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Prova presencial Cultura e Sociedade

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Pergunta 1
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“A crença de que a razão é capaz de captar a dinâmica do mundo material e de que a lei natural, inscrita no coração dos homens, pode ser descoberta espontaneamente vai ganhando força, deteriorando, aos poucos, os velhos princípios de autoridade - entre os quais os mantidos pela Igreja católica. Sobre essa base, torna-se mais fácil compreender a emergência do empirismo, do racionalismo cartesiano e o avanço das ciências experimentais que, no seu conjunto, caracterizarão a era moderna.”
Acerca do iluminismo, podemos afirmar que:
  
Tem caráter economicista, isto é, tem na produção a referência para todas as explicações.
  
Tem caráter antropocêntrico, ou seja, tem o Homem como centro do mundo e referência para todas as explicações.
  
Tem Deus como centro do mundo e referência para todas as explicações.
  
É politeísta já que propõe as divindades como referências para todas as explicações .
  
Tem caráter científico, ou seja, tem Deus como centro do mundo e referência para todas as explicações.
 
Pergunta 2
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“Frequentemente, deparamo-nos com evidências de que o emprego da palavra não garante por si só o compartilhamento intersubjetivo de significados, podendo ocorrer a produção de significados não desejada por aqueles que buscam se comunicar. Por outro lado, buscar um significado unívoco, sem ambiguidades e sem polissemias, para termos que operam abstrações significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível. Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as generalizações, é a teoria, e esta, nas Ciências Sociais, é inescapavelmente plural.”
Acerca da polissemia conceitual nas Ciências humanas e sociais, é possível afirmar que:
  
Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são definidos de forma a terem a mesma precisão que os conceitos das Ciências naturais ou exatas, por isso mesmo, várias vezes são apresentados em expressões matemáticas garantidoras de sua precisão.
  
Não há diferenças entre conceitos nas Ciências humanas e sociais, e nas Ciências naturais e exatas, visto estarem associados ao paradigma científico, que é universal.
  
Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são polissêmicos visto que seus objetos de análise (fenômenos sociais) não se apresentam da mesma forma que os fenômenos naturais (objetos das ciências naturais/ exatas).
  
As Ciências humanas e sociais prescindem do uso de conceitos em suas análises, visto trabalharem com fenômenos de difícil precisão.
  
Não há como afirmar que se tratam de conceitos científicos, visto poderem ser apresentados de forma diferente.
 
Pergunta 3
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“Acho que há duas dimensões que presidem a emergência dessa nova noção de cidadania e que devem ser lembradas para marcar o seu terreno próprio.
Em primeiro lugar, o fato de que ela deriva e portanto está intrinsecamente ligada à experiência concreta dos movimentos sociais, tanto os de tipo urbano - e aqui é interessante notar como a cidadania se entrelaça com o acesso à cidade - quanto aos movimentos de mulheres, negros, homossexuais, ecológicos etc. Na organização desses movimentos sociais, a luta por direitos - tanto o direito à igualdade como o direito à diferença - constituiu a base fundamental para a emergência de uma nova noção de cidadania.
Em segundo lugar, o fato de que, a essa experiência concreta, se agregou cumulativamente uma ênfase mais ampla na construção da democracia, porém, mais do que isso, na sua extensão e no seu aprofundamento. Nesse sentido, a nova noção de cidadania expressa o novo estatuto teórico e político que assumiu a questão da democracia em todo o mundo, especialmente a partir da crise do socialismo real.”
Acerca dos movimentos sociais, é possível afirmar que:
  
Surgiram durante a revolução industrial, ligados às questões econômicas.
  
Surgiram na pós-modernidade, ligados à emergência das questões religiosas.
  
Surgiram durante o regime absolutista ligados à emergência de dissidências religiosas.
  
Surgiram durante o regime absolutista, pautados por questões territoriais.
  
Surgiram durante a revolução industrial ligados aos movimentos culturais dos proletários.
 
Pergunta 4
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A discriminação contra homossexuais, negros, indígenas, meninas e meninos tímidos ou recatados, mulheres lésbicas, transexuais, bissexuais e outras formas de orientação sexual é latente, manifestada através de piadas, brincadeiras de mau gosto, olhares, gestos e atitudes preconceituosas que precisam ser seriamente discutidas na Escola. Diariamente acontecem situações desagradáveis em sala de aula contra alunos e alunas homossexuais, com anedotas machistas, palavras de baixo calão, estereótipos ofensivos, deboches e atitudes aparentemente "inofensivas", mas que servem como estigma (Elias e Scotson, 2000) ao homossexual e às diversas maneiras de home erotismo ou homo afetividade.”
Com relação à sexualidade humana, podemos afirmar que:
  
Há um consenso, na sociedade contemporânea sobre a forma como se deve abordar os temas acerca da sexualidade humana.
 
  
Os temas acerca da sexualidade humana não se apresentam mais como temas polêmicos na contemporaneidade.
 
  
Na contemporaneidade as sociedades já superaram todos os tabus relacionados à sexualidade humana
 
  
Contemporaneamente as discussões acerca da sexualidade humana estão a cargo somente das instituições religiosas.
 
  
Embora tenhamos avançado, os tabus acerca da sexualidade humana continuam proliferando.
 
 
Pergunta 5
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“Muitas outras definições existem, algumas coincidentes, algumas divergentes. Por ser um fenômeno complexo e multicausal que atinge todas as pessoas e as afeta emocionalmente, a violência foge a qualquer conceituação precisa e cabal. “
As expressões da violência, para poderem ser compreendidas/ analisadas por meio da ciência, precisam ser:
  
Entendidas em separado do meio em que se expressam
 
  
Desassociadas da cultura aonde se expressam.
 
  
Contextualizadas histórica, cultural e relacionalmente ao meio em que se expressam.
 
  
Desassociadas das relações sociais onde se expressam.
 
  
Compreendidas como universais, portanto independendo do território em que se expressam.
 
 
Pergunta 6
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“A realidade aparece como um conjunto de fatos morais constituindo-se naquilo que Durkheim (1999) propõe como "realidade moral". Essa realidade é a síntese das ações humanas praticadas socialmente. Porém, ela aparece como uma névoa que impede adentrar no interior do estudo das sociedades e das relações que os homens mantêm entre si. Partimos para o entendimento da "realidade moral", e consequentemente, das noções de coesão social e individualização.”
 Acerca da compreensão de Durkheim sobre a sociedade é possível afirmar que:
  
Durkheim propõe que as ações sociais reciprocamente orientadas serão o objeto de sua sociologia.
  
Que o autor compara o desenvolvimento das burocracias na gestão das relações sociais para compreender o desenvolvimento das sociedades.
  
O autor pensa/explica a sociedade partindo da ideia de coesão social.
  
O autor pensa/explica a sociedade partindo da luta de classes.
  
Para o autor a explicação das sociedades se dará a partir de sua geografia.
 
Pergunta 7
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“A investigação dos distintos projetos de construção democrática e dos significados que os constituem se põe como tarefa analítica no Brasil pelo menos desde os anos oitenta, com a ruptura da momentânea “unidade” da sociedade civil que havia se construído em torno do restabelecimento do Estado de Direito e das instituições democráticas. O debate entre as várias concepções de democracia que se inicia naqueles anos, expressando a diversidade que sucedeu àquela “unidade”, catalisou boa parte das energias intelectuais e políticas do país. No entanto, nos últimos anos, o que denominamos acima de “confluência perversa” agudizou, desde o nosso ponto de vista, a necessidade dessa tarefa. “
Ao pensarmos em sociedades na contemporaneidade, é certo afirmar que:
  
Existe uma diversidade de projetos sociais e todos eles têm em comum seuinício religioso.
  
Embora exista uma diversidade de formas de compreensão acerca das relações sociais, mas todas elas resultam num projeto universal de sociedade .
  
Existe apenas um grande projeto de sociedade, visto que a educação universal alcança a todos e homogeniza o pensamento.
  
Há uma diversidade de projetos sociais, visto a existir uma diversidade de formas de pensar e compreender as relações sociais.
  
O final das utopias culminou na unificação de um grande projeto de sociedade.
 
Pergunta 8
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“Na atividade cotidiana de pesquisa em Ciências Humanas é comum encontrarmos inúmeros termos cujos significados são polissêmicos. Vocábulos como “identidade”, “estrutura”, “moral”, “cultura”, “ação”, dentre outros, são motivos de significativos “ruídos” na comunicação científica. Acreditamos que a polissemia, fenômeno de ocorrência habitual na vida cotidiana, tem seus efeitos negativos amplificados quando se trata de termos que, no contexto argumentativo, possuem status de conceito”.
Ao pensarmos em polissemia, é correto afirmar que:
  
As Ciências humanas e sociais podem e devem abrir mão da contextualização na busca de um entendimento mais exato dos fenômenos.
  
A precisão conceitual é uma das características marcantes de conceitos e teorias voltadas às Ciências humanas e sociais.
  
Polissemia é uma característica das produções ligadas a Ciências humanas e sociais.
  
Há uma impossibilidade de produção de ciências se estudamos fatos sociais,
  
Todas as Ciências têm a mesma metodologia.
 
Pergunta 9
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Então o “amor” será, segundo Freire Costa (1998), o que ele chama de “crença emocional”, assim como Giddens (1991) define a “confiança” como quase atrelada à ideia de uma “aposta”. A ideia de crença emocional é fundamental para compreendermos as relações no interior da conjugalidade. Estas “emoções amorosas”, sentidas quando se está no “calor” do relacionamento, são vividas como reais, e essa realidade é que impulsiona os sujeitos a pensarem no amor como algo transcendental, vivido de forma imortalizada pelos que estão envolvidos. Esta emoção é experienciada como julgamentos irrefletidos, e faz com que os amantes sintam possuir a mesma identidade do companheiro, já que o amor permite aos sujeitos dar estabilidade a algo que é instável, como se caracterizam hoje as relações sociais. A partir desse momento, compreenderemos que na Modernidade o amor se constituirá como um importante elemento para a conjugalidade. O amor, para Freire Costa, é uma invenção que nada mais fez do que tornar os seres humanos caçadores deste suposto sentimento. Em tempos contemporâneos as pessoas se sentem fracassadas quando não encontram alguém para amar, ou ainda quando encontram, ainda mais se o amor não se constitui como o desejado; ou seja, o amor é um tipo de objetivo que o ser humano contemporâneo tende a nunca encontrar. Ainda assim, é interessante pensar que esta insegurança ou “desesperança” não deva levar as pessoas a desistirem dele, ao contrário, faz com que cada vez mais ele seja buscado.”
Oltramar, Leandro Castro. AMOR E CONJUGALIDADE NA CONTEMPORANEIDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. In Psicologia em Estudo, Maringá,  v.  14,  n. 4, p. 669-677, out./dez. 2009)
A partir do excerto acima, das discussões feitas em aula e das leituras recomendadas, apresente de forma resumida os argumentos apresentados por Anthony Giddens acerca do amor confluente.
 
Pergunta 10
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Na abordagem de Kracauer podemos encontrar alguns dos principais problemas e inquietações que os intelectuais alemães desenvolviam no início do século XX . A dura crítica à modernidade, que Georg Simmel e Max Weber desenvolveram em suas principais obras, aparecia como um decisivo problema nos ensaios de Georg Lukács, Karl Mannheim e do próprio Siegfried Kracauer. No centro da resenha de Siegfried Kracauer, sobre a importância das teses que Georg Lukács desenvolvia para compreender o estado atual do romance num "mundo abandonado por Deus", está presente a ideia de que a modernidade é marcada pela perda do sentido. Acompanhando o raciocínio de Lukács, Kracauer reafirma que a sociedade capitalista estabelece o divórcio entre a alma e as formas, o homem e o mundo, o interior e o exterior, a subjetividade e a objetividade das leis. Se a epopeia descreve um mundo que era concebido como "um Kosmos ordenado, que constitui um homogênese, na qual a substância divina impõe-se no todo, incorporando-se harmoniosamente nos homens e nas coisas" (Kracauer, 1992, p. 83), o "mundo do romance", ao contrário, é definido como sendo o "mal infinito, isto é, um caos, que não pode ser confinado e compreendido" (Kracauer, 1992, p. 84). Logo, no mundo moderno, expresso pelas sucessivas crises e rupturas, o homem é obrigado a encontrar e estabelecer por si mesmo o sentido das coisas, dos objetos e de suas ações. Orientar-se passa a ser uma necessidade imperativa para restaurar o sentido do mundo perdido após o declínio da religião como sistema organizador da vida das pessoas.”
(ZUIN, J. C. S. A crise da modernidade no início do século XX. In: Estudos de Sociologia v. 6, n. 11 (2001))
Pautando-se no excerto acima citado, nas reflexões feitas em aula e nas leituras indicadas, elabore um texto argumentativo onde você apresenta os principais elementos que constituem a crise da modernidade.

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