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Antibióticos B-lactâmicos

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Beta-lactâmicos Aline Custódio 
 
ESTRUTURA CELULAR DAS BACTÉRIAS 
 
GRAM-POSITIVAS 
↳ Essas bactérias tem uma grossa camada de 
peptidoglicano e apresentam apenas uma membrana 
celular que é interna ao peptidoglicano. 
GRAM-NEGATIVAS 
↳ As bactérias dessa classe têm uma camada bem delgada 
de peptidoglicano e apresentam uma membrana interna e 
uma membrana externa ao peptidoglicano. Entre as duas 
há um espaço chamado de espaço periplasmatico. 
↳ Além disso, possuem um antígeno muito importante, o 
lipopolissacarideo e também proteínas (porinas) que 
fazem com que a membrana externa seja extremamente 
seletiva, ou seja, praticamente nada que consiga passar 
pelas porinas consegue atravessar a membrana externa, 
entrando nessa seletividade também os antibióticos. 
PAREDE CELULAR 
↳ A parede celular é formada por unidades monoméricas, 
ou seja, um monômero se liga a outro monômero. Essas 
estruturas são formadas por dois aminoaçúcares: ácido n-
acetil-glicosamina e o ácido acetil-murâmico, de forma 
intercalada, formando as linhas de camadas do 
peptidoglicano. As colunas de camadas são ligadas por um 
penta-peptídeo. 
 
↳ A síntese do peptidoglicano acontece em três etapas: 
 
 
 
1. Síntese dos monômeros 
2. Translocação e polimerização dos monômeros de 
mureína 
3. Ligação cruzada dos polímeros de peptidoglicano 
MECANISMO DE AÇÃO DOS B-LACTÂMICOS 
↳ Na etapa 3, existe uma enzima chamada transpeptidase 
que realiza a última parte da ligação cruzada, a 
transpeptidação. 
↳ Para fazer a transpeptidação, a transpeptidase tem que 
conectar um desses peptídeos, a D-alanina, com outra 
estrutura, a glicosamina, para completar o processo. 
 
Os b-lactâmicos tem estrutura muito parecida com a D-
alanina, então eles se ligam a glicosamina, ou seja, eles 
competem pelas PBPs (proteínas ligadoras de penicilina) 
e impedem a enzima de sintetizar a parede celular. 
REPRESENTANTES DOS B-LACTAMICOS 
↳ Penicilina, monobactâmicos, cefalosporinas e 
carbapenemos. 
PENICILINA 
Todas apresentam um anel tiazolina, um anel 
betalactamico e um grupamento R que se altera, dando 
origem a diferentes tipos de penicilina. Elas são 
classificadas nos seguintes grupos: 
SENSÍVEIS A PENICILINASE 
Essas penicilinas não são resistentes a beta-lactamase, 
então são degradadas pelas bactérias que produzem essa 
enzima. 
 Carbenicilina 
 Penicilina G 
 Penicilina V 
RESISTENTES A PENICILINASE 
 Meticilina 
Beta-lactâmicos Aline Custódio 
 Nafcilina 
 Oxacilina 
 Dicloxacilina 
DE ESPECTRO AMPLIADO (AMINOPENICILINAS) 
Penicilinas que não agem apenas em gram-positivas 
 Amoxicilina 
 Ampicilina 
 ANTIPSEUDOMONAS (CARBOXIPENICILINAS) 
 Ticarcicilina 
 Carbenicilina 
DE QUARTA GERAÇÃO (UREIDOPENICILINAS) 
 Azlocilina 
 Mezlocilina 
 Piperacilina 
USO CLÍNICO DA PENICILINA 
 Pneumonias 
 Otites e sinusites 
 Faringites e epiglotites 
 Infecções cutâneas 
 Meningites bacterianas 
 Infecções do aparelho reprodutor 
 Profilaxia 
 Endocardites bacterianas 
B-LACTAMASE 
↳ As ß-lactamases são enzimas que catalisam a hidrólise 
do anel ß-lactâmico, impossibilitando a atividade 
antimicrobiana. A resistência ao antimicrobiano ß-
lactâmico irá depender da quantidade de enzima 
produzida; da habilidade dessa enzima em hidrolisar o 
antimicrobiano em questão e da velocidade com que o ß-
lactâmico penetra pela membrana externa. 
GRAM-POSITIVAS 
↳ Nesse tipo de bactéria, as ß-lactamases são secretadas 
para o meio extracelular e são menos ativas do que as 
beta-lactamases produzidas pelas bactérias Gram-
negativas. Nestas, as beta-lactamases encontram-se 
estrategicamente situadas no espaço periplasmático, 
podendo alcançar maiores concentrações e agir de modo 
mais eficaz sobre os antimicrobianos ß-lactâmicos que 
atravessam o espaço periplasmático para alcançar as 
PBPs. 
GRAM-NEGATIVA 
↳ Nessas, a parede bacteriana dificulta o acesso do ß-
lactâmico ao seu sítio de ação (que se localiza na 
membrana celular). As ß-lactamases ficam dispersas fora 
da célula bacteriana nas gram-positivas, enquanto que se 
concentram no espaço periplasmático nas gram-
negativas, onde atuam sobre os ß-lactâmicos de maneira 
mais eficaz. 
INIBIDORES DA B-LACTAMASE 
↳ Eles agem por inibição competitiva de b-lactamases, 
inativando irreversivelmente as enzimas, permitindo a 
ação dos antibióticos b-lactâmicos. 
ASSOCIAÇÃO A INIBIDOR DE BETA LACTAMASE 
↳ Exemplos: ampicilina + sulbactam, amoxicilina + ácido 
clavulânico, ticarcilina + ácido clavulânico e piperacilina 
+ tazobactam. 
↳ Os inibidores de beta lactamase são ácidos orgânicos 
muito parecidos com as penicilinas que conseguem se 
ligar a beta-lactamase e inibir a sua ação, impedindo que 
ela rompa o anel beta-lactamico. 
↳ A combinação protege as penicilinas da ação dessas 
enzimas e geralmente a combinação é feita entre um 
inibidor de beta-lactamase e uma penicilina de amplo 
espectro (ex: amoxicilina) 
CEFALOSPORINAS 
PRIMEIRA GERAÇÃO 
 Cefadroxil 
 Cefazolina 
 Cefalexina 
 Cefradine 
↳ Estável frente ao ácido, a algumas beta-lactamases, 
agem contra gram-positivas e moderadamente contra as 
gram-negativas. 
SEGUNDA GERAÇÃO 
 Cefaclor 
 Cefprozil 
 Cefuroxima 
 Loracarbef 
↳ Potente contra as gram-negativas: E. coli, Proteus, Kleb. 
E menos ativos contra as gram-positivas. Não tem ação 
contra pseudonomas. 
Beta-lactâmicos Aline Custódio 
TERCEIRA GERAÇÃO 
 Ceftriaxona 
 Ceftadizima 
↳ Potentes contra gram-negativas. Menos ativos que os 
1º contra gram-postivas. Agem contra pseudonomas. 
QUARTA GERAÇÃO 
 Cefepima 
 Cefpiroma 
↳ Espectro equilibrado entre g. negativas e g. positivas. 
Permeabilidade de membrana elevada. 
QUINTA GERAÇÃO 
 Ceftobiprole 
Age contra as superbactérias. 
 CARBAPENÊMICOS 
 Imipenem 
↳ Tem espectro mais amplo que os outros b-lactâmicos, 
geralmente adm junto a cilastatina. 
↳ Atividade contra microrganismos aeróbios e 
anaeróbios (estreptococos, enterococos, estafilococos e 
listeria) 
 
MONOBACTÂMICOS 
 Aztreonam 
↳ Atividade contra gram-negativas. 
GLICOPEPTÍDEOS 
↳ São antibióticos que possuem na sua estrutura 
aminoácidos e açucares e se dividem em dois grupos: os 
tricíclicos (vancomicina) e os tetracíclicos (bacitracina). 
VANCOMICINA 
↳ Age também na inibição da formação da parede celular, 
mas prejudica outra parte da transpeptidação, que não a 
que os b-lactâmicos age. 
EFEITOS ADVERSOS DA VANCOMICINA 
 Dor local, febre, calafrios 
 Síndrome do homem vermelho 
 Leucopenia e eosinofilia 
EFEITOS ADVERSOS DOS B-LACTAMICOS 
 Hipersensibilidade 
 Neurotoxicidade 
 Diarreia 
 Toxicidade hematologia e catiônica 
 Nefrite 
A reversão do quadro renal ocorre com a rápida suspensão 
do medicamento, mas o seu uso mantido pode levar a 
insuficiência renal irreversível.

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