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06 - Aparelho respiratório

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Aparelho Respiratório
Prof. José Olímpio Tavares de Souza, MSc.
joseolimpiots@gmail.com
Universidade Presidente Antônio Carlos 
Faculdade de Medicina Veterinária
Disciplina de Anatomia Veterinária II
Dyce cap. 4 
1 - Introdução
! Os órgãos essenciais da respiração são os pulmões, 
pois nestes irá ocorrer a troca de gases;
! Os órgãos auxiliares compreendem as passagens por 
meio das quais o ar é levado para dentro e fora dos 
pulmões.
1.1 - Nariz
!O nariz (rhin, em grego) abrange:
➡o nariz externo;
➡as cavidades nasais pares 
➡os seios nasais
➡nasofaringe.
1.1 - Nariz
! O nariz externo, uma característica da face humana, 
dificilmente é identificado nas espécies domésticas, na 
qual se funde para formar o focinho;
! Sua extensão é facilmente identificada a palpação, 
devido a constituição cartilagínea;
! Internamente é dividido em duas cavidades, os 
vestíbulos nasais, cada um iniciado em uma narina e 
terminando em na cavidade nasal situada adiante.
! O tegumento ao redor das narinas é glabro e fortemente 
diferenciado da pele, exceto no eqüino;
1.1 - Nariz
! De acordo com a extensão, a região modificada é 
conhecida como:
➡ Plano nasal " carnívoros e pequenos ruminantes;
➡ Nasolabial " ruminantes;
➡ Rostral " suínos.
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1.1 - Nariz
! O plano nasal pode ser dividido 
por um sulco medial ou filtro;
! O plano conserva-se úmido no 
bovino, suíno e cão. Nas duas 
primeiras espécies a umidade 
p r o v é m d a s g l â n d u l a s 
subjacentes, enquanto no cão é 
u m a h i p e r s e c r e ç ã o d a s 
glândulas da mucosa nasal.
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
1.1 - Nariz
1.1 - Nariz
! As cartilagens que sustentam o nariz externo são de 
forma variável, tamanho relativo e número constante;
! A terminação rostral do septo nasal forma a divisão 
entre os vestíbulos direito e esquerdo;
! A parede do nariz é sustentada por tecido cartilaginoso, 
sendo a cartilagem lateral dorsal e lateral ventral do 
nariz.
1.1 - Nariz
!N o e q ü i n o a 
sustentação cartilaginosa 
p a r a a s n a r i n a s é 
formada pelas cartilagens 
alares que possuem um 
formato de “vírgula”.
Fonte:. Anatomia dos animais domésticos. Sisson & Grossman, 1986.
Formato de “vírgula”.
1.1 - Nariz
! O tegumento irá alcançar uma certa distância dentro 
do vestíbulo, onde encontra a mucosa nasal em uma 
linha bem definida, perto da abertura de ductos;
! No eqüino,estes incluem o ducto nasolacrimal, em 
outras espécies esta abertura é mais difícil de localizar.
! Além do ducto anterior, existe também ductos muitos 
menores das glândulas nasais laterais, que auxiliam a 
umidificar o ar. 
1.1 - Nariz
Gellat, Veterinary Ophthalmology, 2007.
2 – Cavidades Nasais
! Estas ocupam grande parte da face.
! Diversas características reduzem amplamente a extensão 
das cavidades:
➡ ossos que limitam a cavidade estão espessados pelos espaços 
aéreos (seios paranasais) que se comunicam com a cavidade mas 
não fazem parte dela;
➡ porções embutidas na arcada dentária superior ocupam espaço, 
principalmente no eqüino;
➡ o espaço também é preenchido pelos ossos turbinados recobertos 
por mucosa, bem delicada.
2 – Cavidades Nasais
! A cavidade direita e esquerda estão divididas pelo septo 
nasal, predominantemente cartilagíneo. Este septo se 
encontra com a superfície superior do palato duro.
! Nos eqüinos o septo apresenta comprimento total do 
palato duro, portanto a cavidade nasal se comunica com a 
faringe por um septo (coana). 
! Nas demais espécies o septo não alcança o palato como 
um todo tendo uma abertura única para os dois lados.
2 – Cavidades Nasais
Septo Nasal
Fonte: Tratado de Anatomia 
Veterinária. Dyce, 2004.
2 – Cavidades Nasais
! As conchas que penetram na cavidade, possuem um padrão 
complexo e variável. Estas compreendem as conchas etmoidais, a 
concha nasal dorsal e ventral.
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
2 – Cavidades Nasais
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
! As conchas etmoidais são separadas por fendas estreitas (meatos 
etmoidais).
Fonte: Tratado de Anatomia 
Veterinária. Dyce, 2004.
Concha Dorsal
Concha Ventral
Meato dorsal
Meato médio
Meato ventral
2 – Cavidades Nasais
!O meato dorsal conduz o ar direto para o 
fundo da cavidade nasal e leva o ar a mucosa 
olfatória;
!O meato médio da acesso ao sistema de seios;
!O meato ventral representa a principal via aérea 
que chega a faringe.
2 – Cavidades Nasais
! Os seios paranasais são divertículos da cavidade 
que adentram nos ossos do crânio.
! Todas as espécies apresentam seios maxilares e 
frontal, sem comunicação entre eles.
Fonte: Tratado de Anatomia 
Veterinária. Dyce, 2004.
3 - Faringe
! Estabelece conexão entre as cavidades nasais e a 
laringe.
! Esta é dividida em: 
➡Nasofaringe;
➡Laringofaringe;
➡Orofaringe
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4 - Laringe
! Estabelece conexão entre a faringe e a árvore 
traqueobrônquica;
! Situa-se abaixo da faringe e atrás da boca e é 
suspensa pelo aparelho hióide. 
!Devido a esta estrutura a laringe muda de 
posição quando o animal deglute.
Estiloióide
Ceratoióide
Tireoióide
Processo lingual 
do basiióide
Fonte: Tratado de Anatomia 
Veterinária. Dyce, 2004.
4.1 - Cartilagens da Laringe
! A laringe é formada por algumas cartilagens, sendo elas:
➡ Epiglótica mediana;
➡ Tireóide;
➡ Cricóide;
➡ Aritenóides (pares).
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
4.1 - Cartilagens da Laringe
! A cartilagem epiglótica é predominantemente rostral;
! Se localiza entre a raiz da língua, o basiióide e o corpo 
da cartilagem tireóide;
! Em repouso permanece no sentido dorsorrostral, com 
a laringe aberta, quando estimulada recobre a abertura 
da laringe para a deglutição.
4.1 - Cartilagens da Laringe
! A cartilagem tireóide é a maior da laringe;
! Consiste de duas lâminas laterais que se encontram 
ventralmente onde se fundem, constituindo o assoalho 
da laringe;
! A cartilagem cricóide apresenta um formato de anel;
! As cartilagens aritenóides possuem seu formato 
bastante irregular, sendo utilizado o termo “piramidal” 
para estas. Apresenta as cordas vocais (processo 
corniculado).
Fonte: Tratado de Anatomia 
Veterinária. Dyce, 2004.
Epiglótica
Aritenóide
Tireóide
Cricóide
Cão Eqüino
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4.2 - Musculatura da laringe
! Existe um grupo de pequenos músculos intrínsecos 
pares que ligam as cartilagens da laringe e influenciam 
suas relações.
! Músculo cricotireóideo, possui a inervação através do 
ner vo laríngeo cranial (ramo do vago). Atua 
tencionando as pregas vocais.
4.2 - Musculatura da laringe
! O músculo cricoaritenóideo, dorsal e lateral, participam 
da movimentação da glote e das pregas vocais.
! O dorsal abduz a prega vocal e amplia a glote e o 
lateral é um adutor da prega vocal e estreita a glote.
Musculatura da laringe
Cricotireóideo
Cricoaritenóideo
dorsalCricoaritenóideo lateral
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
4.3 - Mecanismo da laringe
Cricoaritenóideo
dorsal
Cricoaritenóideo
 lateral Glote
Articulação 
cricoaritenóidea
Músculo 
Tireoaritenóid
eo
Fonte: Tratado de 
Anatomia
 Veterinária. Dyce, 2004.
4.3 - Mecanismo da laringe
! O papel primário da laringe é de proteger as vias respiratórias 
inferiores contra “inundação”;
! A segunda função é a fonação;
! A proteção das vias inferiores ocorre em duas etapas, durante a 
deglutição:
➡ A laringe é tracionada para frente e a epiglote inclina-se um pouco 
para trás, formando uma cobertura à entrada da laringe;
➡ A glote se fecha pela adução das pregas vocais;
Obs.: ocorre também a inibição da inspiração nesse momento!
4.4 - Traquéia
! Estes, juntamente com os brônquios, formam um 
sistema contínuo de tubos que conduzem o ar entre a 
laringe e as passagens menores (bronquíolos);
! A traquéia situa-se à frente da laringe, segue 
ventralmente ao pescoço e adentra o mediastino na 
entrada do tórax e continua até sua bifurcação sobre o 
coração.
4.4 -Traquéia
! Nos ruminantes e suínos, 
um brônquio traqueal 
separado surge proximal a 
bifurcação da traquéia e 
promove aeração do lobo 
cranial do pulmão direito.
Fonte: Tratado de Anatomia 
Veterinária.
 Dyce, 2004.
4.4 - Traquéia
Gato Cão Porco
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
4.4 - Traquéia
Bovino Equino
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
4.4 - Traquéia
! A pa r ede d a t r a qué i a é 
composta de:
➡ Camada mucosa com glândulas;
➡ Camada média fibrocartilagínea, 
composta por anéis dorsalmente 
imcompletos;
➡ Camada adventícia (pescoço) e 
serosa (tórax);
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária.
 Dyce, 2004.
42
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
4.4 - Traquéia
Fonte: Anatomia e Fisiologia dos 
Animais de Fazenda. Frandson et 
al.; 2005. 
4.4 – Traquéia (Epitélio ciliar)
4.5 – Brônquios / Bronquíolos
! A estrutura dos brônquios maiores é idêntica a 
traquéia;
! Os brônquios principais, direito e esquerdo, surgem na 
bifurcação traqueal sobre o coração e após ingressarem 
no pulmão eles emitem um brônquio para cada lobo 
pulmonar;
! Nos brônquios menores, os anéis cartilaginosos são 
substituídos por placas irregulares.
Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária. Dyce, 2004.
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4.6 -Alvéolos
5 - Pulmões
! Os pulmões se encontram invaginados cada um no saco pleural 
correspondente;
! Não possuem tamanho ou formato fixo, pois obedecem as 
alterações respiratórias;
! Apresentam-se expandidos durante a inspiração;
! Normalmente são de textura macia, esponjosa e o ar residual 
provoca crepitação. Quando colocados na água flutuam;
! A cor do pulmão sadio varia de intensidade. Quando obtido de 
animais que não foram sangrados apresentam um vermelho vivo
5 - Pulmões
! Os pulmões apresentam-se macroscopicamente semelhantes embora o 
direito seja sempre maior que o esquerdo;
! Cada pulmão parece a metade de um cone, sendo possível identificar :
➡ Ápice (na entrada do tórax), 
➡ Base (relacionado com o diafragma);
➡ Superfície costal (relacionada com a parede torácica lateral);
➡ Superfície medial (relacionada com o mediastino);
➡ Borda dorsal (relacionada com as vértebras);
➡ Borda ventral (relacionado com o esterno).
5 - Pulmões
! Na superfície medial (mediastino) é observado a 
impressão cardíaca criada pelo coração, sendo esta 
maior no pulmão esquerdo;
! A raiz do pulmão, localizada-se dorsalmente a 
impressão cardíaca e é composta por brônquios 
principais e artéria, veias, linfáticos e nervos pulmonares;
5 - Pulmões
! O pulmão direito possui quatro lobos:
➡Apical (cranial);
➡Médio (cardíaco);
➡Diafragmático (caudal);
➡Acessório (intermediário).
5 - Pulmões
Fonte:. Anatomia dos animais domésticos. Sisson & Grossman, 1986.
Lobo Apical
Lobo médio
Lobo 
Diafragmático
Lobo
Intermediário
5 - Pulmões
! O pulmão esquerdo possui:
➡Lobo apical;
➡Lobo médio;
➡Lobo diafragmático.
5 - Pulmões
Fonte:. Anatomia dos animais domésticos. Sisson & Grossman, 1986.
5 - Pulmões
! A maior parte do parênquima dos pulmões é 
sustentada pelos brônquios, vasos e tecido conjuntivo;
! A identificação dos pulmões das espécies baseia-se nos 
graus de lobação e lobulação;
! Os eqüinos revelam uma lobação quase ausente e uma 
lobulação quase imperceptível. Os bovinos e suínos são 
nitidamente lobulados enquanto os carnívoros são 
fissurados em lobos. 
5 - Pulmões
Pulmão Equino
Pobre definição de lobos
Pulmão bovino
Boa definição de lobos
Aves
OBRIGADO!!!!!!!
Michelangelo
Capela Sistina

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