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Feito por Hanna L PASSEI DIRETO PENICILINA Assim como os demais betalactâmicos, as penicilinas são bactericidas para os germes sensíveis, pois agem na parede celular, impedindo que as camadas de peptdoglicano mantenham-se estáveis, tornando a bactéria mais susceptvel à lise osmótca. Contudo, os beta-lactâmicos, de forma geral, só exercem sua ação bactericida quando as células bacterianas estão em crescimento e sintetizando parede celular. Dessa forma, a associação dessas drogas com outras classes de antibióticos bacteriostáticos, como as tetraciclinas, reduz a efetividade dos beta-lactâmicos. A penicilina possui conformação semelhante à da D- Ala-D-Ala do peptdoglicano que compõe a parede celular. Desse modo, liga-se, de forma irreversível, às proteínas ligadoras de penicilinas (PBPs) e impede que estas retirem a alanina terminal na formação de uma ligação cruzada com um peptideo adjacente, impossibilitando a transpeptidação da síntese da parede celular. Esse mecanismo de ação é comum para todos os beta-lactâmicos e bastante semelhante para os glicopeptdeos, como a vancomicina. Por serem drogas bastante antigas, diversas bactérias mostraram-se resistentes às penicilinas. Atualmente, no Brasil, é elevada a resistência do gonococo e do S aureus às penicilinas; entretanto, a maioria dos pneumococos e meningococos mantém a sensibilidade a esse antibiótico. Existem, basicamente, quatro mecanismos de resistência às penicilinas: 1. inativação pelas beta- lactamases (principal) 2. penetração reduzida 3. bomba de efluxo 4. alteração do sito de ligação às PBPs Diversas bactérias são naturalmente resistentes às penicilinas; entre elas, os bacilos gram-negatvos anaeróbios, pois o antibiótico não consegue ultrapassar a parede celular para agir corretamente, as bactérias, que não possuem parede celular, alvo desses antibióticos, como Mycoplasma e Ureaplasma, e as que possuem localização intracelular, como Chlamydia spp e Legionella, já que as penicilinas não possuem boa penetração nas células. CEFALOSPORINAS As cefalosporinas possuem ação bactericida. Atuam inibindo a síntese da parede celular bacteriana. Essa inibição se faz por meio de ligação às proteínas ligantes de penicilina (PBPs), enzimas essenciais na formação da camada de peptideoglicano da parede. Dessa forma, a bactéria sofre lise osmótca. A resistência às cefalosporinas decorre, basicamente, de três mecanismos: 1. incapacidade do antibiótico em atingir seus locais de ação 2. beta- lactamases 3. alterações nas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) As cefalosporinas são divididas em cinco gerações conforme o espectro de ação antimicrobiana. As cefalosporinas de primeira geração possuem bom espectro contra gram-positvos, sendo ativos contra a maioria dos cocos gram-positvos, exceto enterococo, S. epidermidis e S. aureus resistentes à meticilina. Apesar disso, sua atividade contra gram-negatvos é limitada. Possuem, ainda, ação contra bactérias anaeróbias da cavidade oral (menos B. fragilis). CEFALOTINA, CEFAZOLINA, CEFADROXILA E CEFALEXINA. Na segunda geração, há um leve aumento no espectro de ação para gram-negatvos, passando a cobrir Haemophilus infuenzae e Neisseria spp. As cefamicinas, subgrupo das cefalosporinas de segunda geração, possuem atividade contra B. fragilis. CEFOXITINA, CEFUROXIMA E CEFACLOR. As cefalosporinas de terceira possuem estreita ação contra gram-positvos, contudo sua ação contra gram-negatvos é ampliada, passando a abranger as enterobactérias. CEFTRIAXONA, CEFOTAXIMA E CEFTAZIDIMA As cefalosporinas de quarta geração são mais resistentes às betalactamases gram-negatvas, tais como a AmpC. Em decorrência disso, amplia seu espectro ao englobar P. aeruginosa e enterobactérias. Cefepime e Cefpiroma. Por fim, as cefalosporinas de quinta geração possuem um amplo espectro de atividade contra gram-positvos, incluindo MRSA e S. epidermidis. Feito por Hanna L PASSEI DIRETO Além disso, têm ação contra anaeróbios gram positivos. Sua ação contra bactérias gram-negativas é similar à observada nas cefalosporinas de terceira geração. CEFTAROLINE E CEFTOBIPROLE. MACROLÍDEOS O protótpo dessa classe é a eritromicina, descoberto, primariamente, com metabólito de cepas do fungo Streptomyces erythreus. Os demais representantes, claritomicina e azitromicina, são derivados sintéticos da eritromicina, possuindo algumas diferenças quanto às suas características em relação ao fármaco original, fato que lhes confere melhor atividade. Os macrolídeos fazem parte do grupo de antibiótcos que atuam inibindo a síntese proteica bacteriana. Atuando como bacteriostátcos em doses convencionais e bactericida em altas doses, os agentes dessa classe ligam-se, fortemente e de maneira reversível, à subunidade 50S do ribossomo bacteriano, mais especifcamente ao 23S componente desta subunidade. Eles atuam próximo ao centro da peptdiltransferase, impedindo que a translocação ocorra, ou seja, impedindo que haja o alongamento da cadeia peptdica por meio do bloqueio do túnel de saída do polipeptdeo e posterior dissociação do peptdil-RNAt. Naturalmente, os bacilos gram-negativos do grupo das enterobacteriáceas e os não fermentadores são organismos que possuem uma resistência intrínseca aos macrolídeos devido à impermeabilidade a esses antibióticos que eles possuem; ademais, esses microorganismos também são produtores de enzimas (esterases) que degradam as moléculas dos macrolídeos. QUINOLONAS O grupo carboxila na posição 3 e o grupo cetona na posição 4 são considerados essenciais para a atividade das quinolonas. Por meio dessas duas estruturas, serão estabelecidas pontes de hidrogênio com as bases da cadeia simples do DNA bacteriano, que interfere na ação da DNA girase ou da topoisomerase IV, impedindo a replicação, transcrição, reparação e recombinação do DNA bacteriano e induzindo a morte celular. As quinolonas destroem a célula bacteriana por dois mecanismos: o primeiro seria a falha na ação dessas enzimas que irá originar diversos erros em vários processos nucleares, como na replicação de DNA bacteriano, o que compromete a sobrevivência celular; o segundo seria que o complexo enzima DNA alterado tem a capacidade de fragmentar todo o genoma bacteriano. Assim, as quinolonas transformam a DNA girase e a topoisomerase IV em toxinas celulares. PRIMEIRA GERAÇÃO: ácido oxolínico, cinoxacina, ácido piromídico, ácido piperimídico e fumequina. Essa geração mostrou-se eficaz contra bactérias gram- negatvas aeróbias (como Pseudomonas), porém tendo fraca atividade nas demais. Seu uso foi descontinuado pela enorme gama de efeitos colaterais que acarretavam, além de terem sido produzidas melhores. SEGUNDA GERAÇÃO: Norfloxacino. O norfloxacino mostrou um espectro de ação mais ampliado, sendo ativo contra gram negativos e gram-positivos, porém ainda não sendo adequado para uso sistêmico. TERCEIRA GERAÇÃO: Levofloxacina. Seu espectro já engloba Streptococcus pneumoniae, além de administração diária de dose única, o que é muito vantajoso. A levofoxacina é uma quinolona pulmonar, ou seja, ela é utlizada no tratamento de infecções no trato respiratório, pegando Haemophilus infuenzae, Moraxella catarrhalis e S. Aureus. É útil também em infecções na pele e infecções geniturinárias. QUARTA GERAÇÃO : A moxifoxacina, a gatfoxacina e a gemifoxacina. Toda essa geração possui atividade contra organismos anaeróbios. Com essa geração, ocorre uma melhor atividade contra gram-positivos, mantendo-se inalterada a atividade contra gram-negativos em relação aos da segunda geração.
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