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Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S UNIÕES PARAFUSADAS 1 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Parafusos A união por elementos roscados permite a montagem e a desmontagem dos componentes quando necessário. Existe uma grande variedade de tipos de elementos roscados porém todos possuem uma parte comum que é a rosca. No caso do parafuso, por exemplo, o corpo pode ser cilíndrico ou cônico, totalmente roscado ou parcialmente roscado. A cabeça pode apresentar vários formatos; porém, há parafusos sem cabeça. 2 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S - Parafuso de cabeça hexagonal (sextavada) Em geral, esse tipo de parafuso é utilizado em uniões que necessitam de um forte aperto, sendo este realizado com auxílio de chave de boca ou de estria. Este parafuso pode ser usado com ou sem porca. Quando usado sem porca, a rosca é feita na peça. 3 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S - Parafusos com fenda Muito empregado em montagens que não sofrem grandes esforços e onde a cabeça do parafuso não pode exceder a superfície da peça. São fabricados em aço, aço inoxidável, cobre, latão, etc. * fenda de cabeça tronco-cônica (escareada) * fenda de cabeça redonda * fenda de cabeça escareada abaulada * fenda de cabeça cilíndrica * soberbos: aplicáveis em madeira, polímeros e afins. 4 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S - Parafuso prisioneiro São parafusos roscados, em ambas as extremidades, utilizados quando necessita-se montar e desmontar frequentemente. Em tais situações, o uso de outros tipos de parafusos poderia danificar a rosca dos furos. - Parafuso cabeça cilíndrica com sextavado interno (Allen) Utilizado em uniões que exigem bom aperto, em locais onde o manuseio de ferramentas é difícil devido a falta de espaço. São normalmente fabricados em aço e tratados termicamente para aumentar sua resistência a torção. 5 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Montagens de parafusos • Parafusos passantes: Esses parafusos atravessam, de lado a lado, as peças a serem unidas, passando livremente nos furos. Dependendo do serviço, esses parafusos, além das porcas, utilizam arruelas e contraporcas como acessórios. Os parafusos passantes apresentam-se com cabeça ou sem cabeça. 6 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Montagens de parafusos • Parafusos não passantes: São parafusos que não utilizam porcas. O papel de porca é desempenhado pelo furo roscado, feito numa das peças a serem unidas. • Parafusos de travamento: São usados para evitar o movimento relativo entre duas peças que tendem a deslizar entre si. 7 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Materiais para parafusos Os parafusos são fabricados em aço, aço inoxidável ou ligas de cobre e, mais raramente, de outros materiais. O material, além de satisfazer as condições de resistência, deve também apresentar propriedades compatíveis com o processo de fabricação, que pode ser a usinagem em tornos e roscadeiras ou por conformação como forjamento ou laminação (roscas roladas). A norma ABNT - EB - 168 estabelece as características mecânicas e as prescrições de ensaio de parafuso e peças roscadas similares, com rosca ISO de diâmetro até 39 mm, de qualquer forma geométrica e de aço-carbono ou aço liga. Agrupa os parafusos em classes de propriedades mecânicas, levando em consideração os valores de resistência a tração, da tensão de escoamento e do alongamento. Cada classe é designada por dois nºs separados por um ponto. O primeiro nº corresponde a um décimo do valor em kgf/mm² , do limite de resistência a tração mínima exigida na classe; o segundo nº corresponde a um décimo da relação percentual entre a tensão de escoamento e a de resistência a tração, sendo estes os valores mínimos exigidos. 8 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Acessórios • Porcas: Porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica, com um furo roscado no qual se encaixa um parafuso, ou uma barra roscada. Em conjunto com um parafuso, a porca é um acessório amplamente utilizado na união de peças. A porca está sempre ligada a um parafuso. A parte externa tem vários formatos para atender a diversos tipos de aplicação. Assim, existem porcas que servem tanto como elementos de fixação como de transmissão. 9 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Acessórios 10 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Acessórios • Arruelas: Elemento de fixação responsável pela distribuição uniforme da força de aperto de parafusos e, em alguns casos, garantir que o mesmo não se solte devido ao efeito de vibrações, agindo desta forma, como elemento de trava. 11 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Acessórios 12 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Acessórios 13 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Roscas A rosca é formada por um ou mais filetes em forma de hélice. Podemos definir a hélice como sendo uma curva descrita num cilindro através de um ponto animado de dois movimentos uniformes: • Movimento de rotação em torno do eixo do cilindro; • Movimento de translação paralelo ao eixo do cilindro. Podemos resumir as propriedades de uma rosca da seguinte maneira: • A qualquer instante as distâncias percorridas em rotação e translação são proporcionais. • Duas roscas tendo os mesmos avanços, sentido de giro e diâmetro podem coincidir e correr uma sobre a outra girando no cilindro gerador. 14 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S O Ø de flanco ou Ø primitivo (dp, Dp) de uma rosca cilíndrica é o Ø de um cilindro coaxial imaginário que intercepta a superfície da rosca de tal forma que a distância em uma geratriz do cilindro, entre os pontos onde esta encontra os flancos opostos do vão da rosca é igual a metade do passo da rosca. O Ø maior (d, D) de uma rosca é o Ø de um cilindro coaxial imaginário que toca a crista de uma rosca externa ou a raiz de uma rosca interna. O Ø menor ou Ø de raiz para roscas externas (dr, Dr) é o Ø de um cilindro que tangencia a raiz de uma rosca externa. A crista de uma rosca é a parte proeminente de uma rosca, tanto interna como externa. A raiz é o fundo do sulco entre de dois flancos de uma rosca, tanto interna como externa. Os flancos de uma rosca são as superfícies que unem a crista e a raiz. O ângulo do filete (α) é o ângulo entre os flancos, medido num plano axial. O passo (P) de uma rosca é uma distância, medida paralelamente aoseu eixo, entre pontos correspondentes em perfis de filetes adjacentes, no mesmo plano axial. 15 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Roscas Diâmetro Maior Diâmetro Primitivo Diâmetro Menor Passo p Raiz Crista Chanfro Ângulo de filete 2a 16 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Classificação das roscas Podemos classificar as roscas de quatro maneiras: • Pela forma do perfil: – Triangulares (de diferentes ângulos); – Quadradas e retangulares; 17 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Classificação das roscas – Trapezoidais (de diferentes ângulos); Rosca Acme: 2a = 29º. – Arredondadas e circulares. 18 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Classificação das roscas • Pelo sentido da hélice: • Pelo número de hélices independentes e paralelas: – Rosca simples de uma entrada; – Rosca múltipla de duas ou mais entradas. • Pela localização da rosca na peça: – Roscas externas (parafusos e fusos); – Roscas internas (porcas). Rosca direita Rosca esquerda 19 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Classificação das roscas - Número de Entradas Parafusos que dispõem de roscas com mais de uma entrada tem seu avanço (l) igual ao produto do passo (p) pelo número de entradas de rosca. 1 entrada 2 entradas 3 entradas L = n . p LL L 20 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Rosca Métrica ISO (perfil triangular) A rosca métrica ISO, de perfil triangular, caracteriza-se por: • Dimensões em milímetros; • Perfil triangular; • Ângulo da rosca 2a = 60° 21 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Rosca Unificada (Unified) Em Novembro de 1948 um acordo entre a Inglaterra, os Estados Unidos e Canadá adotou a rosca Unificada como único padrão para todos os países que usam a polegada como unidade. Em 1965 a BSI (British Standards Institution) lançou uma política de orientação na qual as organizações deveriam considerar as roscas BSW, BSF e BA como obsoletas. A primeira escolha para substituição para novos Projetos seria a rosca métrica ISO, sendo a rosca ISO com medidas em polegadas (Unificada) a segunda escolha. A rosca unificada possui perfil triangular igual ao perfil ISO. Suas dimensões são padronizadas em polegadas. 22 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Comprimento de Rosca em Parafusos UNS Comprimento de Rosca em Parafusos ISO Lrosca Lrosca 23 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Devemos tomar cuidado com alguns fatores que podem comprometer as uniões por meio de parafusos: 1. O desconhecimento exato das forças externas a serem aplicadas. Devemos reduzir a tensão admissível. 2. Aperto incorreto do parafuso. • Parafusos pequenos podem ser facilmente degolados. Devemos utilizar material de alta resistência ou reduzir a tensão admissível; • Parafusos grandes normalmente não são suficientemente apertados; • Em junções com vários parafusos o aperto normalmente não é uniforme o que acarreta uma má distribuição das cargas. Devemos usar um torquímetro ou outros sistemas de controle de pré-carga. 3. Apoio irregular do parafuso (apenas um lado) adicionando tensões de flexão. 24 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Área sob Tração • Roscas UNS (polegada) • Roscas ISO (métricas) Sendo: d = diâmetro externo dp = diâmetro primitivo dr = diâmetro de raiz N = número de filetes por polegada p = passo em milímetros N dd p 649519,0 N ddr 299038,1 pdd p 649519,0 pddr 226869,1 2 24 rp t dd A 25 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S 26 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S 27 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Resistência de Parafusos Padronizados • A seleção dos parafusos deve estar conforme a Resistência de Prova ou Proof Strength (Sp) definida por institutos reconhecidos como SAE, ASTM ou ISO; • A Resistência de Prova define a tensão, a partir da qual, o material começa a apresentar deformação permanente. • Parafusos de fixação costumam receber uma pré-carga trativa proveniente do torque de montagem. • Sugerem-se os seguintes valores de pré-carga: – Parafusos em montagem permanente: 0,8 ≤ Fi ≤ 0,9 . Fp – Parafusos com desmontagens frequentes: 0,7 ≤ Fi ≤ 0,8 . Fp 28 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S 29 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S 30 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Parafusos solicitados a tração sem carga inicial Neste caso, o parafuso não sofre força devido ao aperto inicial, sendo tracionado apenas pela carga externa. t e t A F 31 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S - Parafusos sob solicitações de cargas excêntricas * A cota a deve ser tão pequena quanto possível e b > a * Um material de base muito rígido irá deformar-se conforme (b) * A deflexão ilustrada em (c) demonstra uma flexibilidade excessiva do material de base e uma separação de junta com cargas baixas, assim, sugere-se que a espessura de flanges deve respeitar: 1,5d ≤ h ≤ 2,5d 32 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Parafusos solicitados a tração com carga inicial Neste caso, o parafuso estará sujeito ao esforço produzido pela carga aplicada externamente e também a uma força de pré carga (Fi) produzida pelo torque de aperto. 33 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Rigidez dos Parafusos e do Material Sujeitado EA LF L EAF k • Em junções com duas ou mais peças, a rigidez total fica: ntotal kkkk 1111 21 • O parafuso ao lado tem sua rigidez definida pela equação: bb s bt t b EA L EA L k 1 • A junta ao lado tem sua rigidez definida pela equação: 22 2 11 11 mmmmm EA L EA L k 34 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Fator de Rigidez do Material Sujeitado 2 2 32 24 furom d dd A lb = lm + 2tw d2 = 1,5d d3 = 1,5 d + lm tan f (a) Modelo parafuso-frusta f d3 d2 tw lm tw d lm = t1 + 0,5t2 se t2 < d lm = t1 + 0,5d se t2 ≥ d lb = lm + tw d2 = 1,5d d3 =1,5 d + lm tan f (b) Frusta de rosca cega f d3 d2 tw lm t2 d t1 A maioria dos autores adotam f = 30º 35 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Fator de Rigidez do Material Sujeitado Shigley indica na Figura 8-16 os resultados gráficos de rigidez obtidos por vários autores e também por análise de elementos finitos (AEF). Os pontos em vermelho são obtidos pelo método indicado neste material, considerando um diâmetro de furo 10% maior que o diâmetro do parafuso. 36 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Dimensionamento para carregamento estático bm PPP mim PFF bib PFF • Desde que a junta não se separe (Fm > 0), o D será igual para o parafuso e para a junta: b b m m k P k P D Logo: P kk k P bm b b • Assim se define a Constante de Rigidez da Junta (C) PCPb PCPm 1 • A força total suportada pelo parafuso e junta fica: PCFF ib PCFF im 1 • Carga de separação da junta: C F P io 1 • Coeficiente de segurança à falha por separação da junta: CP F P P N ios 1 37 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Dimensionamento para carregamento dinâmico m 2 )()( mínbmáxb alt FF F 2 )()( mínbmáxb méd FF F t alt fanfa A F KK t méd fmmnfmm A F KK Coeficiente de segurança à fadiga segundo o critério de Googman Modificado autime iute f SS SS N Dureza Brinell Grau SAE (UNS) Classe (ISO) Roscas Laminadas Roscas cortadas < 200 (recozido) ≤ 2 ≤ 5.8 2,2 2,8 > 200 (endurecido) ≥ 4 ≥ 6.6 3,0 3,8 Valores de Kf mn anfy fm KS K . 38 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Aplicação de Pré Carga (Fi) em Parafusos de Fixação Com base nos gráficos anteriores percebe-se que garantir que um parafuso receba uma pré carga adequada é muito importante para que ele desempenhe bem a sua função. Esta pré carga é atingida quando o parafuso sofre uma elongação que pode ser facilmente calculada, mas dificilmente pode ser medida. Uma forma de garantir a pré carga é controlar o nível de torque aplicado durante o aperto do parafuso. Brake e Kurtz publicaram resultados de vários ensaios de torque e observaram que, para os mais variados casos, a equação abaixo pode ser utilizada para relacionar o torque com a pré carga de parafusos. Sendo: T = torque K = coeficiente de torque Fi = pré carga d = diâmetro nominal do parafuso dFKT i .. 39 Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison MEC0287 – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 P A R A F U S O S – P O R C A S - A R R U E L A S Referências Bibliográficas KLEBANOV, Boris M., BARLAM, David M., NYSTROM, Frederic E., “Machine Elements – Life and Design”. CRC Press. 2007. NIEMANN, G. “Elementos de Máquinas”, 1971 NORTON, Robert L. “Projeto de Máquinas”, 2004 SHIGLEY, J. E., MISHCKE, C.R. “Projeto de Engenharia Mecânica”, 2006 40