Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESENHA CRITICA Autor: Novo Curso de Processo Civil – Volume 3 - Edição 2016 PARTE II - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 3. A AÇÃO DE EXIGIR CONTAS A ação de Exigir Contas Do ponto de vista acadêmico, não poderia descartar a obra como fonte de conhecimento. A Ação de Exigir contas está prevista no art. 550 do Código de Processo Civil, sendo esta, aquela que o autor afirmando seu direito de exigir contas, requer a citação do réu para que as preste, ou apresente contestação. Exemplo: Mario administra cinco apartamentos de Márcia. Ele recebe os valores relativos à locação dos referidos bens, realiza os pagamentos inerentes aos imóveis (condomínio, IPTU), abate o valor pela prestação de serviços e repassa o saldo residual a Marina, mediante depósito em conta-corrente, titularizada pela contratante. Contudo, nos últimos dez meses, Mario tem deixado de fornecer os relatórios mensais acerca da despesa e receita. Incomodada, Marina o questiona acerca da omissão, que nada faz. Márcia portanto requer através da Ação de Exigir Contas, a apresentação do relatório. Instrução: Na petição inicial o autor deve explicar detalhadamente, as razões pelas quais, exige as contas e instrui-las com os documentos comprobatórios desta necessidade. Art. 550 § 1o do NCPC. Procedimento: Caso o réu, conteste o pedido e negando o dever de prestar contas, procede-se à instrução do processo, para uma decisão sobre o dever ou não de prestar contas. Se afirma o dever de prestar contas, o juiz condena o réu a prestá-las, no prazo de 15 dias, sob pena de não poder impugnar as apresentadas pelo autor. Se o réu não contestar o pedido e nem apresentar as contas, haverá revelia, presumindo-se verdadeiras as alegações do autor. O juiz profere sentença, condenando o réu a prestar as contas no prazo de 15 dias, sob pena de não poder impugnar as apresentadas pelo autor. Verificando que as contas foram apresentadas pelo réu na forma adequada, com especificação das receitas e das despesas, o juiz determina a intimação do autor para se manifestar no prazo de 15 dias. Se ele concorda com as contas apresentadas, o processo atingiu o seu objetivo, pelo reconhecimento da procedência do pedido, motivo por que o réu é condenado nas custas e em honorários. Se discorda das contas apresentadas, o autor precisa oferecer impugnação fundamentada e específica, com referência expressa a cada lançamento impugnado. A seguir, intima-se o réu para apresentar documentos justificativos dos lançamentos impugnados. Na sequência, o juiz, conforme o caso, profere julgamento antecipado do mérito ou determina a realização de perícia, com vistas à prolação de uma sentença, julgando boas as contas apresentadas ou declarando o saldo credor ou devedor do réu. Recursos: Trata-se de decisão interlocutória de mérito portanto cabe agravo de instrumento, previsto no art. 1.015, inciso II do NCPC. Abordando o século XXI e responsabilidade social/profissional, é dever de todos os operadores do Direito alertar os clientes e futuros litigantes quanto ao risco de uma incerteza jurídica (inclusive honorários em cada grau recursal), focando em levar para decisão dos nobres magistrados casos com real lesão ou ameaça para qualquer direito, com a certeza do não atendimento administrativo ou trabalho incorreto da empresa mantenedora da atividade financeira. É certo alertar que o Poder Judiciário está atento a casos obscuros ou que possam trazer confusão na esfera jurídica aos entes envolvidos, pautando pela lisura da instrução processual, taxando as matérias e métodos da propositura correta da ação de exigir contas, o justo motivo e o que carece de ser exposto no processo judicial quanto controvérsia. Sem atendimento integral ao contexto taxativo no Código de Processo Civil e jurisprudências atuais (principalmente do STJ), é certo que não existe meios de ser procedente uma ação de exigir contas que não preenche todos os requisitos, sejam diretos ou indiretos.
Compartilhar