Buscar

Aula 1 - Compliance


Continue navegando


Prévia do material em texto

1 
Curso ESA 
 
Corrupção e Compliance. Desafios 
Contemporâneos. 
 
 
 
 
Prof. Rafael Costa 
Aula 01 – Introdução ao Compliance 
 
 
2 
Compliance. O que é? Quando surgiu? 
 
No âmbito institucional e corporativo, compliance é o conjunto de disciplinas a fim de cumprir e se fazer cumprir as normas legais e 
regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, 
detectar e tratar quaisquer desvios ou inconformidades que possam ocorrer. 
O termo Compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um 
comando ou um pedido. 
 
Surgimento do Compliance: 
 
Existem divergências referentes sua origem. Mas é aceito por muitos autores que, programa que tem como foco manter processos e 
procedimentos em conformidade com parâmetros pré-estabelecidos (leis, normas, controles internos…) surgiu, como marco regulatório, 
em 1930, na conferência de Haia, na qual foi instituído o Banck for International Settlements (BIS), sediado em Basiléia, na Suíça, cujo o 
objetivo principal era conduzir a cooperação entre os bancos centrais e tornar suas atividades mais seguras e confiáveis. 
 
 Nesse sentido, verificou-se que em 1960, a Securities and Exchange Commission iniciou um movimento de orientação à contratação de 
compliance officers a fim de criar procedimentos internos de controle, treinamento de pessoas e o monitoramento e supervisão de 
atividades suspeitas. 
 
Em 97 foram divulgados os 25 princípios para uma supervisão bancária eficaz, incluindo a recomendação aos bancos de um programa de 
compliance (princípio n.14). Embora a história do Compliance tenha sua origem em instituições bancárias, a eficácia de seus resultados 
fizeram com que a ferramenta ganhasse o mundo corporativo. 
 
Compliance. O que é? Onde surgiu? 
• A ideia de programas de Compliance tem origens nos Estados Unidos, e pode ser datada na virada do século XX, quando as 
agências reguladoras começaram a emergir. Em 1906, com a promulgação do Food and Drug Act e a criação do FDA, o 
governo norte-americano criou um modelo de fiscalização centralizado, como forma de regular determinadas atividades 
relacionadas à saúde alimentar e ao comércio de medicamentos. 
• Porém, foi devido às instituições financeiras que o compliance avançou. Em 1913, foi criado o Federal Reserve System 
(Banco Central dos EUA), o qual teve como objetivo a criação de um sistema financeiro mais estável, seguro e adequado às 
leis. 
• Em 1977, foi promulgado o FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), a lei anticorrupção transnacional norte-americana, 
obrigando as empresas a (a) manter livros e registros que reflitam precisamente as suas transações e a (b) estabelecer um 
sistema adequado de controles internos. 
• Na década seguinte, após um escândalo envolvendo a indústria de defesa, 32 empresas do setor criaram voluntariamente a 
DII (Iniciativa da Indústria de Defesa), que estabeleceu um conjunto de princípios para práticas empresariais éticas e de boa 
conduta. 
• Em 1991, a Comissão de Penas dos EUA publicou o documento Diretrizes Federais para a Condenação de Organização , 
articulando os elementos específicos de um programa de Compliance e ética eficiente. Segundo esse documento, as 
empresas que apresentarem tais programas terão penas mais brandas, o que fomentou e estimulou a implementação dos 
programas de Compliance no âmbito corporativo. 
 
3 
4 
Disponível em: https://introduceti.com.br/blog/o-
que-e-compliance/ 
https://introduceti.com.br/blog/o-que-e-compliance/
https://introduceti.com.br/blog/o-que-e-compliance/
https://introduceti.com.br/blog/o-que-e-compliance/
https://introduceti.com.br/blog/o-que-e-compliance/
https://introduceti.com.br/blog/o-que-e-compliance/
https://introduceti.com.br/blog/o-que-e-compliance/
https://introduceti.com.br/blog/o-que-e-compliance/
Objetivos do Compliance 
• Permitir que as empresas busquem orientar-se por padrões e modelos de 
condutas e prática voltadas à preservação da ética e da integridade; 
• Proteger a imagem da empresa, inibir a ocorrência de fraudes internas ou 
externas, e afastar a empresa do risco de sofrer penalizações por entes 
reguladores, judiciais e demais autoridades públicas; 
• Dar suporte da organização quanto à regulamentação local, bem como políticas e 
normas específicas do setor em que atua, buscando manter os mais altos padrões 
éticos; 
• Prevenir que a empresa promova a corrupção ou viole a livre concorrência, seja de 
forma direta ou indireta, em todas as suas áreas e níveis de atuação. 
 
5 
6 
Pilares de um programa de Compliance 
• Disponível em: http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/ 
 
• 1. Suporte da alta administração 
 
• Antes de tudo, é importante destacar que não adianta tentar implantar um programa de compliance sem a 
adesão total dos diretores da empresa. 
• A alta administração deve apoiar e se envolver no planejamento e na execução das ações. Da mesma 
forma, é preciso contar com um profissional especializado em compliance, que será o responsável pela 
implantação de todo o projeto. 
 
• 2. Avaliação de riscos 
 
• A avaliação de riscos, também chamada de Mapeamento de Riscos de Compliance (Compliance Risk 
Assessment – CRA), é uma das etapas mais importantes da implantação de um programa de integridade. 
• Isso porque é nela que se conhece todos os riscos potenciais e seus impactos para que a organização alcance 
seus objetivos. Afinal, cada empresa está sujeita a problemas diferentes, de acordo com seu tamanho, 
mercado de atuação e cultura organizacional. 
 7 
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
http://www.lecnews.com.br/blog/os-9-pilares-de-um-programa-de-compliance/
Pilares de um programa de Compliance 
• 3. Código de conduta e políticas de compliance 
 
• Outro dos pilares de um programa de compliance é a adoção de um código de conduta ética. Ele traz 
todas as políticas a serem adotadas na empresa, não apenas para manter a conformidade com as leis, 
como também garantir uma cultura de integridade e valorização de comportamentos éticos. 
 
• 4. Controles internos 
 
• A empresa deve criar mecanismos de controle para assegurar que os riscos sejam minimizados, tanto no 
nível interno quanto no externo. Os próprios registros contábeis e financeiros são usados para 
transparecera realidade do negócio. 
 
• 5. Treinamento e comunicação 
 
• O programa de compliance deve fazer parte da cultura de toda a empresa. Para isso, além da adesão da 
alta administração, os colaboradores precisam entender os objetivos, as regras e o papel de cada um 
para que ele seja bem-sucedido. Para isso, é fundamental investir em treinamentos e na comunicação 
interna. 
 
8 
Pilares de um programa de Compliance 
• 6. Canais de denúncia 
• Uma vez que estejam conscientes sobre a importância do compliance, os colaboradores precisam de canais 
de denúncia ativos para alertar sobre violações ao Código de conduta. Ou seja, deve-se manter e-mails, 
telefones e outras formas de comunicação à disposição dos colaboradores. 
• 7. Investigações internas 
• Feita uma denúncia, a empresa precisa investigar qualquer indício de comportamento antiético e ilícito 
que tenha sido noticiado. Em seguida, deve-se tomar as providências necessárias, com as devidas correções 
e, conforme o caso, punições. 
• 8. Due diligence 
• O programa de compliance não pode ficar restrito ao comportamento da organização. Fornecedores, 
representantes, distribuidores e outros parceiros devem ser submetidos a uma rigorosa due diligence. Ou 
seja, é importante avaliar o histórico de cada um deles antes de se estabelecer uma relação contratual. 
• 9. Auditoria e monitoramento 
• O último dos pilares de um programa de compliance trata, exatamente de sua manutenção. Ele deve ser 
contínuo, avaliando sempre se está sendo bem executado e se as pessoas estão, de fato, comprometidas 
com as normas, se cada um dos pilares está funcionando como o esperado. 
• 
 9 
FCPA – Foreign Corrupt Practice Act 
• O Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), a Lei Americana Anti-Corrupção no Exterior, é uma lei 
estadunidense promulgada pelo Congresso dos EUA em 1977 destinada a criar sanções cíveis, 
administrativas e penais no combate à corrupção comercial internacional. Esta lei se aplica a 
pessoas e empresas Americanas que, em atividade comercial no exterior, utilizam de corrupção 
no poder público estrangeiro para obter ou reter transações comerciais naquele país. Da mesma 
forma, esta lei cria uma estrutura administrativa para combater a prática de corrupção em 
transações comerciais internacionais. 
 
• Até então os EUA eram um dos poucos países que proibiam suas empresas de pagarem propinas 
para autoridades públicas estrangeiras. A partir de então, após esforços diplomáticos sob os 
auspícios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ocorreu a 
ratificação e entrada em vigor da Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários 
Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais da OCDE, informalmente 
conhecida como Convenção Anti-Propina. 
 
• Cumpre informar, que a mencionada Convenção foi ratificada pelo Brasil em 15 de junho de 
2000, efetuando alterações no Código Penal e na Lei de Lavagem Dinheiro Lei n° 9.613/98. 
 
10 
FCPA – Foreign Corrupt Practice Act 
• A Lei de Práticas Corruptas no Exterior (FCPA), promulgada em 1977, geralmente proíbe o pagamento de 
subornos a funcionários estrangeiros para ajudar na obtenção ou manutenção de negócios. 
• A FCPA pode aplicar a conduta proibida em qualquer lugar do mundo e se estende a empresas de capital 
aberto e seus executivos, diretores, funcionários, acionistas e agentes. Os agentes podem incluir agentes de 
terceiros, consultores, distribuidores, parceiros de joint venture e outros. 
• A FCPA também exige que os emissores mantenham livros e registros precisos e tenha um sistema de 
controles internos suficientes para, entre outras coisas, fornecer garantias razoáveis ​​de que as transações são 
executadas e que os ativos são acessados ​​e contabilizados de acordo com a autorização da administração. As 
sanções por violações da FCPA podem ser significativas. 
• A SEC pode intentar ações de execução civil contra emissores e seus executivos, diretores, funcionários, 
acionistas e agentes por violações das disposições antissuborno ou contábeis da FCPA. A Securities and 
Exchange Commission (Comissão de Valores Mobiliários), frequentemente abreviada SEC, é uma agência 
federal dos Estados Unidos que detém a responsabilidade primária pela aplicação das leis de títulos federais e 
a regulação do setor de valores mobiliários, as ações da nação e opções de câmbio, e outros mercados de 
valores eletrônicos nos Estados Unidos. 
• As empresas e indivíduos que cometeram violações da FCPA podem ter que abandonar seus ganhos ilícitos, 
além de pagar preconceitos e penalidades civis substanciais. As empresas também podem estar sujeitas à 
supervisão de um consultor independente. 
• A SEC e o Departamento de Justiça são conjuntamente responsáveis ​​pela aplicação da FCPA. A Divisão de 
Fiscalização da SEC criou uma unidade especializada para aprimorar ainda mais a fiscalização da FCPA. 
 
11 
Compliance no Brasil 
• Por força da Lei n° 12.683/12, que alterou a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei n° 9.613/98), determinadas 
pessoas jurídicas "deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e 
volume de operações, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na forma disciplinada 
pelos órgãos competentes”, ou seja, um programa de Compliance Antilavagem. 
• "O citado artigo determina a comunicação ao COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras o nome de 
qualquer pessoa, no prazo de 24 horas, que formule proposta ou realize transações em moeda nacional ou 
estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais e qualquer ativo passível de ser convertido em 
dinheiro que ultrapassar limite fixado pela Autoridade competente e nos termos das instruções por elas 
expedidas. As empresas identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, devendo, porem, preservar o 
sigilo das informações prestadas“. 
 
• Averiguação Eletrônica de Conformidade 
 
• A AVEC (Averiguação Eletrônica de Conformidade) é um instrumento eletrônico de fiscalização que tem por 
objetivo verificar o grau de conformidade da pessoa obrigada em relação às obrigações de prevenção à lavagem 
de dinheiro. 
• Ao ser submetido a uma AVEC, a pessoa obrigada recebe uma mensagem no endereço eletrônico cadastrado 
junto ao COAF, bem como uma notificação em sua página no portal de relacionamento no SISCOAF, onde são 
detalhados os procedimentos para o preenchimento. 
 
 
12 
Lavagem de Dinheiro 
• A luta contra a lavagem de dinheiro é o método mais eficaz de combate ao crime organizado 
hierarquizado (societas sceleris). O ataque preciso ao capital que gira sofisticadas estruturas 
criminosas no mundo inteiro, notadamente no tráfico de drogas, e interliga diferentes redes de 
corrupção, é a melhor estratégia para ao menos tentar a redução das atividades de seus agentes, ou 
seja, praticar a política criminal que os norte-americanos chamaram de follow the Money. 
• Como determinados grupos agem de forma transnacional, exige-se a cooperação internacional de 
diversos Estados por meio de legislações convergentes, a exemplo da Convenção de Viena (1988) 
originada de reunião da organização das nações unidas (ONU) e da Convenção de Palermo (2000), 
não sendo suficientes apenas as políticas nacionais localizadas. 
• Em 2012, a lei n° 12.683/12 que alterou a lei n° 9.613/98 contou com a participação nos debates 
de diversos órgãos públicos relevantes para o tema, como a RFB, o BC, o Ministério da Justiça, a PF, 
o MPF, a Justiça Federal, etc. 
• E nos termos do art. 1º da lei 9.613/98, alterada pela lei 12.683/12, a lavagem de dinheiro: “é a 
sequência de ações praticadas pelo sujeito ativo com fins de ocultação da origem, natureza, 
disposição, localização, propriedade ou movimentação de determinado bem, direito ou valor de 
origem em crime ou contravenção penal para que, em último escopo, possa inseri-lo novamente na 
economia formal com falso aspecto lícito”.13 
Convenções ratificadas pelo Brasil e que impactam no 
combate a Corrupção 
• A Convenção adota como princípios o livre consentimento, a boa-fé e a norma de direito internacional pacta 
sunt servanda. Determina, ademais, que um Estado não pode invocar sua lei interna para justificar o 
descumprimento de um tratado de que seja parte. 
• O Brasil é parte da Convenção de Viena desde 25 de outubro de 2009, mas a ratificou com ressalvas (Decreto 
n° 7030/09). 
• Destarte, as Convenções que forem assinadas pelo Brasil no tocante ao combate à Corrupção devem ser 
cumpridas. 
• A Convenção da ONU é o mais abrangente tratado internacional sobre prevenção e combate à corrupção. Ela é 
o maior instrumento internacional juridicamente vinculante, ou seja, que obriga os Estados Partes que a 
ratificaram a cumprir os seus dispositivos, sob pena de serem pressionados pela comunidade internacional. 
Pelo seu caráter global, a Convenção demonstra a preocupação de todos com o problema da corrupção. 
• Além disso, a partir da ratificação da Convenção pelo Brasil, ela ingressa no ordenamento jurídico pátrio como 
lei ordinária, ou seja, a partir desse momento, torna-se lei interna brasileira, exceto para as cláusulas de direito 
penal, e seu cumprimento é obrigatório por todos. 
 
 
14 
Objetivos da Convenção da ONU contra a Corrupção 
• Promover e fortalecer as medidas para prevenir e combater mais eficaz e eficientemente a corrupção; 
• Promover, facilitar e apoiar a cooperação internacional e a assistência técnica na prevenção e na luta contra a 
corrupção, incluída a recuperação de ativos; 
• Promover a integridade, a obrigação de render contas e a devida gestão dos assuntos e dos bens públicos. 
• A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção trata de quatro temas principais: 1. a prevenção, 2. a 
criminalização dos atos de corrupção, 3. a cooperação internacional e 4. a recuperação de ativos. No que se refere 
à prevenção, foram previstas medidas como a criação de agências anticorrupção, maior transparência no setor 
público, participação da sociedade, criação de códigos de conduta para funcionários públicos e regras para a 
contratação pública e gestão da Fazenda Pública. 
• Com relação à criminalização, os Estados Partes se comprometeram-se a penalizar diversos atos considerados atos 
de corrupção, muitos dos quais já tipificados pela legislação brasileira. No que tange à cooperação internacional, 
estão previstas ações em conjunto voltadas para a prevenção, investigação e assistência jurídica, além da 
possibilidade da extradição de réus. 
• A recuperação de ativos é um princípio fundamental da presente Convenção e tem por objetivo restituir ao Estado 
Parte lesado os bens desviados e transferidos a outros Estados Partes em decorrência de delito qualificado como 
ato de corrupção de acordo com a Convenção. 
 
 
 15 
Lavagem de Dinheiro – Lei n° 12.683/12 
• Para Sérgio Moro, a extinção do rol de crimes antecedentes "facilita a criminalização e a 
persecução penal de lavadores profissionais, ou seja, de pessoas que se dedicam profissionalmente 
à lavagem de dinheiro.” (MORO, 2010, p. 36). 
• Previu a possibilidade de realizar delação premiada a qualquer tempo, ainda que posterior à 
sentença condenatória (art. 1º, §5º), dispôs sobre a alienação antecipada dos bens apreendidos 
oriundos da lavagem (art. 4º, §1º) e possibilitou o afastamento cautelar do servidor público 
indiciado (art. 17-D), além da aplicação subsidiária do sequestro de bens disposto no art. 127 
do Código de Processo Penal. 
• Classicamente, a doutrina divide o crime de lavagem de dinheiro em três fases, são elas: (i) 
ocultação (placement), na qual visa a afastar a visibilidade dos bens adquiridos criminosamente; (ii) 
dissimulação (layering), em que se objetiva separar o capital de sua origem ilícita, dissimulando os 
resquícios do modo como fora conseguido; (iii) e integração (integration ou recycling), na qual o 
dinheiro sujo reingressa na economia formal coberto pelo manto da aparência de licitude. 
 
16 
COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras 
• O Conselho de Controle de Atividades Financeiras - Coaf tem como missão produzir inteligência 
financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra a lavagem de dinheiro e o 
financiamento do terrorismo. 
 O Coaf 1. recebe, 2. examina e 3. identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às 
autoridades competentes para instauração de procedimentos. Além disso, coordena a troca de 
informações para viabilizar ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de 
bens, direitos e valores. 
• O Conselho aplica penas administrativas nos setores econômicos para os quais não exista órgão 
regulador ou fiscalizador próprio. 
• No dia 19 de agosto de 2019, a Medida Provisória nº 893 transformou o COAF na Unidade de 
Inteligência Financeira (UIF), vinculada administrativamente ao Banco Central do Brasil, composta 
por Conselho Deliberativo e Quadro Técnico-Administrativo, mantendo as competências legais 
atribuídas ao órgão anterior. 
 
 
17 
Unidade de Inteligência Financeira 
 
• Transforma o Conselho de Controle de Atividades Financeiras na Unidade de Inteligência 
Financeira, vinculada administrativamente ao Banco Central do Brasil. Estabelece que a 
estrutura organizacional da Unidade de Inteligência Financeira compreenderá um 
Conselho Deliberativo - composto pelo Presidente da Unidade e por no mínimo oito e no 
máximo quatorze Conselheiros, escolhidos dentre cidadãos brasileiros com reputação 
ilibada e reconhecidos conhecimentos na área e nomeados pelo Presidente do Banco 
Central do Brasil 
• Incumbe a Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil de aprovar o regimento interno 
da Unidade de Inteligência Financeira, dispondo sobre sua organização e seu 
funcionamento, e de regular o processo administrativo sancionador no âmbito da Unidade 
de Inteligência Financeira, dispondo, inclusive, sobre o rito, os prazos e os critérios para 
gradação das penalidades previstas na Lei nº 9.613, de 1998. 
18 
Due Diligence 
19 
Disponível em: 
https://fia.com.br/blog/due-diligence/ 
https://fia.com.br/blog/due-diligence/
https://fia.com.br/blog/due-diligence/
https://fia.com.br/blog/due-diligence/
Due Diligence 
• O due diligence não elimina nenhum risco, mas tem o papel fundamental de munir o investidor com 
o máximo de informações possível sobre as ameaças e oportunidades que o negócio envolve. 
• Due diligence é o processo em que são levantados vários tipos de informações sobre uma empresa 
que pode ser adquirida, fundida ou estabelecer parceria com outra organização. 
 
• Tipos de Due Diligence: 
• Due Diligence de Integridade 
• Due Diligence Ambiental 
• Due Diligence Financeiro 
• Due Diligence Contábil 
• Due Diligence Tecnológico 
• Due Diligence de Propriedade intelectual 
• Due Diligence Trabalhista 
• Due Diligence Imobiliário 
• Due Diligence Jurídico 
• Due Diligence de Valuation 
 
 
20 
Decreto n° 8.420/15 
• Art. 1º Este Decreto regulamenta a responsabilização objetiva administrativa de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, 
nacional ou estrangeira, de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 . 
• CAPÍTULO I 
• DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
• Art. 2º A apuração da responsabilidade administrativa de pessoa jurídica que possa resultar na aplicação das sanções previstas no art. 6º da Lei nº 12.846, 
de 2013 , será efetuada por meio de Processo Administrativo de Responsabilização - PAR. 
• Art. 3º A competência para a instauração e para o julgamento do PAR é da autoridade máxima da entidade em face da qual foi praticado o ato lesivo, ou, 
em caso de órgão da administração direta, do seu Ministro de Estado. 
• Parágrafo único. A competência de que trata o caput será exercida de ofício ou mediante provocação e poderá ser delegada, sendo vedada a subdelegação. 
• Art. 4º A autoridade competentepara instauração do PAR, ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesivo à administração pública federal, em sede de 
juízo de admissibilidade e mediante despacho fundamentado, decidirá: 
• I - pela abertura de investigação preliminar; 
• II - pela instauração de PAR; ou 
• III - pelo arquivamento da matéria. 
• § 1º A investigação de que trata o inciso I do caput terá caráter sigiloso e não punitivo e será destinada à apuração de indícios de autoria e materialidade 
de atos lesivos à administração pública federal. 
• § 2º A investigação preliminar será conduzida por comissão composta por dois ou mais servidores efetivos. 
• § 3º Em entidades da administração pública federal cujos quadros funcionais não sejam formados por servidores estatutários, a comissão a que se refere o 
§ 2º será composta por dois ou mais empregados públicos. 
• § 4º O prazo para conclusão da investigação preliminar não excederá sessenta dias e poderá ser prorrogado por igual período, mediante solicitação 
justificada do presidente da comissão à autoridade instauradora. 
• § 5º Ao final da investigação preliminar, serão enviadas à autoridade competente as peças de informação obtidas, acompanhadas de relatório conclusivo 
acerca da existência de indícios de autoria e materialidade de atos lesivos à administração pública federal, para decisão sobre a instauração do PAR. 
• Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autoridade designará comissão, composta por dois ou mais servidores estáveis, que avaliará fatos e circunstâncias 
conhecidos e intimará a pessoa jurídica para, no prazo de trinta dias, apresentar defesa escrita e especificar eventuais provas que pretende produzir. 
21 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
Acordo de Leniência 
• As duas palavras que forma a expressão “acordo de leniência” transmitem a ideia de colaboração, 
de harmonia e de boa vontade na consecução de objetivo comuns. Acordo significa concordância, 
concórdia, conformidade, consonância, composição, combinação, ajuste, pacto, convenção, 
concerto, consenso, entendimento recíproco, harmonia, acomodação, combinação, conciliação, 
consentimento, permissão, ausência de problemas, eliminação de oposição ou conflito (Houaiss; 
Aurélio; Michaelis). A leniência ou lenidade corresponde à qualidade do que é lene, suave; doçura, 
leniência, mansidão, brandura, suavidade. 
• Seguindo por esta trilha, segundo Mateus Bertoncini (2014, p. 189), é possível se afirmar 
genericamente que o denominado acordo de leniência pressupõe um comportamento 
caracterizado por uma relação de concordância, de colaboração entre os interessados, que ao 
firmarem a avença aprestam-se dispostos à consecução de fins comum, protegend 
• A investigação de condutas real ou potencialmente anticompetitivas passou a constituir uma das 
prioridades do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Dentre estas condutas, o cartel é visto 
como a mais grave lesão à concorrência, ocupando, assim, o alvo central das autoridades antitruste 
brasileiras (BRASIL, 2017, p. 06), tendo em vista, a concentração do poder econômico de uma 
empresa, que interfere em outra de menos capacidade econômica. o e preservando, de outra 
parte, os seus próprios interesses. 
22 
Acordo de Leniência 
• Do ponto de vista jurídico, tendo como modelo definido nos arts. 16 e 17 da LAC, Professor 
Mateus Bertoncini (2014, p. 190) conceitua o Acordo de Leniência é o ato administrativo bilateral 
e discricionário, firmado entre a autoridade competente nacional ou legitimada a defender a 
administração pública estrangeira, em razão de proposta formulada em primeiro lugar pela 
pessoa jurídica envolvida em atos lesivos à administração pública definidos ou apontados na Lei 
12.846/2013, mediante o compromisso de efetiva cooperação na identificação dos demais 
envolvidos e da obtenção célere de informações e documentos indispensáveis à apuração da 
verdade nas fases de investigação e do processo administrativo, isentando a proponente de 
sanções administrativa (publicação extraordinária de decisão condenatória) e judicial (proibição 
temporária de receber benefícios econômicos do Poder Público), e reduzindo-lhe a multa 
aplicável no processo administrativo, na senda de combater a corrupção na esfera pública e 
preservar a leal concorrência entre as pessoas jurídicas privadas. 
23 
Acordo de Leniência 
• CAPÍTULO III 
• DO ACORDO DE LENIÊNCIA 
• Art. 28. O acordo de leniência será celebrado com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos lesivos previstos na Lei nº 12.846, de 2013 , e dos ilícitos 
administrativos previstos na Lei nº 8.666, de 1993 , e em outras normas de licitações e contratos, com vistas à isenção ou à atenuação das respectivas sanções, desde 
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, devendo resultar dessa colaboração: 
• I - a identificação dos demais envolvidos na infração administrativa, quando couber; e 
• II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovema infração sob apuração. 
• Art. 29. Compete à Controladoria-Geral da União celebrar acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal e nos casos de atos lesivos contra a 
administração pública estrangeira. 
• Art. 30. A pessoa jurídica que pretenda celebrar acordo de leniência deverá: 
• I - ser a primeira a manifestar interesse em cooperar para a apuração de ato lesivo específico, quando tal circunstância for relevante; 
• II - ter cessado completamente seu envolvimento no ato lesivo a partir da data da propositura do acordo; 
• III - admitir sua participação na infração administrativa 
• IV - cooperar plena e permanentemente com as investigações e o processo administrativo e comparecer, sob suas expensas e sempre que solicitada, aos atos 
processuais, até o seu encerramento; e 
• V - fornecer informações, documentos e elementos que comprovem a infração administrativa. 
• § 1º O acordo de leniência de que trata o caput será proposto pela pessoa jurídica, por seus representantes, na forma de seu estatuto ou contrato social, ou por 
meio de procurador com poderes específicos para tal ato, observado o disposto no art. 26 da Lei nº 12.846, de 2013 . 
• § 2º A proposta do acordo de leniência poderá ser feita até a conclusão do relatório a ser elaborado no PAR. 
• Art. 31. A proposta de celebração de acordo de leniência poderá ser feita de forma oral ou escrita, oportunidade em que a pessoa jurídica proponente declarará 
expressamente que foi orientada a respeito de seus direitos, garantias e deveres legais e de que o não atendimento às determinações e solicitações da Controladoria-
Geral da União durante a etapa de negociação importará a desistência da proposta. 
• § 1º A proposta apresentada receberá tratamento sigiloso e o acesso ao seu conteúdo será restrito aos servidores especificamente designados pela Controladoria-
Geral da União para participar da negociação do acordo de leniência, ressalvada a possibilidade de a proponente autorizar a divulgação ou compartilhamento da 
existência da proposta ou de seu conteúdo, desde que haja anuência da Controladoria-Geral da União. 
24 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
Acordo de Leniência 
• § 2º Poderá ser firmado memorando de entendimentos entre a pessoa jurídica proponente e a Controladoria-Geral da União 
para formalizar a proposta e definir os parâmetros do acordo de leniência. 
• § 3º Uma vez proposto o acordo de leniência, a Controladoria-Geral da União poderá requisitar os autos de processos 
administrativos em curso em outros órgãos ou entidades da administração pública federal relacionados aos fatos objeto do 
acordo. 
• Art. 32. A negociação a respeito da proposta do acordo de leniência deverá ser concluída no prazo de cento e oitenta dias, 
contado da data de apresentação da proposta. 
• Parágrafo único. A critério da Controladoria-Geral da União, poderá ser prorrogado o prazo estabelecido no caput , caso presentes 
circunstâncias que o exijam. 
• Art. 33. Não importará em reconhecimento da prática do ato lesivo investigado a proposta de acordo de leniência rejeitada, da 
qual não se fará qualquer divulgação, ressalvado o disposto no § 1º do art. 31. 
• Art. 34. A pessoa jurídica proponente poderá desistir da proposta de acordo de leniência a qualquer momento que anteceda a 
assinatura do referido acordo. 
• Art. 35. Caso o acordo não venha a ser celebrado, os documentos apresentados durante a negociação serão devolvidos, sem 
retenção de cópias, à pessoa jurídica proponente e será vedado seu uso para fins de responsabilização, exceto quando a 
administração pública federal tiver conhecimento deles independentemente da apresentação da proposta do acordo de leniência. 
• Art. 36. O acordo de leniência estipulará as condições para assegurar a efetividade da colaboração e o resultado útil do processo, 
do qual constarão cláusulas e obrigações que, diante das circunstâncias do caso concreto, reputem-se necessárias. 
 
25 
Acordo de Leniência 
• Art. 37. O acordo de leniência conterá, entre outras disposições, cláusulas que versem sobre: 
• I - o compromisso de cumprimento dos requisitos previstos nos incisos II a V do caput do art. 30; 
• II - a perda dos benefícios pactuados, em caso de descumprimento do acordo; 
• III - a natureza de título executivo extrajudicial do instrumento do acordo, nos termos do inciso II do caput do art. 585 da Lei nº 5.869, de 11 de 
janeiro de 1973 ; e 
• IV - a adoção, aplicação ou aperfeiçoamento de programa de integridade, conforme os parâmetros estabelecidos no Capítulo IV. 
• Art. 38. A Controladoria-Geral da União poderá conduzir e julgar os processos administrativos que apurem infrações administrativas previstas na Lei 
nº 12.846, de 2013 , na Lei nº 8.666, de 1993 , e em outras normas de licitações e contratos, cujos fatos tenham sido noticiados por meio do acordo 
de leniência. 
• Art. 39. Até a celebração do acordo de leniência pelo Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União,a identidade da pessoa jurídica 
signatária do acordo não será divulgada ao público, ressalvado o disposto no § 1º do art. 31. 
• Parágrafo único. A Controladoria-Geral da União manterá restrito o acesso aos documentos e informações comercialmente sensíveis da pessoa 
jurídica signatária do acordo de leniência. 
• Art. 40. Uma vez cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica colaboradora, serão declarados em favor da pessoa jurídica signatária, nos 
termos previamente firmados no acordo, um ou mais dos seguintes efeitos: 
• I - isenção da publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora; 
• II - isenção da proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicos e de instituições 
financeiras públicas ou controladas pelo Poder Público; 
• III - redução do valor final da multa aplicável, observado o disposto no art. 23; ou 
• IV - isenção ou atenuação das sanções administrativas previstas nos art. 86 a art. 88 da Lei nº 8.666, de 1993 , ou de outras normas de licitações e 
contratos. 
• Parágrafo único. Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integrarem o mesmo grupo econômico, de fato e de 
direito, desde que tenham firmado o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas. 
 
26 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
 
 
Obrigado! 
 
27