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Disposições Constitucionais no Processo Penal

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Disposições Constitucionais Aplicáveis ao Processo Penal - Princípios 
Gerais e Informadores do Processo
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO PROCESSO PENAL - 
PRINCÍPIOS GERAIS E INFORMADORES DO PROCESSO
Obs.: � Não são os princípios do Processo Penal como um todo, mas aqueles aplicados ao 
processo que já se iniciou.
DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO PROCESSUAL 
PENAL
• O berço dos direitos fundamentais aplicáveis ao processo é a Constituição.
• O art. 5º da CF/1988 apresenta um rol de direitos fundamentais, cuja natureza é prin-
cipiológica.
 – J. J. Gomes Canotilho separa as normas em regras e princípios. Para ele, regras são 
aquelas normas em que o legislador tenta prever condutas, estabelecendo conse-
quências, caso sejam violadas; princípios, por sua vez, são valores fundamentais de 
um determinado ordenamento, a sua gênese, não trazendo nenhuma consequência 
imediata caso sejam desrespeitados.
Princípio do Devido Processo Legal
Art. 5º
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
• Isso significa que o rito precisa ser seguido, havendo, para cada tipo de crime, um rito 
específico. É o chamado devido processo legal procedimental (procedural due pro-
cess of law).
• Também não é suficiente seguir meramente o rito e dar uma decisão injusta, é preciso 
não perder de vista a substância do processo, que é aplicar à Justiça. Chama-se a isso 
de devido processo legal substancial (substantial due process of law).
Princípio da Presunção de Inocência
Art. 5º
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenató-
ria.
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Disposições Constitucionais Aplicáveis ao Processo Penal - Princípios 
Gerais e Informadores do Processo
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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• Na verdade, a Constituição não presume a inocência, mas sim a não culpabilidade. Se 
presumisse a inocência, o texto seria algo equivalente a “Todo mundo é considerado 
inocente até o trânsito em julgado”.
• Em 2019, o Supremo novamente alterou o entendimento de até quando a pessoa é 
considerada não culpada. De 2016 a 2019, houve entendimento de que poderia ocor-
rer prisão depois da condenação em 2ª estância; a partir de novembro de 2019, o STF 
passou a entender que a presunção de não culpabilidade perdura até o trânsito em 
julgado. 
Princípio do Contraditório
• Também conhecido como bilateralidade da audiência.
• Estabelece a necessidade de ouvir as partes.
Art. 5º
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são assegu-
rados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
• O inciso LV estabelece a necessidade do contraditório em processo judicial ou admi-
nistrativo, e não em procedimento (o inquérito, portanto, não é atingido).
• O que caracteriza um processo é a possibilidade de, ao final, ser aplicada sanção. No 
inquérito policial, não há essa possibilidade.
Princípio da Ampla Defesa
Art. 5º
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegu-
rados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
• Há diferença entre defesa, ampla defesa e plenitude de defesa.
• Defesa:
 – Trata-se de uma faculdade – o indivíduo defende-se, se quiser.
• Ampla defesa:
 – A defesa assume contornos de obrigatoriedade.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
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 – Ex.: O art. 396-A, § 2º, do CPP, estabelece que, caso a pessoa citada pela acusação 
não apresente defensor, o juiz o nomeará. 
• Plenitude de defesa:
 – Dentro do Direito Processual, a defesa está calcada em teses jurídicas. Contudo, 
existe uma situação que ocorre apenas no Júri – e que diz respeito aos jurados 
– em que essa defesa fica ainda maior, podendo-se arguir teses extrajurídicas e 
metajurídicas.
• Alguns contornos da ampla defesa:
 – É dado ao réu o direito de escolher o defensor. Somente será nomeado um defensor 
gratuito pelo juiz se o réu não quiser escolhê-lo.
 – Ex.: Mesmo para alguém muito rico que se arrependa de seu crime e não queira 
advogado porque deseja ser condenado, será designado um defensor público para 
garantir sua ampla defesa.
ATENÇÃO
A obrigatoriedade da defesa e a escolha do defensor é assunto bastante cobrado em prova.
 – Juizados Especiais Criminais:
 – Enquanto no juizado cível se pode atuar sem advogado, nos juizados especiais cri-
minais é obrigatória a assistência de advogado.
Obs.: � Se a pessoa é bacharel em Direito e passou na prova da OAB, ela pode fazer a pró-
pria defesa – é a chamada “defesa em causa própria”.
 – Autodefesa:
 - Além da defesa técnica, que sempre precisa estar presente, existe a autodefesa, 
que é aquela exercida pelo próprio réu independentemente se ele tem registro ou 
não na OAB.
 - Ela abrange: 1) Direito de presença (direito de o réu estar presente nos atos 
processuais); 2) Direito de audiência ou direito de silêncio (o réu escolhe falar 
ou não); 3) Direito de petição (direito de requerer ao juiz, às vezes sem a neces-
sidade de advogado, como é o caso do habeas corpus e da revisão criminal); 4) 
Disponibilidade (direito de abrir mão da autodefesa). 
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
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ATENÇÃO
A seguinte súmula é muito cobrada em provas de concurso.
• STF:
Súmula 523:
No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só 
o anulará se houver prejuízo para o réu.
 – Se não foi apresentada defesa técnica do réu, há nulidade absoluta; se essa defesa 
foi falha em algum ponto, há nulidade relativa.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Geilza Fátima Cavalcanti Diniz. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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