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Prof. Eng. Mec. Vagner Grison UNIÕES SOLDADAS 1 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S UNIÕES FIXAS Uniões fixas são aquelas que se caracterizam pela impossibilidade de separar as peças previamente unidas sem danificar o conjunto. Procedimentos largamente utilizados, que se assemelham nesta categoria e que merecem destaque são: 2 SOLDAGEM BRASAGEM COLAGEM Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S SOLDAGEM "Processo de união de materiais usado para obter coalescência (junção de duas ou mais partes) localizada de metais e não-metais, produzida por aquecimento até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição.” Definição American Welding Society 3 Desde que devidamente projetadas, são mais leves que as peças fundidas e que as peças rebitadas ou parafusadas de mesma rigidez e resistência. dificuldade de verificar a qualidade da junção soldada e o controle do processo e execução. O processo de soldagem requer cuidados especiais principalmente com o repuxamento e as tensões de contração. Quando o processo não é automatizado, requer treinamento de pessoal. Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S FALHAS EM JUNTAS SOLDADAS A soldagem sempre afeta a estrutura do material. Alguns são mais sensíveis e podem apresentar fragilizações e descontinuidades como trincas e poros. 4 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=-O6lLz_-_PyfwM&tbnid=PacLJdg6h4ZoPM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.metalica.com.br/o-que-e-soldagem&ei=744HUoOZDdP3yAHg8IHgAQ&bvm=bv.50500085,d.b2I&psig=AFQjCNGfFlOvje5TT8OzQXLl6Tg8G_9Emg&ust=1376313141370550 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=-O6lLz_-_PyfwM&tbnid=PacLJdg6h4ZoPM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.mfengenharia.com/intestr.html&ei=qI8HUrz7ObOAygGAi4HIAw&bvm=bv.50500085,d.b2I&psig=AFQjCNGfFlOvje5TT8OzQXLl6Tg8G_9Emg&ust=1376313141370550 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S FORMATO DAS JUNÇÕES 5 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 6 FORMATO DAS JUNÇÕES Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 7 JPC JPP NOMENCLATURA Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 8 SIMBOLOGIA Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 9 SIMBOLOGIA Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S RECOMENDAÇÕES DE PROJETO 1. Avalie e respeite o fluxo de carga ao posicionar um cordão de solda 2. Evite colocar as soldas em flexão. Posicione os cordões para que sofram essencialmente tração e cisalhamento, se possível 3. Evite aplicar cargas de tração através da espessura de uma peça 4. Onde ocorrem mudanças de tamanho, faça uma transição cônica 10 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNÇÃO DE TOPO (JPC) As tensões normais e cisalhantes médias podem ser obtidos por: Observe que o valor de h não inclui o reforço, que é utilizado para compensar possíveis falhas e produz concentrações de tensões. LL adm hL F adm hL F 11 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S CISALHAMENTO As figuras abaixo ilustram um modo de carregamento típico que gera tanto tensões cisalhantes como tensões normais. Uma equação considerada conservadora é adotada para este caso: hL F 707,0 Garganta 12 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S TORÇÃO Quando numa solda é aplicada uma torção, a tensão de corte é o resultado vetorial da tensão de corte direto (primário) e da tensão de corte de torção (secundário). Assim a reação nos apoios da viga é uma força cisalhante V e um momento M. Tensões nos filetes de solda: A força cisalhante causa um cisalhamento primário (’) nas soldas: 2211707,0 LhLhA h1 h2 L1 = L2 A V ' 13 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S O momento causa uma torção (’’), cujo valor será: Sendo: r = distância do centróide do grupo de soldas até o ponto de interesse. Geralmente este ponto é aquele que está mais distante do centróide. J = momento polar de inércia do grupo de soldas em relação ao centro de gravidade do grupo. Geralmente a cota h de um cordão de solda é muito menor que L. Assim, cada cordão de solda pode ser considerado como sendo uma linha. Neste caso, o momento de inércia unitário resultante (Ju) independe das dimensões da solda. Considerando que a garganta da solda é 0,707h, pode-se estabelecer uma relação entre os momentos de inércia como: J rM '' uJhJ 707,0 uJh rM 707,0 '' 14 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 15 (polar) Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S (polar) 16 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S FLEXÃO Uma barra soldada a um suporte é solicitada mediante um esforço de flexão. O diagrama de corpo livre mostra uma reação de corte V e uma reação M devido ao momento fletor. A reação de corte provoca uma tensão de corte (’) primária: A V ' 2211707,0 hbhbA 17 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S O momento M produz uma tensão cisalhante na garganta da solda equivalente a 0,707.. Tratando os cordões de solda como linhas é possível obter o momento de inércia de segunda ordem unitário assim: Assim como o momento polar de inércia, o momento de inércia de segunda ordem se relaciona com o unitário assim: Desta forma, a tensão de cisalhamento secundária (’’) na garganta da solda é dada por: 2 2db Iu uIhI 707,0 uIh cM 707,0 I cM 18 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 19 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 20 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 21 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 22 DIMENSÕES DE SOLDA FLEXÃO TORÇÃO Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 23 DIMENSÕES DE SOLDA FLEXÃO TORÇÃO Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 24 DIMENSÕES DE SOLDA FLEXÃO TORÇÃO Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S RESISTÊNCIA DOS ELETRODOS A compatibilidade de propriedades entre o material do eletrodo com relação ao material de base deve ser observada, assim como a habilidade do operador e o aspecto geral da junta soldada. A tabela abaixo especifica as propriedades de alguns tipos de eletrodo: 25 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S RESISTÊNCIA DOS ELETRODOS O Instituto Americano de Construçãode Aço (AISC) publicou uma série de normas com recomendações para a construção civil com enfoque em juntas soldadas. A tabela abaixo indica tensões admissíveis para diferentes tipos de carregamentos aplicados em juntas soldadas: O AISC também indica os fatores de concentração de tensão apresentados na tabela ao lado para carregamentos em fadiga 26 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 27 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S BRASAGEM Uma operação parecida e confundida com soldagem é a brasagem. Neste caso ocorre que as peças nunca se fundem, ao contrário do primeiro processo. Consiste na união de metais através do aquecimento abaixo da temperatura de fusão dos mesmos, adicionando-se uma liga de solda (metal de adição) no estado líquido, a qual penetra na folga entre as superfícies a serem unidas. Ao se resfriar, a junta formada torna-se rígida e resistente. Ao contrário da soldagem, o material de adição ou de brasagem é diferente e tem um ponto de fusão mais baixo do que o material de base que está sendo soldado. A temperatura de liquefação do material de base não é atingida. 28 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S Comparação entre soldagem e brasagem Vantagens da soldagem em relação a brasagem: - Maior resistência sob elevadas temperaturas de atuação; - Praticamente sem limitações sobre a dimensão das peças; - Menor preparação das partes; - Metal de adição de menor custo. Vantagens da brasagem em relação a soldagem: -Menores: tempo de operação, consumo de energia, modificação da estrutura do metal, tensão de resfriamento e deformação; -Pequena ou nenhuma necessidade de acabamento posterior; - Permite a junção de peças de pequenas dimensões e de difícil acesso e penetração; - Maior facilidade na disjunção quando necessário ; - Possibilidade de união de uma gama diversificada de materiais dissimilares; - Faz uso do fenômeno da capilaridade. 29 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S Falhas em juntas brasadas 30 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS A união por adesivos é um método pelo qual diferentes materiais podem ser unidos para formar uma montagem, sendo uma alternativa à maioria dos métodos tradicionais de união. O uso de colas é descrito em passagens do Egito antigo, na Bíblia e em documentos da Idade Média que contém receitas para sua fabricação. Porém, os grandes avanços na área se deram a partir do século XX, com o advento dos adesivos sintéticos. DEFINIÇÕES BÁSICAS Uma montagem feita com adesivo é chamada de junta colada. Os materiais sólidos numa junta colada são chamados de aderentes e o fenômeno que permite o adesivo transferir carga para os aderentes é conhecido como adesão. - Adesivos mono componente: dependem da temperatura para curar; - Adesivos bi componente: promovem a cura quimicamente. 31 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS 32 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS 33 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS Ensaio de Tração conforme ASTM D 1002 Resistência ao cisalhamento de juntas coladas pode ser obtida por meio de ensaios de tração de corpos de prova unidos de forma sobreposta, conforme a norma ASTM D1002, ilustrado abaixo. Tais ensaios permitem, não apenas a determinação da resistência ao cisalhamento da junta colada, mas também a análise do seu modo de falha, que é tão ou mais importante. Os corpos de prova são de alumínio com superfície devidamente atacada por processo químico definido na norma. Corpos de prova de alumínio Adesivo 34 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS Ensaio de Tração conforme ASTM D 1002 Valores típicos de resistência de cisalhamento em colas estão entre 2 e 40 MPa. Existem dois tipos de falha característico em juntas coladas – falha adesiva e falha coesiva. Quando a falha é do tipo adesiva, a cola deixa completamente uma das superfícies do substrato. Isto acontece quando a resistência adesiva de certo material é menor do que a sua resistência coesiva. No caso de falhas coesivas, a resistência da cola em si não é suficientemente grande para suportar as forças aplicadas a ela, deixando partes da cola em ambos substratos. Falha coesiva Falha adesiva 35 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS Ensaio de Tração conforme ASTM D 1002 36 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S PROJETO DE JUNTAS COLADAS 37 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S 38 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS 39 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS Original Melhorada Original Melhorada 40 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S JUNTAS COLADAS 41 Prof. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 U N IÕ E S S O L D A D A S Referências Bibliográficas NORTON, Robert L. “Projeto de Máquinas”, 2004 SHIGLEY, J. E., Mishcke, C.R. “Projeto de Engenharia Mecânica”, 2006 POCIUS, Alphonsus. “Adhesion and Adhesives Technology – An Introduction”, 2002 www.epotek.com/site/ www.pomacom.unze.ba/ 42
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