º SEMESTRE

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Nicolle Marcondes – Técnica de investigação da personalidade 
VICISSITUDES DO RORSCHACH 
ENQUANTO TÉCNICA PROJETIVA 
UMA ABORDAGEM PSICANALÍTICA 
 
 SILVA, MIRIAM DEBIEUX VARGAS DA. Vicissitudes do Rorschach 
enquanto técnica projetiva. Rorschach: uma abordagem 
psicanalítica. São Paulo, EPU, 1987. (pág. 1-7) 
 
Na época de Hermann Rorschach, a teoria psicanalítica estava em 
auge e Jung desenvolvia seu Teste de Associação de Palavras. Para 
Hermann, seu teste poderia ser utilizado por qualquer linha teórica, 
mas em suas interpretações observava-se a análise psicanalítica. 
 
A originalidade de Rorschach não reside no material utilizado, mas 
na transformação da prova de manchas de tinta em instrumento de 
avaliação da personalidade e em ter encontrado formas de 
interpretá-lo, já que outros já haviam feitos este tipo de testes e 
fracassaram. 
 
Ele Pesquisou e concluiu que indivíduos que percebem cinestesias 
(sentido da percepção de movimento, peso, resistência e posição do 
corpo, provocado por estímulos do próprio organismo) nas pranchas 
têm tendências intratensas, e os que enfatizam as cores em sua 
resposta são extratensas. 
 
 
 
Ou seja, elaborou sua teoria da personalidade centrada no conceito 
de funções psíquicas de “intratensão” e “extratensão”, mas que não 
coincidiam com os conceitos de “introversão” e “extroversão” de 
Jung. Para Jung, “introversão-extroversão” eram tipos de constituição 
da personalidade (portanto, excludentes); para Hermann, 
“introversão-extratensão” eram apenas predominantes ou mesmo 
coexistentes na personalidade. 
Rorschach elabora quinze pranchas em preto, preto e vermelho e 
coloridas. Por exigência do impressor, são reduzidas a dez. 
Além da redução o formato fica reduzido, as cores modificadas e o 
negro fica sombreado. Apesar do sombreado ter aparecido por 
mero acaso, foi devidamente aproveitado pelo autor, que passou a 
pesquisar as reações a ele, atribuindo-lhe interpretações. 
Outros autores ampliaram e expandiram o teste para os Estados 
Unidos e Europa, porém, a dupla origem dos testes projetivos, ou 
seja, sua construção vinculada ao método experimental, visto 
como inerente aos testes, e sua aplicação calcada no método clinico 
com raízes na Psicanálise, gera consideráveis discrepâncias entre 
os autores e dificuldades epistemológicas. Com alicerces no 
positivismo e no método psicanalítico, a psicologia projetiva não 
rompe com o método experimental que, no entanto, não é utilizado 
segundo suas próprias regras. 
A projeção não é um termo introduzido pela Psicanálise. Freud, 
porém, utilizou-o para nomear mecanismos psíquicos bastante 
específicos sem, no entanto, elaborar uma teoria da projeção. Qual 
então à relação da projeção nos testes projetivos com o conceito 
freudiano? 
 
 
 
 
 
Mais tarde Freud afirma que a projeção não é especialmente 
criada para fins de defesa; podemos observá-la mesmo em 
casos em que não existe conflito. A projeção de percepções 
internas para o exterior é um mecanismo primitivo, ao qual 
também estão sujeitas, por exemplo, as nossas percepções 
sensoriais e que, portanto, desempenham um papel capital na 
conceituação do nosso mundo exterior. Em condições ainda 
insuficientemente estabelecidas, quer as percepções 
internas, de processos afetivos e ideativos, quer as 
percepções sensoriais, são projetadas de dentro para fora e 
utilizadas para a configuração do mundo exterior, quando 
deveriam permanecer dentro do mundo interior". 
 
 
Processo de atribuir, a outras pessoas ou ao mundo externo, os 
próprios impulsos, sentimentos e afetos indesejados. Mecanismo de 
defesa inconsciente, que permite ao indivíduo ignorar serem esses 
fenômenos pertencentes à própria pessoa. Em suma, o que se projeta 
é o que não se quer ser. 
 
 
No primeiro trabalho, projeção de aspectos negativos de si; no 
segundo, projeção considerada tanto como mecanismo de defesa 
do ego, que pode ser patológico, como um processo habitual que 
determina percepções e compreensão do mundo exterior. As 
percepções passadas e as internas influenciam a percepção de 
estímulos contemporâneos, permitindo a interpretação da 
conduta. A projeção passa por acomodação ao princípio da 
realidade (e não, sob o domínio do prazer, expulsar os impulsos 
inaceitáveis). 
Podemos concluir que existe, na obra de Freud, o conceito de 
projeção como mecanismo de defesa do ego e como mecanismo 
habitual de abordar realidade. Nesta última, a projeção passa por 
uma acomodação ao princípio da realidade, ao invés de, sob o 
domínio do prazer, expulsar impulsos inaceitáveis. O mecanismo 
que se observa na produção da resposta ao teste projetivo 
enquadra-se neste segundo sentido. 
 
Podemos dizer que a projeção, nos testes projetivos, 
corresponde a um dos sentidos que a psicanálise atribui ao 
termo. 
No entanto, apesar de ser elemento fundamental e comum aos 
testes projetivos, ele não é suficiente para explicar a resposta ao 
teste. Percebe-se como, nos diversos autores que pensam sobre 
isto, há uma preocupação em encontrar um outro conceito que 
amplie ou some-se ao de projeção. Este outro conceito deve ser 
procurado na relação indivíduo-psicólogo-estímulo e não, como 
quer maior parte dos autores, na relação indivíduo estímulo. 
 
H. Rorschach coloca que a interpretação das pranchas não é um 
processo imaginativo como supõem os testando, mas um processo 
perceptivo. Segundo ele, a interpretação é um caso especial de 
percepção e as fronteiras entre um e outro podem ser deslocadas 
pela afetividade. 
 Percepção: "assimilação associativa de engramas* 
disponíveis (imagens-recordações) a complexos de 
sensações recentes (...) 
A interpretação de formas fortuitas surge como uma percepção, na 
qual o trabalho de assimilação entre o complexo de sensações e o 
engrama é tão grande que, por esta razão, será percebido 
Segundo D.Anzieu e outros autores que investigaram a obra de 
Freud, o conceito foi introduzido, em 1895, no trabalho 
"Neurose da Angústia". O significado mais usual dado ao 
conceito é o da projeção vista como o processo de atribuir, a 
outras pessoas ou ao mundo externo os próprios impulsos, 
sentimentos e afetos indesejados. É um mecanismo de defesa 
inconsciente, que permite ao indivíduo ignorar serem estes 
fenómenos pertencentes à própria pessoa. Em suma, o que se 
projeta é o que não se quer ser. 
 Nicolle Marcondes – Técnica de investigação da personalidade 
 
intrapsiquicamente como trabalho de assimilação. Esta percepção 
intrapsíquica, da equivalente imperfeita entre o complexo de 
sensações e o engrama, dá à percepção o caráter de interpretação". 
 
 
 * Engramas = traço definitivamente 
impresso na psique por uma 
experiência física. 
 
 
 Rapaport: pormenoriza o processo subjacente às 
respostas no Rorschach. Descreve o jogo recíproco de 
processos perceptivos e associativos em cada resposta, 
guiado pela formação de conceitos e atitude crítica de 
controle sobre a produção, que propicia o exame da 
realidade. 
 Ao primeiro contato visual com a prancha, o sujeito tem uma 
impressão perceptual de um contorno principal e suas 
características de cor, sombra etc. Um aspecto destes pode iniciar 
os processos associativos, com propostas de conteúdo. Estes devem 
também explicar os demais aspectos da mancha. Enquanto 
avançam as associações, inicia-se a reorganização perceptual e a 
articulação da mancha na figura-fundo, para tornar possível a 
articulação da percepção com 
o conteúdo associado. O percepto vai se diferenciando e o 
conteúdo se torna mais específico até a produção da resposta. 
O autor valoriza a formação de conceitos e os processos de 
pensamento e seus distúrbios, envolvidos na preparação da 
resposta. 
 
A ambiguidade do estímulo reflete a condição de incompletude e 
indefinição do ser humano. 
→ É pela ambiguidade que a resposta é dada por metáforas,porque não pode ser dada diretamente. 
→ Através da metáfora, o conflito esconde-se e revela-se; 
nela, apresenta-se a forma humana de viver, a 
manifestação estrutural e estruturante de um ser que 
deve conviver com o conflito. 
→ O conflito e a procura de soluções são inerentes à 
estrutura psíquica do ser humano. 
A resposta ao estímulo não depende deste, mas do indivíduo 
colocá-lo ou não em seu campo libidinal, transferencial e 
inconsciente (S. Dias). Portanto, ao ressaltar a importância do 
psicólogo na produção da resposta, considera-se que a qualidade e 
intensidade desta, bem como sua própria produção, não são fruto 
apenas do indivíduo diante de um estímulo. É necessário que o 
estímulo e situação de aplicação adquiram um sentido para o 
sujeito. 
 
O estímulo, ou seja, o método do Rorschach entra como mediador 
de um diálogo, cujo conteúdo é desconhecido dos protagonistas. O 
teste é uma pergunta feita ao sujeito, que espera sua resposta. 
Tanto a pergunta como a resposta não são formuladas diretamente, 
segundo o método. O teste é um terceiro termo no diálogo, que 
seria incompleto sem sua introdução (M. L. Eirado Silva). Ele se 
constitui, para o sujeito, como um enigma a ser decifrado. Ele fala 
do teste, não tanto para explicitá-lo, mas para fugir da explicitação 
de seu próprio ser. A promessa implícita é a de que, decifrando o 
enigma proposto pelo psicólogo, o sujeito terá o seu próprio enigma 
desvendado. 
Aqui entra a importância da ambiguidade do estímulo. E pela 
ambiguidade que a resposta não pode ser dada diretamente, mas 
através de metáforas. As metáforas, segundo V. S. Telles falam do 
que não pode ser dito diretamente. Vão além do consciente, para 
regiões profundas do ego e do inconsciente. O inconsciente só pode 
manifestar-se por parábolas, indiretamente. 
 
Pela metáfora, o conflito esconde-se e revela-
se. O conflito e a procura de soluções são 
inerentes à estrutura psíquica do ser humano. 
 
 Assim, conclui-se que o Rorschach pode revelar o conflito 
inconsciente, desde que a situação se lhe apresente como plena de 
possibilidade e expectativas. A relação que se estabelece nesta 
situação deve ter caráter transferencial. Assim caracterizada a 
situação, aliada a comunicação através de metáforas, torna-se 
possível o acesso ao Insciente. 
 
Miriam Debieux: 
 
o Enfatiza não apenas a projeção às pranchas de Rorschach, 
mas também a relação transferencial estabelecida no 
momento da testagem (indivíduo-psicólogo-estímulo). 
o O teste dá a possibilidade de captar a dimensão 
inconsciente pelo fato de a resposta surgir na relação, tal 
como o inconsciente. 
o A resposta é produzida em virtude de uma procura ativa em 
encontrar respostas. 
o As respostas ao teste se apresentam como uma estratégia 
de procura de solução para os anseios do sujeito. 
o O conceito complementar ao de projeção, para explicar a 
resposta ao Rorschach, é o de transferência, que permeia a 
relação que se estabelece nesta situação. 
o O estímulo entra como mediador de um diálogo, cujo 
conteúdo é desconhecido dos protagonistas. 
o O Rorschach, então, pode revelar o conflito inconsciente, 
desde que a situação se lhe apresente como plena de 
possibilidades e expectativas. 
o Portanto, o tipo de resposta e a estrutura psíquica que 
alcança parecem depender do sujeito, do tipo de relação 
que se estabelece e do grau de estruturação de cada 
prancha. 
o A dimensão inconsciente é uma possibilidade quando essas 
condições a favorecem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nicolle Marcondes – Técnica de investigação da personalidade 
 
ESTUDO DINAMICO DO EGO EDIANTE A 
TECNICA DE RORSCHACH 
 
Freud propõe três instâncias: Id, Ego e Superego 
 
 Id: reservatório pulsional, inconsciente, não regido pela 
lógica e submetido ao princípio do prazer. Um pensamento 
ou uma lembrança, excluído da consciência, mas localizado 
na área do Id, será capaz de influenciar toda vida mental de 
uma pessoa. 
 Ego: criado pelo Id para reduzir a tensão e aumentar o 
prazer, mas é regido pelo princípio da realidade para 
satisfazer os impulsos do id buscando soluções mais 
realistas. 
 Superego: se desenvolve a partir do Ego, sendo como um 
censor das atividades e pensamentos do Ego; depósito dos 
códigos morais e veículo dos julgamentos de valores 
transmitidos de geração em geração. 
 
Mais sobre o Ego... 
→ Parte da estrutura da personalidade basicamente 
consciente de nossos atos e pensamentos. 
→ Receptor dos estímulos externos (ambiente) e executor dos 
impulsos (estímulos internos). 
→ procura manter sua autonomia em relação ao id, opondo-
se ou submetendo-se aos impulsos advindos dele, como 
também adiá-los ou planejá-los, de forma inteligente, 
através da sublimação. 
→ A Psicose ocorre quando o id invade indiscriminadamente 
o ego. 
 
Ocorre intensificação dos impulsos do id, ou seja, ocorre o 
comprometimento do ego, ainda que de forma não patológica, na 
adolescência(puberdade), climatério, hipnotismo ou privação de 
estímulos. 
 
 Condições que afetam a autonomia do ego em relação ao ambiente: 
 Bloqueio maciço intrapsíquico dos impulsos; 
 Necessidade de estímulos intensificada ao máximo; 
 Falta de intimidade e apoio verbal mnemônico, além de 
outros considerados necessários à manutenção das 
estruturas do pensamento, valores, ideologias e 
identidade; 
 Corrente contínua de instruções e informações adquire tal 
força que mantém o ego sem autonomia. 
 
Uma forma de entender o ego e como um executor das intenções e 
dos impulsos do indivíduo, centro psíquico da personalidade total, 
mas na sua dinâmica. 
3 fatores na técnica de Rorscharch devem ser examinados em caráter 
preferencial: 
 
 O tipo de percepção ou enfoque; 
 A percentagem de formas bem-vistas; 
 O número e qualidade das cinestesias humanas. 
 
A consciência de existir segue uma sucessão de etapas, cada qual 
contribuindo de alguma forma para a formação da seguinte, não de 
maneira cumulativa, mas integrativa. 
 
A personalidade evolui de forma praticamente irreversível, pois 
somente na fase crítica da adolescência costuma acontecer uma 
paralisação e por vezes regressão deste processo. 
 
Os conflitos afetivos, quase sempre os relacionados com 
problemas de identidade, parecem interferir como inibidores, 
mas, vencida a fase conflitiva, o processo volta a seu ritmo 
normal, continuando seu curso até que a personalidade 
alcance plena maturidade. 
 
O processo de organização e desenvolvimento da personalidade: 
 Tendência natural a uma maior estabilidade emocional; 
 Melhor capacidade de crítica e de organização mental 
 Uma consciência de existir mais completa. 
O conceito de auto-estima é reforçado pelas figuras parentais, 
notadamente a materna. A consideração pelos demais depende, em 
grande parte, do auto-conceito e da internalização das figuras 
parentais. 
O ego se forma a partir das pulsões instintivas e das 
relações de objeto. A partir dos sete anos a criança 
começa a desenvolver e fortalecer a capacidade de 
planejamento e abstração, da percepção objetiva da 
realidade e do autoconceito. 
 
Ego maduro adulto: 
 executor das intenções e dos impulsos 
 centro psíquico da personalidade total, na sua dinâmica. 
No Rorschach: 
 
 percepção geral abstrata da realidade, objetividade na análise 
dos fatos e autoconhecimento; Trabalho mental de observação 
intelectual da realidade, que consiste na recepção seletiva de 
impressões do ambiente. 
 
Traduzem também a influência das reações emocionais e da 
capacidade conativa. 
 
 Capacidade em compreender as situações como um todo, 
em apreciar as situações de modo amplo, em examinar o 
ambiente em sua totalidade. 
 Capacidade em captar os elementos óbvios, evidentes, 
essenciais das situações; inteligência prática e concreta. 
 Atenção às minúcias, detalhes, aos aspectos menos 
evidentes das vivências;atitude de análise e pesquisa. 
 
Atitude vital do indivíduo quanto ao seu próprio sistema para 
solucionar problemas, expressa por: 
 
 Habilidade e interesse para planejar; capacidade 
associativa; disposição para captar grandes conjuntos; 
capacidade de abstração, de organização e de síntese; 
indicam boa dotação intelectual; 
 Firme vontade de adquirir força e influência na superação 
das dificuldades, pois sente-se compelido a vencer; a 
análise dos fatos é objetiva. 
 O sucesso fortalece o ego e, em decorrência, seu conceito 
de autoestima. 
 Capacidade de se voltar ao ambiente para observá-lo; 
contato com a realidade, mas espaço para a subjetividade 
humana (caso contrário, é repressão). 
 Percepção objetiva da realidade externa, com capacidade 
de controle e retardamento dos processos impulsivos e 
afetivos. Indica prevalência do juízo crítico na análise dos 
fatos. 
 
 Nicolle Marcondes – Técnica de investigação da personalidade 
Quando não há prevalência da percepção objetiva, verificamos 
pressão elevada de impulsos afetivos e de concepções irracionais que 
sobrepujam a capacidade de julgamento imparcial e objetivo dos 
fatos; interferência de um mecanismo de controle que bloqueia a 
expressão direta dos impulsos afetivos, da autocensura que acarreta 
distorção no julgamento dos fatos. 
 
As respostas de percepção objetiva fornecem um índice de força e 
controle egóicos, pois implicam em: 
→ Capacidade de percepção não distorcida; e 
→ Controle crítico passível de ser relaxado. 
→ Retardamento do impulso, permitindo a crítica necessária 
para uma resposta apropriada à realidade. 
→ Deve haver distorção mínima devido a fatores 
inconscientes e emocionais. 
→ Mecanismos psicológicos que podem influir na 
objetividade: defesa (dificuldade contra a expressão do 
impulso, levando à distorção perceptiva; ex.: negação) ou 
escassez de material associativo (isolamento cultural ou 
inteligência rebaixada). 
 
O ego é influenciado pelos impulsos instintivos (anímicos), mas deve 
ser capaz de integrá-los e mantê-los sob controle (autonomia), 
indicando aceitação dos próprios impulsos e, assim, pode sentir-se 
bem consigo mesmo. 
O autoconhecimento, a imaginação e a criatividade necessitam estar 
integrados de forma objetiva à realidade; assim, também se espera 
atitude assertiva para atuar a criatividade. 
Sem objetividade, o autoconhecimento é estabelecido em função de 
noções distorcidas sobre si e sobre o meio. 
O autoconhecimento sem vitalidade mostra uma atitude 
condescendente; comportamentos negativos podem dificultar a livre 
expansão do pensamento criador; bloqueio originado em um conflito 
interno. 
o Desvitalização, desumanização ou degradação da figura 
humana: sugestivo de conflito interno, uma vez que 
representam incorporação deficiente da figura humana 
(dificuldade na internalização da figura materna). Podem 
decorrer problemas para desenvolver relacionamento 
interpessoal mais profundo, autêntico e genuíno. 
 
a) Capacidade de generalização abstrata objetiva; 
b) Autoconceito objetivo, assertivo e vitalizado; 
c) Objetividade sem rigidez. 
 
a) Generalização (abstrata ou completa) a partir das normas sociais; 
b) Autoconceito, nem sempre voltado ao meio, nem sempre objetivo, 
mas com identificação com o humano; 
c) Objetividade menos evidente; 
d) Sensibilidade Afetiva. 
 
a) Pouca capacidade de generalização e pouca autonomia para 
realizar projetos; generalização abstrata com submissão às normas 
sociais e visão estereotipada; 
b) Autoconceito passivo, nem sempre objetivo, desvitalização e 
pouca identificação com o humano; 
c) Subjetividade prevalente; 
d) Sensibilidade afetiva pobre, mal-integrada, sinais de imaturidade. 
 
a) Generalização concreta, observação precária da realidade, 
percepção desarmoniosa; 
b) Pouca ou nenhuma noção de identidade (quando ocorre, é reflexo 
de condicionamento social; 
c) Subjetividade intensa desgastando a atividade prática: 
afrouxamento do critério da realidade, distúrbios perceptuais, por 
vezes lógicas autistas; 
d) Dificuldade na sensibilidade afetiva. 
 
1. Defesa obsessivo-compulsiva: ego intelectualiza a realidade 
 
▪ Excesso de objetividade, com rigidez na análise dos fatos; 
▪ Apego aos aspectos menos evidentes da realidade, atitude 
minuciosa e meticulosa. 
 
2. Defesa histérica: ego finge adaptar-se à realidade 
 
▪ Dificuldade em expressar o afeto levando em conta o meio 
▪ Mobilização afetiva que leva a dissociar o afeto da situação 
▪ Prevalência de um contato mais sensual e ansioso 
 
3. Defesa passivo-masoquista: ego se submete à realidade 
 
▪ Adaptação pelo aculturamento 
▪ Sensação de inferioridade, ansiedade 
 
4. Defesa paranoide: ego se opõe à realidade e constrói uma nova 
 
▪ Prevalência de superficialidade na análise geral da realidade 
▪ Preocupação com sua autonomia, visão mais negativista ou 
oposicionista da realidade 
CONTRA INDICAÇÃO PARA O PORTE DE 
ARMA DE FOGO 
 
A interpretação tem como objetivo levantar um retrato o mais fiel 
possível de personalidade do eliminando quer quanto aos aspectos 
situacionais como também aos aspectos estruturais, a Análise pode 
ser dividida em 3 etapas: 
 
I. Tipo de trabalho mental 
 
Nesta etapa será verificado de que maneira o indivíduo percebe o 
ambiente, compreendeu e estabelece relações entre os fatos, bem 
como de que modo se adapta a realidade externa. 
Dessa forma compreende-se como se desenvolve o trabalho de: 
 observação 
 elaboração, 
 comunicação e 
 adaptação à realidade externa 
 
II. Organização psíquica (feitio da personalidade) 
 
Nesta etapa será verificada a dinâmica e estrutura da personalidade 
em cada um dos setores: afetividade, conação e inteligência. Desse 
modo abordamos a dinâmica psíquica do indivíduo seu modo de 
reagir afetiva, emocional e intelectualmente, bem como a maneira de 
estabelecer relacionamentos interpessoais. 
 
III. Síntese: 
 
Serão enfatizados os aspectos mais relevantes de toda a 
interpretação, fornecendo uma conclusão a respeito da 
personalidade do examinando bem como o prognóstico das 
indicações necessárias ao caso estudado. O objetivo do relatório é 
apresentar o psicodiagnóstico do examinando de modo descritivo, 
buscando desenvolver objetividade, clareza e precisão na expressão 
das interpretações. 
 Nicolle Marcondes – Técnica de investigação da personalidade 
TRABALHO MENTAL 
Campo perceptual – Observação. 
Podemos distinguir basicamente 3 modos principais de se focalizar a 
atenção na construção do campo perceptivo: a apresentação global 
de uma situação, a observação concreta dos aspectos mais evidentes 
dos fatos , a atenção cuidadosa de pormenores que passam 
despercebidos pela maioria ponto além dessas modalidades de 
observação existem outras mais raras, quer pelo fato de exigir maior 
esforço mental, que é pelo fato de escapar aos processos mentais 
normais . 
Para a análise mais específica deste índice distinguimos o modo do 
examinando observar os fatos, quando diante das circunstâncias 
formais, de ordem mais impessoal, quando a observação é o 
julgamento supõem discernimento e iniciativa , ou quando reage a 
experiências que produzem impacto afetivo direto, revelando sua 
maneira de lidar e de expressar os sentimentos e necessidades 
primárias. 
 Elaboração intelectual e organização das experiencias. 
Este índice traduz a capacidade em estabelecer relações 
significativas entre os eventos da realidade ele varia com o nível 
intelectual do examinando e nos permite verificar a energia 
intelectual deste, independentemente do tipo de inteligência 
peculiar que possua. Em relação ao item organização das 
experiências os fatos determinantes das respostas 
correspondem ao aspecto central da prova eles revelam a 
dinâmicada personalidade avaliada através do modo peculiar de 
integração expressão dos processos cognitivos, com nativos e 
afetivos. 
 
 Comunicação do trabalho mental – faixa de interesse. 
Através da verificação dos tipos diferentes de conteúdo que 
aparecem no protocolo, observamos se o examinando 
apresenta diversificação de interesses pelo ambiente em seus 
aspectos afetivos intelectuais ou de ordem prática cotidiano e 
qual o tipo de interesse é predominante ponto dentre os 
conteúdos que revelam interesse afetivo identificamos os 
seguintes 2 anatomia, sexo, fogo, alimento e sangue ; Estes 
conteúdos refletem interesses de caráter mais afetivo, básico, 
primário e peculiar ao indivíduo, revelando um maior 
envolvimento em relações e aspectos afetivos, pessoais .os 
conteúdos de ordem intelectual são: abstração, arquitetura, 
arte, ciência, religião, paisagem e antiguidade, são conteúdos 
que traduzem interesses que envolvem maiores construções 
intelectuais e conhecimento os de ordem cultural. Podem 
indicar interesses de ordem mais diferenciados ligados a 
aprendizagem. Os conteúdos concretos e superficiais são: 
botânica, acidentes geográficos, mapa, natureza, nuvem, objeto 
investimento são conteúdos que expressa o interesse de ordem 
mais prática imediata da vida quotidiana. 
 Processo de adaptação a realidade 
O processo de adaptação à realidade ocorre através do consenso 
harmônico e integrado da capacidade de julgar de modo objetivo 
é imparcial os fatos, da assimilação dos padrões de pensamento 
e de conduta adotadas adotados pela maioria e da ligação 
emocional espontânea ao ambiente. 
ORGANIZAÇAO PSIQUICA (FEITIO DA PERSONALIDADE) 
À esfera conativa compreende o setor da personalidade que reúne 
dinamismos que antecedem e possibilitam o comportamento 
explícito de natureza intelectual e afetivo emocional. Neste sentido, 
através da atuação no meio, seja explícita ou em nível de trabalho 
mental, ou indivíduo busca à satisfação de seus impulsos afetivos e 
de suas aspirações intelectuais. 
Compreende-se por esta esfera afetiva ao setor básico da 
personalidade que reúne fusões subjetivas, instintivas e sentimentos 
que estimulam o ser humano constantemente a satisfazer as 
necessidades da própria existência da espécie parênteses 
manutenção da vida, instinto nutritivo; sexual; aprovação ponte, etc 
etc. Parênteses e que mantém ativo o interesse de ampliar suas 
relações interpessoais. Na prova de Rocha a estrutura dinâmica da 
esfera afetiva do examinando é obtida, principalmente pelo estudo 
das respostas às pranchas coloridas. Especialmente através da análise 
dos índices: afetividade, impulsividade e das respostas de cor 
propriamente ditas. 
SINTESE 
Neste campo o examinador da ênfase aos aspectos mais relevantes 
encontrados durante a aplicação do Teste. Encontra-se também a 
conclusão a respeito da personalidade do examinando após 
considerar todas as suas falas e embasá-las teoricamente. É feito um 
prognóstico com a devida indicação necessária para cada tipo de 
conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nicolle Marcondes – Técnica de investigação da personalidade 
TECNICA DE RORSCHACH NO DISGNÓSTICO 
PREVENTIVO DO SUICÍDIO 
São características importantes na técnica de Rocha em relação ao 
psicodiagnóstico de suicídio os seguintes dados: 
 Baixo nível de auto-estima aliado a componentes agressivos 
sugeridos por per septos de espaço em branco e formas vivenciais. 
Indícios de isolamento afetivo, traços de impulsividade e potencial 
de agressividade suficientes para levar a termo a auto destruição. 
 
Este estudo tem o objetivo de localizar aqueles indivíduos, que com 
estrutura de pensamento normal, mais são portadores de uma 
problemática grave ou conflito por eles vivenciados com insuportável 
como insuportável, podem ser suicidas em potencial visto que, 
obviamente, ou os pacientes portadores de depressão ou 
esquizofrênicos com tendências suicidas costumam ser protegidos 
por um esquema de segurança montado de forma a impedir qualquer 
intento contra a própria vida. 
No ultimo congresso interamericano de Rorcharch , o Dr. John E. 
Exner, professor de psicologia e diretor da training Clinic na 
universidade norte americana de Long island., fez uma comunicação 
sobre suicídio, tema que vem sendo objeto de suas pesquisas e sobre 
o qual vem trabalhando, conseguiu isolar uma síndrome da qual 
constam como importante os fatores a seguir relacionados: 
 Resposta de aspas vista fecha aspas que corresponderiam 
na nossa nomenclatura as respostas é ficar, isto é, 
interceptos em que os elementos de sombreado da mancha 
são utilizados para denotar dimensionalidade. Estes per 
septos estariam correlacionados com uma afetividade 
prudente com medida com matrizes depressivos. 
 resposta de forma de menção ou de perspectiva baseadas, 
unicamente, na forma da mancha. Foi levantado o 
postulado de que as respostas de forma de menção 
estariam relacionadas com os traços depressivos comuns 
nus suicidas em um resultado parcial. Os depressivos são 
estimulados para a introspecção por sua própria 
Psicopatologia. 
 Respostas múltiplas reunindo no mesmo per septo cor e 
sombreado, ou seja, prazer e dor psíquica, ambivalência 
emoções mescladas 
 Percentagem de F + % baixa. 
 Escasso interesse humano. 
 Lambda ‘ menor que 0,35 ou maior que 1,0. 
 Razão efetivamente menor que 0,50. 
 Índice jingle centrismo baixo reflete também o índice de 
auto estima sendo que baixo de 0,30 seria abaixo por 
excessiva consideração pelos outros pelos valores do 
mundo externo; muito alto evidência afastamento dos 
outros, tendência ao isolamento. 
 Interceptos de espaço em branco relacionados com 
posicionamento obstinação, raiva. 
CONCLUSÃO 
A conclusão deste estudo foi de que é importante frisar que toda vez 
que um paciente apresentar na técnica de Rocha os sinais da 
síndrome de suicídio é conveniente que se tomem medidas enérgicas 
de proteção e assistência psicológica.

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